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Carbônico: é um indivíduo retilíneo em sua coluna vertebral que é curta, assim como seus
membros e suas extremidades. Ele oferece um aspecto quadrado. Seus maxilares superiores e
inferiores estão em contato estrito e seus dentes são tão largos quanto altos. O antebraço em
extensão fica um pouco flexionado em relação ao braço. É um indivíduo resistente ao esforço
físico que ele sabe prosseguir. Seus movimentos são precisos, econômicos e bem lentos. Se
não se exercita, tem tendência à anquilose.
Encontra-se, em nível psíquico, essa ponderação, esse gosto pela ordem e a ausência
de imprevistos, essa paciência. Levado ao extremo, esse rigor torna-se esclerose intelectual.
Encontra-se obsessivos e paranoicos entre os Calcarea carbônica.
O fosfórico é vivo, flexível, mas logo fatigado. Ele não consegue manter por muito
tempo um esforço contínuo. Ele tem que assumir uma posição que lhe permita recuperar-se
rapidamente, mas por pouco tempo.
Quando se deixa levar, é um “bom vivant”, degustador de iguarias e de bom vinho. Sua
descompensação tende para a cólera, fantasias sombrias, teimosia.
DOENÇAS AGUDAS
Conceito: § 72 e 73 Organon:
Em resumo pode-se dizer que doenças agudas são manifestações súbitas do desiquilíbrio da
força vital, com causa definida, evolução característica, com fim definido, em geral de curta
duração, podendo ter uma tendência espontânea para cura total, a menos que, por sua
gravidade, provoque a morte do paciente.
O caso agudo é sem dúvida dentro da medicina, aquele que mais traz ansiedades,
tanto ao paciente e seus parentes ou responsáveis, quanto ao médico. Na homeopatia isso é
ainda mais acentuado, gerando tensões até mesmo insuportáveis, pois sempre se coloca a
dúvida sobre a eficácia do tratamento homeopático instituído. E se restam sequelas, ou se o
caso é de resolução mais demorada ou mesmo se o paciente morre, aí então a reação é
emocionalmente explosiva. Daí a necessidade do médico homeopata estar devidamente
preparado não só tecnicamente, mas também filosoficamente, para entender a medicina toda
e em especial o caso agudo, e assim ter a serenidade necessária ao entendimento da sua
missão.
Casos agudos
1.1 Individuais: São produzidas por causas nocivas. A causa excitante é física ou mental.
São explosões passageiras da Psora latente. São intercorrências citadas por Hahnemann nas
“Doenças Crônicas”.
1.1.3. Exacerbações das doenças crônicas: São na maioria das vezes, o recrudescimento
passageiro de uma psora latente que recai, volta ao seu estado crepuscular, quando a fase
aguda não foi muito violenta e após ter sido rapidamente curada. São casos como asma,
angina, catarros periódicos ou erupções da pele.
1.2.2. Epidemias: Acometem muitas pessoas ao mesmo tempo, dependem de uma mesma
causa e se manifestam por sintomas muito parecidos, chegando a ser contagiosas quando
atuam sobre uma concentração populacional. Geralmente são enfermidades febris, de
etiologia microbiana específica e definida, que, ficando sem tratamento, conduz rapidamente
para a morte ou cura. As guerras, as inundações são frequentemente a ocasião destas
doenças. Ex. tifo, leptospirose, febre tifoide.
Estas aparecem sempre sob a mesma forma, causadas por agentes infecciosos específicos,
razão pela qual são conhecidas com um nome tradicional. Alguns destes agentes infectam o
homem uma única vez na vida: varicela, sarampo, escarlatina, pertussis, parotidite epidêmica.
Outras podem acometer várias vezes de modo similar: febre amarela, dengue, cólera asiática.
2. Casos agudos: Não são propriamente doenças agudas e sim fases de evolução ou
tratamento das doenças crônicas.
2.1.3. Patogenesias
2.1.4. Eliminações
2.2.1. Alternantes: São muitos numerosas e pertencem à classe das doenças crônicas. Pode
haver alternância de dois ou três estados patológicos, mas, em cada um, não há sinal do
estado anterior ou, às vezes algum resquício permanente quando ocorre o estágio seguinte.
