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Homeostasia térmica
Mecanismos físicos:
• Radiação → emissão de calor sob a forma de ondas eletromagnéticas
(ondas infravermelhas)
o Se a temperatura do corpo for superior à do meio externo, o corpo
irradia + calor do que o calor que é irradiado para o corpo, isto é, há
perda de calor por parte do organismo.
• Em situações usuais, os mecanismos físicos atrás citados promovem perda de calor pelo corpo, dado que
geralmente a temperatura ambiente é inferior à temperatura corporal. Contudo em situações em que a
temperatura ambiente seja superior a 37ºC, por exemplo, numa sauna (temperatura ambiente ~70 ºC) verifica-se
uma inversão destes mecanismos com ganho de calor pelo organismo através dos mesmos processos físicos.
• Nota → numa sauna estes mecanismos permitem-nos ganhar calor
• O equilíbrio varia com o dia e com a atividade e os mecanismos têm importâncias diferentes.
Mecanismos fisiológicos:
• Controlo vasomotor
o A pele funciona como um sistema de radiação de calor
controlado
o Circulação cutânea → estabelece a ligação entre a pele e a
região corporal central
o A temperatura das vísceras centrais é menos sujeita a
variações, mas a temperatura da pele e extremidades tem
maior variação de amplitude térmica.
o O tecido celular adiposo tem função isolante natural (baixa
condução de calor), e separa a pele da região corporal central.
o A irrigação cutânea é composta por um sistema complexo de
ramificações vasculares, do qual fazem parte plexos venosos,
arteríolas e anastomoses arteriovenosas. O plexo venoso
subcutâneo é abastecido pelas arteríolas e anastomoses
arteriovenosas, de forma que o fluxo de sangue subcutâneo irá variar conforme o maior ou menor grau de
vasoconstrição destas últimas. A modulação do tónus arterial depende do sistema nervoso simpático. Com a
passagem de um estado de vasoconstrição total para vasodilatação total, a condução de calor Î 8x.
o Sudorese: ato de produzir e libertar suor. Inicia-se quando a temperatura central é superior a 37ºC. nesta
temperatura vamos ter mecanismos de perspiração e de sudorese ativos
▪ A atividade das glândulas sudoríparas é estimulada pelo SNS. Estas glândulas tem um componente acinar
(produzem suor com composição semelhante ao plasma exceto pela ausência de proteínas plasmáticas)
e por um componente ductal (absorve iões libertados no suor). O suor que se liberta é hipo osmótico.
▪ Quando produzimos muito suor o suor passa a uma maior
velocidade e há menor reabsorção de iões, por isso, o suor fica
mais semelhante ao plasma e menos hipo osmótico, ou seja, fica
mais salgado. Por oposição, se suarmos menos há mais
reabsorção e, por isso, perdemos menos iões → grau de
reabsorção inversamente proporcional à taxa de produção de
suor
o Para temperaturas ambientais > 36ºC, a evaporação (sudorese) torna-se o único meio efetivo de dissipação
de calor → os mecanismos físicos são
limitados, dos mecanismos fisiológicos,
apesar do controlo vasomotor ser
importante, a evaporação via sudorese é
o principal meio de perda de calor para o
meio ambiente.
Sensores térmicos:
• Superficiais da pele → sensíveis ao frio (+ numerosos) e calor,
auxiliados por recetores da dor.
• Orgãos profundos → visceras e grandes vasos e espinal medula,
mais sensíveis a variações da temperatura central. Monitorizados
durante a cirurgia
• Hipotalamo anterior e área pré-otica → são estimulados por
variações da temperatura do sangue que perfunde essa área -
rede vascular especializada com função de barreira
hematoencefálica limitada denominada organum vasculosum
laminae terminalis. A estimulação térmica destes neurónios
traduz-se por um aumento da frequência dos impulsos emitidos
por segundo para o hipotalamo
Córtex cerebral:
• hipotálamo provoca alterações comportamentais ao nível do córtex cerebral → ir para um lugar mais quente,
vestir roupa → comportamento voluntario
Hipófise:
• o hipotálamo liberta a hormona libertadora de tireotrofina (TLH) que leva a informação até à hipófise que liberta
a TSH. Esta atua na tiroide que passa a libertar mais T3 e T4 que vão aumentar a TMB.
Mecanismo da hipertermia:
Tratamento da febre
• Agentes Anti-inflamatórios Não Esteróides → inibição da cicloxigenase → bloqueio da síntese de
prostaglandinas. Não inibem a produção de pirogéneos endógenos, nem possuem efeito poiquilotérmico visto
que não diminuem a temperatura corporal abaixo do seu ponto de regulação normal.
• Paracetamol (ou Acetaminofeno) → é oxidado e convertido num inibidor ativo da cicloxigenase a nível do SNC
• Corticosteróides
o Impedem diretamente a produção de pirogéneos endógenos pelas células imunológicas . São potentes
antipiréticos, particularmente em situações de carácter inflamatório ou de ativação do SI.
Tratamento da hipotermia
• Evitar a perda adicional de calor (por exemplo, tirar a roupa molhada, colocar cobertas)
• Aumentar a temperatura corporal central:
o Aplicação de cobertas ou equivalente
o Medidas invasivas (O2 aquecido e humedecido por máscara/ tubo endotraqueal; soro fisiológico ou glicosado
aquecidos; lavagem gástrica e/ou peritoneal com soro fisiológico aquecido)
• Atitudes de prevenção:
o Correção de fatores predisponentes identificados
o Evitar fármacos com toxicidade hepática, cardíaca e renal
o Monitorização eletrocardiográfica para deteção precoce de arritmias
o Estar atento a possíveis infeções secundárias