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Aula 03

Português p/ DEPEN (Com Videoaulas) -


Pós-Edital

Autores:
Felipe Luccas, Equipe Felipe
Luccas
Aula 03
29 de Maio de 2020

04164872896 - LILIAN SANDOVAL DA SILVA


Felipe Luccas, Equipe Felipe Luccas
Aula 03

AULA 03
VERBOS.

NOÇÕES INTRODUTÓRIAS ................................................................................................ 2


EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS ....................................................................... 2
MODO INDICATIVO .........................................................................................................
1542735 4
MODO SUBJUNTIVO ...................................................................................................... 16
MODO IMPERATIVO ...................................................................................................... 21
FORMAS NOMINAIS DO VERBO ..................................................................................... 23
TRANSITIVIDADE VERBAL............................................................................................... 27
VERBOS IMPESSOAIS ..................................................................................................... 28
VERBOS UNIPESSOAIS.................................................................................................... 29
VERBOS AUXILIARES ...................................................................................................... 31
VERBOS DE LIGAÇÃO ..................................................................................................... 33
VERBOS TRAIÇOEIROS, DISSIMULADOS E POLÊMICOS .................................................... 34
VERBOS DEFECTIVOS ..................................................................................................... 43
VERBO VICÁRIO ............................................................................................................. 44
VERBOS PRONOMINAIS ................................................................................................. 44
CORRELAÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS ............................................................................. 46
VOZES VERBAIS ............................................................................................................. 49
LOCUÇÃO VERBAL X TEMPO COMPOSTO ....................................................................... 55
RESUMO ....................................................................................................................... 76
LISTA DE QUESTÕES ....................................................................................................... 89
GABARITOS ................................................................................................................. 110

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Verbo
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Olá, pessoal! Vamos riscar mais um item desse edital?? 😜
Verbo é um assunto muito cheio de detalhes e cai demais em provas. Abordaremos esse assunto
de uma maneira mais prática, usando verbos conhecidos como referência. Esses verbos vão servir
de modelos para a conjugação daqueles que mais caem na prova, então você tem que dominar a
conjugação dos verbos modelo. Praticaremos muito! Não há muito pra onde fugir rs...
Eu proponho também outra forma de estudar a matéria, isto é, focar muito mais nos exemplos do
que tentar gravar as regras com todos aqueles nomes técnicos de tempos e modos verbais. Vou
economizar no gramatiquês sempre que possível e enriquecer a aula com mais exemplos, que
você deve ler e incorporar como uma possibilidade da língua. Isso vai te ajudar a reconhecer a
alternativa correta na hora da prova.
Quando eu trouxer a conjugação de um verbo, leia com atenção e grife aquelas terminações que
você não conhecia ou que soaram “estranhas”. Escreva-as no canto do material, para poder
revisar. Essas são as que podem te confundir.
Nos temas correlação e modo imperativo, é fundamental memorizar os exemplos, pois eles se
repetem muito e são mais palatáveis que a teoria que os justifica.
Aprenderemos também que, embora os tempos e modos verbais tenham seus sentidos mais
“clássicos”, muitas vezes, outros elementos do contexto podem dar a eles outras nuances
semânticas. A banca explora muito isso. Vamos começar, olho na vaga!!

EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS


Todo dia, usamos centenas de verbos para expressar nossos pensamentos, nós os conjugamos em
todos os tempos e modos, fazemos infinitas combinações, sem consultar dicionário nenhum. Isso
porque a lógica dos verbos está em nossa mente desde a infância. No concurso, não
aprenderemos a conjugar verbos guardando terminaçõezinhas infinitas, pois você não “monta”
verbos juntando pedacinhos na sua cabeça (como em: cant+á+sse+mos); todos sabemos conjugar
verbos, ao menos os que são mais correntes. O que veremos é uma terminologia técnica que é
cobrada em prova e as exceções a essa lógica linguística que dominamos. Vamos lá!
Verbos é a classe variável (varia em tempo, modo, número, pessoa) que expressa ação, estado,
fenômeno e processos em geral.
O tempo se refere a quando ocorre a ação (Estudo, Estudei, Estudarei), mas nem sempre o “tempo
verbal” corresponde a um tempo cronológico real idêntico. Por exemplo, em “vou sair” o verbo
está no presente, mas o tempo real da ação é futuro.
O modo indica a atitude da pessoa que fala em relação ao fato que enuncia. Há 3 modos verbais:
Indicativo (certeza), Subjuntivo (dúvida/hipótese) e Imperativo (ordem/sugestão). `
As categorias de número e pessoa indicam qual pessoa do discurso está relacionada ao verbo e
se está no singular ou no plural:

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Primeira pessoa: a pessoa que fala (eu, nós)


Segunda pessoa: a pessoa com quem se fala (tu, vós)
Terceira pessoa: a pessoa de quem se fala (ele (a)/eles (as))
Então, aquela velha história de “eu, tu, ele, nós, vós, eles” nada mais é do que a lista das pessoas
do discurso, representadas pelos pronomes retos. O verbo vai se flexionar para concordar com
cada uma dessas pessoas, formando aquelas lindas tabelinhas que todos amamos =)
A propósito, o fato de ser “pessoa do discurso” não significa que sejam seres humanos e estejam
“falando” de fato! Podemos dizer: “eles caíram e ficaram destruídos” e o “caíram” pode muito
bem referir-se a carros, homens, cachorros, gatos, charutos, figos, potes de danone ou qualquer
substantivo que esteja na terceira pessoa do plural, ok?
Agora vamos ao que interessa. Nosso enfoque será prático.
Para trabalharmos com verbos, temos que dominar um verbo de cada conjugação, que nos sirva
de modelo. Este modelo vai nos dar a estrutura geral de qualquer conjugação e se aplicará à
maioria dos verbos.
Depois estudaremos as exceções que as bancas mais gostam de cobrar, verbos que se parecem,
enganam, mas não seguem uma determinada conjugação, como verbos irregulares e anômalos.
Os verbos podem ser de 1ª conjugação (terminam em -ar), de 2ª (terminam em -er) e 3ª (terminam
em -ir). Assim mesmo, na ordem alfabética A, E, I...
Temos então que saber um verbo de cada conjugação e usá-lo como modelo.
Por finalidade mnemônica, nesta aula vamos usar como modelo os verbos beber (2ª conjugação),
cair (3ª conjugação) e levantar (1ª conjugação) =). Essas vogais (A, E, I ) são chamadas de vogal
temática e vão aparecer na maioria das formas do verbo (Ex: tapAr, tapAsse, tapAram; olhAr,
olhAsse, olhAram).
Então, se você souber conjugar um verbo de 1ª conjugação, poderá aplicar essa conjugação a
outros verbos da mesma conjugação, pois seguirão o mesmo padrão.
Então, tomemos como exemplo o verbo LEVANTAR, de 1ª conjugação. Vamos conjuga-lo em três
tempos: presente, pretérito perfeito e futuro, respectivamente.
EU levanto. TU levantas. ELE levanta. NÓS levantamos. VÓS levantais. ELES levantam.
EU levantei. TU levantaste. ELE levantou. NÓS levantamos. VÓS levantastes. ELES levantaram.
EU levantarei. TU levantarás. ELE levantará. NÓS levantaremos. VÓS levantareis. ELES levantarão.
Agora, observem que se eu tomar outro verbo de mesma conjugação, nos mesmos tempo e modo,
as terminações seguirão o mesmo padrão.
EU amo. TU amas. ELE ama. NÓS amamos. VÓS amais. ELES amam.
EU amei. TU amaste. ELE amou. NÓS amamos. VÓS amastes. ELES amaram.
EU amarei. TU amarás. ELE amará. NÓS amaremos. VÓS amareis. ELES amarão.
Veja que a diferença está somente no “radical” da palavra, ou seja, da parte da palavra que traz
seu sentido original: “am” e “levant”. O restante do verbo é uma combinação de outros
componentes, que trarão informações adicionais em relação a esse sentido principal que o radical
indica.
O verbo é formado de radical+vogal temática+desinências modo-temporais e número-pessoais

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(DMT) e (DNP). Essas “partes” do verbo vão denunciar seu sentido primário, tempo, modo,
número, pessoa, conjugação.
Por exemplo, em “Agora amamos chocolate” a desinência número-pessoal –mos revela que o
sujeito é a primeira pessoa do plural, nós, e que a ação de amar se passa no presente. A
desinência–va em “eu amava um beija-flor” revela que o verbo amar está no pretérito imperfeito,
que indica hábito no passado.
Não é necessário individualizar essas terminações nem entrar naquele mundo de tabelas com
desinências de cada tempo, pois não montamos o verbo na nossa cabeça de pedacinho em
pedacinho, mas sim comparando com outros verbos já familiares. Tentar gravar tabelas de
desinências seria tão produtivo quanto gravar uma regra de 5 linhas para saber que pretérito
perfeito de cantar é cantei. As desinências relevantes para a prova serão apontadas
oportunamente.

MODO INDICATIVO
Modo verbal que expressa certeza, fatos vistos como certos, consumados, concretos.

Presente do indicativo:
Levantar Beber Cair
Eu Levanto Bebo Caio
Tu Levantas Bebes Cais
Ele Levanta Bebe Cai
Nós Levantamos Bebemos Caímos
Vós Levantais Bebeis Caís
Eles Levantam Bebem Caem
Para reconhecer esse tempo, pense:
“hoje eu________”:
Ex. Hoje eu corro/Hoje ele está/hoje começa/hoje nasce...
Veja os sentidos que seu uso pode implicar.

✓ Fato pontual ou momentâneo no momento da fala:


Ex: Ele está ranzinza hoje.

✓ Hábito ou rotina no presente:


Ex: Eu corro e nado todo dia.

✓ Fato permanente, verdade atemporal, universal, vista como fato certo, indiscutível:
Ex: A água ferve a 100 graus.
Ex: O Brasil faz parte do Mercosul.
Esse caso é comum nos provérbios, fatos científicos, enunciados de lei. Pela ideia de permanência,
é chamado também de “presente permansivo”.

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✓ Futuro próximo:
Ex: A novela começa hoje à noite.
Ex: Arrume-se logo, o táxi chega às dez.
Este uso do verbo no presente é usado para indicar futuro visto como certo.

✓ Presente histórico/narrativo:
Ex: Em 1908, nasce o mito.
Ex: Machado de Assis publica Dom Casmurro em 1899.
Nesse caso, o presente tem referência a ações no passado, muito comum nas narrativas e
biografias. Serve para dar maior atualidade, dinamismo, verossimilhança ao evento narrado,
tornando-o mais próximo do leitor.

Pretérito Perfeito do indicativo:


Levantar Beber Cair
Eu Levantei Bebi Caí
Tu Levantaste Bebeste Caíste
Ele Levantou Bebeu Caiu
Nós Levantamos Bebemos Caímos
Vós Levantastes Bebestes Caístes
Eles Levantaram Beberam Caíram
Semântica: Na sua forma simples, indica um fato perfeitamente acabado no passado, isto é, ações
concluídas antes do momento da fala.
Pense “ontem eu______”. Ontem levantei/ele bebeu/eles caíram...
Veja os sentidos que seu uso pode implicar.

✓ Fato que teve início e fim num passado próximo ou distante.


Ex: Li duas aulas de constitucional hoje.
Ex: Li muitos livros na minha infância.

✓ Fato passado já concluído, mas cujos efeitos perduram até o presente


Ex: Aprendi inglês na infância.
Ex: Nunca entendi contabilidade.
O foco do pretérito perfeito é na conclusão da ação.

Pretérito Perfeito composto1 do indicativo:


Este tempo indica continuidade, ação que se inicia em algum momento do passado e se estende,
perdura, continua até o momento da fala, sua duração se estende até o presente. Sua forma é
(tenho+particípio):

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Ex: Tenho feito muitos exercícios de português.


Ex: João tem investido muito em fundos imobiliários.
Ex: Maria tem evitado o açúcar após o derrame.
Ex: Tenho levantado cedo todos os dias ultimamente.
Essa última locução poderia ser substituída por “venho levantando”, pois a locução formada de
“IR/VIR no presente do indicativo + gerúndio” sugere as mesmas relações do pretérito perfeito
composto: o gerúndio mantém essa ideia de ‘continuidade’ e ‘duração’ do processo, e o auxiliar
“venho”, no presente, preserva a ideia de que a ação perdura até o presente.
Obs1: Não se assuste, “tempo composto” é apenas um tempo formado por uma combinação de
verbos (locução verbal), ou seja, é “composto” porque tem mais de uma forma verbal: Verbo
ter/haver + Verbo no PARTICÍPIO. Particípio é a forma verbal que normalmente termina em -
ADO, -IDO (matar/matado; estudar/estudado; ferir/ferido; bater/batido). TER e HAVER serão
chamados de “verbos auxiliares” e o verbo que fica no particípio será chamado de “verbo
principal”. Vejamos alguns exemplos, sem nos preocupar ainda com “nomes”:
Ex: Às 19h, o jogo não haverá começado ainda.
Ex: Que eu tenha amado.
Ex: Se tivesse avisado, eu teria feito algum plano.
Nos tempos compostos, o tempo de conjugação do verbo auxiliar normalmente dá o nome do
tempo verbal composto. Por exemplo: eu terei feito. O auxiliar terei está no futuro do presente,
então este é o futuro do presente composto.
Porém, excepcionalmente, isso não acontece no pretérito perfeito composto, pois o verbo
auxiliar, apesar do nome, fica no presente.
Ex: Tenho estudado nos últimos meses. (auxiliar no presente!)
Ex: Tenho andado distraído... (auxiliar no presente!)

1. (CESPE / PGE-PE / Analista Judiciário de Procuradoria / 2019)


Raras vezes na história humana, o trabalho, a riqueza, o poder e o saber mudaram
simultaneamente.
A coerência e a correção gramatical do texto seriam preservadas se a forma verbal “mudaram”
fosse substituída por mudam.
Comentários:
Observem que a banca está apenas falando de correção (ausência de erro) e coerência (lógica,
ausência de contradição). Então, não há nenhum problema em usar o presente “mudam” no lugar
do pretérito perfeito “mudaram”, uma vez que seria lógico também usar o presente histórico:
“mudam” indicando tempo passado, recurso utilizado para aproximar do leitor o fato passado
narrado, para dar maior dinamicidade e verossimilhança ao texto. Questão correta.

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2. (CESPE / PF / ESCRIVÃO / 2018)


No fim do século XVIII e começo do XIX, a despeito de algumas grandes fogueiras, a melancólica
festa de punição de condenados foi-se extinguindo. Em algumas dezenas de anos, desapareceu o
corpo como alvo principal da repressão penal: o corpo supliciado, esquartejado, amputado,
marcado simbolicamente no rosto ou no ombro, exposto vivo ou morto, dado como espetáculo.
Ficou a suspeita de que tal rito que dava um “fecho” ao crime mantinha com ele afinidades
espúrias: igualando-o, ou mesmo ultrapassando-o em selvageria, acostumando os espectadores a
uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados, mostrando-lhes a frequência dos crimes,
fazendo o carrasco se parecer com criminoso, os juízes com assassinos, invertendo no último
momento os papéis, fazendo do supliciado um objeto de piedade e de admiração.
A punição vai-se tornando a parte mais velada do processo penal, provocando várias
consequências: deixa o campo da percepção quase diária e entra no da consciência abstrata; sua
eficácia é atribuída à sua fatalidade, não à sua intensidade visível; a certeza de ser punido é que
deve desviar o homem do crime, e não mais o abominável teatro
Embora tanto o primeiro quanto o segundo parágrafo do texto tratem de acontecimentos
passados, o emprego do presente no segundo parágrafo tem o efeito de aproximar os
acontecimentos mencionados ao tempo atual, o presente.
Comentários:
Exatamente. O texto é narrativo e histórico, então é comum a utilização do “presente com valor
de passado”, o chamado presente histórico. Esse recurso aproxima os fatos narrados do momento
da leitura, deixando a narrativa mais dinâmica e verossímil. Questão correta.
3. (CESPE / CAGE-RS / AUDITOR FISCAL / 2018)
Estas memórias ficariam injustificavelmente incompletas se nelas eu não narrasse, ainda que de
modo breve, as andanças em que me tenho largado pelo mundo na companhia de minha mulher
e de meus fantasmas particulares.
Assinale a opção que apresenta uma forma / locução verbal do texto 1A9AAA que denota uma
ação / um fato que ocorreu repetidamente no passado e que se prolonga até o momento da
narração do texto.
A) “tenho largado” B) “fui possuído” C) “tem” D) “haja fugido” E) “narrasse”
Comentários:
Não havia necessidade do texto inteiro. Sabemos já que “tenho largado” é locução do pretérito
perfeito composto, que indica justamente isto: ação habitual que começa no passado e perdura
até o presente momento, o momento da fala/narração. Gabarito letra A.
4. (CESPE / Delegado / TRE BA / 2017)
...Esta [a discussão democrática do orçamento] tem sido uma prática, sobretudo no nível do poder
local, que tem ajudado na construção de uma democracia participativa.
A correção gramatical, a coerência e o sentido do texto CG2A1AAA seriam mantidos caso a forma
verbal “tem ajudado” fosse substituída por
a) vem ajudando. b) ajudou. c) ajudaria. d) vinha ajudando. e) pode ajudar.
Comentários:
“Tem ajudado” é locução de pretérito perfeito composto, que indica uma ação que começou em

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determinado momento do passado e perdura no presente. Esta locução pode ser substituída por
“vem ajudando”, são equivalentes. Gabarito letra A.
5. (CESPE / TRF 1ª REGIÃO / 2017)
As recorrentes menções a esse tema (a economia informal) refletem as dificuldades que as
organizações, os indivíduos e o coletivo social vêm enfrentando para superar, com as regras legais
vigentes ou com os procedimentos-padrão, as mudanças estruturais econômicas, políticas e sociais
em andamento
A correção e a coerência do texto seriam mantidas caso a forma verbal “vêm enfrentando” fosse
substituída por têm enfrentado.
Comentários:
Novamente, temos a correspondência favorita do CESPE:
têm enfrentado=vêm enfrentando
Ambas indicam ação que ainda está em progresso no presente. Questão correta.

Pretérito Imperfeito do indicativo:


Levantar Beber Cair
Eu levantava bebia caía
Tu levantavas bebias caías
Ele levantava bebia caía
Nós levantávamos bebíamos caíamos
Vós levantáveis bebíeis caíeis
Eles levantavam bebiam caíam
Para conjugar esse verbo, pense: “antigamente eu_____”: Antigamente eu bebia/eles caíam/elas
levantavam...
As desinências de pretérito imperfeito do indicativo que você deve procurar são “VA A IA INHA”
(amava, comprava, era, pretendia, ia, fazia, vinha, tinha)
Veja os sentidos que seu uso pode implicar.

✓ Fatos repetidos, frequentes, habituais no passado:


Ex: Antigamente eu estudava todo dia e ainda malhava.
Ex: Quando eu era pequeno, eu achava a vida chata.

✓ Uma ação que estava ocorrendo (ação durativa ou contínua) quando outra (instantânea)
aconteceu.
Ex: Eu estava dormindo, quando o cachorro latiu.

✓ Ação planejada, esperada, que não se realizou.


Ex: Eu pretendia começar hoje o curso, porém foi tudo cancelado.
Ex: Quando eu ia avisar, já era tarde demais.

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6. (CESPE / TCE-PA / 2016)


Mas o tenente Souza pensava de modo contrário!
Apontava à lua com o dedo, deixava-se ficar deitado quando passava um enterro, não se benzia
ouvindo o canto da mortalha, dormia sem camisa, ria-se do trovão! Alardeava o ardente desejo de
encontrar um curupira, um lobisomem ou uma feiticeira. Ficava impassível vendo cair uma estrela,
e achava graça ao canto agoueiro do acauã, que tantas desgraças ocasiona. Enfim, ao encontrar
um agouro, sorria e passava tranquilamente sem tirar da boca o seu cachimbo de verdadeira
espuma do mar.
Julgue o item que se segue, referente aos aspectos linguísticos do texto.
No último parágrafo do texto, o emprego das formas verbais no pretérito imperfeito do indicativo
indica que as ações do tenente Souza eram habituais. Tais hábitos acabam por caracterizar o
personagem.
Comentários:
Exatamente. O pretérito imperfeito tem sentido de ações continuadas, habituais, frequentes,
durativas no passado. No texto em tela, o personagem foi caracterizado por meio desses hábitos
expressos pelo pretérito imperfeito do indicativo. Questão correta.

Pretérito mais-que-perfeito do indicativo:


Levantar Beber Cair
Eu levantara bebera caíra
Tu levantaras beberas caíras
Ele levantara bebera caíra
Nós levantáramos bebêramos caíramos
Vós levantáreis bebêreis caíreis
Eles levantaram beberam caíram

✓ Indica um evento perfeitamente acabado antes de outro no passado, ou seja, uma ação
passada antes de outra passada.
Ex: Quando cheguei ao ponto, o ônibus já passara.
Ex: Já passara das dez quando o taxi chegou.
Fique atento, sua desinência é –RA.
Esse tempo caiu em desuso na língua portuguesa. Hoje, sua principal função linguística é derrubar
o combalido candidato de concurso público. Interessa-nos saber aqui que existe o pretérito mais-
que-perfeito composto, que é semanticamente equivalente ao mais-que-perfeito simples.
O pretérito mais-que-perfeito composto é formado pela locução Tinha/Havia+Particípio
Ex: Quando cheguei ao ponto, o ônibus já havia passado.
Ex: Já tinha passado das dez quando o taxi chegou.
Repito, é possível a substituição do simples pelo composto sem alteração semântica ou prejuízo à
coesão, à coerência ou à correção gramatical. As frases acima são reescrituras semanticamente

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equivalentes.
7. (CESPE / SEFAZ-RS / AUDITOR FISCAL / 2019)
Os sentidos originais e a correção gramatical do texto 1A11-I seriam preservados se a forma verbal
“invertera” fosse substituída por
A) inverteria. B) teria invertido. C) invertesse. D) havia invertido. E) houve de inverter.
Comentários:
InverteRA é forma do pretérito mais-que-perfeito simples; sabemos que é possível substituir essa
forma simples pela sua forma composta: tinha ou havia invertido. Gabarito letra D.
8. (CESPE / TCM-BA / AUDITOR / 2018)
É a época em que a burguesia, que assumira o poder havia pouco tempo, executava uma espécie
de junção entre a moral e a natureza
Julgue o item a seguir.
Com o emprego da forma verbal “assumira”, exprime-se a anterioridade de uma ação em relação
a outra.
Comentários:
Veja a terminação em -RA, indicativa do pretérito mais-que-perfeito simples, convertendo para a
forma composta, teremos:
A burguesia TINHA/HAVIA ASSUMIDO o poder havia pouco tempo e executava uma espécie de
junção entre a moral e a natureza.
O evento de “assumir o poder” é anterior à ação de “executar a junção”, então temos a
anterioridade de uma ação em relação a outra. Questão correta.
9. (CESPE / Polícia Científica / 2016)
Seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical caso a forma verbal “entrara” fosse
substituída por
a) entrava. b) haveria entrado. c) tinha entrado. d) há de entrar. e) entraria.
Comentários:
A forma “entrara” está no pretérito mais-que-perfeito simples e equivale a “tinha entrado”, no
mais-que-perfeito composto. Gabarito letra C.

Futuro do presente do indicativo:


Levantar Beber Cair
Eu levantarei beberei cairei
Tu levantarás beberás cairás
Ele levantará beberá cairá
Nós levantaremos beberemos cairemos
Vós levantareis bebereis caireis
Eles levantarão beberão cairão

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Para conjugar o futuro do presente, pense: “amanhã eu______”: amanhã eu farei/ele levantará/eles
cairão...

✓ Indica fato futuro em relação ao momento da fala.


Ex: Passarei no concurso dos meus sonhos.

✓ Indica também um futuro considerado certo por quem fala:


Ex: O táxi chegará às 23h.
Ex: Eu não me casarei na igreja.

✓ Pode também indicar incerteza ou dúvida (geralmente em perguntas).


Ex: Será que a prova virá fácil?
Ex: Não estaremos sendo muito rígidos com nossos cônjuges?
Ressalto que, atualmente, praticamente não se usa o futuro do presente simples na linguagem
falada. O falante normalmente substitui esse tempo por uma expressão verbal formada por
Presente do verbo IR+Verbo no Infinitivo: “eu vou fazer” no lugar de “eu farei”.
O futuro também é usado com valor de imperativo, em frases categóricas como:
Ex: Não matarás. Honrará pai e mãe.
Ex: A pena não passará da pessoa do condenado.
Na forma composta, o futuro do presente indica que um fato é concluído antes de outro no futuro:
Ex: Quando você chegar, já terei jantado.
Em interrogativas, pode indicar também a dúvida/possibilidade sobre um fato passado:
Ex: Não terá sido em vão nosso esforço?
Ex: Terão chegado a tempo na escola?

Futuro do pretérito do indicativo:


Grave que esse tempo traz terminação –RIA. Para reconhecer esse tempo verbal, uma dia é
pensar: “se eu pudesse, eu_____”. Nessa lacuna você vai inserir verbos como levantaria, beberia,
cairia, viajaria...
Levantar Beber Cair
Eu levantaria beberia cairia
Tu levantarias beberias cairias
Ele levantaria beberia cairia
Nós levantaríamos beberíamos cairíamos
Vós levantaríeis beberíeis cairíeis
Eles levantariam beberiam cairiam
Como sugere o nome, indica fato futuro em relação a outro fato, no passado. O marco temporal
é o pretérito e após esse marco pretérito ocorre uma ação.
Em outras palavras, designa ações posteriores à época de que se fala.

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Ex: Eu disse que você conseguiria. (primeiro eu disse, depois você conseguiu)

✓ Assim como o futuro do presente, pode expressar incerteza sobre fatos passados:
Ex: Quem seria capaz de acertar essa questão?
Ex: Ela teria, segundo estimativas, 4 milhões de libras.

✓ Em contextos condicionais, indica fatos que não se ocorreram e provavelmente não


ocorrerão:
Ex: Se eu soubesse, teria contado a todos.
Ex: Eu continuaria trabalhando, mesmo se ganhasse na loteria.
Em outras palavras, expressa fato futuro duvidoso, dependente de uma condição.
Nesse ponto, percebemos que há estreita correlação entre futuro do pretérito (-IA) e pretérito
imperfeito do subjuntivo (-SSE). Então é muito comum em prova essa condicional correlacionando
esses dois tempos. (Se eu pudeSSE, viajaRIA)

✓ Pode ser usado para expressar polidez em pedidos e conselhos.


Ex: Seria bom você estudar mais português.
Ex: Quem gostaria de uma sobremesa?
O futuro do pretérito composto (Base: teria/haveria+particípio), funciona de forma muito
semelhante. Observe:
Ex: Se tivéssemos morado juntos, teríamos sido felizes? (fato que teria ocorrido no passado, se
concretizada uma condição)
Ex: Imaginei que o ladrão teria escapado pela janela. (possibilidade ou incerteza sobre um fato
passado).
Nesse ponto, funciona de forma análoga ao futuro do presente composto
Em interrogativas, pode indicar também a dúvida/possibilidade sobre um fato passado:
Ex: Não terá/teria sido em vão nosso esforço?
Ex: Terão/teriam chegado a tempo na escola?

Vejamos agora um quadro esquemático com as divisões vistas até aqui. Vale a pena você
acrescentar anotações, para que funcione como um resumo!

