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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Tema do Trabalho:
PAPEL DE CADA PROCESSO COGNITIVO NA CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO (PERCEPÇÃO, ATENÇÃO E MEMÓRIA).

Docente: Nome e Código do Estudante:


Eduardo Alberto Timóteo Belinha Alberto Oza
708214727

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Psicologia Geral
Ano de Frequência: 1º Ano

MILANGE, MAIO DE 2022


Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos gerais Formatação paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência das
Referências
edição em citações citações/referências 4.0
Bibliográficas
e bibliografia bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 8

1.1. Objectivos .................................................................................................................... 8

1.1.1. Geral ..................................................................................................................... 8

1.1.2. Específicos ............................................................................................................ 8

1.2. Metodologia ................................................................................................................. 8

2. Papel de cada processo Cognitivo na construção do conhecimento ................................... 9

2.1. Construção do Conhecimento ...................................................................................... 9

2.2. Teorias do conhecimento ........................................................................................... 10

2.2.1. Behaviorismo ...................................................................................................... 10

2.2.2. Construtivismo ................................................................................................... 10

2.2.3. Gestaltismo ......................................................................................................... 11

2.3. Processos Cognitivos ................................................................................................. 11

2.4. Papel de cada processo Cognitivo na construção do conhecimento .......................... 12

2.4.1. Percepção ............................................................................................................ 12

2.4.2. Atenção ............................................................................................................... 13

2.4.3. Memória ............................................................................................................. 14

3. Conclusão .......................................................................................................................... 16

4. Referências Bibliográficas ................................................................................................ 17


1. Introdução
Funções mentais como sensação, percepção, atenção, memória, pensamento, linguagem,
motivação, aprendizagem, são caracterizadas na psicologia como Processos Cognitivos.
Cognição é a capacidade de processar informações e transformá-las em conhecimento, com
base em um conjunto de habilidades mentais e cerebrais como a percepção, a atenção, a
associação, a imaginação, o juízo, o raciocínio e a memória. De modo geral, podemos dizer
que a cognição humana é a interpretação que o cérebro faz de todas as informações captadas
pelos cinco sentidos, e a conversão dessa interpretação para a nossa forma interna de ser.

Neste sentido, explicar o papel de cada Processo Cognitivo na construção do conhecimento é o


principal objectivo deste trabalho. O processo cognitivo consiste em uma sequência de eventos
necessários para a formação de qualquer conteúdo do conhecimento através de actividade da
mente. As funções cognitivas têm um papel fundamental no processo cognitivo e trabalham
em conjunto para que possamos adquirir novos conhecimentos e criar interpretações.

Como forma de alavancar o tema em questão, o trabalho obedecera a seguinte estrutura: capa;
Folha de Feedback; Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor;
índice; introdução; objectivos; metodologia; análise e discussão (desenvolvimento);
considerações finais (conclusão); e referencias bibliográficas.

1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
Falar do papel de cada Processo Cognitivo na construção do conhecimento.

1.1.2. Específicos
Definir o conceito de Processo Cognitivo;
Identificar as características Processo Cognitivo;
Explicar o papel de cada Processo Cognitivo na construção do conhecimento.

1.2.Metodologia
Metodologia é o percurso percorrido para se alcançar um determinado fim. Para se alcançar os
objectivos traçados, o presente trabalho realizou-se, ou seja, desenvolveu-se com base nas
regras de produção e publicação de trabalhos científicos da Universidade Católica de
Moçambique. Os conteúdos foram desenvolvidos recorrendo-se a leitura de varias obras
literárias, artigos, referências bibliográficas e manuais que abordam assuntos relacionado com
o tema em questão. Como não basta-se, recorreu-se também ao uso da internet.
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2. Papel de cada processo Cognitivo na construção do conhecimento
2.1.Construção do Conhecimento
O conhecimento é a capacidade humana de entender, apreender e compreender as coisas, além
disso ele pode ser aplicado, criando e experimentando o novo. De acordo com Davidoff
(1987), a palavra conhecimento tem origem no latim, da palavra cognoscere, que significa
acto de conhecer. Conhecer, no latim, também advém do mesmo radical gno, presente na
língua latina e no grego antigo, da palavra gnose, que significa conhecimento, ou gnóstico,
que é aquele que conhece. Ainda segundo o autor acima citado, refere-se que:

Conhecer é o acto de apreender, de ser capaz de abstrair leis do entendimento e


entender algo. Conhecimento é o atributo de quem conhece, isto é, é aquilo que resulta
do ato de conhecer, entender. O conhecimento é possível apenas ao ser humano. Os
animais, por outro lado, desenvolvem mecanismos de aprendizagem por meio da
experiência prática e da repetição de experiências, porém o conhecimento complexo,
efectivo e racional somente é apreendido por nós (p. 69).

