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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Trabalho de MIC
Tema: Impactos de grávidas indesejadas ou precoce nas raparigas da Escola Secundária
de Tete

Bernardino Estefane Macajo Dique e 708222227

Curso: Portugues
Cadeira: MIC
Ano de Frequência: 1º ano
Docente: Etelvina Elias Jine

Tete, Julho de 2022

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Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura organizacionais
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(indicação clara do 1.0
Introdução problema)
Descrição dos 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Conteúdo Articulação e
domínio do discurso
académico 2.0
(expressão, escrita
Análise e cuidada,
Discussão coerência/coesão
textual)
Revisão bibliográfica
nacional e 2.0
internacionais
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos gerais Formatação tamanho de letra, 1.0
parágrafo,
espaçamento entre
linhas
Normas APA Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e bibliográficas
bibliografia

Folha para recomendações de melhoria:


Índice
CAPITULO I....................................................................................................................................1

1.1 Introdução...............................................................................................................................1
1.1 Tema de Estudo......................................................................................................................2

1.2.Justificativa.............................................................................................................................2

1.3.Delimitação do tema...............................................................................................................2

1.4.Problematização......................................................................................................................2

1.5. Objectivos..............................................................................................................................3

1.4.1.Geral.....................................................................................................................................3

1.5.2.Específicos...........................................................................................................................3

1.6. Hipóteses................................................................................................................................3

CAPITULO II...................................................................................................................................4

2. Fundamentação Teórica............................................................................................................4

2.1.Gravidez precoce ou indesejadas............................................................................................4

2.2.Factores que influenciam o comportamento sexual na adolescência.....................................5

2.3. Factores de Risco da Gravidez Precoce.................................................................................7

2.3.1 Variáveis Culturais da Gravidez Precoce............................................................................7

2.3.2 Variáveis Comportamentais da Gravidez Precoce...............................................................7

2.4. Mecanismos de Prevenção e Combate à gravidez Precoce...................................................8

2.5. Implicações da Gravidez Precoce..........................................................................................9

CAPITULO III...............................................................................................................................10

3. Metodologia............................................................................................................................10

3.1.Métodos de abordagem.........................................................................................................10

3.2. Técnicas de recolhas de dados.............................................................................................10

3.2.1Observação..........................................................................................................................10

3.2.2Entrevista............................................................................................................................10

3.2.3Inquérito..............................................................................................................................10

3.2.4População ou universo........................................................................................................11
3.5 Modalidades da pesquisa......................................................................................................11

3.6.1.Do ponto de vista da sua natureza.....................................................................................11

3.6.2.Do ponto de vista da forma de abordagem do problema...................................................11

3.6.3.Do ponto de vista de seus objetivos...................................................................................11

3.6.4.Do ponto de vista dos procedimentos técnicos..................................................................12

4.Resultados Esperados..............................................................................................................13

4.Cronograma das actividades....................................................................................................14

5.Orçamento................................................................................................................................15

6.Referências Bibliográficas.......................................................................................................16
CAPITULO I
1.1 Introdução
O presente projecto de pesquisa aborda sobre impactos de gravidezes indesejadas nas raparigas
da Escola Secundária de Tete; É salientar que nas últimas décadas, a adolescência vem ocupando
lugar de significativa relevância no contexto das grandes inquietações que assolam a sociedade de
modo global, tanto no campo da educação quanto no campo da saúde. (ABRAMOVAY;
CASTRO; SILVA; 2004). Especialmente a gravidez e a maternidade na adolescência não
planejada, com ênfase na ocorrência em menores de 16 anos, vêm preocupando profissionais de
saúde, pais, educadores e toda a sociedade, tendo em vista os prejuízos pessoais e sociais, quando
associado às precárias condições de vida, com pouco acesso aos serviços e bens de consumo,
contribuindo assim para perpetuação do ciclo de pobreza (GAMA et. al., 2001).