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Fato certo, real,


Indicativo
verdadeiro

Modos Fato irreal,


Subjuntivo provável,
duvidoso
Ordem,
Imperativo sugestão,
conselho

Indicativo,
Modo Subjuntivo,
Imperativo

Presente,
Tempo Pretérito,
Futuro
Flexão Verbal

Número Singular, Plural

Primeira,
Pessoa Segunda,
Terceira

Presente Indivisível Ex: Eu amo

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Simples Amei

Perfeito

Composto Tenho Amado

Pretérito Imperfeito Amava

Simples Amara

Mais-que-perfeito

Composto Tinha amado

Simples Amarei

do Presente

Composto Terei amado

Futuro

Simples Amaria

do pretérito

Composto Teria amado

10. (CESPE / SEFAZ-RS / AUDITOR FISCAL / 2019)


A tributação, portanto, somente pode ser compreendida a partir da necessidade dos indivíduos
de estabelecer convívio social organizado e de gerir a coisa pública mediante a concessão de
poder a um soberano. Em decorrência disso, a condição necessária (mas não suficiente) para que
o poder de tributar seja legítimo é que ele emane do Estado, pois qualquer imposição tributária
privada seria comparável a usurpação ou roubo.
No trecho “seria comparável a usurpação ou roubo”, a forma verbal “seria” expressa dúvida

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quanto à possibilidade de concretização da referida comparação.


Comentários:
Não há dúvida, o futuro do pretérito foi utilizado pela natureza condicional das ideias do período.
Na hipótese de não emanar do Estado o poder de tributar, qualquer imposição tributária privada
seria comparável a usurpação ou roubo. Questão incorreta.
11. (CESPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
O Juca era da categoria das chamadas pessoas sensíveis, dessas a que tudo lhes toca e tange. Se
a gente lhe perguntasse: “Como vais, Juca?”, ao que qualquer pessoa normal responderia “Bem,
obrigado!” — com o Juca a coisa não era assim tão simples.
Na linha 3, caso a forma verbal “era” fosse substituída por seria, a respectiva afirmação sobre o
comportamento de Juca seria mais categórica que a que se verifica no texto.
Comentários:
Pelo contrário. Embora seja tempo do indicativo, o futuro do pretérito indica incerteza,
possibilidade, por isso seu uso constante em estruturas condicionais ou hipotéticas:
Ex: Seu estudasse, passaria na prova.
Ex: O candidato estaria envolvido em um esquema de propina.
Portanto, de forma alguma deixaria a alternativa mais categórica, mas afirmativa e certa.
Questão incorreta.
12. (CESPE / CGM - JOÃO PESSOA / 2018)
Nesse futuro não tão remoto, teremos conquistado a utopia de uma verdadeira justiça social.
A substituição de “teremos conquistado” por conquistaremos manteria os sentidos originais do
texto.
Comentários:
“Teremos conquistado” é forma de futuro do presente composto e indica que ação estará
concluída no momento futuro sugerido.
Trazendo para um exemplo mais simples, compare:
Às 21h, jantarei (começarei a comer).
Às 21h, terei jantado (já terei terminado de comer).
Então, “teremos conquistados” indica que a ação de conquistar já estará completa, perfeitamente
concluída. “Conquistaremos” não tem esse sentido, apenas indica a ação como algo que ocorrerá
no futuro, sem esse valor de ação “já concluída” naquele momento. Questão incorreta.
13. (CESPE / TRE TO / 2017)
Sem a invenção dos caracteres móveis de imprensa, no século XV, seria impossível haver jornais
A forma verbal “seria” exprime uma ideia de hipótese dependente de uma condição.
Comentários:
Sim. O futuro do pretérito, embora seja um tempo do modo indicativo, expressa fato incerto,
duvidoso, hipotético ou dependente de condição. É o que ocorre aqui, observem que temos aqui

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uma condicional no pretérito, na clássica correlação (Se pudesse, faria):


Se não fossem inventados os caracteres móveis da imprensa (condição), seria impossível haver
jornais (efeito hipotético dependente da condição). Questão correta.

MODO SUBJUNTIVO
Expressa possibilidade, hipótese, fato incerto, duvidoso ou irreal.
As conjunções subordinativas, como regra, levam o verbo para o subjuntivo: ainda que eu estude;
se eu pudesse; embora fosse; quando você vir; espero que passe na prova;
Esse também é o tempo clássico das orações subordinadas adjetivas: quero um emprego que me
faça bem.

Presente do subjuntivo:
Suas terminações são A/E. Para reconhecer esse tempo, pense: “Maria quer que eu______”, aí
você terá um verbo no presente do subjuntivo: que eu faça, que eu fale, que eu caia, que eu suba,
que eu beba... Veja:
Levantar Beber Cair
Eu que eu levante que eu beba que eu caia
Tu que tu levantes que tu bebas que tu caias
Ele que ele levante que ele beba que ele caia
Nós que nós levantemos que nós bebamos que nós caiamos
Vós que vós levanteis que vós bebais que vós caiais
Eles que eles levantem que eles bebam que eles caiam

✓ Indica possibilidade no presente ou no futuro:


Ex: Pena que a vida não seja assim tão colorida.
Ex: Temo que a prova venha difícil.
Ex: Não quero que você fume mais.

Como mencionei antes, a conjunção subordinativa geralmente leva o verbo para o subjuntivo.
Porém, observe a mudança de sentido que ocorre se trocarmos um tempo indicativo por um
subjuntivo.
Ex: Alunos que estudam passam mais rápido. (indicativo>certeza)
Ex: Alunos que estudem passam mais rápido. (subjuntivo>dúvida)

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Na primeira, o aluno estuda. Na segunda, talvez venha a estudar.


Ex: Há quem comete maldade e não sabe dizer a verdade. (indicativo>certeza)
Ex: Há quem cometa maldade e não saiba dizer a verdade. (subjuntivo>dúvida)
Na primeira, alguém comete. Na segunda, talvez venha a cometer.

14. (CESPE / SEDUC-AL / CONHECIMENTOS BÁSICOS / 2018)


Os professores fazem cursos, acumulam certificados, sem que isso corresponda a mudança ou
responda aos desafios que encaram na sala de aula.
Sem prejuízo das informações veiculadas no texto, a forma verbal “responda” poderia ser
substituída por atenda.
Comentários:
Responda e Atenda são verbos conjugados no presente do subjuntivo, como ambos possuem a
mesma regência (pedem preposição A) e foram conjugados no mesmo tempo, a troca mantém a
correção e o sentido. Questão correta.
15. (CESPE / TCE / 2015) Adaptada
Embora a fiscalização de contas conste dos registros mais antigos...
O emprego do modo subjuntivo na forma verbal “conste" depende sintaticamente da presença
da conjunção “Embora".
Comentários:
O subjuntivo é modo que expressa dúvida e incerteza. Mas nem sempre que houver um verbo no
subjuntivo poderemos afirmar que ele está ali para expressar essa ideia. Muitas vezes ele é
exigência de uma conjunção subordinativa.
Ex: Ainda que doesse, tomou a injeção (A injeção foi tomada, não há dúvida; o modo subjuntivo
está sendo usado por demanda da conjunção subordinativa “ainda que”).
O mesmo ocorre na questão, a fiscalização de contas de fato constava dos registros antigos; o
modo subjuntivo depende sintaticamente da presença da conjunção embora. Questão correta.
16. (CESPE / TJ-DF / 2015) Adaptada
Nesse sentido, a política de universalização do acesso à justiça deve contemplar dois eixos de
atuação: o de proteção dos direitos violados (inclusive quando o órgão violador é o próprio
Estado) e o de prevenção da violência, por meio do envolvimento da sociedade na formulação de
uma política que assegure direitos e promova a paz.
No que se refere aos aspectos linguísticos do texto, julgue o próximo item.
O uso do modo subjuntivo em “que assegure direitos e promova a paz" indica que a ideia
expressa nessas orações é uma possibilidade.
Comentários:
Os dois eixos em questão ainda não foram aplicados. Seus efeitos estão, pois, no campo ainda
da possibilidade e da incerteza. Esse sentido é tipicamente expresso pelo modo subjuntivo,
no caso da questão, no presente. Questão correta.

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17. (CESPE / MPU / 2015) Adaptada


Em outras palavras, o inquérito policial é um procedimento policial que tem por finalidade
construir um lastro probatório mínimo, ensejando justa causa para que o titular da ação
penal possa formar seu convencimento, a opinio delicti, e, assim, instaurar a ação penal cabível.
Julgue o item que se segue, a respeito das estruturas linguísticas do texto.
A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas, caso as formas verbais “possa
formar” e “instaurar” fossem substituídas, respectivamente, por forme e instaure.
Comentários:
Nas locuções verbais, somente o verbo auxiliar se flexiona. Na questão, “possa” está no presente
do subjuntivo e forma um paralelismo, pois está implícito antes de “informar”: possa formar e
(possa) instaurar... Desse modo, não fere a coerência e a correção a substituição pelo verbo
principal sozinho, no mesmo tempo e modo do verbo auxiliar da locução. O subjuntivo na locução
também se deve pela presença da conjunção “que”. Assim, temos: “Para que possa
formar/instaurar” equivale a “que forme/instaure.” Apenas a locução desapareceu.
Questão correta.

Pretérito imperfeito do subjuntivo:


Levantar Beber Cair
Eu se eu levantasse se eu bebesse se eu caísse
Tu se tu levantasses se tu bebesses se tu caísses
Ele se ele levantasse se ele bebesse se ele caísse
Nós se nós levantássemos se nós bebêssemos se nós caíssemos
Vós se vós levantásseis se vós bebêsseis se vós caísseis
Eles se eles levantassem se eles bebessem se eles caíssem

✓ Denota ação posterior a outro fato na oração principal:


Ex: Duvidei que minha vó bebesse tanta tequila.
Ex: Pedia que eles se levantassem.

✓ Denota, hipóteses, conjectura, condição ou desejo:


Ex: Se eu estudasse todo dia, passaria em qualquer prova.
Ex: Seria melhor que falassem logo.
Ex: Temia que fosse um golpe.
OBS: O pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo, tempo composto formado por
TIVESSE.../HOUVESSE...+PARTICÍPIO, pode indicar uma “ação irreal no passado”, um fato que
não se realizou e muito provavelmente não se realizará:
Ex: Se a sorte nos tivesse favorecido, não faltaria dinheiro hoje.
Ex: Se eu tivesse aplicado tudo, teria obtido sucesso.
O pretérito perfeito do subjuntivo é um tempo eminentemente composto, com auxiliar ‘ter ou
haver’ no presente do subjuntivo, e expressa:

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Fato passado:
Ex: Espero que você tenha entendido a explicação.
Fato futuro já concluído, antes de outro também no futuro.
Ex: Suponho que João já tenha saído quando chegarmos.
Observe que o modo subjuntivo como um todo é usado em orações subordinadas ou orações que de modo
geral expressam hipóteses/desejos.

Futuro do subjuntivo:
Para ajudar a conjugação, pense: “quando eu______”...
Levantar Beber Cair
Eu quando eu levantar quando eu beber quando eu cair
Tu quando tu levantares quando tu beberes quando tu caíres
Ele quando ele levantar quando ele beber quando ele cair
Nós quando nós levantarmos quando nós bebermos quando nós cairmos
Vós quando vós levantardes quando vós beberdes quando vós cairdes
Eles quando eles levantarem quando eles beberem Quando eles caírem

✓ Denota ação eventual ou hipotética no futuro:


Ex: Quando você me pagar, eu entregarei o produto.
Ex: “Se eu quiser falar com Deus, tenho que ficar a sós”
Ex: Direi adeus àqueles que me traírem.
Também pode ocorrer em forma composta, caso em que o ‘particípio” da locução vai sugerir uma
ideia completude da ação vista como hipotética:
Ex: Quando tudo estiver acabado,

Futuro do Subjuntivo X Infinitivo


Cuidado para não confundir o futuro do subjuntivo com o infinitivo, pois, em muitos verbos, a
terminação é idêntica. Veja:
Ex: Quando eu entregar o trabalho, ficarei tranquilo. (futuro do subjuntivo)
Ex: Para entregar o trabalho, faço horas extras. (infinitivo)
Para distinguir um do outro, deve-se observar o contexto. Ressalto que o futuro do subjuntivo tem
ideia de possibilidade/hipótese futura e geralmente vem apoiado numa conjunção “quando/se”.
O infinitivo geralmente vem após uma preposição.
Porém, o macete para fazer essa diferenciação imediatamente é trocar por um verbo que tenha
infinitivo diferente do futuro do subjuntivo. Troque pelo verbo fazer:
Ex: Quando eu entregar (fizer) o trabalho, ficarei tranquilo. (futuro do subjuntivo)
Ex: Para entregar (fazer) o trabalho, faço horas extras. (infinitivo)

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Propor (Infinitivo) x Propuser (futuro do subjuntivo)


Entreter (Infinitivo) x Entretiver (futuro do subjuntivo)

Ver (Infinitivo) x Vir (futuro do subjuntivo)

Vir (Infinitivo) x Vier (futuro do subjuntivo)


Essa diferença vale para os verbos derivados de por, ter, ver e vir!!

18. (CESPE / SEDF / 2017)


O transporte é público, o corpo da mulher não.
Asssédio sexual no ônibus é crime.
Se você for ou vir alguém sendo assediado, ligue 190 e denuncie.
No terceiro período, “for” e “vir” são formas flexionadas no modo subjuntivo dos verbos de
movimento ir e vir, empregadas em um jogo de palavras que aproxima o campo semântico do
movimento com o campo semântico do transporte.
Comentários:
Na verdade, “for” e “vir” são formas flexionadas no modo subjuntivo dos verbos de movimento
ser e vEr. O modo subjuntivo do verbo “vir” seria “vier”. Questão incorreta.

Vamos relembrar a matéria com alguns quadros esquemáticos sobre o modo subjuntivo:

Presente Indivisível Ex: amE/façA

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Perfeito Que eu tenha amado

Pretérito Imperfeito Que eu amasse

Mais-que-perfeito Que eu tivesse amado

Simples Quando eu amar

Futuro

Composto Quando eu Tiver amado

MODO IMPERATIVO
Expressa ordem, conselho, pedido, convite, súplica. Divide-se em afirmativo e negativo.
O imperativo afirmativo deriva quase inteiramente do presente do subjuntivo (que eu beba, que
eu caia, que eu levante), exceto nas pessoas “tu” e “vós”, que derivam do presente do indicativo
(tu bebes, vós bebeis). Advinha o que cai mais na prova! A exceção! Naturalmente as exceções,
que estão marcadas.
Resumindo: Com “tu” e “vós”, teremos a mesma conjugação do presente do indicativo, só que
sem o “S”: Tu bebes e Vós bebeis vai virar no imperativo bebe tu e bebei vós.
Afirmativo Levantar Beber Cair
Tu levanta tu bebe tu cai tu
Ele (você) levante ele beba ele caia ele
Nós levantemos nós bebamos nós caiamos nós
Vós levantai vós bebei vós caí vós
Eles levantem eles bebam eles caiam eles
Ressalto que não há imperativo na primeira pessoa, pois não é possível dar uma ordem a sim
mesmo =).
Abaixo segue o imperativo negativo, que segue o padrão do presente do subjuntivo normalmente,
sem aquelas exceções do “tu” e “vós” explicadas acima. Você conjuga o subjuntivo, depois insere

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o “não”. Simples!
Negativo Levantar Beber Cair
Tu não levantes tu não bebas tu não caias tu
Ele (você) não levante ele não beba ele não caia ele
Nós não levantemos nós não bebamos nós não caiamos nós
Vós não levanteis vós não bebais vós não caiais vós
Eles não levantem eles não bebam eles não caiam eles
Importante é saber que não podemos misturar as pessoas, tu e você, pois a gramática exige
uniformidade de tratamento.
Cuidado com verbos terminados em –ZER/-ZIR, pois geram um imperativo “meio estranho” aos
ouvidos, mas correto: Faze tu ou Faz tu; Conduze ou conduz tu. O verbo ser tem as seguintes
formas de imperativo: Sê tu/Sede vós.
19. (CESPE / PM-AL / 2017)

Susanita emprega verbos no imperativo em todas as falas dirigidas a Mafalda, pois, a todo
momento, dá ordens a ela.
Comentários:
Há alguns verbos no imperativo e de fato indicam ordens: “Use” e “Use”. Porém, nem todos estão
no modo imperativo: “Entende”, “são” e “querem”, por exemplo, estão no presente do modo
indicativo. Questão incorreta.
20. (CESPE / MI / ATA / 2009) Adaptada
A forma verbal “Escutai” está flexionada no modo subjuntivo e indica a incerteza do falante a
respeito do que está dizendo.
Comentários:
“Escutai” é forma imperativa do verbo escutar, derivada do presente do indicativo Vós
escutais, suprimindo o “s”: Escutai vós. O imperativo expressa ordem, conselho, apelo. O
subjuntivo, por sua vez, expressa dúvida, incerteza, hipótese. Questão incorreta.

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Afirmativo Estude você!


(Tu e Vós vêm do Fala tu!
indicativo, sem o S) Falai vós!
Imperativo
Negativo (Deriva Não desanime!
todo do Pres.
Subjuntivo) Não fales assim.

FORMAS NOMINAIS DO VERBO


As formas nominais do verbo são Gerúndio, Particípio e Infinitivo. São chamadas assim, pois
podem funcionar como nomes (substantivos, adjetivos, advérbios). Geralmente o Infinitivo
funciona como substantivo, o particípio como adjetivo e o gerúndio como advérbio.
Ex: Nadar todo dia é saudável.
(Nadar funciona em papel de substantivo, como sujeito, veja que equivale a “natação”)
Ex: A quantia investida é altíssima.
(investida qualifica o substantivo quantia, como adjetivo, poderia ser substituída por “que foi
investida”, uma oração chamada de “adjetiva”)
Ex: Chegando a visita, convide-a para sentar.
(circunstância de tempo, adverbial, equivale a “quando chegar”, uma oração que seria classificada
como “adverbial de tempo” )
As orações construídas pelas formas nominais são chamadas de orações reduzidas (de infitivo,
gerúndio ou particípio). As formas nominais também são usadas nas locuções verbais:
Posso tentar ajudar.
Ele devia parar de fumar.
Venho trabalhando demais ultimamente.
Tenho andado distraído
Eu já tinha feito o trabalho quando ela chegou.

Infinitivo pessoal x impessoal:


O infinitivo é uma forma neutra, que dá nome ao verbo. O infinitivo pode ser pessoal, quando
tem sujeito; ou impessoal, quando não tem. O infinitivo impessoal, não flexionado, não concorda
com nenhum termo, pois enuncia uma ação vaga, sem agente determinado. Então, é um recurso
de indeterminação do sujeito.
Veja o infinitivo pessoal do verbo “estudar”, em todas as pessoas:

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por estudar eu
por estudares tu
por estudar ele
por estudarmos nós
por estudardes vós
por estudarem eles
O fato de estar no singular não quer dizer que seja impessoal, pois pode estar flexionado no
singular porque seu sujeito é singular. Vejamos:
Ex: É importante estudarmos para a prova.
(sujeito explícito na desinência-mos=nós; o infinitivo concorda com ele)
Ex: É importante estudar para a prova.
(quem estudar? A ação é vaga, indeterminada, não há sujeito para concordar)
Ex: É importante ele estudar para a prova.
(sujeito explícito no pronome; o infinitivo concorda com “ele”, no singular! Atenção!! É pessoal,
singular não significa necessariamente impessoal!)
Obs: O uso do infinitivo pessoal é um dos assuntos mais controvertidos da gramática. Gramáticos
como Celso Cunha e Sacconi apenas listam casos de uso “recomendado” ou “conveniente”, sem
bater o martelo em regras absolutas de concordância. Então, de modo geral, não há regras rígidas
para a concordância do infinitivo pessoal. Na maioria dos casos, se houver um sujeito explícito
para o infinitivo, é permitido concordar com ele. Na locução verbal, o infinitivo é impessoal.

REITERO:
Não confunda o Infinitivo com o Futuro do subjuntivo. Em alguns verbos eles são idênticos na
grafia. Observe:
Ex: Quando o inverno chegar, eu quero estar junto a ti. (Futuro do Subjuntivo)
Ex: Ao chegar à casa dos outros, limpe os pés. (Infinitivo).
O contexto quase sempre denuncia essa diferença. Porém, se bater aquela dúvida, troque o verbo
por outro que não tenha essa identidade gráfica, troque pelo verbo FAZER. Se o verbo virar
“fizER”, é subjuntivo. Se permanecer “fazER”, é infinitivo.
Quando eu vir o trabalho. (Quando eu fizer o trabalho: futuro do subjuntivo)
Está na hora de vir o resultado. (Está na hora de fazer o resultado: Infinitivo)
Repare que o futuro do subjuntivo do verbo “ver” é idêntico ao “infinitivo” do verbo vir. Fique
atento a esses verbos e teste a substituição!!!

Carga semântica do gerúndio:


O gerúndio geralmente indica uma ação continuada ou ações que ocorrem simultaneamente.
Mas, em questões de concurso, geralmente também são cobrados outros sentidos: Tempo,

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Condição, Modo e Causa.


Ex: Chegando ao banco, ele se assustou com a fila. (Tempo: ele se assustou quando chegou ao
banco.)
Ex: Lavando a louça, deixo você sair. (Condição: se lavar a louça, poderá sair.)
Ex: Desenvolveu a memória fazendo exercícios (Modo: exercícios foram a maneira que usou para
desenvolver a memória.)
Ex: Estudando com dedicação por anos, foi aprovada em primeiro lugar. (Causa: foi aprovada em
primeiro lugar porque estudou por anos.)
Para expressar continuidade, é possível usar locução de gerúndio (Ele vem buscando a aprovação),
ou, alternativamente, locução de infinitivo (Ele está a buscar a aprovação) e particípio (Ele tem
buscado a aprovação).
O gerúndio também pode funcionar com valor adjetivo:
Ex: Tenho um livro ensinando essa questão (um livro que ensina).

Particípios Abundantes
Há verbos que trazem mais de um particípio, um regular, terminado em –do, e um não regular,
que pode ter diversas terminações. Isso sempre gera muita dúvida no dia a dia e nas provas. Segue
uma pequena lista deles.
Infinitivo Particípio regular Particípio irregular
Aceitar Aceitado Aceito
Acender Acendido Aceso
Afligir Afligido Aflito
Assentar Assentado Assento
Corrigir Corrigido Correto
Encher Enchido Cheio
Entregar Entregado Entregue
Expressar Expressado Expresso
Extinguir Extinguido Extinto
Fixar Fixado Fixo
Fritar Fritado Frito
Limpar Limpado Limpo
Misturar Misturado Misto
Morrer Morrido Morto
Pagar Pagado Pago
Submeter Submetido Submisso
Suspender Suspendido Suspenso
Tingir Tingido Tinto
Vagar Vagado Vago
Imprimir Imprimido Impresso

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A regra é simples: com os particípios com terminação regular –do serão usados na voz ativa, com
os verbos TER/HAVER:

✓ Ex: Tenho pagado minhas dívidas em débito automático.


✓ Ex: Eu nunca havia aceitado bem críticas.
Os particípios irregulares, com outras terminações, por exceção, serão usados na voz passiva,
com os verbos SER/ESTAR:

✓ Ex: O boleto foi pago em dinheiro vivo.


✓ Ex: Estive suspenso do trabalho, por desafiar ordens sem sentido.
Só não vale misturar!

 Ex: Tenho impresso meus cursos em PDF!


 Ex: Meu cigarro foi acendido.
Um último alerta: “trago” e “chego” não existem (na prova)! Os particípios corretos são “trazido”
e “chegado”.
O particípio também pode apresentar valores adverbiais:
Ex: Concluído o curso, começou a procurar emprego. (tempo- quando concluiu)
Ex: Lavada a louça, eu deixarei você sair, filha! (condição- se lavar)
Ex: Preso no trânsito, não conseguiu chegar a tempo. (causa -porque ficou preso)
Ex: Cercado de policiais, o bandido não se entregou e abriu fogo. (concessão- mesmo estando
cercado).

21. (CESPE / IPHAN / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)


Os senhores poucos, e os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e
nus; os senhores banqueteando, os escravos perecendo à fome; os senhores nadando em ouro e
prata, os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos
adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando para o açoute, como
estátuas da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás como imagens
vilíssimas da servidão, e espetáculos da extrema miséria.
A forma verbal “nadando” exprime um evento com duração no tempo.
Comentários:
Sim. O gerúndio exprime justamente a ação em seu aspecto durativo, contínuo, indica que o verbo
é visto como uma ação/evento/processo em progresso, em andamento. Questão correta.

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22. (CESPE / MPE PI / 2018)


Eis que se inicia então uma das fases mais intensas na vida de Geraldo Viramundo: sua troca de
correspondência com os estudantes, julgando estar a se corresponder com sua amada.
Os sentidos do texto seriam alterados caso o trecho “estar a se corresponder” (l.2-3) fosse assim
reescrito: estar se correspondendo.
Comentários:
Não seriam. São formas equivalentes: a+infinitivo equivale à forma de gerúndio.
Estou a cantar=Estou cantando. No português brasileiro, contudo, a forma realmente utilizada é
o gerúndio. Questão incorreta.
23. (CESPE / PF / PERITO CRIMINAL / 2018)
Os programas mostram diversos detetives, técnicos e cientistas dedicando toda sua atenção a
uma investigação. Na realidade, cada cientista recebe vários casos ao mesmo tempo.
A substituição da forma verbal “dedicando” por que dedicam manteria os sentidos originais do
texto.
Comentários:
O gerúndio indica que a ação é vista como em andamento, em progresso, durativa, contínua.
Então, quando dizemos “mostram detetives dedicando toda sua atenção a uma investigação”, o
verbo sugere que o detetive é visto praticando a ação, é visto enquanto ela está em andamento.
Veja com um exemplo mais simples:
Vi no trabalho o servidor bebendo (estava bebendo quando foi visto, a ação estava em progresso,
foi flagrado durante a ação)
Vi no trabalho o servidor que bebe (apenas sabemos que bebe, não necessariamente estava
bebendo no trabalho)
Então, há alteração de sentido sim. Questão incorreta.
24. (CESPE / TRE-BA / TÉC. JUDICIÁRIO / 2010) Adaptada
Os vocábulos “impressa” e “entregue” são particípios irregulares dos verbos imprimir e entregar,
respectivamente; tais verbos admitem, também, as formas participiais regulares: imprimido e
entregado.
Comentários:
Exato. As formas regulares (-do) acompanharão os verbos ter e haver; as irregulares
acompanharão os verbos ser e estar. Questão correta.

TRANSITIVIDADE VERBAL
A transitividade de um termo diz respeito à sua necessidade de ter um complemento. Na prática,
se o verbo é “transitivo”, isso significa que “pede um complemento”. Isso é aprofundado nos
tópicos de sintaxe e regência. Vejamos aqui de maneira objetiva:

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❑ Verbo transitivo direto.


É o verbo que pede um complemento, mas “transita” até o seu complemento diretamente, SEM
PREPOSIÇÃO:
Ex: Comprei charutos
Comprei alguma coisa; o quê? Faltou o complemento. O complemento é ‘charutos’; esse
complemento foi introduzido diretamente, sem preposição, então o verbo é transitivo direto. A
propósito, é por isso que o nome do complemento (charutos) é “objeto direto”.

❑ Verbo transitivo indireto.


Ex: Gosto DE fritura, açúcar e gordices em geral.
Aqui, o verbo é transitivo, pede complemento também, gosto “de algo”: de quê? Gosto DE
fritura, açúcar e gordices em geral. Porém, esse complemento vem obrigatoriamente introduzido
pela preposição DE, então o verbo transita até o complemento indiretamente, pois há “no
caminho” uma preposição (“de”). Portanto, o verbo é Transitivo (pede complemento) INdireto
(complemento com preposição). Também por isso, o complemento é chamado de “objeto
indireto”.

❑ Verbo transitivo direto E indireto.


Ex: Mazinho deu balinhas A meninos da rua.
Temos um verbo que pede dois complementos, um preposicionado e outro não. Mazinho dá Algo
A alguém. Eu outras palavras, pede um objeto direto e outro indireto. Valem as mesmas análises
acima.

❑ Verbo intransitivo
É aquele que não pede um complemento sintático, normalmente porque traz sentido completo
em si mesmo.
Ex: Dercy morreu.
Ex: Nosso barco partiu.
Ex: Acidentes acontecem.
Observem que os verbos passam sua mensagem completa sem necessidade de nenhum
complemento.

