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Patrik – Redação – 2ª Série


Proposta Enem - Adoção de crianças Data: 04 a 08 / 09 / 2023
DATA DE ENTREGA: 11 DE SETEMBRO.
TEXTO I
Adoção no Brasil é o ato jurídico solene pelo qual alguém estabelece um vínculo de filiação. Isto ocorre
independentemente de qualquer relação de parentesco consanguíneo entre adotante e adotado.
Nesse sentido, os laços criados com a adoção são considerados análogos aos que resultam de filiação biológica,
de modo que, a adoção atribui a condição de filho legítimo ao adotando, atribuindo-lhe os mesmos direitos e deveres,
inclusive sucessórios.
A decisão de adotar um filho deve ser planejada e tomada com muita responsabilidade. A adoção é um ato
irrevogável, ou seja, não admite arrependimento posterior.
Ao tomar a decisão de adotar, o adotando cria um laço de parentesco de 1º grau em linha reta, que se estende por
toda a família do adotante. Na adoção a criança ou adolescente adotando se torna filho(a) de uma pessoa ou de um
casal, e passa a ter desde então os mesmos direitos de um filho biológico.
 Aqui abro um curto parêntese explicativo: Adotando = quem está sendo adotado; Adotante = quem quer
adotar;
Uma vez que a adoção se concretize, a criança/adolescente adotado se desliga de qualquer vínculo com pais e
parentes biológicos, salvo os impedimentos matrimoniais.
Por isso, a adoção é considerada ato jurídico legal que estabelece vínculo de filiação independente da procriação.
Como vocês já puderam perceber, para concretizar uma adoção é preciso se submeter a um procedimento
criterioso e burocrático. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, não faltam candidatos interessados em
adotar uma criança no Brasil. Segundo informações do CNA – Cadastro Nacional de Adotantes, o número de pessoas
cadastradas para adotar uma criança é bem maior do que o número de crianças e adolescentes a serem adotados.
Parece ser uma conta simples de se realizar já que os números são tão animadores. Todavia, infelizmente, a adoção
não se assemelha a uma simples equação matemática.
O maior empecilho à efetivação da adoção no Brasil é o perfil exigido pelos interessados em adotar. A verdade é
que a maioria dos pretendentes/adotantes buscam por crianças com características bem semelhantes. A maior
procura é por crianças:
 recém-nascidas ou com até 04 anos de idade, de cor branca, sexo feminino, sem irmãos e sem nenhuma
patologia ou deficiência.
Observa-se, assim, que o perfil mais desejado entre as famílias pretendentes não é compatível com aquele
disponível nas instituições de acolhimento. Nas casas de acolhimento infantil os adolescentes, de cor negra, sexo
masculino, com irmãos, patologias e deficiência, representam a maior parte dos adotandos.
https://serenoadvogados.adv.br/as-dificuldades-para-adocao-no-brasil/

TEXTO II
Em grande parte do mundo, as normas de adoção são menos exigentes que as brasileiras. Porém, esta
“facilidade” de adoção no exterior não é necessariamente algo bom, uma vez que pobreza, tragédias e
guerras acabam por criar um mercado de “exportação” de crianças. Exemplo disso são países do norte e
centro da África, regiões afetadas por pobreza e guerra civil, e que exigem pouca burocracia para adotar,
aumentando a possibilidade de existir tráfico de crianças e adolescentes, por exemplo.
Também, há casos de países como a China, em que a política do filho único acabou por levar centenas
de milhares de crianças ao abandono (com mínima chance de serem adotadas por casais chineses),
colocadas à disposição para adoção internacional.
Em suma, a maioria dos países possuem normas de adoção menos exigentes e detalhadas que o Brasil,
embora todas atribuam ao Judiciário a palavra final. Outra diferença em relação à maioria é que o Brasil
proíbe a participação de agências especializadas no processo de adoção. Tais agências existem em outros
países e podem ser vantajosas, uma vez que facilitam o trato com os órgãos públicos e toda a burocracia e
documentação envolvidas.
https://www.politize.com.br/adocao-no-brasil/

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TEXTO III
A advogada catarinense Perla Duarte Moraes, de 40 anos, sempre quis adotar uma criança, apesar de poder ter
filhos biológicos. Em 2016, o plano se concretizou, e a adoção fugiu do padrão brasileiro: a escolha foi por um menino
de nove anos de idade.
O Cadastro Nacional de Adoção (CNA) aponta que apenas 5% dos cerca de 43 mil candidatos a pai e mãe adotivos
aceitam crianças de nove anos de idade ou mais. No entanto, é nesse grupo que estão mais de 60% das crianças aptas
a serem adotadas em abrigo.
https://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-descompasso-que-trava-a-adocao-no-brasil

TEXTO IV

https://www.cnj.jus.br/adocao-de-crianca-um-cadastro-nacional-mais-transparente-e-agil/

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema Desafios para
aumentar a adoção de crianças e de adolescentes, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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