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Decidir 

e poder tomar decisões sobre as próprias vidas. Meninas e jovens mulheres se


organizam e têm controle sobre suas vidas e seus corpos e tomam decisões informadas sobre
suas identidades, suas relações, se desejam engravidar e quando.

 Projeto Papo Reto: jovens contra a violência

O índice de gravidez na adolescência no Brasil está acima da média mundial. Em 2020,


registrou-se que, a cada mil brasileiras entre 15 e 19 anos, 53 tornam-se mães. No mundo, são
41, conforme relatório lançado recentemente pelo Fundo de População das Nações Unidas
(Unfpa). A média da América Latina é de 62 meninas, a cada mil, que engravidam nesta faixa
etária. Os dados reforçam a necessidade de tratar a gravidez na adolescência como uma
questão de saúde pública. Por isso, as secretarias da Mulher, da Saúde e da Justiça e Cidadania
do Governo do Distrito Federal, em parceria com o Unfpa, criaram o projeto “Fala,
Adolescente! Jornada pela Prevenção da Gravidez Não Intencional na Adolescência”. A
atividade faz parte da Semana de Prevenção da Gravidez na Adolescência, que será realizada
nesta semana, a partir desta segunda-feira (1º) até a próxima sexta-feira (5)

“Vamos dialogar diretamente com o público adolescente, garantindo que ele tenha
protagonismo e voz para expor o que pensam, suas vivências, medos e até contribuir com
sugestões na formulação de políticas públicas”, 

direitos sexuais e reprodutivos; métodos contraceptivos; responsabilidade parental, além de


debates sobre a escolha do melhor momento para engravidar, entre outros temas. O foco é a
redução da vulnerabilidade que representa uma gravidez na adolescência, especialmente
quando ela não é feita de forma consciente ou é resultado de uma situação de violência.

“A gravidez quando na adolescência, desejada ou não, produz uma série de impactos na vida
das jovens, tanto na área familiar, social, quanto pessoal e influencia diretamente a autonomia
econômica dela no futuro. Nessa semana temos a oportunidade conscientizar a todos por
meio do diálogo quanto a todas essas questões”, explica a Secretária da Mulher, Ericka
Filippelli.

 “A gravidez na adolescência traz repercussões significativas na vida desses jovens, com
interferências na formação profissional, no desenvolvimento intelectual e mesmo na saúde
dessas pessoas, ao longo de todas as suas vidas”, acrescentou Okumoto.

Importante ressaltar que no contexto brasileiro, o relatório acima referido aponta que a
gravidez na adolescência ocorre com maior frequência entre as meninas com menores
escolaridade, renda e acesso a serviços públicos, além das que estão em situação de maior
vulnerabilidade social. Assim, a discussão do tema ser torna ainda mais urgente uma vez que
as mães precoces tendem a ter menos acesso às informações preventivas e também estão
mais expostas às práticas de violências”Não há tempo a perder quando se trata de garantir
que meninas e adolescentes possam exercer direitos e aproveitar oportunidades. Investir na
prevenção da gravidez precoce é investir no desenvolvimento socioeconômico e sustentável. O
futuro depende disso”, disse Astrid Bant, Representante do Fundo de População da ONU no
Brasil.
No Brasil, cerca de 930 adolescentes e jovens dão à luz todos os dias, totalizando mais de
434,5 mil mães adolescentes por ano. Este número já foi maior e agora está em queda. Ainda
assim, o Brasil registra uma das maiores taxas se comparado aos países da América Latina e
Caribe, chegando a 68,4 nascidos vivos para cada mil adolescentes e jovens. Para reduzir ainda
mais estes casos, o Ministério da Saúde e o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos lançam, nesta segunda-feira (03/02), uma campanha para prevenir a gravidez
precoce: “Tudo tem seu tempo: Adolescência primeiro, gravidez depois”. Afinal, a gravidez não
intencional nesta fase pode trazer consequências para toda a vida.

