Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
3º Ano, 1º Semestre
Estudantes:
Docentes:
3º Ano, 1º Semestre
2º Grupo
Estudantes:
Docente:
2.1. Influência das altas temperaturas ambientais sobre a eficiência reprodutiva ...................4
2.1.5. Efeito negativo sobre o estado nutricional e sobre o balanço energético ..................6
Factores ambientais exercem efeitos diretos e indiretos na produção animal em todas as fases de
produção, acarretando redução na produtividade com consequentes prejuízos econômicos. As
instalações zootécnicas devem ser projetadas para minimizar a influência dos fatores climáticos,
principalmente da temperatura ambiente, que leva ao desconforto térmico (Furtado, 2020).
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
➢ Falar acerca dos factores ambientais que podem afectar a eficiência reprodutiva.
1.1.2. Específicos
➢ Descrever a influencia das altas temperaturas ambientais sobre a eficiência
reprodutiva;
➢ Mencionar as estratégias para o incremento das taxas de concepção;
➢ Indicar o momento para o tratamento com GnRH.
3
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Influência das altas temperaturas ambientais sobre a eficiência reprodutiva
O estresse térmico é considerado um fator importante que contribui para a baixa fertilidade de
vacas leiteiras inseminadas durante o verão. A redução das taxas de concepção durante a estação
quente pode variar entre 20 e 30% em comparação com os meses de inverno (Wolfenson et al.,
2000). O aumento substancial da produção de leite nos anos recentes agravou ainda mais a
síndrome de infertilidade de verão, uma vez que o alto nível de produtividade acarreta aumento
da taxa metabólica e maior produção de calor metabólico das vacas. O limite superior da
temperatura ambiente no qual as vacas leiteiras lactantes conseguem manter uma temperatura
corporal estável (temperatura crítica superior) é de apenas 25 a 27°C. Assim, o problema do
estresse térmico não está restrito apenas às regiões tropicais do mundo e impõe um custo
considerável à indústria láctea.
Existe um efeito comprovado do estresse térmico de verão sobre a fertilidade nos meses de
outono. O efeito negativo sobre a reprodução persiste, embora as vacas não estejam mais
expostas ao estresse térmico. Considera-se que isto resulte do efeito do estresse térmico de verão
exercido sobre os folículos antrais, que se desenvolverão para formar folículos dominantes de 40
a 50 dias depois (Wolfenson et al., 2002).
O efeito deletério das altas temperaturas ambientes sobre os processos reprodutivos das vacas
leiteiras está bem documentado e inclui:
Sob a influência do estresse térmico, a duração e a intensidade do estro são reduzidas, com uma
diminuição clara da atividade motora e outras manifestações de estro como a aceitação de monta.
Nobel et al. (1997) constataram que as vacas holandesas durante o verão têm 4,5 montas por
4
estro em comparação a 8,6 no inverno. A maior incidência de anestro e de cio silencioso é,
portanto, uma das observações mais comuns em vacas expostas a altas temperaturas ambientais.
5
Hansen (1997) relatou deterioração da fertilidade dos touros causada por estresse térmico
durante o verão. O estresse térmico causa efeitos menos graves à qualidade do sêmen de touros
zebuínos do que em touros de raças europeias, fenômeno associado não apenas à termo-
regulação, geralmente mais eficiente no gado zebu, mas também a adaptações específicas que
melhoram o resfriamento local do sangue que entra nos testículos (Brito et al., 2004).
É bastante evidente que os efeitos negativos do estresse térmico sobre a reprodução podem ser
resultado tanto da ação direta sobre a função reprodutiva e sobre o desenvolvimento
embrionário, mas também de influências indiretas resultantes de mudanças no balanço
energético. Nas vacas de leite submetidas a estresse térmico, observa-se frequentemente redução
na ingestão de matéria seca, o que prolonga o período de balanço energético negativo e
influência negativamente as concentrações plasmáticas de insulina, IGF-I e glicose (Ronchi et
al., 2001). Isso leva a um baixo desenvolvimento folicular, baixa expressão de cios e a oócitos de
má qualidade.
