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Calor x Frio:

Efeito vascular:
O calor promove o aumento da dilatação, por consequência do aumentando o fluxo sanguíneo.

O frio, por sua vez, promove uma vasoconstrição, servindo como analgésico e anti-inflamatório.

Metabolismo:
O calor aumenta a raxa metabólica local elevando a um aumento da pressão hidrostática intravascular,
vasodilatação arteriolar e um aumento de fluxo sanguíneo dos capilares, o que aumenta o fornecimento de oxigênio,
anticorpos, leucócitos e outras enzimas necessárias para a resolução da inflamação.

Já o frio, promove a vasoconstrição, que por sua vez atua diretamente na lesão. Diminuindo as sequelas que
estão relacionadas ao processo da lesão, ou seja, dor, edema, hemorragia, espasmo muscular e reduzirá a área da
lesão secundaria.

Lesão secundária:
São as lesões que vem do processo que contribui para o para morte celular depois do trauma inicial, que
pode ser por hipoxia, distúrbios metabólicos, hipertensão intracraniana e distúrbios hidroeletrolíticos.

O frio causa uma vasoconstrição, que leva uma diminuição do fluxo sanguíneo, impedindo a extensão da
lesão.

Efeitos fisiológicos e sistêmicos:


Há uma vasoconstrição por conta da baixa temperatura, após 10~20 min o vaso tende a retornar ao seu
diâmetro em condições normais.

Temperatura acima de 43 graus ocorre a transdução do aumento de temperatura para o sistema nervoso
através dos receptores TRP vaniloide 1 (TRPV1), que são canais iónicos ativados por calor intenso, presentes nos
neurônios aferentes primários, medula espinhal e no cérebro com um todo. No SNC, estimula a produção de
glutamato, que estimulará via descendente as células OFF inibindo a transmissão do impulso doloroso.

Efeitos neurais:
O calor relaxa os músculos ao longo do sistema esquelético, simultaneamente o limiar de disparo dos
aferentes gamas, abaixa a excitabilidade dos fusos musculares e aumenta a atividade dos órgãos tendinosos de
golgi. O aquecimento aumenta a taxa metabólica local levanto a um aumento da pressão hidrostática intravascular,
vasodilatação arteriolar e de aumento do fluxo sanguíneo dos capilares, o que aumenta o fornecimento de oxigênio,
anticorpos, leucócitos e outras enzimas necessárias para a resolução da inflamação. Tal evento aumenta a reação
química e cicatrização de tecidos distendidos ou lacerados.

O gelo elimina a dor, pois aumenta seu limiar, sendo que, com temperaturas baixas o estiramento necessário
para produzir uma resposta é aumentado. A dor também pode ser diminuída diretamente pelo efeito nas terminações
sensoriais e nas fibras periféricas de dor ou indiretamente através da redução do edema ou dos espasmos
musculares

Temperatura de atuação:
Calor: 40~45 graus

Frio: 0~18 graus

Atividade muscular:
No calor ocorre o aumento da flexibilização dos colágenos e relaxamento muscular, assim como tendões,
ligamentos e outros tecidos, consequentemente, há o ganho de amplitude de movimento.

Já no frio ocorre a redução da atividade do fuso muscular, junção neuromuscular e nervos periféricos. O gelo
reduz a atividade do fuso muscular, que eleva seu limiar de disparo, fazendo com que a estimulação aferente diminua
Calor para tratar o espasmo muscular e nas espasticidades?
Quem relaxa mais rápido é o frio, apesar de não ser o mais agradável. E poderá aumentar a rigidez do tecido.
O gelo irá gerar uma reação desagradável até o 7 minuto. Passado esse tempo o paciente deixará de sentir, por
conta da redução a atividade neural e a própria percepção tátil e térmica.

O aquecimento aumenta o suprimento de sangue e a liberação do oxigênio da mioglobina e hemoglobina


para os músculos e diminuem a resistência intramuscular (ajuda a quebrar a fibrina e aumenta a expansibilidade do
colágeno. (Contratura articulares, não muscular), aumentando assim a eficiência da mecânica do movimento.

Hiperemia:
No calor aumenta a vasodilatação, consequentemente indicando o maior fluxo sanguíneo na pele.

