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Número:38

Nome: Maíra Vigári


Movimento térmico
O movimento térmico refere-se aos movimentos aleatórios de moléculas, átomos,
elétrons ou outras partículas subatômicas. Ao contrário do mundo visível ao nosso
redor, o mundo atômico está em constante estado de movimento a todas as temperaturas
acima do zero absoluto. O movimento térmico das partículas aumenta com a
temperatura dessas partículas e é governado pelas leis da termodinâmica.

O estudo do movimento térmico é o estudo do movimento aleatório das partículas.


Moléculas, átomos e partículas subatômicas não se comportam de maneira previsível.
Ao contrário do mundo que vemos, esses minúsculos pedaços de matéria estão quase
sempre em constante movimento e não seguem as mesmas regras que os corpos maiores
que compõem. Os elétrons, por exemplo, existem nos orbitais ao redor do núcleo de um
átomo. Embora a localização exata e o movimento de um elétron não possam ser
determinados, é provável que eles se movam dentro de um determinado espaço,
conhecido como orbital.

As partículas atômicas permanecem em movimento constante a todas as temperaturas


acima do zero absoluto. O zero absoluto, também chamado de 0 graus Kelvin, é igual a
-459,67 ° F (-273,15 ° C). Essa é a temperatura mais baixa que existe porque
corresponde à temperatura na qual as partículas atômicas deixam de se mover.

O movimento térmico de uma partícula está relacionado à temperatura dessa partícula.


Partículas em temperaturas mais altas exibem maior movimento térmico do que aquelas
em temperaturas mais baixas. Isto é verdade para partículas em qualquer estado da
matéria, incluindo gás, líquido, sólido e plasma. Embora os átomos em um sólido
estejam mais próximos do que os átomos em um líquido ou gás, ainda há espaço para os
átomos se movimentarem.
O movimento térmico das partículas atômicas foi descrito pela primeira vez pelo físico
Robert Brown. Ao visualizar uma pequena partícula, como um grão de pólen ou um
pedaço de poeira ao microscópio, Brown notou que a partícula parecia estar em
constante estado de movimento ou agitação. O movimento térmico dos átomos em torno
de uma pequena partícula faz com que os átomos colidam com ela. Isso faz com que a
partícula maior se mova aleatoriamente, assim como as partículas atômicas. Esse tipo de
movimento é chamado de movimento browniano.
O movimento térmico é estudado através da termodinâmica, que possui um conjunto de
leis que governam o movimento aleatório das partículas. A primeira lei afirma que
matéria e energia são sempre conservadas. O segundo, um tanto paradoxalmente, afirma
que um retorno a um estado de energia anterior é impossível porque alguma energia
escapa do sistema e nunca pode ser usada novamente. O terceiro afirma que o zero
absoluto não pode ser atingido. Simplificando, essas leis significam que o movimento
térmico é um movimento aleatório que nunca termina e sempre muda.

Temperatura e calor
Temperatura e calor são conceitos bastante próximos, embora tenham significados
bem distintos para a termologia. Enquanto o calor é uma forma de energia, a
temperatura é uma medida da energia cinética de todos os átomos e moléculas
constituintes de um corpo.

O que é temperatura

Temperatura é uma medida microscópica para o movimento de oscilação descrito


por átomos e moléculas de um corpo. Macroscopicamente, a temperatura é percebida
pelas sensações de quente e frio, e pode ser descrita por meio de um grande número
de escalas termométricas.

Atualmente existem três escalas termométricas largamente


utilizadas: célsius, fahrenheit e kelvin. A escala célsius é a mais usada de todas,
praticamente por todos os países do mundo. A escala fahrenheit é utilizada nos Estados
Unidos da América e em outros pequenos países. Já a escala kelvin é vista no meio
acadêmico, em publicações científicas, uma vez que kelvin (K) é a unidade de medida
de temperatura adotada pelo Sistema Internacional de Unidades.

A medida de temperatura de um corpo determina o sentido no qual o calor irá


fluir. Essa forma de energia térmica deve sempre partir dos corpos de maior
temperatura em direção aos corpos de menor temperatura, até que se estabeleça a
condição de equilíbrio térmico.

