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FÍSICA TÉRMICA

Escalas Termométricas
As escalas termométricas são usadas para indicar a temperatura, ou seja, a energia
cinética associada à movimentação das moléculas.

No Sistema Internacional de Unidades (SI) a temperatura pode ser medida em três


escalas:
 Escala Celsius (°C)
 Escala Kelvin (K)
 Escala Fahrenheit (°F)

Como referência, elas utilizam os pontos de fusão (gelo) e ebulição (vapor) da água.
Confira abaixo a origem e as características de cada uma delas. Lembre-se que o
termômetro é o instrumento utilizado para medir a temperatura.

Escala Fahrenheit
A Escala Fahrenheit foi criada em 1724 pelo físico e engenheiro Daniel Gabriel Fahrenheit
(1686-1736). Recebe esse nome em homenagem ao seu criador.

Nos Estados Unidos e na Inglaterra a temperatura é medida em Fahrenheit. O símbolo


dessa escala termométrica é °F.

 Ponto de Fusão da Água: 32 °C


 Ponto de Ebulição da Água: 212 °C
Escala Celsius
A Escala Celsius foi criada em 1742 pelo astrônomo sueco Anders Celsius (1701-1744).
Recebe esse nome em homenagem ao seu criador.

É a escala termométrica mais utilizada no mundo, inclusive no Brasil. O símbolo dessa


escala é °C.

 Ponto de Fusão da Água: 0 °C


 Ponto de Ebulição da Água: 100 °C
Obs: As expressões "Graus Celsius" e "Graus Centígrados" são sinônimas. No entanto,
graus centígrados foi substituída pelo grau Celsius na Conferência Geral de Pesos e
Medidas (1948).
Escala Kelvin
A Escala Kelvin é chamada de "escala absoluta" pois tem como ponto de referência o zero
absoluto. Ela foi criada em 1864 pelo físico, matemático e engenheiro irlandês William
Thomson (1824-1907). Recebe esse nome uma vez que ele também ficou conhecido como
Lord Kelvin. O símbolo dessa escala termométrica é K.

 Ponto de Fusão da Água: 273 K


 Ponto de Ebulição da Água: 373 K
Fórmulas
Calor e Temperatura
Calor e Temperatura são dois conceitos fundamentais na termologia (Termofísica) os
quais, são considerados sinônimos.

No entanto, o calor designa a troca de energia entre corpos, enquanto


a temperatura caracteriza a agitação das moléculas de um corpo.
Calor
O calor (energia calorífica) é caracterizado pela transferência de energia térmica que flui
de um corpo (com maior temperatura) ao outro (de menor temperatura) quando há
diferença de temperatura entre ambos.
Calorimetria é a parte da física que estuda os fenômenos relacionados as trocas de energia
térmica. Essa energia em trânsito é chamada de calor e ocorre devido a diferença de
temperatura entre os corpo. O termo calorimetria, é formada por duas palavras: “calor” e
“metro”. Do latim, “calor” representa a qualidade do que é quente, e “metro”, do grego,
significa medida.
O calor representa a energia transferida de um corpo para um outro, em função
unicamente da diferença de temperatura entre eles. Esse transporte de energia, na forma
de calor, sempre ocorre do corpo de maior temperatura para o corpo de menor
temperatura. Uma fogueira nos aquece através da transferência de calor Estando os
corpos isolados termicamente do exterior, essa transferência irá ocorrer até atingirem o
equilíbrio térmico (temperaturas iguais).
Vale ainda ressaltar que um corpo não possui calor, ele possui energia interna. Portanto,
só faz sentido falar em calor quando essa energia está sendo transmitida.
A transferência de energia, na forma de calor, quando produz no corpo uma mudança na
sua temperatura é chamado de calor sensível. Quando gera uma mudança no seu estado
físico é chamado de calor latente.
A grandeza que define essa energia térmica em trânsito é chamada de quantidade de calor
(Q). No Sistema Internacional (SI), a unidade de quantidade de calor é o joule (J).
Contudo, na prática, usa-se também uma unidade chamada de caloria (cal).
A propagação de calor pode ocorrer de três maneiras, a
saber: condução, convecção e irradiação.
Condução Térmica
Na condução térmica, a transferência de calor é dada pela agitação das moléculas, por
exemplo, ao segurar uma barra de ferro e aquecer a outra extremidade, em pouco tempo, a
barra inteira se aquecerá. As moléculas aumentam sua vibração, transmitindo energia
para as vizinhas. Neste processo, elas não se deslocam, apenas transferem energia térmica.

