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Imunizações
Baixado por Ely Oliveira (dr.elymed2021@gmail.com)
lOMoARcPSD|21759823
Imunizações
Relevância: Muito alta
Todas as aulas da Mentoria possuem relevância moderada, alta ou muito alta,
baseadas na incidência das provas de residência médica dos últimos 5 anos.
Os CCQs (Conteúdo Chave de Questão) aparecem nas questões e ao longo do texto são
sinalizados por bandeirinhas. As incidências são variáveis de acordo com as cores:
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Tema essencial para as provas de Residência e Revalidação, Imunizações é um dos assuntos mais cobrados
dentre todos. Para começar, uma notícia que não agrada: decoreba! Não deixe de memorizar o Calendário
Básico do Ministério da Saúde (MS) desse ano e preste muita atenção nas mudanças recentes. A versão
mais atualizada se encontra ao final desse texto.
Parece complexo, mas com calma vamos conseguir sair com o que você precisa para acertar a maioria das
questões sobre esse tema.
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GABARITO: Alternativa D.
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Calendário vacinal
Vacinas específicas
BCG
Quando Ao nascer
PNI
Tipo de vacina Bacilos vivos atenuados de Mycobacterium bovis
A BCG é aplicada em dose única por via intradérmica (ID), ao nascer. Pode ser aplicada até os 5 anos
incompletos. Previne contra formas graves de tuberculose (miliar e meníngea, principalmente).
• RN abaixo de 2 kg deve ter a BCG adiada até atingir esse peso.
• RNs filhos de mães infectadas pelo HIV devem receber a BCG ao nascimento normalmente,
exceto naqueles sintomáticos (raro).
• Em caso de não surgimento de cicatriz vacinal, não há necessidade de revacinar, independente do
tempo transcorrido da vacinação.
• Contactantes acima de 1 ano de pacientes com hanseníase devem receber uma segunda dose de
BCG (exceto aqueles que possuem duas cicatrizes).
A não revacinação em casos de ausência de cicatriz é recente e vem aparecendonas provas, veja:
Questão 2: (SCMSP- 2020) Uma criança com sete meses de vida foi avaliada em consulta
de puericultura. A criança apresentava desenvolvimento pondero-estatural, desenvolvimento
neuropsicomotor, vacinação e alimentação adequados. Ao exame físico, o médico observou que
a criança não tinha a cicatriz de BCG. Com base nesse caso hipotético e nas recomendações do
Ministério da Saúde, é correto afirmar que a conduta indicada no momento é:
A) A vacinação imediata com BCG.
B) Não dar BCG, pois não há recomendação de revacinação.
C) Realizar teste tuberculínico imediato e vacinar com BCG se o resultado for não reator.
D) Iniciar isoniazida e realizar teste tuberculínico após.
E) Avaliar a epidemiologia da criança e vacinar com BCG em caso de contato com tuberculose.
CCQ: Ausência de cicatriz da BCG não indica revacinação
Em 2018, a Organização Mundial da Saúde emitiu um documento atualizando as diretrizes de
vacinação com a vacina BCG em bebês, apontando que os estudos não demonstraram evidências
convincentes de benefício para doses repetidas de vacina BCG contra tuberculose ou hanseníase.
Portanto, a recomendação é que a revacinação com BCG não deve ser realizada, mesmo nos
casos em que o teste tuberculínico ou o teste de IGRA resultem negativos. O documento também
destaca que a ausência de cicatriz de BCG não indica ausência de proteção, e que pesquisas
para o desenvolvimento de novas vacinas são necessárias. Dessa forma, o Programa Nacional de
Imunizações (PNI) emitiu uma nota informativa atualizando a conduta e passando a não mais indicar
a revacinação das crianças que não desenvolveram a cicatriz vacinal.
GABARITO: Alternativa B.
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Abscessos quentes são causados por bactérias da pele e o tratamento é feito da mesma maneira
que qualquer abscesso de pele comum, com antibioticoterapia.
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Questão 3: (HCP - 2018) Um recém-nascido, filho de pai bacilífero, coabitará com o avô, também
bacilífero, e está em tratamento há 1 semana com esquema básico para tuberculose. Com base no
Manual de recomendações para o controle da Tuberculose no Brasil, de 2010, a orientação adequada
para o recém-nascido é:
A) Vacinar e encerrar o caso se PPD menor ou igual a 5 mm após 3 meses.
