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UNIVERSIDADE LÚRIO

Faculdade de Ciências Agrarias

Licenciatura em Engenharia em Desenvolvimento Rural

Agro-Meteorologia e Hidrologia

II˚ nível, II˚ semestre

RADIAÇÃO SOLAR
Discentes:

Ermenegildo Ibraimo Omar

Felicidade Latifo Vulai

Genibra Bernardo Lazaro

Hermenegildo Saraiva M. Saguate

Docente:

Msc, Sofia Martinho

Unango, Novembro de 2022


ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO........................................................................................................................3

1.1. Objectivos:........................................................................................................................3

1.1.1. Geral:.........................................................................................................................3

1.1.2. Especifico:.................................................................................................................3

II. REVISÃO BIBLIOGRAFICA.............................................................................................4

2.1. RADIAÇÃO SOLAR.......................................................................................................4

2.1.1. Fluxo de radiação que atinge um corpo.....................................................................4

2.1.2. Fluxo de radiação que atinge a atmosfera..................................................................5

2.1.3. Valores diários considerando os efeitos da atmosfera...............................................5

2.1.4. Radiação Solar Incidente numa Superfície Inclinada................................................5

2.1.5. Balanço de radiação na superfície terrestre...............................................................5

2.1.6. Processo de transferência de calor.............................................................................6

2.1.7. Mecanismos de medição da radiação solar................................................................8

III. PRINCIPAIS CONSTATAÇÕES......................................................................................12

IV. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS...............................................................................13


I. INTRODUÇÃO

O sol é uma estrela localizada na via láctea, maior estrela do sistema solar. Ele é formado por
gases hélio e hidrogénio, não dispõe de nenhuma superfície sólida e, é a estrela mais próxima do
planeta terra e a maior de todo o sistema. Formado por seis camadas: núcleo, zona radioactiva,
zona convectiva, fotosfera, cromosfera e coroa. As condições de temperatura, pressão e
densidade ficam mais elevadas à medida que se aproxima do núcleo. A camada do Sol que se vê
é chamada fotosfera e tem uma temperatura de aproximadamente 6 000 °C.

Portanto, é importante afirmar que a radiação solar é a maior fonte de energia para a Terra, sendo
também o principal elemento meteorológico porque é ela onde acontece todo o processo
meteorológico afectando todos os elementos climáticos (temperatura, pressão, vento, chuva,
humidade). Trata-se, pois, de um elemento primordial no entendimento da variação dos demais.
A energia solar é a fonte primária de energia para todos processos terrestres, desde a fotossíntese,
responsável pela produção vegetal e manutenção da vida na presente forma, até ao surgimento e
desenvolvimento de fenómenos naturais como furacões, tempestades.
I.1. Objectivos:
I.1.1. Geral:
 Falar acerca da radiação solar
I.1.2. Especifico:
 Mencionar os fluxos da radiação;
 Caracterizar os processos de transferência de calor e;
 Identificar os principais instrumentos usados para a medição da radiação.

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II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
II.1. RADIAÇÃO SOLAR

É a emissão da radiação em forma de ondas electromagnéticas, que viajam a velocidade da luz


no espaço e são recebidas por vários planetas, em especial a Terra. Este tipo de onda
electromagnética é composto predominantemente por ondas curtas. São elas que promovem o
calor e a iluminação do planeta.
Durante 24 horas, a radiação solar atinge a superfície de uma localidade qualquer com diferentes
intensidades, dependendo do horário, sendo a máxima radiação recebida por volta de meio-dia.
(CSalati, E. 1966)

II.1.1. Fluxo de radiação que atinge um corpo


Ao atingir um corpo qualquer, o fluxo de radiação sofrerá as seguintes ocorrências:
 Reflexão: Parte da radiação será reflectida.
 Absorção: Parte da radiação será absorvida, sendo retida pelo corpo, podendo ocasionar
um aumento de temperatura (aquecimento).
 Transmissão: Parte da radiação vai atravessar o corpo, ser levemente alterada, porém
seguirá a diante a sua trajectória.
Existe um tipo de corpo que recebe e absorve toda a radiação electromagnética que incide sobre
ele, independentemente do tipo de comprimento de onda: o corpo negro. A emissão de radiação
de um corpo negro compreende-se dentro de uma faixa de comprimento de onda. (CSalati, E.
1966).

Figura 1. Reflexão, absorção e transmissão em um corpo.

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II.1.2. Fluxo de radiação que atinge a atmosfera
Quando a radiação solar atinge o topo da atmosfera da Terra, ela é atenuada devido aos seguintes
factores:
 As partículas presentes na atmosfera (impurezas, cristais, etc.) que causam o seu
espalhamento;
 A alguns constituintes da atmosfera (oxigénio, CO2, vapor, etc.) a absorvem;
 As nuvens que absorvem no máximo 7% do total, e reflectem até 90%, dependendo de
suas dimensões.

