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GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA (introdução)

A gravidez na adolescência constitui tema de grande relevância na realidade social


brasileira. O enfoque tradicional relaciona a gravidez como indesejada e decorrente da
desinformação sexual das jovens. O presente trabalho questiona essa posição, postulando
a importância do significado individual da gravidez, que corre paralelo ao desejo universal
de ter ou não ter um filho, bem como a noção de uma “gravidez social” determinada por
fatores culturais e psicológicos que particularizam o significado da maternidade em
adolescentes de classes populares. Conclui-se pela necessidade de reformulação das
políticas públicas com essa população.

Gravidez; Adolescência; Fatores psicossociais; Políticas Públicas.

(Apresentação) “O público alvo são jovens gestantes e a atividade desenvolvida


através do Word em um questionário para jovens gestantes com objetivo de
compreender quais as maiores dificuldades e vulnerabilidade que essas
adolescentes encontraram no período da gestação e pós gestação

Porque a gravidez na adolescência continua


aumentado?
Cerca de 1,1 milhão de adolescentes engravidam por ano no Brasil e esse número continua
crescendo. Hoje, 65% das mulheres grávidas têm menos de 20 anos, segundo dados
fornecidos pelo Hospital São Paulo. A maioria dessas adolescentes não tem condições
financeiras nem emocionais para assumir a maternidade. Por causa da repressão familiar,
muitas delas fogem de casa e quase todas abandonam os estudos. Os problemas
associados com a gravidez da adolescente concentram-se, mais gravemente, no aspecto
indesejado da gravidez e a frequente busca pelo aborto.

Entre as jovens que optam por ter o bebê, 84% têm de 16 a 17 anos, dados obtidos na
Secretaria Municipal de Saúde de Piracicaba. Outro estudo na área, feito pela
Organização Mundial da Saúde, mostra que a incidência de recém-nascidos gerados por
mães adolescentes com baixo peso é duas vezes maior que o de mães adultas. A taxa de
morte neonatal é três vezes maior.

As complicações psicossociais relacionadas à gravidez na adolescência são, em geral,


mais importantes que as complicações físicas. Entre os fatos que devem ser levados em
consideração, inclusive pela equipe que faz o pré-natal, estão: o abandono do lar dos
pais pelas adolescentes, o abandono pelo pai da criança, a opressão e a discriminação
social, empregos menos remunerados, a dependência financeira dos pais por mais
tempo.

Apesar da orientação sobre métodos anticoncepcionais, o número de adolescentes grávidas


continua crescendo. Talvez por não terem grandes perspectivas de vida, por descuido ou
simplesmente por emoção.

(Fala da Karen) A gravidez é um acontecimento marcante na vida das famílias e, em


particular, da mulher. Quando ela ocorre ainda na adolescência, pode resultar em maior
nível de vulnerabilidade ou riscos sociais para as mães e também para os filhos,
particularmente, os recém-nascidos, pois, nesta etapa, a criança é particularmente
vulnerável e dependente de cuidados dos adultos. A adolescência, por si só, constitui
fase de autoafirmação, de transformações físicas, psicológicas e sociais.

Metodos contraceptivos
(Fala da barbara) Quando mulheres de baixa classe social vão ao medico, a primeira
coisa que eles fazem é oferecer a pilula ou a camisinha. Eles nunca oferecem o DIU,
para chegar ao DIU, elas tem que ir atras dele.E quando chegam a ele mal sabem elas
que tem que passar por uma bateria de exames.

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