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Colégio São Luiz de Gonzaga

Dilatometria e Calorimetria:
A indústria de metalurgia

Nome: Júlia de Paula Cabrera Nº:16


Série: 2ºE.M. Professor: Claudemir

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Resumo
O trabalho introduz conceitos e estudos físicos como a dilatometria (medição da
variação das dimensões de um corpo por efeito de fenómenos) e a calorimetria (parte
da física em que se estuda a medida das quantidades de calor) e suas aplicações
nas indústrias metalúrgicas. 

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Sumário
Resumo.............................................................................................2
Sumário.............................................................................................3
Introdução..........................................................................................4
Calorimetria.................................................................................5 e 6
O que é calor?................................................................................................5
Calor sensível e calor latente..........................................................................5
Calorimetria e a metalurgia.............................................................................6

Dilatometria........................................................................................6
Classificação da dilatação: linear, superficial e volumétrica.....................6 e 7
Dilatometria e a metalurgia.......................................................................7 e 8

Conclusão..........................................................................................9
Referências bibliográficas..................................................................9

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Introdução
No presente trabalho, irá ser abordado conceitos físicos como dilatometria e
calorimetria e suas respectivas aplicações nas indústrias metalúrgicas.
Dilatação térmica é o aumento das dimensões do corpo a partir do aumento da
temperatura. Ocorre com quase todos os materiais, no estado sólido, líquido ou
gasoso. A dilatação do corpo está relacionada à agitação térmica das
moléculas que compõem o corpo, pois sabe-se que quanto mais quente estiver
o corpo maior será a agitação térmica de suas moléculas. Nos estudos de
termologia, é levado em consideração três tipos de dilatação: linear, superficial
e volumétrica.
A calorimetria é o ramo da física que se ocupa dos fenômenos decorrentes da
transferência da forma de energia chamada calor. Lembrando que existem
diferentes formas de calcular o calor, pois são classificados como calor
sensível e calor latente.

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Calorimetria
Calorimetria é a área da Física responsável pelo estudo das trocas de energia
térmica em forma de calor que ocorrem entre dois ou mais corpos. Por meio da
Calorimetria, é possível saber qual é a temperatura de equilíbrio de um sistema
de corpos e qual é a quantidade de energia térmica necessária para que se
observem variações de temperatura ou mudanças de estado físico no sistema.

O que é Calor?
Calor é energia térmica em trânsito. Quando dois corpos estão em contato
térmico, ocorre transferência de calor entre eles até que se estabeleça
o equilíbrio térmico. O equilíbrio térmico, por sua vez, é a situação em que os
dois corpos atingem a mesma temperatura. Além disso, o calor sempre flui do
corpo de maior temperatura para o corpo de menor temperatura.
Entendemos por contato térmico qualquer meio existente entre dois ou mais
corpos que permita a transferência de calor entre eles por um dos seguintes
processos: contato, convecção e indução. Quaisquer transferências de calor
entre dois corpos ocorrem segundo um ou mais desses processos.
A unidade de calor no Sistema Internacional de Unidades é o Joule (J), no
entanto, o uso da unidade caloria (cal) é bastante comum em todo o mundo.
Uma caloria é o equivalente à quantidade de energia térmica necessária para
se elevar a temperatura de 1,0 g de água pura, inicialmente
a 14,5ºC, para 15,5ºC e vale 4,186 J.

Calor sensível e calor latente


Calor sensível e calor latente são grandezas físicas que descrevem a
quantidade de calor que se precisa adicionar ou remover de uma substância
para que ela sofra alguma variação térmica.

Calor sensível é a quantidade de calor necessária para que uma unidade de


massa de uma substância altere sua temperatura em 1 grau. Essa
denominação só é dada para o caso em que o calor recebido apenas altera a
temperatura do material, permanecendo este no mesmo estado de agregação.
Um exemplo desse tipo de situação é um pedaço de metal que se aquece
quando é colocado próximo ao fogo, porém continua no estado sólido.

A definição de calor sensível está relacionada também com o conceito de


Capacidade térmica, que corresponde à quantidade de calor que a massa total
de um corpo precisa receber ou perder para que sua temperatura varie 1ºC.

Já o calor latente, representado pela letra L, é a quantidade de calor que, ao


ser fornecida ou retirada de um corpo, não altera sua temperatura, mas causa
mudança em seu estado de agregação. Ele informa a quantidade de calor por
unidade de massa que é necessário fornecer ou retirar de um objeto para
mudar o seu estado de agregação. Observamos esse fenômeno no derreter do
gelo, em que é possível ver a água no estado sólido e líquido à mesma
temperatura. O calor que está sendo fornecido para a substância é revertido
totalmente para a mudança de fase, e não para o aumento da temperatura.

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Calorimetria e a metalurgia
Na prática pode-se utilizar o calor específico do material para averiguar a
composição de uma liga metálica ou a pureza de um metal. Exemplo: pode-se
verificar se um metal é prata ou ouro, medindo o seu calor específico e
comparando o valor encontrado com o valor de referência.
Entre a água e um metal, ambos tendo a mesma massa, o material aquece
mais rápido, quando é fornecida a mesma quantidade de calor é o metal
porque o calor específico dos metais é, de um modo geral, menor que o dos
líquidos.
Essas informações nos fazem concluir que a calorimetria está bastante
presente na área da metalurgia.