Com base em informações de saúde e comportamentais, a proposta é despertar a reflexão e


promover o diálogo entre os jovens e as suas famílias em relação ao desenvolvimento afetivo,
autonomia e responsabilidade. E, ainda, incentivá-los a buscar orientações nas unidades de
saúde sobre as formas de se prevenir. Assim, os adolescentes poderão tomar decisões, de
forma mais consciente, sobre a vivência da sua sexualidade, de forma segura, responsável e
com conhecimento sobre seu corpo. A ideia é disseminar informações sobre medidas
preventivas e educativas que contribuam para a redução da gravidez na adolescência.

A ação faz parte da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, instituída


pelo Governo do Brasil, no ano passado, por meio da lei nº 13.798. A campanha é voltada para
adolescentes, jovens, pais ou responsáveis. Será veiculada durante todo o mês de fevereiro na
Internet, incluindo redes sociais, mobile e aplicativos, além de minidoor social e ações
de merchandising na TV aberta.

O Ministério da Saúde também estuda formas para ouvir e envolver os adolescentes e jovens
cada vez mais na formulação de ações de cuidado em saúde direcionadas a eles.

ASSISTÊNCIA COM AUTONOMIA E PROTAGONISMO

O Governo do Brasil investe permanentemente em políticas de educação em saúde e em ações


para o planejamento reprodutivo, principalmente para reduzir os casos de gravidez não
intencional. São nos serviços de saúde da Atenção Primária, àqueles que ficam próximos as
casas dos adolescentes e jovens, que eles recebem o acompanhamento em todas as fases da
vida. Entre os cuidados ofertados estão a assistência à saúde sexual, à saúde reprodutiva, ao
planejamento familiar, ao pré-natal, ao pós-parto, à saúde da criança e à saúde da mulher e do
homem.

Mesmo sem a presença dos pais ou responsáveis, os adolescentes a partir de 15 anos podem
procurar a unidade de saúde mais próxima para se informar sobre os cuidados em saúde, e em
conversa com os profissionais de saúde, podem diminuir dúvidas e ansiedade, tornando-se
mais seguros e confiantes sobre seu desenvolvimento afetivo e direitos sexuais. Os
profissionais ainda poderão orientar sobre as intervenções adequadas dentro do plano de vida
individualizado de cada adolescente. Em caso de início da vida sexual, a orientação pode incluir
o uso de métodos naturais e de anticoncepção, como os de barreira (camisinha), hormonais e
de longa duração.

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta de maneira gratuita nove métodos
contraceptivos que ajudam no planejamento familiar. São eles: anticoncepcional injetável
mensal; anticoncepcional injetável trimestral; minipílula; pílula combinada; diafragma; pílula
anticoncepcional de emergência (ou pílula do dia seguinte); Dispositivo Intrauterino (DIU);
preservativo feminino e preservativo masculino.

Estes métodos contraceptivos estão acessíveis aos adolescentes nas unidades de Atenção
Primária, incluindo testes rápidos para infecções, mesmo que estejam desacompanhados. No
caso de alterações, os pais ou responsáveis são acionados.

Outra iniciativa do Ministério da Saúde, em parceria com os estados e municípios, é o


Programa Saúde na Escola. Trata-se de uma estratégia que aborda, inclusive, a prevenção da
gravidez na adolescência dentro da linha de ação sobre Direitos Sexuais e Reprodutivos e
Prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis e HIV/Aids. No ano passado, foram
realizadas mais de 26,8 mil ações em Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos e Prevenção das
IST/AIDS em mais de 10 mil escolas pactuadas em três mil municípios, chegando a 1,5 milhão
de estudantes.

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Em 2018, cerca de 15% do total de nascidos vivos foram de mães com idade até 19 anos,
segundo dados preliminares do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC).
Embora o número de gestações na adolescência venha caindo no país – passando de 721.564,
em 2000, para 434.573, em 2018 –, o Brasil ainda possui taxa de 68,4 nascimentos para cada
mil adolescentes e jovens mulheres entre 15 e 19 anos. O índice é elevado na comparação com
a taxa mundial, de 46 nascimentos, e fica acima da média latino-americana (65,5 nascimentos).

