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CALOR E TEMPERATURA

CIÊNCIAS
GEOVANNA MATOS
ENERGIA TÉRMICA
A energia térmica está relacionada ao movimento das
partículas que formam os objetos.

Todos os objetos são formados por partículas em constante movimento.


• A temperatura de um corpo está relacionada ao movimento dessas partículas que o
constituem. Formalmente, chamamos esse movimento de agitação térmica.
• Então a temperatura de um corpo é entendida como a medida da intensidade de agitação
térmica de suas partículas.
• Ex: quando aquecemos a água, o movimento das partículas dela se torna mais intenso e a
temperatura aumenta; porém, quando a água esfria, a agitação de suas partículas diminui e,
por isso, a temperatura também diminui.
ENERGIA TÉRMICA

• A energia térmica é a energia gerada pela agitação das partículas de um corpo


e está associada à temperatura.
• A energia cinética é outra forma de energia e pode ser associada ao
movimento. Portanto, a temperatura de um sistema corresponde ao total de
energias cinéticas das partículas.
EQUILÍBRIO TÉRMICO

• Se deixarmos uma xícara de chá quente sobre uma mesa, sabemos que após algum
tempo a temperatura do líquido diminuirá.
• Inicialmente, o chá e o ambiente não têm a mesma temperatura, ou seja, as partículas
que constituem cada um deles se agitam com intensidades distintas. Com o passar do
tempo, o chá transfere para o ambiente uma parte de sua energia térmica e sua
temperatura diminui.
• Esse processo termina apenas quando os dois corpos atingem a mesma temperatura.
Dizemos que, nesse caso, eles estão em equilíbrio térmico.
TEMA 2- A MEDIDA DA TEMPERATURA
No Brasil, usamos predominantemente a escala Celsius de temperatura. Porém,
existem outras escalas de medida de temperatura.

• Sensação térmica

• Ao colocar a mão sobre um objeto, o tato nos permite perceber a sensação térmica em relação a ele: se
está quente, frio, gelado ou morno em relação à nossa temperatura corporal. Embora nossa capacidade de
perceber se algo está quente ou frio seja muito útil, ela não tem muita precisão e pode até mesmo nos
enganar.

• Pense, por exemplo, na sensação térmica que temos ao sair de uma piscina ou um rio. Por que sentimos
frio? Nesse momento, com o corpo molhado, há sobre nossa pele uma fina camada de água que vai
evaporando aos poucos. Nessa evaporação, ocorre transferência de energia térmica entre o nosso corpo e
a água; como o corpo cede uma parte de sua energia, temos a sensação de que o ar está mais frio do que
antes de nos molharmos, mesmo que ele não esteja.

• Para saber a temperatura de um objeto de maneira precisa, devemos utilizar instrumentos específicos: os
termômetros.
TERMÔMETROS

• O princípio de funcionamento de alguns termômetros, como o de coluna


• líquida, está baseado na dilatação e/ou contração térmica de suas
• partes. Nesses instrumentos, existem elementos ou componentes que se
• modificam quando entram em contato com outros objetos, possibilitando
• a aferição da temperatura.
TERMÔMETROS
• Em geral, quando a temperatura de um material varia, outras propriedades dele
também podem ser alteradas. Por exemplo, o volume da maioria dos materiais
aumenta quando a temperatura aumenta e diminui quando a temperatura diminui.
• A agitação térmica das partículas de um objeto faz com que elas se afastem umas
das outras. Esse afastamento provoca o aumento das dimensões do corpo, processo
denominado dilatação térmica.
• Mas, quando um corpo cede calor, sua temperatura diminui, e suas partículas passam
a se agitar com menor intensidade, aproximando-se umas das outras. Ocorre, então, a
diminuição das dimensões do corpo, denominada contração térmica.
• É importante notar que, ao se expandir ou se contrair, as partículas de um corpo não
sofrem alteração de tamanho; o que muda é a distância entre elas.
O TERMÔMETRO DE COLUNA LÍQUIDA

• Utilizado para medir a temperatura do corpo


(humano ou de outros animais), do ambiente e de
substâncias em laboratórios. Sua extremidade inferior
forma um recipiente chamado bulbo, que contém o
líquido. Conectado ao bulbo, há um tubo de vidro
bem fino, o capilar.
O TERMÔMETRO DE COLUNA LÍQUIDA

• A temperatura de um objeto é medida colocando-o em contato com o bulbo.


Após algum tempo, a temperatura do termômetro se iguala à temperatura do
objeto, estabelecendo-se o equilíbrio térmico entre eles.
• Se o objeto está a uma temperatura mais alta que a do termômetro, ele transfere
energia térmica ao vidro e ao líquido; nesse caso, ambos se aquecem. Com isso,
o líquido aumenta seu volume visivelmente, subindo pelo capilar. Se o objeto
está a uma temperatura mais baixa, é o termômetro que transfere energia para o
objeto; o líquido, então, se contrai, descendo pelo capilar.