B) Não vacinar, mas iniciar quimioprofilaxia primária e realizar PPD após 3 meses.
C) Não vacinar, mas realizar PPD e iniciar quimioprofilaxia primária se PPD maior ou igual a 5 mm.
D) Iniciar quimioprofilaxia primária e manter se PPD maior ou igual a 10 mm aos 3 meses.
Hepatite B
0, 2 e 6 meses
Quando
(acaba entrando nos 4 meses por fazer parte da pentavalente)
PNI
Tipo de vacina Vírus inativado
A vacina de hepatite B é a primeira que todos os recém-nascidos recebem, ainda na sala de parto ou
nas primeiras horas de vida. Diferentemente da BCG, ela não possui contraindicação por peso, então
pode ser feita mesmo em recém-nascidos prematuros/de baixo peso.
Em recém-nascidos filhos de mãe com hepatite B, a vacina deve ser feita igualmente e, associado
a isso, devem receber imunoglobulina idealmente nas primeiras 12 a 24 horas, porém pode ser
realizada até 14 dias.
Que tal vermos uma questão sobre imunoglobulinas?
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Poliomielite
VIP: 2, 4 e 6 meses
Quando
VOP: 15 meses e 4 anos
PNI
VIP: vírus inativado
Tipo de vacina
VOP: vírus vivo atenuado
VIP
VIP é a vacina IM, de vírus inativado, recomendada pelo MS nas 3 primeiras doses (2, 4 e 6 meses),
além de ser a preferência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em todas as doses. Não causa
poliomielite vacinal e pode ser aplicada com segurança em imunodeprimidos.
VOP
Vacina oral, de vírus vivo atenuado, recomendada pelo MS somente como reforço aos 15 meses
e 4 anos, além das campanhas. Seu grande problema é a possibilidade de causar a poliomielite vacinal
(paralisia flácida aguda) e a vantagem é a imunidade de rebanho (pela replicação e disseminação do
vírus vivo atenuado via fecal-oral).
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Fique atento a uma pegadinha clássica: se por algum motivo o lactente cuspir ou regurgitar logo
após a vacinação oral da poliomielite, não há necessidade de revacinação.
Outro detalhe importante é que a imunossupressão; contactantes de imunodeprimidos e hospitalização
contraindicam a vacina oral.
Questão 5: (HSJC-SP - 2020) Menino com 5 anos traz a caderneta de vacinação para consulta.
Quantas doses e quais as vias de administração da vacina contra poliomielite devem ter sido
aplicadas nesta criança?
A) 5 doses; as 2 primeiras doses via intramuscular, a 3ª, 4ª e 5ª doses por via oral.
B) 4 doses; as 2 primeiras doses via intramuscular, a 3°e 4° doses por via oral.
C) 4 doses; as 3 primeiras doses via intramuscular, a 4ª dose por via oral.
D) 5 doses; as 3 primeiras doses via intramuscular, a 4ª e 5ª doses por via oral.
CCQ: A vacina contra pólio é feita em 5 doses (três com VIP e duas com VOP)
Uma criança de 5 anos deve ter recebido quantas doses da vacina contra poliomielite?
Para acertar essa questão, precisávamos lembrar que a vacina contra pólio possui dois
tipos: a forma inativada e a vacina oral.
A vacina inativada contra poliomielite (VIP) é injetável pela via intramuscular e é a escolha
para a realização das primeiras três doses (2, 4 e 6 meses), pois não causa poliomielite
vacinal sendo, portanto, mais segura. Já a vacina oral (VOP) deve ser feita nas doses
de reforço, aos 15 meses e 4 anos e nas campanhas anuais de vacinação. A criança
é considerada imunizada após a aplicação de 3 doses da vacina (e, idealmente, com
o primeiro reforço). Logo, uma criança de 5 anos deve ter recebido 3 doses da VIP e
2 doses da VOP.
GABARITO: Alternativa D.
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Quando 2 e 4 meses
PNI
Tipo de vacina Vírus vivo atenuado
A vacina oferece proteção contra diarreia por rotavírus. Aqui você precisa saber que, dentre as
faixas etárias máximas de aplicação, ela é a que mais aparece, sendo a 1ª dose até 3 meses e 15 dias, e
2ª dose até 7 meses e 29 dias.
