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Prezado aluno(a)
Esta apostila apresenta o resumo dos principais conteúdos que iremos abordar
durante as nossas aulas. Com este material você poderá estudar em casa,
acompanhar as aulas e realizar anotações.
Bem-vindo à Física!
Termologia
Calor e temperatura são sinônimos?
Estão ligados, mas não são iguais.
Temperatura: medido do grau de agitação das partículas de um sistema.
Calor: transferência de energia entre diferentes corpos ou sistemas, que ocorre devido,
exclusivamente, à diferença de temperatura entre eles.
TERMOMETRIA
O grau de agitação das partículas de um corpo ou sistema pode ser medido. Essa
medida denomina‐se TEMPERATURA.
Relação Matemática entre as escalas
Dilatação Térmica dos Sólidos
Dilatação Linear – É aquela em que predomina a variação em uma única dimensão, ou
seja, o comprimento.
Dilatação dos líquidos:
Você sabia que, no verão, os postos de gasolina dão preferência para abastecerem
seus grandes tanques de combustível à noite, quando a temperatura é mais baixa, para
revendê‐lo durante o dia. Você sabe por quê?
Dilatação Anômala da água
Nem toda substância aumenta seu tamanho (comprimento, área ou volume) ao ser aquecido.
A água, por exemplo, tem um comportamento chamado de anômalo, pois de 0ºC a 4ºC
seu volume diminui voltando a aumentar acima de 4ºC. Na queda de temperatura também
ocorre um processo anômalo. De 4ºC a 0ºC a água tem seu volume aumentado. Isso explica o
congelamento superficial, apenas, dos rios e lagos. O que mantém a vida nestes locais durante
os rigorosos invernos.
CALORIMETRIA
Calorimetria é a ciência que estuda o calor. Calor é uma forma de energia em trânsito, ou
seja, é a energia transferida de um corpo com maior temperatura para um corpo de menor
temperatura.
Em um sistema isolado, o calor é transferido do corpo de maior temperatura para o corpo de
menor temperatura até que o equilíbrio térmico seja atingido.
A definição de calor é usada apenas para indicar a energia que está sendo
transferida, e não a energia que o corpo possui.
A unidade de medida da quantidade de calor Q no Sistema Internacional (SI) é o
Joule (J), mas é comum o uso da unidade caloria ou quilocaloria (cal, kcal=Cal)
A relação entre Joule e cal é:
1 cal = 4,18 J
Calor sensível
Quando há variação de temperatura sem que haja variação do estado físico da matéria,
dizemos que o calor é sensível.
Podemos calcular o calor sensível pela equação:
Q = mc∆T
Onde:
Q = quantidade de calor
m = massa do corpo
c = calor específico *
∆T = variação da temperatura
Calor específico é a quantidade de calor necessária para a variação unitária da temperatura na
unidade de massa.
Quando uma substância está mudando de estado, ela absorve ou perde calor sem que sua
temperatura varie. A quantidade de calor absorvida ou perdida é chamada calor latente.
CALOR LATENTE (de fusão e vapor)
Q = m.L
m = massa (g)
CALOR ESPECÍFICO ( c )
O Calor específico é uma grandeza que depende da composição de cada substância.
Calor específico é a quantidade de calor necessária para a variação unitária da temperatura na
unidade de massa.
Quando uma substância está mudando de estado, ela absorve ou perde calor sem que sua
temperatura varie. A quantidade de calor absorvida ou perdida é chamada calor latente.
CAPACIDADE TÉRMICA ( C )
É a quantidade de calor que produz no corpo uma variação unitária de temperatura.
Matematicamente podemos escrever a capacidade térmica pela equação:
Q
C = ou C = m . c
T
Onde:
C = Capacidade Térmica
Q = Quantidade de Calor cedida ou recebida pelo corpo
∆T = Variação da Temperatura
cal
A unidade de medida da capacidade térmica é (caloria por grau Celsius).