Segundo o autor, isso ocorre porque o conhecimento bem estruturado que desenvolvemos só
pode ser elaborado, organizado, codificado e decodificado pela linguagem e por nossos
mecanismos racionais (linguagem e raciocínio são elementos necessariamente interligados,
sendo impossível determinar qual tenha surgido primeiro no ser humano, visto que há uma
interdependência entre ambos). Alípio & Vale (2015) expressa que em relação as teorias do
conhecimento:

Podemos observar que as teorias de aprendizagem são inúmeras todas com uma única
finalidade, mas com ideias diferentes dependo da visão de cada filósofo, mas todos
eles têm o mesmo objectivo, de defender a educação. A aprendizagem se dá a partir de
maneiras diferentes de perceber como se processam as informações na mente humana.

A educação é algo que traz grandes influências na formação do sujeito no que se refere à
personalidade, valores e conhecimento. Sendo que estamos sempre aprendendo seja onde
estivermos, ainda mais se estivermos na escola, no entanto a aprendizagem é algo que vem
desde o nosso nascimento e dura a vida toda. São muitas as formas e métodos de ensino que
se baseiam em diferentes teorias de aprendizagem, cada uma dessas teorias com suas
particularidades (Davidoff, 1987).

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2.2.Teorias do conhecimento
2.2.1. Behaviorismo
De acordo com Chicote & Huó (2007), o Behaviorismo teve inicio em 1913, por uma
manifesto criado por John B. Watson. Onde ele defendia a idéia de que a psicologia, não
deveria estudar somente a mente, mas também os comportamentos, pois eles eram visíveis e
de fácil observação para o estudo das ciências. Sendo que Watson ficou conhecido como o pai
do Behaviorismo, Metodológico e Clássico. Ainda de acordo com o autor acima citado,
refere-se que:

O Behaviorismo se baseia na repetição como estímulos para que se tornem familiares


às coisas em que se querem aprender, fazendo assim com que o organismo encontre
um incentivo. Temos também a Associacionista/Behaviorista, essa teoria se baseia na
igualdade das tarefas, onde se gravam as repostas corretas e eliminam as erradas. Os
associacionistas têm como explicar que o comportamento complexo é a combinação
de uma série de condutas simples (p. 24).

Já a Associacionista/Aprendizagem para Chicote & Huó (2007), consiste na agregação de


laços associativos ou conexões que são os processos de ligação dos acontecimentos físicos. E
a Behaviorista/Aprendizagem, Segundo Chicote & Huó (2007), é a relação estimulo resposta,
demonstrada através do esquema de comportamento E-R onde E significa estímulo e R
resposta.

2.2.2. Construtivismo
Segundo Chicote & Huó (2007), o contrutivisvo surgiu no século XX, em pesquisas feitas por
Jean Piaget, que observava as pessoas desde seu nascimento, sendo que a partir daí ele
percebeu que o conhecimento é formado na mente da pessoa quando ainda se é um bebê.

No entanto a teoria da aprendizagem que parte do pressuposto de que todos nós construímos a
nossa própria concepção do mundo em que vivemos a partir da reflexão sobre as nossas
próprias experiências vemos que Segundo Chicote & Huó (2007), que se baseia na ideias de
Piaget, o ensino numa visão cognitivista que procura desenvolver a inteligência, deverá em
primeiro lugar priorizar as atividades do sujeito considerando-o inserido em uma situação
social. A aprendizagem consiste em assimilar o objeto e com isso o ensino deve assumir
várias formas. De acordo com o autor anteriormente citado:

A Teoria sócio-cultural de Vygostky Desenvolvimento cognitivo é limitado a um


determinado potencial para cada intervalo de idade, o indivíduo deve estar inserido em
um grupo social e aprende o que seu grupo produz; o conhecimento surge primeiro no
grupo, para só depois ser interiorizado. A aprendizagem ocorre no relacionamento do
aluno com o professor e com outros alunos (p. 24).
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A Epistemologia Genética de Piaget Ponto central: estrutura cognitiva do sujeito. As
estruturas cognitivas mudam através dos processos de adaptação: assimilação e acomodação.
A assimilação envolve a interpretação de eventos em termos de estruturas cognitivas
existentes, enquanto que a acomodação se refere à mudança da estrutura cognitiva para
compreender o meio. Níveis diferentes de desenvolvimento cognitivo. Chicote & Huó (2007)
afirma ainda que:

A teoria construtivista segundo Piaget passa por algumas etapas que vem desde
infantil ate a adolescência quando a capacidade plena de raciocínio é atingida, sendo
que a criança atinge seus conhecimentos através de suas descobertas quando entra em
contato com o mundo e com os objetos, então não adianta ensinar um aluno quando
ele ainda não tem condições de absorver essas informações, ou seja, o trabalho de
educar tem que favorecer a atividade mental do aluno, por isso que não é só
importante assimilar conceitos, mas questionar ideias (p. 30).

Já a teoria sócia construtivista para Vygotsky, o desenvolvimento é considerado como uma


consequência das aprendizagens com que o sujeito é confrontado. Sendo que para segundo
Davidoff (1987), o desenvolvimento sócio construtivista é centrada na origem social da
inteligência e no estudo dos processos sócio-cognitivos de seu desenvolvimento.

2.2.3. Gestaltismo
Iniciou - se no século XIX na Áustria e na Alemanha, sendo uma teoria da psicologia e tem o
cérebro como seu principal objeto de estudo. É uma palavra que não tem uma tradução exata,
mas o seu significado mais próximo é estrutura, sendo que eles partem das estruturas das
formas, sendo conjuntos organizados em totalidades considerando a percepção como um todo,
não a soma das partes, os elementos constitutivos de uma figura são agrupados
espontaneamente (Chicote & Huó, 2007).

O Gestaltismo é uma aprendizagem que enfatiza a percepção ao invés da resposta. A resposta


é considerada como o sinal de que a aprendizagem ocorreu e não como parte integral do
processo. Não enfatiza a sequencia estímulo-resposta, mas o contexto ou campo no qual o
estímulo ocorre e o insight (compreensão repentina de uma situação) tem origem, quando a
relação entre estímulo e o campo é percebida pelo aprendiz (Chicote & Huó, 2007).

2.3.Processos Cognitivos
Chicote & Huó (2007) expresa que, Processos Cognitivos são processos que tem como
característica mais saliente representar o sujeito, um objecto ou fenómeno, em geral, exterior
ao próprio sujeito. O seu conjunto constitui a vida cognitiva ou intelectual. Os processos

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cognitivos possibilitam o Homem realizar a actividade mental como a inteligência,
capacidades, habilidades. O seu mau funcionamento compromete a actividade mental. De
acordo como o autor acima citado, refere-se que:

A cognição passou a existir como um dos ramos de investigação da psicologia no


início dos anos 1960. Foi por volta da segunda metade do século XIX que ela deixou o
campo da filosofia e começou a existir por si só. Apesar de diversas áreas como a
neurologia e a antropologia terem estudado a cognição, foi a psicologia cognitiva que
conseguiu estabelecer uma ligação directa entre a cognição e o comportamento (p. 61).

Segundo Chicote & Huó (2007), o comportamento é uma combinação das capacidades
individuais de uma pessoa com uma série de reacções que ela tem relativamente às
interacções com o ambiente ao seu redor. A importância da cognição no estudo científico do
comportamento humano é ajudar, através da psicologia cognitiva, a compreender os processos
mentais que servem de base para a constituição do comportamento e do desenvolvimento
intelectual dos indivíduos.

Por consistir no processo que acontece quando uma pessoa está conhecendo algo, a
cognição também está directamente relacionada com a aprendizagem. A aprendizagem
é um processo cognitivo através do qual novas informações são adicionadas ao
conhecimento de um indivíduo, ou seja, um processo que resulta no conhecimento
sendo adquirido. Um dos principais pontos de ligação entre a cognição e a
aprendizagem é a motivação (p. 61).

Conforme o autor, isso se deve ao facto de que, quanto maior o estímulo cognitivo do
ambiente que cerca um indivíduo, mais enfatizada será a aprendizagem de um novo
comportamento. Além dos estímulos naturais recebidos pelo cérebro a partir do ambiente que
cerca um indivíduo, a cognição também pode ser desenvolvida e estimulada.

A este processo dá-se o nome de estimulação cognitiva. A estimulação cognitiva tem como
objectivo aprimorar funções cognitivas como memória, raciocínio, capacidade de resolver
problemas, etc. Essa estimulação pode ocorrer através de exercícios da resolução de
problemas, da prática de jogos e actividades, de charadas e até mesmo de exercícios físicos.