O presente trabalho de pesquisa tem como objectivo principal conhecer os impactos das
gravidezes indesejadas na Escola Secundária de Tete; Este trabalho está organizado da seguinte
maneira: introdução, justificativa, problematização, enquadramento do tema, delimitação do
tema, relevância do tema, objectivo que são elementos essenciais para um trabalho de pesquisa
científico no campo da ciência, fundamentação teórica, metodologia, técnicas de recolha de dados
cronograma de actividades, orçamento previsto e as referências bibliográficas.

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1.1 Tema de Estudo
Tema de estudo é a apresentação de tema e dos conceitos mais gerais do que vai ser investigado
(SÉRGIO Daniel, 2011).

O Tema do estudo do presente trabalho é: Impactos de grávidas indesejadas ou precoce nas


raparigas da Escola Secundária de Tete

1.2.Justificativa

A motivação da realização do presente trabalho de pesquisa, é que ao longo do meu percurso nas
escolas secundaria aprendemos aspectos ligado a sexualidade, neste caso foi realizada na Escola
Secundária de Tete; Cidade de Tete onde verifica-se muitas raparigas de grávidas com idade
inferior a 18 anos. Portanto, por esta razão os autores deste trabalho acharam muito pertinente
fazer estudo do presente problema, de modo a procurar as causas, consequências das grávidas
indesejadas para as alunas daquela escola, e dai propor as possíveis medidas para a sua mitigação.

1.3.Delimitação do tema

O presente trabalho de pesquisa decorrerá na da Escola Secundária de Tete na Cidade de Tete, no


intervalo dos meses de Maio-Junho de 2022.

1.4.Problematização

O principal problema para a realização deste trabalho de pesquisa é de grávidas indesejadas ou


precoce que se verifica nas alunas da Escola Secundária de Tete-Cidade de Tete. Dizer que o
índice de grávidas indesejadas cada vez mais esta sendo preocupante para aquela comunidade
escolar tanto para a comunidade social. Segundo Cicco (2005), a gravidez precoce ou indesejada
é considerada um problema de saúde pública não só no em Moçambique, mas no mundo todo. De
acordo com Sowers Phills (Apud, MAGALHÃES et, al., 2006), quando uma adolescente
engravida, geralmente se vê uma nova e desafiante situação não planeada e até mesmo
indesejada. Na maioria das vezes, a gravidez na adolescência ocorre entre a primeira e a quinta
relação sexual. Quando a jovem tem menos de 16 anos, por sua imaturidade física, funcional e
emocional, crescem os riscos de complicações, como o aborto espontâneo, parto prematuro,
maior incidência de cesáreas, ruptura dos tecidos da vagina durante o parto, dificuldades na
amamentação e depressão.
2
Diante diante desta problemática acima, levanta – se a seguinte questão: Quais são os impactos
principais de gravidas indesejadas ou precoce para as raparigas da Escola Secundária de Tete-
Cidade de Tete?

1.5. Objectivos
1.4.1.Geral
 Conhecer os impactos de gravidas indesejadas para raparigas da Escola Secundária de
Tete

1.5.2.Específicos
 Procurar as causas que levam a ocorrência de grávidas indesejadas para as raparigas da
Escola Secundária de Tete;
 Identificar os impactos de gravidas indesejadas para raparigas da Escola Secundária de
Tete;
 Propor as possíveis medidas para minimizar os impactos de gravidas indesejadas para
raparigas da Escola Secundária de Tete;

1.6. Hipóteses

 Supõem – se que a principal causa de ocorrência de gravidas indesejadas é falta de


sensibilização sobre a saúde sexual para as raparigas na escola tanto na sociedade em
geral;
 Supõem – se que uma das principais consequências que as raparigas enfrenta quando
apanham gravidas indesejadas é a desistência escolar, falta do sustento do bebé nascido;
 Se a comunidade escolar promovesse as campanhas de sensibilização sobre a saúde
sexual na fase de adolescência, diminuiria as gravidas indesejadas na parte das raparigas.

3
CAPITULO II
2. Fundamentação Teórica
2.1.Gravidez precoce ou indesejadas

A gravidez precoce é aquela que ocorre em adolescentes, a partir da puberdade, começa o


processo de alterações físicas que fazem da rapariga uma mulher com capacidade para a
reprodução sexual. Não significa, porém, que a ela esteja preparada para ser mãe.

