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APOSTILA DE FÍSICA

2ª SÉRIE EM
CALOR, ENERGIA TÉRMICA E TEMPERATURA:
 Calor: é um tipo de energia (como a elétrica, a nuclear, a química) que tem como
característica importante o fato de estar sempre em trânsito, bastando que haja uma
diferença de temperatura entre dois pontos.
 Energia térmica: a energia térmica de um corpo é a energia cinética total de suas
moléculas. Ela depende da velocidade das moléculas, das massas moleculares e do
número total de moléculas que constituem o corpo.
 Temperatura: é uma medida da agitação das moléculas de um corpo. Quanto maior
essa agitação, maior é a temperatura desse corpo.

Então, um corpo ao receber calor (energia térmica) de outro, tem um aumento de sua
temperatura pois suas moléculas passam a ter maior agitação, ou seja, a energia térmica
recebida é convertida em energia cinética das moléculas. LEMBRE-SE: CALOR E
TEMPERATURA não são a mesma coisa. As sensações de quente e frio tem relação com as
trocas de calor e não com a temperatura propriamente dita. Algo que em um momento
nos dá a sensação de frio, no momento seguinte pode nos dar a sensação de quente.
Escreva no caderno um exemplo dessa situação.

 Fontes de Calor: naturais, Sol; físicas, o atrito, a corrente elétrica; químicas, as


combustões em geral.

TERMOMETRIA: termômetro é um instrumento utilizado para avaliar a temperatura de


um corpo. Existem vários tipos de termômetros, mas os mais comuns utilizam uma escala e
uma substância termométrica que se dilata uniformemente ao entrar em contato com um
corpo e ao atingir o equilíbrio térmico nos dá uma medida da temperatura desse corpo. O
mercúrio é a substância mais utilizada pois sendo metal, é um bom condutor de calor e possui
pontos de vaporização e solidificação bem distanciados.

Pesquisar os vários tipos de termômetros e medidores de temperatura utilizados. Pesquisar


os pontos de fusão e ebulição do mercúrio e do álcool utilizado em termômetros e comentar
suas aplicações utilizando essa informação como justificativa. Grupo de 3 pessoas.

 Escalas termométricas: ao se construir um termômetro devemos associá-lo a uma


escala. Podemos escolher um ponto para representar o início da escala, por exemplo,
o ponto de fusão da água e outro ponto para representar a evolução da escala, por
exemplo, o ponto de ebulição da água. Essa é uma escala relativa. As escalas relativas
mais utilizadas são a Celsius e a Fahrenheit.

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Para converter a temperatura de
uma escala para outra fazemos
comparação utilizando
proporções. No desenho
observamos que:
Tc  0 TF  32

100 180
Exercício:

A) Qual é a temperatura na qual as escalas Celsius e Fahrenheit marcam o mesmo valor?


B) Uma menina vai para o Chile e lhe informam que, nesse pais, em janeiro, a
temperatura média é 64,4˚F. Qual o valor correspondente na escala Celsius?

Escala Kelvin: é uma escala absoluta, ou seja, o zero dessa escala corresponde à menor
temperatura possível na natureza, mas que não foi atingida na prática, embora se tenha
chegado perto da mesma e nessas condições foram descobertos dois novos estados da
matéria (Pesquisar quais os estados da matéria. Escrever no seu caderno). É a escala padrão
no Sistema Internacional de Medidas. O 0K corresponde a -273,156˚C, mas para efeitos de
correspondência de escalas usamos o valor 273. Ou seja, para converter de ˚C para K,
somamos 273 e de K para ˚C subtraímos 273.

Exercício: a temperatura de ebulição do nitrogênio, sob pressão normal, é 77K. Na escala


Celsius qual a temperatura correspondente?

DILATAÇÃO TÉRMICA: quando um corpo é submetido a uma variação de temperatura,


suas dimensões se alteram. Nos sólidos, são três tipos de dilatação: linear, superficial e
volumétrica.

