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LAUDOS PERICIAIS

Aula 3 – AVALIAÇÃO E CONTROLE


DA EXPOSIÇÃO AO CALOR

Profª. Larissa Pinto – larisspinto@gmail.com

Escola Técnica Aberta do Brasil (ETEC)


Instituto Federal do Ceará (IFCE)
Fortaleza - CE
2014

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Sumário

Apresentação da aula...................................................................3
Tópico 1: Calor..............................................................................4
Tópico 2: Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor........8
Tópico 3: Medidas de Controle.................................................18
Conclusão...................................................................................20
Referências.................................................................................21

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Apresentação da aula

Caro(a) aluno(a),

nesta aula, aprofundaremos nossos conhecimentos de risco físico


calor. Aprenderemos como deve ser realizado sua avaliação
ocupacional de acordo com o anexo 3 da NR-15 e quais são suas
medidas de controle.

Objetivos da aula

 Compreender a definição de calor;


 Apresentar quais os mecanismos de propagação do
calor;
 Aprender a realizar a avaliação qualitativa do calor;
 Conhecer os limites de tolerâncias apresentados no
anexo 3 da NR-15;
 Apresentar as medidas de controle para o calor.

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Tópico 1: Calor

Objetivo(s)
 Compreender a definição de calor.
 Apresentar quais os mecanismos de propagação do
calor.

Calor é a energia térmica transferida de um corpo de maior


temperatura para um de menor temperatura, garantindo o
equilíbrio térmico. O calor é diretamente proporcional à
quantidade de energia interna do sistema, onde acontece a troca
térmica.

Para entendermos melhor sobre esse agente físico, definiremos e


detalharemos os mecanismos de transferência de calor existentes
a seguir.

Os mecanismos de transferência de troca térmica são: condução,


convecção, radiação e evaporação.
Saiba mais!

 Condução é o fenômeno de transferência de calor quando Assista ao vídeo


e saiba mais
dois corpos, em temperaturas diferentes, são colocados em sobre os
mecanismos de
contato. O fluxo de calor se dá do corpo de maior
transferência de
temperatura para o de menor temperatura. troca térmica,
através do link
https://www.yout
ube.com/watch?v
 Convecção é o fenômeno de transferência de calor que =RwNZjTx5ZzI.
ocorre principalmente nos fluidos (líquidos e gases).
Diferentemente da condução, na qual o calor é transmitido

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de átomo a átomo sucessivamente, na convecção a
propagação do calor se dá através do movimento do fluido
envolvendo transporte de matéria.

 Radiação é o processo de transmissão de calor pelo qual a


energia não precisa de um meio material para se propagar.

 Evaporação é a mudança de fase do estado líquido para o


estado gasoso, ao receber calor.

O organismo humano, no sentido de promover um aumento da


perda de calor, processa uma série de reações fisiológicas
buscando o equilíbrio térmico. A equação que descreve esse
equilíbrio térmico no organismo humano está apresentada na
seguinte equação.

M±C±R–E=S

Sendo,
M – Calor produzido pelo metabolismo;
C – Calor ganho ou perdido por condução/convecção
R – Calor ganho ou perdido por radiação;
E – Calor perdido por evaporação;
Q – Calor acumulado no organismo.

Observe que,
Se Q > 0, haverá acúmulo de calor (sobrecarga térmica);
se Q < 0, haverá perda de calor (hipotermia);

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se Q = 0, o organismo encontrar-se-á em equilíbrio.

À medida que ocorre a sobrecarga térmica, o organismo dispara


certos mecanismos para manter a temperatura interna constante,
sendo os principais a vasodilatação periférica e a sudorese (SESI,
2007).