A adolescência é um período de vida que merece atenção, pois esta transição entre a infância e a
idade adulta pode resultar ou não em problemas futuros para o desenvolvimento de um
determinado indivíduo. No entanto, para entender como a adolescência pode favorecer o
aparecimento de problemas como a gravidez precoce, entre outros, é necessária uma breve
revisão sobre este período.

A palavra adolescência vem do latim adolescere que significa tornar-se homem/mulher ou crescer
na maturidade, sendo que somente a partir do final do século XIX foi vista como uma etapa
distinta do desenvolvimento (Almeida, 2003). Actualmente, a adolescência se caracteriza como
uma fase que ocorre entre a infância e a idade adulta, na qual há muitas transformações tanto
físicas como psicológicas, possibilitando o surgimento de comportamentos irreverentes e
desafiantes com os outros, o questionamento dos modelos e padrões infantis que são necessários
ao próprio crescimento (Almeida, 2003).

Para Goldenstein (1995) citado por Velasco (1998), a adolescência é uma palavra mágica,
complicada, pois pode significar tanto uma forma de crescimento como insatisfação e ansiedade.
Ao exercer sua sexualidade, a adolescente pode ser surpreendida com uma gravidez, e esse facto
tem levado a sociedade a reflectir sobre a percepção que a adolescente tem do risco de uma
gravidez, partindo da visão de que ela ainda está no processo de desenvolvimento corporal,
mental e emocional, que atinge todas as classes sociais.

Assim, a gravidez, na adolescência, tem sido considerada por alguns autores como um dos
maiores problemas da Saúde Pública, devido ao alto índice de gestações nesta faixa etária. De
acordo com Becker (1996) citado por Velasco (1998), a nível mundial, cerca de 16,94% dos
nascidos vivos e registados são filhos de mães entre 12 e 19 anos, o que segundo o autor, é um
número considerável de adolescentes grávidas em quase todas sociedades.
4
Em Moçambique verifica-se uma sexualidade muito alta com 75% de adolescentes sexualmente
activos, alta frequência de gravidez na adolescência dos 14 à 17 anos de idade, 37% das raparigas
experimentaram uma gravidez e 17% dos rapazes tem consciência de ter engravidado uma
rapariga, segundo o mesmo relatório há uma alta incidência de abortos de risco, 50% das
adolescentes grávidas aborta e 79% desses abortos foram provocados ou induzidos (MISAU,
2005).

2.2.Factores que influenciam o comportamento sexual na adolescência

De acordo com alguns autores, este comportamento durante a adolescência deve-se às


expectativas sociais e à modelação a partir da televisão, filmes e músicas que influenciam o
espectador desde a mais tenra idade (Frange, 2008).

A modelação é definida por Bandura como cita Frange (2008), como a aprendizagem vicária de
comportamentos, ou seja, através da observação de modelos, pode-se adquirir padrões de
respostas autonómicas, motoras e cognitivas, sendo que esses modelos podem ser reais ou
simbólicos, tais como personagens de filmes e livros.

Assim, pode-se entender melhor o que acontece no comportamento sexual do adolescente, parece
que algumas vezes comportam-se por imitação e não pela modelação, pois muitos
comportamentos que emitem, resultam em consequências mais punitivas que reforçadoras, a
exemplo a própria gravidez na adolescência (Frange, 2008).

Dessa maneira, talvez os processos de modelação também possam ser utilizados no controle da
gravidez na adolescência. Embora em alguns casos, a gravidez possa trazer consequências
reforçadoras, como o casamento precoce entre adolescentes, muitas vezes traz consequências
punitivas a curto e longo prazo, como o convívio com condições económicas precárias devido ao
despreparo social e psicológico dos adolescentes para exercerem a paternidade e o abandono aos
estudos (Takiutt, 1986).