II.1.3. Valores diários considerando os efeitos da atmosfera


A absorção e a difusão da radiação solar pela atmosfera promovem perdas durante sua passagem
pela atmosfera, de modo que a irradiância solar em uma superfície horizontal paralela ao plano
do horizonte na terra é menor que no topo da atmosfera. Os valores instantâneos da irradiância
solar global, que representam a soma das componentes directa e difusa, sofrem grandes variações
temporais em função das condições atmosféricas, e da época do ano. (CASTRO NETO, s/d)

II.1.4. Radiação Solar Incidente numa Superfície Inclinada


A superfície da Terra é formada por relevo irregular, com sequências de morros e vales.
Portanto, existem faces de terreno com exposições e inclinações submetidas a diferentes regimes
de incidência de radiação solar. Essas nuances topográficas condicionam ambientes diferentes
num mesmo local e época do ano. Para uma superfície inclinada, além da latitude e da declinação
solar, a incidência dos raios solares é afectada pelo ângulo de inclinação, pela orientação da
superfície, e pelo azimute do Sol. (CASTRO NETO, s/d)

II.1.5. Balanço de radiação na superfície terrestre


Chama-se de balanço de radiação (ou radiação líquida → RL) a contabilidade dos e ganhos e
perdas no fluxo de radiação que incide sobre uma superfície terrestre. Este fluxo corresponde à
quantidade total de radiação que chega e recebe o nome de Radiação Global. A radiação líquida
é a soma do balanço de ondas curtas (Boc) que é emitido pelo Sol e sofre ou não modificações,
com o balanço de ondas longas (Bol) que é emitida pela Terra.

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Figura 2. Balanço de radiação

Assim como o Sol, a Terra também emite ondas electromagnéticas, só que do tipo ondas longas.
Existe também uma outra radiação de ondas longas, originada na atmosfera e chamada de contra
radiação que possui mesma direcção, só que sentido oposto ao da radiação terrestre, e que é
absorvida totalmente pela Terra. O balanço de radiação de ondas longas (Qol) é a diferença entre
a contra radiação (Qcr) e a radiação emitida pela Terra (Qs). (CASTRO NETO, s/d)

II.1.6. Processo de transferência de calor


Segundo (SAUCIER, W. J, s/d), para que aconteça a troca de calor é preciso que ele seja
transferido de um objecto para outro e de uma região para outra. Para tal, existem três processos
de transmissão de calor: condução, convecção e radiação.
 Condução
Quando dois corpos com temperaturas diferentes são colocados em contacto, as moléculas do
corpo mais quente, colidem com as moléculas do corpo mais frio. Desse modo, ela necessita de
um meio para ocorrer.

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Figura 3. Condução.
 Convecção
Para que ocorra a convecção também é necessária a existência de um meio de propagação,
geralmente fluido que pode ser liquido ou gasoso. Esse processo de transmissão ocorre devido ao
surgimento de correntes de convecção nos fluidos.

Figura 4. Convecção.
 Radiação
A radiação não precisa de um meio para ocorrer, pois a energia térmica neste processo é
transferida por ondas electromagnéticas, que são capazes de propagar-se no vácuo. Em
temperaturas próximas ao ambiente, esse fenómeno não pode ser percebido por olhos humanos,
mas pode ser visualizado por corpos em temperaturas muito altas.

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Figura 5. Radiação.

II.1.7. Mecanismos de medição da radiação solar


Para (PEREIRA António, et al, 2007), diz que, os aparelhos que medem radiação solar são
denominados de solarímetros, piranômetros, pireliômetros, radiômetros, e actinógrafos.
 Actinógrafo de Robitzsch
Esse tipo de aparelho foi elaborado por Robitzsch, em 1915. Nesse equipamento os sensores são
placas bimetálicas, parte delas negras e parte brancas. O aquecimento diferencial das placas
brancas e pretas, causado pela absorção da radiação solar, cria uma diferença de dilatação entre
elas que é proporcional à magnitude da densidade de fluxo radiactivo incidente. O diagrama se
movimenta por meio de um mecanismo de relojoaria. Os sensores são protegidos das intempéries
por uma cúpula de quartzo que também filtra as ondas longas terrestre, medindo apenas a
radiação solar (ondas curtas).