ºC
c = calor específica m = massa
Transmissão de Calor
Condução:
Processo de transmissão (propagação) do calor partícula-a-partícula. Não há condução se
não houver um meio material, ou seja, não há condução no vácuo.
Convecção:
Basicamente é o movimento de um fluido devido às diferenças de densidade.
A porção do fluido com maior temperatura expande, fica menos densa, e sobe, enquanto
que a porção do fluido com menor temperatura sofre contração, fica mais densa e desce.
Um exemplo clássico de convecção é o aparelho de ar-condicionado. Ele fica sempre (ou
deveria ficar) no alto, certo? Por quê? O ar mais gelado, que sai do aparelho de ar
condicionado, é mais denso e desce, enquanto o ar mais quente, menos denso, sobe. Esse
ar mais quente entra em contato com o ar gelado que continua saindo do ar condicionado,
fica mais gelado e desce, empurrando pra cima o ar que já esquentou… e assim por diante.
Propagação do calor por meio de ondas eletromagnéticas (luz, raios infravermelhos, etc.…)
TERMODINÂMICA
É a parte da física que estuda as transformações entre calor e trabalho.
Calor e trabalho estão relacionados entre si por apresentarem em comum a mesma
modalidade de energia.
1ª Lei da Termodinâmica
Chamamos de 1ª Lei da Termodinâmica, o princípio da conservação de energia aplicada à
termodinâmica, o que torna possível prever o comportamento de um sistema gasoso ao sofrer
uma transformação termodinâmica.
Analisando o princípio da conservação de energia ao contexto da termodinâmica:
Um sistema não pode criar ou consumir energia, mas apenas armazená‐la ou transferi‐la ao
meio onde se encontra, como trabalho, ou ambas as situações simultaneamente, então, ao
receber uma quantidade Q de calor, esta poderá realizar um trabalho e aumentar a energia
interna do sistema ΔU, ou seja, expressando matematicamente:
Sendo todas as unidades medidas em Joule (J).
2ª Lei da Termodinâmica
Dentre as duas leis da termodinâmica, a segunda é a que tem maior aplicação na
construção de máquinas e utilização na indústria, pois trata diretamente do rendimento
das máquinas térmicas.
Enunciado de Clausius:
O calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo de temperatura menor, para
um outro corpo de temperatura mais alta.
Enunciado de Kelvin‐Planck:
ONDAS
"Dá‐se o nome de onda à propagação de energia de um ponto para a outro, sem que haja
transporte de matéria."
Tipos de ondas
‐ Onda transversal
A vibração do meio é perpendicular à direção de propagação. Ex: ondas na corda.
‐ Onda longitudinal
A vibração do meio ocorre na mesma direção que a propagação. Ex: ondas sonoras no ar.
Classificação das ondas
‐ Ondas unidimensionais ‐ Quando se propagam numa só direção. Ex: uma perturbação numa corda.
‐ Ondas bidimensionais ‐ Quando se propagam ao longo de um plano. Ex: ondas na superfície da
água.
‐ Ondas tridimensionais ‐ Quando se propagam em todas as direções. Ex: ondas sonoras.
Natureza das ondas
‐ Ondas mecânicas
São aquelas originadas pela deformação de uma região de um meio elástico e que, para se
propagarem, necessitam de um meio material. Ex: onda na superfície da água, ondas sonoras, ondas
numa corda tensa, etc.
As ondas mecânicas não se propagam no vácuo.
‐ Ondas eletromagnéticas
São aquelas originadas por cargas elétricas oscilantes. Ex: ondas de rádio, ondas de raios X,
ondas luminosas, etc.
As ondas eletromagnéticas propagam‐se no vácuo.
Ondas periódicas
"Comprimento de onda ( ) é a distância entre dois pontos consecutivos do meio que vibram
em fase,"
1
V = .f f
T
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS
Reflexão (ECO E REVERBERAÇÃO)
Quando encontra um obstáculo.
Refração:
Quando há troca de meio.