Convecção Térmica
Na convecção térmica, a transferência de calor ocorre em líquidos e gases; é o que
acontece com o aquecimento de água numa panela, donde criam-se "correntes de
convecção" e a água que está próxima do fogo sobe, enquanto a que está fria desce.

Na convecção ocorre transferência de matéria. As moléculas mudam de posição,


transferindo a energia térmica.

Irradiação Térmica
Por fim, na irradiação térmica, o calor é propagado por ondas eletromagnéticas, sem ser
necessário o contato entre os corpos, por exemplo, se aquecer perto de uma lareira.

A irradiação ocorre sem transferência de matéria e não há necessidade de percorrer um


meio material. A irradiação ocorre inclusive através do vácuo, como a energia do Sol que
chega à Terra.

A irradiação térmica ocorre, principalmente, com as ondas eletromagnéticas na faixa do


infravermelho.
Fluxo de Calor

A transferência de calor entre dois ou mais corpos ocorre ao longo do tempo

Unidades de Medida de Calor


No Sistema Internacional de Unidades (SI) o calor é medido em joules (J), pois esta é a
unidade oficial para medir energia. No entanto, outra unidade muito utilizada para medir
calor é a caloria (cal).

A relação numérica entre caloria é Joule é: 1 caloria equivale a 4,184 J.

1 cal = 4,184 J

Trocas de Calor
Corpos com temperaturas diferentes trocam calor entre si e com o ambiente. A energia
térmica é transferida do corpo quente (maior temperatura) para o mais frio (menor
temperatura). Nestas trocas de energia se observa dois tipos de alterações: de
temperatura ou de estado físico. Estas variações ocorrem tanto com o recebimento de
energia quanto na perda. Por exemplo, uma porção de líquido ao ceder uma certa
quantidade de energia térmica, pode mudar de estado, solidificando ou, simplesmente
diminuindo a temperatura.

Cálculo do Calor Sensível


Calor Sensível é a energia que provoca mudança de temperatura na matéria sem alterar
seu estado físico.

Cálculo do Calor Latente


Calor Latente é a energia que provoca a mudança de estado na matéria sem alterar sua
temperatura.

Temperatura
Temperaturaé uma grandeza física que designa a quantidade de energia cinética
(movimento ou agitação) das moléculas e o estado térmico de um corpo (quente ou frio).

Quanto mais quente (alta temperatura) se apresenta o corpo, maior será sua energia
cinética, ou seja, a agitação moléculas; e, quanto mais frio (baixa temperatura), menor será
a agitação molecular.

Dessa forma, o equilíbrio térmico ocorre quando os dois corpos, por meio da transferência
de calor, atingem a mesma temperatura.

O princípio fundamental da Termodinâmica diz que, dois corpos em equilíbrio térmico


com um terceiro corpo, também estão em equilíbrio térmico entre si.

No Sistema Internacional de Unidades (SI) a temperatura é medida em Kelvin (K). Outras


unidades de medida usuais para temperatura são o Celsius (°C) e o Fahrenheit (°F).

No Brasil, a escala de temperatura utilizada é Celsius, cujo ponto de fusão da água


apresenta o valor 0° e o ponto de ebulição 100°.

Medir a Temperatura
Para medir a temperatura são necessários aparelhos especiais como o termômetro, cujo
valor pode ser apresentado nas escalas: Celsius (°C), kelvin (K) ou Fahrenheit (°F).

Para tanto, na escala Kelvin o valor do ponto de fusão da água é de 273K (0°C) e o ponto de
ebulição de 373K (100°C).

Na escala Fahrenheit, o ponto de fusão da água é de 32 °F (0 °C) enquanto que o ponto de


ebulição da água é de 212 °F (100 °C).

Saiba mais sobre as Escalas Termométricas.

Dilatação Térmica
A dilatação térmica consiste no aumento das dimensões de um corpo devido ao aumento
de sua temperatura. De mesmo modo, ao perder energia térmica, diminuindo sua
temperatura, ocorre uma contração térmica e suas dimensões também diminuem.
As alterações dimensionais na matéria, incluindo os fluidos, ocorrem devido a forças
intermoleculares, pois, o aumento da temperatura provoca maior agitação das moléculas
e, consequente afastamento.

Estas mudanças ocorrem em todas as dimensões lineares, provocando também, alterações


superficiais e volumétricas. Estas mudanças dependem das medidas iniciais, das variações
de temperaturas e de coeficientes de dilatação. De uma maneira geral, os corpos, sejam
eles sólidos, líquidos ou gasosos, aumentam suas dimensões quando aumentam sua
temperatura.

