Você está na página 1de 23

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE MEDICINA

DESFECHO DE GESTAÇÕES COM


ABORTO TARDIO ANTERIOR E SUSPEITA
DE CORIOAMNIONITE SUBCLINICA EM
GESTAÇÃO ATUAL

 
 
ACADÊMICA: AMANDA ORSATTO HORN

ORIENTADORA: DRA. MYLENE MARTINS LAVADO


INTRODUÇÃO
DEFINIÇÃO

ABORTO
Eliminação do concepto antes de a
viabilidade ser adquirida

CORIOAMNIONITE SUBCLÍNICA
Infecção das membranas aminóticas
em gestantes assintomáticas

Fonte: ELEUTÉRIO, Francisco J. C., SOARES, Roger M. R., AUGUSTO, Kathiane L., BRILHANTE, Aline V., FREITAS, Mariano.
Protocolos de obstetrícia da secretaria de saúde do ceará. 2014.
SLUDGE AMNIÓTICO
material hiperecogênico
flutuante dentro do líquido
amniótico

Fonte: ROMERO (2007, p.7)

FONTE: ROMERO, R.,KUSANOVIC,J. P.,ESPINOZA,J., GOTSCH,F., NHANCHANGC. L.,EREZ O., KIM C. J.,KHALEKN., MITTALP., GONCALVES L. F.,SCHAUDINN, C., HASSAN,S. S.,
COSTERTONJ. W. WHAT IS AMNIOTIC FLUID ‘SLUDGE’? ULTRASOUND OBSTET GYNECOL. 2007 OCTOBER ; 30(5): 793–798. 2007.<
HTTPS://WWW.NCBI.NLM.NIH.GOV/PMC/ARTICLES/PMC2494941/>. ACESSO EM 06 DE ABR DE 2020.
 USO DE CLINDAMICINA NA SUSPEITA DA INFECÇÃO,
MUITAS VEZES LEVANTADA POR EXAME
ULTRASSONOGRÁFICO CONTENDO SLUDGE AMNIÓTICO
COM OU SEM COLO UTERINO ENCURTADO.

Fonte: ROMERO, R.,KUSANOVIC,J. P.,ESPINOZA,J., GOTSCH,F., NHANCHANGC. L.,EREZ O., KIM C. J.,KHALEKN., MITTALP., GONCALVES
L. F.,SCHAUDINN, C., HASSAN,S. S., COSTERTONJ. W. What is amniotic fluid ‘sludge’? Ultrasound Obstet Gynecol. 2007 October ; 30(5): 793–
798. 2007.<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2494941/>. Acesso em 06 de abr de 2020.
OBJETIVOS
• OBJETIVO GERAL

DESCREVER O TRATAMENTO E O DESFECHO DE GESTAÇÕES


COM HISTÓRICO DE ABORTOS TARDIOS PRÉVIOS E
DIAGNÓSTICO DE POSSÍVEL CORIONAMNIONITE SUBCLÍNICA
ATRAVÉS DE PRESENÇA DE SLUDGE NO ULTRASSOM
TRANSVAGINAL DE SEGUNDO TRIMESTRE.
• OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 DESCREVER O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS GESTANTES PARTICIPANTES DO

ESTUDO;

 DESCREVER A IDADE GESTACIONAL DO DIAGNÓSTICO DE SLUDGE AMNIÓTICO;

 DESCREVER O TRATAMENTO INSTITUÍDO DURANTE O PRÉ-NATAL;

 DESCREVER O DESFECHO OBSTÉTRICO DESTAS GESTAÇÕES INCLUINDO:

IDADE GESTACIONAL DO PARTO, PESO DO NASCITURO, APGAR SCORE E

NECESSIDADE DE INTERNAÇÃO EM UTI / UCI NEONATAL.

 
MÉTODO
 ABORDAGEM DESCRITIVA RETROSPECTIVA E INICIADO APÓS O
PARECER FAVORÁVEL DO ÓRGÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM
PESQUISA
 AMOSTRA: TODAS AS GESTANTES REALIZANDO PRÉ-NATAL DE ALTO
RISCO NO MUNICÍPIO DE ITAJAÍ, NO PERÍODO DE 01 E JANEIRO DE
2018 A 31 DE DEZEMBRO DE 2019.