 Linear: considera a dilatação de um


corpo em uma dimensão apenas.
Exemplo, um fio, uma barra. A
variação (∆L) que o corpo vai sofrer
depende do comprimento inicial (Li),
da variação de temperatura (∆T) e do
coeficiente de dilatação linear (α) do
material. Esse coeficiente indica qual
o aumento que o material sofre a cada grau de variação de temperatura. É um valor
específico para cada material. Por exemplo, o α do ferro é 1,2.10-5˚C-1, ou seja, para 1
grau de aumento da temperatura, o comprimento aumenta 0,000012 da unidade de
comprimento do material. Então ∆L=Li.α.∆T e o comprimento final da peça é Lf=Li+∆L.
 Superficial: estuda a dilatação de um corpo
em duas dimensões. É o caso de uma chapa
plana. Por exemplo, ao aquecermos ou
resfriamos essa chapa ela varia o tamanho
na largura e no comprimento. Chamando a
dilatação térmica superficial de ∆S, Si=área

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inicial da superfície, ∆T=variação de temperatura e β o coeficiente de dilatação
superficial (β=2.α), então: ∆S=Si.β.∆T e a área final Sf=Si+∆S.
 Volumétrica: considera a dilatação do corpo em
três dimensões: comprimento, largura e
profundidade. ∆V=Vi.γ.∆T, onde: ∆V é a
variação de volume, Vi é o volume inicial, γ é o
coeficiente de dilatação volumétrica onde
γ=3.α, ∆T é a variação de temperatura. O
volume final é dado por Vf=Vi+∆V.
 Dilatação de Líquidos:
como os líquidos não
possuem forma
própria, assumimos o
volume do recipiente
em que se encontram
nos estudos de
dilatação e, portanto
vamos tratá-la como
volumétrica.
Entretanto, os líquidos possuem coeficientes de dilatação diferentes dos recipientes
em que se encontram e isso faz com que se dilatem de modo diferente dos
recipientes. É comum o líquido dilatar mais e transbordar surgindo o que chamamos
de dilatação aparente. Entretanto, a dilatação sofrida pelo líquido é a do recipiente
somada à aparente. A essa chamamos de dilatação real.

Exercícios:

A) A uma dada temperatura um pino ajusta-se perfeitamente a um orifício de uma chapa


metálica. Se somente a chapa for aquecida, o que acontecerá ao pino?
B) Um tubo de latão dilatou 13mm, quando sua temperatura passou de 20˚C para 70˚C.
Qual o comprimento do tubo a 20˚C, sabendo que o coeficiente de dilatação linear do
latão é 2.10-5˚C-1?
C) Uma placa de aço tem um furo circular de 2 cm2 de área a 10˚C. Determinar a área do
orifício se a placa for aquecida a 1010˚C, sabendo-se que o coeficiente de dilatação
linear do aço é 11.10-6˚C-1
D) Um vasilhame de alumínio com capacidade inicial de 1l, contendo glicerina, é levado
ao fogo. Quando o sistema sofre uma variação de 40˚C, a glicerina passa a ocupar todo
o volume disponível. Sabendo-se que o coeficiente de dilatação volumétrico do
alumínio é 50.10-6˚C-1 e o da glicerina é 500.10-6˚C-1, calcule o volume inicial da
glicerina.

PROPAGAÇÃO DE CALOR: a propagação ou transmissão de calor é a passagem de


energia térmica de um corpo para outro. Ela se dá por três processos: condução, convecção e
irradiação.