Dilatação Térmica dos Sólidos


Um aumento de temperatura faz com que aumente a vibração e o distanciamento entre os
átomos que constituem um corpo sólido. Em consequência disso, ocorre um aumento nas
suas dimensões.

Dependendo da dilatação mais significativa em uma determinada dimensão (comprimento, largura


e profundidade), a dilatação dos sólidos é classificada em: linear, superficial e volumétrica.

Cálculo da Dilatação Térmica Linear


A dilatação térmica, é a variação das dimensões lineares que se deram no corpo, após
receber ou ceder determinada quantidade de calor.

Esta variação depende do coeficiente de dilatação térmica linear , sendo uma constante
que depende do material e de outras propriedades. Os valores de são tabelados.

Cálculo da Dilatação Térmica Superficial


Uma vez que, as dimensões lineares sejam alteradas, as superficiais também são. Para o
cálculo da dilatação superficial, utiliza-se a constante de dilatação superficial .

Cálculo da Dilatação Térmica Volumétrica


A dilatação térmica volumétrica ou cúbica é a variação nas dimensões espaciais de
um corpo, ao receber ou ceder energia térmica. Esta variação é proporcional ao
coeficiente de dilatação volumétrica, que depende do material e de suas
propriedades.
Dilatação Térmica dos Líquidos
Os líquidos, salvo algumas exceções, aumentam de volume quando a sua temperatura aumenta, da mesma forma
que os sólidos. Entretanto, devemos lembrar que os líquidos não apresentam forma própria, adquirindo a forma
do recipiente que os contém Por isso, para os líquidos, não faz sentido calcularmos, nem a dilatação linear, nem a
superficial, só a volumétrica.

Calorimetria
A calorimetria é a parte da física estuda o calor, ou seja, a transferência de energia de um
corpo para o outro.

A calorimetria envolve muitos conceitos importantes da termologia como calor, caloria,


temperatura, calor específico, calor sensível, calor latente, capacidade térmica, equilíbrio
térmico, condução, convecção, irradiação, fluxo de calor, dentre outros.

Mudança de Estado

Podemos ainda calcular a quantidade de calor recebida ou cedida por um corpo que gerou
uma mudança em seu estado físico. Para tal, devemos assinalar que durante o período em
que um corpo está mudando de fase, sua temperatura é constante.
Máquinas térmicas
Máquinas térmicas são dispositivos capazes de transformar energia térmica em trabalho
mecânico. Toda máquina térmica necessita de uma fonte de calor e de uma substância de
trabalho capaz de ter o seu volume modificado e, consequentemente, movimentar algum
mecanismo, como válvulas ou pistões.

Os motores de combustão interna, como aqueles que movem os automóveis atuais,


são exemplos de máquinas térmicas. Eles absorvem o calor que é produzido a partir da
queima de uma mistura de combustível e ar, que é periodicamente injetada no interior de
seus cilindros.

Desse modo, parte da energia que é liberada durante a explosão é convertida em trabalho,
por meio do movimento do pistão – uma das partes móveis do motor, usada para
converter a energia térmica em energia cinética.

Como funcionam as máquinas térmicas?

Todas as máquinas térmicas operam de acordo com um ciclo termodinâmico, isto é,


sequências de estados termodinâmicos que se repetem. Esses ciclos apresentam
diferentes estados de volume, pressão e temperatura, que são geralmente representados
por gráficos de pressão em função do volume. Os ciclos termodinâmicos são projetados em
busca da maior eficiência energética, ou seja, busca-se sempre a produção de motores
capazes de extrair uma grande quantidade de trabalho.

Em qualquer ciclo termodinâmico, é possível calcular o trabalho graficamente. Para


tanto, é necessário calcular a área do interior do gráfico, o que pode ser complicado de ser
feito, caso o ciclo em questão tenha algum formato irregular. Além disso, o sentido das
setas, horário ou anti-horário, indica se o ciclo em questão é o ciclo de uma máquina
térmica ou de um refrigerador. Confira:

 Ciclo no sentido horário: Se o sentido do ciclo for horário, o ciclo é o de uma


máquina térmica, a qual absorve calor e produze trabalho.

 Ciclo no sentido anti-horário: No caso em que o sentido de um ciclo é anti-


horário, ele precisa receber trabalho mecânico e liberar calor, como no caso dos
motores de refrigerador.

