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CONSTITUIÇÕES

A noção de constituição é extremamente importante na prática diária em homeopatia.


Encontra-se, acessoriamente, essa ideia no Organon, mas recentemente é que essa ideia foi
desenvolvida por NEBEL, depois disseminada por leon vannier. Existem, portanto constituições
básicas: carbônica, fosfórica e fluórica. HENRI BERNARD a estas acrescentou a constituição
sulfúrica que representa o equilíbrio das precedentes.

A constituição é formada pela arquitetura esquelética e muscular que adquirida desde


o nascimento e fixada, em princípio, para a vida inteira. Opõem-se essa fixidez constitucional
às modificações do temperamento, que constitui também uma parte do terreno homeopático.

Carbônico: é um indivíduo retilíneo em sua coluna vertebral que é curta, assim como seus
membros e suas extremidades. Ele oferece um aspecto quadrado. Seus maxilares superiores e
inferiores estão em contato estrito e seus dentes são tão largos quanto altos. O antebraço em
extensão fica um pouco flexionado em relação ao braço. É um indivíduo resistente ao esforço
físico que ele sabe prosseguir. Seus movimentos são precisos, econômicos e bem lentos. Se
não se exercita, tem tendência à anquilose.

Encontra-se, em nível psíquico, essa ponderação, esse gosto pela ordem e a ausência
de imprevistos, essa paciência. Levado ao extremo, esse rigor torna-se esclerose intelectual.
Encontra-se obsessivos e paranoicos entre os Calcarea carbônica.

FOSFÓRICO: entre os quais o Phosphorus é o protótipo mais notório, é ao contrário um


longilíneo. Seus membros são magros e compridos. Seu tórax é estreito. Sua raque é fatigável
e este sujeito tem que frequentemente modificar sua posição, apoiar-se em algum lugar, se os
maxilares estão em contato, sua abóbada palatina é de forma ogival e seus dentes são
amarelados, mais altos que largos.

O fosfórico é vivo, flexível, mas logo fatigado. Ele não consegue manter por muito
tempo um esforço contínuo. Ele tem que assumir uma posição que lhe permita recuperar-se
rapidamente, mas por pouco tempo.

No plano psíquico, é um sujeito particularmente sensível, intuitivo e adaptável, mas


facilmente influenciável pelas provas e contratempos.

É entre os fosfóricos que se encontrará o maior contingente de esquizofrénicos, de


deprimidos reacionais e de histéricos, mas também alguns maníaco-depressivo.

FLUÓRICO: é um desarmónico, um dismórfico. Sua arquitetura é particularmente assimétrica e


suas articulações especialmente flexíveis. Encontraremos, portanto, aqui, as características da
diátese luética.

A raque é escoliótica e cifótica. O sujeito sente dificuldades para se manter ereto e se


achata sobre si mesmo. Seus maxilares se encaixam mal. Os dentes são mal implantados, de
cor acinzentada e rapidamente cariados. Os membros são assimétricos: um ombro é mais alto,
um pé maior. O cotovelo em extensão apresenta um ângulo obtuso para frente e os joelhos
estão arqueados para trás.
No plano psíquico, frequentemente atende-se um sujeito que apreende facilmente
dados novos, mas que se sente mal ao adotar uma direção regular.

A anarquia de seus pensamentos é a imagem de seu corpo. Seu comportamento é imprevisível


e paradoxal, por vezes no limite das conveniências e da legalidade.

A exacerbação dessas características pode formar um débil, um perverso, um amante


de sensações extraordinárias para provar os limites de sua resistência física ou psíquica. Esses
limites são por vezes surpreendentes.

SULFÚRICO: no plano morfológico, é um sujeito robusto, de estrutura equilibrada, harmoniosa.


Sua marcha é regular e ritmada de modo flexível, assim como os gestos de modo em geral. A
extensão do cotovelo é pouco aberta para frente. A abóbada palatina é arredondada e a
articulação dentária excelente. Os dentes são brancos ou amarelos claro, quadrado, bem
juntos, raramente cariados.