Na visão de Guimarães (2004), não se pode descrever a adolescência como simples adaptação às
transformações corporais, mas como um importante período no ciclo existencial da pessoa, uma
tomada de posição social, familiar, sexual e entre o grupo. A puberdade, que marca o início da
vida reprodutiva da mulher, é caracterizada pelas mudanças fisiológicas, corporais e psicológicas

5
da adolescência. Uma gravidez na adolescência provocaria mudanças maiores ainda na
transformação que já vinha ocorrendo de forma natural.

A actividade sexual da adolescente é, geralmente, eventual, justificando para muitas a falta de uso
rotineiro de anticoncepcionais. A maioria delas não assume diante da família a sua sexualidade,
nem a posse dos anti-concepcionais, que denuncia uma vida sexual activa. Assim sendo, além da
falta ou má utilização de meios anti-concepcionais, a gravidez e o risco de engravidar na
adolescente podem estar associados à um funcionamento familiar inadequado, à baixa qualidade
de seu tempo livre (Guimarães, 2004).

Guimarães (2004), defende que com a gravidez, a mulher, encontra a maneira para definir-se e
identificar-se, através dela, é que se confirma a potencialidade da mulher permitindo a
continuidade da família e a criação de algo próprio. Dessa forma, pode-se dizer que a gravidez
representa um período importante e de muitos significados. Por essa razão, a gravidez na
adolescência causa preocupações à sociedade, pois as jovens muitas vezes encontram-se
despreparadas para enfrentar o mercado de trabalho, o que pode torná-las marginalizadas
agravando o quadro de pobreza do país.

No entender de Guimarães (2004), a gravidez é um período de vida da mulher, no qual ocorrem


profundas transformações endócrinas, somáticas e psicológicas que repercutem na sua vida, o que
de acordo com alguns autores, favorece o agravamento da crise comum a ambas as fases do seu
desenvolvimento, pois alegam que gravidez e adolescência são períodos críticos de vida.

Em Moçambique, onde a adolescência possui diferentes configurações, por exemplo, uma jovem
de classe baixa que engravida encontra maiores dificuldades devido as suas condições sócio -
económicas precárias e à falta de apoio, muitas vezes, da própria família e do parceiro (MISAU,
2005).

Nesse contexto, é interessante que as escolas, enfatizem a educação sexual para os jovens,
esclarecendo suas dúvidas e lhes oferecendo toda orientação a respeito do assunto. Geralmente, a
gravidez precoce ocorre sem que os pais adolescentes assumam a responsabilidade sobre a
decisão de ter ou não o bebé, um outro inconveniente da gravidez durante a adolescência, diz
respeito às funções fisiológicas, ou seja, as adolescentes representam um grupo de alto risco
obstétrico, pois apresentam um elevado nível de complicações quando comparadas às demais,

6
além de favorecer o nascimento de bebés prematuros ou quando a mãe possui idade inferior a 13
anos, tem duas vezes e meia a mais possibilidade de gerar um bebé com baixo peso (Frange,
2008).

Acredita-se, actualmente que os riscos da gravidez durante a adolescência seja mais determinado
por factores psicossociais relacionados ao ciclo da pobreza e educação existente, e
fundamentalmente, a falta de perspectivas na vida dessas jovens sem escola, saúde, cultura, lazer
e emprego; para elas, a gravidez pode representar a única maneira de modificarem seu status na
vida. Sabe-se que em sociedades pré-industrializadas, a actividade sexual e consequentemente a
gravidez são fenómenos seguidos. Mais uma vez pode-se notar o impacto do ambiente na
gravidez durante a adolescência e que esta depende de variáveis culturais, sociais e individuais
presentes em cada comunidade (MISAU, 2005).

2.3. Factores de Risco da Gravidez Precoce

2.3.1 Variáveis Culturais da Gravidez Precoce


Skinner (1990) citado por Frange (2008), argumenta que o comportamento de um organismo é
um produto de três tipos de variação e selecção, que são: a selecção natural, o condicionamento
operante e a cultura. As culturas, em geral, possuem as funções dos meios sociais, como oferecer
modelos, dizer e ensinar; através delas seus membros solucionam os próprios problemas. A
cultura é o próprio ambiente social que exerce controlo sobre o comportamento do grupo que a
pratica.

