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Hipertermoterapia

 É uma modalidade terapêutica na qual é utilizado calor como

princípio de tratamento.

 O aquecimento prévio de estruturas como músculos e

tendões, torna-se imprescindível tanto para a prática da

cinesioterapia, manipulação e eletroestimulação

exitomotora.
Termoregulação

 Trata-se de um grande conjunto de ajustes fisiológicos

presentes nos mamíferos que dependem do papel

controlador do hipotálamo, que analisa as informações

recebidas sobre as temperaturas corporal e do ambiente.


Termoregulação

 O hipotálamo é uma das regiões do sistema nervoso

central responsáveis pela manutenção da vida. Controla a


sede, a fome, as glândulas endócrinas, as gônadas e a
temperatura corporal.

 O ser humano é um animal homeotermo, ou seja, tem

uma temperatura corporal ótima, na qual seu corpo é


mantido. Poucas atividades metabólicas acontecem em
temperaturas diferentes de 36,7 ºC.
Adaptações ao Frio

 Baixas temperaturas tendem a esfriar o corpo, o que é

percebido pelos receptores hipotalâmicos e informado aos

neurônios controladores. A geração de calor nos animais

homeotermos aumenta, e a dissipação de calor diminui. O

córtex cerebral, conectado ao hipotálamo, desencadeia

ajustes comportamentais úteis, como encolher o corpo,

procurar locais abrigados, etc..


Adaptações ao Frio

 As arteríolas da pele se contraem (vasoconstrição

superficial), diminuindo a chegada de sangue na superfície,

e quanto menos sangue chega à pele, menos calor é

dissipado. Logo, a vasoconstrição superficial permite a

retenção de calor.
Adaptações ao Calor

 Em altas temperaturas, a atividade e o tônus muscular

diminuem. Diminuindo a geração de calor.

 Em ambientes quentes, ocorre vasodilatação das arteríolas da

pele, aumentando a quantidade de sangue que a ela chega, e a


quantidade de calor que pode ser por ela dissipada. Nesses
ambientes, as glândulas sudoríparas passam a secretar mais
suor, que é lançado na superfície da pele. A evaporação da
água do suor requer energia, retirada então do corpo, que
esfria.
Efeitos fisiológicos

 Atividade celular: As reações químicas envolvidas na


atividade metabólica são aceleradas por um aumento da
temperatura. A taxa metabólica pode aumentar em cerca de
13% para cada aumento de 1°C na temperatura do tecido.
Com o aumento do metabolismo há uma demanda tissular
elevada por oxigênio e nutrientes e aumento na saída de
resíduos metabólicos.
 O metabolismo celular acelerado pode produzir muitos
efeitos terapêuticos benéficos para tratar uma lesão.
Efeitos fisiológicos

 Fluxo sanguíneo: Quando a pele é aquecida, a superfície

fica avermelhada (eritema) e os vasos sanguíneos se tornam

dilatados levando a um aumento no fluxo sanguíneo

(vasodilatação).

 Maior circulação do sangue com a abertura e dilatação dos

capilares na região da musculatura que mais tarde irá

trabalhar, proporcionando melhor abastecimento de O².


Efeitos fisiológicos

 As propriedades de certos tecidos podem ser

aumentadas com o aquecimento. Os tendões, cápsulas

articulares e cicatrizes cedem mais facilmente ao

estiramento quando aquecidos. Porém, o calor sem

estiramento não produz aumento do comprimento destes

tecidos.
Efeitos fisiológicos

 A temperatura articular influencia a resistência ao

movimento, com a baixa temperatura aumentando e a alta

temperatura reduzindo a resistência. Essas alterações na

mobilidade articular deve-se pela mudança na viscosidade

do fluido sinovial.
Efeitos fisiológicos

 O aquecimento geral aumenta a capacidade das

articulações suportarem carga, aumentando a produção

de liquido sinovial com a qual a cartilagem articular se

hidrata, aumentando a espessura, o que leva a melhor

absorção das forças de pressão.


Efeitos fisiológicos

 O aumento da temperatura corporal também age no

sentido de profilaxia de lesões, diminuindo a resistência

elástica e viscosa da musculatura, ocorrendo uma

diminuição do risco de rompimento de músculos, tendões e

ligamentos. Principalmente em movimentos esportivos,

que exigem o máximo dos aparelhos locomotores ativos e

passivos
Regeneração de tecidos

 É importante lembrar que o aquecimento pode ser

prejudicial para o reparo dos tecidos nos estágios

iniciais, já que pode aumentar o sangramento, edema e

atividade química, podendo levar a um aumento da dor,

mas produz inúmeros efeitos benéficos nos estágios

subsequentes.
Fase aguda X crônica

 Fase aguda: A presença de mediadores químicos como a

bradicinina e histamiana, que estão associados com o

aquecimento, pode aumentar a permeabilidade e pressão

hidrostática capilar resultando em mais edema. É por essa

razão que a aplicação de calor nos estágios inicias de trauma

e inflamação aguda deve ser evitada (contra-indicada)


Fase aguda X crônica

 Fase crônica: O aumento no fluxo sanguíneo significa que

há um número maior de maior de células brancas e mais

nutrientes disponíveis para o processo de regeneração. O

calor tem efeitos secundários no alivio da dor já que ajuda

na resolução dos infiltrados, edema e exudatos

inflamatórios.
Mecanismos de alívio da dor pela Termoterapia

 A utilização da Termoterapia para alívio da dor está

baseada nas alterações neurológicas que ocorrem com a

utilização do calor. Esses feitos incluem alterações no tônus

muscular e nos níveis da dor.