Após essa faixa etária, aumenta-se o risco de intussuscepção intestinal secundária à vacina do
rotavírus.
Meningocócica
Meningocócica C: 3, 5 e 12 meses
Quando
Meningocócica ACWY: 11-12 anos
PNI
Tipo de vacina Conjugada
A vacina disponibilizada pelo MS era só a meningocócica C, que protege contra esse sorogrupo,
mas em 2020, a vacina ACWY, que amplia a proteção contra esses 4 sorogrupos, foi incluída
no calendário do PNI para os jovens de 11 a 12 anos, como reforço.
Essas duas vacinas são conjugadas e de alta eficácia. Além disso, existe uma vacina recombinante
nova meningocócica B, que também é recomendada pela SBP, mas não está no PNI.
Pneumocócica
Quando 2, 4 e 12 meses
PNI
Tipo de vacina Conjugada ou polissacarídica
A vacina disponibilizada pelo MS é a conjugada 10-valente, com alta eficácia contra 10 sorotipos
importantes do S. pneumoniae. Existe outra vacina, a 13-valente (também conjugada), recomendada
pela SBP, que adiciona mais 3 sorotipos. Além disso, é muito importante que você conheça a
vacina polissacarídica 23-valente, que não possui antígeno proteico, por isso gera uma imunidade
T-independente, de curta duração.
Ela está disponível somente para pessoas com mais de 2 anos e com alguma dessas condições:
HIV/AIDS, cardiopatia crônica, pneumopatia crônica (exceto asma leve), nefropatia, hepatopatia,
diabetes mellitus, imunodeprimidos, idosos que vivem em instituições fechadas, etc. Máximo
de duas doses separadas por 5 anos, caso a indicação permaneça.
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Eventos adversos
É a vacina mais relacionada a eventos adversos sistêmicos, especialmente ligados ao pertussis
(bactéria inativada). Os principais eventos e condutas são:
• Febre/choro persistente: eventos leves, não modifica a conduta quanto às doses posteriores.
• Encefalite: evento grave, indica uso de vacina DT em doses seguintes (sem pertussis!).
• Anafilaxia: como vale para qualquer vacina, não pode mais ser aplicada.
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Questão 6: (USP-SP - 2020) Lactente feminino, 4 meses, é levada a UBS pela mãe, que
deseja orientações sobre vacinação. A mãe refere que a criança apresentou um quadro
de palidez intensa, associado a hipotonia generalizada, iniciado 6 horas após a aplicação
da vacina dos 2 meses de vida. Refere que a criança não reagia quando estimulada.
À época, a mãe levou a criança ao serviço de saúde, mas o episódio se resolveu antes da
chegada ao hospital. A criança foi avaliada, permaneceu em observação por algumas horas
e depois foi liberada. Evoluiu bem, sem novos episódios. Atualmente com desenvolvimento
neuropsicomotor adequado para a idade. Levando em consideração os dados informados
pela mãe, a conduta é:
A) Contraindicar as vacinas de vírus vivos atenuados (rotavírus e poliomielite) e encaminhar para
imunologia pediátrica para avaliação.
B) Administrar todas as vacinas previstas para a idade e manter observação médica por 6 horas
após aplicação.
C) Administrar cada uma das vacinas previstas para a idade em dias diferentes e observar possíveis
reações de cada uma.
D) Trocar a vacina tríplice bacteriana de células inteiras (DPT) por DPT acelular e aplicar as
demais vacinas previstas para a idade.
GABARITO: Alternativa D.
Abordamos as vacinas DTP e hepatite B, mas além dessas temos mais uma que compõe a pentavalente.
Você sabe qual é?
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GABARITO: Alternativa D.
Devido à epidemia de sarampo em 2019, houve mudança no esquema vacinal para essas doenças.
Se houver vacinação de 12 e 15 meses, não precisa receber outras doses. Se não há comprovação de
vacinação nas faixas indicadas, de 12 e 15 meses, há necessidade de adultos receberem a vacina.
A criança, o adolescente e o adulto até 29 anos devem receber 2 doses. Mas, se recebeu só uma dose, tem
que atualizar a situação vacinal, seja na fase adolescente ou adulta. Para quem tem 30 a 49 anos e não
tomou nenhuma dose da vacina, deve buscar os postos para receber uma dose única.