VERBOS IMPESSOAIS
Verbos impessoais são aqueles que não possuem “pessoa”, não possuem um sujeito. O efeito
prático é que não vão ao plural. Vejamos os principais:
Verbos que indicam fenômenos da natureza: chover, nevar, amanhecer, anoitecer, trovejar ou
formas indicativas de tempo e aspectos climáticos, como “faz sol”, “está frio”, “está tarde”, ‘ainda
é cedo”, são 4h”, “são 8 de maio”...

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(Despenca em prova)
Verbo “haver” com sentido de:
1) “existir”: Há (existem) pessoas com sudorese no trem.
2) “ocorrer”: Houve (ocorreram) acidentes graves.
3) “tempo decorrido”: Há (faz) 2 anos não me drogo.
No caso 3, o verbo “fazer” também é impessoal e também não se flexiona.

VERBOS UNIPESSOAIS
Verbos unipessoais são aqueles que, pelo sentido, só admitem sujeito na terceira pessoa do
singular ou do plural, por exemplo:
1) verbos indicativos de “ação/voz/estado de animais”: Latir, Ladrar, Galopar, Trotar, Zurrar...
2) verbos que normalmente trazem uma oração como sujeito:
Ex: Convém acordar mais cedo
Ex: Parece que vai chover.
Ex: Importa que você estude muito.
Ex: Cumpre ao policial proteger as pessoas.
Ex: Consta que você vomitou no padre.
25. (CESPE / CGE-CE / CONHEC. BÁSICOS / 2019)
Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um
resto de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato,
incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que
morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
O único sinal de vida vinha de um bar aberto. Duas mesas de madeira na frente, um
caminhão, um homem e uma mulher na boleia ouvindo música, entre abraços, beijos e carícias
ousadas. Mais desolado e triste que Juazeiro do Norte aquele povoado, muito mais. Em Juazeiro
tinha gente, a cidade era viva. E no meio daquele povo todo sempre se encontrava uma alma boa
como a de sua mãe, uma moça bonita, um amigo animado. Candeia era morta.
Samuel ao menos ficou um pouco feliz por ouvir a música do caminhoneiro. Quase sorriu.
O esboço de alegria durou até aparecer pela porta mal pintada de azul uma mulher assombrosa,
praguejando com uma vassoura na mão e mandando desligar aquela música maldita. O
caminhoneiro a chamou pelo nome:
— Cadê o café, Helenice? Deixa de praguejar, coisa-ruim!
Pela mesma porta saiu uma moça, bem jovem, com uma garrafa térmica vermelha e duas
canecas. Foi e voltou com rapidez, agora trazendo dois pratos, quatro pães pequenos, duas
bananas cozidas e um pote de margarina.
— Cinco reais — ordenou Helenice, com a mão na garrafa térmica. — Só come se pagar.

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O homem pagou, sempre rindo da cara de Helenice, visivelmente bêbado.


Samuel ou o caminhoneiro. Não tinha tanto dinheiro para comer naquele fim de tarde, fim
de vida.
No texto CB1A1-I, poderia ser substituído por havia o verbo ter empregado em
A) “Não tinha mais que vinte casas mortas” (L. 1).
B) “Algumas construções nem sequer tinham telhado” (L. 2).
C) “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (L. 3).
D) “Em Juazeiro tinha gente” (L. 7-8).
E) “Não tinha tanto dinheiro para comer” (Último parágrafo).
Comentários:
Em “Em Juazeiro tinha gente”, o verbo “ter” é impessoal, com sentido de existir: havia
gente/existia gente.
Nas demais hipóteses, o “ter” tem sentido de posse, então não caberia a substituição por “haver”.
Na letra E, embora haja sentido de posse, entendo que não haveria nenhum problema em usar o
verbo haver: Não havia (existiam) mais que vinte casas mortas. Esse, contudo, não é o melhor
gabarito e a banca deve considerar a letra D. Gabarito letra D.
26. (CESPE / CAGE-RS / AUDITOR FISCAL / 2018)
[...] ocorreram diversos avanços, como, por exemplo, a diminuição da mortalidade infantil e do
analfabetismo
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso a forma verbal “ocorreram”
fosse substituída por
A) existiu. B) aconteceu. C) sucederam. D) tiveram. E) houveram.
Comentários:
Ocorrer é sinônimo de suceder. As letras A e B não poderiam ser a resposta, porque os verbos
estão no singular e o sujeito é “diversos avanços”. Tiveram, na letra D, é informal. Houveram, na
letra E, causaria erro de concordância, uma vez que o verbo haver impessoal, no sentido de
suceder, não vai ao plural. Gabarito letra C.
27. (CESPE / POLÍCIA CIVIL DO MARANHÃO / ESCRIVÃO / 2018)
O ano de 2017 foi o mais seguro da história da aviação comercial, de acordo com a organização
holandesa Aviation Safety Network (ASN). Foram dez acidentes — nenhum deles envolvendo
linhas comerciais regulares —, com 79 mortos, 44 entre passageiros e tripulantes e outras 35
pessoas que estavam em terra.
A correção gramatical do texto seria preservada caso se substituísse a forma verbal “Foram” por
Houveram.
Comentários:
A forma correta seria “houve”: o verbo “haver” com sentido de “acontecer” é impessoal e não
vai ao plural:
Houve acidentes

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Aconteceram acidentes
Questão incorreta.
28. (CESPE / STM / ANALISTA / 2018)
No período “É um orgulho poder contar com você”, a terceira pessoa do singular empregada na
forma verbal “É” justifica-se por tratar-se de um verbo impessoal, como em É tarde.
Comentários:
No primeiro caso, o verbo “ser” não é impessoal e está no singular para concordar com a oração:
[Isto (“Poder contar com você”) é um orgulho.
Já no segundo caso o verbo ser é impessoal, indicando tempo. Questão incorreta.
29. (CESPE / Pref. São Luís-MA / 2017)
Não há democracia [...] não existem condições mínimas para a solução pacífica dos conflitos.
Preservando-se a correção gramatical do texto, os termos “não há” e “não existem” poderiam ser
substituídos, respectivamente, por
a) não existe e não têm.
b) não existe e inexiste.
c) inexiste e não há.
d) inexiste e não acontece.
e) não tem e não têm.
Comentários:
O verbo “ter”, embora usado com valor existencial na informalidade, não pode ser usado com
valor existencial na linguagem culta. Primeiramente, eliminemos as alternativas com “ter”.
a) não existe e não têm.
e) não tem e não têm.
O verbo “existir” ou “inexistir” (não existir) é pessoal, então tem que concordar com seu sujeito
“condições”. Então, eliminamos aquelas que trazem esses verbos no singular ligado a
“condições”:
b) não existe e inexiste.
d) inexiste e não acontece.
Então, ficamos apenas com:
c) inexiste e não há.
Inexiste democracia e não há condições (“haver” existencial no singular) Gabarito letra C.

VERBOS AUXILIARES
Verbos auxiliares são aqueles se unem ao verbo principal em locuções verbais, formando uma
oração única. Então, eles auxiliam na formação da locução e também adicionam algum sentido

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extra ao verbo principal.


O verbo auxiliar se flexiona para concordar com o sujeito, enquanto o verbo principal
permanece invariável, numa de suas formas nominais: infinitivo, particípio ou gerúndio.
O sentido principal está no verbo principal, ao passo que o auxiliar traz especificações semânticas
da ação, como duração (aspecto), modo, possibilidade.
Ex: Ele deve pensar muito em adotar um cão. (auxiliar “dever”+ infinitivo, indicando possibilidade,
especulação...)
Ex: Eu tenho pensado muito em adotar um cão. (auxiliar “ter”+ Particípio, formando tempo
composto- Pret. Perfeito)
Ex: Estou pensando muito em adotar um cão. (auxiliar “estar”+ gerúndio, indicando duração e
continuidade do verbo “pensar”)
Os verbos Auxiliares podem trazer matizes semânticos de modo, “refinando” o sentido do verbo principal
com informação extra sobre a “atitude” do locutor em relação ao verbo.
Ex: Ele pode estar doente (possibilidade, dúvida)
Ex: Você não pode entrar aqui (permissão, proibição)
Ex: Ele pode ficar horas sem dormir e não ficar cansado (capacidade, habilidade)
Ex: O credor deve depositar um caução (imposição, dever, obrigação)
Ex: Ele deve estar chegando (possibilidade, probabilidade)
Ex: Deve haver centenas como você (possibilidade, probabilidade)
Ex: Você deve estudar mais, se quiser vencer. (conselho)
Ex: Vocês hão de passar (desejo)
Ex: Tenho que ir (dever, obrigação)
Ex: Ele parece ser esforçado (aparência, incerteza, possibilidade)
Ex: Comecei a fumar (aspecto incoativo, inceptivo, de início; não fumava antes)
Ex: Estou para tirar férias (sentido de iminência, intuito)
Ex: Está para chegar o avião (sentido de iminência, ação por iniciar)
Ex: As pessoas iam chegando (ação sucessiva, pouco a pouco)
Ex: Venho tratando essa doença há anos (desenvolvimento gradual)
Ex: O trabalhou ficou por terminar (ação que deveria ter se realizado)
Ex: O avião acabou de aterrissar (ação recém-concluída)
Esses auxiliares podem ser chamados de modalizadores, pois podem ser utilizados para
suavizar ou intensificar o “tom” de verdade, certeza e possibilidade de uma afirmação.
30. (CESPE / TRE-PE / Técnico / 2017)
A moralidade, que deve ser uma característica do conjunto de indivíduos da sociedade, deve
caracterizar de modo mais intenso ainda aqueles que exercem funções administrativas e de gestão
pública ou privada. Com relação a essa ideia, vale destacar que o alcance da moralidade vincula-
se a princípios ou normas de conduta, aos padrões de comportamento geralmente reconhecidos,
pelos quais são julgados os atos dos membros de determinada coletividade. Disso é possível

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deduzir que os membros de uma corporação profissional — no caso, funcionários e servidores da


administração pública — também devem ser submetidos ao julgamento ético-moral. A
administração pública deve pautar-se nos princípios constitucionais que a regem. É necessário,
ainda, que tais princípios estejam pública e legalmente disponíveis ao conhecimento de todos os
cidadãos, para que estes possam respeitá-los e vivenciá-los.
No texto, a forma verbal “devem”, no trecho “os membros de uma corporação profissional (...)
também devem ser submetidos ao julgamento ético-moral” , foi empregada no sentido de
A) probabilidade. B) capacidade. C) permissão. D) obrigação. E) necessidade.
Comentários:
Pela leitura do texto, entendemos que os servidores públicos devem ser submetidos a julgamento
ético-moral por decorrência do princípio constitucional da moralidade. Se essa submissão decorre
de norma constitucional, o verbo “dever” indica obrigação, imposição. Gabarito letra D.

VERBOS DE LIGAÇÃO
Os verbos que indicam ação são chamados de “nocionais. Os verbos de ligação, por sua vez, são
chamados verbos copulativos ou verbos relacionais, porque “ligam” o sujeito a um termo que
indica um estado ou característica (esse termo é chamado de “predicativo do sujeito”).
Ex: João é feliz/ Maria está alegre/ O Rio de Janeiro continua lindo.
As bancas têm cobrado as “variações semânticas” dos estados expressos pelos verbos de ligação,
como mudança e permanência. Vejamos:
✓ Estado permanente:
Ex: Minha mãe é mal-humorada
✓ Estado continuado:
Ex: Minha mãe continua/permanece mal-humorada
✓ Estado transitório/circunstancial:
Ex: Minha mãe está feliz.
Ex: Minha mãe anda silenciosa ultimamente.
✓ Mudança de estado:
Ex: Minha mãe ficou mal-humorada.
Ex: Minha mãe tornou-se organizada por causa do concurso.
Ex: Minha mãe virou síndica do prédio.
✓ Estado aparente:
Ex: Minha mãe parece distraída.

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Sutilezas semânticas: Observem que o estado continuado se distingue do permanente porque


aquele traz sentido um estado que começou e continuou, o começo é um pressuposto da
continuidade. O foco está nela. Já o estado permanente indica uma qualidade inerente,
atemporal, sem referência a quando ela começou ou quando vai terminar. Por essa razão, o fato
de um verbo de estado permanente estar no passado (“era”, “foram”) não faz que ele perca
sentido de “permanência”.
Além disso, saiba que o verbo só é considerado de ligação quando “liga” sujeito a predicativo.
Ex: Ana anda deprimida. (“anda” é um verbo de ligação, indica estado transitório e liga o sujeito
ao predicativo “deprimida”)
Ex: Ana anda no parque (“anda” é um verbo nocional intransitivo, indica uma ação)
Fique ligado!!!
31. (CESPE / SEDF / 2017)
A língua continua sendo forte elemento de discriminação social, seja no próprio contexto escolar,
seja em outros contextos sociais, como no acesso ao emprego e aos serviços públicos em geral
(serviços de saúde, por exemplo).
O emprego do verbo “continua” permite que se infira que não houve mudança na caracterização
da língua como “forte elemento de discriminação social”.
Comentários:
Exatamente. O verbo “continua” dá ideia de estado continuado, o que é reforçado pelo caráter
durativo do gerúndio “sendo”. Se algo “continua sendo”, então “ainda é”, ou seja, não mudou.
Questão correta.

VERBOS TRAIÇOEIROS, DISSIMULADOS E POLÊMICOS


Nesta parte da aula veremos verbos que se comportam de maneira a enganar, iludir e criar
problemas para o destemido candidato. Temos verbos que se parecem com outros, mas não
seguem a conjugação que aparentemente deveriam. Há outros verbos que não tem conjugação
completa, os defectivos. Muito cuidado com eles.
A maioria dos verbos segue os paradigmas apresentados ao longo da aula. Contudo, é possível
que há variações ou desvios no modelo. Vejamos algumas classificações:
Regulares – Mantêm a regularidade ao longo da conjugação, o radical se mantém.
Ex: Eu levanto, tu levantas, ele levanta, nós levantamos, vós levantais, eles levantam.
Irregulares – Não mantêm a regularidade ao longo da conjugação, o radical sofre modificações,
não segue o modelo da conjugação.

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Ex: Caber (caibo/cabe/coube); Dar (dou, dá, dei); Dizer (digo, diz, disse, direi); Querer (quero,
quis, quererei); Ouvir (ouço, ouve); Trazer (trago, trouxe)
Anômalos (Ser, Ir) – Apresentam total diversidade de radicais.
Eu sou, tu és… eu fui… eu era… (que) eu seja… (se) eu fosse… (quando) eu for…
Defectivos – Apresentam algum defeito na conjugação, faltam algumas formas (normalmente no
presente do indicativo e no presente do subjuntivo). Veremos os principais em um tópico
separado.
Ex: Abolir, Precaver, Reaver...
A principal estratégia da banca para enganar o candidato é conjugar um verbo irregular como se
fosse regular. Vejamos:

Verbos terminados em EAR/IAR


Os verbos terminados em IAR são regulares. Devem ser conjugados como o verbo criar: Eu crio,
tu crias, ele cria... Seguem esse modelo os verbos “variar”, “copiar”, “espiar”. Há exceções
conhecidas, que já veremos.
Os verbos terminados em EAR são irregulares, recebem um “i” em algumas formas. Sejamos
práticos, vamos seguir a conjugação do verbo passear, NAS FORMAS EM QUE TEMOS “I”.
PRESENTE IMPERATIVO
PRESENTE SUBJUNTIVO
INDICATIVO AFIRMATIVO
Eu passeio que eu passeie NÃO HÁ
tu passeias que tu passeies passeia tu
ele passeia que ele passeie passeie ele
nós passeamos que nós passeemos passeemos nós
vós passeais que vós passeeis passeai vós
eles passeiam que eles passeiem passeiem eles
A conjugação do verbo passear é importante para alguns verbos excepcionais que são
terminados em IAR, mas se conjugam como se terminassem em EAR. São as famosas exceções
MARIO!
Mediar
Ansiar
Remediar Se conjugam como passear/odiar
Incendiar/intermediar
Odiar
O verbo “mobiliar” se pronuncia da seguinte maneira no presente do indicativo: Eu moBÍlio, tu
moBÍlias, ele moBÍlia... Essas formas são chamadas de “rizotônicas”, nome chique que apenas
indica que a sílaba tônica está no radical...

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Verbos terminados em UAR/UIR/OAR


Vejamos as informações relevante sobre tais verbos.
Os verbos terminados em UAR são regulares. Siga como exemplo o verbo “aguar” (águo, aguei,
aguamos, aguássemos....). Há duas possibilidades de grafia e pronúncia: AveriGU-E ou AveRÍgue.
O verbo “arguir” perdeu o acento gráfico nas formas sublinhadas: Eu argUo, Tu ArgUis, Ele ArgUi,
Nós arguÍmos, Vós arguÍs, Eles ArgUem....
A conjugação deve seguir o modelo de “influir”, mais familiar.
Quantos aos verbos terminados em OAR, use como modelo o verbo “Doar” e não esqueça que o
hiato “OO” não é acentuado (Doo, Enjoo, Voo...).

Vir e derivados
O verbo vir também é irregular. Outros importantes verbos que caem em prova derivam dele.
Devemos ficar atentos:
Provir
Intervir
Convir Se conjugam como vir
Advir
Sobrevir
Então, acostume-se com sentenças como: ele conveio, ele interveio, se ele proviesse...

Ver, Prover e Provir


"Prover" significa "tomar providências", "providenciar", "fornecer"; no indicativo, conjuga-se
pelo verbo "ver" nos tempos presentes (vejo/provejo; vê/provê; veem/proveem) e futuros
(verei/proverei), (veria/proveria). Também segue o verbo “ver” no pretérito imperfeito (via/provia).
Também segue o verbo ‘ver’ no presente do subjuntivo. O verbo “prover” é regular nos outros
tempos (se eu provesse).
Em suma, “PROVER” funciona como “ver” no presente, futuro, pretérito perfeito e futuro do
pretérito do indicativo. Siga o verbo “beber” nos outros tempos. Fique ligado!!
Cuidado com o futuro do subjuntivo: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem.
"Provir" significa “ter origem de”, "descender", "derivar", "resultar", conjuga-se pelo verbo "vir"
(vem/provém; veio/proveio; vêm/provêm; viesse/proviesse).
Temos absoluta necessidade de conhecer a conjugação do verbo “ver”, pois isso vai facilitar o
contraste com a conjugação do verbo “vir”, assunto cobrado em muitas questões! Trago aqui a
conjugação mais cobrada, a do futuro do subjuntivo do verbo “ver”, recite-a como um mantra!
VER: Quando... eu vir; tu vires; ele vir; nós virmos; vós virdes; eles virem.
VIR: Quando...eu viEr; tu viEres; ele viEr; nós viErmos; vós viErdes; eles viErem.

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32. (CESPE / TCE-RN / 2015) Adaptada


A garantia desse preceito advém da própria Constituição...
Julgue o item seguinte.
A forma verbal “advém" está no singular porque concorda com o núcleo do sujeito da oração
em que se insere: “garantia".
Comentários:
O verbo advir, assim como provir, convir, sobrevir e intervir, na 3ªp. do singular, é acentuado
(provém, convém, sobrevém, intervém). O sujeito é “a garantia desse preceito”, tendo como
núcleo o substantivo “garantia”, que leva, de fato, o verbo para a 3ª p.s para concordar com
ele. Questão correta.

Ver, ter e derivados


Prever
Antever
Rever Se conjugam como ver
Telever
Entrever

Os demais verbos terminados em VER são regulares. Porém, teremos a seguinte diferença: Se eu
visse, se eu antevisse, se eu prescrevesse...

Deter
Entreter
Manter
Obter
Reter Se conjugam como ter
Abster
Conter
Ater
Suster

Os verbos VIR e TER possuem as mesmas desinências.


Atente para o acento diferencial de número: Ele tem/vem; Eles têm/vêm. O mesmo vale para os
derivados.

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Cuidado!!! O verbo abater não segue a conjugação de “ter”, é verbo regular de segunda
conjugação e segue o verbo “beber”.
Ex: Se eles abativessem abatessem minhas dívidas.
Transcrevo também aqui o futuro e o pretérito imperfeito do subjuntivo, pela incidência em
provas:
Quando... eu vier, tu vieres, ele vier, nós viermos; vós vierdes; eles vierem.
Se... eu viesse, tu viesses, ele viesse, nós viéssemos, vós viésseis; eles viessem.
Quando... eu tiver, tu tiveres, ele tiver, nós tivermos; vós tiverdes; eles tiverem.
Se... eu tivesse, tu tivesses, ele tivesse, nós tivéssemos, vós tivésseis; tivessem.
Só para reforçar, estão erradas as formas: deteram, detessem, entreteram, quando eu ver, se eu
propor...
As formas corretas são detiveram, detivessem, entretiveram, quando eu vier, se eu propuser...

Verbo Aderir e similares


Polir
Aderir
Repelir Se conjugam como Ferir
Transferir
Expelir

O “E” do radical vai virar “I” na primeira pessoa do singular do presente do indicativo (Eu “firo”,
“Adiro”, “Repilo”, “Transfiro”). Como o presente do subjuntivo deriva da primeira pessoa do
indicativo, esse “I” também aparecerá naquele tempo, em todas as pessoas: (que eu eu “fira”,
“Adira”, “Repila”, “Transfira”).
Vamos relembrar: Eu firo, tu feres, ele fere, nós ferimos, vós feris, eles ferem...Que... eu fira, tu
firas, ele fira, eles firam, vós firais, eles firam...
Também seguem essa conjugação os verbos advertir, competir, convergir, divergir, despir,
digerir, gerir, mentir, perseguir, sugerir, vestir.
Caso queira ver a conjugação completa,
Presente do indicativo: adiro, aderes, adere, aderimos, aderis, aderem.
Pretérito perfeito do indicativo: aderi, aderiste, aderiu, aderimos, aderistes, aderiram.
Pretérito imperfeito do indicativo: aderia, aderias, aderia, aderíamos, aderíeis, aderiam.
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: aderira, aderiras, aderira, aderíramos, aderíreis,
aderiram.
Futuro do presente do indicativo: aderirei, aderirás, aderirá, aderiremos, aderireis, aderirão.
Futuro do pretérito do indicativo: aderiria, aderirias, aderiria, aderiríamos, aderiríeis, adeririam.

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Presente do subjuntivo: adira, adiras, adira, adiramos, adirais, adiram.


Pretérito imperfeito do subjuntivo: aderisse, aderisses, aderisse, aderíssemos, aderísseis,
aderissem.
Futuro do subjuntivo: aderir, aderires, aderir, aderirmos, aderirdes, aderirem.
Imperativo afirmativo: adere, adira, adiramos, aderi, adiram.
Imperativo negativo: não adiras, não adira, não adiramos, não adirais, não adiram.
Infinitivo pessoal: aderir, aderires, aderir, aderirmos, aderirdes, aderirem.
Gerúndio: aderindo.
Particípio: aderido.

Verbo Pôr e derivados


O verbo pôr (ainda acentuado) segue a forma da segunda conjugação, como “beber”: Eu ponho,
tu pões, ele põe, nós pomos, vós pondes, eles põem...
Em alguns tempos, sofre alteração e sua base de conjugação é -puse-
Puser, pusermos, puséramos, puserdes, pusesse...

Entrepor
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Repor
Opor
Transpor Se conjugam como Pôr
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Dispor
Impor
Sobrepor

Grave suas alterações:


no futuro do subjuntivo: quando eu puser...;
no pretérito imperfeito do subjuntivo: se eu pusesse, se tu pusesses...;
no pretérito mais-que-perfeito do indicativo: eu pusera, nós puséramos...
no pretérito perfeito do indicativo: tu puseste, nós pusemos, vós pusestes, eles puseram.
Esses são os formatos que caem mais em prova, conjugações com base –puse+desinências

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modo-temporais.
Só mais um detalhe: saliento que o verbo pôr é acentuado, por ser monossílabo tônico. Seus
derivados não são acentuados (compor, propor), pois serão oxítonas terminadas em R e só as
oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em, ens são acentuadas.
33. (CESPE/ SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA/ 2018)
Embora a perspectiva desses autores divirja entre si....
Embora haja semelhança de sentido entre os verbos divergir e diferir, a substituição da forma
verbal “divirja” por difere prejudicaria a correção gramatical do texto.
Comentários:
No presente do subjuntivo, a forma do verbo ‘diferir’ vai ser “difirA” (que eu eu “fira”).
Questão correta.

Querer X requerer
Vamos relembrar um verbo parcialmente regular.
Requerer não é derivado de “querer”, ele segue, de modo geral, as terminações do verbo
“beber”. Porém tem um detalhe: ele recebe um “i” na primeira pessoa do presente do indicativo
(requeIro) e também no presente do subjuntivo, que deriva do indicativo (que eu requeIra; que tu
requeIras; que ele requeIra...)
Os verbos requerer, dizer, fazer e trazer, na 2.a pessoa do singular, apresentam no imperativo
afirmativo duas formas: dize ou diz, faze ou faz, traze ou traz, requere ou requer. Vale muito a
pena memorizar a sua conjugação.
CAI DEMAIS!!! Além do presente do indicativo e do subjuntivo, atenção às diferenças nas
conjugações do pretérito perfeito do indicativo e do imperfeito do subjuntivo.
QUERER
Presente do indicativo: quero, queres, quer, queremos, quereis, querem.
Pretérito perfeito do indicativo: quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram.
Pretérito imperfeito do indicativo: queria, querias, queria, queríamos, queríeis, queriam.
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis, quiseram.
Futuro do presente do indicativo : quererei, quererás, quererá, quereremos, querereis, quererão.
Futuro do pretérito do indicativo : quereria, quererias, quereria, quereríamos, quereríeis, quereriam.
Presente do subjuntivo: queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram. (OBSERVEM A MUDANÇA
NO RADICAL)
Pretérito imperfeito do subjuntivo: quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos, quisésseis, quisessem.
(OBSERVEM QUE SE GRAFAM COM “S”, NÃO “Z”. )
Futuro do subjuntivo: quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem.
Imperativo afirmativo: quer(e), queira, queiramos, querei, queiram.
Imperativo negativo: não queiras, não queira, não queiramos, não queirais, não queiram.

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Infinitivo pessoal: querer, quereres, querer, querermos, quererdes, quererem.


Gerúndio: querendo.
Particípio: querido.
REQUERER
Presente do indicativo: requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis, requerem.
Pretérito perfeito do indicativo: requeri, requereste, requereu, requeremos, requerestes, requereram.
Pretérito imperfeito do indicativo: requeria, requerias, requeria, requeríamos, requeríeis, requeriam.
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: requerera, requereras, requerera, requerêramos, requerêreis,
requereram.
Futuro do presente do indicativo: requererei, requererás, requererá, requereremos, requerereis,
requererão.
Futuro do pretérito do indicativo: requereria, requererias, requereria, requereríamos, requereríeis,
requereriam.
Presente do subjuntivo: requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, requeiram.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos, requerêsseis,
requeressem.
Futuro do subjuntivo: requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, requererem.
Imperativo afirmativo: requer(e), requeira, requeiramos, requerei, requeiram.
Imperativo negativo: não requeiras, não requeira, não requeiramos, não requeirais, não requeiram.
Infinitivo pessoal: requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, requererem.
Gerúndio: requerendo.
Particípio: requerido

34. (CESPE / FUB / 2015) Adaptada


No trecho “A sustentabilidade (...) ambientais” (A sustentabilidade corporativa requer negócios
amparados em boas práticas de governança e em benefícios sociais e ambientais...), para
expressar um fato ocorrido em momento anterior ao atual, que foi totalmente terminado, a forma
verbal “requer” deveria ser substituída por requereu. Nesse caso, mesmo após a alteração do
tempo verbal, a referência à pessoa do discurso seria mantida.
Comentários:
A banca pede dois conhecimentos. Primeiro: o pretérito perfeito expressa fato ocorrido em
momento anterior, fato que foi totalmente terminado? Sim.
Segundo: a forma do requerer no pretérito perfeito, na terceira pessoa do singular
(sustentabilidade, ela) é mesmo requereu? Sim.
O verbo requerer não segue exatamente a forma do verbo querer; tem forma específica, com I,
na primeira pessoa do singular do presente do indicativo e nas formas do presente do subjuntivo;
nos demais tempos, segue de modo geral o verbo beber. Questão correta.