É um sujeito pouco fatigável, capaz, portanto, de um esforço continuado. Tem, no


entanto, uma tendência pletórica que o aproxima do carbônico.

No plano psíquico, é ponderado, no entanto capaz de entusiasmo sem exaltação.

Quando se deixa levar, é um “bom vivant”, degustador de iguarias e de bom vinho. Sua
descompensação tende para a cólera, fantasias sombrias, teimosia.

É portanto o protótipo de sujeito “normal”.

O grande remédio é o súlfur.

O estudo da constituição não substitui o exame homeopático completo.

DOENÇAS AGUDAS

Conceito: § 72 e 73 Organon:

Doenças agudas são processos de perturbação da força vital que determinam


moléstias que completam sua evolução pela cura ou pela morte num intervalo de tempo
determinado e rápido.

Em resumo pode-se dizer que doenças agudas são manifestações súbitas do desiquilíbrio da
força vital, com causa definida, evolução característica, com fim definido, em geral de curta
duração, podendo ter uma tendência espontânea para cura total, a menos que, por sua
gravidade, provoque a morte do paciente.

O caso agudo é sem dúvida dentro da medicina, aquele que mais traz ansiedades,
tanto ao paciente e seus parentes ou responsáveis, quanto ao médico. Na homeopatia isso é
ainda mais acentuado, gerando tensões até mesmo insuportáveis, pois sempre se coloca a
dúvida sobre a eficácia do tratamento homeopático instituído. E se restam sequelas, ou se o
caso é de resolução mais demorada ou mesmo se o paciente morre, aí então a reação é
emocionalmente explosiva. Daí a necessidade do médico homeopata estar devidamente
preparado não só tecnicamente, mas também filosoficamente, para entender a medicina toda
e em especial o caso agudo, e assim ter a serenidade necessária ao entendimento da sua
missão.

CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS AGUDAS

 Doenças agudas propriamente ditas

 Casos agudos

1. Doenças agudas propriamente ditas

1.1 Individuais: São produzidas por causas nocivas. A causa excitante é física ou mental.
São explosões passageiras da Psora latente. São intercorrências citadas por Hahnemann nas
“Doenças Crônicas”.

1.1.1. Traumáticas: Ocorrem por traumatismos, ferimentos, contusões, luxações, fraturas.


Transtornos produzidos por ação mecânica.

1.1.2. Indisposições: São distúrbios fisiopatológicos devido a causas ocasionais com


resfriamentos ou aquecimentos exagerados; excessos de bebida ou comida carências ou
intoxicações alimentícias; cansaço excessivo; repressão de desejos; emoções, preocupações e
impulsos fortes.

1.1.3. Exacerbações das doenças crônicas: São na maioria das vezes, o recrudescimento
passageiro de uma psora latente que recai, volta ao seu estado crepuscular, quando a fase
aguda não foi muito violenta e após ter sido rapidamente curada. São casos como asma,
angina, catarros periódicos ou erupções da pele.

1.2. Coletivas: Acometem vários indivíduos ao mesmo tempo, e podem ocorrer:

1.2.1. Esporadicamente: Por influências meteorológicas, climáticas, nocivas às quais, em um


determinado momento, somente um pequeno grupo de indivíduos esta preparado, são
exemplos destas doenças: pneumonias, hemorragias, acidentes vasculares cerebrais,
gastroenterocolites agudas. Atingem sempre indivíduos predispostos.

1.2.2. Epidemias: Acometem muitas pessoas ao mesmo tempo, dependem de uma mesma
causa e se manifestam por sintomas muito parecidos, chegando a ser contagiosas quando
atuam sobre uma concentração populacional. Geralmente são enfermidades febris, de
etiologia microbiana específica e definida, que, ficando sem tratamento, conduz rapidamente
para a morte ou cura. As guerras, as inundações são frequentemente a ocasião destas
doenças. Ex. tifo, leptospirose, febre tifoide.

Há ainda, as doenças que Hahnemann chamava de miasmas agudos.