Já as gestantes devem esperar para serem vacinadas após o parto. Para mulheres que pretendem
engravidar e não foram vacinadas, devem receber a dose com pelo menos 4 semanas até o início da
gestação.
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Resumindo:
• Até 29 anos: quem não tiver o calendário vacinal completo, deve receber 2 doses;
• De 30-49 anos: quem não tiver o calendário vacinal completo, deve receber 1 dose.
Após o aumento significativo do número de casos em 2019, o sarampo e a vacina tríplice viral, começaram
a aparecer cada vez mais em concursos de Residência. Atente-se a esse tema!
Um tópico importante, lembrando da aula de doenças exantemáticas, é que a vacina pode ser feita para
pacientes expostos, não imunizados e imunocompetentes como forma de bloqueio. A vacina pode ser
administrada em até 72h após o contato com um caso suspeito.
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Questão 8: (HIS - 2020) O sarampo estava erradicado da região das Américas desde setembro
de 2016, após esforços de mais de duas décadas de campanhas de vacinação. Em 2019
presenciamos o reaparecimento de casos paulatinamente, e vivemos no segundo semestre
a situação de surto epidemiológico em algumas cidades brasileiras. Novas campanhas foram
iniciadas para ampliar a cobertura vacinal. Assinale a alternativa correta sobre a indicação de
vacinação, de acordo com o Ministério da Saúde, para indivíduos imunocompetentes:
A) Indivíduos entre 30 anos e 49 anos devem ter no total 2 doses de vacina, sendo necessário
completar o status vacinal com intervalos mínimos de 3 meses entre as doses.
B) Indivíduos entre 1 ano e 29 anos devem ter no total 3 doses da vacina, sendo necessário
completar o status vacinal com intervalos mínimos de 3 meses entre as doses.
C) Indivíduos acima de 6 meses de idade e menores de um ano passaram a receber a dose zero.
As doses subsequentes são aos 12 meses e aos 15 meses, estando a imunização completa.
D) O calendário vacinal do sarampo não sofreu alterações. As campanhas são para atualização
do status vacinal dos indivíduos que foram vacinados previamente. Pacientes que já tiveram
sarampo não podem receber vacinação.
E) Todos os indivíduos devem receber vacina de bloqueio, independentemente do status vacinal e
da idade. Tal medida foi adotada para ampliar a cobertura vacinal com o efeito de vacinação de
rebanho.
CCQ: Dose zero da vacina do sarampo deve ser feita para crianças
entre 6 meses e 1 ano
Veja essa questão que interessante: nos últimos anos houve um aumento no número
de casos de sarampo, chegando a ocasionar surtos em alguns locais. Por este motivo, o
Ministério da Saúde instituiu uma dose adicional da vacina contra o sarampo, chamada
de “dose zero”. Essa dose deve ser aplicada em todas as crianças que pertençam à faixa
etária de 6 meses até 11 meses e 29 dias. Lembrando que essa dose não conta, pois,
depois dela, segue-se o calendário de vacinação, devendo a criança receber normalmente
a tríplice viral aos 12 meses e a tetra viral aos 15 meses.
GABARITO: Alternativa C.
Varicela
A vacina da varicela, doença também conhecida como catapora, tem sua primeira dose em conjunto com
sarampo, caxumba e rubéola, a chamada tetra viral (SCRV). Aos 4 anos é feita sua 2ª dose, sozinha.
Um ponto importante a ser lembrado, abordado na aula de Doenças exantemáticas, é a possibilidade
da vacinação de bloqueio após exposição de varicela. Normalmente, ela é realizada apenas em casos
de surtos hospitalares, porém existe a possibilidade de ser realizada em maiores de 9 meses que
tiveram exposição relevante ao vírus. Veja essa questão sobre o tema:
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Hepatite A
Quando 15 meses
PNI
Tipo de vacina Inatividade
Apesar de haver recomendação de duas doses, foi observada uma grande taxa de imunização
(90%) em crianças na primeira dose. Levando isso em conta, o Ministério da Saúde recomenda
uma dose única aos 15 meses.