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 Condução: é a transmissão de calor partícula a partícula. As moléculas em contato
com a fonte de calor têm sua energia cinética aumentada e com isso causando o
choque com as moléculas vizinhas e isso se propaga por todo o material. Existem
materiais que são bons condutores de calor, como os metais e materiais que são bons
isolantes térmicos como o isopor, a borracha, a cortiça, a porcelana.
 Convecção: acontece pelo movimento de matéria. Ocorre geralmente nos fluidos, tais
como líquidos e gases. Por exemplo, uma vasilha com água. A água no fundo da vasilha
começa a se aquecer devido o contato com a panela. Mas ao se aquecer torna-se
menos denso que a camada de liquido em contato com a atmosfera e assim sobe e a
camada superior desce, vindo a se tornar mais fria que a inferior e assim ocorre a
movimentação das camadas de água dentro da vasilha pelo processo de convecção.
Esse processo não pode ocorrer no vácuo, pois depende da movimentação da matéria.
A origem dos ventos é explicada por correntes de convecção. A brisa marítima é
resultado da diferença de comportamento térmico entre a terra e a água. Durante o
dia a Terra se aquece mais que a água e assim ocorre movimentação do ar do mar para
a terra (brisa marítima). À noite a água é mais quente que a terra e aí a massa de ar é
da terra para o mar (brisa terrestre).
 Irradiação: é o processo de transmissão de calor através de ondas eletromagnéticas.
Não existe necessidade de um meio material para tal propagação. Logo, a única
maneira de transmitir calor no vácuo é por irradiação. Exemplo: a transmissão da luz
infravermelha do Sol até a Terra.

Pesquisa: faça uma pesquisa do funcionamento de uma garrafa térmica destacando a forma
como ela impede a propagação de calor. Mencione isso para cada um dos três processos
mencionados acima.

CALORIMETRIA: é a parte da física que estuda as trocas de energia entre corpos ou


sistemas quando essas trocas se dão na forma de calor.

 CALOR: é a energia térmica em trânsito de um corpo com temperatura mais alta para
um corpo com temperatura mais baixa. A unidade mais usual do calor é caloria (cal),
mas no S.I., considerando que o calor nada mais é que uma forma de energia, sua
unidade é o joule (j). 1cal=4,18j.
 Calor Latente: é o calor fornecido ou retirado de um corpo durante a mudança de fase
da matéria por unidade de massa. Em outras palavras, é a quantidade de calor que 1g
da matéria necessita para mudar de fase. Note que durante a mudança de fase o
corpo absorve ou fornece calor, entretanto sua temperatura não varia. Exemplo: o
calor latente do gelo é 80cal/g. Isto significa que para 1g de gelo virar água será
necessário fornecer 80 calorias. Seja Q a quantidade de calor que uma substância
precisa perder ou receber para mudar de fase, então Q=m.L, onde m é a massa em
gramas e L é o calor latente da sustância em cal/g.

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 Calor específico: é uma grandeza física que define a Substância Calor Específico (cal/g.°C)
variação térmica em 1˚C de 1 grama de determinada água 1,0
substância ao receber ou ceder determinada quantidade álcool 0,6

de calor. A tabela ao lado mostra o calor específico de alumínio 0,22


ar 0,24
algumas substância. Observe que a água é a substância
carbono 0,12
com maior calor específico 1 cal/g˚C. O ferro tem calor chumbo 0,031
específico de 0,11 calor cal/g˚C. Isto significa que se cobre 0,094
quisermos elevar a temperatura em 1˚C de 1g de água e ferro 0,11

1 g de ferro precisamos fornecer 1 caloria para a água e gelo 0,5


hélio 1,25
0,11 caloria para o ferro, ou seja, é necessário
hidrogênio 3,4
praticamente 10 vezes mais calor para esquentar a água latão 0,092
do que o ferro. madeira 0,42
 Calor Sensível: é o calor recebido ou fornecido por um mercúrio 0,033

corpo que provoca variação de temperatura. Por nitrogênio 0,25


ouro 0,032
exemplo, ao colocarmos uma panela no fogo ela, ao oxigênio 0,22
receber o calor da chama, tem sua temperatura elevada. prata 0,056
Então dizemos que o calor recebido pela panela é calor rochas 0,21
sensível. Para calcular a quantidade de calor sensível Q, vidro 0,16
zinco 0,093
utilizamos a seguinte equação: Q=m.c.∆T onde m é a
massa em g; c é o calor específico da substância e ∆T é a variação de temperatura.
 Capacidade Térmica: é a quantidade de calor que um corpo necessita para que sua
temperatura aumente 1˚C. Por exemplo, a capacidade térmica de 1 litro de água é
1000 cal/˚C, ou seja para aumentar a temperatura de 1 litro de água em 1˚C são
necessárias 1000 calorias. A capacidade térmica C=m.c (onde m=massa e c=calor
específico).
 Trocas de calor: num sistema termicamente isolado, a QA QB
soma das quantidades de calor trocadas entre os
corpos é nula. O calor recebido pelo corpo B é igual ao A calor B
cedido pelo corpo A, então QB=-QA ou QB+QA=0. Os
recipientes usados para trocas de calor isoladas são denominados calorímetros.

