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PROFESSORA:
TEXTO I
Pororoca, o personagem deste conto, tinha se mudado com sua família para uma
nova rua havia três semanas. Pouco a pouco, ele foi conhecendo a turma da rua. Era a
turma do Balau.
[...]Pororoca queria fazer parte da turma do Balau. Para isso, teria de se submeter a
um teste de coragem: entrar numa casa abandonada que todos diziam ser mal-assombrada.
Ao ser informado do teste, por Balau, Pororoca reage:
– Lá? Você está louco?!
– Eu não. Se você não quer, voltamos e fim de papo.
– Bem...
– Está com medo?
Pororoca estufou o peito, morrendo de medo, e
respondeu?
– Nem medo, nem medinho, nem medão! Estou pronto.
– Ok! O teste é o seguinte: hoje de manhã eu joguei
uma laranja dentro da casa. Você deverá ir lá, entrar na casa,
achar a laranja e trazer de volta. Nós esperamos aqui.
– E onde você jogou a laranja?
– Lá dentro, ué.
Pororoca pensou em desistir. Mas aí ficaria sem turma
ali na rua e todo mundo o chamaria de Pororoca, o medroso.
Por isso, decidiu ir de qualquer jeito. Não tinha outra saída:
era ir ou... ir.
A casa era simples, pequena, abandonada, mas, se não fosse a história de Balau,
ninguém pensaria que era mal-assombrada. O mato crescia por todos os lados e as duas
janelas estavam parcialmente arrebentadas e abertas. A porta da frente, depois do pequeno
alpendre, também estava meio aberta. Era por ali que ele iria entrar. Pororoca juntou os
cacos de coragem e entrou na casa...
Mas foi a conta de entrar, e um treco mole e fedido encostou na cabeça e no rosto
dele. Isso bastou para que Pororoca arregalasse os olhos e suspendesse a respiração. No
mesmo instante, deu meia-volta e disparou na maior carreira da sua vida.
[Pororoca] Chegou quase morto onde os meninos esperavam por ele.
– Não deu certo... não deu... ufa! Não deu... me faltou coragem, fiquei com medo!...
Todos os amigos caíram na risada. E foi o próprio Balau quem puxou a palavra:
– Ainda bem, Pororoca, que você teve medo.
– Ainda bem, Balau? E você ainda fica me gozando?
– Não. Nada disso. Você está aprovado no teste.
– Como aprovado???
– Aprovado! Isso mesmo. A gente só aprova quem tem medo.
– Só quem tem medo?
– É, nessa turma todo mundo tem medo da casa abandonada. Imagina se a gente ia
deixar entrar alguém que seja corajoso!
– Pô, Balau! Quer dizer que com medo e tudo eu já sou da turma?
– Já! Nessa turma só entra quem tem medo.
E foram embora da praça, todos os amigos, a turma do medo com mais um membro.
01. ASSINALE com um (X) a alternativa que representa o significado da expressão sublinhada
na frase a seguir.
02. Para entrar na turma do Balau, Pororoca teria que fazer um teste.
“– Como aprovado???”
• A repetição dos pontos de interrogação no final da frase de Pororoca indica que ele estava:
A) chateado com a gozação dos meninos.
B) surpreso por ter sido aprovado no teste.
C) orgulhoso por ter entrado no grupo.
D) triste por não ter sido corajoso.
• Se Balau e a turma deixassem alguém que fosse corajoso entrar no grupo, eles:
A) deixariam o grupo.
B) ficariam orgulhosos.
C) se sentiriam inferiores.
D) se sentiriam corajosos.