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Essas conjugações vão aparecer em geral quando o verbo vier conjugado no subjuntivo, em função
de conjunções: se/que/quando/caso/embora/ainda que... Grave essas “bases”, pois nelas estarão
as questões.
Ter- TIVE+DESINÊNCIA: se tivesse, quando tiver...
Por- PUSE+DESINÊNCIA: Se puser, quando supuséssemos...
Requerer - REQUERE+DESINÊNCIA: Se requeresse, quando requereu...
Precaver- PRECAVE+DESINÊNCIA: Se precavesse, quando precaveu...
Prover- PROVE+DESINÊNCIA: se provesse, quando proveu...
Ver-VI+DESINÊNCIA: se visse, quando víssemos, se vir...
Vir- VIE+DESINÊNCIA: se viessemos, quando vier, se vierem...

Verbo aprazer
Esse verbo é bastante irregular e compartilha o radical do adjetivo aprazível, com sentido de
agradável. Para lidar com ele na hora da prova, lembre-se de algumas terminações do verbo
haver em que há “V” e base “ou” na palavra, a saber:
Pretérito mais-que-perfeito: Eu aprouvera, tu aprouveras...
Pretérito imperfeito do subjuntivo: Se eu aprouvesse; se tu aprouvesses...
Futuro do subjuntivo: Quando eu aprouver; quanto tu aprouveres...
Acima estão as primeiras pessoas de cada conjugação, basta seguir o padrão.
Bechara e o Dicionário Houaiss mencionam que, embora tenha conjugação completa, só é usado
normalmente nas terceiras pessoas.

Medir, Pedir, Valer e Eleger


Os verbos acima trazem variações no radical, anotem estes detalhes:
Pedir e Medir trazem Ç antes de O e A: Eu Peço/Meço; que eu Peça/Meça.
Valer traz LH antes de O e A: Não valho nada/Valha-me Deus!
Eleger traz J antes de O e A: Eu elejo; Que eu eleJa. Isso vale para os verbos com “G” no radical.

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35. (CESPE / Diplomata / 2015)


...Houve quem passasse a escrever registo, em vez de registro, e preguntar, em vez de perguntar,
porque assim se escrevia em Portugal. Já ao tempo de José de Alencar, um publicista ríspido,
José Feliciano de Castilho, viera de Lisboa para o Rio de Janeiro, com a missão de ensinar-nos a
escrever como se escrevia em Portugal. Daí a reação do romancista cearense no prefácio de seus
Sonhos d’Ouro, em 1872: “Censurem, piquem, ou calem-se, como lhes aprouver. Não alcançarão
jamais que eu escreva, neste meu Brasil, coisa que pareça vinda em conserva lá da outra banda,
como a fruta que nos mandam em lata.”
Com relação a aspectos gramaticais do texto acima, julgue o próximo item. Na oração ‘como lhes
aprouver’, foi empregada uma forma flexionada do verbo aprazer, cujo radical é o mesmo que o
do adjetivo aprazível, de uso corrente na atualidade.
Comentários:
Questão estilo “sabe ou não sabe”. O verbo aprazer de fato tem o mesmo radical do adjetivo
aprazível e sofre transformação no futuro e no pretérito imperfeito do subjuntivo, bem como no
pretérito perfeito e mais-que-perfeito do indicativo, assumindo a terminação –ouve+desinência.
No caso em tela, a conjunção subordinativa “como” joga o verbo para o futuro do subjuntivo:
aprazer se torna aprouver. Questão correta.

VERBOS DEFECTIVOS
São aqueles verbos que têm defeito de conjugação, pois não são conjugados em todas as pessoas,
normalmente pela semelhança que a conjugação teria com outro verbo (Falar e Falir: eu falo), ou
pelo mau som: “ela computa”... Na maioria dos casos, são conjugados só na primeira e segunda
pessoa do plural do modo indicativo, na segunda pessoa do plural do modo imperativo e não
possuem flexões no presente do subjuntivo (porque não têm o presente do indicativo).
OBS: O presente do subjuntivo é derivado do radical da primeira pessoa do singular do presente
do indicativo, em suma, “eu faço” vira “que eu faça”. Então, quando o verbo não tem a primeira
pessoa do singular no indicativo, não terá o presente do subjuntivo. Por consequência, não terá
as formas de imperativo que também derivam do subjuntivo.
Por não trazerem a primeira pessoa do singular do presente do indicativo, são defectivos os
verbos: abolir, banir, brandir, carpir, colorir, computar, delir, explodir, ruir, exaurir, demolir,
puir, delinquir, fulgir (resplandecer), feder, aturdir, bramir, esculpir, extorquir, retorquir, soer
(costumar: ter costume de).
Há certa controvérsia entre esses verbos, pois alguns gramáticos e dicionários listam verbos
defectivos como regulares. Não podemos entrar nessa discussão, então vamos destacar alguns
que já foram cobrados em prova.

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Verbo Precaver e Reaver:


No presente do indicativo, só se conjuga com nós (precavemos/reavemos) e vós
(precaveis/reaveis). Como o presente do indicativo é a base do presente do subjuntivo, esse verbo
não é conjugado neste tempo. Sabendo disso, basta conjugar o verbo precaver seguindo a
segunda conjugação, como Beber.
No Imperativo, temos: precavei, reavei.
Reaver e Precaver não trazem “J” nem “nh” na sua conjugação. Então, estão incorretas formas
como “precaveja”, “reaveja”, “reavenha”.
Para você não ter que estudar a conjugação dele inteira, siga essa dica: o verbo Reaver só se
conjuga naquelas pessoas em que o verbo Haver tem “v” na palavra. Segue a primeira pessoa
de cada tempo em que isso ocorre, para você saber o padrão: reouve, reavia, reouvera, reaverei,
reaveria.
Obs: Nessa mesma linha estão os verbos “falir” e “adequar”, que também só possuem as pessoas
‘nós’ e ‘vós’ no presente do indicativo.
Cuidado: Apesar de “estranhos”, estes verbos não são considerados defectivos: caber, valer,
redimir, polir, sortir, rir, escapulir, entupir, sacudir.

VERBO VICÁRIO
São chamados de Verbos Vicários aqueles que fazem as vezes de outros verbos, substituindo-os
para evitar repetição. Os mais comuns são os verbos ser e fazer.
Normalmente vêm acompanhados de um pronome demonstrativo o, que retoma a ação ou o
evento da oração anterior.
Ex: Eu poderia ter fugido, mas não o fiz. (“o fiz” retoma “ter fugido”)
Ex: Se você não estudou foi porque teve preguiça. (“foi” retoma “não estudou”)
Ex: Já não constrói violões como fazia antigamente (“fazia” retoma “constrói”)
Ex: Se ela não aceita ir ao cinema é porque não quer. (“é” retoma “aceita”)
Observe que há dois verbos e um substitui o outro, quando vicário, o “fazer” não traz seu sentido
próprio, pois assume o sentido do outro verbo.
As estruturas com esses verbos costumam ser cobradas até em questões de compreensão textual,
quando a banca pode perguntar o referente do pronome.

VERBOS PRONOMINAIS
São aqueles que trazem um pronome “integrante” do verbo e que não podem ser conjugados
sem ele.
Veja alguns deles: Arrepender-se, atrever-se, assemelhar-se, candidatar-se, dignar-se, esforçar-se;
queixar-se; refugiar-se, suicidar-se, estreitar-se...

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Há diversos verbos que podem ser usados como pronominais: Lembrar-se; esquecer-se. Nesses
casos, a regência passa a exigir a preposição “DE”.
Ex: Lembrei/esqueci a letra ou Lembrei-me/Esqueci-me da letra.
As bancas gostam de perguntar se o pronome é parte integrante do verbo e/ou, se exerce função
sintática, ou se pode ser suprimida. Nos verbos que não são essencialmente pronominais, como
lembrar e esquecer, a retirada do pronome DEVE ser acompanhada também da retirada da
preposição.
Ex: Eles não se arrependem de nada. (o “se” é parte integrante, não pode ser retirado e nem
exerce qualquer função sintática. Não pense que é reflexivo, tampouco recíproco, pois não
podemos arrepender a outra pessoa nem a nós mesmos: se arrepender não é arrepender a si
mesmo. Claro?)
Um critério importante é sempre verificar se o verbo vai ter sentido passivo, pois a banca vai tentar
confundir você afirmando que o “se” representa voz passiva sintética, como em “Alugam-se casas”
(casas são alugadas).
36. (CESPE / MPU / ANALISTA / 2018)
Contudo, uma calamidade seria um caso de injustiça apenas se pudesse ter sido evitada, em
especial se aqueles que poderiam ter agido para tentar evitá-la tivessem deixado de fazê-lo. Entre
os requisitos de uma teoria da justiça inclui-se o de permitir que a razão influencie o diagnóstico
da justiça e da injustiça.
Na expressão “fazê-lo” (l.2), a forma pronominal “lo” retoma a ideia de agir para tentar evitar uma
calamidade.
Comentários:
Sim. Aqui, temos o “pronome demonstrativo neutro usado ao lado de um verbo vicário. “Fazer”
retoma a ação anterior (agir...)”:
Fazê-lo = Fazer isso (o que foi mencionado: agir para tentar evitar uma calamidade)
Questão correta.
37. (CESPE / TCE-RO / 2013)

Julgue os itens que se seguem, relativos às informações e estruturas linguísticas do texto acima.
Em “assemelhando-se”, o emprego da partícula “-se” deve-se ao emprego pronominal do verbo
assemelhar.
Comentários:
Caso você não soubesse que “assemelhar-se” é um típico verbo pronominal, teríamos ainda dois
caminhos para acertar essa questão. O primeiro era saber que não poderia ser pronome

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apassivador, pois se trata de verbo transitivo indireto. O segundo era saber que não poderia ser
índice de indeterminação do sujeito, porque o sujeito está explícito: “auditoria”. Questão correta.

CORRELAÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS


Já vimos ao longo da aula a semântica dos tempos e modos verbais. Agora, esse conhecimento
vai nos ajudar a observar a correlação entre eles num período.
Essa parte é muito intuitiva, pois diversas combinações são aceitas, com uma ligeira mudança de
sentido. De modo geral, verbos do mesmo tempo e modo podem se relacionar: Sei que quero
passar. Sabia que queria passar. Saberei se conseguirei passar. Jurava que você era maluco.
Como regra geral, também temos que, se o verbo da oração principal estiver em algum tempo
pretérito do indicativo, o verbo da subordinada substantiva (introduzida pela conjunção integrante
QUE e substituível por ISSO) pode estar em qualquer tempo verbal do indicativo: Disse/dizia/dissera
que o homem roubava/roubara/roubará/roubaria.
Há muitas combinações possíveis, vamos ver combinações mais “clássicas”, sem esquecer que a
coerência entre os tempos é fundamental e está por trás de todas elas: Se eu pudesse (hipótese),
teria um cão (hipótese). Cantei (ação acabada) porque eu quis (ação acabada). Leio (hábito) porque
estudo (hábito) lá.
Antes de mais nada, se esse fosse seu último minuto para estudar para a prova, eu
pediria que gravasse essas “correlações essenciais”:
Se eu pudesse, faria/ Se eu puder, farei (ou Caso eu possa/farei)
Esse é o exemplo simples. Na hora da prova você deve fazer as adaptações adequadas para os
verbos e pessoas que virão nos itens. Vamos adiante!!

A regra mais importante:


✓ O futuro do presente se correlaciona com tempo presente ou com tempo futuro.
Temos que respeitar o marco temporal da fala, o tempo de referência das ações. Se começarmos
uma sentença com o presente, o futuro que se relaciona a ele é o futuro do presente. Se iniciarmos
com uma sentença no pretérito, o futuro que se correlaciona a ele é o futuro do pretérito. Ficou
claro?
(pres.) (fut.pres)
Ex: Prometo que estudarei mais.

(fut.pres) (fut.subj)
Ex: Farei tudo tudo o que eu puder.

(pres.) (pres.)
Ex: Juro que não deixo mais de revisar.

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(pres.subj)(fut.pres.)
Ex: Aonde quer que eu vá, eu levarei você no olhar...

(pres.subj)(pres.)
Ex: Aonde quer que eu vá, eu levo você no olhar...
Nunca é demais lembrar, atenção às correlações: Se eu puder, farei/Caso eu possa, farei.

✓ O futuro do pretérito se relaciona com tempo pretérito.


(fut.pret) (pret. Imp. Subj)
Ex: Eu morreria se ele descobrisse

Outras correlações clássicas:


(pret.imp) (pret. perf.)
Ex: Estava estudando RLM quando meu cachorro acendeu um charuto.

(pret.imp) (pret.imp)
Ex: Eu estudava enquanto ele soltava fumaça pelo nariz.

Nos exemplos acima um ação interrompe a outra ou ocorre simultaneamente à outra,


respectivamente.

Recapitulando: essas são as correlações que mais caem, leiam-nas várias vezes!

✓ Ex: Vejo que você malha.

✓ Ex: É preciso que você estude.

✓ Ex: Quando terminarem, estarei dormindo.

✓ Ex: Se eu tivesse esse carro, já teria morrido.

✓ Ex: Vi que você trouxe um presente.

✓ Ex: Sugiro que procure um psiquiatra.

✓ Ex: Sugeri que procurasse um psiquiatra.

✓ Ex: Espero que tenha procurado um psiquiatra.

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✓ Ex: Esperei que tivesse procurado um psiquiatra.


Não é produtivo querer gravar a regra de cada correlação, foque nos exemplos acima e nas
“correlações essenciais”!

38. (CESPE / PRF / POLICIAL / 2019)


Não consigo pensar em um cargo público mais empolgante que o desse homem. Claro que o
cargo, se existia, já foi extinto, e o homem da luz já deve ter se transferido para o mundo das
trevas eternas.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso a forma verbal “existia” fosse
substituída por existisse.
Comentários:
O sentido seria alterado e haveria erro de correlação verbal:
Claro que o cargo, se existia, já foi extinto, e o homem da luz já deve ter se transferido para o
mundo das trevas eternas.
Para manter a correlação ideal, a forma correta seria:
Claro que o cargo, se existisse, já teria sido extinto, e o homem da luz já deve ter se transferido
para o mundo das trevas eternas. Questão incorreta.
39. (CESPE / TCE-RS / 2013) Adaptada
O Tribunal enviou ofício aos gestores municipais, alertando que o envio de dados e documentos
relacionados às inativações na esfera municipal passará a ser realizado pela Internet, o que exigirá
que as administrações adquiram certificados digitais...
Em relação às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a seguir.
A substituição de “exigirá” por exigiriam manteria a correta correlação entre os tempos e modos
verbais empregados no período.
Comentários:
A modificação traria um erro de concordância, já que “exigirá” está no singular para concordar
com o antecedente do “que”, o pronome demonstrativo “o”. Exigiriam está no plural e não pode
concordar com sujeito singular. Além disso, a correlação correta não seria mantida, pois já
sabemos que o futuro do pretérito se correlaciona com o pretérito do subjuntivo: se eu pudesse,
eu faria. Finalmente, não poderia também ser inserida somente a forma “exigiria” sem a correta
modificação do outro verbo, adquirir. Teríamos que mexer nos dois para ter: “exigiria” e
“adquirissem”. Questão incorreta.
40. (CESPE / PRF / POLICIAL / 2019)
Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos que quase tudo que vemos existe em razão
de atividades do trabalho humano.

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Seriam mantidos os sentidos do texto caso o primeiro período do segundo parágrafo fosse assim
reescrito: Quando prestamos atenção a nossa volta, percebemos que quase tudo que vemos existe
pelas atividades do trabalho humano.
Comentários:
Na redação original, temos uma clássica correlação verbal de estrutura condicional:
Se prestarmos atenção, perceberemos.
Então, temos uma hipótese, uma suposição, seguida de um possível efeito decorrente dessa
condição.
Na reescritura, a banca usou a conjunção temporal “quando” e o verbo no presente:
“percebemos”, o que embora tenha uma ideia geral semelhante, expressa algo concreto no
tempo, algo visto como mais certo. Portanto, há mudança de sentido. Questão incorreta.
41. (CESPE / PM-AL / 2017)
Enquanto se diz que os pobres da cidade são violentos, a atenção da violência que eles sofrem é
invertida.
A forma verbal “diz” poderia ser substituída por disser, sem prejuízo da correção gramatical do
texto.
Comentários:
Aqui temos aplicação da correlação clássica: Se eu puder, farei
Se o verbo for usado no futuro do subjuntivo “disser”, para manter a correlação rígida, teremos
uso do futuro do presente:
Enquanto se DISSER que os pobres da cidade são violentos, a atenção da violência que eles sofrem
SERÁ invertida. Questão incorreta.

Substituições válidas entre correlações verbais já cobradas:


Têm de ser fiscalizados = devem ser fiscalizados
Tem gerado nas últimas décadas = gerou nas últimas décadas
Tinha estado=estivera; Tenha sido=haja sido
Se pudéssemos, faríamos = se pudermos, faremos

VOZES VERBAIS
As vozes verbais indicam a relação do sujeito com o verbo, definindo o papel do sujeito como
agente ou paciente.
Voz ativa: o sujeito é agente, pratica a ação.
Ex: [O policial] deteve os criminosos
Voz passiva: o sujeito é paciente, sofre a ação, recebe o efeito da ação.
Ex: [os criminosos] foram detidos pelo policial.
Ex: Detiveram-SE [os criminosos]

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Voz reflexiva: o sujeito pratica a ação em si mesmo, é agente e paciente ao mesmo tempo.
Ex: [os criminosos] se entregaram à polícia.
Ex: [o menino] se feriu com a faca.
Ex: Eles deram-se, após a tragédia, uma segunda chance.
Nos dois primeiros exemplos, o SE tem função de objeto direto. No último, de objeto indireto
(deu a si).
Voz reflexiva recíproca: os sujeitos praticam uma ação uns nos outros, mutuamente.
Ex: [os criminosos] se abraçaram na prisão.
Há casos em que o verbo tem sentido passivo (levei um soco), mas ainda assim, sintaticamente, a
voz é ativa, porque o sujeito sintático pratica a ação.
A voz passiva se divide em analítica e sintética ou pronominal. O que mais cai em prova é a
conversão de voz ativa para voz passiva, ou entre tipos de voz passiva. Aqui, é necessário
reconhecer as funções sintáticas básicas: sujeito (entidade ligada ao verbo em papel de agente ou
paciente) e objeto direto (complemento verbal sem preposição).

Vozes Verbais: Forma e Conversão.


➢ Voz passiva analítica ( SER + Particípio )
Na conversão da voz ativa para a passiva, o sujeito da voz ativa vira o agente da passiva. O objeto
direto da ativa vira sujeito paciente na passiva.
Ex: O desafiante derrotou o campeão (voz ativa)
Sujeito objeto direto

Ex: O campeão foi derrotado pelo desafiante. (voz passiva analítica)


Suj Paciente Ser + Particípio Agente da passiva

➢ Voz passiva sintética ou Pronominal (VTD + SE):


Ex: Derrotou-se o campeão, eliminaram-se nossas esperanças.
Pron. Suj.paciente Pron. Suj.paciente
Apassivador Apassivador

A transposição para a voz passiva depende de um objeto direto na voz ativa. Observe que na
transposição da voz passiva analítica para a sintética ocorre:
1) A locução passiva vira um pronome apassivador
2) O agente da passiva fica implícito.
3) O tempo e modo do verbo é mantido ao longo da transposição.

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4) O agente da passiva corresponde ao sujeito da voz ativa


Pela possibilidade de não revelar quem pratica ação, a voz passiva é um importante recurso para
se omitir o agente da ação e somente focar no sujeito paciente. Esse recurso é muito utilizado
quando o autor não sabe ou não quer revelar o agente de determinada ação.
Pelo fato de o agente da passiva não aparecer mais na voz passiva sintética, é possível transpor
para esta voz uma sentença em voz ativa com sujeito indeterminado, já que, em ambas as
estruturas, o sujeito ficará “escondido”:

✓ A esposa flagrou o homem comendo Nutela escondido (Voz ativa).


✓ O homem foi flagrado pela esposa comendo Nutela escondido (Voz Passiva Analítica, com
agente claro: a esposa flagrou).

✓ Flagraram o homem comendo Nutela escondido. (Voz ativa com sujeito indeterminado, na
terceira pessoa do plural).

✓ Flagrou-se o homem comendo Nutela escondido. (Voz passiva sintética)


A voz passiva sintética tem esse nome porque é “menor”, já que traz somente o “SE”, sem a
locução passiva com particípio. Lembre-se, a forma sintática da voz passiva é VTD+SE.

42. (CESPE / SEFAZ-RS / 2018)


preservou-se, com o passar dos séculos, a associação dos atributos de beleza e expressão cultural
ao valor monetário das moedas
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso a forma “preservou-se”
fosse substituída por
A) teriam sido preservados.
B) tinha sido preservada.
C) foi preservada.
D) foram preservados.
E) teria sido preservada.
Comentários:
No original, temos voz passiva sintética/pronominal, formada por VTD+SE (PRESERVOU-SE). O
sujeito paciente é “associação”. Organizando, temos:
A associação PRESERVOU-SE
Convertendo para a voz passiva analítica, formada por SER+PARTICÍPIO, temos:
A associação FOI PRESERVADA Gabarito letra C.

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43. (CESPE / EBSERH / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)


Durante o período do Estado Novo (1937-1945), no governo de Getúlio Vargas, foram adotados
dispositivos legais para fortalecer a família numerosa, por meio de diversas medidas...
A substituição de “foram adotados” por adotou-se preservaria a correção e o sentido do texto.
Comentários:
Temos voz passiva analítica com sujeito plural: Dispositivos foram adotados. Na conversão para
a voz passiva sintética, o verbo também fica no plural:
AdotaraM-se Dispositivos. Questão incorreta.
44. (CESPE / STM / ANALISTA / 2018)
Todos esses senhores [que buscam pela violência o domínio sobre a mulher] parece que não
sabem o que é a vontade dos outros. Eles se julgam com o direito de impor o seu amor ou o seu
desejo a quem não os quer. Não sei se se julgam muito diferentes dos ladrões à mão armada
É de se supor que quem quer casar deseje que a sua futura mulher venha para o tálamo conjugal
com a máxima liberdade, com a melhor boa-vontade, sem coação de espécie alguma, com ardor
até, com ânsia e grandes desejos; como é então que se castigam as moças que confessam não
sentir mais pelos namorados amor ou coisa equivalente?
O vocábulo se recebe a mesma classificação em “se julgam” (L.2) e “se castigam” (L.6).
Comentários:
No primeiro caso, os “senhores violentos” se julgam (julgam a si próprios) com o direto de impor
o seu amor. Temos SE reflexivo.
No segundo caso, as moças “são castigadas”, recebem o castigo; então o sentido é passivo e o
SE é pronome apassivador. A classificação não é a mesma. Questão incorreta.
45. (CESPE / IHBDF / 2018)
A vida de Florence Nightingale, a criadora da moderna enfermagem, daria um romance. [...] Aos
dezesseis anos, algo aconteceu: Deus falou-me — escreveu depois — e convocou-me para servi-
lo.
Servir a Deus significava, para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente dos enfermos
hospitalizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão perigosos (por causa
da sujeira, do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa. Hospitalizados eram só
os pobres, e Florence preparou-se para cuidar deles, praticando com os indigentes que viviam
próximos à sua casa. Viajou por toda a Europa, visitando hospitais.
Sidney Herbert, membro do governo inglês e amigo pessoal, pediu-lhe que chefiasse um grupo
de enfermeiras enviadas para o front turco, uma tarefa a que Florence entregou-se de corpo e
alma...
Nos trechos “Florence preparou-se” e “Florence entregou-se”, a partícula “se” classifica-se como
pronome apassivador.
Comentários:
As ações se referem à própria pessoa: Florence entregou a si mesma e preparou a si mesma. Não
sofreu ação de algum outro agente, então não há sentido passivo. A partícula “se” classifica-se
como pronome reflexivo. Questão incorreta.

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Impossibilidade de conversão para voz passiva


A voz passiva pressupõe alguém praticando uma ação e um paciente recebendo seus efeitos.
Alguns verbos, porém, por sua semântica, quando assumem sentido passivo, não aceitam
transposição para voz passiva: levar, ganhar, receber, tomar, aguentar, sofrer, pesar (massa), ter
(posse), haver (impessoal). Também não aceita voz passiva o verbo de ligação, pois é um verbo
de estado, não é de ação.
Guarde uma informação: a voz passiva está diretamente relacionada à existência de um objeto
direto na voz ativa, pois ele vai virar sujeito paciente na voz passiva. Se não for possível transformar
um objeto direto em sujeito paciente, não será possível fazer a transposição para a voz passiva.
Por isso, verbos intransitivos e transitivos indiretos não aceitam voz passiva.
Desafio: tente aí você em casa transpor estas sentenças para a voz passiva:
Tenho 50 anos.
Tive um cachorro.
Permaneceríamos fiéis.
Gosto de pessoas gentis.
O dólar caiu muito ontem.
Choveu torrencialmente hoje.
Havia um artista na minha cela.
Levei um soco nos dentes da frente.
Se você não conseguiu, parabéns! Essas sentenças não aceitam transposição por trazerem sentido
passivo, de posse ou existência ou por trazerem verbos transitivos indiretos ou intransitivos.
Ainda que haja um “OD” em “tive um cachorro”, o verbo “ter” não vai poder assumir um sentido
passivo, por razões semânticas. Veja que incoerente: “um cachorro foi tido por mim”. Entendeu?
Excepcionalmente, verbos como “responder, obedecer e pagar” podem aparecer na voz passiva.
Ex: A pergunta foi respondida...A multa foi paga...
OBS: O agente da passiva pode ser introduzido pela preposição “por”, “pelo(a)(s)” e “de”.
Ex: A quadrilha foi cercada por/pelos/de policiais.

Implicações sintáticas da voz passiva


Aqui, pela estreita relação da voz passiva com diversos tópicos de sintaxe, especialmente do SE
apassivador, precisaremos ver um pouco de análise sintática. Esse tema será retomado na aula de
sintaxe, não se preocupem.
Fique ligado numa pegadinha clássica de prova.
Ex: Não se espera [que o governo resolva tudo sozinho]
Aí vem a banca e pergunta se a frase destacada é complemento verbal.
O aluno pensa: “quem espera espera alguma coisa, é objeto direto!!!É complemento verbal sim!
Uhulllll! Essa foi mole!!”

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Dias depois, sai o gabarito ERRADO e o combalido candidato fica aos prantos: ”eu erreeeeei, vou
si matá , concurso é impossível!!!!”
Calma: vejamos a voz passiva analítica correspondente:
Não se espera [que o governo resolva tudo sozinho]
Não é esperado [que o governo resolva tudo sozinho]
Não é esperado [ISTO]
Essa oração é sujeito paciente, ISTO não é esperado. Somente na voz ativa é que essa oração
seria objeto direto. Eu espero [que o governo resolva tudo sozinho] (espero [ISTO]). Só nesse caso
seria um complemento verbal. Observe que há um “SE” bem grande para indicar sentido passivo.
Entendido? Sigamos!!
46. (CESPE / Analista / INSS / 2016)

Julgue o item subsequente, que versam sobre os sentidos e os aspectos linguísticos do texto
acima.
A substituição de “destacou-se” (l.11) por foi destacado prejudicaria o sentido original do
período.
Comentários:
Prejudicaria. Cuidado! A forma “destacou-se” indica voz reflexiva, pois o autor destacou-se a si
mesmo, exerceu a ação de destacar sobre si. A forma “foi destacado” traz voz passiva analítica
(SER+Particípio). Não são equivalentes. Questão correta.