 Mudança de Fase: dependendo do estado de agregação da matéria, uma


substância pode se apresentar em três fases: sólida, líquida e gasosa (Além desses
3 conhecidos estados existem mais 3 estados cientificamente comprovados: Plasma,
Condensado Bose-Einstein e o Gás Fermiônico, mas não trataremos desses estados
neste momento). No estado sólido as moléculas estão fortemente ligadas entre si e
apenas vibram. Na fase líquida as moléculas possuem certa movimentação mas as
forças de coesão entre as moléculas ainda são suficientes para as manterem próximas.
Na fase gasosa essas forças são extremamente fracas e as moléculas movimentam-se
desordenadamente ocupando todo o volume disponível. Quando uma substância
recebe ou perde calor podem ocorrer as seguintes mudanças de estado:
o Fusão: é a passagem do estado sólido para o estado líquido
o Solidificação: é a passagem do estado líquido para o estado sólido
o Vaporização: é a passagem do estado líquido para o gasoso
o Condensação ou liquefação: é a passagem do estado gasoso para o estado
líquido

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o Sublimação: é a passagem direta do estado gasoso para o sólido ou vice e
versa

Exercício:

A) Um bloco de gelo de 20g com temperatura de -20˚C à pressão normal recebe calor de
uma fonte externa aquecendo-se até se transformar em vapor de água a 100˚C.
Calcular a quantidade de calor total fornecida ao bloco para que esse processo ocorra
e fazer o gráfico de TxQ (temperatura x quantidade de calor). Dado: cgelo=0,5cal/g˚C;
cagua=1cal/g˚C; Lfagua=80cal/g˚C ; Lvagua=540cal/g/˚C).
B) O gráfico representa a variação de temperatura
T(˚C)
de um corpo sólido, em função do tempo ao
ser aquecido por uma fonte que libera energia 40
a uma potência constante de 150 cal/min.
Como a massa do corpo é de 100g, qual o seu 20
calor específico em cal/g˚C?
10 t(min.)

GASES: os gases representam o estado da matéria no qual as partículas que o constituem


movimentam-se com total liberdade. Possuem propriedades de expansibilidade e
compressibilidade. A primeira diz que o gás ocupa todo o volume do recipiente onde está
depositado. A compressibilidade garante a sensível redução do volume do gás. O estado de
certa massa gasosa é caracterizado por suas variáveis de estado, a saber: o Volume (V), a
temperatura (T) e a pressão (p). Uma transformação gasosa ocorre quando pelo menos duas
dessas variáveis se alteram. A equação de Clapeyron relaciona essas variáveis para um
m
determinado gás: p.V=n.R.T, onde p=pressão; V= volume; n=numero de mols do gás (n= ),
M
R=constante universal dos gases perfeitos e T= temperatura.

Considerando-se que os gases em estudo são ideais, pode-se aplicar a equação dos gases
perfeitos:
p i Vi p o Vo

Ti To

É importante lembrar-se que a unidade de temperatura utilizada na definição dessas equações


é o Kelvin (K).
p
 Transformação Isotérmica: nessa transformação o
volume e a pressão variam e a temperatura
permanece constante. O gráfico pxV tem o aspecto
de uma hipérbole que é chamada de isoterma.
(piVi=poVo)
V
 Transformação Isobárica: a temperatura e o volume
p
variam enquanto a pressão do sistema permanece
constante. O gráfico pxV tem o aspecto da figura e
a equação da transformação gasosa se reduz a

