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A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos

construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em


norma padrão da língua portuguesa sobre o tema CASAMENTO INFANTIL EM
QUESTÃO NO BRASIL, apresentando proposta de intervenção, que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Professora
Valéria Mayworm Woll
Val

Texto 1
Levantamento recente do Banco Mundial revela que o Brasil tem o maior número de casos de casamento
infantil da América Latina e o quarto no mundo. No país, 36% da população feminina se casa antes dos 18
anos. As informações são da ONU News.

O estudo “Fechando a Brecha: Melhorando as Leis de Proteção à Mulher contra a Violência” lembra que a
lei do Brasil estipula 18 anos como a idade legal para a união matrimonial e permite a anulação do
casamento infantil. O problema é que há muitas brechas na legislação.

Consentimento
Se houver consentimento dos pais, por exemplo, as meninas podem se casar a partir dos 16 anos. A autora
do estudo, Paula Tavares, fala sobre outras brechas na lei. “Um dispositivo ainda comum em todo o mundo
é a permissão do casamento infantil – e em geral sem limite de idade – se a menina estiver grávida. Esse
é o caso do Brasil”.

Segundo ela, o país também não prevê punição para quem permite que uma menina se case fora dos
casos previstos em lei, nem para os maridos nesses casos. “Na América Latina, 24 países preveem pena
a quem autorize o casamento precoce, mas o Brasil não está entre eles,” observou.

Segundo o documento do Banco Mundial, a cada ano, 15 milhões de meninas em todo o mundo se casam
antes dos 18 anos. Em muitas culturas, o casamento precoce muitas vezes é visto como uma solução para
a pobreza, por famílias que acreditam que assim terão uma boca a menos para alimentar. No Brasil, os
principais motivos incluem gravidez na adolescência e desejo de segurança financeira.

Fonte: http://www.atribuna.com.br/noticias/noticias-detalhe/atualidades/brasil-e-quarto-pais-no-ranking-global-de-casamento-
infantil/?cHash=79d698eaa6c72fc6d2543e933c48cab9

Texto 2
De acordo com o Censo 2010, pelo menos 88 mil meninos e meninas com idades de 10 a 14 anos estavam
casados em todo o Brasil. Na faixa etária de 15 a 17 anos, são 567 mil.

A partir dos dados do Censo, a equipe de pesquisadores – financiada pela Fundação Ford, com apoio da
Plan International e da Universidade Federal do Pará (UFPA) – foi ao Pará e ao Maranhão, Estados onde
o fenômeno do casamento infanto-juvenil é mais comum, e mergulhou no universo das adolescentes que
tão cedo têm que se transformar em adultas.

Numa pesquisa qualitativa, foram entrevistadas 60 pessoas, entre garotas de 12 a 18 anos, seus maridos
(todos com mais de 20 anos), seus parentes e funcionários da rede de proteção à infância e adolescência
no Brasil.

A idade média das jovens entrevistadas foi de 15 anos; seus maridos são, em média, nove anos mais
velhos. Normalmente os casamentos de jovens são informais (sem registro em cartório) e considerados
consensuais, ou seja, de livre e espontânea vontade.

Entre os motivos para os casamentos, a coordenadora do levantamento, Alice Taylor, pesquisadora do


Instituto Promundo, destaca a falta de perspectiva das jovens e o desejo de deixar a casa dos pais como
forma de encontrar uma vida melhor.

Muitas fogem de abusos, escapam de ter de se prostituir e convivem de perto com a miséria e o uso de
drogas.
Segundo Lima, a gravidez ainda é a grande motivadora do casamento na adolescência, e a união é vista
como uma forma de controlar a sexualidade das meninas.

“A lógica é: ‘melhor ser de só um do que de vários’. O casamento também aparece como forma de escapar
de uma vida de limitações, seja econômica ou de liberdade”, diz.

Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150908_casamento_infantil_brasil_fe_cc

Texto 3

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