Voz Passiva X Índice de indeterminação do sujeito


Grave: a voz passiva depende de um objeto direto na ativa. Agora, compare:

Deseja-se um futuro melhor x Visa-se a um futuro melhor.


Como sabemos, somente VTD ou VTDI podem ter voz passiva, isso porque o objeto direto da voz
ativa vira sujeito paciente na voz passiva e o sujeito não pode ser preposicionado.
Então, VTI+SE é clássica estrutura de sujeito indeterminado . Verifique se o verbo pede
preposição.
Ex: Precisa-se de médicos. (Não há OD, não há sujeito paciente)
Ex: Acredita-se em deuses. (Não há OD, não há sujeito paciente)
Ex: Não é disso que vamos falar: trata-se de outros assuntos. (VTI+SE, sujeito indeterminado, não
há OD, não há sujeito paciente)

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Verbos intransitivos (VI) e de ligação (VL) não pedem complemento, não têm objeto, por isso
também não aceitam voz passiva. Se VIs vierem acompanhados de SE, pode apostar que é um
sujeito indeterminado.
Ex: Vive-se bem aqui
Ex: Sempre se está sujeito a erros.
Não custa lembrar: cuidado com a voz reflexiva, em que o agente pratica a ação e sofre seus
efeitos ao mesmo tempo. Na dúvida, troque o “se” por a si mesmo e veja se a coerência se
mantém.
Na hora da análise, o tipo de verbo é uma fortíssima pista sintática sobre a presença de voz passiva
ou sujeito indeterminado. Contudo, você deve sempre conferir o sentido do texto, verificar se há
sentido passivo, reflexivo ou se há um verbo sem sujeito conhecido no texto.

LOCUÇÃO VERBAL X TEMPO COMPOSTO


Na voz passiva, o particípio concorda em gênero e número com o sujeito paciente:
Ex: Eu fui assaltado > Elas foram assaltadas.
O particípio formador de tempo composto na voz ativa não se flexiona.
Ex: Elas têm estudado muito.

• Analítica: SER+PARTICÍPIO (Casas são


Voz Passiva vendidas)
• Sintética: VTD/VTDI+SE (Vendem-se casas)

Locução Verbal • TER/HAVER+PARTICÍPIO:


• (Tenho andado distraído)
tempo composto • (Tem sido difícil estudar)

Para ficar ainda mais claro, vamos fazer uma transposição da voz ativa com tempo composto para
voz passiva. Observe que o tempo composto não muda:

✓ O homem havia realizado sua missão. (voz ativa com tempo composto)
✓ A missão havia sido realizada pelo homem (voz passiva com tempo composto)
Na voz passiva analítica, observe que o particípio varia em gênero e número para concordar com
seu referente.
Ressalto que, para concurso, voz passiva sintética e voz passiva analítica são equivalentes,
constituindo alternativas sintáticas para o mesmo enunciado.
Entretanto, cuidado com a colocação pronominal na hora de substituir uma pela outra:

✓ Alguns pontos não foram contabilizados na minha prova discursiva.


✓ Alguns pontos não se contabilizaram na minha prova discursiva.(próclise)
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Embora as estruturas sejam equivalentes, “Não contabilizaram-se” seria erro de colocação


pronominal, pois palavra negativa atrai o pronome para antes do verbo.

47. (CESPE / PGE-PE / Conhecimentos Básicos 1, 2, 3 e 4 / 2019)


Nesse contexto, a Lei Maria da Penha teria o papel de assegurar o reconhecimento das mulheres
em situação de violências (incluída a psicológica) pelo direito; afinal, é constatando as obrigações
que temos diante do direito alheio que chegamos a uma compreensão de cada um(a) de nós como
sujeitos de direitos.
A substituição da forma verbal “teria” (L.1) por tem manteria tanto a correção gramatical quanto
a coerência do texto.
Comentários:
A questão não fala de sentido, então basta perceber que não há erro nem se cria um enunciado
sem lógica. Apenas o tempo verbal saiu do campo hipotético para um campo mais concreto.
Questão correta.
48. (CESPE / SEFAZ-RS / AUDITOR FISCAL / 2019)
A correção gramatical e os sentidos do texto 1A3-I seriam preservados caso o fragmento
“favorecendo-se, assim, a elevação dos seus investimentos” fosse reescrito da seguinte forma:
que favorecerá, assim, a elevação dos seus investimentos
Comentários:
Incorreto. O verbo no futuro causa problema de correlação verbal, temos uma hipótese no
pretérito, o verbo fica: “favoreceria”.
49. (CESPE / SEFAZ-RS / AUDITOR FISCAL / 2019)
A correção gramatical e os sentidos do texto 1A3-I seriam preservados caso o fragmento
“favorecendo-se, assim, a elevação dos seus investimentos” fosse reescrito da seguinte forma: em
que favorece, assim, a elevação dos seus investimentos
Comentários:
Incorreto. Além de o tempo não ser o futuro do pretérito, esse “em” não se justifica na frase,
nenhum termo pede essa preposição.
50. (CESPE / BNB / 2018)
Segundo um arquiteto de software de uma empresa não participante do estudo, o modo como a
máquina aprende os padrões antes de começar a analisar compras interfere diretamente no
registro de falsos positivos e fraudes reais. “Se a prepararmos apenas para detectar casos de não
fraude, podemos aumentar os riscos de fraudes que passam. Sendo assim, precisamos aumentar
ao máximo o balanço de situações apresentadas à máquina para não pesar um lado mais do que
o outro”, detalha.

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A substituição da forma verbal ‘podemos’ (L.4) por poderemos não prejudicaria a correção
gramatical nem alteraria os sentidos originais do texto.
Comentários:
Essa questão é emblemática do CESPE. Observem como raciocina a banca:
Isoladamente, “podemos” (presente do indicativo) e “poderemos” (futuro do presente do
indicativo) denotam ideias diferentes, noções temporais diferentes. Contudo, nesse contexto
específico, temos uma correlação verbal clássica da condicional no futuro (Se eu puder, farei):
“Se a prepararmos apenas para detectar casos de não fraude, poderemos aumentar os riscos de
fraudes que passam.
Então, o autor usou o presente indicando um efeito possível no futuro, o que permite inferir que
o sentido de “podemos” é, na verdade, de “poderemos”. Então, a banca apenas pede que o
candidato “melhore” o texto e use a correlação mais rigorosamente correta: futuro do subjuntivo
+ futuro do presente.
Em suma, o autor usou “podemos” querendo dizer “poderemos”, então a troca não alteraria o
sentido original, pois o efeito é futuro e não presente. Questão correta.
51. (CESPE / STM / TÉCNICO / 2018)
O Zoológico de Sapucaia do Sul abrigou um dia um macaco chamado Alemão. Em um domingo
de Sol, Alemão conseguiu abrir o cadeado de sua jaula e escapou. O largo horizonte do mundo
estava à sua espera. As árvores do bosque estavam ao alcance de seus dedos. Ele passara a vida
tentando abrir aquele cadeado.
A forma verbal “passara” denota um fato ocorrido antes de duas outras ações também já
concluídas, as quais são descritas nos dois períodos imediatamente anteriores ao período em que
ela se insere.
Comentários:
O ponto final marca o fim do período. Os períodos imediatamente anteriores são:
O largo horizonte do mundo estava à sua espera. As árvores do bosque estavam ao alcance de
seus dedos.
“As formas verbais “estava” e “estavam” foram conjugadas no pretérito IMPERFEITO, então não
indicam ação concluída. O tempo que indica ação concluída é o pretérito perfeito do indicativo.
“Passara” indica uma ação anterior a outra, indicada no segundo período: “escapou”, ou seja, ele
passara a vida tentando abrir o candidato antes de escapar. Questão incorreta.
52. (CESPE / PF / ESCRIVÃO / 2018)
Dir-se-á, no entanto, que nenhum deles partilha realmente do direito de julgar; os peritos não
intervêm antes da sentença para fazer um julgamento, mas para esclarecer a decisão dos juízes.
A expressão “Dir-se-á” (L.1) poderia ser corretamente substituída por Será dito.
Comentários:
Aqui, temos uma mesóclise com verbo no futuro e na voz passiva (VTD – dizer + SE apassivador).
Então, convertendo para a voz passiva analítica (SER+Particípio) e mantendo o verbo no futuro,
teremos: Será dito.
Aprofundando um pouco mais numa análise sintática, temos:

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Dir-se-á [que nenhum deles partilha realmente do direito de julgar]


Dir-se-á [ISTO]
[ISTO] Dir-se-á
[ISTO] SERÁ DITO A oração em colchetes é o sujeito do verbo. Questão correta.
53. (CESPE / IHBDF / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Nasci no Brás, durante a Segunda Guerra. Da rua em que morávamos até a Praça da Sé, são vinte
minutos de caminhada.
Infere-se do emprego da forma verbal “morávamos” que o narrador fornece uma informação
sobre si próprio e sua família.
Comentários:
Morávamos, verbo no pretérito imperfeito, indica ação habitual/duradoura no passado. Refere-se
ao tempo durante o qual o narrador morou naquele lugar. Como ele menciona a família, essa
informação também vale para ela. Questão correta.
54. (CESPE / IHBDF / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Quando estava com sete anos, acordei com os olhos inchados, e meu pai me levou ao pediatra.
Ao voltarmos, o futebol ininterrupto que jogávamos com bola de borracha na porta da fábrica em
frente parou e a molecada correu até nós. Queriam saber se era verdade que os médicos davam
injeções enormes na bunda das crianças.
Depreende-se do emprego da forma verbal “jogávamos” que o narrador, ao retornar do pediatra
para casa, juntou-se a colegas para jogar futebol.
Comentários:
Aqui temos aquele caso em que usamos o pretérito imperfeito para indicar que uma ação estava
em curso (jogávamos futebol) quando outra a interrompeu (o futebol parou quando o menino
voltou do pediatra). Então, ele não estava jogando naquele momento nem juntou-se aos colegas.
Na verdade, ele interrompeu o futebol quando passou com o pai. Questão incorreta.
55. (CESPE / IHBDF / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Tentar deter o mar era inútil. Também não havia como fazer um molde da areia, mesmo que ele
tivesse tempo para isso, coisa que ele não tinha. Talvez conseguisse correr até em casa para buscar
sua câmera.
Os sentidos originais do trecho “Tentar deter o mar era inútil” seriam mantidos caso a forma verbal
“era” fosse substituída por seria.
Comentários:
Questão que reflete bem o “modo cespe de ver o mundo”. Evidentemente, “era” e “seria” não
possuem o mesmo sentido. Contudo, às vezes o autor usa uma forma “querendo dizer outra
coisa”, ou melhor, usa uma forma quando deveria ter usado outra. O sentido texto sugere uma
relação condicional, então, rigorosamente, deveria aparecer o futuro do pretérito, para uma
correlação perfeita:
Tentar deter o mar SERIA inútil. Também não HAVERIA como fazer um molde da areia, mesmo
que ele tivesse tempo para isso, coisa que ele não tinha.
Então, esse “era” tem justamente o valor de “seria”, pois faz parte de uma estrutura condicional.

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É como costumamos ouvir:


Se eu pudesse, casava! (no sentido de “casaria”)
Sacconi registra essa substituição do futuro do pretérito pelo pretérito imperfeito, indicando “que
o fato seria consequência certa e imediata de outro, que é irreal ou não ocorreu.
Ex: Se eu fosse o prefeito, desapropriava toda esta região.
Ex: Se viéssemos de trem, não chegávamos a tempo.” Questão correta.
56. (CESPE / PF / Agente / 2018)
— A polícia parisiense — disse ele — é extremamente hábil à sua maneira. Seus agentes são
perseverantes, engenhosos, astutos e perfeitamente versados nos conhecimentos que seus
deveres parecem exigir de modo especial. Assim, quando o delegado G... nos contou,
pormenorizadamente, a maneira pela qual realizou suas pesquisas no Hotel D..., não tive dúvida
de que efetuara uma investigação satisfatória (...) até o ponto a que chegou o seu trabalho.
— Até o ponto a que chegou o seu trabalho? — perguntei.
— Sim — respondeu Dupin. — As medidas adotadas não foram apenas as melhores que
poderiam ser tomadas, mas realizadas com absoluta perfeição. Se a carta estivesse depositada
dentro do raio de suas investigações, esses rapazes, sem dúvida, a teriam encontrado.
Ri, simplesmente — mas ele parecia haver dito tudo aquilo com a máxima seriedade.
— As medidas, pois — prosseguiu —, eram boas em seu gênero, e foram bem executadas:
seu defeito residia em serem inaplicáveis ao caso e ao homem em questão. Um certo conjunto de
recursos altamente engenhosos é, para o delegado, uma espécie de leito de Procusto, ao qual
procura adaptar à força todos os seus planos. Mas, no caso em apreço, cometeu uma série de
erros, por ser demasiado profundo ou demasiado superficial. (...) E, se o delegado e toda a sua
corte têm cometido tantos enganos, isso se deve (...) a uma apreciação inexata, ou melhor, a uma
não apreciação da inteligência daqueles com quem se metem. Consideram engenhosas apenas as
suas próprias ideias e, ao procurar alguma coisa que se ache escondida, não pensam senão nos
meios que eles próprios teriam empregado para escondê-la. Estão certos apenas num ponto:
naquele em que sua engenhosidade representa fielmente a da massa; mas, quando a astúcia do
malfeitor é diferente da deles, o malfeitor, naturalmente, os engana. Isso sempre acontece quando
a astúcia deste último está acima da deles e, muito frequentemente, quando está abaixo. Não
variam seu sistema de investigação; na melhor das hipóteses, quando são instigados por algum
caso insólito, ou por alguma recompensa extraordinária, ampliam ou exageram os seus modos de
agir habituais, sem que se afastem, no entanto, de seus princípios. (...) Você compreenderá, agora,
o que eu queria dizer ao afirmar que, se a carta roubada tivesse sido escondida dentro do raio de
investigação do nosso delegado — ou, em outras palavras, se o princípio inspirador estivesse
compreendido nos princípios do delegado —, sua descoberta seria uma questão inteiramente fora
de dúvida. Este funcionário, porém, se enganou por completo, e a fonte remota de seu fracasso
reside na suposição de que o ministro é um idiota, pois adquiriu renome de poeta. Segundo o
delegado, todos os poetas são idiotas — e, neste caso, ele é apenas culpado de uma non
distributio medii, ao inferir que todos os poetas são idiotas.
— Mas ele é realmente poeta? — perguntei. — Sei que são dois irmãos, e que ambos
adquiriram renome nas letras. O ministro, creio eu, escreveu eruditamente sobre o cálculo
diferencial. É um matemático, e não um poeta.
— Você está enganado. Conheço-o bem. E ambas as coisas. Como poeta e matemático,
raciocinaria bem; como mero matemático, não raciocinaria de modo algum, e ficaria, assim, à

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mercê do delegado.
— Você me surpreende — respondi — com essas opiniões, que têm sido desmentidas pela
voz do mundo. Naturalmente, não quererá destruir, de um golpe, ideias amadurecidas durante
tantos séculos. A razão matemática é há muito considerada como a razão par excellence.
A correção gramatical do texto seria mantida caso a forma verbal “compreenderá” (L.25) fosse
substituída por compreende, embora o sentido original do período em que ela ocorre fosse
alterado: no original, o emprego do futuro revela uma expectativa de Dupin em relação a seu
interlocutor; com o emprego do presente, essa expectativa seria transformada em fato
consumado.
Comentários:
Exatamente, a banca dá uma aula nesse comentário.
Observem que o personagem Dupin fornece uma detalhada explicação ao narrador. Após essa
explicação, ele tem expectativa de que o ouvinte entenda logo após, por isso usa o futuro do
presente: compreenderá.
Ao mudar para o presente do indicativo “entende”, por ser a certeza a marca desse tempo/modo,
o sentido passa a ser de algo já concreto, um fato consumado: o ouvinte já entende, não é mais
uma mera expectativa de que entenda no futuro. Questão correta.
57. (CESPE / CAGE-RS / AUDITOR FISCAL / 2018)
Estas memórias ficariam injustificavelmente incompletas se nelas eu não narrasse, ainda que de
modo breve, as andanças em que me tenho largado pelo mundo na companhia de minha mulher
e de meus fantasmas particulares. Desde criança fui possuído pelo demônio das viagens. Essa
encantada curiosidade de conhecer alheias terras e povos visitou-me repetidamente a mocidade
e a idade madura. Mesmo agora, quando já diviso a brumosa porta da casa dos setenta, um convite
à viagem tem ainda o poder de incendiar-me a fantasia.
Na minha opinião, existem duas categorias principais de viajantes: os que viajam para fugir e os
que viajam para buscar. Considero-me membro deste último grupo, embora em 1943, nauseado
pelo ranço fascista de nosso Estado Novo, eu haja fugido com toda a família do Brasil para os
Estados Unidos, onde permanecemos dois anos.
Assinale a opção que apresenta uma forma / locução verbal do texto 1A9AAA que denota uma
ação / um fato que ocorreu repetidamente no passado e que se prolonga até o momento da
narração do texto.
A) “tenho largado” (L.2)
B) “fui possuído” (L.3)
C) “tem” (L.6)
D) “haja fugido” (L.9)
E) “narrasse” (L.1)
Comentários:
“tenho largado” é locução do pretérito perfeito composto, que indica justamente isto: ação
habitual que começa no passado e perdura até o presente momento, o momento da fala/narração.
Gabarito letra A.

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58. (CESPE / Delegado / PC-GO / 2017)


A principal finalidade da investigação criminal, materializada no inquérito policial (IP), é a de
reunir elementos mínimos de materialidade e autoria delitiva antes de se instaurar o processo
criminal, de modo a evitarem-se, assim, ações infundadas, as quais certamente implicam grande
transtorno para quem se vê acusado por um crime que não cometeu.
Modernamente, o IP deixou de ser o procedimento absolutamente inquisitorial e
discricionário de outrora. A participação das partes, pessoalmente ou por seus advogados ou
defensores públicos, vem ganhando espaço a cada dia, com o objetivo de garantir que o IP seja
um instrumento imparcial de investigação em busca da verdade dos fatos.
Acrescente-se que o estigma provocado por uma ação penal pode perdurar por toda a vida
e, por isso, para ser promovida, a acusação deve conter fundamentos fáticos e jurídicos suficientes,
o que, em regra, se consegue por meio do IP.
No texto, uma ação que se desenvolve gradualmente é introduzida pela
a) forma verbal “implicam” (l.3).
b) locução “vem ganhando” (l.7).
c) forma verbal “garantir” (l.7).
d) locução “pode perdurar” (l.9).
e) forma verbal “reunir” (l.2).
Comentários:
Quando lemos “ação que se desenvolve gradualmente”, demos entender que ela tem
continuidade e crescimento, aos poucos. A locução “vem ganhando” espaço a cada dia tem
exatamente esse sentido. Se ganha espaço, então se desenvolve. O verbo no gerúndio dá sentido
de continuidade a esse desenvolvimento. A expressão “a cada dia” dá exatamente a ideia de
“gradual”, de “pouco” a “pouco”, diariamente. Gabarito letra B.
59. (CESPE / PRF / SUPERIOR / 2012)
Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de
causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro passa a interessar aos
outros, muito mais que a você mesmo.
Seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical da oração iniciada por “Desde que” (l.2), se
a forma verbal “compra”, nessa mesma linha, fosse substituída por compre.
Comentários:
Questão muito inteligente que explora a relação existente entre verbos e conjunções.
A locução conjuntiva “Desde que” pode assumir sentido temporal ou condicional:
Você poderá sair, desde que lave a louça (condicional)
Desde que chegou, não parou de falar (temporal)
Observe que o sentido “condicional”, por ser hipotético, se alinha com o verbo no modo
subjuntivo. É o que ocorre na questão, observe:
Na redação original, “Desde que”, com verbo no indicativo, possui sentido temporal:
Desde que o compra... (partir do momento em que o compra)

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Ao jogar o verbo para o subjuntivo, a locução “Desde que” é lida como condicional:
“Desde que o compre” (Caso o compre) Questão incorreta.
60. (CESPE / PF / PAPILOSCOPISTA / 2018)
Julgue o item a seguir quanto à correção gramatical e à coerência e à coesão textual.
Nos casos de cadáveres de vítimas carbonizadas, podem não mais haver impressões digitais.
Comentários:
O verbo haver é impessoal nesse contexto, pois possui sentido de “existir”; então o verbo auxiliar
que forma locução verbal com ele também não pode ir para o plural:
pode não mais haver impressões digitais.
podem não mais existir impressões digitais. Questão incorreta.
61. (CESPE / FUNPRESP / 2016)

A respeito dos aspectos linguísticos do texto, julgue o item que se segue.


Seria preservada a correção gramatical do texto caso o trecho “Dir-se-ia” (l. 4) fosse substituído
por Dizem.
Comentários:
É preciso ter atenção: a banca apenas pergunta se a “correção gramatical” seria mantida.
Observe que o primeiro parágrafo traz os verbos no presente do indicativo: “tem”, “nascemos.
Nesse caso, não traria prejuízo nenhum manter o verbo nesse tempo: “dizem”. O efeito semântico
seria um tom mais “factual”: Eles dizem (fato), em oposição a Eles diriam (hipotético). Contudo,
não causaria erro nenhum. Questão correta.
62. (CESPE / Instituto Rio Branco / 2017)
Jantava, uns dias; em outros, almoçava unicamente; e houve muitos que nem uma coisa ou outra
fiz. (...) Abelardo Leiva, o meu recente conhecimento, era poeta e revolucionário.
Vivia pobremente, curtindo misérias e lendo, entre duas refeições afastadas, as suas obras
prediletas e enchendo a cidade com os longos passos de homem de grandes pernas
O tom memorialista do primeiro parágrafo manifesta-se pelo uso predominante de formas verbais
que denotam o início de determinadas ações, das quais são exemplos “Jantava” e “almoçava”,
ambas na linha 1, e “Vivia” (l.3).
Comentários:

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“Tom memorialista” é a forma de a banca referir-se à narrativa de lembranças, de memórias.


Apesar do enunciado complexo, a questão é simples: Jantava e Almoçava estão no pretérito
imperfeito e indicam ações habituais passadas, a rotina do personagem. Então, o foco é na
duração e no hábito pretérito, não há foco no início nem na conclusão das ações.
Questão incorreta.
63. (CESPE / TCE-PE / 2017)

Sem prejuízo da correção gramatical do texto e das informações nele veiculadas, a forma verbal
“seja” (l.7) poderia ser substituída por seria.
Comentários:
O presente do subjuntivo “seja” indica um fato futuro e hipotético, algo que pode vir a acontecer
no futuro. Já a forma verbal “seria”, no futuro do pretérito, daria ao texto uma ideia de fato
hipotético passado, que não ocorreu e tende a não ocorrer. As informações seriam diferentes.
Questão incorreta.
64. (CESPE / TCE-PE / 2017)
Em linhas gerais, pode-se afirmar que os direitos civis igualam os indivíduos pela possibilidade
legal de terem liberdades comuns.
Seriam mantidos a correção gramatical e os sentidos do texto caso a forma verbal “terem” fosse
substituída por existirem.
Comentários:
Aqui, o verbo “Ter” traz sentido de “posse”, não tem valor existencial. Então, há mudança de
sentido. Além disso, ainda que fosse usado com sentido existencial, seria considerado informal e
a banca consideraria um erro gramatical seu uso no lugar de “haver” ou “existir”. Questão
incorreta.
65. (CESPE / Polícia Rodoviária Federal / 2013)
Mas vamos ao definitivo transitório. Os cientistas afirmam que podem realmente construir agora
a bomba limpa. Sabemos todos que as bombas atômicas fabricadas até hoje são sujas (aliás,
imundas) porque, depois que explodem, deixam vagando pela atmosfera o já famoso e temido
estrôncio 90.
A forma verbal “podem” (L.1) está empregada no sentido de têm autorização.
Comentários:
No contexto, os cientistas aprenderam agora a construir uma bomba limpa, algo que não

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conseguiam fazer antes. Então, passaram a ter uma nova habilidade que não tinham antes.
Portanto, “podem” significa “têm capacidade”. Não há sentido de permissão, sempre foi
permitido a eles construir a bomba, mas não sabiam como. Questão incorreta.
66. (CESPE / SEDF / 2017)

Na linha 3, a forma verbal “Pode-se” foi empregada no sentido de é possível.


Comentários:
Sim. O raciocínio do texto é o seguinte:
Considerando que a criança, quando passa a escrever, testa combinações da língua que já
conhecia antes (da fala, do uso). Então, baseado nessa premissa, é possível inferir que o aprendiz,
mesmo antes de entrar para a escola, já construiu uma ideia da escrita. Questão correta.
A partir de um fato, é “possível” (mas não garantido) presumir outro.
67. (CESPE / FUNPRESP / 2016)

Acerca dos aspectos linguísticos e dos sentidos do texto, julgue o item que se segue.
No segundo parágrafo, o emprego do tempo verbal em formas como “Saía” (l.23), “exigiam”

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(l.25), “Encontrava” (l.27) e “alimentava” (l.30) denota o caráter rotineiro de determinados


acontecimentos na vida de Ana.
Comentários:
O pretérito imperfeito do indicativo (era, gostava, corria...) indica ações continuadas, duradouras,
habituais no passado. Por essa razão, o autor se utilizou desse tempo para descrever a rotina da
personagem. Questão correta.
68. (CESPE / TJ DFT / 2015) Adaptada
Acerca dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item seguinte.
Em “Importa destacar que a violência familiar pode se dar...", a oração “destacar" exerce função
de sujeito.
Comentários:
Organizando a sentença em ordem direta, percebemos que a oração é o sujeito do verbo
importar. O que é importante? Destacar é importante:
Destacar ISSO (que a violência familiar pode se dar...) Importa.
Destacar...Importa. Questão correta.
69. (CESPE / Polícia Federal / 2014) Adaptada
Pedi a um dos homens ao lado da parede que me contassem como tinha sido sua viagem.
A correção gramatical do texto seria preservada caso se substituísse a locução “tinha sido” pela
forma verbal fora.
Comentários:
O pretérito mais-que-perfeito simples (-ra) equivale ao composto (tinha+particípio). Ambos
indicam uma ação passada que ocorreu antes de outra ação no passado. Questão correta.
70. (CESPE / ANATEL / 2014)

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Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir.


No primeiro quadrinho, o emprego da forma verbal “transportasse”, exigido pela presença da
locução “como se” na estrutura da oração, indica situação factual.
Comentários:
Geralmente a conjunção subordinativa leva o verbo para o subjuntivo, modo que possui sentido
de dúvida, incerteza, hipótese. “como se transportasse” indica exatamente hipótese. Não
transporta de fato. Em suma, a forma verbal está sim sendo exigida pela preposição, mas está
trazendo ideia irreal, de hipótese. Questão incorreta.
71. (CESPE / ANATEL / 2014) Adaptada
O trecho “eram usadas tochas” poderia ser corretamente reescrito como usavam-se tochas.
Comentários:
Tochas eram usadas (passiva analítica) é perfeitamente equivalente a usavam-se tochas (passiva
sintética). Questão correta.
72. (CESPE / TJ-SE / 2014) Adaptada
O assassino poderia ser condenado a 3 anos de desterro na África.
O emprego do futuro do pretérito em “poderia” indica que a situação apresentada na oração é
não factual, ou seja, é hipotética.
Comentários:
O assassino poderia ser ou não condenado. O futuro do pretérito indica incerteza, hipótese,
situação não factual. Também por essa razão, sua correlação com o subjuntivo, que também traz
sentido semelhante, é coerente. Questão correta.
73. (CESPE / TJ-SE / 2014)

Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto caso os pronomes “se” (l. 2) e “a” (l. 5)
fossem deslocados para imediatamente após as formas verbais “aplicava” (l. 2) e “apanhasse” (l.
5), escrevendo-se que aplicava-se e caso apanhasse-a, respectivamente.
Comentários:
A questão mistura voz passiva com colocação pronominal. Os pronomes estão antepostos ao
verbo porque estão sendo atraídos pelo pronome relativo “que” e pela conjunção “caso”. Sendo
palavras invariáveis, não é possível a ênclise proposta pela banca. Questão incorreta.