Quando a quantidade de calor que o corpo perde por condução,


convecção e/ou radiação é menor que o calor ganho, a primeira
ação corretiva que se processa no organismo é a vasodilatação Você sabia?

periférica, que implica num maior fluxo de sangue na superfície do A quantidade de


suor produzido
corpo e num aumento da temperatura da pele. Já a sudorese pode, em alguns
instantes, atingir o
permite a perda de calor por meio da evaporação do suor. O
valor de até 2 L/h.
número de glândulas ativadas pelo mecanismo termorregulador é A evaporação de
um litro por hora
proporcional ao desequilíbrio térmico existente. permite uma perda,
em média, de 590
kcal.
Quando um trabalhador se expõe ao calor intenso pela primeira
vez, tem sua temperatura interna significativamente elevada, com
um aumento do ritmo cardíaco e baixa sudorese. Antes que ele
trabalhe exposto ao calor, é necessário que ele passe pelo
processo de aclimatação, que nada mais é do que a adaptação do
organismo a um ambiente quente. O indivíduo aclimatizado sua
mais, consegue manter a temperatura do núcleo do corpo em
valores mais baixos e perde menos sal no suor, mantendo
também os batimentos cardíacos.

Continuando a falar de troca térmica, vejamos quais são os


fatores que influenciam diretamente na transferência de calor e

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que devem ser considerados ao se realizar a quantificação da
sobrecarga térmica:

 Temperatura do ar – a transferência de calor é


diretamente proporcional ao gradiente de temperatura para
que possibilite os mecanismos de troca térmica.

 Umidade relativa do ar – influencia na troca térmica que


ocorre entre o organismo e o meio ambiente pelo
mecanismo da evaporação. Quanto maior a umidade
relativa, menor será a perda de calor por evaporação.

 Velocidade do ar – quando houver aumento de velocidade


do ar no ambiente, haverá aceleração da troca de camadas
de ar mais próximas ao corpo, aumentando, desse modo, o
fluxo de calor entre esse corpo e o ar. O aumento da
velocidade do ar também favorecerá a evaporação.

 Calor radiante – quando um indivíduo estiver na presença


de fontes apreciáveis de calor radiante, o organismo
ganhará calor pelo mecanismo de radiação. Caso não haja
fontes de calor radiante ou se essas forem controladas, o
organismo humano poderá perder calor pelo mesmo
mecanismo.

 Tipo de atividade – quanto mais intensa for a atividade


física exercida pelo indivíduo, tanto maior será o calor

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produzido pelo metabolismo, constituindo, portanto, parte
do calor total ganho pelo organismo.

Tópico 2: Avaliação da Exposição Ocupacional ao


Calor

Objetivo(s)
 Aprender a realizar a avaliação qualitativa do calor.
 Conhecer os limites de tolerâncias apresentados no
anexo 3 da NR-15.

A avaliação da exposição ocupacional ao calor, de acordo com o


anexo 3 da NR-15, deve ser avaliada através do Índice de Bulbo
Úmido Termômetro de Globo (IBUTG).

O conjunto convencional para a determinação do IBUTG deve ser


composto de termômetro de globo, termômetro de bulbo úmido
natural e termômetro de bulbo seco (MTE, 2014).

Vejamos como cada um desses três termômetros atua no cálculo


do IBUTG:

 Termômetro de Globo (Tg) – é um termômetro de


mercúrio (ou sensor equivalente) posicionado no centro de
uma esfera oca de cobre de 1mm de espessura, 6
polegadas de diâmetro e pintada externamente de preto

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fosco (Figura 1.a). A esfera é envolvida naturalmente por
ar. O Tg é usado para medir temperatura proveniente do
calor radiante, o globo preto absorve a radiação e aquece o
ar quente contido no interior da esfera.

 Termômetro de Bulbo Úmido (Tbn) – O bulbo de


mercúrio deve ser coberto por um pavio de tecido com alto
poder de absorção de água, na cor branca, mantido úmido
com água destilada, por capilaridade (Figura 1.b).

 Termômetro de Bulbo Seco (Tbs) – Termômetro de bulbo


de mercúrio cujo bulbo fica diretamente em contato com o
Saiba mais! ar. O Tbs irá determinar a temperatura do ar (Figura 1.c).

Na NHO 06, você


encontra mais
informações
sobre o IBUTG,
os seus
equipamentos de
medição e as
técnicas de
medição.
http://www.fundac
entro.gov.br/biblio
teca/normas-de-
higiene-
ocupacional/publi
cacao/detalhe/201
3/3/nho-06-
avaliacao-da-
exposicao-
ocupacional-ao-
calor Figura 1: Medidor de stress térmico/Termômetro de globo. Ref. [1]

A partir dos resultados obtidos com esses termômetros, vejamos


como é calculado o IBUTG.