2.4. Papel de cada processo Cognitivo na construção do conhecimento


2.4.1. Percepção
Quando se fala de percepção, refere-se a capacidade de captar os estímulos do meio para
processamento da informação. Os órgãos dos sentidos são responsáveis pela captação das
informações, ou seja, o processamento cerebral depende da visão, olfacto, tato e etc. Ela é

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considerada uma característica subjectiva, diferentemente da sensação que é classificada
como sendo objectiva. De acordo com Chicote & Huó (2007):

Acto de organização de dados sensoriais pelo qual conhecemos a presença actual de


um objecto exterior: temos consciência da existência do objecto e suas qualidades.
Importância: A percepção no PEA está relacionada com a compreensão e
interpretação, análise intelectual do aprendido. A percepção ajuda a compreensão,
análise aprofundada do fenómeno e a chegar a conclusão sobre o mesmo (p. 61).

Segundo o autor acima citado, refere-se que a percepção está ligada a atenção. A atenção
constitui a fase inicial da percepção e a principal forma de organização da actividade
cognitiva. A atenção é indispensável à percepção, interpretação, compreensão, imaginação,
assimilação, recordação e reprodução. Durante a aula, a atenção ajuda a compreensão da
essência das tarefas, ajuda a sua resolução e verificação.

A percepção é o processo que serve para reconhecer, organizar e entender o que nos rodeia
mediante a informação que chega através dos sentidos, isto é, o processo através do qual
extraímos significação do meio envolvente, sendo os problemas perceptivos entendidos como
a incapacidade de identificar, discriminar, interpretar e organizar as sensações e distinguidos
dos defeitos sensoriais, como as deficiências auditiva e visual periféricas.

2.4.2. Atenção
De acordo com Oliveira (2010), a atenção é considerada como um factor crucial para a aprendizagem,
define-se como o mecanismo/processo psicológico implicado directamente na activação e
funcionamento dos processos e/ou operações de selecção, distribuição e manutenção da actividade
psicológica. Segundo o autor acima citado, refere-se que:

A atenção é o processo cognitivo básico para o processamento da informação,


assistindo uma função de exploração do ambiente, no sentido da manutenção da
focalização dos recursos perceptivos e cognitivos no estímulo, ou uma função de
selecção, podendo corresponder a um conjunto de processos que determinam a eleição
dos estímulos relevantes de entre vários recebidos. A atenção está intimamente ligada
com a percepção em todas as tarefas levadas a cabo pelas pessoas, pois dadas as
limitações da nossa capacidade de processamento, não somos capazes de perceber
tudo o que se passa à nossa volta, seleccionamos alguns estímulos disponíveis para os
processar e ignoramos outros. Encontra-se igualmente ligada intimamente com os
processos de memória (42).

Conforme o autor, a atenção corresponde a uma das funções básicas e essenciais da actividade
cognitiva, apresentando como características principais, determinada amplitude e intensidade. A
primeira diz respeito à quantidade de informação que o organismo pode assimilar em simultâneo e a
segunda à capacidade atencional manifestada no objecto ou tarefa. Este autor acrescenta, ainda, duas
características, a oscilação, relativa à capacidade de mudar e oscilar a atenção, direccionando-a de uma
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tarefa para outra sempre que necessário, e o controlo, quando a atenção é elaborada de um modo
eficiente em função das exigências do meio, exigindo esforça para que se possa manter.

2.4.3. Memória
De acordo com Alípio & Vale (2015), memória é a capacidade que permite a codificação, o
armazenamento e recuperação de dados. De forma resumida a memória pode ser dividida em
três processos:

Codificação: envolve o processo de entrada e registro inicial da informação e a


capacidade de mantê-la activa para o processo de armazenamento.
Armazenamento: envolve a manutenção da informação codificada pelo tempo
necessário para que possa ser recuperada e utilizada quando evocada.
Evocação ou reprodução: caracterizada pela recuperação da informação registrada e
armazenada, para que possa ser usada por outros processos cognitivos como
pensamento, linguagem.

