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3º Grupo

António Renato
Edivania António Cavinha
Faruque Silvano Bacião
Fátima Saize
Felismino Ali Abel
Gabriel dos Santos Gabriel Mucuele
Ibraimo Selemane
Laura Manuel
Lucas Armando Pedro

Transferência de Embriões em Bovinos


(Licenciatura em Agropecuária)

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2023
3º Grupo
António Renato
Edivania António Cavinha
Faruque Silvano Bacião
Fátima Saize
Felismino Ali Abel
Gabriel dos Santos Gabriel Mucuele
Ibraimo Selemane
Laura Manuel
Lucas Armando Pedro

Transferência de Embriões em Bovinos

Trabalho de investigação de carácter


avaliativo da cadeira de Reprodução Animal,
a ser entregue no departamento de Ciências
Alimentares e Agrárias, leccionado por Msc.
Emídio Ofíço

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2023
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................4

1.1. Objectivos..........................................................................................................................4

1.1.1. Geral...............................................................................................................................4

1.1.2. Específicos.....................................................................................................................4

1.2. Metodologias.....................................................................................................................4

2. Transferência de embriões........................................................................................................5

2.1. Razões para o uso da transferência de embriões em bovinos............................................5

2.2. Maneio a FSH e eCG (hormônio folículo estimulante e hormônio gonadotrofina coriónica)
5

2.2.1. eCG................................................................................................................................6

2.2.2. Hormona folículo estimulante (FSH).............................................................................6

2.2.3. FSH................................................................................................................................6

3. Maneio da vaca receptora......................................................................................................6

3.1. Cio induzido vs cio natural................................................................................................7

3.1.1. Cio natural......................................................................................................................7

3.2. Gêmeos..............................................................................................................................8

4. Conclusão..................................................................................................................................9

5. Referências bibliográficas.......................................................................................................10
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1. Introdução
O presente trabalho ira abobadar temas relacionados com transferência embriões, a transferências
de embriões consiste em estimular, por meios de hormônios que actuam no eixo hipotalâmico
hipofisário-gonadal, a obtenção de ovulações múltiplas em sincronia de um animal considerado
superior dentro de um determinado grupo, seguida de inseminação artificial para que no final do
processo se obtenham vários embriões que serão transferidos para fêmeas bovinas receptoras ou
criopreservados.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral
 Falar da transferência de embriões

1.1.2. Específicos
 Descrever a transferências de embriões;
 Conhecer as razões para uso da transferência de embriões;
 Descrever o maneio da vaca reprodutora.

1.2. Metodologias
As consultas bibliográficas que foram lidas, analisadas, comparadas e compiladas neste trabalho
constituem a metodologia básica para a realização e apresentação do presente trabalho, a qual
notam as referências na página final do mesmo. Com vista a responder os objectivos específicos
traçados usou-se o método exploratório, onde levou-se acabo um estudo aprofundando de
diferentes manuais, com o intuito de obter o maior conhecimento possível e descriminar
diferentes ideias dos autores com vista a compreender, a transferência de embriões em bovinos.
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2. Transferência de embriões
A transferência de embriões é uma biotecnologia da reprodução que consiste em obter embriões
de uma fêmea doadora e transferi-los para fêmeas receptoras, com a finalidade de completar o
período de gestação. O principal objectivo da técnica é permitir que uma fêmea produza um
número de descendentes muito superior ao que seria possível fisiologicamente, durante sua vida
reprodutiva (SANTOS et al., 2012).

Sua importância básica para a produção animal consiste na possibilidade de uma fêmea produzir
um número de descendente muito superior ao que seria possível obter fisiologicamente durante
sua vida reprodutiva (TANEJA et al., 2000) Colaborando com os conceitos, Reichenbach et al.
(2001) afirmam que além de equacionar problemas relativos a questões de ordem genética e
sanitária, contribui para ampliar os conhecimentos de fisiologia, patologia e endocrinologia
decorrente da relação entre embrião, órgãos genitais internos e sistema nervoso central.

2.1. Razões para o uso da transferência de embriões em bovinos


 Obter mais bezerros de uma vaca valiosa de alta qualidade.
 Aumentar a taxa de melhoramento genético de um rebanho.
 Facilitar a exportação de animais.
 Evitar problemas de aclimatação ao exportar bovinos para áreas tropicais.
 Para a indução de gêmeos.
 Para obter bezerros de corte puro−sangue da parte de menor qualidade do rebanho
leiteiro.
 Para obter progênie de vacas com problemas de fertilidade.