6
2.2. Estratégias para o incremento das taxas de concepção
O desafio para melhorar o desempenho reprodutivo das vacas leiteiras lactantes exige uma
compreensão dos princípios bioquímicos e fisiológicos que controlam a reprodução e a lactação,
que precisam ser integrados aos sistemas de manejo nutricional, de produção e de reprodução
para otimizar a fertilidade do rebanho. As abordagens farmacológicas para incremento da
fertilidade em bovinos inseminados têm-se concentrado em três áreas até agora:
Um dos métodos para obter taxas de concepção satisfatórias é assegurar que a ovulação ocorra
dentro de 7 a 18 horas após a IA. Um possível método é a administração de GnRH no momento
da cobertura / IA. De acordo com o tamanho e a maturidade do folículo dominante, a ovulação
ocorre por volta de 24 horas após a aplicação de GnRH.
7
taxa de prenhez. Na prática, contudo, o GnRH geralmente é administrado no momento da IA,
com resultados bastante satisfatórios.
Rosenberger et al. (1991) avaliaram o efeito da administração de GnRH durante o estro (10 mcg
Conceptal, Intervet; /250 mcg Fertagyl, Intervet;) sobre o LH plasmático e a concepção, em
relação ao momento do tratamento e inseminação. Em grupos que apresentavam baixas taxas de
concepção após a primeira IA pós-parto, o tratamento com GnRH proporcionou melhora dos
resultados da inseminação. Sugeriu-se que o tratamento de GnRH poderia reduzir a variação do
momento da ovulação ou evitar falhas de ovulação. Vários estudos anteriores demonstraram que
o tratamento com GnRH na hora da inseminação em “repeat breeders” melhoraram as taxas de
prenhez; artigo comparou resultados de inúmeros estudos prévios nos quais haviam sido
utilizados GnRH ou análogos de GnRH na IA e os submeteu a uma meta-análise. Houve um
aumento significativo na probabilidade de prenhez em vacas tratadas com um análogo de GnRH
na primeira inseminação pós-parto, no segundo serviço após a parição e em vacas repeat
breeders tratadas na hora da inseminação. As vacas repeat breeders responderam melhor ao
tratamento do que os outros grupos, o que corrobora a hipótese de que uma proporção das repeat
breeders não havia conseguido conceber anteriormente devido a falha no momento ou na
magnitude do pico de GnRH, LH ou FSH no estro.
O estudo feito por Morgan e Lean (1993) apresentou uma extensa análise do possível efeito do
tratamento com GnRH na hora da inseminação sobre a taxa de concepção em vacas. O quais
haviam sido utilizados GnRH ou análogos de GnRH na IA e os submeteu a uma meta-análise.
Houve um aumento significativo na probabilidade de prenhez em vacas tratadas com um análogo
de GnRH na primeira inseminação pós-parto, no segundo serviço após a parição e em vacas
repeat breeders tratadas na hora da inseminação. As vacas repeat breeders responderam melhor
8
ao tratamento do que os outros grupos, o que corrobora a hipótese de que uma proporção das
repeat breeders não havia conseguido conceber anteriormente devido a falha no momento ou na
magnitude do pico de GnRH, LH ou FSH no estro.
9
III. PRINCIPAIS CONSTATAÇÕES
O estresse térmico é considerado um fator importante que contribui para a baixa fertilidade de
vacas leiteiras inseminadas durante o verão. A redução das taxas de concepção durante a estação
quente pode variar entre 20 e 30% em comparação com os meses de inverno.
As vacas holandesas durante o verão têm 4 montas por estro em comparação a 8 no inverno, o
que significa que as altas temperaturas de inverno contribuem para a redução do número de
montas. A maior incidência de anestro e de cio silencioso é, portanto, uma das observações mais
comuns em vacas expostas a altas temperaturas ambientais.
O estresse térmico pode levar à ovulação de oócitos envelhecidos e de baixa qualidade, que está
associada a baixas taxas de fertilização e à mortalidade embrionária. A alta temperatura tem um
efeito negativo sobre os embriões antes da implantação, mas a resistência dos embriões a esses
efeitos aumenta conforme se desenvolvem.
Um dos métodos para obter taxas de concepção satisfatórias é assegurar que a ovulação ocorra
dentro de 7 a 18 horas após a IA. Um possível método é a administração de GnRH no momento
da cobertura / IA. De acordo com o tamanho e a maturidade do folículo dominante, a ovulação
ocorre por volta de 24 horas após a aplicação de GnRH.
De acordo com alguns autores é melhor usar o GnRH no momento da IA, ou ainda 6 horas antes
da IA.
10
IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
11