Estas aparecem sempre sob a mesma forma, causadas por agentes infecciosos específicos,
razão pela qual são conhecidas com um nome tradicional. Alguns destes agentes infectam o
homem uma única vez na vida: varicela, sarampo, escarlatina, pertussis, parotidite epidêmica.
Outras podem acometer várias vezes de modo similar: febre amarela, dengue, cólera asiática.
2. Casos agudos: Não são propriamente doenças agudas e sim fases de evolução ou
tratamento das doenças crônicas.

2.1 Agravações Homeopáticas – “Doenças Crônicas”:

2.1.1. Agravações propriamente dita

2.1.2. Retorno dos sintomas antigos

2.1.3. Patogenesias

2.1.4. Eliminações

2.2 Doenças Intermitentes: (parágrafos § 231 à 244 do Organon):

2.2.1. Alternantes: São muitos numerosas e pertencem à classe das doenças crônicas. Pode
haver alternância de dois ou três estados patológicos, mas, em cada um, não há sinal do
estado anterior ou, às vezes algum resquício permanente quando ocorre o estágio seguinte.
São manifestações da psora desenvolvida. Ex.: Dermatoses x asma brônquica; Doença
reumática x alteração do comportamento.

2.2.2. Intermitentes ou periódicas típicas:

Não febris: são aquelas em que o estado patológico, idêntico ao que se verificou
anteriormente, reaparece após intervalo regular de bem-estar e desaparece após período
determinado. São doenças crônicas ou mais de um miasma. Ex.: asma brônquica, epilepsia
convulsiva.

Febris: Prevalecem esporádica ou epidemicamente, e cada paroxismo é composto de dois ou


três estágios diferentes entre si (frio-calor; calor-frio; ou frio-calor-suor). Existem diferentes
tipos de sintomas: diferentes tipos de cefaleia, mau gosto na boca, náusea, vômitos, diarreia,
excesso ou ausência de sede, delírios, alterações do humor, etc.

2.2.3. Febres intermitentes endêmicas: Acometem em regiões palustres ou expostas à


frequentes inundações. Não psóricas, mas podendo ser agravadas pela presença de miasmas.
Ex.: malária.

PATOGENESIA

Medicamento por um tempo maior que o necessário

ELIMINAÇÕES

Energia Vital perturbada → provoca mudanças energéticas/ funcionais/ estruturais →


processos fisiopatológicos ou enfermidades anátomo-clínica ou entidade nosológica →
tendências mórbidas constitucionais hereditárias ou adquirida.

Por que ocorrem tais fenômenos? São acaso um capricho da natureza ou uma necessidade
biológica?

§ 201 do Organon: “Adota um plano de desenvolver um mal externo, para silenciar o mal
interno”.
Segundo Eizayaga: “unicamente haverá verdadeira cura quando forem eliminados os sintomas
em sua totalidade, o que significará que foi eliminada a causa. Esta é a verdadeira maneira de
se tratar um enfermo. Ao contrário, o tratamento dos resultados últimos, isto é, de
enfermidade anátomo-clínica, das mudanças patológicas (ocorridas) nos tecidos ou órgãos,
significa somente a supressão de um efeito, o que pode trazer graves danos à economia
orgânica”.

CURA

§ 17 do Organon: “Cura efetuada da doença pela remoção da totalidade dos sinais e acidentes
perceptíveis da doença, remove-se ao mesmo tempo a alteração interna do princípio vital a
que se deve a doença”.

Exteriorização desequilíbrio da força vital → sintoma agudo x doença crônica.

Fatores que dificultam a cura

1. Traumatismo que repercutem sobre o estado geral e necessitam cirurgia.

2. A conduta moral do paciente (§ 208) que, quando alterada exige psicoterapia.

3. A diátese psórica latente (§ 240). Por exemplo, em casos de epidemia, quando o


remédio funciona bem para a maioria das pessoas, mas para alguns não dá resultado.

4. Efeitos alternantes: de certos medicamentos que provocam sintomas primários


opostos, o que não deve ser confundido com sintomas secundários. Por exemplo: em alguns
medicamentos se tem aversão e também desejo de doces, às vezes fica difícil de se avaliar se o
sintoma é do paciente, ou se é uma patogenesia, ou ainda, se é simplesmente um efeito
alternante.