Toda máquina térmica apresenta uma configuração similar: dispõe de


uma fonte de calor (fonte quente), da qual extrai a energia necessária para o seu
funcionamento, e um sorvedouro (fonte fria), para onde uma parte do calor absorvido é
dissipada. Observe o esquema a seguir:
De acordo com a primeira lei da Termodinâmica, as máquinas térmicas precisam receber
certa quantidade de calor para funcionar. No entanto, apenas uma pequena fração dessa
quantidade de calor, que é uma forma de energia, pode ser convertida em trabalho útil.

As razões dessa limitação são essencialmente duas: a primeira diz respeito à capacidade
técnica de se produzir uma máquina que não dissipe energia – o que é impossível –, e a
segunda é uma limitação da própria natureza: pela 2ª lei da Termodinâmica, nenhuma
máquina térmica pode apresentar um rendimento de 100%. Confira o que diz a 2ª lei da
Termodinâmica, conhecida como lei da entropia, de acordo com o enunciado de Kelvin:

O enunciado de Kelvin diz respeito à conversão integral de calor em trabalho


mecânico, afirmando que isso é impossível sem que ocorram “mudanças” no sistema.
Essa mudança refere-se ao efeito da entropia: ao retirar calor de alguma fonte quente,
parte dessa energia é degradada em formas menos úteis de energia. Os processos de
degradação da energia são muitos: vibração das partes mecânicas, atrito entre peças e
rolamentos, calor dissipado para o meio externo, produção de ruídos sonoros etc

Rendimento das máquinas térmicas


O rendimento de qualquer máquina térmica pode ser calculado como a
razão do trabalho mecânico que ela produz pela quantidade de calor que ela
absorve de alguma fonte quente:

η – Rendimento
τ – Trabalho mecânico (J – joules ou cal - calorias)
QQ – Calor proveniente da fonte quente (J – joules ou cal - calorias)
O trabalho mecânico, por sua vez, é determinado pela diferença entre as
quantidades de calor “quente” e “frio”, portanto, podemos escrever o
rendimento das máquinas térmicas por meio dessas quantidades:
QF – calor cedido para a fonte fria
Buscando determinar qual seriam as características do ciclo termodinâmico
“perfeito”, o físico francês Sadi Carnot desenvolveu um ciclo que, ao
menos teoricamente, apresenta a maior eficiência possível para uma
máquina térmica que opere nas mesmas temperaturas.
Esse ciclo, conhecido como o ciclo de Carnot, popularmente chamado
de máquina de Carnot, não é uma máquina real, visto que até, os dias
atuais, impossibilidades técnicas e práticas impediram a construção de tal
máquina.

Teorema de Carnot

O teorema de Carnot, enunciado no ano de 1824, estabelece que mesmo a


máquina térmica ideal, que não dissipe nenhuma quantidade de energia em razão
do atrito entre suas partes móveis, apresenta um limite de rendimento máximo,
que depende da razão entre as temperaturas de sua fonte quente e fria, dadas em
kelvin:

TQ – Temperatura da fonte quente (K)

TF – Temperatura da fonte fria (K)

Ciclo de Carnot

O ciclo de Carnot ocorre em quatro etapas (ou quatro tempos). Esse ciclo é formado por
duas transformações adiabáticas e duas transformações isotérmicas. As transformações
adiabáticas são aquelas em que não há trocas de calor, enquanto as transformações
isotérmicas são aquelas em que não há variação de temperatura e, consequentemente, a
energia interna da substância de trabalho responsável por movimentar a máquina térmica
permanece constante.

I – Expansão isotérmica: Nessa etapa, a substância de trabalho expande-se mantendo sua


temperatura constante, realiza trabalho e recebe calor da fonte quente.

II – Expansão adiabática: Nessa etapa, a substância de trabalho expande-se um pouco e


realiza trabalho sem receber calor.

III – Contração isotérmica: Nessa etapa, o volume do gás diminui, sua pressão aumenta e
sua temperatura permanece constante, além disso, o gás perde calor para a fonte fria.
Nessa etapa, realiza-se trabalho sobre o gás.
IV – Contração adiabática: O gás tem um rápido aumento de pressão e pouca diminuição
de volume, mas não troca calor durante o processo.

Ciclo Otto

O ciclo Otto é uma sequência de transformações físicas sofridas por alguma substância de
trabalho como a gasolina ou o etanol. Esse ciclo é amplamente usado nos motores a
combustão interna que movem a maioria dos veículos de passeio. Apesar de não existir na
prática, o ciclo Otto foi projetado para aproximar-se de um ciclo de Carnot. A figura a
seguir mostra quais são as etapas do ciclo Otto.