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Existem duas fórmulas para o calculo do IBUTG, uma para
ambientes internos ou externos sem carga solar e outra para
ambientes externos com carga solar.

O IBUTG para ambientes internos ou externos sem carga solar é


calculado com base em apenas dois parâmetros: Tbn e Tg,
conforme a equação: Atenção!
As medições
devem ser
efetuadas no
IBUTG = 0,7 Tbn + 0,3 local onde
Tg permanece o
trabalhador, à
Enquanto o IBUTG para ambientes externos com carga solar é altura da região
do corpo mais
calculado com base em nos três parâmetros: Tbn, Tbs e Tg, de atingida.

acordo com a equação abaixo:

IBUTG = 0,7 Tbn + 0,1 Tbs + 0,2 Tg

Com o que vimos até aqui, já sabemos e conseguimos realizar o


cálculo do IBUTG, porém como saberemos se os valores
encontrados estão adequados ou não à legislação vigente? Para
isso, vamos conhecer quais são os limites de tolerância para
exposição ao calor.

O anexo 3 da NR-15 prevê um regime de trabalho


(Trabalho/Descanso) em função do valor do IBUTG e do tipo de
Atenção!
atividade para duas situações: Os tempos de
descanso são
períodos
trabalhados para
todos os fins
legais.

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 Regime de trabalho intermitente com períodos de descanso
no próprio local;
 Regime de trabalho intermitente com descanso em outro
local.

Assim, comecemos pelos limites de tolerância para regime de


trabalho intermitente com períodos de descanso no próprio local.

A determinação dos tipos de atividade por classes ou a


quantificação de calor metabólico são apresentadas no quadro 1.

Quadro 1 – Limites de tolerância para regime de trabalho intermitente com descanso no próprio
local de trabalho – ref. [2]

Com os valores de Tbn e Tg, calculamos o IBUTG e,


considerando o regime de trabalho/descanso, verificamos qual o
limite de IBUTG o trabalhador deve estar exposto.

Agora, muita atenção, a aplicabilidade para descanso no próprio


local deve ser entendida como esse descanso ocorre no mesmo
ponto físico em que ocorre o trabalho, e não no mesmo
recinto. Significa que o trabalhador estará submetido ao mesmo

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IBUTG de quando trabalha. Se houver alteração do IBUTG, por
alteração da posição física do trabalhador o quadro I não se
aplica.

Para melhor entendermos, vejamos a resolução de um exemplo.

EXEMPLO 1: Um trabalhador de um forno de uma empresa


alimentícia tem a função de abastecer continuamente este
equipamento, colocando a carga em uma espécie de esteira. O
trabalho é moderado, de pé, em bancada, com algumas
movimentações. O local de trabalho não possui carga solar. Nas
avaliações de calor foram encontrados os seguintes parâmetros:
- Tg = 35 º C
- Tbn = 27 º C
Analise a situação e verifique se este posto de trabalho é ou não
insalubre.

RESOLUÇÃO
Para regime de trabalho intermitente com descanso no próprio
local de trabalhos:
- IBUTG = (0,7 * 27) + (0,3 * 35) = 18,9 + 10,5 = 29,4ºC
- Tipo de atividade: Moderada
- Ciclo de trabalho: Contínuo
- Limites de tolerância: Pelas condições ambientais e pelo
Quadro nº 1, o regime recomendado é 30 minutos de
trabalho e 30 minutos de descanso.

CONCLUSÃO

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O ciclo de trabalho não está adequado para o tipo de atividade e
condições térmicas do ambiente analisado, logo o trabalho é
insalubre.

O que fazer E quando o local de trabalho difere do local


descanso? Quando se trata de ambientes diferentes, deve-se
calcular o IBUTG do ambiente de trabalho e IBUTG do ambiente
de descanso, obtidos esses valores o IBUTG médio ponderado é
calculado.