Absorção:
Se formos observar a fundo, sempre que uma onda (mecânica ou eletromagnética) atravessa
um meio material, ela cede certa parcela de sua energia, que geralmente é transformada em
outro tipo de energia (calor, energia cinética, potencial, etc.). Existem meios que tem grande
capacidade de absorção, assim como, também existem meios que tem dificuldade para
realizar esse fenômeno. Um grande exemplo disso são os corpos opacos, que absorvem
fortemente a energia trazida pela luz, ao contrário dos corpos transparentes e dos claros, que
tem uma grande dificuldade de absorver a energia luminosa.
Difração:
A propriedade que as ondas tem de contornar obstáculos e fendas, damos o nome de difração.
Essa propriedade possibilita que as ondas alcancem certas regiões, que seriam impossíveis de
serem atingidas caso sua propagação fosse retilínea.
Polarização:
Se agitarmos uma corda desordenadamente, vamos obter uma onda que chamamos de não‐
polarizada ou natural. Porém se fizermos a onda natural passar por uma fenda, a onda
resultante terá um movimento ordenado, de apenas uma direção.
Ressonância:
Quando um sistema vibrante é submetido a uma série periódica de impulsos cuja freqüência
coincide com a freqüência natural do sistema, a amplitude de suas oscilações cresce
gradativamente, pois a energia recebida vai sendo armazenada.
Interferência:
Quem nunca viu (ao menos na TV) e ficou deslumbrado com o surf nas grandes ondas do mar caribenho?
Na verdade um dos fatores que mais influenciam no enorme tamanho das belas, fascinantes e muito
perigosas, ondas do mar, nada mais é do que o fenômeno da sobreposição de ondas (interferências
construtivas). Sempre que ocorre uma sobreposição de ondas,
dizemos que está acontecendo uma interferência entre elas. É importante ressaltar, que o efeito
resultante de várias ondas é igual a soma (interferência constritiva) ou subtração (interferência
destrutiva) dos efeitos que cada onda produziriam isoladamente.
Após o encontro, as ondas mantêm exatamente a mesma forma que teria se não acontecesse
interferência.
Acústica
Velocidades do som
Para ouvir....
O ouvido humano distingue três qualidades num som, chamadas fisiológicas. São elas:
A altura (tom, espectro, frequência)
A intensidade (amplitude,volume)
O timbre (característica da onda)
A Altura do som: está relacionada diretamente com a sua frequência (sons
graves e agudos).
ELETRICIDADE
Carga elétrica
A matéria é formada de pequenas partículas, os átomos. Cada átomo, por sua vez, é
constituído de partículas ainda menores, no núcleo: os prótons e os nêutrons; na
eletrosfera: os elétrons. Às partículas eletrizadas (elétrons e prótons) chamamos “carga
elétrica”.
Condutores de eletricidade
São os meios materiais nos quais há facilidade de movimento de cargas elétricas, devido a
presença de "elétrons livres". Ex: fio de cobre, alumínio, etc.
Isolantes de eletricidade
São os meios materiais nos quais não há facilidade de movimento de cargas elétricas. Ex: vidro,
borracha, madeira seca, etc.
Princípios da eletrostática
"Cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e de sinais contrários se atraem."
"Num sistema eletricamente isolado, a soma das cargas elétricas é constante."
PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO
Quando dois corpos são atritados, pode ocorrer a passagem de elétrons de um corpo
para outro.
plástico
lã
++++++++ _________
perde elétrons recebe elétrons
+ ‐
‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Medida da carga elétrica
Q = n . e
Q = quantidade de carga (C)
n = número de cargas
e = carga elementar (C) = 1,6.10‐19 C
Unidade de carga elétrica no SI é o Coulomb (C)
CORRENTE ELÉTRICA
"As cargas elétricas em movimento ordenado constituem a corrente elétrica. As cargas elétricas que
constituem a corrente elétrica são os elétrons livres, no caso do sólido, e os íons, no caso dos fluídos."