I - Processo 0-1: Admissão isobárica: Nesse processo, uma mistura de ar e gasolina é


admitida pelo motor a uma pressão constante;

II - Processo 1-2: Compressão adiabática – Nesse processo, há um rápido aumento de


pressão que é exercida pelos pistões do motor, de modo que não haja tempo para que
ocorram trocas de calor;

III - Processo 2-3-4: Combustão a volume constante (2-3) e expansão adiabática (3-
4) – Uma pequena fagulha produz uma explosão controlada na mistura de ar e gasolina e,
então, o pistão do motor desce rapidamente, provocando um aumento de volume e
produzindo uma grande quantidade de trabalho;

IV - Processo 4-1-0: Exaustão isobárica – As válvulas de exaustão abrem-se e deixam a


fumaça da queima do combustível sair pelo motor a uma pressão constante.

As etapas explicadas acima são mostradas na figura a seguir, que representa as etapas de
funcionamento de um motor de quatro tempos, movido a gasolina ou álcool. O movimento
do pistão em cada uma das posições mostradas equivale aos processos descritos:

Exemplos de máquinas térmicas


São exemplos de máquinas térmicas:
 Motores de combustão interna, como aqueles movidos a álcool,
gasolina e diesel;
 Máquinas a vapor;
 Usinas termoelétricas.
Leis da Termodinâmica
As leis fundamentais da termodinâmica regem o modo como o calor se
transforma em trabalho e vice-versa.
Primeira Lei da Termodinâmica
A Primeira Lei da Termodinâmica se relaciona com o princípio da
conservação da energia. Isso quer dizer que a energia em um sistema não
pode ser destruída nem criada, somente transformada.
A fórmula que representa a primeira lei da termodinâmica é a seguinte:

A quantidade de calor, o trabalho e a variação de energia interna possuem


como unidade de medida padrão o Joule (J).

Um exemplo prático da conservação de energia ocorre quando uma pessoa


usa uma bomba para encher um objeto inflável, ela está usando força para
colocar ar dentro do objeto. Isso significa que a energia cinética faz o pistão
abaixar. No entanto, parte dessa energia se transforma em calor, que é perdida
para o meio.

A Lei de Hess é um caso particular do princípio da conservação de energia.


Saiba mais!

Segunda Lei da Termodinâmica


As transferências de calor ocorrem sempre do corpo mais quente para o
corpo mais frio, isso acontece de forma espontânea, mas o contrário não. O
que significa dizer que os processos de transferência de energia térmica são
irreversíveis.
Desse modo, pela Segunda Lei da Termodinâmica, não é possível que o calor
se converta integralmente em outra forma de energia. Por esse motivo, o calor
é considerado uma forma degradada de energia.

Exemplo da
Segunda Lei da Termodinâmica
A grandeza física relacionada com a Segunda Lei da Termodinâmica é
a entropia, que corresponde ao grau de desordem de um sistema.

Leia também:

 Ciclo de Carnot
 Dilatação Térmica
Lei Zero da Termodinâmica
A Lei Zero da Termodinâmica trata das condições para a obtenção
do equilíbrio térmico. Dentre essas condições podemos citar a influência dos
materiais que tornam a condutividade térmica maior ou menor.

Segundo essa lei,

1. se um corpo A está em equilíbrio térmico em contato com um corpo B e


2. se esse corpo A está em equilíbrio térmico em contato com um corpo C, logo
3. B está em equilíbrio térmico em contato com C.

Quando dois corpos com temperaturas diferentes são colocados em contato,


aquele que estiver mais quente irá transferir calor para aquele que estiver mais
frio. Isso faz com que as temperaturas se igualem chegando ao equilíbrio
térmico.

É chamada de lei zero porque o seu entendimento mostrou-se necessário para


as primeiras duas leis que já existiam, a primeira e a segunda leis da
termodinâmica.

Terceira Lei da Termodinâmica


A Terceira Lei da Termodinâmica surge como uma tentativa de estabelecer um
ponto de referência absoluto que determine a entropia. A entropia é, na
verdade, a base da Segunda Lei da Termodinâmica.

Walther Nernst, o físico que a propôs, concluiu que não era possível que uma
substância pura com temperatura zero apresentasse a entropia num valor
aproximado a zero. Por esse motivo, trata-se de uma lei polêmica, considerada
por muitos físicos como uma regra e não uma lei.

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