De acordo com Frange (2008), as adolescentes que engravidam percebem a família como pouco
unidas, com baixo nível de comunicação entre seus membros e normalmente, os pais não vivem
juntos, acarretando baixa renda familiar. Geralmente filhas de pais separados ou solteiros
possuem maior probabilidade para engravidarem durante a adolescência, atribuindo tal facto à
ausência do pai na família.

2.3.2 Variáveis Comportamentais da Gravidez Precoce


Devido a todas transformações psicológicas, fisiológicas e sociais que ocorrem durante a
adolescência, é muito comum que os adolescentes exibam alguns comportamentos de risco, tais
como: fumar, usar drogas e/ou álcool, manter relações sexuais sem nenhuma medida
contraceptiva (Frange, 2008). Assim, a gravidez na adolescência pode ser considerada uma
7
consequência da emissão de um comportamento de risco da adolescente, como manter relações
sexuais sem medidas contraceptivas, utilizá-las inadequadamente ou iniciar precocemente a
actividade sexual.

2.4. Mecanismos de Prevenção e Combate à gravidez Precoce

Um dos principais instrumentos a ser usado para minimizar os índices de gravidez precoce é a
Educação Sexual com adolescentes, esta deve ser feita de modo contínuo e permanente, para que
possam ser discutidas, além de informações, novas atitudes nas pessoas, frente a sexualidade
colectiva e a sexualidade individual, ela deve ter a característica de partir das dúvidas existentes
nas crianças e jovens dos temas mais urgentes, tendo em conta que cada adolescente tem suas
particularidades e interesses (Frange, 2008).

Como defende Esteves (2003), não se fala da educação sexual na perspectiva biológica que se
preocupa apenas em falar de gravidez, DST ? HIV, reprodução, heterossexual idade. Isso também
é importante, mas não é suficiente. Segundo esse autor, recomenda-se que é necessário levar os
adolescentes a pensarem nas responsabilidades da prática sexual, eles precisam discutir relações
de género, ou seja, como as ideias sobre o homem/masculino e a mulher/feminino são construídas
na sociedade e, em consequência, como se constitui as diferenças entre ambos.

A Educação Sexual nas escolas deveria começar na infância, Não se vai subestimar a capacidade
de compreensão das crianças, antes mesmo da puberdade. Já é possível conversar sobre
menstruação, gravidez, acto sexual, higiene corporal, relações de género, vida social, namoro,
expressão de afecto. As pesquisas revelam que as crianças de hoje sabem muito mais sobre
sexualidade do que a nossa geração e a geração de nossos pais sabiam há 30 anos atrás. Portanto
essa discussão precisa, necessariamente, perceber como cada mito e cada tabu foram inventados e
construídos nas sociedades. Para isso, torna-se indispensável o conhecimento histórico e político
da humanidade e das suas instituições sociais como a Igreja, o Estado, as Leis, a média e a Escola
(Esteves, 2003).

Frange (2008), refere que uma vez constatada a gravidez, se a família da adolescente for capaz de
a acolher com harmonia, respeito e colaboração, esta gravidez tem maior probabilidade de ser
levada a termo normalmente e sem grandes transtornos. O bem-estar afectivo da adolescente

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grávida é muito importante para si própria, para o desenvolvimento da gravidez e para a vida do
bebé.

A adolescente grávida, principalmente a solteira e não planeada, precisa encarar sua gravidez a
partir do valor da vida que nela habita, precisa sentir segurança e apoio necessário para seu
conforto afectivo, precisa dispor bastante de um diálogo esclarecedor e, finalmente, da presença
constante de amor e solidariedade que a ajude nos altos e baixos momentos emocionais, comuns
na gravidez, até o nascimento de seu bebé. Mesmo diante de casamentos ocorridos na
adolescência de forma planeada e com gravidez também planeada, por mais preparado que esteja
o casal, a adolescente não deixará de enfrentar a somatória das mudanças físicas e psíquicas
decorrentes da gravidez e da adolescência.