2.2. Maneio a FSH e eCG (hormônio folículo estimulante e hormônio gonadotrofina


coriónica)
Gonadotrofina coriónica equina ( eCG) A eCG é uma hormona glicoproteica produzida pelas
células do trofoblasto de embriões equinos. Por este motivo a designação Pregnant Mare Serum
Gonadotrophin (PMSG) foi o termo utilizado inicialmente (Gordon, 2002). As células do
trofoblasto invadem o endométrio entre os dias 36 e 40 de gestação.
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2.2.1. eCG
A gonadotrofi na coriônica equina – eCG (Folligon®) tem uma meia-vida longa, de modo que
uma única injeção é sufi ciente. O efeito estimulante continuado de altas doses de eCG pode ter
um efeito negativo sobre a ovulação e causar a emergência de uma segunda onda de folículos. 48
horas após a injeção de eCG (ou da primeira de FSH), a regressão do corpo lúteo é induzida com
uma dose de prostaglandina. Donaldson (1983) relatou um efeito luteolítico melhor com PGF2α
quando se administravam duas ou três injecções, mas quando se utilizam análogos, uma única
dose foi sufi ciente.

A eCG em comparação com a FSH ou com a menotropina (hMG) dá origem a ovários de


maiores dimensões, a um elevado número de folículos anovulatórios e ao contínuo recrutamento
de novos folículos (hiperestimulação) para além do tempo desejável, o que possivelmente, estará
relacionado com o seu elevado tempo de semi-vida (cerca de 40 horas), consequência da elevada
concentração em ácido siálico, que provoca uma alteração no perfil endócrino e um ambiente
estrogénico no útero que, por sua vez, afecta a taxa de fertilização e o desenvolvimento
embrionário. Para prevenir a hiperestimualação, anticorpos contra eCG (anti- eCG) podem ser
aplicados na altura da inseminação (Boland, Goulding & Roche, 1991; Aerts & Bols, 2010).

2.2.2. Hormona folículo estimulante (FSH)

2.2.3. FSH
Existem preparações naturais de FSH disponíveis, de origem suína e ovina. Como o FSH tem
uma meia-vida relativamente curta, geralmente é administrado duas vezes por dia durante 3 a 4
dias.

A eCG foi utilizada durante muito tempo para superovular vacas. Contudo, e para tentar reduzir a
variabilidade da resposta, aumentar a taxa de ovulação e melhorar a qualidade dos embriões,
começou a ter incremento a utilização de extractos hipofisários (Galli et al., 2003). São muitas as
evidências que reforçam a ideia de que uma melhor e mais consistente RS é conseguida através
da utilização de FSH, em vez de eCG (Donaldson & Ward, 1987; Goulding, Williams, Roche &
Boland, 1991).
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3. Maneio da vaca receptora


Para que ocorra uma transferência bem-sucedida, a receptora deve estar com boa saúde e seu
ciclo bem sincronizado com o da doadora. Segundo Seidel e Seidel (2005), fêmeas receptoras
necessitam de um programa sanitário rigoroso, nutrição equilibrada e manejo adequado. Contudo,
normalmente a utilização de novilhas como receptoras permite obter melhores taxas de prenhez.
Durante a avaliação da fêmea receptora, é importante que seja feito o exame clínico geral,
avaliando, principalmente, sistema locomotor, digestório e respiratório. Posteriormente, deve-se
realizar o exame específico do aparelho reprodutor, momento em que deve ser avaliado
conformação de vulva, mas também analisar útero e ovários, através de palpação retal e
ultrassonografia (YOUNGS, 2007).

Para realizar a transferência de embriões é essencial que haja sincronia do ciclo estral de
doadoras e receptoras, para que o embrião da doadora e o trato reprodutivo da receptora estejam
no mesmo estágio fisiológico de desenvolvimento, o que garante bons resultados nas taxas de
prenhez. Contudo, as taxas começam a cair quando a assincronia do estro entre doadoras e
receptoras é superior a 24 horas (SPELL et al., 2001).

De acordo com Filho et al. (2013), pode-se descartar a utilização de protocolo hormonal para a
sincronizar o ciclo estral de receptoras, sendo que é possível realizar este processo apenas a partir
do acompanhamento do estro natural. Este manejo apresenta como vantagem o menor custo, uma
vez que não se utiliza protocolos hormonais, porém, a observação correcta da manifestação do
estro e o maior número de animais disponíveis podem se tornar uma desvantagem. Em
contrapartida, a opção pela sincronização de estro através de protocolos hormonais possibilita um
maior aproveitamento das receptoras, desconsiderando a necessidade de detecção de estro e
diminuindo o custo fixo, quando resulta em taxa de prenhez entre 45 e 50% (FILHO et al., 2013).

3.1. Cio induzido vs cio natural


Quando comparadas as TG entre receptoras a quem foram induzidos os cios e as que fizeram cio
natural com posterior transferência de embrião ao 7º dia, há divergência de opinião entre vários
autores (Callesen, Liboriussen & Greve, 1996). São vários os métodos de sincronização de cio
das receptoras: - detecção de cios espontâneos (efectivos numerosos com fêmeas cíclicas) - dupla
aplicação de PGF2α ; - Sincronização de ovulações para TE em tempo fixo (“Ovsynch”+TE). -
combinação de progestagénios, estrogénios e PGF2α (com ou sem eCG)
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3.1.1. Cio natural


Em explorações de grandes efectivos, onde os cios ocorrem espontaneamente pode considerar-se
que, por dia, cerca de 5% de fêmeas estão em condições de serem detectadas em cio

3.2. Gêmeos
Gestações gemelares podem estar associadas a diversos factores, como a selecção genética de
matrizes propensas a ovulações duplas, tratamento hormonal com gonadotrofina exógenas, como
o eCG (gonadotrofina coriônica equina), uso de GnRH, uso de PGF2a, e transferência de
embriões (MURPHY; MARTINUK, 1991).