Estudo da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em parceria com o Fundo das Nações
Unidas para a Infância (UNICEF), publicado em 2018, aponta que a gravidez na adolescência
ocorre com maior frequência entre as meninas com menor escolaridade e menor renda,
menor acesso a serviços públicos, e em situação de maior vulnerabilidade social.

De acordo com a pesquisa Nascer Brasil 2016, do Ministério da Saúde, 66% das gestações em
adolescentes não são planejadas. Ainda, cerca de 75% das mães adolescentes estavam fora da
escola, segundo a PNAD 2013, o que pode sugerir consequências sociais e econômicas, além
de emocionais, para as mães adolescentes.

Há ainda riscos para o recém-nascido. Estudo do Ministério da Saúde, chamado Saúde Brasil,
indica uma das maiores taxas de mortalidade infantil entre mães mais jovens (até 19 anos),
com 15,3 óbitos para cada mil nascidos vivos (acima da taxa nacional, de 13,4 óbitos). Isso
porque além da imaturidade biológica, condições socioeconômicas desfavoráveis influenciam
nos resultados obstétricos.

“O abandono da escola aumenta a mortalidade infantil, gera pobreza. É um ciclo vicioso e que
precisa, de alguma maneira, ser abordado”, enfatizou o ministro da Saúde, Luiz Henrique
Mandetta.

Por isso, a necessidade de diversificar a abordagem sobre prevenção da gravidez na


adolescência, incluindo, também, componentes comportamentais, de autonomia e de
responsabilização para reduzir os casos de gravidez não intencional na adolescência.

Vulnerabilidade

Apesar de ocorrer em diferentes grupos, os estudos demonstram que a gravidez na


adolescência está relacionada a baixa renda, deficit de escolaridade e poucas perspectivas
intelectuais, sociais e profissionais. Além da vulnerabilidade social, a saúde da jovem grávida
também fica ameaçada.

— A mulher grávida precocemente pode apresentar sérios problemas durante a gestação,


inclusive risco de morte — alerta a ginecologista.

Para atender a um desejo do namorado, de 21 anos, uma jovem da periferia de Brasília decidiu
engravidar aos 16, mesmo sem nenhum dos dois estar empregado. A jovem abandonou os
estudos para se dedicar ao bebê.

— Eu conhecia os métodos [para não engravidar], mas o meu namorado queria ser pai, a
camisinha estourou e eu engravidei — relata a adolescente, cuja mãe também engravidou aos
14 anos.

A repetição de padrão também contribui para a gravidez na adolescência. Em 66% dos casos,
as jovens apresentam as mesmas experiências vividas por suas mães e avós.

Ana Carolina lembra que, ao ficar grávida, é fundamental que a garota não abandone os
estudos. Por lei, as instituições de ensino devem estar preparadas para fornecer atendimento
qualificado. Além disso, a partir do oitavo mês de gestação e durante três meses, a estudante
grávida ficará assistida pelo regime de exercícios domiciliares.

Violência

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, considera-se criança a pessoa até 12 anos


incompletos, e adolescente entre 12 e 18 anos. No caso de sexo com crianças ou adolescentes
abaixo da idade de consentimento (no Brasil essa idade é 14 anos), o abuso sexual é
legalmente presumido como ato criminoso, independentemente de ter havido ou não
violência quando o parceiro for maior de 18 anos. O Código Penal define como estupro de
vulnerável “o ato de ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14
anos”. A pena para esse crime é reclusão de 8 a 15 anos.

Fonte: Agência Senado


Na ocasião, ela disse que o jovem que "está tendo relação sexual precisa se prevenir e precisa
ser orientado" sobre uso de preservativo. Em seguida, defendeu que "o método mais eficiente
para a não gravidez não é a camisinha, não é o diu, não é o anticoncepcional, o método mais
eficiente é a abstinência".