2.5. Implicações da Gravidez Precoce

Na visão de Almeida (2003), a gravidez na adolescência é portanto, um problema que deve ser
levado muito a sério. A adolescente grávida podem apresentar casos de ansiedade, depressão,
anemia, baixa auto-estima, tendências ao suicídio, isolamento, auto-descriminação. Um outro
conjunto de consequências da gravidez precoce segundo Frange (2008) é: alterações corporais,
complicações na gravidez e problemas de parto, percurso escolar e profissional comprometido,
variabilidade comportamental, e instabilidade emocional.

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CAPITULO III
3. Metodologia
Para o desenvolvimento de qualquer pesquisa científica, é necessária a definição dos
procedimentos metodológicos. Assim, o pesquisador deve citar e explicar os tipos de pesquisa
que o estudo trata, justificando cada item de classificação e a relação com o tema e objectivos da
pesquisa. Deve-se fazer uso de citações para enriquecer a argumentação. Toda e qualquer fonte
devem ser referenciada. (SILVA, 2008).

3.1.Métodos de abordagem

Utilizar-se-á abordagem metodológicas qualitativa, dando a obtenção das informações. É um


conceito ʺguarda-chuvaʺ, que envolve técnicas e procedimentos interpretativos. Faz o contacto
directo e interactivo do pesquisar com a situação e objecto de estudo. Codifica e traduz o sentido
e não a frequência de evento ou fenómenos do mundo social. (QUEIROZ, 2007. P 276-283).

3.2. Técnicas de recolhas de dados

3.2.1Observação
Segundo Diquissone citando DIAS (2007, p.39), “observação é uma técnica de recolha de dado e
os dados recolhidos devem ser analisado”. Esta técnica permitirá observar/estudar de forma
directa os fenómenos em estudo. Portanto esta técnica de recolha de dado vai me auxiliar na
observação directa do local que vai-se fazer o estudo, e para verificar os pontos de origem das
águas residuais, as consequências causadas por estas águas.

3.2.2Entrevista
Segundo Diquissone citando LAKATOS (1991 p.96) entrevista “é uma outra técnica de colecta
de dados através de diálogo face a face “entrevista desenvolve-se de maneira metódica e
proporciona do entrevistador, verbalmente a informação necessária”.

3.2.3Inquérito
Inquérito corresponde a uma forma de apreciação pública relativamente a projectos e planos
elaborados por iniciativa da administração no domínio do urbanismo, do ordenamento do
território ou do ambiente. Trata-se, então, de, em alternativa à reunião pública, auscultar a
10
população, proporcionando aos cidadãos interessados a possibilidade de, durante certo período de
tempo, apresentarem por escrito observações e sugestões sobre projectos previamente divulgados.
Estes contributos devem ser ponderados na decisão final relativa ao projecto em causa.

3.2.4População ou universo
Constituirá o universo da pesquisa, a comunidade da Escola Secundária de Tete

3.5 Modalidades da pesquisa

Para o desenvolvimento de qualquer pesquisa científica, é imprescindível a definição ados


procedimentos metodológicos. O artigo científico também deve apresentar os caminhos e formas
utilizadas no estudo. Assim, é importante citar as modalidades ou tipos da pesquisa e
características do trabalho. Conforme Gil (2006), as pesquisas podem ser classificadas quanto:

 À natureza da pesquisa;
 À abordagem do problema;
 À realização dos objetivos;
 Aos procedimentos técnicos.

3.6.1.Do ponto de vista da sua natureza


Pesquisa Básica: objectiva gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência, sem
aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais. (GIL, 2006).

3.6.2.Do ponto de vista da forma de abordagem do problema


Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito,
isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode
ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são
básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas.
O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados, e o pesquisador é o instrumento-chave.
(GIL, 2006). A pesquisa qualitativa utiliza várias técnicas de dados, como a observação
participante, história ou relato de vida, entrevista e outros. (COLLIS; HUSSEY, 2005).

