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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E TECNOLOGIA


DISCIPLINA: FENÔMENO DE TRANSPORTE

ITALO OSMAR LIMA PINHEIRO


LYANDRA RAFAELA DE ARAUJO
YAGO NEGRÃO

TRANSFERÊNCIA DE MASSA E CALOR

Belém/PA
2021
TRANSMISSÃO DE CALOR E MASSA
INTRODUÇÃO
O calor consiste na energia térmica que passa de um corpo com maior temperatura
para um corpo de menor temperatura, caso não haja diferença de temperatura entre
dois corpos, não há calor envolvido. Quando ambas as temperaturas se igualam,
temos o equilíbrio térmico, então o calor deixará de fluir.
De acordo com o Sistema Internacional de Unidades, a medida para calor é o Joule,
no entanto a unidade caloria (cal) também é utilizada, sendo que:
1 cal = 4,18 J
Algumas características importantes sobre o calor:
- Tipos de calor: quando se fornece uma quantidade de calor capaz apenas de
gerar a variação de temperatura de um corpo, essa quantidade de energia
chamamos de calor sensível. Já quando a quantidade de calor envolvido gera
mudanças no estado físico da matéria, ele é chamado de calor latente.
- Fontes de calor: Todo elemento capaz de produzir aumento de temperatura
em outro corpo consiste em uma fonte de calor, como por exemplo: um fogão,
uma lareira, um forno, etc.
- Modos de propagação de calor: Existem três maneiras para o calor se
propagar, sendo elas a condução, convecção e radiação.

CALOR LATENTE
O calor é dito latente quando altera a temperatura e gera mudança no estado
de agregação das moléculas de uma substância.
A quantidade de calor latente é determinada pela massa (m) do corpo que
sofreu a transformação de estado físico e do chamado calor latente de fusão
ou vaporização, ou seja:
Q = m.L
A quantidade de calor necessária para que cada grama da substância sofra
mudança de estado é chamada de calor latente de vaporização ou de fusão.
No caso da água, por exemplo, o calor latente de vaporização é de 540 cal/g,
ou seja, cada grama de água a 100°C precisa de 540 cal de calor para sofrer
a mudança do estado líquido para o estado gasoso.
CALOR SENSÍVEL
Diferente do calor latente, o calor sensível apenas provoca uma variação na
temperatura do corpo, sem que aconteça qualquer mudança em seu estado de
agregação.
O calor sensível também é chamado de calor específico, determinado pela letra c
minúscula, e é mostrado por cal/g.C°. Essa relação informa a quantidade de calor que
uma grama de substância deve receber ou ceder para que nela aconteça a variação
de 1°C de temperatura. Contudo, o sistema Internacional de Unidades informa que o
calor específico pode ser representado de duas formas:
J/kg. K ou J/kg. °C.

PROPAGAÇÃO DO CALOR POR CONDUÇÃO


Tipo de propagação do calor que consiste na transferência de energia térmica entre
as partículas que compõem o sistema. Por exemplo: coloca-se uma das extremidades
de uma barra metálica na chama de fogo. Após alguns instantes, percebe-se que a
outra extremidade também esquenta, mesmo estando fora da chama de fogo. Esse
fato ocorre porque as partículas que formam o material receberam energia e, dessa
forma, passaram a se agitar com maior intensidade. Essa agitação se transfere de
partícula por partícula e se propaga em toda a barra até alcançar a outra extremidade.
Esse tipo de transferência ocorre com maior ou menor facilidade dependendo da
constituição atômica do material, a qual faz com que ele seja classificado condutor ou
isolante de calor. Nas substâncias condutoras esse processo de transferência
acontece mais rápido como, por exemplo, nos metais. Já nas substâncias isolantes,
como na borracha e na lã, esse processo é muito lento.

PROPAGAÇÃO DO CALOR POR CONVECÇÃO


É o tipo de propagação do calor que ocorre nos fluidos em geral em decorrência da
diferença de densidade entre as partes que formam o sistema. Por exemplo: na
geladeira os alimentos são resfriados dessa forma. Como sabemos, o ar quente é
menos denso que o ar frio e é por esse motivo que o congelador fica na parte de cima
da geladeira. Dessa maneira, formam-se as correntes de convecção: o ar quente dos
alimentos sobe para ser resfriado e o ar frio desce refrigerando os alimentos,
mantendo-os sempre bem conservados. Essa também é a explicação do porquê o ar
condicionado ser colocado na parte de cima de um ambiente .