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74. (CESPE / TJ-CE / 2014) Adaptada

No que se refere à classificação do texto acima e às estruturas linguísticas nele empregadas,


assinale a opção correta.
a) O sentido original do texto seria preservado caso a forma verbal “gostara” (l.3) fosse substituída
por gostava.
b) O referente do complemento da forma verbal “apreciasse” (l.5) é “o tal texto” (l.4).
c) Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto, o pronome “que”, em “que
vai estrear com a apresentação” (l.13), poderia ser substituído por onde.
d) No último período do texto, o pronome “que” exerce, em suas três ocorrências, a mesma
função sintática.
e) No texto, de caráter eminentemente dissertativo, o autor defende a ideia de que pessoas de
prestígio em suas áreas de atuação devem dar atenção aos iniciantes.
Comentários:
a) “gostara” indica ação passada anterior a outra no passado, ambas perfeitamente concluídas;
“gostava” indica uma ação continuada no passado. Não podemos substituir um pelo outro, pois
os sentidos são diferentes. Questão incorreta
b) O que era apreciado? O “ tal texto”, que está sendo retomado pelo pronome “o” que antecede
o verbo “apreciasse”. Assim sendo, o verbo se liga sintaticamente ao pronome “o”, que é o
complemento verbal, e semanticamente ao “tal texto”, que é o referente. Questão correta.
c) O pronome “onde”, que indica lugar, pode ser substituído por “em que”, não funciona substituir
só por “que” sem a preposição que retoma o lugar. Questão incorreta.
d) Uma forma prática de saber a função sintática do “que” é isolar a oração em que o relativo
aparece e colocar o termo antecedente na posição do pronome para saber sua função sintática.
Então temos que “enxergar” o pronome relativo como se estivéssemos olhando o próprio termo
que ele retoma. Se o “que” se refere a um termo que seria o sujeito, então o pronome relativo vai
ter função de sujeito. Veja:

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1) “que” retoma “convites”, então temos: que=convites:

Penso nos convites que recuso>convites recuso>recuso convites


(objeto direto)
2) “que” retoma “livros”, então que=livros:

...nos livros que deixo de ler >livros deixo de ler>deixo de ler livros
(objeto direto)

3) “que” retoma “amizades”, então que=amizades:

As amizades que não vingam> as amizades não vingam >


(Sujeito)
Então, não temos a mesma função nas 3 ocorrências. Nas duas primeiras, o “que” tem função de
objeto direto e na última, de sujeito. Questão incorreta.
e) O texto tem caráter eminentemente narrativo, o autor não defende nenhuma ideia
explicitamente. Apenas reflete sobre suas memórias e pensa em possíveis efeitos de algumas
coisas que deixa de fazer. Gabarito letra B.
75. (CESPE / ICMBIO / 2014) Adaptada
Acerca de aspectos estruturais do texto e das ideias nele contidas, julgue os itens a seguir.
Em “se decompõem” (-ou que se decompõem...) e “se pode” (não se pode prever como será...),
o pronome “se” poderia ser posposto à forma verbal — decompõem-se e pode-se —, sem
prejuízo para a correção gramatical do texto.
Comentários:
Sempre preste atenção à colocação pronominal nas questões de voz passiva. O pronome
apassivador tem obrigatoriamente que ficar em próclise, pois está sendo atraído pelas palavras
atrativas “que” e “não”. Questão incorreta.
76. (CESPE / Analista / Câm. Deputados / 2014) Adaptada

As formas verbais “surgiu” e “ganhou”, ambas na linha 3, poderiam, sem prejuízo dos sentidos do
texto, ser substituídas por surgira e ganhara, respectivamente, pois indicam ações anteriores
àquelas referidas no primeiro período do texto.
Comentários:
Surgira e ganhara estão no pretérito mais que perfeito, que indica uma ação passada anterior a
outra ação, também passada. Primeiro o antropólogo escreveu a síntese, em 1996; depois ficou

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famoso por isso; depois o autor do texto pediu a ele que falasse sobre a ideia que o projetou.
Então, há a ação de pedir, que ocorreu no passado, e há ação de surgir e ganhar, que já tinha
ocorrido antes do pedido. A substituição faz todo sentido. Questão correta.
77. (CESPE / ICMBIO / 2014) Adaptada

==178a4f==

Acerca de aspectos estruturais do texto acima e das ideias nele contidas, julgue os itens a seguir.
O texto permaneceria gramaticalmente correto caso as formas verbais infinitivas “ver” (l.9),
“aprender” (l.10) e “substituir” (l.19) fossem substituídas pelas formas flexionadas vermos,
aprendermos e substituírem, respectivamente.
Comentários:
Vamos relembrar rapidamente a oração reduzida de infinitivo. Veja:
1) Temos que realizar testes para que vejamos como se comportam. (oração desenvolvida, com
conjunção, oração maior)
2) Temos que realizar testes para ver como se comportam. (oração reduzida de infinitivo, sem
conjunção, oração menor)
Nesse tipo de oração, o infinitivo pode vir flexionado para concordar com um sujeito aparente, ou
pode vir impessoal, no singular: para vermos (nós)/ver. Então o “ver” poderia ser corretamente
trocado por “vermos” e passaria a concordar com o “nós” que está implícito na forma “termos”.
“substituir” poderia ser trocado corretamente por “substituírem”, então o infinitivo passaria a ser
pessoal, para concordar com “simulações”.
Já no caso de “poderíamos aprender”, não temos uma oração reduzida de infinitivo, temos uma
locução verbal, em que só o verbo auxiliar é flexionado. Assim, “poderíamos aprendermos”, além
de sem sentido e feio, é erro de conjugação, por flexionar verbo principal em locução.
Questão incorreta.

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78. (CESPE / Analista / Câm. Deputados / 2014) Adaptada

Em relação ao texto acima, julgue os itens


A escassez de verbos nas duas primeiras frases do texto e o uso de forma verbal na voz passiva
realçam a situação de imobilidade e fragilidade do personagem em foco.
Comentários:
Questão muito boa sobre semântica das vozes verbais! Foge do tradicional! Vimos que os verbos
indicam processos, estados, e, majoritariamente, ações. Se vocês leram atentamente, temos um
personagem em estado vegetativo, decorrência provável de um derrame. Vejam as pistas: “levado
ao jardim na cadeira de braços”, “cabeça caída no peito”, “boca torta” e um “fio de baba” depois
de um “insulto cerebral”. Apesar do calor, há uma manta xadrez sobre as pernas do personagem,
clássica imagem que indica que ele não anda; ele “aos trancos ergue o rosto”. Esse personagem
não pratica ações, é carregado, é paciente das ações dos outros, é passivo, não se move. Esse
estado de imobilidade é confirmado textualmente pela ausência de verbos na voz ativa e pela
presença da voz passiva. Questão correta.

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79. (CESPE / Analista / Câm. Deputados / 2014) Adaptada

A forma verbal “Lidamos” (L.9) poderia ser corretamente substituída por Lida-se.
Comentários:
Se observarmos bem, esse texto não é homogêneo quanto à pessoa do discurso utilizada. Em
alguns trechos, usa-se a terceira pessoa, mais impessoal e neutro: “ já se fala de uma nova
categoria”; às vezes usa a primeira pessoa do plural, de modo a se incluir no assunto: “lidamos
com tantas combinações”; até se refere diretamente ao leitor: “você precisa provar e comprovar
que é quem diz ser”.
O verbo lidar é transitivo indireto, então não aceita voz passiva. Esse “se” é um índice de
indeterminação do sujeito e pode ser sim utilizado para dar um caráter geral e impessoal ao verbo,
não enfatizando quem especificamente o pratica, de modo similar ao trecho “já se fala de uma
nova categoria”. Portanto, a substituição proposta pela banca apenas tira o caráter inclusivo que
“lidamos” traz, sem causar incorreção gramatical. Questão correta.
80. (CESPE / CADE / 2014) Adaptada
O emprego de formas verbais no pretérito imperfeito, como, por exemplo, “Procurávamos”
(procurávamos relacionamentos...) e “Conhecíamos” (conhecíamos armários), está associado à
ideia de habitualidade, continuidade ou duração.
Comentários:
Ambas as formas estão conjugadas no pretérito imperfeito, que expressa aspecto de hábito, ação
contínua ou durativa no passado. Questão correta.

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81. (CESPE / Polícia Federal / 2014) Adaptada


Em “notou-se que a quebra da ordem foi provocada em situações diversas...”, a partícula “se” é
empregada para indeterminar o sujeito.
Comentários:
Não confunda um sujeito oracional com um objeto direto oracional:
Notei que a quebra da ordem foi provocada... (notei isso). A oração aqui é um Objeto direto.
Notou-se que a quebra da ordem foi provocada... (isso se notou). A oração é sujeito paciente.
Esse é o efeito de uma transposição de voz ativa para passiva. O objeto direto vira sujeito paciente
e acrescenta-se o pronome apassivador ao Verbo.
Se a oração é o sujeito, o sujeito não está interminado. Notou-se isso equivale a isso foi notado
(voz passiva analítica). Questão incorreta.
82. (CESPE / Procurador / TCE-PB) Adaptada
Julgue: Em “Uma astuta análise, com os mais modernos métodos, é feita sem sucesso”, verifica-
se o emprego da voz ativa.
Comentários:
Ser+particípio (é feita), estrutura de voz passiva analítica. Questão incorreta.
83. (CESPE / MTE / 2013) Adaptada

A forma verbal “responde” (l.7), empregada no presente do indicativo, sugere ação que se repete
no tempo, compatível com um texto de lei.
Comentários:
O presente do indicativo traz, entre outros, o aspecto de continuidade, de hábito, de verdade
universal e ação atemporal. Dessa forma, o texto de lei geralmente traz o verbo no presente para
indicar que aqueles mandamentos genéricos são universais e atemporais, são válidos a qualquer
momento, e não necessariamente estão ocorrendo no agora. Hoje, amanhã ou no futuro, o
empregador responde pelos danos morais causados em seu estabelecimento. Questão correta.
84. (CESPE / Ancine / 2013) Adaptada
Caso alguém pergunte, num futuro distante, qual terá sido o meio de expressão de maior impacto
na era moderna, a resposta será quase unânime: o cinematográfico.
No que se refere às ideias do texto acima e a seus aspectos linguísticos, julgue os itens a seguir.
A substituição da forma verbal “terá sido” por foi não prejudicaria a correção gramatical nem a
coerência do texto.
Comentários:

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A locução verbal do futuro do presente composto indica uma ação acabada antes de uma outra
ação acontecer no futuro; seu marco temporal é o futuro. O texto projeta o leitor para o futuro:
“caso alguém pergunte, num futuro distante” e qualquer ação concluída antes desse futuro pode
ser descrita com esse tempo: amanhã, às 17h, já terei acabado de ler minha aula.
Como ambos os tempos, futuro do presente composto (futuro do verbo ter+particípio) e pretérito
perfeito, trazem a ideia de uma ação perfeitamente acabada (com a distinção do marco de
referência temporal), a substituição é possível. Questão correta.
85. (CESPE / SEGESP / 2013) Adaptada

Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue os próximos itens.


As locuções verbais “foram coletadas” (l.8) e “foram analisados” (l.14) poderiam ser substituídas,
sem prejuízo para a correção gramatical e o sentido do texto, por coletou-se e analisou-se,
respectivamente.
Comentários:
Vamos à tradicional equivalência que o CESPE/UNB tanto ama:
Foram coletadas (passiva analítica) = coletaram-se (passiva sintética).
Foram analisadas (passiva analítica) = analisaram-se (passiva sintética).
Assertiva peca na concordância. Questão incorreta.
86. (CESPE / SEGESP / 2013) Adaptada
A locução verbal “havia instalado" poderia ser substituída, pela forma verbal instalara, cujo sentido
é o mesmo.
Comentários:
O pretérito mais-que-perfeito simples (terminação –RA) é perfeitamente equivalente ao composto
(ter/haver+particípio). Questão correta.
87. (CESPE / MPU / 2013) Adaptada
“Uma legislação que tenha hoje 70 anos de vigência, entrou em vigor muito antes do primeiro
computador pessoal...”
O emprego do subjuntivo em “que tenha” confere à informação um caráter hipotético.
Comentários:

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O presente do subjuntivo traz de fato sentido de hipótese. Observe que se inserirmos o presente
do indicativo “uma legislação que tem 70 anos” passamos de uma legislação hipotética para uma
que já existe. Questão correta.
88. (CESPE / DEPEN / 2013) Adaptada
O DEPEN informa que o crescimento da população carcerária tem sofrido retração nos últimos
anos.
A substituição de “tem sofrido” por sofreu prejudicaria a correção gramatical do período.
Comentários:
A forma “tem sofrido” está no pretérito perfeito composto, tempo que indica uma ação que se
iniciou no passado, mas perdura até o presente, com caráter de continuidade. Sofreu é pretérito
perfeito do indicativo, expressa ações perfeitamente acabadas. Porém, o texto acrescenta um
lapso temporal de continuidade: “nos últimos anos”. A troca não prejudica a correção. Porém,
embora a banca não tenha perguntado, o sentido mudaria, pois na redação original o processo
de retração ainda estaria acontecendo; já na reescritura, o processo teria já acabado.
Questão incorreta.
89. (CESPE / MTE / 2013) Adaptada
Apesar de certa retenção em 2012, o valor da maioria dos metais tende a continuar em alta. Em
seu último boletim com previsões para o preço de commodities, divulgado em janeiro, o Banco
Mundial estima o aumento das cotações de seis metais até 2025...
Com relação aos sentidos e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens que se
seguem.
Não haveria prejuízo gramatical para o texto se a forma verbal “estima” (l.3) fosse empregada no
pretérito perfeito do indicativo, estimou; no entanto, seria perdida a noção de atualidade que a
forma verbal original confere ao predicado.
Comentários:
Exato. A ação já aconteceu, estaria correto usar o pretérito perfeito, mas o autor opta por usar o
presente para aproximar o fato do momento em que se fala, para dar atualidade ao enunciado.
Questão correta.
90. (CESPE / Ministério da Justiça / 2013) Adaptada
As formas verbais compostas ‘estão fazendo’ e “irão construir” poderiam ser substituídas,
respectivamente, pelas formas verbais simples fazem e construirão, uma vez que são equivalentes
em sentido.
Comentários:
Não precisamos ir ao texto. A locução estão fazendo tem sentido de continuidade, aspecto
durativo, assim como o presente do indicativo (fazem), indicativo de hábito, rotina. Irão construir
é uma locução verbal equivalente ao futuro do presente do indicativo: construirão. Observe que
o verbo auxiliar carrega essa marca de futuro. No português contemporâneo a forma simples do
futuro é pouco utilizada. Prevalece o uso da locução IR+INFINITIVO, “vou fazer” no lugar de
“farei”. Questão correta.

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91. (CESPE / Analista / SERPRO / 2013)


A correção gramatical do texto seria preservada caso o verbo permitir, no segmento “o que exige
o desenvolvimento de um novo quadro conceitual e analítico que permita captar”, fosse
flexionado no pretérito imperfeito do mesmo modo verbal (subjuntivo): permitisse.
Comentários:
O CESPE/UNB adora essa correlação. Pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito: Se
eu pudesse, eu faria. Para fazer a alteração e ainda manter a correlação correta, o verbo “exigir”
teria que ir para o futuro do pretérito: exigiria/permitisse. A correlação original também é muito
cobrada: presente do indicativo+presente do subjuntivo: espero que a prova venha difícil/ele
exige que eu estude. Questão incorreta.

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RESUMO

Presente do indicativo: “hoje eu________”: Hoje eu corro/hoje começa/hoje


nasce...
Levantar Beber Cair
Eu Levanto Bebo Caio
Tu Levantas Bebes Cais
Ele Levanta Bebe Cai
Nós Levantamos Bebemos Caímos
Vós Levantais Bebeis Caís
Eles Levantam Bebem Caem
Semântica: Indica um fato que ocorre no momento em que se fala. Veja os sentidos que seu uso
pode implicar.

✓ Fato permanente, verdade atemporal: A água ferve a 100 graus Celsius.


✓ Hábito ou rotina: Eu corro e nado todo dia.
✓ Fato pontual: Ele está ranzinza hoje.
✓ Futuro próximo: The Game of Thrones começa hoje à noite.
✓ Presente histórico: Em 1908, nasce o mito. (dá caráter de atualidade)
Pretérito Perfeito do indicativo: Pense “ontem eu______”. Ontem eu
levantei/ele bebeu/eles caíram...
Levantar Beber Cair
Eu Levantei Bebi Caí
Tu Levantaste Bebeste Caíste
Ele Levantou Bebeu Caiu
Nós Levantamos Bebemos Caímos
Vós Levantastes Bebestes Caístes
Eles Levantaram Beberam Caíram
Semântica: Na sua forma simples, indica um fato perfeitamente acabado no passado, ação
concluída antes do momento da fala. Pense “ontem eu______”. Ontem levantei/ele bebeu/eles
caíram...
Veja os sentidos que seu uso pode implicar.

✓ Fato que teve início e fim no passado próximo ou distante.


Ex: Li duas aulas de constitucional hoje.
Ex: Li muitos livros na minha infância.

✓O pretérito perfeito composto expressa uma ação que começou no passado e se


prolonga até o presente.

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Ex: Tenho levantado cedo todos os dias ultimamente.

Pretérito Imperfeito do indicativo: “antigamente eu_____”:


Antigamente eu bebia/eles caíam/elas levantavam...
Levantar Beber Cair
Eu eu levantava eu bebia eu caía
Tu tu levantavas tu bebias tu caías
Ele ele levantava ele bebia ele caía
Nós nós levantávamos nós bebíamos nós caíamos
Vós vós levantáveis vós bebíeis vós caíeis
Eles eles levantavam eles bebiam eles caíam
Veja os sentidos que seu uso pode implicar.

✓ Fatos repetidos, frequentes, habituais no passado:


Ex: Antigamente eu estudava todo dia e ainda malhava.
Ex: Quando eu era pequeno, eu achava a vida chata.

✓ Uma ação que estava ocorrendo (ação durativa ou contínua) quando outra (instantânea)
aconteceu.
Ex: Eu estava dormindo quando o cachorro latiu.

✓ Ação planejada, esperada, que não se realizou.


Ex: Eu pretendia começar hoje o curso, porém foi tudo cancelado.
Ex: Quando eu pretendia avisar, já era tarde demais.

Pretérito mais-que-perfeito do indicativo:


Levantar Beber Cair
Eu eu levantara eu bebera eu caíra
Tu tu levantaras tu beberas tu caíras
Ele ele levantara ele bebera ele caíra
Nós nós levantáramos nós bebêramos nós caíramos
Vós vós levantáreis vós bebêreis vós caíreis
Eles eles levantaram eles beberam eles caíram

✓ Indica um evento perfeitamente acabado antes de outro no passado.


Ex: Quando cheguei ao ponto, o ônibus já passara.
Ex: Já passara das dez quando o taxi chegou.
Fique atento, sua terminação é –RA.
O mais-que-perfeito composto é formado pela locução Tinha/Havia+Particípio. Equivale ao
simples –RA .
Ex: Quando cheguei ao ponto, o ônibus já havia passado.
Ex: Já tinha passado das dez quando o taxi chegou.

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Futuro do presente do indicativo: “amanhã eu______”: eu farei/ele


levantará/eles cairão...
Levantar Beber Cair
Eu eu levantarei eu beberei eu cairei
Tu tu levantarás tu beberás tu cairás
Ele ele levantará ele beberá ele cairá
Nós nós levantaremos nós beberemos nós cairemos
Vós vós levantareis vós bebereis vós caireis
Eles eles levantarão eles beberão eles cairão

✓ Indica fato futuro em relação ao momento da fala.


Ex: Passarei no concurso dos meus sonhos.

✓ Indica também um futuro considerado certo por quem fala:


Ex: O táxi chegará às 23h.

✓ Pode também indicar incerteza ou dúvida.


Ex: Será que a prova virá fácil?

Futuro do pretérito do indicativo : (TERMINAÇÃO –RIA). “se eu pudesse,


eu_____” (levantaria, beberia, cairia, viajaria...)
Levantar Beber Cair
Eu eu levantaria eu beberia eu cairia
Tu tu levantarias tu beberias tu cairias
Ele ele levantaria ele beberia ele cairia
Nós nós levantaríamos nós beberíamos nós cairíamos
Vós vós levantaríeis vós beberíeis vós cairíeis
Eles eles levantariam eles beberiam eles cairiam
Indica fato futuro em relação a outro fato, no passado. O marco temporal é passado, não é o
momento da fala.
Ex: Eu disse que você conseguiria. (primeiro eu disse, depois você conseguiu)

✓ Assim como o futuro do presente, pode expressar incerteza e dúvida:


Ex: Quem seria capaz de acertar essa questão?

✓ Pode ser usado para expressar polidez em pedidos e conselhos.


Ex: Poderia me ajudar?/Seria bom você estudar mais português./ Quem gostaria de uma
sobremesa?

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Presente do subjuntivo: “Maria quer que eu______” (que eu faça, que eu fale, que
eu mate, que eu caia, que eu suba, que eu beba...)
Levantar Beber Cair
Eu que eu levante que eu beba que eu caia
Tu que tu levantes que tu bebas que tu caias
Ele que ele levante que ele beba que ele caia
Nós que nós levantemos que nós bebamos que nós caiamos
Vós que vós levanteis que vós bebais que vós caiais
Eles que eles levantem que eles bebam que eles caiam

✓ Indica possibilidade, incerteza, no presente ou no futuro:


✓ Sua terminação é A/E.
Ex: Temo que a prova venhA difícil./ Não quero que você fumE mais.

Observe a diferença entre o uso do modo indicativo e do modo subjuntivo:


Ex: Alunos que estudam passam mais rápido. (indicativo>certeza)
Ex: Alunos que estudem passam mais rápido. (subjuntivo>dúvida)

Pretérito imperfeito do subjuntivo: Se eu_______ (pudesse,


fizesse, estudasse...) .
Terminação –SSE. Muito utilizado relacionado ao fut.do. pretérito (-ia)
Levantar Beber Cair
Eu se eu levantasse se eu bebesse se eu caísse
Tu se tu levantasses se tu bebesses se tu caísses
Ele se ele levantasse se ele bebesse se ele caísse
Nós se nós levantássemos se nós bebêssemos se nós caíssemos
Vós se vós levantásseis se vós bebêsseis se vós caísseis
Eles se eles levantassem se eles bebessem se eles caíssem

✓ Denota ação posterior a outro fato na oração principal:


Ex: Duvidei que minha vó bebesse tanta tequila. / Gostaria que eles se levantassem.

✓ Denota condição ou desejo:


Ex: Se ela estudasse todo dia, passaria em qualquer prova.

Futuro do subjuntivo: “quando eu______”... (fizer, quiser, puser, entretiver)


Muito utilizado correlacionado ao fut.do. presente (-ei/á)
Ex: quando eu puder, farei/ quando ela souber, dirá
Levantar Beber Cair
Eu quando eu levantar quando eu beber quando eu cair
Tu quando tu levantares quando tu beberes quando tu caíres
Ele quando ele levantar quando ele beber quando ele cair

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Nós quando nós levantarmos quando nós bebermos quando nós cairmos
Vós quando vós levantardes quando vós beberdes quando vós cairdes
Eles quando eles levantarem quando eles beberem quando eles caírem

✓ Denota ação eventual ou hipotética no futuro:


Ex: Quando você me pagar, eu entregarei o produto. / “Se eu quiser falar com Deus, tenho que
ficar a sós”

Propor (Infinitivo) x Propuser (futuro do subjuntivo)


Entreter (Infinitivo) x Entretiver (futuro do subjuntivo)

Ver (Infinitivo) x Vir (futuro do subjuntivo)

Vir (Infinitivo) x Vier (futuro do subjuntivo)


Essa diferença vale para os verbos derivados de por, ter, ver e vir!!
Na dúvida: Troque pelo verbo fazer:
Ex: Quando eu entregar (fizer) o trabalho, ficarei tranquilo. (futuro do subjuntivo)
Ex: Para entregar (fazer) o trabalho, faço horas extras. (infinitivo)

Imperativo:
O imperativo NEGATIVO é todo derivado do presente do subjuntivo. No imperativo AFIRMATIVO,
com “tu” e “vós”, teremos a mesma conjugação do presente do indicativo, só que sem o “S”: Tu
bebes e Vós bebeis vão virar no imperativo bebe tu e bebei vós.
Afirmativo Levantar Beber Cair
Tu levanta tu bebe tu cai tu
Ele (você) levante ele beba ele caia ele
Nós levantemos nós bebamos nós caiamos nós
Vós levantai vós bebei vós caí vós
Eles levantem eles bebam eles caiam eles

💾GRAVE: estão corretas as formas Faze tu ou Faz tu; Conduze ou conduz tu; Sê tu/Sede
vós.

Verbos de Ligação
Os verbos que indicam ação são chamados de “nocionais. Os verbos de ligação, por sua vez, são
chamados verbos de estado ou verbos relacionais.
✓ Estado permanente:

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Ex: Minha mãe é mal-humorada


✓ Estado continuado:
Ex: Minha mãe continua/permanece mal-humorada
✓ Estado transitório/circunstancial:
Ex: Minha mãe está feliz.
Ex: Minha mãe anda silenciosa ultimamente.
✓ Mudança de estado:
Ex: Minha mãe ficou mal-humorada.
Ex: Minha mãe tornou-se organizada por causa do concurso.
Ex: Minha mãe virou síndica do prédio.
✓ Estado aparente:
Ex: Minha mãe parece distraída.
OBS: O fato de um verbo de estado permanente estar no passado não faz dele um estado
temporário!

Verbos importantes
Aqui veremos verbos que servem de “modelo” e os que derivam (ou não) deles.

Verbos terminados em EAR/IAR


Os verbos terminados em IAR são regulares. Siga o verbo “criar”.
Os verbos terminados em EAR são irregulares. Siga o verbo passear, nas formas em que temos
“I”
PRESENTE PRESENTE SUBJUNTIVO IMPERATIVO AFIRMATIVO
INDICATIVO
Eu passeio que eu passeie NÃO HÁ
tu passeias que tu passeies passeia tu
ele passeia que ele passeie passeie ele
nós passeamos que nós passeemos passeemos nós
vós passeais que vós passeeis passeai vós
eles passeiam que eles passeiem passeiem eles
Verbos excepcionais (exceções MARIO!)
Mediar
Ansiar
Remediar Por exceção, se conjugam como passear/odiar
Incendiar/intermediar (Acostume-se: medeio, anseio, remedeio, incendeio, odeio)
Odiar

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Provir
Intervir
Convir Se conjugam como vir
Advir
Sobrevir
(Acostume-se: ele conveio, ele interveio, se ele proviesse, se ele adviesse, quando ele
interviesse...

Prover x Provir
"Prover" significa "tomar providências", "providenciar", "fornecer", conjuga-se pelo verbo "ver"
nos tempos presentes (vejo/provejo; vê/provê; vêem/provêem) e é regular nos outros tempos (se
eu provesse).
Em suma, “PROVER” é igual ao “ver” nos tempos presentes e igual a “beber” nos outros
tempos. Fique ligado!!
"Provir" significa “ter origem de”, "descender", "derivar", "resultar", conjuga-se pelo verbo "vir"
(vem/provém; veio/proveio; vêm/provêm; viesse/proviesse).
Memorize (futuro do subjuntivo do verbo ver): Quando... eu vir; tu vires; ele vir; nós virmos;
vós virdes; eles virem.

Ver, ter e derivados


Prever
Antever
Rever Se conjugam como ver
Telever
Entrever
Os demais verbos terminados em VER são regulares. Porém, teremos a seguinte diferença: Se eu
visse, se eu antevisse, se eu prescrevesse...
Deter
Entreter
Manter
Obter
Reter Se conjugam como ter
Abster
Conter
Ater
Suster

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VIR e TER possuem as mesmas desinências. Trazem acento diferencial de número: Ele tem/vem;
Eles têm/vêm. O mesmo vale para os derivados (eles mantém/mantêm). OBS: Abater não é
derivado de “ter”: abateram/tiveram.