Figura 6. Actinógrafo de Robitzsch

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 Piranômetro de Termopar
O elemento sensor é uma placa com uma série de termopares (termopilha). Parte das junções é
enegrecida (junções quentes) e parte é branca (junções frias). O aquecimento diferenciado das
junções quentes e frias gera uma força electromotriz (f.e.m.). A placa sensora é protegida por
uma cúpula de quartzo, que filtra as radiações de onda longa, sendo atingida apenas pela
radiação solar (ondas curtas). Este instrumento é electrónico sendo usado como padrão
secundário de calibração dos outros tipos, permitindo o registo contínuo ou a aquisição do sinal
para conversão em arquivos digitais de sistemas automatizados de medida.

Figura 7. Piranômetro de termopar, modelo Eppley (b),e de Moll-Gorczynski (c).

 Medidas de Irradiância Direta e Difusa


Para se medir a radiação solar directa utiliza-se um pireliómetro, cujo sensor também é uma
termopilha. O instrumento tem a forma de um tubo, sendo o sensor colocado no fundo. Na outra
extremidade do tubo há uma abertura por onde os raios solares entram directamente. Um filtro
elimina a radiação difusa que vem do céu, e sem o filtro mede-se a radiação terrestre durante a
noite. Um inconveniente é que se deve ajustar manualmente o aparelho na direcção do Sol, mas
para facilitar tal tarefa existe uma mira na parte externa. Há também a possibilidade de se utilizar
um rastreador solar.
A irradiância difusa, é espalhada pela atmosfera, pode ser medida com pirómetros instalados sob
uma banda metálica (anel sombreador) concêntrica à cúpula hemisférica do aparelho, a qual
impede a incidência directa dos raios solares.

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Figura 8. Sensores de radiação solar: a) directa; b) banda metálica para obtenção da radiação
solar difusa.

 Medida do Número de Horas de Brilho Solar


Apesar de não ser uma medida da irradiância solar, o número de horas de brilho solar, também
conhecido como insolação, permite estimar valores diários de Qg. O equipamento utilizado é o
heliógrafo tipo Campbell-Stokes, constituído de uma esfera de cristal, ajustada sobre um suporte
no qual uma tira de papelão é fixada. A convergência dos raios solares sobre a tira, quando há
irradiância directa, produz sua queima, permitindo o registo do período de insolação. As tiras
registadoras variam de acordo com a época do ano. Para o período de verão são utilizadas as tiras
curvas longas; no inverno as curvas curtas; e na primavera e outono as rectas.

Figura 9. Heliógrafo tipo Campbell-Stokes (b) e fitas de papelão utilizadas (c).

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 Radiação Fotossinteticamente Activa
A radiação solar com comprimentos de onda entre 400 e 700 nm corresponde à Radiação
Fotossinteticamente Activa (RFA ou PAR). Ela pode ser medida por piranômetros providos de
um filtro que separa as outras bandas da radiação, ou por um sensor específico, denominado de
quântico, em função da unidade em que tal radiação é expressa.

Figura 10. Sensor Quântico

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III. PRINCIPAIS CONSTATAÇÕES
O movimento de rotação da Terra faz com que um local receba os raios solares com inclinação
diferente ao longo do dia. A absorção e a difusão da radiação solar pela atmosfera promovem
perdas durante sua passagem pela atmosfera, de modo que a irradiância solar em uma superfície
horizontal paralela ao plano do horizonte na terra é menor que no topo da atmosfera e a
contabilidade dos e ganhos e perdas no fluxo de radiação que incide sobre uma superfície
terrestre corresponde à quantidade total de radiação que chega e recebe o nome de Radiação
Global. Assim como o Sol, a Terra também emite ondas electromagnéticas, só que do tipo ondas
longas. Existe também uma outra radiação de ondas longas, originada na atmosfera e chamada de
contra radiação que possui mesma direcção, só que sentido oposto ao da radiação terrestre, e que
é absorvida totalmente pela Terra. Nesta radiação ocorrem três processos para a transferência de
calor condução, convecção e radiação. E, existem alguns aparelhos responsáveis pela medição da
quantidade da radiação solar, durante um dia, um mês, ou mesmo até, um ano. Esses aparelhos
são piranômetros, solarímetros, actinógrafos, pireliômetros, radiômetros,

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IV. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
CASTRO NETO, P. Notas de aula prática do curso de Agrometeorologia. Coopesal,
CSalati, E.; Godoy, H. Estimativa da distribuição da energia solar no Estado de São Paulo.
Bragantia, 25(3):31-40, 1966. Janeiro, RJ, 1969. Lavras, MG, 44 p, 1990.
PEREIRA António, et al, meteorologia agrícola, Universidade de São Paulo, Fevereiro de 2007.
SAUCIER, W. J. Princípios de Análise Meteorológica. Livro Técnico S.A., Rio de Janeiro.

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