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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO

LABORATÓRIO DE FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR

DISCIPLINA DE FISIOTERAPIA APLICA A CARDIOLOGIA


CLÍNICA E CIRÚRGICA

DOENÇA CARDÍACA E
FASE I – REABILITAÇÃO
CARDIOVASCULAR

Dra. Michelle Hiss


Dr. Hugo Celso Dutra de Souza
Promoção da saúde

Ø Não morrer prematuramente é a primeira

condição;

Ø A segunda é viver longamente com o mínimo de

limitação, e o máximo de liberdade.


Mortalidade da população brasileira

Destaques
ØO homem morre mais prematuramente (40% mais do que
as mulheres)
Ø 32% da região norte morre antes dos 70 anos, enquanto
que na região sul esse percentual é de 45,2%.
Ø36,1% dos negros morrem antes dos 70 anos, enquanto
que nos brancos esse percentual é de 48,9%.
Ø IAM, AVE, Diabetes e Homicídios são as principais causas
de morte no Brasil.
ØNos homens, os Homicídios e as mortes no trânsito
representam a 4ª causa de morte, enquanto que a cirrose
hepática representa a 8ª.
ØNas mulheres, a violência não está entre as dez causas de
morte, e o câncer de mama ocupa a nona colocação.
Mortalidade da população brasileira
Mortalidade da população brasileira
Mortalidade da população brasileira
Mortalidade da população brasileira
Mortalidade da população brasileira
Mortalidade da população brasileira
Principal causa do infarto do miocárdio
Causa da formação das placas de ateroma
Causa da formação das placas de ateroma
OMS
“REABILITAÇÃO CARDÍACA É O SOMATÓRIO DAS
ATIVIDADES NECESSÁRIAS PARA GARANTIR AOS
PACIENTES PORTADORES DE CARDIOPATIAS AS
MELHORES CONDIÇÕES FÍSICAS, MENTAIS E SOCIAIS, DE
FORMA QUE ELES CONSIGAM, PELO SEU PRÓPRIO
ESFORÇO, RECONQUISTAR UMA POSIÇÃO NORMAL NA
COMUNIDADE E LEVAR UMA VIDA ATIVA E
PRODUTIVA.”
Objetivos da fase I

Reduzir os efeitos deletérios do repouso

ØTromboembolismo pulmonar e atelectasias

Ø Alteração dos reflexos cardíacos

Ø Redução da capacidade funcional

Ø Redução do rendimento cardíaco

Ø Aumento da depressão e ansiedade

Ø Redução da massa muscular

Ø Redução da volemia
Objetivos da fase I

Diminuir o tempo de internação hospitalar;

Avaliar as respostas clínicas ao aumento

progressivo do esforço;

Estabelecer a intensidade de esforço a ser

executado no domicílio;

Manter o controle do estado emocional;


Fase I - Início

q Segundo o último consenso do Colégio Americano de


Cardiologia e da Sociedade Americana do Coração, a
reabilitação fase I deve ter início após 12h de IAM sem
complicações, de acordo com a tolerância do
paciente.

q Durante a permanência na UTI = contínua


monitorização cardíaca, da saturação de O2 e da PA
durante os exercícios.
Fase I - Cuidados

q Durante a permanência na UTI = contínua monitorização


cardíaca, da saturação de O2 e da PA durante os exercícios.

q As atividades executadas na UTI / UCO restringem-se a


atividades leves com consumo calórico de no máximo 2 METs
(relacionado com a demanda de O2 pelo miocárdio).

q Os exercícios isométricos estão contraindicados na fase I por


envolverem uma maior demanda de O2 pelo miocárdio.
Fase I - Cuidados

q Durante o exercício = alguns sinais como fadiga, dispnéia,


cianose, palidez, náusea e aumento da FC acima de 20bpm em
relação a FC basal pode implicar em interrupção da sessão.

q Se houverem alterações clínicas tais como elevação enzimática


e alterações eletrocardiográficas = interrupção do programa de
reabilitação.
Fase I - Cuidados

q A ocorrência de diminuição da PA sistólica durante os exercícios


é mau prognóstico, podendo levar a lesão miocárdica induzida
pelo esforço.

Critério para exclusão do programa de reabilitação


Fase I

A progressão da intensidade de esforço e a manutenção


ou não do tratamento deve obedecer alguns critérios.

Adequação da resposta da FC e PA.

Estabilidade clínica Cooperação do paciente


Fase I

Após a alta da UCO os pacientes não serão mais


submetidos à monitorização contínua dos sinais vitais.

Deve-se então registrar antes, durante e após os


exercícios e cerca de 5 minutos após o término
dos exercícios.
Fase I

Os exercícios de alongamento devem ser prescritos com


muita atenção.

Uma vez que, podem desencadear a manobra de


Valsalva e elevar a pressão arterial.
Fase I

PROTOCOLO DE UM PROGRAMA
DE REABILITAÇÃO CARDÍACA
FASE I
Fase I

Avaliação
Fase I

Avaliação Geral

üDados demográficos
üDados do evento cardíaco
üLocal do IAM
üExtensão do IAM
üTratamento atual
üSinais e sintomas atuais
üMedicamentos
üAtividades ocupacionais e recreacionais
üNível funcional atual
Fase I

Avaliação Específica (Sempre)

üNível de consciência do paciente


üSaturação de oxigênio (oximetria)
üGasometria atual
üPressão arterial
üFrequência cardíaca
üFração de ejeção
üModo de ventilação
üParâmetros ventilatórios
üAusculta pulmonar
üPresença de secreção e aspecto
üDor/desconforto associados ou não às intervenções
üInspeção tegumentar
üAvaliação muscular (tônus) e articular (rigidez).
Fase I

Consumo Calórico
Step I
2 METS

Paciente deitado

qExercícios respiratórios diafragmáticas


qExercícios ativos de extremidades
qExercícios ativo-assistidos de cintura, cotovelos e joelhos.
Fase I

Consumo Calórico
Step II
2 -3 METS

Paciente deitado Paciente sentado

qRepetição do step I qExercícios respiratórios associados


qExercícios ativos de joelho e aos MMSS
coxofemoral qExercícios de cintura escapular
qDissociação de tronco e coxofemoral qExercícios ativos de extremidades
Fase I

Consumo Calórico
Step III
3 -4 METS

Paciente em pé

qExercícios ativos de MMSS (movimentos diagonais e


rotacionais)
qAlongamento da musculatura de MMII
qDeambulação de 30 metros.
Fase I

Consumo Calórico
Step IV
3 -5 METS

Paciente em pé

qAlongamento ativo de MMSS e MMII


qExercícios ativos de MMSS e MMII
qDeambulação: 25m lento e 25m rápido
qEnsinar o monitoramento da FC por meio do pulso
Fase I

Consumo Calórico
Step V
4 -5 METS

Paciente em pé

qAlongamento ativo de MMSS e MMII


qExercícios ativos de MMSS e MMII (dissociados)
qDeambulação de 100m
Fase I

Consumo Calórico
Step VI
4 -5 METS

Paciente em pé

qAlongamento ativo de MMSS e MMII


qExercícios ativos de MMSS e MMII (dissociados e
associados à caminhada)
qExercícios excêntricos (descer escada)
qDeambulação de até 200m.
Fase I

Consumo Calórico
Step VII
4 -5 METS

Paciente em pé

qContinuação do Step VI
qDescer e subir escadas – 01 andar
qDeambulação de 200m.
REAVALIAÇÃO E INÍCIO
DA FASE II

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