→ Escala célsius

A escala célsius é baseada nos pontos de fusão e ebulição da água pura, os quais
ocorrem, respectivamente, nas temperaturas de 0 cg e 100 cg. Essa escala foi criada, em
1742, pelo astrônomo sueco Anders Celsius, e é largamente utilizada até hoje pela
maioria dos países do mundo.

→ Escala fahrenheit

A escala fahrenheit tem como pontos fixos as temperaturas de 32º F e 212 F,


associados aos pontos de fusão e ebulição da água, respectivamente. Essa escala foi
concebida pelo físico alemão Daniel Gabriel Fahrenheit, que, inicialmente, baseou-se na
temperatura do corpo humano, à qual atribuía-se a medida de 90 ºF.  
→Escala kelvin

A escala kelvin é adotadapelo S.I. para a definição


da temperatura termodinâmica. Originalmente essa escala foi construída com base
na temperatura do ponto triplo da água, e o seu nome foi-lhe atribuído em
homenagem ao físico britânico William Thomson, conhecido
como Lorde Kelvin. Assim como a escala celsius, a escala kelvin é centígrada, isto é,
apresenta 100 divisões iguais entre os pontos de fusão e de ebulição da água.

A escala kelvin é absoluta, ou seja, não admite valores negativos de temperatura


como fazem as outras escalas termométricas. A temperatura mais baixa medida na
escala kelvin é conhecida como zero kelvin (0 K ou -273,15 ºC), ou zero absoluto: uma
temperatura teórica em que todos os átomos e moléculas de um corpo encontram-se
perfeitamente parados.

Conversão de temperaturas

Existem relações matemáticas que podem ser utilizadas para convertermos medidas de
temperatura em diferentes escalas termométricas. Confira tais fórmulas:

TC - temperatura em celsius (ºC)

TF - temperatura em fahrenheit (ºF)

A fórmula anterior permite-nos converter temperaturas escritas tanto em graus celsius


quanto em graus fahrenheit. Para tanto, é necessário substituir as
variáveis TC ou TF pela temperatura que se deseja converter.

Caso queiramos transformar graus celsius em kelvin ou vice-versa, podemos utilizar a


relação matemática seguinte, confira:

TK - temperatura em kelvin (K)

Por fim, a relação que pode ser usada para a conversão entre kelvin e graus fahrenheit é
mostrada a seguir, observe:

Juntas, as três fórmulas apresentadas podem ser usadas para converter qualquer uma das
três escalas termométricas mais utilizadas no mundo.
O que é calor

Calor é a energia que flui a partir dos corpos que se encontrem em temperaturas


maiores que as vizinhas. Quando dois ou mais corpos estabelecem contato térmico,
o calor sempre fluirá de forma espontânea para os corpos de menor temperatura,
até que se atinja a condição de equilíbrio térmico.
O calor pode ser transferido entre os corpos por meio de três processos distintos.
Confira mais detalhes sobre cada um desses processos:

 Condução: O processo de condução de calor ocorre principalmente em sólidos, sem


que haja transporte de matéria. Para que ocorra o processo de condução, é
necessário o contato físico entre corpos de diferentes temperaturas. A condução
também ocorre no interior dos sólidos, o contato entre moléculas permite que elas
troquem energia, transferindo parte de seu movimento de vibração para suas
vizinhas. Como exemplo de condução, tem-se o  processo de aquecimento de uma
barra metálica.

 Convecção: A convecção ocorre em fluidos, tais como líquidos e gases, por meio
da transferência de massa. Para que ocorra a convecção, é necessário que haja
diferenças de temperatura no interior do fluido. Nessas condições, formam-se
correntes de convecção ascendentes e descendentes, que transferem calor para
outras partes do fluido até que todo o esse fique com a mesma temperatura. Um
exemplo desse processo é a fervura da água.

 Radiação: A radiação é a transmitida por ondas eletromagnéticas. Todos os corpos


que têm temperaturas maiores que o zero absoluto transmitem calor por radiação.
Por tratar-se de uma onda eletromagnética, a radiação é capaz de propagar-se no
vácuo. As ondas eletromagnéticas do Sol e a lâmpada incandescente, que aquece
seu redor, são exemplos de radiação.

