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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ - CESUMAR

ANA BEATRIZ BATISTELA DE OLIVEIRA


BÁRBARA DAYANA DE ASSIS
CAROLINE DA SILVA SENNA
JESSYKA SILVA SANTOS

TESTE RÁPIDO PARA ERITROBLASTOSE FETAL


PROPOSTA DE TESTE RÁPIDO PARA IDENTIFICAR A DOENÇA NA GRAVIDEZ

CURITIBA
2022
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ANA BEATRIZ BATISTELA DE OLIVEIRA


BÁRBARA DAYANA DE ASSIS
CAROLINE DA SILVA SENNA
JESSYKA SILVA SANTOS

TESTE RÁPIDO PARA ERITROBLASTOSE FETAL


PROPOSTA DE TESTE RÁPIDO PARA IDENTIFICAR A DOENÇA NA GRAVIDEZ

Trabalho apresentado ao Curso de


Graduação em Farmácia para obtenção
parcial de nota do quarto ano noturno da
instituição Unicesumar - Curitiba.

CURITIBA
2022
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SUMÁRIO

1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DA DOENÇA...................................................................4


2 METODOLOGIA DO TESTE.....................................................................................6
3 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 7
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1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DA DOENÇA

A eritroblastose fetal é uma doença hemolítica perinatal, ou seja, é uma doença de


incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o feto causada pelo fator RH, em que os
anticorpos maternos atravessam a placenta ocasionando a destruição das hemácias do
feto. O fator RH é composto por 54 antígenos, sendo expresso por proteínas da
membrana eritrocitária, onde se destaca entre elas os antígenos D, C, c, e o mais
imunogênico o antígeno D, que corresponde ao anticorpo anti-D (SANTOS; PEREIRA;
VILLARINHO, 2021).

O risco é elevado tanto para a mãe quanto para o feto quando a mãe recebe o
gameta do parceiro, por exemplo, se ele é Rh positivo e a mãe Rh negativo, o bebê é
Rh positivo. Segundo Silva e colaboradores (2016) a mãe começa a produzir então
anticorpos anti-D, logo no primeiro contato com o antígeno D. Entretanto, a
eritroblastose fetal só ocorre a partir da segunda gestação, onde acontece o processo
hemolítico, denominado alo imunização. O alo anticorpos anti-D por serem da classe
IgG, são capazes de atravessar a barreira placentária ligando-se aos eritrócitos fetais.
Com isso, a doença ocorre no sistema imunológico contra o feto, visto que o sistema da
mãe entende como um invasor, ocasionando uma hematopoiese, ou seja, destrói as
células podendo ter outras causas como: hepatoesplenomegalia, anemias graves,
icterícias leves e até doenças mentais, podendo também levar a morte durante a
gestação ou após o parto (BALLALAI, 2019).

A doença não afeta o bebê na primeira gestação, no entanto, em uma segunda


gestação que apresente as mesmas condições, pode ocorrer a destruição das células
vermelhas (hemólise) produzidas na primeira gestação. As gestantes devem usar a
imunoglobulina, quando comprovado a incompatibilidade do fator Rh; quando na
primeira e na segunda gestação a criança é Rh positivo; se sofreu aborto de um bebê
Rh positivo; se na primeira gestação apresentou complicações graves, como gravidez
ectópica ou mola hidatiforme; quando o pai é Rh positivo; se durante a gestação
aconteceu alguma transferência de sangue do feto para a gestante, como hemorragia
transplacentária ou sangramento vaginal (BALLALAI, 2019).
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Pode ser diagnosticada no início da gestação se realizado o acompanhamento pré-


natal adequado através de exames ultrassonográficos e laboratoriais, como o Coombs
direto e indireto. Neste caso, a ultrassonografia é feita para analisar a placenta e o
líquido amniótico, e também para ver se está ocorrendo o crescimento normal do feto,
sendo o tratamento mais seguro e eficaz, ocasionando uma grande melhoria dos
resultados perinatais. (PEREIRA, 2012). Sendo assim, podemos concluir que a
prevenção é o melhor tratamento, em que o teste tem que ser realizado o quanto antes
para detecção.
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2. METODOLOGIA DO TESTE