A memória ainda pode ser classificada como memória de curto prazo, memória de longo
prazo, autobiográfica, episódica e sensorial. A perda ou dificuldade de armazenamento ou
recuperação de informações é conhecida como amnésia e deve ser tratada sendo comum em
casos de lesões e traumas de diferentes espécies. Segundo Chicote & Huó (2007), memoria é
definida como sendo:

A capacidade de lembrar o que foi de algum modo vivido. Ela corresponde as


seguintes operações ou processos: a aquisição, a fixação, a evocação, o
reconhecimento e a localização das informações resultantes de percepções e
aprendizagem. A memória facilita a organização, fixação e retenção do aprendido,
assim como a sua evocação., quando essa informação for necessária. Não haveria
evolução dos nossos conhecimentos se na medida que os adquiríssemos, os
perdêssemos. A memória conserva o passado e permite incorporá-lo na estrutura
cognitiva do sujeito (p. 61).

2.4.3.1.Processos da Memória
Aquisição: consiste no contacto com a informação.
Fixação: para a fixação exige além da adequada aquisição, a repetição. Evocação ou
reprodução: consiste na lembrança do material fixado. É a reaparição na consciência
de um fenómeno passado. As informações armazenadas tentam a ser evocadas junto
das informações falsas.

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Reconhecimento: identificação e uso de informações correctas, e as que vierem
unidas são rejeitadas. Consiste em referir ao passado as nossas lembranças,
enquadrando-as num contexto de factos da nossa experiência pessoal.
Localização: consiste em situar as recordações no trama da nossa história interior, em
dispô-las umas às outros, de forma a marcar-lhes o local próprio no tempo e no
espaço, para estabelecer a sua cronologia íntima e pessoal.

A fixação e a evocação serão tanto maiores quanto maior for o significado do material.
Diferentes partes da matéria devem ser relacionadas, matérias diferentes devem ser
articuladas. A memória é condição do progresso intelectual: não haveria evolução dos nossos
conhecimentos se à medida que os adquiríssemos, os perdêssemos.

A linguagem seria impossível sem a memória, porque para falar é necessário reter as palavras
e o seu sentido; Permite aperfeiçoar os nossos actos; A personalidade não existiria sem
memória, pois é ela que conserva o nosso passado e permite incorporar no eu o que se vai
leccionando, para organização da personalidade. Quando o aluno não armazena o material
aparece o esquecimento. O esquecimento é o fracasso do esforço evocativo ou
impossibilidade de reproduzir o passado (Chicote & Huó, 2007).

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3. Conclusão
O conhecimento é a capacidade humana de entender, apreender e compreender as coisas, além
disso ele pode ser aplicado, criando e experimentando o novo. Conhecer é o acto de
apreender, de ser capaz de abstrair leis do entendimento e entender algo. Conhecimento é o
atributo de quem conhece, isto é, é aquilo que resulta do ato de conhecer, entender. O
conhecimento é possível apenas ao ser humano. Os animais, por outro lado, desenvolvem
mecanismos de aprendizagem por meio da experiência prática e da repetição de experiências,
porém o conhecimento complexo, efectivo e racional somente é apreendido por nós.

Processos Cognitivos são processos que tem como característica mais saliente representar o
sujeito, um objecto ou fenómeno, em geral, exterior ao próprio sujeito. O seu conjunto
constitui a vida cognitiva ou intelectual. Os processos cognitivos possibilitam o Homem
realizar a actividade mental como a inteligência, capacidades, habilidades. O seu mau
funcionamento compromete a actividade mental.

O comportamento é uma combinação das capacidades individuais de uma pessoa com uma
série de reacções que ela tem relativamente às interacções com o ambiente ao seu redor. A
importância da cognição no estudo científico do comportamento humano é ajudar, através da
psicologia cognitiva, a compreender os processos mentais que servem de base para a
constituição do comportamento e do desenvolvimento intelectual dos indivíduos.

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4. Referências Bibliográficas
Alípio, Jaime da Costa; & Vale, Manuel Magiricão. (2015). Psicologia Geral. Universidade
Pedagógica: Ensino à Distância. Nampula – Moçambique.

Chicote, L. L.; Abacar, M. & Huó, S. S. (2007). Psicologia Geral – Módulos para Cursos de
Bacharelato Semi-Presencial. Autores e UP-Nampula, Depto. Ciências Pedagógicas.
Nampula, Universidade Pedagógica.

Davidoff, L. (1987). Introdução à Psicologia. São Paulo – Brasil, Editora, McGraw-Hill Lda.

Petrovsky, A. (1980). Psicologia Geral. Moscovo, Lisboa, Portugal, Editora, Progresso.

Rocha, A & Fidalgo, Z. (1998). Psicologia. Lisboa, Portugal, Editora, Texto Lda.

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