Dilatometria
Sabe-se que as moléculas de um corpo qualquer não estão em repouso. Elas,
exceto na situação do que chamamos “zero absoluto”, estão sempre
executando um movimento de vibração (oscilação) em torno de sua posição de
equilíbrio. Na medida em que a temperatura se eleva, essa oscilação aumenta
de amplitude. A frequência em geral permanece constante. Esse aumento da
amplitude implica num aumento da energia cinética durante o movimento de
oscilação.

Torna-se fácil entender por que o corpo, submetido a uma elevação de


temperatura, sofre um aumento em suas dimensões físicas como o
comprimento, a área e o volume. O aumento da amplitude de dos movimentos
vibratórios das moléculas, exige mais espaço, o que faz as moléculas do
interior “empurrar” as outras mais para fora. O resultado é a variação das
dimensões. A disposição relativa das moléculas permanece igual, apenas as
distâncias entre elas aumentam.

Classificação da dilatação: linear, superficial e volumétrica

 Dilatação Linear: é a dilatação que se caracteriza pela variação do


comprimento do corpo. Essa variação pode ser calculada a partir da seguinte
equação matemática:
ΔL = α.L0.ΔT
α: é o coeficiente de dilatação térmica linear, cuja unidade é o °C -1, que
depende da natureza do material que constitui o corpo;
Lo: é o comprimento inicial do corpo;
ΔL e ΔT: são, respectivamente, a variação do comprimento e de temperatura
do corpo.

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 Dilatação Superficial: é a dilatação que se caracteriza pela variação da área
superficial do corpo. Essa variação na superfície do corpo pode ser calculada
por meio da seguinte expressão:
ΔS = β.S0.ΔT
β: é o coeficiente de dilatação térmica superficial, cuja unidade é a mesma do
coeficiente de dilatação térmica linear e também depende da natureza do
material que constitui o corpo;
β: 2α;
So: é a área da superfície inicial do corpo;
ΔS e ΔT: são, respectivamente, a variação da área da superfície e a variação
da temperatura do corpo.

 Dilatação Volumétrica: é a dilatação que se caracteriza pela variação do


volume do corpo. Essa variação pode ser calculada com a expressão:

ΔV = γ.V0.ΔT

γ: é o coeficiente de dilatação térmica volumétrica, cuja unidade é a mesma do


coeficiente de dilatação linear e superficial e também depende da natureza do
material que constitui o corpo;
γ: 3α;
Vo: é o volume inicial do corpo;
ΔV e ΔT: são, respectivamente, a variação do volume e a variação da
temperatura do corpo.

Dilatometria e a metalurgia

No universo da Ciência e Engenharia de Materiais, a Metalurgia Fisica é uma


de suas ramificações mais importantes. Dentro deste segmento destaca-se o
estudo das transformações de fases que, através de parâmetros cinéticos e
termodinâmicos, permitem compreender os fenômenos que ocorrem nas
reações que regem essas transformações.

As transformações de fases no estado sólido, por sua tem um papel destacado


na prática metalúrgica, vez, permitindo um bom conhecimento das
características de expansão de um material submetido a certos ciclos térmicos
através das reações que ocorrem no estado sólido. Dessa maneira é possível
determinar-se a aplicação de aços e ligas, em função das características
microestruturais extraídas de tratamentos térmicos industriais.

Entre as várias ferramentas aplicáveis esses a estudos a dilatometria é uma


das mais potentes, podendo a partir dela, obter-se curvas de aquecimento e/ou
resfriamento, através das quais é possível determinar-se as temperaturas de
transformações de fases das ligas, assim como, de uma maneira geral,
aprofundar-se no estudo da cinética das reações no estado sólido.

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Uma das características importantes de aços e ligas, que define marcadamente
sua aplicação é a sua capacidade de temperabilidade. A dilatometria permite
uma avaliação indireta dessa potencialidade através de ensaios comparativos,
ou seja, essa técnica não fornece um valor ou um fator numérico que permita
medir a temperabilidade de um material. Esta técnica permite sim, avaliar a
temperabilidade de um material em função da comparação com um outro
material em idênticas condições de composição química.

A conhecida capacidade do boto de elevar a temperabilidade de aços de médio


e baixo carbono havia sido pouco investigada pelo método de dilatometria. A
utilização de um aço C-Mn microligado ao boro e de um aço C-Mn de
composição química equivalente, permite uma boa avaliação da capacidade de
temperabilidade através das curvas de resfriamento continuo desses aços
obtidas por dilatometria.

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Conclusão
Neste trabalho, foram apresentados conceitos físicos como a dilatometria e a
calorimetria e como esses estudo são utilizados nas indústrias metalúrgicas e
em nosso cotidiano.

Referências bibliográficas
https://fisica.netspa.com.br/2020/05/19/fisica-termologia-dilatometria/

https://brasilescola.uol.com.br/fisica/calorimetria-i.htm

https://resumosdotestao.tumblr.com/post/68304720270/resumo-de-f
%C3%ADsica

https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/resumo-de-fisica-calorimetria/

https://www.preparaenem.com/fisica/calor-sensivel-e-calor-latente.htm

http://www.ieb.usp.br/wp-content/uploads/sites/512/2019/07/MEDIDA-CALOR-
METAIS.pdf

https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/88/88131/tde-29012010-160947/
publico/SamuelJoseCasarinD.pdf

https://brasilescola.uol.com.br/fisica/dilatacao-termica-calorimetria.htm

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