Vi Vo
 6
Ti To
V
 Transformação isométrica: é a que ocorre com volume constante, enquanto a pressão
p e a temperatura T variam. Também é conhecida como transformação isocórica ou
isso volumétrica. O gráfico p x V tem o aspecto da figura e a equação de transformação
se reduz a: p
pi po

Ti To

V
Exercícios:
A) Num recipiente fechado há um gás a uma pressão de 3.105Pa(N/m2) e a uma
temperatura de 27˚C. Qual será a pressão do gás quando a temperatura for
elevada para 327˚C?
B) Um gás ideal ocupa um volume de 4 litros a uma pressão de 6 atm, num recipiente
em que um êmbolo móvel permite a variação de volume entre 2 e 10 litros.
Considerando-se que não há variação de temperatura, qual a pressão para um
volume de 2 litros?
C) Identifique os tipos de transformações gasosas
representadas no gráfico:
1. _________________ 2. ___________________
3.__________________

Trabalho de pesquisa: grupos de 4. Fazer pesquisa e preparar


apresentação para a classe: Relacione os conhecimentos de Física
aprendidos sobre Temperatura e Calor com os seguintes fenômenos da
natureza: efeito estufa, frente fria, massa de ar polar, inversão térmica.
Primeiro conceitue cada um desses fenômenos e depois os relacione com
as Leis Físicas aprendidas.

TERMODINÂMICA: é a parte da Termologia que estuda as relações entre calor e


trabalho, num gás ideal. Existem processos que transformam energia cinética em calor, por
exemplo, um corpo que desliza sobre uma superfície com atrito até parar. A superfície aquece
porque a energia cinética é transformada em calor. Pode ocorrer também o inverso, a
transformação do calor em trabalho, por exemplo, uma tampa de uma panela levantando-se
devido o vapor dos líquidos aquecidos na panela.

 Ciclos: é a denominação dos processos termodinâmicos. Podem ser abertos ou


fechados. No primeiro caso, os estados iniciais e finais são diferentes (ou seja, as
variáveis de estado do gás são alteradas). Nos ciclos fechados, os estados iniciais e
finais não se alteram, ou seja, P, V e T do início do processo são iguais a P,V e T do fim
do processo.
 Sistema: o sistema termodinâmico é o gás que sofrerá transformações de modo a
realizar ou receber trabalho.

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 Trabalho: um gás realiza trabalho (ou seja, transfere energia ao meio externo) quando
ocorre expansão no seu volume. Por exemplo, um gás comprimido num cilindro com
um êmbolo. Ao se soltar o êmbolo ocorre a expansão do gás. Como essa
transformação é isobárica, o trabalho é calculado pela expressão: τ=p(Vo-Vi). Se o gás
for comprimido à pressão constante, é o meio externo que está realizando o trabalho
sobre o gás e o trabalho é negativo, pois o volume final é menor que o inicial.
 Energia Interna: a energia de um gás perfeito monoatômico (átomos não ligados) é a
soma das energias cinéticas médias de todas as suas moléculas. A energia interna está
relacionada à temperatura do gás. Se um gás tem sua energia interna aumentada, sua
temperatura também aumenta. Se a energia interna de um gás não é alterada, sua
temperatura permanece a mesma.
 Primeiro princípio da Termodinâmica: A
variação da energia interna de um gás é
representada por ∆U=Q-τ, onde Q é a
quantidade de calor trocada entre o gás e o
meio externo e τ é o trabalho realizado sobre
o gás ou pelo gás. A figura a seguir resume
os sinais das grandezas envolvidas.

Nas transformações cíclicas, o estado final do


gás é igual ao inicial e assim ∆U=0 e Q=τ. O
trabalho é dado pela área delimitada pelas
curvas do ciclo. Se o sentido do ciclo for horário, o trabalho é positivo. Se o sentido for
anti-horário o trabalho é negativo.

Exercícios:

A) A figura mostra a variação do volume de um gás


ideal, à pressão constante de 4N/m2, em função da
temperatura. Sabe-se que, durante a transformação
de estado de A a B, o gás recebeu uma quantidade
de calor igual a 20j. Qual a variação da energia
interna do gás entre os estados A e B?
B) Certa quantidade de gás sofre um ciclo de
transformações, representado no diagrama. Calcule
o trabalho realizado pelo gás ao descrever o ciclo ABCA,
em joules, e o calor trocado entre o gás e o meio, em
calorias. Considere 1cal=4,2j.