Memorize a conjugação abaixo. Despenca em prova. ☔☔☔


Quando... eu tiver, tu tiveres, ele tiver, nós tivermos; vós tiverdes; eles tiverem.
Se... eu tivesse, tu tivesses, ele tivesse, nós tivéssemos, vós tivésseis; tivessem.
Quando... eu vier, tu vieres, ele vier, nós viermos; vós vierdes; eles vierem.
Se... eu viesse, tu viesses, ele viesse, nós viéssemos, vós viésseis; eles viessem.

Verbo Pôr e derivados


O verbo pôr (ainda acentuado) é segue a forma da segunda conjugação (=beber): Eu ponho, tu
pões, ele põe, nós pomos, vós pondes, eles põem...
Entrepor
Supor
Compor
Repor
Opor
Transpor Se conjugam como Pôr
Interpor
Dispor
Impor
Sobrepor

Verbo Aderir e similares


Polir
Aderir
Repelir Se conjugam como Ferir
Transferir
Expelir
Vamos relembrar: Eu firo, tu feres, ele fere, nós ferimos, vós feris, eles ferem...Que... eu fira, tu
firas, ele fira, eles firam, vós firais, eles firam...
Também seguem essa conjugação os verbos advertir, competir, convergir, divergir, despir,
digerir, gerir, mentir, perseguir, sugerir, vestir.
Essas conjugações vão aparecer em geral quando o verbo vier conjugado no subjuntivo, em função
de algumas conjunções: se/que/quando/caso/embora/ainda que... Grave essas “bases”, pois elas
estarão nas questões.

Ter- TIVE+DESINÊNCIA: se tivesse, quando tiver...

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Por- PUSE+DESINÊNCIA: Se puser, quando supuséramos...


Requerer- REQUERE+DESINÊNCIA: Se requeresse, quando requereu...
Precaver- PRECAVE+DESINÊNCIA: Se precavesse, quando precaveu...
Prover - PROVE+DESINÊNCIA: se provesse, quando proveu...
Ver-VI+DESINÊNCIA: se visse, quando víssemos, se vir...
Vir- VIE+DESINÊNCIA: se viessemos, quando vier, se vierem...
Verbo REQUERER
Presente do indicativo: requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis, requerem.
Pretérito perfeito do indicativo: requeri, requereste, requereu, requeremos, requerestes, requereram.
Pretérito imperfeito do indicativo: requeria, requerias, requeria, requeríamos, requeríeis, requeriam.
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: requerera, requereras, requerera, requerêramos, requerêreis, requereram.
Futuro do presente do indicativo: requererei, requererás, requererá, requereremos, requerereis, requererão.
Futuro do pretérito do indicativo: requereria, requererias, requereria, requereríamos, requereríeis, requereriam.
Presente do subjuntivo: requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, requeiram.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos, requerêsseis, requeressem.
Futuro do subjuntivo: requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, requererem.
Imperativo afirmativo: requer(e), requeira, requeiramos, requerei, requeiram.
Imperativo negativo: não requeiras, não requeira, não requeiramos, não requeirais, não requeiram.
Infinitivo pessoal: requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, requererem.

Verbos vicários: (Fazer, Ser)


São aqueles que são utilizados no lugar de um verbo anteriormente mencionado, para evitar a
repetição.
Normalmente vêm acompanhados de um pronome demonstrativo o, que retoma a ação ou o
evento da oração anterior.
Ex: Eu poderia ter fugido, mas não o fiz. (“o fiz” retoma “ter fugido”, isto é, FAZER retoma FUGIR)
Verbos Pronominais:
São aqueles que trazem um pronome “integrante” do verbo e que não podem ser conjugados
sem ele. Normalmente indicam sentimentos: Alegrar-se, irritar-se, arrepender-se, atrever-se,
assemelhar-se, candidatar-se, dignar-se, esforçar-se; queixar-se; refugiar-se, suicidar-se, estreitar-
se...
Normalmente a banca pergunta se o “SE” indica voz passiva. Nesse caso, observe se o verbo é
VTD. Além disso, verifique se o sentido é passivo ou até reflexivo.
Formas nominais do verbo: Gerúndio, Particípio e Infinitivo.
Ex: Viver é perigoso.
(viver está em forma nominal, não conjugada, como sujeito)

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Ex: A quantia investida é altíssima.


(investida qualifica o substantivo quantia, como adjetivo)
Ex: Chegando a visita, convide-a para sentar.
(chegando=quando chegar, circunstância de tempo, adverbial)
Infinitivo pessoal x impessoal:
O infinitivo pode ser pessoal, quando tem sujeito; ou impessoal, quando não tem. O infinitivo
impessoal, não flexionado, não concorda com nenhum termo, pois enuncia uma ação vaga, sem
agente determinado.
O fato de estar no singular não quer dizer que seja impessoal, pois pode estar flexionado no
singular porque seu sujeito é singular. Quando há sujeito explicito para o infinitivo, o verbo
concorda com ele.
Ex: É importante estudarmos para a prova.
(sujeito explícito na desinência-mos=nós; o infinitivo concorda com ele)
Ex: É importante estudar para a prova.
(Quem estudar? A ação é vaga, indeterminada, não há sujeito para concordar)
Ex: É importante ele estudar para a prova.
(sujeito explícito no pronome; o infinitivo concorda com “ele”, no singular! Atenção!! É pessoal,
singular não significa necessariamente impessoal!)
Nas locuções verbais o infinitivo não se flexiona, o verbo auxiliar é que se flexionará para concordar
com o sujeito.

Carga semântica do gerúndio


O gerúndio geralmente indica uma ação continuada ou ações que ocorrem simultaneamente.
Mas, em questões de concurso, também são cobrados outros sentidos: Tempo, Condição, Modo
e Causa.
Ex: Chegando ao banco, se assustou com a fila. (Tempo: se assustou quando chegou ao banco.)
Ex: Lavando a louça, deixo você sair. (Condição: se lavar a louça, poderá sair.)
Ex: Desenvolveu a memória fazendo exercícios (Modo: exercícios foram a maneira que usou para
desenvolver a memória.)
Ex: Estudando com dedicação por anos, foi aprovada em primeiro lugar. (Causa: foi aprovada em
primeiro lugar porque estudou por anos.)
Atenção: as diferenças às vezes podem parecer sutis, mas é preciso conhecer as possibilidades
que a banca explora.

Particípios Abundantes
Há verbos que trazem mais de um particípio, um regular, terminado em –do, e um não regular,
que pode ter diversas terminações. Isso sempre gera muita dúvida no dia a dia e nas provas. Segue
uma pequena lista deles.

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INFINITIVO PARTICÍPIO PARTICÍPIO


REGULAR RREGULAR
Aceitar Aceitado Aceito
Acender Acendido Aceso
Afligir Afligido Aflito
Assentar Assentado Assento
Corrigir Corrigido Correto
Encher Enchido Cheio
Entregar Entregado Entregue
Expressar Expressado Expresso
Extinguir Extinguido Extinto
Fixar Fixado Fixo
Fritar Fritado Frito
Limpar Limpado Limpo
Misturar Misturado Misto
Morrer Morrido Morto
Pagar Pagado Pago
Submeter Submetido Submisso
Suspender Suspendido Suspenso
Tingir Tingido Tinto
Vagar Vagado Vago
Imprimir Imprimido Impresso
A regra é simples: com os particípios com terminação regular –do serão usados com os verbos
TER/HAVER:

✓ Ex: Tenho pagado minhas dívidas em débito automático.


✓ Ex: Eu nunca havia aceitado bem críticas.
Os particípios irregulares, com outras terminações, por exceção, serão usados com os verbos
SER/ESTAR:

✓ Ex: O boleto foi pago em dinheiro vivo.


✓ Ex: Estive suspenso do trabalho, por desafiar ordens sem sentido.
Correlação Verbal
Grave especialmente essas duas: resolvem a maior parte das questões:
Se eu pudesse, faria/ Se eu puder, farei

✓ Ex: Vejo que você malha.


✓ Ex: É preciso que você estude.
✓ Ex: Quando terminarem, estarei dormindo.
✓ Ex: Se eu tivesse esse carro, já teria morrido.
✓ Ex: Vi que você trouxe um presente.
✓ Ex: Sugiro que procure um psiquiatra.

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✓ Ex: Sugeri que procurasse um psiquiatra.


✓ Ex: Espero que tenha procurado um psiquiatra.
✓ Ex: Esperei que tivesse procurado um psiquiatra.
Vozes verbais
➢ Voz passiva analítica (verbo SER+PARTICÍPIO)
Na conversão da voz ativa para a passiva, o sujeito da voz ativa vira o agente da passiva. O objeto
direto da ativa vira sujeito paciente na passiva.
Ex: O desafiante derrotou o campeão (voz ativa)
Sujeito objeto direto

Ex: O campeão foi derrotado pelo desafiante. (voz passiva analítica)


Suj Paciente Ser + Particípio Agente da passiva

➢ Voz passiva sintética (VTD ou VTDI+ se):


Ex: Derrotou-se o campeão, eliminaram-se todas as esperanças.
Pron. Suj.paciente Pron. Suj.paciente
Apassivador Apassivador

A voz passiva está ligada à existência de um OD na ativa. Não é possível voz passiva com VTI, VI,
VL e verbos que já possuem sentido passivo: Ex: levar, ganhar, receber, tomar, aguentar, sofrer,
pesar (massa), ter (posse), haver (impessoal). Esses verbos, quando vêm com “SE”, geralmente
indicam sujeito interminado.
CUIDADO: às vezes o sujeito paciente tem a maior “cara” de objeto direto. Lembre-se. Na voz
passiva, não há mais o objeto direto que havia na ativa. Ele vira SUJEITO!
Não se espera novo concurso em 2017 (O termo destacado é SUJEITO PACIENTE)
Não se espera que o governo resolva tudo sozinho (A oração destacada é SUJEITO PACIENTE)
Vejam abaixo algumas diferenciações muito importantes para sua prova:

VOZ PASSIVA: LOCUÇÃO DE


Analítica: SER+PARTICÍPIO TEMPO COMPOSTO:
(Casas são vendidas) TER/HAVER+PARTICÍPIO:
Sintética: VTD/VTDI+SE (Tenho andado distraído)
(Vendem-se casas)
(Tem sido difícil estudar)

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Partícula
Sujeito
Indeter
minado:
VTI,
VI+SE

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LISTA DE QUESTÕES
1. (CESPE / PGE-PE / Analista Judiciário de Procuradoria / 2019)
Raras vezes na história humana, o trabalho, a riqueza, o poder e o saber mudaram
simultaneamente.
A coerência e a correção gramatical do texto seriam preservadas se a forma verbal “mudaram”
fosse substituída por mudam.
2. (CESPE / PF / ESCRIVÃO / 2018)
No fim do século XVIII e começo do XIX, a despeito de algumas grandes fogueiras, a melancólica
festa de punição de condenados foi-se extinguindo. Em algumas dezenas de anos, desapareceu o
corpo como alvo principal da repressão penal: o corpo supliciado, esquartejado, amputado,
marcado simbolicamente no rosto ou no ombro, exposto vivo ou morto, dado como espetáculo.
Ficou a suspeita de que tal rito que dava um “fecho” ao crime mantinha com ele afinidades
espúrias: igualando-o, ou mesmo ultrapassando-o em selvageria, acostumando os espectadores a
uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados, mostrando-lhes a frequência dos crimes,
fazendo o carrasco se parecer com criminoso, os juízes com assassinos, invertendo no último
momento os papéis, fazendo do supliciado um objeto de piedade e de admiração.
A punição vai-se tornando a parte mais velada do processo penal, provocando várias
consequências: deixa o campo da percepção quase diária e entra no da consciência abstrata; sua
eficácia é atribuída à sua fatalidade, não à sua intensidade visível; a certeza de ser punido é que
deve desviar o homem do crime, e não mais o abominável teatro
Embora tanto o primeiro quanto o segundo parágrafo do texto tratem de acontecimentos
passados, o emprego do presente no segundo parágrafo tem o efeito de aproximar os
acontecimentos mencionados ao tempo atual, o presente.
3. (CESPE / CAGE-RS / AUDITOR FISCAL / 2018)
Estas memórias ficariam injustificavelmente incompletas se nelas eu não narrasse, ainda que de
modo breve, as andanças em que me tenho largado pelo mundo na companhia de minha mulher
e de meus fantasmas particulares.
Assinale a opção que apresenta uma forma / locução verbal do texto 1A9AAA que denota uma
ação / um fato que ocorreu repetidamente no passado e que se prolonga até o momento da
narração do texto.
A) “tenho largado” B) “fui possuído” C) “tem” D) “haja fugido” E) “narrasse”
4. (CESPE / Delegado / TRE BA / 2017)
...Esta [a discussão democrática do orçamento] tem sido uma prática, sobretudo no nível do poder
local, que tem ajudado na construção de uma democracia participativa.
A correção gramatical, a coerência e o sentido do texto CG2A1AAA seriam mantidos caso a forma
verbal “tem ajudado” fosse substituída por
a) vem ajudando. b) ajudou. c) ajudaria. d) vinha ajudando. e) pode ajudar.
5. (CESPE / TRF 1ª REGIÃO / 2017)
As recorrentes menções a esse tema (a economia informal) refletem as dificuldades que as

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organizações, os indivíduos e o coletivo social vêm enfrentando para superar, com as regras legais
vigentes ou com os procedimentos-padrão, as mudanças estruturais econômicas, políticas e sociais
em andamento
A correção e a coerência do texto seriam mantidas caso a forma verbal “vêm enfrentando” fosse
substituída por têm enfrentado.
6. (CESPE / TCE-PA / 2016)
Mas o tenente Souza pensava de modo contrário!
Apontava à lua com o dedo, deixava-se ficar deitado quando passava um enterro, não se benzia
ouvindo o canto da mortalha, dormia sem camisa, ria-se do trovão! Alardeava o ardente desejo de
encontrar um curupira, um lobisomem ou uma feiticeira. Ficava impassível vendo cair uma estrela,
e achava graça ao canto agoueiro do acauã, que tantas desgraças ocasiona. Enfim, ao encontrar
um agouro, sorria e passava tranquilamente sem tirar da boca o seu cachimbo de verdadeira
espuma do mar.
Julgue o item que se segue, referente aos aspectos linguísticos do texto.
No último parágrafo do texto, o emprego das formas verbais no pretérito imperfeito do indicativo
indica que as ações do tenente Souza eram habituais. Tais hábitos acabam por caracterizar o
personagem.
7. (CESPE / SEFAZ-RS / AUDITOR FISCAL / 2019)
Os sentidos originais e a correção gramatical do texto 1A11-I seriam preservados se a forma verbal
“invertera” fosse substituída por
A) inverteria. B) teria invertido. C) invertesse. D) havia invertido. E) houve de inverter.
8. (CESPE / TCM-BA / AUDITOR / 2018)
É a época em que a burguesia, que assumira o poder havia pouco tempo, executava uma espécie
de junção entre a moral e a natureza
Julgue o item a seguir.
Com o emprego da forma verbal “assumira”, exprime-se a anterioridade de uma ação em relação
a outra.
9. (CESPE / Polícia Científica / 2016)
Seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical caso a forma verbal “entrara” fosse
substituída por
a) entrava. b) haveria entrado. c) tinha entrado. d) há de entrar. e) entraria.
10. (CESPE / SEFAZ-RS / AUDITOR FISCAL / 2019)
A tributação, portanto, somente pode ser compreendida a partir da necessidade dos indivíduos
de estabelecer convívio social organizado e de gerir a coisa pública mediante a concessão de
poder a um soberano. Em decorrência disso, a condição necessária (mas não suficiente) para que
o poder de tributar seja legítimo é que ele emane do Estado, pois qualquer imposição tributária
privada seria comparável a usurpação ou roubo.
No trecho “seria comparável a usurpação ou roubo”, a forma verbal “seria” expressa dúvida
quanto à possibilidade de concretização da referida comparação.

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11. (CESPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)


O Juca era da categoria das chamadas pessoas sensíveis, dessas a que tudo lhes toca e tange. Se
a gente lhe perguntasse: “Como vais, Juca?”, ao que qualquer pessoa normal responderia “Bem,
obrigado!” — com o Juca a coisa não era assim tão simples.
Na linha 3, caso a forma verbal “era” fosse substituída por seria, a respectiva afirmação sobre o
comportamento de Juca seria mais categórica que a que se verifica no texto.
12. (CESPE / CGM - JOÃO PESSOA / 2018)
Nesse futuro não tão remoto, teremos conquistado a utopia de uma verdadeira justiça social.
A substituição de “teremos conquistado” por conquistaremos manteria os sentidos originais do
texto.
13. (CESPE / TRE TO / 2017)
Sem a invenção dos caracteres móveis de imprensa, no século XV, seria impossível haver jornais
A forma verbal “seria” exprime uma ideia de hipótese dependente de uma condição.
14. (CESPE / SEDUC-AL / CONHECIMENTOS BÁSICOS / 2018)
Os professores fazem cursos, acumulam certificados, sem que isso corresponda a mudança ou
responda aos desafios que encaram na sala de aula.
Sem prejuízo das informações veiculadas no texto, a forma verbal “responda” poderia ser
substituída por atenda.
15. (CESPE / TCE / 2015) Adaptada
Embora a fiscalização de contas conste dos registros mais antigos...
O emprego do modo subjuntivo na forma verbal “conste" depende sintaticamente da presença
da conjunção “Embora".
16. (CESPE / TJ-DF / 2015) Adaptada
Nesse sentido, a política de universalização do acesso à justiça deve contemplar dois eixos de
atuação: o de proteção dos direitos violados (inclusive quando o órgão violador é o próprio
Estado) e o de prevenção da violência, por meio do envolvimento da sociedade na formulação de
uma política que assegure direitos e promova a paz.
No que se refere aos aspectos linguísticos do texto, julgue o próximo item.
O uso do modo subjuntivo em “que assegure direitos e promova a paz" indica que a ideia
expressa nessas orações é uma possibilidade.
17. (CESPE / MPU / 2015) Adaptada
Em outras palavras, o inquérito policial é um procedimento policial que tem por finalidade
construir um lastro probatório mínimo, ensejando justa causa para que o titular da ação
penal possa formar seu convencimento, a opinio delicti, e, assim, instaurar a ação penal cabível.
Julgue o item que se segue, a respeito das estruturas linguísticas do texto.
A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas, caso as formas verbais “possa
formar” e “instaurar” fossem substituídas, respectivamente, por forme e instaure.

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18. (CESPE / SEDF / 2017)


O transporte é público, o corpo da mulher não.
Asssédio sexual no ônibus é crime.
Se você for ou vir alguém sendo assediado, ligue 190 e denuncie.
No terceiro período, “for” e “vir” são formas flexionadas no modo subjuntivo dos verbos de
movimento ir e vir, empregadas em um jogo de palavras que aproxima o campo semântico do
movimento com o campo semântico do transporte.
19. (CESPE / PM-AL / 2017)

Susanita emprega verbos no imperativo em todas as falas dirigidas a Mafalda, pois, a todo
momento, dá ordens a ela.
20. (CESPE / MI / ATA / 2009) Adaptada
A forma verbal “Escutai” está flexionada no modo subjuntivo e indica a incerteza do falante a
respeito do que está dizendo.
21. (CESPE / IPHAN / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)
Os senhores poucos, e os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e
nus; os senhores banqueteando, os escravos perecendo à fome; os senhores nadando em ouro e
prata, os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos
adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando para o açoute, como
estátuas da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás como imagens
vilíssimas da servidão, e espetáculos da extrema miséria.
A forma verbal “nadando” exprime um evento com duração no tempo.
22. (CESPE / MPE PI / 2018)
Eis que se inicia então uma das fases mais intensas na vida de Geraldo Viramundo: sua troca de
correspondência com os estudantes, julgando estar a se corresponder com sua amada.
Os sentidos do texto seriam alterados caso o trecho “estar a se corresponder” (l.2-3) fosse assim
reescrito: estar se correspondendo.
23. (CESPE / PF / PERITO CRIMINAL / 2018)
Os programas mostram diversos detetives, técnicos e cientistas dedicando toda sua atenção a
uma investigação. Na realidade, cada cientista recebe vários casos ao mesmo tempo.

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A substituição da forma verbal “dedicando” por que dedicam manteria os sentidos originais do
texto.
24. (CESPE / TRE-BA / TÉC. JUDICIÁRIO / 2010) Adaptada
Os vocábulos “impressa” e “entregue” são particípios irregulares dos verbos imprimir e entregar,
respectivamente; tais verbos admitem, também, as formas participiais regulares: imprimido e
entregado.
25. (CESPE / CGE-CE / CONHEC. BÁSICOS / 2019)
Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um
resto de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato,
incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que
morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
O único sinal de vida vinha de um bar aberto. Duas mesas de madeira na frente, um
caminhão, um homem e uma mulher na boleia ouvindo música, entre abraços, beijos e carícias
ousadas. Mais desolado e triste que Juazeiro do Norte aquele povoado, muito mais. Em Juazeiro
tinha gente, a cidade era viva. E no meio daquele povo todo sempre se encontrava uma alma boa
como a de sua mãe, uma moça bonita, um amigo animado. Candeia era morta.
Samuel ao menos ficou um pouco feliz por ouvir a música do caminhoneiro. Quase sorriu.
O esboço de alegria durou até aparecer pela porta mal pintada de azul uma mulher assombrosa,
praguejando com uma vassoura na mão e mandando desligar aquela música maldita. O
caminhoneiro a chamou pelo nome:
— Cadê o café, Helenice? Deixa de praguejar, coisa-ruim!
Pela mesma porta saiu uma moça, bem jovem, com uma garrafa térmica vermelha e duas
canecas. Foi e voltou com rapidez, agora trazendo dois pratos, quatro pães pequenos, duas
bananas cozidas e um pote de margarina.
— Cinco reais — ordenou Helenice, com a mão na garrafa térmica. — Só come se pagar.
O homem pagou, sempre rindo da cara de Helenice, visivelmente bêbado.
Samuel ou o caminhoneiro. Não tinha tanto dinheiro para comer naquele fim de tarde, fim
de vida.
No texto CB1A1-I, poderia ser substituído por havia o verbo ter empregado em
A) “Não tinha mais que vinte casas mortas” (L. 1).
B) “Algumas construções nem sequer tinham telhado” (L. 2).
C) “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (L. 3).
D) “Em Juazeiro tinha gente” (L. 7-8).
E) “Não tinha tanto dinheiro para comer” (Último parágrafo).
26. (CESPE / CAGE-RS / AUDITOR FISCAL / 2018)
[...] ocorreram diversos avanços, como, por exemplo, a diminuição da mortalidade infantil e do
analfabetismo
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso a forma verbal “ocorreram”
fosse substituída por
A) existiu. B) aconteceu. C) sucederam. D) tiveram. E) houveram.

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27. (CESPE / POLÍCIA CIVIL DO MARANHÃO / ESCRIVÃO / 2018)


O ano de 2017 foi o mais seguro da história da aviação comercial, de acordo com a organização
holandesa Aviation Safety Network (ASN). Foram dez acidentes — nenhum deles envolvendo
linhas comerciais regulares —, com 79 mortos, 44 entre passageiros e tripulantes e outras 35
pessoas que estavam em terra.
A correção gramatical do texto seria preservada caso se substituísse a forma verbal “Foram” por
Houveram.
28. (CESPE / STM / ANALISTA / 2018)
No período “É um orgulho poder contar com você”, a terceira pessoa do singular empregada na
forma verbal “É” justifica-se por tratar-se de um verbo impessoal, como em É tarde.
29. (CESPE / Pref. São Luís-MA / 2017)
Não há democracia [...] não existem condições mínimas para a solução pacífica dos conflitos.
Preservando-se a correção gramatical do texto, os termos “não há” e “não existem” poderiam ser
substituídos, respectivamente, por
a) não existe e não têm.
b) não existe e inexiste.
c) inexiste e não há.
d) inexiste e não acontece.
e) não tem e não têm.
30. (CESPE / TRE-PE / Técnico / 2017)
A moralidade, que deve ser uma característica do conjunto de indivíduos da sociedade, deve
caracterizar de modo mais intenso ainda aqueles que exercem funções administrativas e de gestão
pública ou privada. Com relação a essa ideia, vale destacar que o alcance da moralidade vincula-
se a princípios ou normas de conduta, aos padrões de comportamento geralmente reconhecidos,
pelos quais são julgados os atos dos membros de determinada coletividade. Disso é possível
deduzir que os membros de uma corporação profissional — no caso, funcionários e servidores da
administração pública — também devem ser submetidos ao julgamento ético-moral. A
administração pública deve pautar-se nos princípios constitucionais que a regem. É necessário,
ainda, que tais princípios estejam pública e legalmente disponíveis ao conhecimento de todos os
cidadãos, para que estes possam respeitá-los e vivenciá-los.
No texto, a forma verbal “devem”, no trecho “os membros de uma corporação profissional (...)
também devem ser submetidos ao julgamento ético-moral” , foi empregada no sentido de
A) probabilidade. B) capacidade. C) permissão. D) obrigação. E) necessidade.
31. (CESPE / SEDF / 2017)
A língua continua sendo forte elemento de discriminação social, seja no próprio contexto escolar,
seja em outros contextos sociais, como no acesso ao emprego e aos serviços públicos em geral
(serviços de saúde, por exemplo).
O emprego do verbo “continua” permite que se infira que não houve mudança na caracterização
da língua como “forte elemento de discriminação social”.