3.6.3.Do ponto de vista de seus objetivos


Pesquisa Descritiva: visa a descrever as características de determinada população ou fenómeno
ou o estabelecimento de relações entre variáveis. A forma mais comum de apresentação é o
11
levantamento, em geral, realizado mediante questionário ou observação sistemática, que oferece
uma descrição da situação no momento da pesquisa. Metodologia indicada para orientar a forma
de coleta de dados quando se pretende descrever determinados acontecimentos. (GIL, 1996;
DENCKER, 2000)

3.6.4.Do ponto de vista dos procedimentos técnicos


Pesquisa Bibliográfica: utiliza material já publicado, constituído basicamente de livros, artigos
de periódicos e, atualmente, informações disponibilizadas na internet. Quase todos os estudos
fazem uso do levantamento bibliográfico, e algumas pesquisas são desenvolvidas exclusivamente
por fontes bibliográficas. Sua principal vantagem é possibilitar ao investigador a cobertura de
uma gama de acontecimentos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar
diretamente. (GIL, 2006). A técnica bibliográfica visa a encontrar as fontes primárias e
secundárias e os materiais científicos e tecnológicos necessários para a realização do trabalho
científico ou técnico-científico. (OLIVEIRA, 2002).

Pesquisa Documental: é elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico,
documentos de primeira mão, como documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas, contratos,
diários, filmes, fotografias, gravações, etc., ou, ainda, a partir de documentos de segunda mão
que, de alguma forma, já foram analisados, tais como: relatórios de pesquisa, relatórios de
empresas, tabelas estatísticas, etc. (GIL, 2006).

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4.Resultados Esperados
Após a implementação deste projecto de pesquisa, espera – se os seguintes resultados:

 Redução de gravidas precoce nas raparigas da Escola Secundária de Tete – Cidade de


Tete;
 Criação de grupos de sensibilização das informações acerca da sexualidade na fase
adolescente.

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4.Cronograma das actividades
Meses

Actividades M A M J J

Visita no local de trabalho


Levantamento bibliográfica

Trabalho de campo
Recolha de dados
Análise de dados
Compilação de relatório
Entrega da primeira versão

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5.Orçamento
Materiais Quantidade Valor Valor total
unitário
Folhas A4 Uma lesma 250Mt 50 Mt
Esferográfica Três 10 Mt 30 Mt
Impressão 16 Páginas 2.50Mt 40 Mt
Cadernos de sabentas 2 Cadernos 50 Mt 100
Encadernamento 1Trabalho 35 Mt 35 Mt
Computador 1 25.000 Mt 25.000 Mt
Flash 1 500 Mt 500 Mt
TOTAL 25755 Mt

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6.Referências Bibliográficas
ALMEIDA, J. M. R. Adolescência e maternidade. 2. ed. São Paulo: Ed. Lisboa. 2003

ESTEVES, J. R. Trajetórias de vida: repercussões da maternidade adolescente na biografia de


mulheres que vivem tal experiência, São Paulo: UFES. 2003

FRANGE, P. Gravidez precoce. A voz do vereador Paulo Frange. 2008. Disponível em:
htt//eliassantaylor85.blogspot.com/2012/11/gravidez-na-adolescencia-um-estudo.html

GUIMARÃES, E. M. B. Saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes - um desafio para os


profissionais de saúde no município Goiânia. Revista da UFG. 2004

MISAU. Relatório Nacional sobre pluralidade cultural e orientação sexual. Maputo. 2005

TAKIUTT, A. A Adolescente está ligeiramente grávida e agora gravidez na adolescência. São


Paulo: Coleção e Sociedade Precisa Saber. 1986

VELASCO, V. I. P. Estudo epidemiológico das gestantes adolescentes de Niterói. Rio de


Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública. 1998

QUEIROZ, DT; VAAL, J, Sousa, pesquisa qualitative, conceitos e aplicação, Rio de Janeiro,
2007

GIL, Antônio C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
Disponível em: http://www.posuniasselvi.com.br/website/upl/File/Apostila%20da
%20metodologia%20de%20pesquisa.pdf cessado no dia 17 de Maio de 2017

COLLIS, Jill; HUSSEY, Roger. Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de
graduação e pós-graduação. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

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