Febre amarela
Essa é uma vacina com atualização em 2020 do calendário vacinal, que incluiu uma dose de reforço aos
4 anos após a primeira dose aos 9 meses.
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Imunizações
Nos adultos, está indicada em residentes ou viajantes para áreas endêmicas pelo menos 10 dias
antes da data da viagem.
No Brasil, a endemia acontece principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste, Minas Gerais,
Maranhão e alguns municípios dos estados do Sul, Piauí, São Paulo e Bahia. Para viagens
internacionais com destino à zona endêmica, a OMS recomenda uma dose. Idosos e gestantes
podem ser vacinados para febre amarela, devendo-se avaliar caso a caso a relação risco-benefício.
Outro ponto importante é a possibilidade do uso da dose fracionada (1/₅ da dose habitual, que
induz à resposta por 8 anos) em indivíduos acima de 2 anos, especialmente em campanhas.
E fique atento a alguns detalhes! Como se trata de um vírus vivo atenuado, ela não pode ser
aplicada no mesmo dia que as vacinas tríplice e tetra viral devido ao risco de interferência
e diminuição da imunogenicidade. O intervalo entre essas vacinas deve ser de pelo menos
30 dias. Além disso, em mulheres lactantes que tomarem a vacina da febre amarela, o aleitamento
materno deve ser suspenso idealmente por 28 dias, sendo 15 dias o tempo mínimo.
HPV
A vacina do HPV oferecida pelo PNI é a quadrivalente, que inclui os tipos 6, 11, 16 e 18.
Deve ser feita a aplicação em 2 doses com intervalo de 6 meses entre elas. Para portadores do
HIV, são 3 doses, a segunda após 2 meses da primeira, e a terceira dose 6 meses após a segunda
(meses 0, 2, 6). Fique atento, pois tivemos uma nova atualização em 2021 na faixa etária de
imunossuprimidos coberta pela vacina: antes era de 9-26 anos e agora vai até os 45 anos!
Não é uma vacina indicada na gestação, mas se for aplicada inadvertidamente, não há nenhuma
medida a ser tomada.
Dengue
Vacina com vírus vivo nova, disponível somente na rede privada. Está indicada somente para
pessoas que tiveram contato com o vírus da dengue (sorologia positiva), com 9 a 45 anos.
É aplicada em 3 doses, separadas por 6 meses. Reduz em aproximadamente 65% a chance de
adoecimento e 93% a chance de dengue grave.
Antes de seguir ao próximo tema, muitas bancas gostam de cobrar atualização de calendário
por faixa etária, então veja a questão:
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Questão 10: (HSL-RP - 2020) Lactente com 12 meses comparece a UBS para atualizar vacinação
e caderneta de saúde. Ao considerar que, até a presente data, a caderneta de vacinação está
atualizada, quais as próximas vacinas que essa criança deve receber?
A) Reforço de Meningo C + reforço Pneumo 10 + reforço DPT.
B) Reforço de Pneumo 10 + reforço VOP + 1ª dose tríplice viral.
C) Reforço de Pneumo 10 + reforço DPT + 1ª dose tríplice viral.
D) Reforço de Meningo C + reforço Pneumo 10 + 1ª dose tríplice viral.
CCQ: Saber quais são as vacinas indicadas aos 12 meses de vida
Mais uma questão clássica sobre imunizações pedindo as vacinas indicadas para uma criança
de 12 meses. Para acertar essa questão, é preciso ter conhecimento do calendário vacinal do
Programa Nacional de Imunizações.
Para lembrar: aos 12 meses indica-se a primeira dose da tríplice viral (sarampo, rubéola e
caxumba) e dois reforços (dose de reforço contra Pneumococo e o Meningococo), através da
vacina Pneumocócica 10 e Meningocócica C.
GABARITO: Alternativa D.
Vacinas sazonais/pandemia
Coronavírus
A corrida por uma vacina para o coronavírus foi a todo vapor desde que a pandemia começou,
em 2020. Vários países e instituições se juntaram e muitas vacinas foram propostas. Como ainda
estamos vivendo esse momento, esse é um tema que pode ter atualizações, então fique atento
às novidades!
Aqui vamos trazer os principais aspectos gerais das vacinas que estão sendo aplicadas. Para mais detalhes
você terá uma apostila especial somente sobre o coronavírus.