O método escolhido foi a Imunocromatografia de fluxo lateral. Por ser um


teste de baixo custo, fácil manuseio possibilitando ao próprio paciente realizar o
teste em casa ou em regiões com pouco recurso e resultados rápidos de 15 a 20
minutos (CHAGAS, 2011). Este teste é utilizado no diagnóstico de diversas
patologias como diabetes, HIV, doenças cardíacas e renais, tendo como finalidade a
realização em curto período.
A placa de Imunocromatografia é composta por uma membrana de
nitrocelulose onde uma proteína captura o antígeno ou o anticorpo. Essa placa se
divide em 4 áreas:
• Área da amostra: é onde coloca a amostra coletada que pode ser sangue, saliva,
entre outros, e a solução tampão. Os anticorpos se dispersam na membrana.
• Área intermediária: contém o conjugado, que seria o antígeno D, ocorrendo
então a interação entre antígeno e anticorpo.
• Área T (teste): o anticorpo-conjugado faz a ligação ao antígeno do vírus e forma
uma linha ou banda colorida
• Área C (controle): o conjugado que não faz a ligação com o anticorpo e o
excesso do complexo imune faz a continuidade da migração ao longo da
membrana de nitrocelulose em direção a área C onde ocorre a captura dos
anticorpos anti-imunoglobulina, formando outra linha ou banda colorida.
A área absorvente geralmente possui um papel de filtro comum na qual
desempenha a função de absorver tanto o reagente de revelação quanto a amostra.
Eles migram através dos poros da membrana possibilitando assim, melhor
visualização das bandas teste e controle. O mesmo mantém um fluxo contínuo dos
componentes do sistema plataforma (POSTHUMA-TRUMPIE,2009).
A solução tampão será responsável em auxiliar a migração do conjugado e das
proteínas que contém a amostra, desempenhando o efeito na resposta de
sensibilidade da análise final dos resultados.
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REFERÊNCIAS

ERITROBLASTOSE FETAL: ATUAÇÃO DO SUS. Volta Redonda: Rev. Episteme


Transversalis, v. 12, n. 2, 2021. Disponível em:
http://revista.ugb.edu.br/ojs302/index.php/episteme/article/view/2404/1524. Acesso em:
03 mar. 2022.

ERITROBLASTOSE FETAL: DIAGNÓSTICO E ASPECTOS IMUNOLÓGICOS. João


Pinheiro: Revista Acadêmica Multidisciplinar da Faculdade Cidade de João Pinheiro, v.
4, n. 4, 2016. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Hugo-
SoaresMelo/publication/309781502_ERITROBLASTOSE_FETAL_diagnostico_e_aspect
os_im unologicos/links/5823388908aeb45b5889475b/ERITROBLASTOSE-
FETALdiagnostico-e-aspectos-imunologicos.pdf Acesso em: 03 mar. 2022.

BALLALAI, Isabella. Anti Rh. 2019. Disponível em:


https://www.vaccini.com.br/antirh/#:~:text=A%20imunoglobulina%20anti%2DRh%20%C
3%A9,anticorpo%20previne%2 0a%20eritroblastose%20fetal. Acesso em: 04 mar. 2022.

DESENVOLVIMENTO DE KIT DIAGNÓSTICO RÁPIDO PARA DETECÇÃO E


RESISTÊNCIA Á METICILINA EM CEPAS DE ESTAFILOCOCOS. Rio de Janeiro:
Fundação Oswaldo Cruz, 2011. Acesso em: 19 mai. 2022.

BRASIL. ELIANE S. SUMIKAWA. . Estratégias para utilização de testes rápidos no


Brasil. São Paulo: Ministério da Saúde, 2011. Acesso em: 20 mai. 2022.

DESCONHECIDO (São Paulo). Como é realizado o diagnóstico por testes rápidos.


Disponível em: http://www.cremerdiagnostica.com.br/blog/como-e-realizado-o-
diagnostico-por-testes-rapidos/. Acesso em: 20 mai. 2022.

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