"Por que não falar sobre isso? Por que não falar de retardar o início da relação sexual? Eu
defendo essa tese", 

"Quanto mais cedo (o adolescente) inicia sua vida sexual, mais tempo ele fica exposto aos
riscos de uma gravidez precoce e de infecções sexualmente transmissíveis. O que a gente
acredita é que, mostrando que esperar também é uma opção, isso vai cooperar para que esses
índices diminuam", defende.

Júnior reclama que há muito "preconceito" contra seu movimento e afirma que a proposta é
que o trabalho do governo nessa temática não tenha "viés religioso". "Seria uma linguagem
para respeitar os valores familiares e religião de cada adolescente. Nossa intenção seria só
mostrar que esperar também é uma escolha", ressalta.

"O que a gente percebe na prática é que muitos adolescentes que não têm relações sexuais na
adolescência se sentem constrangidos, têm vergonha de admitir a decisão. Muitos
adolescentes, principalmente meninas, acabam cedendo e iniciando sua vida sexual porque
qconsiderar positivo explicar aos jovens que transar ou não é uma escolha individual deles.
Segundo ela, o objetivo da educação sexual não é promover o sexo, mas tornar o jovem
consciente dessa liberdade de escolha e também da responsabilidade que deve assumir caso
decida começar a transar.

"Ninguém é obrigado a fazer sexo na adolescência. Você pode esperar. Se for uma escolha,
está ótimo. Agora, se eu imponho que tem que escolher esperar, já não é mais escolha, é
obrigação. Tudo vai depender de qual é o discurso que vem com essa campanha. Se for um
discurso de escolha, eu acho legal", afirma.

"O importante é entender, sim, que o sexo existe, que é algo que é parte da vida e que é algo
que não tem nada de ruim. Ruim é não saber lidar com ele e suas consequências", disse ainda.

Vilela discorda, no entanto, do enfoque na abstinência como método contraceptivo. Ela


lembra que as mudanças biológicas que garotas e rapazes vivenciam na adolescência
aumentam o desejo sexual. Além disso, ressalta, o contexto social mais permissivo ao sexo nos
dias de hoje favorece que eles tenham oportunidade de transar.

Querem fazer parte de um grupo", disse ainda, ao defender seu movimento.

"Se as pessoas passarem a ter sexo só a partir de 18 anos, isso diminui a


gravidez na adolescência. A questão é: eles vão conseguir que esses jovens
não tenham sexo até os 18 anos? Eu duvido muito", critica.
"A gente não pode negar esse contexto biológico, cognitivo e social do
adolescente. É você querer ter uma expectativa que ele não vai conseguir
corresponder. E se eles não forem educados para saber como lidar com essa
situação, provavelmente vão fazer sexo sem se prevenir e a gravidez e a
doença vão acontecer", reforça.
"Em relação ao Planejamento Familiar, usuários e profissionais da Atenção Primária à Saúde
devem definir juntos, dentro dos recursos disponíveis no SUS, o que melhor se ajusta
individualmente, incluindo métodos de anticoncepção", disse ainda a pasta.

ravidez na adolescência: a jornada para uma nova vida

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Um sorriso tímido, mas ao mesmo tempo esperançoso, que


traz a incerteza de Cleize Bezerra da Silva, que aos 18 anos
carrega em seus braços a filha Lavínia Vitória, de um mês de
idade. Para escrever essa matéria, que integra a série sobre
gravidez na adolescência, eu, jornalista Dani Cunha, estava
ali, do outro lado (quase 19 anos depois), vendo aquela
situação, agora de outro ângulo, de uma jovem que, da
mesma forma que eu há alguns anos, começa uma jornada
que não permite vislumbrar o que vem pela frente.
 

