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AVE – Acidente vascular 


Força muscular ausente ou diminuída;
Contraturas articulares
encefálico  Incoordenação motora
Conhecido como AVC e derrame cerebral,  Anormalidades do tono muscular
se caracteriza pelo entupimento ou (particularmente hipertonia)
rompimento de algum vaso sanguíneo no
cérebro, que pode estar relacionado com É importante observar no paciente
alguns fatores, como má alimentação, hemiplégico (paralisia na metade do corpo)
hipertensão, problemas cardíacos, diabetes, seu grau de incapacidade e seu potencial
o uso de álcool e drogas, estresse e o uso de para recuperação.
anticoncepcionais.
Se o tratamento de reabilitação NÃO for
Pode ser classificado em dois tipo: imediato poderão aparecer contraturas
 Isquêmico: que é caracterizado por articulares, principalmente no ombro e
um déficit neurológico focal causado tendão de Aquiles, além de outras
por uma obstrução da irrigação complicações.
sanguínea de determinada área
encefálica, essa obstrução pode ser Fases de recuperação do paciente
causada por coágulos, ateroscleroses, hemiplégico, que são bases do diagnóstico
infarto ocular, estenose vascular, ou da avaliação da incapacidade:
sendo o de maior duração no
tratamento.  1º Fase – Flacidez;
 Hemorrágico: caracteriza-se pelo  2º Fase – Desenvolvimento gradual
rompimento de um vaso sanguíneo e de espasticidade com início de
extravasamento de sangue no sinergismo;
parênquima cerebral e pode ser  3º Fase – Aumento da espasticidade
causado por hipertensão arterial com aumento do controle voluntário
sistêmica, diabetes. das sinergias, se o paciente cooperar;
 4º Fase – Diminuição da
Fatores determinantes espasticidade com aumento do
 Local da lesão: parte do cérebro controle dos componentes sinérgicos.
afetada A recuperação pode terminar nesta
 Extensão da lesão fase com a persistência das sinergias
 Gravidade ou com a diminuição parcial das
sinergias totais;
Os sintomas do acidente vascular encefálico  5º Fase – Sinergias já não controlam
podem ser: os atos motores;
 Tontura e desequilíbrio  6º Fase – Desenvolvimento do
 Fraqueza muscular, dificuldade de se movimento articular individual com
levantar da cama ou da cadeira, por início de coordenação.
exemplo;
 Visão embaçada; Inicialmente os membros afetados ficam
 Fala enrolada; totalmente paralisados. Os reflexos
 Dormência numa parte do corpo; profundos geralmente retornam em 48 horas,
 Pode haver convulsões e havendo uma progressão gradual de flacidez
 Incontinência urinária. para espasticidade até o tono muscular
normal. Em alguns casos a hemiplegia pode
persistir.
Os principais problemas funcionais são:
Na fase da espasticidade há hiperreflexia  Motricidade
(reflexos muito ativos ou responsivos em – Motricidade automática
excesso), clônus (contração involuntárias – Motricidade voluntária
dos músculos) e sinal de Babinski (reflexos  Simetria da face + fala + abraço
primitivos do corpo, resposta automática) .  Sensibilidade – estesiômetro
O paciente começa a assumir uma posição  ADM – gomiômetria
típica com o membro superior afetado  Força – MRC
permanecendo em rotação interna, aduzido e  Avaliação do Tonus Muscular
antebraço pronado, punho e dedos
flexionados.

No membro inferior, hipertonia (musculo


 Manobras deficitárias ( realizadas por
muito contraído) dos extensores resulta
1 minuto de olhos fechados)
numa retração e elevação anatômica da
pelve, extensão, adução e rotação interna da
Para MMSS
coxa, extensão do joelho, flexão plantar do
* Mingazzine
tornozelo e inversão do pé.
* Barre
* Ramiste
O período flácido prolongado, início tardio
Para MMII
dos movimentos (2 a 4 semanas), ausência
* Mingazzine
de movimento voluntário da mão (4 a 6
* Barré
semanas) espasticidade proximal intensa e
* Wantenaberg
retorno tardio dos reflexos são
caracterizados como mau prognóstico.

