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Lavomó Simango
Monitora:
Olivia dos Santos
Paula Chilengue
O efeito de exposição a altas temperaturas nos frangos de corte tem sido relatado como
resultado na redução da taxa de crescimento, consumo da ração e qualidade de carne.
Independentemente do nível energético utilizado na ração, a alta temperatura reduz o
desempenho das aves, com queda de 16% no ganho de peso e piora a 19% na conversão
alimentar (Vercese, 2014)
Os organismos termófilos são seres cuja temperatura ótima varia de 40 graus a 70 graus
centigrados com tolerância máxima de 90 graus, temperaturas como essas são
encontradas em águas termais. Alguns termófilos obtêm a energia de oxidação de
enxofre e são bactérias quimiossintecticas. Mas em geral são todos considerados
extremófilos e resilientes. Estes organismos não são capazes de crescer em temperaturas
abaixo de 45 graus (Pilling, 2016).
Com exposto acima, este trabalho tem como objectivo a produção de frangos (Gallus
gallus domesticus) de corte resistente a altas temperaturas pela inoculação do gene
hsp70 extraído da bactéria Bacillus cereaus.
2. Problematização e Justificativa
2.1. Problematização
Por serem animais sensíveis a elevadas temperaturas as aves sofrem inúmeras perdas
não só produtivas, mas também económicas, principalmente na fase final de sua
produção, em consequência do estresse térmico afectando na redução dos índices
zootécnicos e no aumento da mortalidade. O aumento da temperatura do ambiente leva
à diminuição da capacidade da ave em dissipar calor e consequente desequilíbrio ácido
base (Silva et al.,2015).
O estresse por calor é responsável por grandes perdas no rendimento e lotes de frangos,
gerando um aumento de mortalidade e piora na conversão alimentar, além de
diminuição do peso corporal, principalmente quando as condições estressantes ocorrem
na fase final, próximo ao abate (Gomes et al., 2012).
2.2. Justificativa
Ambientes com condições críticas de humidade temperatura apresentam uma
diversidade única e quase exclusiva de comunidades de microrganismos extremófilos.
Tais organismos apresentam muitas adaptações em sua fisiologia, entre elas a produção
de moléculas estáveis a mudanças drásticas de temperatura e PH (Rosa, 2021).
As bactérias extremófilas são conhecidas pela capacidade de sobreviver em condições
inóspitas para a maioria dos seres vivos. São exemplos marcantes bactérias resistentes a
baixas temperaturas, encontradas em regiões glaciais ou resistentes as altas temperaturas
e acidez acentuada, como as de zonza com actividade vulcânica ou fontes termais (Da
Silva, 2022).
Com vista a responde as necessidades dos avicultores com frangos resistentes a altas
temperaturas como forma de colmatar as recentes perdas que se tem sentido face as altas
temperaturas registadas em Moçambique, surge a ideia de produzir frangos resistentes a
altas temperaturas pela inoculação do gene hsp70 extraído da bacteria Bacillus cereaus.
3. Objectivos
3.1. Objectivo geral
Avaliar a produção de frangos resistentes altas temperaturas com base na
inoculação do gene hsp70.
H0: A expressão do gene hsp70 não influência a resistência ao estresse térmico dos
frangos de corte.
Será isolada e amplificada o genoma das células sobrevivente através da PCR e será
usada a análise Southern Blot para verificar o nível de expressão da proteína do gene
hsp70, o genoma será sequenciado para o conhecimento da posição do gene pelo
método de sequenciamento de Sanger (Moraes et al., 2012).
É esperado que as células transgénicas inseridas nos embriões do frango de corte confira
a resistência a temperaturas até 42°C durante 6h, e que o gene não iniba a expressão de
outos genes presentes no genoma do frango de corte.
Tambem espera-se que gene seja estável e passe para outras gerações, não interfira na
producao normal do frango de corte e que não haja variações comportamentais e
morfológicas
6. Referencias Bibliográficas
Oppewal, J. et al., (2016). Estudo Sectorial: Cadeia de valor de frango em Moçambique.
IGC. Maputo.
Lopes, J. et al., (2015). Estresse por calor em frangos de corte. Nutri-Time. Brasil.
Gomes, A. et al., (2012). Estresse por calor na produção de frangos de corte. PUBVET.
UFU. Brasil.
Silva, et al., (2015). Análise do efeito do estresse térmico sobre produção, fisiologia e
dieta das aves. UFCG. Brasil