Como estamos vivendo dia a dia o processo de criação e aprovação de vacinas novas, é muito importante
conhecer as principais fases dos estudos e quais as suas finalidades até que sua aprovação seja feita.
Fase pré-clínica
• Fase exploratória: pesquisa básica em laboratório, mais conceitual sobre o tipo de antígeno que será
usado;
• Fase experimental: avalia segurança e imunogenicidade em cultura de células, tecidos e testes em
animais (camundongos, macacos, coelhos...).
Fases clínicas
Envolvem seres humanos, em progressão de amostra.
• Fase I: avalia dose, segurança e imunogenicidade; em pequena amostra de seres humanos saudáveis;
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Imunizações
• Fase II: avalia dose, segurança e imunogenicidade, além dos efeitos adversos; em centenas de pessoas;
• Fase III: confirma segurança e eficácia; milhares de pessoas, incluindo grupos, como idosos e crianças;
• Fase IV: farmacovigilância. Após registro, avaliação e aprovação para comercialização; monitora os
efeitos adversos enquanto a vacina é distribuída no comércio.
Para as vacinas contra o coronavírus, esse processo foi acelerado, bem mais rápido que o normal.
São diferentes tecnologias usadas nos projetos, desde as clássicas de vírus vivo atenuado ou inteiro,
inativados às novas de DNA e mRNA e vetores virais. O que você precisa saber é que todas têm
como alvo a proteína S (spike), que é a responsável pela ligação do vírus SARS-CoV-2 com as células
humanas.
Observe a tabela abaixo que traz as principais informações sobre as vacinas aprovadas para uso de
emergência no Brasil até maio de 2021:
Tipo de Esquema
Desenvolvedor País Observação
vacina de doses
Contém partículas
2 doses, virais do vetor
University of Oxford/ Vetor viral
Reino Unido com intervalo adenovírus
AstraZeneca não replicante
de 4-12 semanas recombinante
de chimpanzé
2 doses,
Instituto Butantan/ Vírus
China com intervalo
Sinovac (CoronaVac) inativado
de 2-4 semanas
Janssen Contém
Vetor viral
Pharmaceuticals / Bélgica Dose única adenovírus
não replicante
Johnson & Johnson humano 26
Com as vacinas em produção e uma demanda mundial, foi necessária a criação de um Plano Nacional
de Vacinação contra a Covid-19 com base nos grupos prioritários, a fim de reduzir a morbimortalidade
até que se atinja um número alto de imunizados que efetivamente contribua para a redução da
circulação do vírus. A vacinação começou com os profissionais da saúde e seguiu conforme a idade,
prioritariamente maiores de 60 anos e com comorbidades.
Influenza
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Imunizações
A última pandemia por Influenza foi em 2009, pelo H1N1. Por ser um vírus com grande capacidade
de modificação, novas cepas são geradas com frequência e estudos mostram que a memória
imunológica contra as cepas tem uma validade, tornando necessária a revacinação anual. As vacinas
são feitas conforme as cepas mais frequentes no último ano: na trivalente são escolhidas duas cepas
de influenza A (H1N1 e H2N3) e uma cepa influenza tipo B. E na quadrivalente, 2 cepas de cada.
Como é uma doença sazonal, a campanha deve acontecer nos meses que precedem o período
de maior contágio. No ano de 2020 houve uma atualização com extensão da faixa etária coberta,
incluindo os adultos de 55-59 anos. Agora ela é oferecida pelo SUS para indivíduos de: 6 meses a
5 anos e maiores de 55 anos. É importante lembrar que na primeira dose deve-se aplicar uma dose
adicional 30 dias depois, até os 8 anos.
Vacinas e gestantes
A gestação é um período importante para assegurar a saúde da mãe e da futura criança. As infecções
maternas durante a gestação podem implicar em malformações e morte fetal. Como muitas dessas
infecções são imunopreveníveis, profilaxias (como a imunização) adequadamente estimuladas e
implementadas asseguram uma gestação saudável e livre de complicações.
Além disso, sabe-se que o IgG, imunoglobulina de memória imunológica, tem capacidade de atravessar a
barreira placentária e de ser secretada no leite materno, garantindo proteção até o período de 6 meses e
o primeiro ano de vida, momento em que há imaturidade imunológica do bebê.