Avaliação  Reflexos
 ANAMNESE
 Queixa principal  Superficiais
 História da Moléstia Atual  Profundo ou Protopáticos ( biciptal,
triciptal, patelar, estilo radial e
 Antecedentes
aquileu)
Importante: Na anamnese neurológica ?  Reflexos Patológicos
além do nome, idade, sexo, cor, profissão e
procedência, identificar a mão de preferência * Sinal de Hollfman
(conhecimento da mão nos diz por exemplo, * Sinal de Babinsk
durante um exame neurológico, que os * Palmo mentoniano
flexores da mão esquerda de um indivíduo * Coordenação ( avaliar Sist. Piramidal e
canhoto devem ser mais fortes que os da Extra piramidal)
mão direita, e que a sensibilidade será
sempre maior na mão de preferência.  Manobras
  1. Index- Index ou Index-Orelha
EXAME FÍSICO 2. Calcanhar joelho
  3. Manobra de Rechaço
Exame físico geral (acompanha muleta, 4. Diadocinesia
cadeira de rodas, etc )
Sinais Vitais * Equilíbrio
  * Estático
EXAME NEUROLÓGICO
 Exame do estado psíquico  Sinal de Romberg ( lesão cerebelar)
( emocional)
1. Verdadeiro ( oscila sem padrão de 4. Requer supervisão por segurança no
queda ajuste da temperatura da água ou na
2. Estereotipado ( cai para um lado) transferência.
3. Histérico ( há movimento de pelve c/ 5. O paciente deve ser capaz de realizar
oscilação) todas as etapas do banho, mesmo que
Se o paciente não se encaixar em necessite de equipamentos, mas não
nenhum desses, pedir para fazê-los necessita que alguém esteja presente.
com o joelho fletido.
CATEGORIA 3: ALIMENTAÇÃO
* Dinâmico 1. Dependente em todos os aspectos e
Avaliar marcha: c/ dissociação; s/ necessita ser alimentado.
dissociação; c/ claudicação 2. Pode manipular os utensílios para comer,
usualmente a colher, porém necessita de
assistência constante durante a refeição.
Continuando a avaliação, pode-se utilizar a 3. Capaz de comer com supervisão. Requer
escala de Barthel modificada que é um assistência em tarefas associadas, como
instrumento amplamente usado no mundo colocar leite e açúcar no chá, adicionar sal e
para a avaliação da independência funcional pimenta, passar manteiga, virar o prato ou
e mobilidade. montar a mesa.
4. Independência para se alimentar um prato
Escala Modificada de Barthel previamente montado, sendo a assistência
necessária para, por exemplo, cortar carne,
Nome: abrir uma garrafa ou um frasco. Não é
____________________________________ necessária a presença de outra pessoa.
_____D.N___/___/_____HD: ____ 5. O paciente pode se alimentar de um prato
ou bandeja quando alguém coloca os
CATEGORIA 1: HIGIENE PESSOAL alimentos ao seu alcance. Mesmo tendo
1. O paciente e incapaz de realizar higiene necessidade de algum equipamento de apoio,
pessoal sendo dependente em todos os é capaz de cortar carne, serve-se de
aspectos. temperos, passar manteiga, etc.
2. Paciente necessita de assistência em todos
os passos da higiene pessoal. CATEGORIA 4: TOALETE
3. Alguma assistência e necessária em um ou 1. Totalmente dependente no uso vaso
mais passos da higiene pessoal. sanitário.
4. Paciente e capaz de conduzir a própria 2. Necessita de assistência no uso do vaso
higiene, mas requer mínima assistência antes sanitário
e/ou depois da tarefa. 3. Pode necessitar de assistência para se
5. Paciente pode lavar as mãos e face, limpar despir ou vestir, para transferir-se para o
os dentes e barbear, pentear ou maquiar-se. vaso sanitário ou para lavar as mãos.
4. Por razões de segurança, pode necessitar
CATEGORIA 2: BANHO de supervisão no uso do sanitário. Um
1. Totalmente dependente para banhar-se. penico pode ser usado a noite, mas será
2. Requer assistência em todos os aspectos necessária assistência para seu esvaziamento
do banho. ou limpeza.
3. Requer assistência para transferir-se, 5. O paciente é capaz de se dirigir e sair do
lavar-se e/ou secar-se; incluindo a sanitário, vestir-se ou despir-se, cuida-se
inabilidade em completar a tarefa pela para não se sujar e pode utilizar papel
condição ou doença. higiênico sem necessidade de ajuda. Caso
necessário, ele pode utilizar uma comadre ou
penico, mas deve ser capaz de os esvaziar e assistência e tem freqüentes acidentes.
limpar. Requer assistência com as fraldas e outros
cuidados.
CATEGORIA 5: SUBIR ESCADAS 4. O paciente pode necessitar de supervisão
1. O paciente é incapaz de subir escadas. com o uso do supositório e tem acidentes
2. Requer assistência em todos os aspectos ocasionais.
