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Definição Sintomas

 Climatério: fase fisiológica  período de Os sintomas são consequências do


transição entre a fase reprodutiva e não hipoestrogenismo!
reprodutiva
 Distúrbios menstruais
 Menopausa: interrupção fisiológica dos
 Maior chance de câncer de endométrio
ciclos menstruais, devido a cessação da
 Alterações na termorregulação central
secreção hormonais dos ovários 
(fogachos)
diagnóstico retrospectivo: ausência
 Distúrbios do sono e fadiga
consecutiva da menstruação pro 12 meses
 Risco de doença cardiovascular
o Média de idade: 49-51 anos
 Ganho de peso e distribuição de gordura
o Características como paridade,
 Queda na memória e cognição
tabagismo, hábitos de vida e
 Alterações no trato reprodutivo inferior
latitude interferem na média de
idade Diagnóstico
Perda folicular  Clínico  baseado na sintomatologia
 Não pode descartar a gestação (na 1ª
 20 semanas de gestação  feto tem de 6-
fase ainda restam folículos)
7 milhões de oócitos
 Menopausa precoce (antes dos 40 anos)
 Ao nascimento: 1 milhão
 dosar FSH
 Puberdade: 300.000
 FSH e LH se tornam 4x maior do que nos
 Ovulações: 400-500 ao longo da vida
anos reprodutivos
 Climatério: pequeno número de folículos
o Quando FSH chegar em 40 
restantes
falência ovariana (pode cessar
Fisiologia ACHO)

Climatério 1ª fase: Distúrbios menstruais

 LH age nas células da teca produzindo  SUA é comum em mais de 50% das
androgênios mulheres no climatério
 FSH age na granulosa convertendo  Risco aumentado do desenvolvimento de
androgênios em estradiol hiperplasia ou carcinoma endometrial
 Na granulosa ocorre a produção de  A anovulação é a causa mais comum de
inibina (tem feedback negativo ao FSH) SUA nessa transição, mas é importante
 O aumento do FSH é atribuído à redução descartar hiperplasia e carcinoma
da secreção ovariana de inibina endometrial, neoplasias sensíveis ao
estrogênio (pólipos endometriais e
Climatério 2ª fase:
leiomiomas uterinos) e gravidez
 Aumento do FSH converte mais  Irregularidade menstruais:
androgênios e estradiol (aumento inicial) o Na 1ª fase: aumento do estradiol 
 Até que se esgotam os folículos pico mais precoce do LH 
 Diminuição dos androgênios e estradiol encurtamento do ciclo 
polimenorreia
Em resumo: o Na 2ª fase: folículo se esgosta 
não tem mais pico de estradiol nem
 1ª alteração hormonal: diminuição de
LH  ciclos anovulatórios 
inibina
oligomenorreia
 Alteração hormonal mais marcante
laboratorialmente: aumento de FSH Câncer endometrial