5. Gênero de vida do indivíduo: hábitos sedentários, habitação insalubre, dormir muito,


excessos alimentares, físicos ou mentais, privações, etc.

6. Regime alimentar (equilíbrio dietético)

7. Medicamento mal preparado.

MECANISMOS DE CURA

1. A cura ocorre de cima para baixo

2. De dentro para fora, do centro para a periferia, de órgãos mais nobres para menos
importantes (mais vitais para os menos vitais)

3. Os sintomas desaparecem na ordem inversa de seu aparecimento. Os últimos a surgir


são os primeiros a desaparecer.

RETORNO DOS SINTOMAS ANTIGOS

Paciente com uveíte, ao ser tratado com o remédio de fundo teve recidiva de uma artrite
reumática que havia tido há 15 anos atrás. Ou seja, estava havendo um retorno dos sintomas
antigos e os sintomas desaparecendo na ordem que apareceram.
AGRAVAÇÃO

Agravação é a exacerbação dos sintomas clínicos existentes, contidos na patogenesia do


medicamento e que ocorre durante a fase inicial da ação do remédio.

Classificação da agravação homeopática:

1. Sintomas que o paciente apresentava na consulta:

• Por agravação do medicamento homeopático: agravação propriamente dita.

2. Aparecimento de sintomas novos:

• Exonerativos: secreções, supurações mucosas e cutâneas, sudorese, febre, etc.

• Reaparecimento de sintomas antigos

• Patogenesia medicamentosa: sintomas que o paciente nunca teve e que não são
exonerativos. Ocorre no paciente sensível ao medicamento.

 Tomar cuidado para distinguir se é agravação homeopática, patogenesia ou piora da


doença por estar tomando remédio errado, pois desta forma a doença vai continuar sua
evolução e na evolução natural podem surgir sintomas novos.

• Tratamento da agravação.

SUPRESSÃO

Supressão é uma cura parcial que se dá sem a observância das direções preceituadas
pela Lei Geral da Cura.

Assim supressão é a inibição, alívio ou desaparecimento de uma parte dos sintomas.

 Corticoide, ao lado dos imunossupressores → internalização do processo mórbido.

Os procedimentos supressores são os seguintes:

1. Medicamentoso, o que ocorre na alopatia

2. Radioterápicos

3. Cirúrgicos: principalmente as desnecessárias, nos quais a cura seria abatida com


tratamento clínico

4. Psíquicos: traumas, eletrochoques, choque insulínico.

Ex.: criança com problemas de adenoide.


METÁSTASE MÓRBIDA

Metástase mórbida é a nova forma patológica que se desenvolve após uma supressão e que
se caracteriza por ser mais profunda, mais arraigada e mais grave do que a anterior.

Ex.: aparecimento de asma, após supressão de eczema (pelo uso de pomada de corticoide)

 Problema passará de um órgão menos nobre para um órgão mais nobre.

BIBLIOGRAFIA

BRUNO. Corrado G. Doenças Agudas. In: Compêndio de Homeopatia. V.I Cap. 24 Associação
Paulista de Homeopatia, Piracicaba: 1997.

CAIRO. Nilo. Guia de Medicina Homeopática. Ed.: 23ª. Livraria Teixeira, São Paulo. 1876.

FONTES. Olney. Farmácia Homeopática. Manole. São Paulo. 2018.

LINHARES. Waltencir. Agentes Nóxios ou Noxas. In.:Compêndio de Homeopatia. VI Cap. 5.


Associação Paulista de Homeopatia. Piracicaba: 1997

MAFFEI. W. Os Fundamentos da Medicina. V.I, Robe. São Paulo: 1997.

ROSENBAUM. Paulo. Susceptibilidade. In: Compêndio de Homeopatia. V.I. Cap. 5 Associação


Paulista de Homeopatia, Piracicaba: 1997.

SOAREZ. Izao Carneiro. Homeopatia: Fundamentos Básicos. Instituto Homeopático François


Lamasson, Ribeirão Preto: (s.d.).

ALGAZI. Jacques. Homeopatia em Psiquiatria. Andrei. São Paulo. 2003

MICHAUD. J. Ensino Superior de Homeopatia vol. 1. Andrei. São Paulo.1998.