 Tônus muscular: O aumento da temperatura pode

alterar o rendimento tanto do fuso neuromuscular quanto

das fibras aferentes do órgão tendinoso de Golgi.


Mecanismos de alívio da dor pela Termoterapia

 O calor reduz os espasmos musculares por diminuição

dos níveis de isquemia, associados com contrações

prolongadas em músculos afetados. A dor atribuída a

isquemia pode ser reduzida pela vasodilitação induzida pelo

calor, com células e substâncias químicas vindo para a área

assistir a regeneração e remover os resíduos da lesão.


Mecanismos de alívio da dor pela Termoterapia

 O calor terapêutico é amplamente usado para alívio da dor.

Boa parte do aquecimento terapêutico ocorre na pele onde

o calor age como “contra-irritante” na qual a transmissão

das sensações térmicas teria precedência sobre os impulsos

nociceptivos (dolorosos). Mecanismo da comporta da dor.


Mecanismos de alívio da dor pela Termoterapia

 Com o aumento da viscoelasticidade dos tecidos diminui-se

o desconforto do paciente ao se realizar, cinesioterapia,

manipulação e eletroestimulação exitomotora.


Efeitos fisiológicos (Resumo)

 Produção de calor;

 Vasodilatação;

 Aumento do fluxo sanguíneo;

 Aumento do metabolismo;

 Aumento da viscosidade dos tecidos;

 Aumento do débito cardíaco;

 Aumento da temperatura corporal;


Efeitos fisiológicos (Resumo)

 Diminuição da pressão arterial;

 Aumento da atividade das glândulas sudoríparas;

 Aumento do consumo de oxigênio;

 Aumento da atividade enzimática;

 Diminuição da viscosidade intra-articular;

 Aumento da permeabilidade celular;

 Aumento da fagocitose;

 Aumento da eliminação de metabólitos.


Efeitos terapêuticos

 Aumento da extensibilidade dos tecidos;

 Diminui a rigidez das articulações;

 Produz diminuição da dor;

 Alivia o espasmo muscular;

 Ajuda na resolução dos infiltrados, edema e exudatos

inflamatórios (Fase Crônica)


Precauções especiais

 Regiões com alteração da sensibilidade;

 Paciente inconsciente;

 Suprimento vascular inadequado;

 Região hemorrágica;

 Suspeita de tumores;

 Próximo ao útero grávido;

 Partes metálicas.
Modalidades terapêuticas
termoterápicas

MODO DE TRANSFERÊNCIA
DE CALOR DURANTE O
AQUECIMENTO SELETIVO
DOS TECIDOS.
Termoterapia por condução

 É um método de transferência de calor no qual o

movimento cinético de átomos e moléculas de um objeto é

passado para outro. Esse movimento está aumentado

quando um objeto está mais aquecido que o outro e

acontece mais efetivamente se os objetos são sólidos.


Termoterapia por condução

 Na prática terapêutica, dá-se pelo contato direto da pele


com agentes termoterápicos de consistência física mais
sólida ou pastosa. É uma aplicação puramente
superficial que se limita à região cutânea, podendo
alcançar uma profundidade de cerca de 1 cm, não alterando
os tecidos mais profundos, exceto por reações reflexas ou
consensuais. Os métodos utilizados são variados e
consistem em : banhos de areia, bolsas de água quente,
ladrilhos quentes, compressas, banho de parafina, além de
outros.
Termoterapia por convecção

 É o movimento de moléculas móveis no meio fluido, ou

seja, em líquido ou forma gasosa, tal que esse movimento


transfere calor de um lugar para outro. Isto ocorre
por um fator gravitacional, no qual as moléculas menos
densas ascendem e as densas, descem, formando uma
corrente de convecção. Os métodos utilizados são:
hidroterapia (turbilhão), forno de Bier e fluidoterapia
(sauna, banho a vapor).
Termoterapia por convecção
Termoterapia por conversão

 Trata-se da conversão de fótons (energia luminosa), energia

elétrica (eletromagnética) ou sônica em calor. Tem por base

o efeito Joule (Q = F . R . t), que utiliza a resistência dos

tecidos, quando da passagem da energia termogênica, para a

produção de calor. Os recursos terapêuticos mais usados

são: Ondas Curtas, Microondas, Ultra Som, Infravermelho e

Ultravioleta.
Modalidades terapêuticas termoterápicas

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