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32. (CESPE / TCE-RN / 2015) Adaptada


A garantia desse preceito advém da própria Constituição...
Julgue o item seguinte.
A forma verbal “advém" está no singular porque concorda com o núcleo do sujeito da oração
em que se insere: “garantia".
33. (CESPE/ SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA/ 2018)
Embora a perspectiva desses autores divirja entre si....
Embora haja semelhança de sentido entre os verbos divergir e diferir, a substituição da forma
verbal “divirja” por difere prejudicaria a correção gramatical do texto.
34. (CESPE / FUB / 2015) Adaptada
No trecho “A sustentabilidade (...) ambientais” (A sustentabilidade corporativa requer negócios
amparados em boas práticas de governança e em benefícios sociais e ambientais...), para
expressar um fato ocorrido em momento anterior ao atual, que foi totalmente terminado, a forma
verbal “requer” deveria ser substituída por requereu. Nesse caso, mesmo após a alteração do
tempo verbal, a referência à pessoa do discurso seria mantida.
35. (CESPE / Diplomata / 2015)
...Houve quem passasse a escrever registo, em vez de registro, e preguntar, em vez de perguntar,
porque assim se escrevia em Portugal. Já ao tempo de José de Alencar, um publicista ríspido,
José Feliciano de Castilho, viera de Lisboa para o Rio de Janeiro, com a missão de ensinar-nos a
escrever como se escrevia em Portugal. Daí a reação do romancista cearense no prefácio de seus
Sonhos d’Ouro, em 1872: “Censurem, piquem, ou calem-se, como lhes aprouver. Não alcançarão
jamais que eu escreva, neste meu Brasil, coisa que pareça vinda em conserva lá da outra banda,
como a fruta que nos mandam em lata.”
Com relação a aspectos gramaticais do texto acima, julgue o próximo item. Na oração ‘como lhes
aprouver’, foi empregada uma forma flexionada do verbo aprazer, cujo radical é o mesmo que o
do adjetivo aprazível, de uso corrente na atualidade.
36. (CESPE / MPU / ANALISTA / 2018)
Contudo, uma calamidade seria um caso de injustiça apenas se pudesse ter sido evitada, em
especial se aqueles que poderiam ter agido para tentar evitá-la tivessem deixado de fazê-lo. Entre
os requisitos de uma teoria da justiça inclui-se o de permitir que a razão influencie o diagnóstico
da justiça e da injustiça.
Na expressão “fazê-lo” (l.2), a forma pronominal “lo” retoma a ideia de agir para tentar evitar uma
calamidade.
37. (CESPE / TCE-RO / 2013)

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Julgue os itens que se seguem, relativos às informações e estruturas linguísticas do texto acima.
Em “assemelhando-se”, o emprego da partícula “-se” deve-se ao emprego pronominal do verbo
assemelhar.
38. (CESPE / PRF / POLICIAL / 2019)
Não consigo pensar em um cargo público mais empolgante que o desse homem. Claro que o
cargo, se existia, já foi extinto, e o homem da luz já deve ter se transferido para o mundo das
trevas eternas.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso a forma verbal “existia” fosse
substituída por existisse.
Comentários:
O sentido seria alterado e haveria erro de correlação verbal:
Claro que o cargo, se existia, já foi extinto, e o homem da luz já deve ter se transferido para o
mundo das trevas eternas.
Para manter a correlação ideal, a forma correta seria:
Claro que o cargo, se existisse, já teria sido extinto, e o homem da luz já deve ter se transferido
para o mundo das trevas eternas. Questão incorreta.
39. (CESPE / TCE-RS / 2013) Adaptada
O Tribunal enviou ofício aos gestores municipais, alertando que o envio de dados e documentos
relacionados às inativações na esfera municipal passará a ser realizado pela Internet, o que exigirá
que as administrações adquiram certificados digitais...
Em relação às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a seguir.
A substituição de “exigirá” por exigiriam manteria a correta correlação entre os tempos e modos
verbais empregados no período.
Comentários:
A modificação traria um erro de concordância, já que “exigirá” está no singular para concordar
com o antecedente do “que”, o pronome demonstrativo “o”. Exigiriam está no plural e não pode
concordar com sujeito singular. Além disso, a correlação correta não seria mantida, pois já
sabemos que o futuro do pretérito se correlaciona com o pretérito do subjuntivo: se eu pudesse,
eu faria. Finalmente, não poderia também ser inserida somente a forma “exigiria” sem a correta
modificação do outro verbo, adquirir. Teríamos que mexer nos dois para ter: “exigiria” e
“adquirissem”. Questão incorreta.
40. (CESPE / PRF / POLICIAL / 2019)
Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos que quase tudo que vemos existe em razão
de atividades do trabalho humano.
Seriam mantidos os sentidos do texto caso o primeiro período do segundo parágrafo fosse assim
reescrito: Quando prestamos atenção a nossa volta, percebemos que quase tudo que vemos existe
pelas atividades do trabalho humano.
Comentários:
Na redação original, temos uma clássica correlação verbal de estrutura condicional:

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Se prestarmos atenção, perceberemos.


Então, temos uma hipótese, uma suposição, seguida de um possível efeito decorrente dessa
condição.
Na reescritura, a banca usou a conjunção temporal “quando” e o verbo no presente:
“percebemos”, o que embora tenha uma ideia geral semelhante, expressa algo concreto no
tempo, algo visto como mais certo. Portanto, há mudança de sentido. Questão incorreta.
41. (CESPE / PM-AL / 2017)
Enquanto se diz que os pobres da cidade são violentos, a atenção da violência que eles sofrem é
invertida.
A forma verbal “diz” poderia ser substituída por disser, sem prejuízo da correção gramatical do
texto.
42. (CESPE / SEFAZ-RS / 2018)
preservou-se, com o passar dos séculos, a associação dos atributos de beleza e expressão cultural
ao valor monetário das moedas
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso a forma “preservou-se”
fosse substituída por
A) teriam sido preservados.
B) tinha sido preservada.
C) foi preservada.
D) foram preservados.
E) teria sido preservada.
43. (CESPE / EBSERH / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)
Durante o período do Estado Novo (1937-1945), no governo de Getúlio Vargas, foram adotados
dispositivos legais para fortalecer a família numerosa, por meio de diversas medidas...
A substituição de “foram adotados” por adotou-se preservaria a correção e o sentido do texto.
44. (CESPE / STM / ANALISTA / 2018)
Todos esses senhores [que buscam pela violência o domínio sobre a mulher] parece que não
sabem o que é a vontade dos outros. Eles se julgam com o direito de impor o seu amor ou o seu
desejo a quem não os quer. Não sei se se julgam muito diferentes dos ladrões à mão armada
É de se supor que quem quer casar deseje que a sua futura mulher venha para o tálamo conjugal
com a máxima liberdade, com a melhor boa-vontade, sem coação de espécie alguma, com ardor
até, com ânsia e grandes desejos; como é então que se castigam as moças que confessam não
sentir mais pelos namorados amor ou coisa equivalente?
O vocábulo se recebe a mesma classificação em “se julgam” (L.2) e “se castigam” (L.6).
45. (CESPE / IHBDF / 2018)
A vida de Florence Nightingale, a criadora da moderna enfermagem, daria um romance. [...] Aos
dezesseis anos, algo aconteceu: Deus falou-me — escreveu depois — e convocou-me para servi-
lo.
Servir a Deus significava, para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente dos enfermos

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hospitalizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão perigosos (por causa
da sujeira, do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa. Hospitalizados eram só
os pobres, e Florence preparou-se para cuidar deles, praticando com os indigentes que viviam
próximos à sua casa. Viajou por toda a Europa, visitando hospitais.
Sidney Herbert, membro do governo inglês e amigo pessoal, pediu-lhe que chefiasse um grupo
de enfermeiras enviadas para o front turco, uma tarefa a que Florence entregou-se de corpo e
alma...
Nos trechos “Florence preparou-se” e “Florence entregou-se”, a partícula “se” classifica-se como
pronome apassivador.
46. (CESPE / Analista / INSS / 2016)

Julgue o item subsequente, que versam sobre os sentidos e os aspectos linguísticos do texto
acima.
A substituição de “destacou-se” (l.11) por foi destacado prejudicaria o sentido original do
período.

47. (CESPE / PGE-PE / Conhecimentos Básicos 1, 2, 3 e 4 / 2019)


Nesse contexto, a Lei Maria da Penha teria o papel de assegurar o reconhecimento das mulheres
em situação de violências (incluída a psicológica) pelo direito; afinal, é constatando as obrigações
que temos diante do direito alheio que chegamos a uma compreensão de cada um(a) de nós como
sujeitos de direitos.
A substituição da forma verbal “teria” (L.1) por tem manteria tanto a correção gramatical quanto
a coerência do texto.
48. (CESPE / SEFAZ-RS / AUDITOR FISCAL / 2019)
A correção gramatical e os sentidos do texto 1A3-I seriam preservados caso o fragmento
“favorecendo-se, assim, a elevação dos seus investimentos” fosse reescrito da seguinte forma:
que favorecerá, assim, a elevação dos seus investimentos
49. (CESPE / SEFAZ-RS / AUDITOR FISCAL / 2019)
A correção gramatical e os sentidos do texto 1A3-I seriam preservados caso o fragmento
“favorecendo-se, assim, a elevação dos seus investimentos” fosse reescrito da seguinte forma: em
que favorece, assim, a elevação dos seus investimentos
50. (CESPE / BNB / 2018)
Segundo um arquiteto de software de uma empresa não participante do estudo, o modo como a
máquina aprende os padrões antes de começar a analisar compras interfere diretamente no
registro de falsos positivos e fraudes reais. “Se a prepararmos apenas para detectar casos de não
fraude, podemos aumentar os riscos de fraudes que passam. Sendo assim, precisamos aumentar
ao máximo o balanço de situações apresentadas à máquina para não pesar um lado mais do que

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o outro”, detalha.
A substituição da forma verbal ‘podemos’ (L.4) por poderemos não prejudicaria a correção
gramatical nem alteraria os sentidos originais do texto.
51. (CESPE / STM / TÉCNICO / 2018)
O Zoológico de Sapucaia do Sul abrigou um dia um macaco chamado Alemão. Em um domingo
de Sol, Alemão conseguiu abrir o cadeado de sua jaula e escapou. O largo horizonte do mundo
estava à sua espera. As árvores do bosque estavam ao alcance de seus dedos. Ele passara a vida
tentando abrir aquele cadeado.
A forma verbal “passara” denota um fato ocorrido antes de duas outras ações também já
concluídas, as quais são descritas nos dois períodos imediatamente anteriores ao período em que
ela se insere.
52. (CESPE / PF / ESCRIVÃO / 2018)
Dir-se-á, no entanto, que nenhum deles partilha realmente do direito de julgar; os peritos não
intervêm antes da sentença para fazer um julgamento, mas para esclarecer a decisão dos juízes.
A expressão “Dir-se-á” (L.1) poderia ser corretamente substituída por Será dito.
53. (CESPE / IHBDF / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Nasci no Brás, durante a Segunda Guerra. Da rua em que morávamos até a Praça da Sé, são vinte
minutos de caminhada.
Infere-se do emprego da forma verbal “morávamos” que o narrador fornece uma informação
sobre si próprio e sua família.
54. (CESPE / IHBDF / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Quando estava com sete anos, acordei com os olhos inchados, e meu pai me levou ao pediatra.
Ao voltarmos, o futebol ininterrupto que jogávamos com bola de borracha na porta da fábrica em
frente parou e a molecada correu até nós. Queriam saber se era verdade que os médicos davam
injeções enormes na bunda das crianças.
Depreende-se do emprego da forma verbal “jogávamos” que o narrador, ao retornar do pediatra
para casa, juntou-se a colegas para jogar futebol.
55. (CESPE / IHBDF / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Tentar deter o mar era inútil. Também não havia como fazer um molde da areia, mesmo que ele
tivesse tempo para isso, coisa que ele não tinha. Talvez conseguisse correr até em casa para buscar
sua câmera.
Os sentidos originais do trecho “Tentar deter o mar era inútil” seriam mantidos caso a forma verbal
“era” fosse substituída por seria.
56. (CESPE / PF / Agente / 2018)
— A polícia parisiense — disse ele — é extremamente hábil à sua maneira. Seus agentes são
perseverantes, engenhosos, astutos e perfeitamente versados nos conhecimentos que seus
deveres parecem exigir de modo especial. Assim, quando o delegado G... nos contou,
pormenorizadamente, a maneira pela qual realizou suas pesquisas no Hotel D..., não tive dúvida
de que efetuara uma investigação satisfatória (...) até o ponto a que chegou o seu trabalho.
— Até o ponto a que chegou o seu trabalho? — perguntei.

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— Sim — respondeu Dupin. — As medidas adotadas não foram apenas as melhores que
poderiam ser tomadas, mas realizadas com absoluta perfeição. Se a carta estivesse depositada
dentro do raio de suas investigações, esses rapazes, sem dúvida, a teriam encontrado.
Ri, simplesmente — mas ele parecia haver dito tudo aquilo com a máxima seriedade.
— As medidas, pois — prosseguiu —, eram boas em seu gênero, e foram bem executadas:
seu defeito residia em serem inaplicáveis ao caso e ao homem em questão. Um certo conjunto de
recursos altamente engenhosos é, para o delegado, uma espécie de leito de Procusto, ao qual
procura adaptar à força todos os seus planos. Mas, no caso em apreço, cometeu uma série de
erros, por ser demasiado profundo ou demasiado superficial. (...) E, se o delegado e toda a sua
corte têm cometido tantos enganos, isso se deve (...) a uma apreciação inexata, ou melhor, a uma
não apreciação da inteligência daqueles com quem se metem. Consideram engenhosas apenas as
suas próprias ideias e, ao procurar alguma coisa que se ache escondida, não pensam senão nos
meios que eles próprios teriam empregado para escondê-la. Estão certos apenas num ponto:
naquele em que sua engenhosidade representa fielmente a da massa; mas, quando a astúcia do
malfeitor é diferente da deles, o malfeitor, naturalmente, os engana. Isso sempre acontece quando
a astúcia deste último está acima da deles e, muito frequentemente, quando está abaixo. Não
variam seu sistema de investigação; na melhor das hipóteses, quando são instigados por algum
caso insólito, ou por alguma recompensa extraordinária, ampliam ou exageram os seus modos de
agir habituais, sem que se afastem, no entanto, de seus princípios. (...) Você compreenderá, agora,
o que eu queria dizer ao afirmar que, se a carta roubada tivesse sido escondida dentro do raio de
investigação do nosso delegado — ou, em outras palavras, se o princípio inspirador estivesse
compreendido nos princípios do delegado —, sua descoberta seria uma questão inteiramente fora
de dúvida. Este funcionário, porém, se enganou por completo, e a fonte remota de seu fracasso
reside na suposição de que o ministro é um idiota, pois adquiriu renome de poeta. Segundo o
delegado, todos os poetas são idiotas — e, neste caso, ele é apenas culpado de uma non
distributio medii, ao inferir que todos os poetas são idiotas.
— Mas ele é realmente poeta? — perguntei. — Sei que são dois irmãos, e que ambos
adquiriram renome nas letras. O ministro, creio eu, escreveu eruditamente sobre o cálculo
diferencial. É um matemático, e não um poeta.
— Você está enganado. Conheço-o bem. E ambas as coisas. Como poeta e matemático,
raciocinaria bem; como mero matemático, não raciocinaria de modo algum, e ficaria, assim, à
mercê do delegado.
— Você me surpreende — respondi — com essas opiniões, que têm sido desmentidas pela
voz do mundo. Naturalmente, não quererá destruir, de um golpe, ideias amadurecidas durante
tantos séculos. A razão matemática é há muito considerada como a razão par excellence.
A correção gramatical do texto seria mantida caso a forma verbal “compreenderá” (L.25) fosse
substituída por compreende, embora o sentido original do período em que ela ocorre fosse
alterado: no original, o emprego do futuro revela uma expectativa de Dupin em relação a seu
interlocutor; com o emprego do presente, essa expectativa seria transformada em fato
consumado.
57. (CESPE / CAGE-RS / AUDITOR FISCAL / 2018)
Estas memórias ficariam injustificavelmente incompletas se nelas eu não narrasse, ainda que de
modo breve, as andanças em que me tenho largado pelo mundo na companhia de minha mulher
e de meus fantasmas particulares. Desde criança fui possuído pelo demônio das viagens. Essa
encantada curiosidade de conhecer alheias terras e povos visitou-me repetidamente a mocidade

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e a idade madura. Mesmo agora, quando já diviso a brumosa porta da casa dos setenta, um convite
à viagem tem ainda o poder de incendiar-me a fantasia.
Na minha opinião, existem duas categorias principais de viajantes: os que viajam para fugir e os
que viajam para buscar. Considero-me membro deste último grupo, embora em 1943, nauseado
pelo ranço fascista de nosso Estado Novo, eu haja fugido com toda a família do Brasil para os
Estados Unidos, onde permanecemos dois anos.
Assinale a opção que apresenta uma forma / locução verbal do texto 1A9AAA que denota uma
ação / um fato que ocorreu repetidamente no passado e que se prolonga até o momento da
narração do texto.
A) “tenho largado” (L.2)
B) “fui possuído” (L.3)
C) “tem” (L.6)
D) “haja fugido” (L.9)
E) “narrasse” (L.1)
58. (CESPE / Delegado / PC-GO / 2017)
A principal finalidade da investigação criminal, materializada no inquérito policial (IP), é a de
reunir elementos mínimos de materialidade e autoria delitiva antes de se instaurar o processo
criminal, de modo a evitarem-se, assim, ações infundadas, as quais certamente implicam grande
transtorno para quem se vê acusado por um crime que não cometeu.
Modernamente, o IP deixou de ser o procedimento absolutamente inquisitorial e
discricionário de outrora. A participação das partes, pessoalmente ou por seus advogados ou
defensores públicos, vem ganhando espaço a cada dia, com o objetivo de garantir que o IP seja
um instrumento imparcial de investigação em busca da verdade dos fatos.
Acrescente-se que o estigma provocado por uma ação penal pode perdurar por toda a vida
e, por isso, para ser promovida, a acusação deve conter fundamentos fáticos e jurídicos suficientes,
o que, em regra, se consegue por meio do IP.
No texto, uma ação que se desenvolve gradualmente é introduzida pela
a) forma verbal “implicam” (l.3).
b) locução “vem ganhando” (l.7).
c) forma verbal “garantir” (l.7).
d) locução “pode perdurar” (l.9).
e) forma verbal “reunir” (l.2).
59. (CESPE / PRF / SUPERIOR / 2012)
Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de
causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro passa a interessar aos
outros, muito mais que a você mesmo.
Seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical da oração iniciada por “Desde que” (l.2), se
a forma verbal “compra”, nessa mesma linha, fosse substituída por compre.

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60. (CESPE / PF / PAPILOSCOPISTA / 2018)


Julgue o item a seguir quanto à correção gramatical e à coerência e à coesão textual.
Nos casos de cadáveres de vítimas carbonizadas, podem não mais haver impressões digitais.
61. (CESPE / FUNPRESP / 2016)

A respeito dos aspectos linguísticos do texto, julgue o item que se segue.


Seria preservada a correção gramatical do texto caso o trecho “Dir-se-ia” (l. 4) fosse substituído
por Dizem.
62. (CESPE / Instituto Rio Branco / 2017)
Jantava, uns dias; em outros, almoçava unicamente; e houve muitos que nem uma coisa ou outra
fiz. (...) Abelardo Leiva, o meu recente conhecimento, era poeta e revolucionário.
Vivia pobremente, curtindo misérias e lendo, entre duas refeições afastadas, as suas obras
prediletas e enchendo a cidade com os longos passos de homem de grandes pernas
O tom memorialista do primeiro parágrafo manifesta-se pelo uso predominante de formas verbais
que denotam o início de determinadas ações, das quais são exemplos “Jantava” e “almoçava”,
ambas na linha 1, e “Vivia” (l.3).
63. (CESPE / TCE-PE / 2017)

Sem prejuízo da correção gramatical do texto e das informações nele veiculadas, a forma verbal
“seja” (l.7) poderia ser substituída por seria.
64. (CESPE / TCE-PE / 2017)
Em linhas gerais, pode-se afirmar que os direitos civis igualam os indivíduos pela possibilidade
legal de terem liberdades comuns.
Seriam mantidos a correção gramatical e os sentidos do texto caso a forma verbal “terem” fosse

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substituída por existirem.


65. (CESPE / Polícia Rodoviária Federal / 2013)
Mas vamos ao definitivo transitório. Os cientistas afirmam que podem realmente construir agora
a bomba limpa. Sabemos todos que as bombas atômicas fabricadas até hoje são sujas (aliás,
imundas) porque, depois que explodem, deixam vagando pela atmosfera o já famoso e temido
estrôncio 90.
A forma verbal “podem” (L.1) está empregada no sentido de têm autorização.
66. (CESPE / SEDF / 2017)

Na linha 3, a forma verbal “Pode-se” foi empregada no sentido de é possível.


67. (CESPE / FUNPRESP / 2016)

Acerca dos aspectos linguísticos e dos sentidos do texto, julgue o item que se segue.
No segundo parágrafo, o emprego do tempo verbal em formas como “Saía” (l.23), “exigiam”
(l.25), “Encontrava” (l.27) e “alimentava” (l.30) denota o caráter rotineiro de determinados
acontecimentos na vida de Ana.

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68. (CESPE / TJ DFT / 2015) Adaptada


Acerca dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item seguinte.
Em “Importa destacar que a violência familiar pode se dar...", a oração “destacar" exerce função
de sujeito.
69. (CESPE / Polícia Federal / 2014) Adaptada
Pedi a um dos homens ao lado da parede que me contassem como tinha sido sua viagem.
A correção gramatical do texto seria preservada caso se substituísse a locução “tinha sido” pela
forma verbal fora.
70. (CESPE / ANATEL / 2014)

Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir.


No primeiro quadrinho, o emprego da forma verbal “transportasse”, exigido pela presença da
locução “como se” na estrutura da oração, indica situação factual.
71. (CESPE / ANATEL / 2014) Adaptada
O trecho “eram usadas tochas” poderia ser corretamente reescrito como usavam-se tochas.
72. (CESPE / TJ-SE / 2014) Adaptada
O assassino poderia ser condenado a 3 anos de desterro na África.
O emprego do futuro do pretérito em “poderia” indica que a situação apresentada na oração é
não factual, ou seja, é hipotética.

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73. (CESPE / TJ-SE / 2014)

Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto caso os pronomes “se” (l. 2) e “a” (l. 5)
fossem deslocados para imediatamente após as formas verbais “aplicava” (l. 2) e “apanhasse” (l.
5), escrevendo-se que aplicava-se e caso apanhasse-a, respectivamente.
74. (CESPE / TJ-CE / 2014) Adaptada

No que se refere à classificação do texto acima e às estruturas linguísticas nele empregadas,


assinale a opção correta.
a) O sentido original do texto seria preservado caso a forma verbal “gostara” (l.3) fosse substituída
por gostava.
b) O referente do complemento da forma verbal “apreciasse” (l.5) é “o tal texto” (l.4).
c) Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto, o pronome “que”, em “que
vai estrear com a apresentação” (l.13), poderia ser substituído por onde.
d) No último período do texto, o pronome “que” exerce, em suas três ocorrências, a mesma
função sintática.
e) No texto, de caráter eminentemente dissertativo, o autor defende a ideia de que pessoas de
prestígio em suas áreas de atuação devem dar atenção aos iniciantes.

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75. (CESPE / ICMBIO / 2014) Adaptada


Acerca de aspectos estruturais do texto e das ideias nele contidas, julgue os itens a seguir.
Em “se decompõem” (-ou que se decompõem...) e “se pode” (não se pode prever como será...),
o pronome “se” poderia ser posposto à forma verbal — decompõem-se e pode-se —, sem
prejuízo para a correção gramatical do texto.
76. (CESPE / Analista / Câm. Deputados / 2014) Adaptada

As formas verbais “surgiu” e “ganhou”, ambas na linha 3, poderiam, sem prejuízo dos sentidos do
texto, ser substituídas por surgira e ganhara, respectivamente, pois indicam ações anteriores
àquelas referidas no primeiro período do texto.
77. (CESPE / ICMBIO / 2014) Adaptada

Acerca de aspectos estruturais do texto acima e das ideias nele contidas, julgue os itens a seguir.
O texto permaneceria gramaticalmente correto caso as formas verbais infinitivas “ver” (l.9),
“aprender” (l.10) e “substituir” (l.19) fossem substituídas pelas formas flexionadas vermos,
aprendermos e substituírem, respectivamente.

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78. (CESPE / Analista / Câm. Deputados / 2014) Adaptada

Em relação ao texto acima, julgue os itens


A escassez de verbos nas duas primeiras frases do texto e o uso de forma verbal na voz passiva
realçam a situação de imobilidade e fragilidade do personagem em foco.
79. (CESPE / Analista / Câm. Deputados / 2014) Adaptada

A forma verbal “Lidamos” (L.9) poderia ser corretamente substituída por Lida-se.

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80. (CESPE / CADE / 2014) Adaptada


O emprego de formas verbais no pretérito imperfeito, como, por exemplo, “Procurávamos”
(procurávamos relacionamentos...) e “Conhecíamos” (conhecíamos armários), está associado à
ideia de habitualidade, continuidade ou duração.
81. (CESPE / Polícia Federal / 2014) Adaptada
Em “notou-se que a quebra da ordem foi provocada em situações diversas...”, a partícula “se” é
empregada para indeterminar o sujeito.
82. (CESPE / Procurador / TCE-PB) Adaptada
Julgue: Em “Uma astuta análise, com os mais modernos métodos, é feita sem sucesso”, verifica-
se o emprego da voz ativa.
83. (CESPE / MTE / 2013) Adaptada

A forma verbal “responde” (l.7), empregada no presente do indicativo, sugere ação que se repete
no tempo, compatível com um texto de lei.
84. (CESPE / Ancine / 2013) Adaptada
Caso alguém pergunte, num futuro distante, qual terá sido o meio de expressão de maior impacto
na era moderna, a resposta será quase unânime: o cinematográfico.
No que se refere às ideias do texto acima e a seus aspectos linguísticos, julgue os itens a seguir.
A substituição da forma verbal “terá sido” por foi não prejudicaria a correção gramatical nem a
coerência do texto.
85. (CESPE / SEGESP / 2013) Adaptada

Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue os próximos itens.


As locuções verbais “foram coletadas” (l.8) e “foram analisados” (l.14) poderiam ser substituídas,
sem prejuízo para a correção gramatical e o sentido do texto, por coletou-se e analisou-se,
respectivamente.

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86. (CESPE / SEGESP / 2013) Adaptada


A locução verbal “havia instalado" poderia ser substituída, pela forma verbal instalara, cujo sentido
é o mesmo.
87. (CESPE / MPU / 2013) Adaptada
“Uma legislação que tenha hoje 70 anos de vigência, entrou em vigor muito antes do primeiro
computador pessoal...”
O emprego do subjuntivo em “que tenha” confere à informação um caráter hipotético.
88. (CESPE / DEPEN / 2013) Adaptada
O DEPEN informa que o crescimento da população carcerária tem sofrido retração nos últimos
anos.
A substituição de “tem sofrido” por sofreu prejudicaria a correção gramatical do período.
89. (CESPE / MTE / 2013) Adaptada
Apesar de certa retenção em 2012, o valor da maioria dos metais tende a continuar em alta. Em
seu último boletim com previsões para o preço de commodities, divulgado em janeiro, o Banco
Mundial estima o aumento das cotações de seis metais até 2025...
Com relação aos sentidos e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens que se
seguem.
Não haveria prejuízo gramatical para o texto se a forma verbal “estima” (l.3) fosse empregada no
pretérito perfeito do indicativo, estimou; no entanto, seria perdida a noção de atualidade que a
forma verbal original confere ao predicado.
90. (CESPE / Ministério da Justiça / 2013) Adaptada
As formas verbais compostas ‘estão fazendo’ e “irão construir” poderiam ser substituídas,
respectivamente, pelas formas verbais simples fazem e construirão, uma vez que são equivalentes
em sentido.
91. (CESPE / Analista / SERPRO / 2013)
A correção gramatical do texto seria preservada caso o verbo permitir, no segmento “o que exige
o desenvolvimento de um novo quadro conceitual e analítico que permita captar”, fosse
flexionado no pretérito imperfeito do mesmo modo verbal (subjuntivo): permitisse.

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GABARITOS
1. CORRETA 24. CORRETA 47. CORRETA 70. INCORRETA
2. CORRETA 25. LETRA D 48. INCORRETA 71. CORRETA
3. LETRA A 26. LETRA C 49. INCORRETA 72. CORRETA
4. LETRA A 27. INCORRETA 50. CORRETA 73. INCORRETA
5. CORRETA 28. INCORRETA 51. INCORRETA 74. LETRA B
6. CORRETA 29. LETRA C 52. CORRETA 75. INCORRETA
7. c LETRA D 30. I LETRA D 53. CORRETA 76. CORRETA
8. CORRETA 31. CORRETA 54. INCORRETA 77. INCORRETA
9. LETRA C 32. CORRETA 55. CORRETA 78. CORRETA
10. INCORRETA 33. CORRETA 56. CORRETA 79. CORRETA
11. INCORRETA 34. CORRETA 57. LETRA A 80. CORRETA
12. INCORRETA 35. CORRETA 58. LETRA B 81. INCORRETA
13. CORRETA 36. CORRETA 59. INCORRETA 82. INCORRETA
14. CORRETA 37. CORRETA 60. INCORRETA 83. CORRETA
15. CORRETA 38. INCORRETA 61. CORRETA 84. CORRETA
16. CORRETA 39. INCORRETA 62. INCORRETA 85. INCORRETA
17. CORRETA 40. INCORRETA 63. INCORRETA 86. CORRETA
18. INCORRETA 41. INCORRETA 64. INCORRETA 87. CORRETA
19. INCORRETA 42. LETRA C 65. INCORRETA 88. INCORRETA
20. INCORRETA 43. INCORRETA 66. CORRETA 89. CORRETA
21. CORRETA 44. INCORRETA 67. CORRETA 90. CORRETA
22. INCORRETA 45. INCORRETA 68. CORRETA 91. INCORRETA
23. INCORRETA 46. CORRETA 69. CORRETA

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