Na vaca leiteira, os gêmeos estão associados a maior mortalidade de bezerros, retenção de


placenta, maiores intervalos parto concepção e redução na produção de leite. Se esses problemas
puderem ser controlados por meio de manejo cuidadoso, a indução de uma prenhez gemelar pode
ter vantagens económicas. Em bovinos de corte, nos quais o rendimento de leite não é a principal
fonte de receita, a partição de gêmeos pode trazer vantagens interessantes. O uso de gonadotrofi
nas para induzir uma “superovulação moderada” aumenta não só a frequência de gêmeos mas
também pode levar a alguns casos de trigêmeos e quadrigêmeos. A transferência de dois
embriões, ou a transferência de um único embrião em animais inseminados, aumenta o número
total de bezerros nascidos e a proporção (40% a 60%) de prenhezes gemelares. Nesse caso, o
resultado económico da técnica depende em grande parte do custo do embrião em relação ao
preço do bezerro.

A suplementação com gonadotrofina coriônica equina (eCG) é capaz de melhorar o


desenvolvimento folicular e a resposta ovulatória de vacas, uma vez que eCG possui atividade
LH e FSH (BISINOTTO; SANTOS, 2012). O uso do eCG foi associado a superovulação em
vacas doadoras de embriões, além disso o fármaco também apresenta viabilidade pelo custo
moderado e simplicidade de 18 utilização. No entanto alguns problemas são atribuídos ao uso,
como o número imprevisível de ovulações e a variabilidade da resposta ovariana. Dessa forma,
certas fêmeas não respondem ao tratamento enquanto que outras mostram um estímulo excessivo
com um grande número de folículos anovulatórios. De acordo com ECHTERNKAMP et al.
(2007), a indução hormonal de ovulações múltiplas não controlaram o número de oócitos
fertilizados.
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4. Conclusão
Chegado a este ponto terminamos com o trabalho acima supracitado que esteve a descrever
assuntos relacionados com a transferência de embriões, concluímos que a transferência de
embriões te como base o princípio da multiplicação, de forma acelerada de descendentes de
fêmeas (doadoras) consideradas superiores, dentro de cada sistema de criação ou manada.
Actualmente é a técnica mais acessível e de melhor aproveitamento de uma doadora,
multiplicando seu material genético. A partir desta técnica é possível produzir um número
elevado de descendentes geneticamente superiores por fêmea, além de reduzir o intervalo entre
gerações e aumentar a velocidade de melhoramento genético do rebanho. Dizer que a
classificação de embriões deve ser realizada criteriosamente para garantir boas taxas de
concepção, e com isso aumentar a eficiência reprodutiva, melhorando e multiplicando a sua
genética dentro do rebanho.
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5. Referências bibliográficas
1. BISINOTTO, R.C.; SANTOS, E.P. The use of endocrine treatments to improve
pregnancy rates in cattle. Reproduction, Fertility and Development, v.24, p.258-
266, 2012.
2. ECHTERNKAMP, S.E.; CUSMAN, R.A.; ALLAN, M.F.; THALLMAN, R.M.;
GREGORY, K.E. Effects of Ovulation Rate and Fetal Number on Fertility in
Twin-Producing Cattle. Journal Animal Science, v.85, p.3228-3238, 2007.
3. GOODHAND, K.L.; WATT, R.G.; STAINES, M.E. In vivo oocyte recovery
and in vitro embryo production from bovine donors aspirated at different
frequencies or following FSH treatment. Theriogenology . Gainesville,
v.51.p.951-961.1999.
4. MURPHY, B.D.; MARTINUK, S.D. Equine chorionic gonadotrophin.
Endocrine Rewiews, v.12, p. 27-44, 1991.
5. REICHENBACH, H. D.; DE OLIVEIRA. M.A. L.; LIMA, P.F.; SANTOS
FILHO, A. S.; ANDRADE, J. C. O. Transferência e criopreservação de
embriões bovinos. In: GONÇALVES et al. Biotécnicas Aplicadas à Reprodução
Animal. São Paulo: Varela. p.127 – 177. 2001.
6. SANTOS, G. M. Transferência de embriões. Viçosa: Cpt, 2012.
7. TANEJA, M.; BOLS, P.E.J.; VELDE, V. Development competence of juvenile
calf oocytes in vitro and in vivo: influence of donor animal, variation and
repeated gonadotropin stimulation. Biology Reproduction, Champaing. v. 31.
pag. 67-73, 2000.

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