Intensidade da corrente elétrica
Q
i
t
Q = n.e
i = corrente elétrica (A)
Q = carga elétrica (C)
t = tempo (s)
n = número de cargas
e = carga elementar (C)
e = 1,6.10‐19 C
Unidade de corrente elétrica no SI é o Ampère (A)
Tipos de corrente
‐ Corrente contínua
É aquela cujo sentido se mantém constante.
Ex: corrente de uma bateria de carro, pilha, etc.
‐ Corrente alternada
É aquela cujo sentido varia alternadamente.
Ex: corrente usada nas residências.
EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA
Na passagem de uma corrente por um condutor observam‐se alguns efeitos, que veremos a
seguir.
a) Efeito térmico ou efeito Joule
Qualquer condutor sofre um aquecimento ao ser atravessado por uma corrente elétrica.
Esse efeito é a base de funcionamento dos: aquecedores elétricos, chuveiros elétricos,
secadores de cabelo, lâmpadas térmicas etc.
b) Efeito luminoso
Em determinadas condições, a passagem da corrente elétrica através de um gás rarefeito faz
com que ele emita luz. As lâmpadas fluorescentes e os anúncios luminosos. São aplicações
desse efeito. Neles há a transformação direta de energia elétrica em energia luminosa.
c) Efeito magnético
Um condutor percorrido por uma corrente elétrica cria, na região próxima a ele, um campo
magnético. Este é um dos efeitos mais importantes, constituindo a base do funcionamento dos
motores, transformadores, relés etc.
d) Efeito químico
Uma solução eletrolítica sofre decomposição, quando é atravessada por uma corrente elétrica.
É a eletrólise. Esse efeito é utilizado, por exemplo, no revestimento de metais: cromagem,
niquelação, galvanização, etc.
e) Efeito Magnético
Para se estabelecer uma corrente elétrica são necessários, basicamente: um gerador de
energia elétrica, um condutor em circuito fechado e um elemento para utilizar a energia
produzida pelo gerador. A esse conjunto denominamos circuito elétrico.
RESISTORES
"Resistores são elementos de circuito que consomem energia elétrica, convertendo‐a
integralmente em energia térmica."
Lei de Ohm
R i
U
U = R.i
U = Tensão ou (ddp) diferença de potencial (V)
R = resistência elétrica ( )
i = corrente elétrica (A)
No SI, a unidade de resistência elétrica é o ohm ( ).
Curva característica de um resistor ôhmico
U
U3
U2
U1
0 i1 i2 i3 i
U
R (constante)
i
ENERGIA E POTÊNCIA
POTÊNCIA
U2
P = U.i ou P = R.i2 ou P
R
Unidade de potência no SI:
J/s = W (Watt)
ENERGIA CONSUMIDA
E = P. t
E = energia (J, kWh)
P = potência (W)
t = tempo (s)
No SI a unidade de energia é o joule (J), mas também é muito utilizado o kWh.
6
1 kWh = 3.600.000 J Þ 1 kWh = 3,6 x 10 J
1kWh é a energia consumida, com potência de 1kW, durante 1 hora.
ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES
Associação de resistores em série
"Vários resistores estão associados em série quando são ligados um em seguida do outro, de
modo a serem percorridos pela mesma corrente."
i R1 R2 R3
U1 U2 U3
i Req
U
Req = resistência equivalente ( )
U = ddp da associação (V)
U = U1 + U2 + U3
i = i1 = i2 = i3
Req = R1 + R2 + R3
Associação de resistores em paralelo
"Vários resistores estão associados em paralelo quando são ligados pelos terminais de modo
que fiquem submetidos à mesma ddp."
i1 R1
i i2 R2
i3 R3
U
i Req
U
Req= resistência equivalente ( )
U = ddp da associação (V)
U = U1 = U2 = U3
i = i1 + i2 + i3
1 1 1 1
R eq R1 R 2 R 3
Magnetismo
A Terra como um imã gigante, com o pólo sul magnético perto do pólo Norte geográfico, e o pólo
norte magnético, perto do pólo Sul geográfico. A Terra exerce forças magnéticas sobre uma
agulha magnética.