 COLETA DE DADOS: CENTRO DE REFERÊNCIA CRESCEM


BANCO DE DADOS

CRITÉRIOS DE INCLUSÃO CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

 Gestantes acima de 18 anos;  Pacientes menores de 18 anos;

 Diagnóstico de abortamento prévio de 2o  Malformações fetais incompatíveis com


trimestre e/ou partos prematuros extremos a vida;

anteriores (menos de 28 semanas);  Gemelaridade;

 Histórico clínico ou diagnóstico  Pacientes que perderam seguimento;


histopatológico placentário de  Não aceitaram participar da pesquisa.
corioamnionite aguda como fator causal.
RESULTADOS E
DISCUSSÃO
AMOSTRAGEM

658 prontuários de 2018-2019;

9 continham fatores de risco gestacionais;

1 sem continuidade do atendimento;

8 pacientes se encaixaram na pesquisa com completa coleta de


dados.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO

Faixa etária de 23-37 anos, com idade média de 30 anos;

Todas as pacientes eram da etnia branca e casadas;

Históricos gestacionais prévios desfavoráveis;

As 08 pacientes tiveram a suspeita de corioamnionite subclínica durante o 2º


trimestre, entre 15 e 20 semanas;
TRATAMENTO

 Tratamento padrão: ceftriaxone 1 grama endovenoso ou intramuscular em


dose única e clindamicina via oral 600mg a cada 8 horas por 14 dias;

Entre as 8 pacientes 2 receberam dose única de azitromicina (1 grama)


concomitante e 4 pacientes necessitaram de ceftriaxone por 7 dias (1 grama
endovenoso ao dia).

Duas pacientes não tiveram tempo hábil de realizar o tratamento instituído e o


desfecho foi um aborto espontâneo durante o tratamento.
DESFECHO GESTACIONAL
 Duas gestantes necessitaram de cerclagem do colo uterino de emergência;

 As duas pacientes que necessitaram cerclagem de emergência tiveram partos


prematuros, a primeira com 35 semanas e a segunda com 34 semanas, ambas por
RUPREMA;

 As outras pacientes tiveram seus partos entre 35 e 37 semanas (3 pacientes) e uma


única paciente chegou a 38 semanas;
O desfecho gestacional nas 6 pacientes foi favorável, em que 4 pacientes tiveram
partos pré-termo e desses, 1 recém-nascido necessitou de UTI neonatal,
comprovando a associação desses fatores com os riscos gestacionais descritos
por GOMES (GOMES, et al, 2011);

Para o tratamento, os antibióticos protocolados pelo serviço foram azitromicina e


ceftriaxona associado a clindamicina, com desaparecimento do sludge e
desfecho gestacional positivo em todas as gestantes com exceção de 1, que teve
infecção fúngica sendo necessário repetir o tratamento.
• Apresar do historio obstétrico, 6 das 8 pacientes conseguiram
findar a gestação com um desfecho favorável: nascituros vivos e
saudáveis;

• Porém, como viés do estudo temos uma amostra pequena sem


grupo controle, limitando a análise dos resultados.
CONCLUSÕES
 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO: ETNIA BRANCA, CASADAS E
COM HISTÓRICOS GESTACIONAIS PRÉVIOS
DESFAVORÁVEIS;

 A IDADE GESTACIONAL DE SUSPEITA DE


CORIOAMNIONITE VARIOU DE 15-20 SEMANAS DE
GESTAÇÃO;
 TRATAMENTO:CEFTRIAXONE, DOSE ÚNICA OU
MÚLTIPLAS, E CLINDAMICINA VIA ORAL POR 14 DIAS.

 DESFECHO OBSTÉTRICO: FOI SATISFATÓRIO COM


NASCITUROS VIVOS E SAUDÁVEIS, A TERMO OU
PRÓXIMO AO TERMO
OBRIGADA!
“TUDO POSSO NAQUELE QUE ME
FORTALECE”.
FL 4:13

Você também pode gostar