Como a dilatação do líquido é diretamente proporcional à sua


temperatura, cada altura no capilar também corresponde a um valor
dela, definido por uma escala de temperatura.
AS ESCALAS DE TEMPERATURA

Escalas

Celsius Fahrenheit Kelvin


ESCALA CELSIUS

• O astrônomo sueco Anders Celsius (1701-1744) concebeu uma escala de temperatura muito
utilizada até hoje. Inicialmente, ele precisou definir dois pontos fixos para sua escala e
escolheu as temperaturas de fusão e de ebulição da água ao nível do mar. Atribuiu, então, os
valores arbitrários zero para a temperatura de fusão e 100 para a temperatura de ebulição.
• Para criar sua escala, Celsius dividiu o intervalo entre essas duas marcas (0 °C e 100 °C)
em 100 partes iguais. Assim, cada divisão representa a variação de temperatura de 1 grau
Celsius (1 °C).
• Essa é a chamada escala Celsius.
ESCALA FAHRENHEIT

• A escala Fahrenheit é utilizada em alguns países de língua inglesa. Foi criada


pelo físico alemão Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736). Nessa escala, os
pontos de fusão e de ebulição da água têm os valores de 32 °F e 212 °F,
respectivamente.
ESCALA KELVIN

• Criada pelo físico britânico William Thomson (1824-1907), o lorde Kelvin. Nessa escala,
os pontos de fusão e de ebulição da água têm valores aproximados de 273 K e 373 K,
respectivamente. Essa escala é chamada absoluta, pois o valor de 0 K, também chamado
zero absoluto, era considerado a temperatura mais baixa que se poderia atingir. Em 2013,
físicos da Universidade Ludwig Maximilian, em Munique, Alemanha, obtiveram
temperaturas menores que o zero absoluto, mas ainda estavam muito próximas do zero
absoluto, pois eram da ordem de bilionésimos de grau (−0,000000001 K). Os efeitos
dessa temperatura sobre a matéria ainda não estão completamente explicados e são
investigados pelos cientistas.
TEMA 3 - TROCAS DE CALOR
As trocas de calor entre corpos respeitam a conservação de energia. Durante a
mudança de estado físico, a temperatura de uma substância não se altera.

• Calor
• Chama-se calor a energia térmica transferida em razão da diferença de temperatura;
logo, calor é a energia térmica em movimento, passando de um corpo a outro.
• De forma espontânea, o calor sempre é transferido de corpos com maior temperatura
para corpos com menor temperatura.

EX: O que fazemos, quando queremos tomar um chá, mas ele está muito quente?
Se esperarmos, o chá esfriará. Isso acontece porque a bebida cede calor para o ambiente, pois está a
uma temperatura mais alta. Nesse processo, o ambiente recebe calor e tem sua temperatura elevada.
Porém, o calor recebido não é suficiente para aumentar a temperatura de maneira perceptível, pois o
ambiente é muito maior que o volume de chá.
É importante ressaltar que, embora estejam relacionados, temperatura e calor não são
sinônimos: temperatura é a medida da energia cinética média das partículas de um objeto
ou um sistema, ao passo que calor é o fluxo ou a passagem dessa energia de um corpo
para o outro.
QUANTIDADE DE CALOR

• O calor é uma forma de energia térmica e, portanto, ambos são medidos com
a mesma unidade, o joule (J). É comum falarmos em quantidade de calor
quando nos referimos ao valor da energia que está sendo transferida e
usarmos outra unidade de medida, a caloria (cal), ou um de seus múltiplos, a
quilocaloria (kcal).
• Uma caloria equivale a 4,186 joules, e uma quilocaloria corresponde a 1.000
calorias. A caloria é muito
CALOR ESPECÍFICO

• O calor específico (c) pode ser entendido como a facilidade


ou a dificuldade de um material trocar calor. Formalmente,
é definido como a quantidade de calor que 1 g de
determinado material recebe ou cede para que sua
temperatura se altere em 1 °C. Cada substância tem calor
específico diferente. Por exemplo: para 1 g de ferro
aumentar sua temperatura em 1 °C, é necessário fornecer
0,11 cal.
certos materiais cedem mais calor que outros ao sofrer a mesma redução de temperatura;
esses materiais também requerem maior quantidade de calor para sofrer o mesmo aumento
de temperatura.
Materiais com baixo calor específico aquecem e esfriam mais facilmente que outros
CALOR LATENTE

• O calor latente (L) é a quantidade de calor que 1 g de determinada substância


deve ceder ou receber para mudar de estado físico. Por exemplo, para 1 g de
água pura, a 100 °C, mudar do estado líquido para o gasoso, é necessário o
recebimento de 540 cal. Já a mudança do estado sólido para o líquido requer
uma quantidade menor de calor: 1 g de gelo, a 0 °C, precisa receber 80 cal
para derreter. A unidade de medida do calor latente é cal/g.

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