A unidade de medida de calor, joule (J), é a mesma utilizada para a energia, uma vez


que o calor é uma das diversas formas pelas quais essa pode apresentar-se. No entanto, é
comum que utilizemos grandezas como a caloria (cal) e cálculos de calorimetria no
nosso dia a dia.

Existem duas formas de calor. Entenda as diferenças entre elas:

 Calor sensível: é aquele que causa mudanças de temperatura em um corpo sem que
haja mudanças em seu estado físico. Conferira a fórmula de calor sensível:

Q - calor sensível (J ou cal)

m - massa (kg ou g)

ΔT - variação de temperatura (K ou ºC)


 Calor latente: é aquele que um corpo precisa absorver para ter o seu estado físico
alterado sem que haja mudanças de temperatura. Observe a fórmula usada para
calcular a quantidade de calor latente:

L - calor latente específico (J/kg ou cal/g)

Veja também: Cinco coisas que você precisa saber sobre o calor

Exemplos de calor e temperatura

Confira alguns exemplos que podem ajudar a compreender a diferença entre calor e
temperatura:

 Apesar da temperatura da chama de um fósforo ser mais de 2000 ºC, a quantidade


de calor que ela é capaz de transferir é muito pequena.

 Coloque sua mão dentro d'água em temperatura ambiente, agora coloque sua mão
em água morna e, em seguida, coloque novamente sua mão na água em temperatura
ambiente: ao fazer isso, perceberá que essa água está mais “fria”, quando, na
verdade, a diferença de temperatura entre sua mão e a água favoreceu uma maior
troca de calor.

 Quando encostamos em objetos metálicos, percebemos que eles parecem “frios”.


Isso acontece devido à sua boa capacidade de absorver ou transferir calor, sua
temperatura geralmente está igual à do ar e dos outros objetos ao seu redor.

 A temperatura é uma das grandezas que determinam o estado físico das substâncias,
no entanto, para que ela mude, é necessário que ocorram trocas de calor ou grandes
mudanças de pressão.

Termômetro liquido
O termômetro líquido é um termômetro que explora o fenômeno físico de expansão
térmica de um líquido conforme a temperatura varia, para indicar a temperatura em uma
determinada escala termométrica .
O primeiro termômetro foi feito por Daniel Gabriel Fahrenheit em 1709 com álcool,
seguido pelo de mercúrio em 1714 inventado por Kelvin. Em 1742 Anders
Celsius também inventou um termômetro. O primeiro termômetro usado na medicina na
Itália foi obra de um médico da Puglia, Michele Lamparelli , professor universitário em
Paris.
A temperatura é calibrada em relação a "pontos fixos" (por exemplo, os pontos de
solidificação, ebulição e o ponto triplo da água); [1] posteriormente o intervalo entre os
dois pontos fixos escolhidos é dividido em várias partes, denominadas
"graus". Escolhendo como pontos fixos as temperaturas de solidificação e ebulição da
água à pressão atmosférica e dividindo o intervalo entre as duas temperaturas em cem
partes, obtém-se a escala Celsius.
O termômetro de líquido é baseado no contato térmico com a substância a ser medida e,
portanto, no princípio zero da termodinâmica . O líquido termométrico é escolhido de
tal forma que seu coeficiente de expansão térmica é muito maior (cerca de cem vezes)
do que o tubo de vidro no qual está contido, pois, caso contrário, a temperatura medida
seria consideravelmente distorcida.
Com base no que foi dito sobre o contato térmico, a temperatura da substância a ser
medida é, na verdade, ligeiramente diferente da temperatura medida pelo termômetro.
Se a temperatura e a capacidade calorífica da substância a ser medida, e ,  temperatura
do termômetro antes do contato térmico e sua capacidade calorífica; colocando o
termômetro e a substância em contato, a temperatura de equilíbrio é atingida após um
certo tempo ; no equilíbrio, a quantidade de calor transferida pela substância para o
termômetro é a mesma que a transferida pelo termômetro para a substância.
Faixa de operação 
O termômetro de líquido em geral possui uma faixa de operação limitada , pois a
temperatura medida deve estar dentro da faixa de temperatura entre a solidificação e o
ponto de ebulição do líquido termométrico. Além disso, nunca pode exceder a
temperatura de fusão do vidro ou do recipiente com o qual o termômetro é feito. [2]
O termômetro de mercúrio atende muito bem aos requisitos mencionados: na verdade,
possui uma faixa de operação que vai de -38 ° C a 350 ° C, com um coeficiente de
expansão térmica , que para uma boa aproximação não depende da temperatura e,
portanto, sua lei pela qual o volume varia em relação à temperatura é linear.
Em algumas aplicações específicas utilizam-se outros líquidos, que têm uma gama de
existência da fase líquida diferente do mercúrio, por
exemplo álcool , pentano ou tolueno .
Líquidos 
Os líquidos são:

 mercúrio não é mais utilizável a partir de 3 de julho de 2009


 galinstan (liga de gálio , índio e estanho ). [3] [4] [5]

Precisão e sensibilidade 
O termômetro de líquido tem uma precisão limitada pelo atrito do líquido com o tubo
que o contém. Este atrito implica que medições sucessivas da mesma temperatura não
dão exatamente a mesma leitura na escala graduada.
A sensibilidade de um instrumento é definida como a variação mínima apreciável da
quantidade a ser medida pelo instrumento:
O termômetro líquido (e o termômetro de mercúrio em particular)
tem sensibilidade limitada .
De fato, no caso do termômetro de líquido, a resposta do instrumento é a altura do
líquido termométrico, e a grandeza a ser medida é a temperatura:
Se A é a seção do tubo que contém o líquido e V o volume, e explorando a relação
conhecida na expansão térmica.
A sensibilidade, portanto, depende da seção A e do volume V ; no entanto, a seção não
pode ser reduzida além de certos limites construtivos e também porque o atrito com o
tubo que a contém aumenta; o volume pode ser aumentado, mas isso prejudica
a prontidão do termômetro.

Tendência da temperatura de um termômetro líquido ao longo do tempo


A prontidão do termômetro é o tempo que leva para o instrumento reagir ao estresse
térmico. O calor transferido através do vidro de superfície S muito maior que a
espessura L segue a lei de Fourier:
Cadê  é a temperatura da substância a ser medida e a temperatura do termômetro ao
longo do tempo, k é a constante de condutividade térmica. A quantidade de calor que
passa pelo vidro é oposta à que é adquirida pelo líquido termométrico na mesma fração
de tempo.
Formas de propagação do calor

A propagação ou transmissão de calor pode ocorrer de três maneiras:

1. Condução Térmica
2. Convecção Térmica
3. Irradiação Térmica

Condução Térmica: A energia calorífica é transmitida por meio de corpos sólidos que
aquecem, seja pelo calor do fogo, ou pelo contato com outro mais quente. Assim,
quando aquecemos um corpo sólido, a energia cinética aumenta e consequentemente, a
agitação das moléculas.

Convecção Térmica: esse tipo de transmissão de calor ocorre em substâncias que


estejam no estado líquido ou gasoso. Criam-se correntes circulares chamadas de
"correntes de convecção", as quais são determinadas pela diferença de densidade entre o
fluido mais quente e o mais frio.

Irradiação Térmica: por meio das ondas eletromagnéticas ou ondas de calor de um


corpo ocorre a transferência de energia térmica. Nesse caso, as partículas elétricas de
um objeto aumentam, da mesma forma que sua energia cinética.

Exemplos de Propagação de Calor


Condução Térmica
 Aquecimento de uma barra de metal
 Aquecimento de uma colher de metal pousada numa panela
 Aquecimento do cabo de metal de uma panela
 Aquecimento de uma xícara de chá ou café
 Aquecimento da roupa pelo ferro elétrico
Convecção Térmica
 Aquecimento de líquidos numa panela
 Geladeira e congelador
 Ar-condicionado
 Aquecedores
 Correntes de ar atmosférico
Irradiação Térmica
 Energia solar
 Placas solares
 Assar alimentos no formo
 Fogo das lareiras
 Estufas das plantas

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