Para sabermos o limite de tolerância para exposição ao calor em


ambientes diferentes de trabalho e descanso é também
necessário calcular o metabolismo médio. No quadro 2
apresentamos as taxas de metabolismo por atividade.

Quadro 2: Taxas de metabolismo por tipo de atividade - ref. [2]

Onde a taxa de metabolismo média, M, é dada pela equação


abaixo:

Mt * Tt  Md * Td
M
60
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Sendo,
Mt – taxa de metabolismo no local de trabalho;
Tt – soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no
local de trabalho;
Md – taxa de metabolismo no local de descanso;
Td – soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no
local de descanso.

As taxas de metabolismo Mt e Md serão obtidas consultando-se o


quadro 2.

E o IBUTG médio ponderado é encontrado a partir da seguinte


equação:

IBUTGt * Tt  IBUTGd * Td
IBUTG 
60

Sendo,
IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho;
IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso;
Tt e Td = como anteriormente definidos (os tempos Tt e Td devem
ser tomados no período mais desfavorável do ciclo de trabalho,
sendo Tt + Td = 60 minutos corridos).

Obtido o valor de M e analisando o quadro 3, obtém-se o IBUTG


máximo para exposição ao calor.

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Quadro 3 – Limite de tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com período de
descanso em outro local (local de descanso) – ref. [2].

Logo, pode-se dizer que,

 Se IBUTG calculado < IBUTG máximo, a atividade é


salubre;

 Se IBUTG calculado > IBUTG máximo, a atividade é


insalubre.

No entanto, quando o valor do metabolismo médio encontrado


não coincide com os valores da tabela, tomamos o IBUTG
imediatamente maior da tabela e comparamos com o calculado.
Vejamos um exemplo abaixo:

EXEMPLO 2: Um operador de caldeira de uma empresa, gasta 4


minutos carregando a fornalha com lenha, enquanto aguarda a
carga ser queimada (o tempo de queima dura 6 minutos) ele
realiza o monitoramento das válvulas e do painel de controle da
caldeira. Este ciclo de trabalho é continuamente repetido durante
toda jornada de trabalho.

Neste caso, para fins de aplicação do índice, denomina-se local


de trabalho, o local onde permanece o trabalhador quando
carrega a fornalha, e local de descanso, o ambiente

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termicamente mais ameno, com o trabalhador exercendo
atividade leve (o monitoramento).

Determinando-se os parâmetros necessários ao cálculo do


IBUTG, obteve-se:

No local de trabalho
Tg = 52ºC; Tbn = 21ºC; M = 440 kcal/h;
No local de descanso:
Tg = 23ºC; Tbn = 16ºC, M = 150 kcal/h;

Calcular o IBUTG no local de trabalho, no local de descanso e as


médias gerais, além de definir se há ou não condições de
insalubridade.

RESOLUÇÃO
Para regime de trabalho intermitente com período de descanso
em outro local (local de descanso).

IBUTG do local de trabalho


IBUTGt = (0,7 * 21) + (0,3 * 52) = 14,7 + 15,5 = 30,3ºC

IBUTG do local de descanso


IBUTGd = (0,7 * 16) + (0,3 * 23) = 11,2 + 6,9 = 18,1ºC

Ciclo de trabalho – para cada 60 minutos o operador passa 24


minutos no local de trabalho e 36 minutos no local de descanso.

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A partir dos cálculos dos IBUTGt e IBUTGd e depois de definido o
ciclo trabalho/descanso, calcula-se o IBUTG médio:
(30,3 * 24)  (18,1 * 36)
IBUTG   23,0º C
60
Para verificar se o valor do IBUTG encontrado está dentro do
limite de tolerância, é necessário conhecer a taxa metabólica
média, para poder conhecer o valor máximo de IBUTG permitido.

Calculando a taxa de metabolismo média tem-se:


(440 * 24)  (150 * 36)
M  266 kcal/h
60

Analisando o quadro 3, observa-se que o valor do metabolismo


médio encontrado não coincide com os valores tabelados, logo
tomamos o IBUTG imediatamente maior no quadro 3 e
comparamos o valor do IBUTGMAX com o valor do IBUTG médio
calculado.