A reação secundaria do gelo seria a hiperemia ativa, uma ação que leva o metabolismo a mandar mais
sangue para o local como mecanismo de defesa do organismo para que não haja dano ao local.

Existe um desvio da curva de dissociação de oxi-hemoglobina ,de modo que o tempo de dissociação aumenta.

Dor:
Quando a T° > 43°- ocorre a transdução do aumento de temperatura para o sistema nervoso através dos
receptores TRP vaniloide 1 (TRPV1), que são canais iónicos ativados por calor intenso, presentes nos neurônios
aferentes primários, medula espinhal e no cérebro com um todo. No SNC, estimula a produção de glutamato, que
estimulará via descendente as células OFF inibindo a transmissão do impulso doloroso.

A diminuição da temperatura vai diminuir a velocidade de condução das fibras A-delta e C gerando efeito
analgésico, e também o gelo gera vasoconstrição que vai diminuir a circulação sanguínea diminuindo a
permeabilidade das células e o edema que vai gerar alívio da dor.

Indicações do calor e frio:


O frio é indicado em dores musculares, lesões como entorses e pancadas, lesões ortopédicas, manchas e na
estética como criolipólise. Assim como para dor subaguda ou crônica, remoção de edema subagudo, ADM diminuída,
resolução de edema, pontos-gatilho miofasciais, defesa muscular, espasmo muscular, tensão muscular subaguda,
entorse muscular subaguda, contusão subaguda, infecções.

Calor é indicado quando o paciente necessita de relaxamento muscular, remoção de edema subagudo,
tensão muscular subaguda, contusão subaguda, entorse muscular e lombalgias.

Contraindicações do calor e frio:


Não usar o calor quando apresentar condições musculoesqueléticas agudas, circulação prejudicada, doença
vascular periférica, anestesia da pele, feridas ou problemas de pele.

No frio, a má circulação sanguínea, como insuficiência arterial ou venosa grave, doença imunológica
associada ao frio, como doença de Raynaud, pois o gelo pode desencadear uma crise, desmaio ou coma ou com
algum tipo de retardo da compreensão, já que estas pessoas podem não saber informar quando o frio está muito
intenso ou causando dor. Ferimentos ou doenças na pele, como psoríase, pois o frio excessivo pode irritar ainda
mais a pele e prejudicar a cicatrização;

Técnicas usadas:
Calor: compressas quentes, banho de parafina (não se utiliza mais), turbilhão, infravermelho, ultrassom,
ondas curtas, ondas polarizadas.

Frio: gelo, banho de imersão, bolsas frias, pacotes de gelo, sprays e pomadas geladas, e aparelhos
dermatológicos relacionados a isso.
Métodos de transferência:
A transferência de calor na termoterapia é descrita por 4 subdivisões: condução, convecção, conversão e
radiação.

1- O método de condução transferência de calor, ele é dado contato direto da pele com a fonte geradora de
calor, que podem ser utilizadas as bolsas de compressas de água quente, banhos de parafina, almofadas,
aquecimento elétrico.
2- Convecção é o movimento por meio de fluídos a água e ar, pode-se causar diferenças de pressão entre dois
meios de temperaturas diferentes, no qual o processo a pele entra em contato direto com a fonte geradora de
calor, podendo ser utilizado: turbilhão, piscina, tanque Hubbart, forno de Bier, banho de vapor, banho de
contraste
3- A conversão, converte um determinado tipo de energia em energia térmica. Métodos utilizados: ondas curtas,
micro-ondas, ultrassom
4- Radiação: recurso de radiação é o infravermelho

Observações do Hugo:
 Efeito do calor na articulação saudável. Aumenta produção da sinovia, que aumenta a produção do liquido
sinovial. Servindo de amortecimento e nutrição nas articulações. No doente, o aumento da temperatura
aumenta atividade da colagenase que é uma enzima que destrói o colageno das articulações, levando a uma
destruição da mesma.
 NA FASE AGUDA: aplica-se a crioterapia.
NA FASE SUBAGUDA: fase de proliferação celular, contudo há edema. Nesse caso, (3 dias a 10 dias) se faz a
bath contrast. Submetesse o tornozelo ao choque térmico, 5 min no gelo, 5 na água quente e repete-se.
Terminasse essa terapia na fase em que se o paciente se encontra, se for na fase aguda termina em gelo, se
for na fase crônica termina em calor

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