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Hipertermoterapia

CALOR SUPERFICIAL
Calor superficial

 Calor superficial ou aquecimento superficial é a forma

terapêutica em que o calor do exterior é transferido para a

pele por meio de condução, convecção ou radiação. Essas

alterações não se refletem nos tecidos mais profundos do

corpo, como exemplo o tecido muscular subjacente.


Modalidades terapêuticas de
calor superficial.

FORNO DE BIER
Forno de Bier
Forno de Bier
 Este é talvez um dos mais antigos dispositivos
termoterápicos utilizados pela fisioterapia. Sua
transferência de calor é feita através da convecção.
Consiste em uma peça confeccionada com flandre e
madeira, em forma de hemicilindro, aberto nas duas
extremidades, forrado internamente com uma camada de
asbesto e contendo, em ambos os lados de sua face interna,
resistores de níquel-cromo, protegidos por uma placa de
amianto ou ardósia, a qual tem a finalidade de evitar o
contato direto do paciente com os resistores.
Forno de Bier

 Quando o paciente é introduzido no seu interior, cobre-se o

equipamento com um cobertor de flanela, para que haja um

mínimo de perda de calor do forno para o meio externo,

através das aberturas existentes em suas extremidades .


Forno de Bier

 Os fornos de bier mais antigos são desprovidos de

controladores de temperatura, para que possamos


estabelecer a temperatura terapêutica adequada devemos
ter acoplado ao forno um termômetro que possa nos
fornecer a cada instante, a temperatura em seu interior.
Atualmente, os fornos são equipados com um termostato
que mantém, a temperatura constante dentro do forno,
provendo maior segurança terapêutica.
Forno de Bier

 A maioria da literatura especializada indica que a faixa

ótima de aplicação do forno de Bier, durante o tempo em

que as reações circulatórias e bioquímicas possam ocorrer,

situa-se em torno de trinta minutos de aplicação, a uma

temperatura entre 50º C e 60º C.


Forno de Bier

 Nos fornos de bier desprovidos de termostatos, a

temperatura interna, após 20 ou 30 minutos de uso, pode

ultrapassar com facilidade a temperatura de 150°C,

suficiente para provocar sérias queimaduras no paciente.


Forno de Bier

 A utilização do forno de bier deve ser sempre com a região

a tratar desnuda para evitar que ocorra contato do corpo

com a parte interna do aparelho. Em alguns casos

aconselha-se envolver uma toalha felpuda e úmida e ligar o

forno durante 30 minutos, pois além de prover segurança

contra possíveis queimaduras (pela temperatura interna ou

contato com as placas) a toalha úmida hidrata o segmento

tratado em virtude da intensa sudorese causada pelo forno.


Indicações

 Contraturas musculares

 Cérvico-dorso-lombalgia (causa muscular)

 Distensões musculares

 Entorse (lesões superficiais)

 Segmentos com implante metálico

 Pré-massoterapia e pré-cinesioterapia etc


Contra-Indicações

 “Alteração da sensibilidade”

 Edemas

 Processo infeccioso superficial

 Estados febris

 Traumatismo agudo
Banho de parafina
Banho de parafina

 A parafina é uma substância branca, em forma de cera,

obtida da destilação do petróleo.

 Sua forma de transmissão de calor é feita pela condução

 Os aparelhos de aquecimento da parafina, para uso

profissional, são recipientes providos de termostato para

controlar a temperatura, geralmente ajustados no seu ponto

de fusão.
Banho de parafina

 O ponto de fusão da parafina se dá entre 52°C a 54°C


entretanto, a terapêutica é dada entre 42° C e 52° C.
 No interior do recipiente se coloca parafina no estado
sólido.
 Se agrega uma parte de óleo mineral (vaselina ou glicerina)
para cada dez partes de parafina.
 Esta união de óleo mineral com parafina permite maior
maleabilidade da parafina e acelera seu derretimento.
Banho de parafina

TÉCNICAS
Imersão Continua

 Coloca-se a área a ser tratada em uma cuba de parafina,

com temperatura em torno de 42° a 50°C durante 30

minutos, sem retirar da cuba.


Imergir / Envolver

 Coloca-se a área tratada na cuba de parafina, retirando logo

em seguida e aguarde até o fim do gotejamento, O número

de imersões será de seis a dez vezes, e logo após a última

vez, envolver a parte tratada com saco plástico, toalha

felpuda, jornal e toalhas, mantendo-se recoberta por cerca

de 20 a 30 minutos
Enfaixamento

 Passar a parafina em volta da área a ser tratada; enfaixar

uma vez a região com atadura; aplicar a parafina com ajuda

de pincel sobre o enfaixamento; enfaixar novamente;

reaplicar a parafina; repetir este processo por sete ou oito

vezes. Envolver com uma toalha felpuda ou plástica por cerca

de 30 minutos. São utilizadas em áreas como cotovelo,

punho, joelho e tornozelo.