M  300 kcal/h  IBUTG max  27 ,5º C


23,0ºC < 27,5ºC.

CONCLUSÃO
Como o IBUTG calculado foi menor do que IBUTG máximo, a
atividade é salubre.

Como foi visto a insalubridade para exposição ao calor é


caracterizada quando os valores de IBUTG encontrados no
ambiente de trabalho são superiores aos limites de tolerância

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estabelecidos no anexo 3 da NR-15, e como já apresentados
anteriormente.

A insalubridade caracterizada por calor é de grau médio, cabendo


ao trabalhador o adicional devido de 20% sobre o salário mínimo
legal.

Tópico 3: Medidas de Controle

Objetivo(s)
 Apresentar as medidas de controle para o calor.

O controle do calor deve ser feito primeiramente na fonte e/ou em


sua trajetória, deixando a aplicação do controle ao pessoal como
complemento das medidas anteriores ou quando constituir a única
solução viável.

Insuflação de ar fresco no local onde permanece o trabalhador,


maior circulação do ar existente no local de trabalho, exaustão
dos vapores de água emanados de um processo, utilização de
barreiras refletoras ou absorventes e automatização do processo
são as principais medidas de controle de propagação do calor
utilizadas no ambiente laboral.

Já as medidas de controle podem ser:

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 Exames Médicos – permitem selecionar um grupo
adequado de profissionais que reúnam condições para
executar tarefas sob calor intenso e promover um contínuo
acompanhamento dos mesmos, a fim de identificar
possíveis estados patológicos em estágios iniciais.
Recomenda-se a realização de exames médicos pré-
admissionais e exames periódicos.

 Aclimatização – é a adaptação fisiológica do organismo a


um ambiente quente, isso ocorre aproximadamente em
duas semanas.

 Ingestão de água e sal – um trabalhador exposto ao calor


intenso deverá ingerir maior quantidade de água e sal, a
fim de repor a perda ocorrida com a sudorese, porém a sua
não reposição poderá implicar em desidratação. No entanto
a ingestão de água e sal deverá ser feita sob orientação
médica.

 Limitação do tempo de exposição – consiste em adotar


período de descanso, visando reduzir a sobrecarga térmica
a níveis compatíveis com o organismo humano.

 Uso de equipamento de proteção individual – uso de


óculos com lentes especiais, luvas de proteção térmica,
aventais de proteção térmica e capuzes.

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Vale ressaltar que, as medidas de controle para o calor também
devem ser verificadas regularmente para ver se as medidas
implementadas foram e/ou são eficazes. E lembre-se, fazer a
consulta dos trabalhadores sobre a implementação das medidas
contribui para garantir o empenho dos trabalhadores nos
procedimentos de segurança e de saúde.

Conclusão

Nessa aula, aprendemos a definição de calor e seus mecanismos


de propagação. Aprendemos como deve ser feito uma avaliação
ocupacional do calor e quais os instrumentos devem ser utilizados
para realizar o cálculo do IBUTG. Conhecemos os limites de
tolerância para exposição ao calor, quando o trabalhador mantém
um ciclo de trabalho intermitente com descanso no próprio local
de trabalho e quando mantém um ciclo de trabalho intermitente
com período de descanso em outro local. E, por fim, aprendemos
quais as medidas de proteção que podem ser utilizadas, a fim de
neutralizar e/ou minimizar o calor nos ambientes de trabalho.

Na próxima aula, continuaremos a estudar os agentes insalubres,


dando início aos estudos sobre os agentes químicos. Conto com
sua participação.

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Referências

[1]. Medidor de stress térmico / Termômetro de globo. Disponível


emhttp://www.100instrumentos.com.br/ceminstrumentos/Assets/pr
oduct_images/grandes/Foto%204278%20copy.jpg. Acesso em
10/07/2014.

[2] BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma


Regulamentadora 15: atividades e operações insalubres.
Disponível em: http://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-
regulamentadora-n-15-3.htm. Acesso em 10/07/2014.

Serviço Social da Indústria – SESI. Técnicas de Avaliação de


Agentes Ambientais. Manual SESI: Brasília, 2007.

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