São manifestações da psora desenvolvida. Ex.: Dermatoses x asma brônquica; Doença
reumática x alteração do comportamento.
Não febris: são aquelas em que o estado patológico, idêntico ao que se verificou
anteriormente, reaparece após intervalo regular de bem-estar e desaparece após período
determinado. São doenças crônicas ou mais de um miasma. Ex.: asma brônquica, epilepsia
convulsiva.
PATOGENESIA
ELIMINAÇÕES
Por que ocorrem tais fenômenos? São acaso um capricho da natureza ou uma necessidade
biológica?
§ 201 do Organon: “Adota um plano de desenvolver um mal externo, para silenciar o mal
interno”.
Segundo Eizayaga: “unicamente haverá verdadeira cura quando forem eliminados os sintomas
em sua totalidade, o que significará que foi eliminada a causa. Esta é a verdadeira maneira de
se tratar um enfermo. Ao contrário, o tratamento dos resultados últimos, isto é, de
enfermidade anátomo-clínica, das mudanças patológicas (ocorridas) nos tecidos ou órgãos,
significa somente a supressão de um efeito, o que pode trazer graves danos à economia
orgânica”.
CURA
§ 17 do Organon: “Cura efetuada da doença pela remoção da totalidade dos sinais e acidentes
perceptíveis da doença, remove-se ao mesmo tempo a alteração interna do princípio vital a
que se deve a doença”.
MECANISMOS DE CURA
2. De dentro para fora, do centro para a periferia, de órgãos mais nobres para menos
importantes (mais vitais para os menos vitais)
Paciente com uveíte, ao ser tratado com o remédio de fundo teve recidiva de uma artrite
reumática que havia tido há 15 anos atrás. Ou seja, estava havendo um retorno dos sintomas
antigos e os sintomas desaparecendo na ordem que apareceram.
AGRAVAÇÃO
• Patogenesia medicamentosa: sintomas que o paciente nunca teve e que não são
exonerativos. Ocorre no paciente sensível ao medicamento.
• Tratamento da agravação.
SUPRESSÃO
Supressão é uma cura parcial que se dá sem a observância das direções preceituadas
pela Lei Geral da Cura.
2. Radioterápicos
Metástase mórbida é a nova forma patológica que se desenvolve após uma supressão e que
se caracteriza por ser mais profunda, mais arraigada e mais grave do que a anterior.
Ex.: aparecimento de asma, após supressão de eczema (pelo uso de pomada de corticoide)
BIBLIOGRAFIA
BRUNO. Corrado G. Doenças Agudas. In: Compêndio de Homeopatia. V.I Cap. 24 Associação
Paulista de Homeopatia, Piracicaba: 1997.
CAIRO. Nilo. Guia de Medicina Homeopática. Ed.: 23ª. Livraria Teixeira, São Paulo. 1876.
Após o levantamento dos sinais e sintomas, tem início a fase mais difícil da consulta
médica homeopática: a identificação do simillimum. Para tanto, os recursos utilizados são as
matérias médicas homeopáticas e os repertórios.
A matéria médica homeopática é a obra que reúne as patogenesias desenvolvidas pelas drogas
e pelos medicamentos homeopáticos quando administrados, nas suas diferentes doses, a
indivíduos sadios e sensíveis.
Enquanto a matéria médica alopática descreve as drogas utilizadas pela medicina convencional
em suas características físico-químicas e história natural, a matéria médica homeopática
caracteriza-as pela sua farmacodinâmica, por meio da experimentação fisiológica realizada no
homem sadio. A farmacologia, a terapêutica, a toxicologia (acidental, voluntária, profissional e
iatrogênica) e as toxicomanias também contribuem como fontes de sintomas para a matéria
médica homeopática.
Matéria médica→→→Medicamentos→→→Sintomas.
Repertório→→→Sintomas→→→Medicamentos.
• Sintomas físicos: olhos vermelhos, pupilas dilatadas, latejos na cabeça com cefaleia
intensa, rubor facial, boca seca com aversão à água, extremidades frias, insônia etc.