relacionados a subir escadas, incluindo 5. O paciente tem controle urinário, sem
assistência com os dispositivos auxiliares. acidentes. Pode usar supositório quando
3. O paciente é capaz de subir e descer, necessário.
porém não consegue carregar os
dispositivos, necessitando de supervisão e CATEGORIA 8: CONTROLE
assistência. ESFINCTERIANO (INTESTINO)
4. Geralmente, não necessita de assistência. 1. O paciente não tem controle de esfíncteres
Em alguns momentos, requer supervisão por ou utiliza o cateterismo.
segurança. 2. O paciente tem incontinência, mas é capaz
5. O paciente é capaz de subir e descer, com de assistir na aplicação de auxílios externos
segurança, um lance de escadas sem ou internos.
supervisão ou assistência mesmo quando 3. O paciente fica geralmente seco ao dia,
utiliza os dispositivos. porém não à noite e necessita dos
equipamentos para o esvaziamento.
4. O paciente geralmente fica seco durante o
dia e a noite, porém tem acidentes ocasionais
CATEGORIA 6: VESTUÁRIO ou necessita de assistência com os
1. O paciente é dependente em todos os equipamentos de esvaziamento.
aspectos do vestir e incapaz de participar das 5. O paciente tem controle de esfíncteres
atividades. durante o dia e a noite e/ou é independente
2. O paciente é capaz de ter algum grau de para realizar o esvaziamento.
participação, mas é dependente em todos os
aspectos relacionados ao vestuário CATEGORIA 9: DEAMBULAÇÃO
3. Necessita assistência para se vestir ou se 1. Totalmente dependente para deambular.
despir. 2. Necessita da presença constante de uma
4. Necessita assistência mínima para ou mais pessoas durante a deambulação.
abotoar, prender o sutiã, fechar o zipper, 3. Requer assistência de uma pessoa para
amarrar sapatos, etc. alcançar ou manipular os dispositivos
5. O paciente é capaz de vestir-se, despir-se , auxiliares.
amarrar os sapatos, abotoar e colocar um 4. O paciente é independente para
colete ou órtese, caso eles sejam deambular, porém necessita de auxilio para
prescritos. andar 50 metros ou supervisão em situações
perigosas.
CATEGORIA 7: CONTROLE 5. O paciente é capaz de colocar os braces,
ESFINCTERIANO (BEXIGA) assumir a posição ortostática, sentar e
1. O paciente apresenta incontinência colocar os equipamentos na posição para o
urinária. uso.
2. O paciente necessita de auxílio para O paciente pode ser capaz de usar todos os
assumir a posição apropriada e para fazer as tipos de dispositivos e andar 50 metros sem
manobras de esvaziamento. auxilio ou supervisão.
3. O paciente pode assumir a posição Não pontue esta categoria caso o paciente
apropriada, mas não consegue realizar as utilize cadeira de rodas
manobras de esvaziamento ou limpar-se sem
CATEGORIA 9: CADEIRA DE RODAS
*
1. Dependente para conduzir a cadeira de
rodas.
2. O paciente consegue conduzi-la em
pequenas distâncias ou em superfícies lisas,
porém necessita de auxílio em todos os
aspectos.
3. Necessita da presença constante de uma
pessoa e requer assistência para manipular a Interpretação do Resultado
cadeira e transferir-se. 100 pontos – totalmente independente
4. O paciente consegue conduzir a cadeira 99 a 76 pontos – dependência leve
por um tempo razoável e em solos regulares. 75 a 51 pontos – dependência moderada
Requer mínima assistência em espaços 50 a 26 pontos – dependência severa
apertados. 25 e menos pontos – dependência total
5. Paciente é independente em todas as
etapas relacionadas a cadeira de rodas
(manipulação de equipamentos, condução
por longos percursos e transferências).
 Não se aplica aos pacientes que
deambulam.

CATEGORIA 10:
TRANSFERÊNCIAS CADEIRA/CAMA
1. Incapaz de participar da transferência. São
necessárias duas pessoas para transferir o
paciente com ou sem auxílio mecânico.
2. Capaz de participar, porém necessita de
máxima assistência de outra pessoa em todos
os aspectos da transferência.
3. Requer assistência de oura pessoa para
transferir-se.
4. Requer a presença de outra pessoa,
supervisionando, como medida de
segurança.
5. O paciente pode, com segurança,
aproximar-se da cama com a cadeira de
rodas, freiar, retirar o apoio dos pés, mover-
se para a cama, deitar, sentar ao lado da
cama, mudar a cadeira de rodas de posição, e
voltar novamente para cadeia com
segurança. O paciente deve ser independente
em todas as fases da transferência.

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