Pude ver a história de uma dimensão muito maior sobre o que significa estar grávida na
adolescência. E mais: pude me colocar no lugar da mãe dela, já que tenho uma filha da mesma
idade e, principalmente, no lugar da minha mãe. Reviver essas lembranças foi terno, mas ao
mesmo tempo difícil, tamanha a responsabilidade que é ter um filho.

Essa foi a segunda gestação de Cleize. Aos 16 anos, ela perdeu a primeira gravidez, de outro
relacionamento. Mesmo morando com o companheiro há quase um ano e meio, a jovem, de
baixa renda, conta que foi um choque descobrir que estava grávida. À época, ela cursava o
primeiro ano do ensino médio e com o passar dos meses, os estudos começaram a ficar
comprometidos.

“Quando descobri, estava com 12 semanas


de gravidez e comecei a entrar em
depressão, não saía mais do quarto, não
comia. Foi muito complicado, mas depois
passei a pensar mais na minha filha e em
mim, e que não levaria a nada eu agir
daquela forma. Eu sempre gostei muito de
estudar, só que os enjoos ficaram mais
fortes, comecei perder o foco, aí veio a
sonolência e tudo ficou mais difícil para eu
estudar. Me dava um desânimo, não queria mais andar, só queria ficar deitada. Isso me
atrapalhou bastante, só que, mesmo assim, eu continuei, não desisti”, contou.

Filha de pais separados, Cleize integra o quadro estatístico dos índices da gravidez na
adolescência, que está associada diretamente com baixa renda e escolaridade, além do ciclo
de repetição, já que sua mãe também teve o primeiro, de quatro filhos, aos 18 anos. A jovem
fez todo o pré-natal no Posto de Saúde da Família (PSF) do bairro Doutor Fábio, em Cuiabá.

O trajeto de casa até a unidade de saúde, a pé, dura cerca de


30 minutos. Hoje ela continua o acompanhamento com a
filha, atravessando um grande trecho de rua completamente
sem asfalto até chegar a seu destino. Esse é um dos
agravantes para jovens carentes que muitas vezes deixam de
realizar pré-natal por conta da dificuldade de acesso ou
distância da unidade de saúde.

Com essa idade, ela não tem noção clara da realidade, mas
ainda assim, Cleize admite a dificuldade que é estar com um
filho nos braços e abrir mão de coisas simples do dia a dia,
como sair com as amigas. “Tive que deixar de sair porque a
minha filha ocupa todo o tempo da minha vida. Não saio mais de casa, a não ser para ir à
igreja. Passear, eu passeio com ela, mas a gente abre mão de muita coisa por conta dela”,
falou.

O misto de sentimentos, receios, dúvidas e inseguranças agora fazem parte da rotina da


adolescente, que passou a assumir papel e responsabilidade de adulto antes da hora. “Ter uma
criança pesa em várias coisas, principalmente na parte financeira. É muita fralda, ter que
comprar roupas quando não serve mais, o gasto é grande, ainda mais quando o bebê está
doente”, afirma.

Dividindo o mesmo teto com os cunhados e os dois filhos deles, além do marido e da filha,
Cleize diz que seu sonho é ter uma casa própria para poder morar com a família. Apesar de
toda dificuldade, pretende concluir o segundo grau, sonha em ser advogada e fala que vai
batalhar por isso. “As aulas retornam em março e como estudo à noite, vou levar minha filha
comigo, não vou desistir porque o estudo é muito importante. Pretendo ser alguém na vida,
quero cuidar dela para ela ter um futuro melhor”, complementou.

Mesmo feliz com a nova realidade, Cleize tem a consciência que ter uma gravidez precoce traz
complicações. Ela resumiu o que é ter um filho precocemente e deu um conselho,
especialmente às amigas. “Engravidar é fácil, cuidar de uma criança não é. Diria para minhas
amigas esperarem porque agora é cedo demais. Eu não incentivaria elas terem filho porque é
muito difícil, é muita responsabilidade”, disse a jovem, com o mesmo sorriso no rosto, com a
filha nos braços e com toda uma história pela frente.

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