Pincelamento

 Passar diversas camadas de parafina com pincel na área a

ser tratada durante 30 minutos. É a menos eficaz.


Banho de parafina
Indicações

 Artrose (mãos e pés)

 Artrite (mãos e pés)

 Artralgia

 Trauma crônico

 Tendinite

 Cicatrizes quelóides

 Fibrose pós-imobilização (mãos e pés)

 Pré-cinético; etc
Contra-indicações

 Áreas com "alterações de sensibilidade"

 Afecções em fase aguda

 Doenças dermatológicas

 Soluções de continuidade na pele

 Edemas

 Áreas isquêmicas; e outras


Banho de parafina

HIGIENE
Higiene/Cuidados Especiais

 A parafina, com o uso continuado, passa a ser um depósito

de fungos e bactérias, agregados à camada córnea da pele

descamada, que pode vir a atacar a região cutânea e unhas

do paciente em tratamento, caso medidas rigorosas de

desinfecção não sejam tomadas.


Higiene/Cuidados Especiais

 Para esterilização e limpeza da parafina podem ser

adotadas algumas medidas:

 Colocar uma vasilha grande com água para ferver, quando

estiver fervendo adicione a parafina e deixe-a ferver por 10


minutos. Tire-a do fogo e coloque-a para esfriar. As
partículas de sujeira decantarão no fundo da vasilha
(material mais denso), e a parafina sobrenadará na
superfície da água (material menos denso).
Higiene/Cuidados Especiais

 Habituar o paciente a lavar bem as mãos ou os pés com

água, sabão e uma pequena escova, com atenção especial à

região sob as unhas;

 Manter o tanque da parafina fechado quando não estiver

usando, para evitar a deposição de ovos de insetos,

desenvolvendo larvas;

 Utilizar material de boa qualidade;


Higiene / Cuidados Especiais

 Não repor no tanque a parafina que já foi usada, salvo se

passar por um processo de limpeza;

 Caso tenha reposto a parafina usada direto no tanque,

dependendo da demanda e do estado do paciente, deve-se

substituir a parafina com freqüência.


Turbilhão
Turbilhão

 É uma forma de termoterapia associada à hidroterapia em

que se usa a água de forma turbilhonada, a uma pressão e

temperatura preestabelecidas, com finalidade terapêutica.

 Os efeitos benéficos produzidos pelos banhos de turbilhão

resultam da ação combinada do calor e da suave massagem

do turbilhonamento da água.

 Sua forma de transferência de calor é convecção


Turbilhão

A água deve estar a uma temperatura entre 38° C e 40° C,

pois assim produz-se:

 Vasodilatação;

 aumento da circulação sanguínea;

 diminuição da pressão arterial;

 aumento do metabolismo;

 sedação e analgesia.
Turbilhão

 Em temperaturas abaixo de 25° C, tem-se o efeito de

diminuição do edema. O tempo de tratamento é entre vinte

e quarenta minutos.
Procedimentos de aplicação

 Limpar área com água e sabão neutro ou solicitar ao

paciente que realize limpeza do local;

 Direcionar o jato em toda a extensão do segmento;

 Recomenda-se que se troque a água sempre ao se utilizar o

turbilhão.
Cuidados e observações

 Evitar deixar o paciente sozinho;

 Não ligar a resistência do aparelho sem água;

 Evitar que o paciente toque na resistência;

 Evitar anticépticos espumantes;

 Evitar pacientes com doenças contagiosas;

 Utilizar piso antiderrapante.


Indicações

 Artralgias;

 Anquiloses;

 Contraturas;

 Mialgias;

 Precinético.
Compressas quentes / Bolsas térmicas

 Bolsas hidrocoladas: Essas consistem em sílica gel

hidrofílica (que absorve água) colocada dentro de um


invólucro de algodão. A bolsa é aquecida em um banho de
água quente de aproximadamente 75°C, envolvida em uma
toalha ou outro material apropriado e então aplicada ao
corpo. A temperatura final da compressa deve ficar em
torno de 40-42°C.
Compressas quentes / Bolsas térmicas

 Compressas úmidas: Essas são imersas em água quente

(aproximadamente a 36-41 °C) e têm uma função similar às

anteriores mas tendem a esfriar mais rapidamente, já que

não é prático prover uma camada isolante. Tais compressas

precisam ser substituídas após aproximadamente 5

minutos.
Compressas quentes / Bolsas térmicas

 Bolsas aquecidas eletricamente: Essas variam muito

de tamanho. O fio de resistência elétrica fica dentro da

estrutura e o design permite que a temperatura (40-42°C)

seja controlada por termostato. Essas bolsas podem ser

usadas a temperaturas mais baixas, algumas tendo uma

faixa de 1-42°C.

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