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 Transformações adiabáticas: são transformações onde não ocorrem trocas de calor
com o meio externo, pois elas ocorrem muito rapidamente. Numa expansão
adiabática, o gás realiza trabalho mas não há trocas de calor, ou seja, Q=0. A variação
da energia interna é ∆U=-τ, ou seja, na expansão adiabática o gás utiliza sua energia
interna para realizar o trabalho e por isso o gás tende a se resfriar. Numa compressão
adiabática, o trabalho realizado sobre o gás é transformado em energia interna e assim
a temperatura do gás aumenta.
 Segundo Princípio da Termodinâmica: estabelece que o calor flui espontaneamente
de um corpo mais quente para outro mais frio e que é impossível construir uma
máquina que transforme totalmente o calor recebido em trabalho.
 Rendimento das Máquinas Térmicas:
o O trabalho τ realizado por uma máquina térmica é a diferença entre a energia
recebida da fonte quente e a energia dispensada na fonte fria.

Q1=calor recebido

Q2=calor rejeitado

τ=trabalho realizado

τ=Q1-Q2 e o rendimento (η) dessa máquina indica o aproveitamento da


energia que está sendo fornecida, ou seja, qual a porcentagem da energia

fornecida é transformada em trabalho. É calculada por: η=
Q1
 Ciclo de Carnot: é
constituído por uma
expansão isotérmica (AB)
seguida de uma adiabática
(BC) e por uma compressão
isotérmica (CD) seguida de
uma adiabática (DA). O calor
provoca a expansão do gás
aquecido e pode ser
transformado em trabalho. Observe que:
o na expansão isotérmica AB o gás retira calor da fonte quente
o na expansão adiabática BC o gás não troca calor
o na compressão isotérmica CD o gás rejeita calor para a fonte fria
o na compressão adiabática DA o gás não troca calor.

A máquina de Carnot é a que apresenta o maior rendimento possível. É uma máquina


teórica que não pode ser produzida. Nenhuma máquina pode ter rendimento melhor
que a máquina de Carnot. Mesmo uma máquina operando no ciclo de Carnot não
consegue rendimento de 100%. Para calcular o rendimento de uma máquina de Carnot
basta conhecer a temperatura das fontes quente e fria. η=1- T2
T1

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Exercícios:

A) Determine o trabalho realizado por um gás que é comprimido isobaricamente por


uma pressão de 200N/m2, sabendo que o seu volume passou de 12 m3 para 8m3.
B) Um gás sofre uma transformação isobárica como
mostra o gráfico. Qual o trabalho realizado por
esse gás?
C) Qual a variação da energia interna de um gás
ideal sobre o qual é realizado um trabalho de 80j,
durante uma compressão adiabática.
D) A figura ao lado representa um cilindro com
êmbolo móvel, de massa 200 Kg e área A= 100
cm2,que contém inicialmente 2,4 litros de um gás
ideal à temperatura de 27˚C. Aquece-se o sistema
até a temperatura estabilizar-se em 127˚C; a
pressão atmosférica é igual a 105N/m2. Adotar
g=10m/s2. Qual o volume final do gás? Qual o
trabalho mecânico realizado?
E) Uma máquina térmica funciona realizando o ciclo
de Carnot entre as temperaturas de 800K e 400K.
Em cada ciclo a máquina recebe 1000j de calor da fonte quente.
a. Qual o calor rejeitado em cada ciclo?
b. Qual o trabalho realizado pela máquina em cada ciclo?
c. Calcule o rendimento da máquina

PESQUISA SOBRE ENTROPIA: grupo de 3 alunos. Descrever o que é entropia, qual a relação
com as leis da termodinâmica. De acordo com essa teoria, o que se espera para o futuro? Qual
a opinião do grupo a respeito do assunto? Essa última pergunta deve ser respondida na
conclusão do trabalho.

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