O melhor momento para a imunização da gestante para a maioria das doenças é a pré-concepção,
conforme o calendário vacinal vigente. Se alguma vacina estiver faltando, existem alguns conceitos
básicos que você precisa guardar sobre vacinação em gestantes:
1) Vacinas de vírus vivo não devem ser administradas pelo risco de causar transmissão do vírus
vacinal para o feto*;
3) Se a gestante não tiver completado o esquema vacinal, deve-se continuar o esquema a partir da
dose registrada porque toda dose recebida e registrada é considerada válida.
• Esquema das vacinas de difteria, tétano e coqueluche (DTP/ dT) para as não previamente imunizadas;
• dTpa (difteria, tétano e coqueluche do tipo acelular) após a 20ª semana de gestação para prevenir
a coqueluche no lactente.
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Imunizações
Ou seja, toda gestante vai tomar a vacina de influenza e a dTpa durante a gestação e em todas as
gestações, mesmo se já tiver tomado essas vacinas em outra gravidez ou se seu calendário vacinal
estiver completo.
*Uma exceção é em relação à vacina da febre amarela, em que deve ser avaliado com cautela a
relação de risco-benefício em áreas onde a doença é endêmica por se tratar de uma vacina de vírus
vivo atenuado com risco teórico de transmissão ao feto. Se for ponderada a situação e concluído que
os benefícios são superiores aos riscos, a vacinação deverá ser realizada.
E a vacina do Coronavírus?
Apesar de a segurança e eficácia das vacinas contra o coronavírus não ter sido avaliada nesses
grupos, estudos em animais não demonstraram riscos de malformações. Por isso, aqui cabe uma
decisão compartilhada entre a gestante e seu médico sobre os riscos e benefícios.
A seguir, encontra-se o calendário vacinal para o ano de 2021. Memorize-o! Desta decoreba realmente
não dá para escapar!
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9 meses 1 dose
Crianças
12 meses Reforço Reforço 1a dose 1 ou 2
doses
15 meses 1o reforço 1o reforço 1 dose 1 dose (anual)
(com DTP) (com VOP)
9 anos
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2 doses
(meninas de
3 doses 1 reforço ou Dose 9 a 14 anos)
dose única única 2 doses 1 dose Reforço
10 a 19 (verificar a (verificar a
situação (verificar a (verificar a 2 doses (a depender da situação a cada
anos vacinal situação (meninos de vacinal anterior)
situação situação vacinal) 10 anos
anterior) 11 a 14 anos)
vacinal) vacinal)
Adolescentes
2 doses
Imunizações
Adultos
(verificar a 10 anos 55 anos)
anterior) vacinal)
3 doses Dose
(verificar a única Reforço
60 anos (verificar a Reforço a cada 1 dose
ou mais situação (anual)
Idosos
vacinal situação 10 anos
anterior) vacinal)
3 doses 1 dose a
3 doses cada
(verificar a (verificar a 1 dose
situação gestação (anual)
vacinal situação
a partir da
Gestantes
anterior) vacinal)
20a semana
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Imunizações
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) possui algumas vacinas com diferenças em relação ao
PNI. A maioria das instituições cobra apenas o PNI e, por esse motivo, o nosso foco da aula foi nele,
mas vamos deixar abaixo o calendário da SBP, caso precise consultá-lo.
BCG ID
Adolescentes não vacinados
Hepatite B
deverão receber 3 doses
Rotavírus
DTP/DTPa
dT/dTpa
Hib
VOP/VIP
Pneumocócica
conjugada
Meningocócica
conjugada C e
ACWY
Meningocócica B Adolescentes não vacinados
recombinante deverão receber duas doses
Influenza A partir dos 6 meses
Reforço entre Adolescentes não vacinados
SCR/ Varicela/
15 meses a deverão receber duas doses
SCRV
4 anos de ambas as vacinas
Adolescentes não vacinados
Hepatite A
deverão receber duas doses
Meninos e meninas a partir
HPV
dos 9 anos
A partir dos 9 meses e 1 dose para não vacinados
Febre amarela
1 reforço aos 4 anos previamente
Crianças e adolescentes
Dengue a partir dos 9 anos com
infecção prévia comprovada
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Imunizações
#JJTOP3
3 Vacinação do sarampo.
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