PROPAGAÇÃO DO CALOR POR RADIAÇÃO


A condução e a convecção são formas de propagação de calor que para ocorrer é
necessário que haja meio material, contudo, existe uma forma de propagação de calor
que não necessita de um meio material (vácuo) para se propagar, esta é a irradiação
térmica. Esse tipo de propagação do calor ocorre através dos raios infravermelhos
que são chamadas ondas eletromagnéticas. É dessa forma que o Sol aquece a Terra
todos os dias, como também é o meio que a garrafa térmica mantém, por longo tempo,
o café quentinho em seu interior.
A garrafa térmica é construída de forma que os três processos de propagação de
calor sejam reduzidos ao máximo. Entre suas paredes há o vácuo, o qual impede a
propagação do calor por condução. Estas são espelhadas tanto internamente quanto
externamente, de forma que os raios infravermelhos sejam refletidos e por último
temos a tampa. Esta última quando bem fechada evita o processo de propagação por
convecção. Construída dessa maneira, a garrafa térmica mantém sempre bem
quentinho o café ou o chá.
Comparando os três tipos de transferência de calor

TRANSFERÊNCIA DE MASSA POR DIFUSÃO


A transferência de massa é o nome dado ao processo no qual ocorre o transporte de
espécies químicas, podendo ser sólida, líquida ou gasosa, de uma região para outra.
Um bom exemplo de transferência de massa é quando comemos muito sal e nossas
células acabam desidratando, pois a água sai de uma região e vai para outra, ou seja,
fora da célula. O que move essa quantidade de água é um gradiente de concentração,
isto é, sempre que houver um gradiente de concentração a tendência é ocorrer a
transferência de massa da região que tem maior concentração para a região que tem
menor concentração.
Dentre os mecanismos de transferência de massa, temos a transferência de massa
por difusão. A difusão ocorre a nível molecular e está associada ao movimento
aleatório das moléculas. Ela Deve-se a diferença de potenciais químicos das
espécies, ou seja, a diferença de concentrações entre dois locais num dado sistema.
Uma forma de entender a difusão consiste no par de difusão, que é formado quando
as superfícies de duas barras de materiais metálicos distintos são colocadas em
contato íntimo.
Um par de difusão cobre-níquel após
ser submetido a um tratamento
térmico a temperatura elevada,
mostrando a zona de difusão com
formação da liga.

LEI DE FICK
Consiste em uma lei quantitativa na forma de equação diferencial que descreve
diversos de difusão de matéria ou energia e um meio onde inicialmente não existe
equilíbrio químico ou térmico. Então:
J = -D▽C
- 1° Lei de Fick: Para processos de difusão em estado estacionário, a equação
que correlaciona o fluxo de difusão J com o gradiente de concentração dC/dX
é chamada de 1° lei de Fick. O sinal negativo da equação indica que o fluxo
ocorre na direção contrária a do gradiente de concentração.
J = -D.dC/dX
- 2° Lei de Fick Difusão em estado não-estacionário, usa-se a equação
diferencial parcial, e se o coeficiente de difusão não depende da composição,
portanto, da posição, a 2° lei de Fick se simplifica a:

∂C/∂t=D.∂^2C/∂x^2

LEI DE FOURIER
Consiste na lei que rege a condução térmica. Joseph Fourier, através de
experimentos, conseguiu observar que a temperatura varia linearmente por toda a
barra, ou seja, de uma extremidade a outra. Sendo assim, o fluxo de calor através
da barra é proporcional à área de seção A da barra e à diferença de temperatura, ΔT
= Tf - Ti, entre as duas extremidades; e inversamente proporcional ao comprimento,
L, da barra.
Podemos definir matematicamente que o fluxo de calor nada mais é do que o
quociente do calor Q transmitido de uma face para outra, num intervalo de
temperatura. Analiticamente, a lei de Fourier, ou lei da condução térmica, pode ser
expressa por:

Na equação acima, k é uma constante que depende do material e é denominada


condutividade térmica do material. O valor desse coeficiente é elevado para os bons
condutores de calor; e baixo para os maus condutores, conhecidos como isolantes
térmicos.
REFERÊNCIAS
JÚNIOR, Joab Silas da Silva. "O que é calor?" Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-calor.htm. Acesso em 08 de
janeiro de 2022.

JÚNIOR, Joab Silas da Silva. "O que é calor latente?" Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-calor-latente.htm. Acesso em
08 de janeiro de 2022

SANTOS, Marco Aurélio da Silva. "Calor sensível e calor latente"; Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/calor-sensivel-calor-latente.htm.
Acesso em 08 de janeiro de 2022.

SANTOS, Marco. CONDUÇÃO, CONVECÇÃO E IRRADIAÇÃO. Brasil Escola, 18 jun.


2019. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/fisica/conducao-
conveccao-irradiacao.htm. Acesso em: 7 jan. 2022.

CORRÊA, Felipe. Fenômenos de Transporte: Transferência de massa. Fenômeno de


Transporte, PUC Goiás, p. 1 e 31, 14 ago. 2020. Disponível em:
http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17297/materi
al/Introdu%C3%A7%C3%A3o%20a%20transferencia%20de%20Massa%20ENG%2042
81_A02_2018.2.pdf. Acesso em: 6 jan. 2022.

SILVA, Domiciano Correa Marques da. "Lei de Fourier"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lei-fourier.htm. Acesso em 08 de janeiro de 2022.

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