MATÉRIA MÉDICA E REPERTÓRIO

Após o levantamento dos sinais e sintomas, tem início a fase mais difícil da consulta
médica homeopática: a identificação do simillimum. Para tanto, os recursos utilizados são as
matérias médicas homeopáticas e os repertórios.

A matéria médica homeopática é a obra que reúne as patogenesias desenvolvidas pelas drogas
e pelos medicamentos homeopáticos quando administrados, nas suas diferentes doses, a
indivíduos sadios e sensíveis.

Enquanto a matéria médica alopática descreve as drogas utilizadas pela medicina convencional
em suas características físico-químicas e história natural, a matéria médica homeopática
caracteriza-as pela sua farmacodinâmica, por meio da experimentação fisiológica realizada no
homem sadio. A farmacologia, a terapêutica, a toxicologia (acidental, voluntária, profissional e
iatrogênica) e as toxicomanias também contribuem como fontes de sintomas para a matéria
médica homeopática.

Dentre as várias matérias médicas existentes citamos: de Hahnemann, de Hering, de Allen, de


Lathoud e de Vijnovsky.
Repertório é a obra que reúne os sinais e sintomas, seguidos pelas drogas e pelos
medicamentos, em cuja experimentação no homem sadio eles se manifestam.

Repertório é uma compilação de todos os sintomas organizados em ordem alfabética,


para agilizar a consulta médica. Nesse livro, os medicamentos que possuem determinados
sintomas se agrupam sob a rubrica desse sintoma. É praticamente impossível para o clínico
homeopata folhear todas as páginas das matérias médicas para descobrir o simillimum. Por
isso, foram elaboradas, por diversos autores, referências cruzadas que compilam os
medicamentos em que determinado sintoma foi localizado, a fim de permitir que o clínico
reveja rapidamente as diferentes drogas produtoras dos sintomas que estão sendo estudados.

Matéria médica→→→Medicamentos→→→Sintomas.

Repertório→→→Sintomas→→→Medicamentos.

Em um primeiro momento, o repertório auxilia o médico homeopata a encontrar


rapidamente o medicamento, para, em seguida, estuda-lo com mais detalhes na matéria
médica, confirmando ou não a sua indicação para o paciente. Dentre os vários repertórios
existentes citamos: de Boenninghausen, de Kent, de Boericke e de Barthel.

Vejamos alguns sintomas citados na matéria médica homeopática na patogenesia da


Belladona.

• Sintomas físicos: olhos vermelhos, pupilas dilatadas, latejos na cabeça com cefaleia
intensa, rubor facial, boca seca com aversão à água, extremidades frias, insônia etc.

• Sintomas emocionais: angústia, irritabilidade excessiva etc.

• Sintomas mentais: superexcitação mental, embotamento da mente, delírios com


alucinações visuais etc.

Se um paciente com faringite e outro com intoxicação alimentar apresentarem sintomas


encontrados na patogenesia da Belladona, o médico homeopata prescrevera para ambos o
mesmo medicamento homeopático preparado a partir dessa planta. Os pacientes atendidos
pela homeopatia são analisados através de suas respostas específicas, ou seja, de acordo com
seus sintomas particulares. Diferentemente da alopatia, os doentes atendidos pela
Homeopatia não recebem medicamentos em função do nome da doença. É daí que vem a
afirmativa, um pouco exagerada, que a “Homeopatia trata de doentes e não de doenças”.

No § 7º do Organon, Hahnemann dá algumas dicas para a escolha do medicamento


correto ao afirmar que os sintomas são o único meio pelo qual a enfermidade dá a conhecer o
medicamento de que o paciente necessita. São sempre os sintomas que pertencem ao
paciente, e não à doença, que indicarão o medicamento específico àquele enfermo. A primeira
constatação de que o tratamento esta sendo corretamente indicado acontece quando ocorre
um aumento transitório dos sintomas, que logo a seguir desaparecem com a cura do paciente.

FONTES. Olney. Farmácia Homeopática. Manole. São Paulo. 2018

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