 Incidência total: 0,1%


 Aumento de 10% no risco em mulheres  Durante a menopausa: taxa de perda
com SUA aumenta para 2-5% ao ano nos primeiros 5
 Precursores malignos como hiperplasia anos e depois diminui para 1% ao ano
endometrial complexa ocorrem mais  Risco subsequente de fraturas decorrente
comumente na transição menopáusica da osteoporose depende da massa óssea
no momento da menopausa e da taxa de
Alterações na termorregulação central
perda óssea logo após a menopausa
 Sintomas vasomotores  ondas de calor,  Diagnóstica pela densitometria óssea:
fogachos, suores noturnos o Todas as pacientes a partir dos 65
 Até 32x/dia anos
 Fogachos ocorrem em 10% das pacientes, o Se história materna de osteoporose,
durante o período pré-menopáusico IMC < 19, uso de corticoide,
aumentando para 50% após a cessação tabagista ou menopausa precoce
da menstruação realizar antes
 Os episódios de fogacho iniciam-se em o Utiliza-se o T escore (desvio padrão
média 2 anos antes da menopausa e 85% em comparação com a idade
das mulheres mantem a queixa por mais jovem da paciente)  avalia
de 1 ano. 25-50% manterão por 5 anos e quanto perdeu de osso
15% por mais de 15 anos  De 0 a -1: normal
 Fisiopatologia: na área pré-óptica do  De -1 a -2,5: osteopenia
hipotálamo contém o núcleo  < -2,5 DP: osteoporose
termorregulador  acredita-se que a o Z score corresponde ao desvio
abstinência do estrogênio ou as rápidas padrão em relação a massa óssea
oscilações sejam os fatores responsáveis média de indivíduos na mesma
pelas alterações idade
 Os fogachos duram de 1-5 minutos   Se -2 DP: investigar causas
temperatura aumenta devido secundárias de
vasodilatação periférica osteoporose além da
 Aumento da PAS menopausa
 FC aumenta entre 7-17 batimentos por
Risco de doença cardiovascular
minutos
 Sudorese e aumento da taxa metabólica  Evolui a partir de alterações
 Pode ser acompanhado de palpitação, ateroscleróticas
ansiedade, irritabilidade e pânico  Antes da menopausa: mulher tem menos
risco que homens da mesma idade
Distúrbios do sono
 Após menopausa: HDL cai (fator protetor)
 Ocorrem entre 32-40% na fase inicial e  mulheres passam a ter o mesmo risco
entre 38-46% na fase tardia que homens da mesma faixa etária
 A fragmentação do sono está associada  Mulheres na menopausa tem risco de 2-6x
aos fogachos e resulta em consequências maior de DCV comparadas com mulheres
durante o dia como fadiga, irritabilidade e que não estão na menopausa com a
problemas de memória mesma idade
 Prevenção de doença cardiovascular:
Metabolismo ósseo intervenção nos hábitos de vida, cessação
de tabagismo, atividades físicas, dieta
 A falta de estrogênio aumenta o número,
alimentar saudável, controlar pressão
atividade e tempo de vida dos
arterial, níveis de lipídeos na faixa ideal
osteoclastos (reabsorção óssea)
 Aumenta o risco de osteoporose e Memória e cognição
osteopenia
 A massa óssea máxima é influenciada por  Não foi confirmado qual o efeito direito dos
fatores hereditários e endócrinos e há níveis baixos de estrogênio
apenas uma janela relativamente estreita  Suspeita-se da existência de uma relação
de oportunidades na juventude para a sua ou aceleração ente declínio cognitivo e
formação menopausa
 Aos 25-35 anos: balanço ósseo positivo  a  Relacionado com interferências no sono
partir disso: perda óssea de aprox. 0,4% ao
ano
Dispareunia e disfunção sexual  Não há duração máxima ou mínima
obrigatória para o seu uso, deve ser
 Dispareunia (até 25% das pacientes,
suspensa quando os benefícios não forem
devido a ressecamento vaginal e atrofia)
mais necessários ou quando a relação
 Disfunção sexual
risco-benefício for desfavorável
 Alterações urogenitais
 O risco de CA de mama depende do tipo
 Frouxidão vaginal e prolapso de órgãos
de TH, da dose, da duração do uso, do
 Anorgasmia (devido diminuição do fluxo e
regime, da via de administração, da
congestão sanguínea)
exposição prévia e características
 A falta de estrogênio leva a perda de
individuais
colágeno, tecido adiposo e capacidade
 Aumento do risco de câncer de mama
de retenção de água  epitélio spericial
associado ao TH é pequeno e estimado
se torna delgado até ter apenas algumas
em menos de 0,1% ao ano
camadas de células reduzindo
acentuadamente a proporção de células Recomendações atuais:
superficiais e basais  pH vaginal torna-se
 Na janela de oportunidade (50-59 anos ou
mais alcalino  vaginoses
até 10 anos após menopausa)
 Prolapso e incontinência urinária tem
 Pacientes sintomáticas
correlação com a disfunção sexual
 Não indicado para tratamento de
 A incontinência ocorre por disfunção
osteoporose ou proteção cardiovascular
hipotônica do assoalho pélvico podendo
causar dor na penetração profunda e Contraindicações:
prolapso dos órgãos
 O afinamento da mucosa uretral e bexiga  Doença hepática descompensada
podem provocar uretrite como disúria,  Câncer de mama
incontinência de urgência e frequência  Lesão precursora de CA de mama
urinária  CA de endométrio
 SUA de causa desconhecida
Terapia de reposição hormonal  Porfiria
 Doença coronariana, cerebrovascular ou
 Os riscos e benefícios da TH diferem entre
trombótica
mulheres na transição da menopausa em
 LES
comparação aquelas mais velhas
 Meningioma (apenas para
 A TH melhora a qualidade de vida na peri
progestágenos)
e pós menopausa SINTOMÁTICA
 NÃO tem evidência de benefício em Avaliação inicial:
mulheres assintomáticas  não deve ser
feita de forma profilática  Mamografia (excluir lesões precursoras)
 Até 1975: apenas E2  aumento de CA de  Perfil lipídico (definir melhor a via de
endométrio administração)
 Após 1975: E2 + progesterona  proteção  Risco de DCV
endometrial
Vias de administração:
 Paciente sem útero e sem endometriose
pode utilizar somente progesterona E2 + P combinado oral:
 Sintomas vasomotores: diminuição de 75%
na ocorrência e 87% da intensidade  Aumenta HDL
 Síndrome geniturinária: estrogênios tópicos  Diminui LDL
 Aumenta PCR
vaginais mais eficazes que géis não
 Ativa SRAA  cuidado com hipertensas!
hormonais
 Prevenção de osteoporose e fraturas E2 + P transdérmico:
pélvicas
 Benefícios cardiovasculares  Menor efeito do metabolismo lipídico
 NÃO é indicado depois de 10 anos da  Não interfere no SRAA
menopausa  aumento do risco  Não tem risco de tromboembolismo
cardiovascular venoso
 Janela de oportunidade: é a janela de  Indicado para pacientes obesas e com
oportunidade para iniciar TRH sem difícil controle pressórico
aumentar risco cardiovascular  até 10
anos de menopausa e menos de 60 anos
E2 vaginal:

 Somente sintomas urogenitais


 Não interfere no perfil lipídico
 Pode ser usado em pacientes com
contraindicação ao uso de E2 oral ou
transdérmico

Tibolona:

 Pré-hormônio sintético com efeito


estrogênico, progestagênico e
androgênico (melhora a libido)
 Mesma contraindicações da TRH
 Aumenta LDL
 Diminui HDL
 Diminui triglicerídeos

Tratamento alternativos:

 Isoflavonas: sem melhoras em estudos


 Linhaça: sem melhoras em estudos
 Cimicifuga: estudos iniciais para pacientes
com sintomas vasomotores, irritabilidade e
distúrbios do sono
 ISRS: auxiliam nos sintomas vasomotores
para pacientes com contraindicação a
TRH

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