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MED120_012 Saúde da mulher, sexualidade humana e planejamento familiar (25/07 a 10/09/2022)

4º ANO

CADERNO DO MÓDULO
MED120_012 SAÚDE DA MULHER,
SEXUALIDADE HUMANA E
PLANEJAMENTO FAMILIAR
PERÍODO: 25/07 a 10/09/2022

PERÍODO 12 – 2022
MED120_012 Saúde da mulher, sexualidade humana e planejamento familiar (25/07 a 10/09/2022)

Introdução

“Eu sou aquela mulher há quem o tempo muito ensinou.


Ensinou a amar a vida e não desistir da luta, recomeçar na
derrota, renunciar a palavras e pensamentos negativos. Acreditar
nos valores humanos e ser otimista”.
Cora Coralina

Durante muito tempo, as políticas e práticas de saúde no Brasil e no mundo estiveram pautadas no
modelo biomédico ou curativo, o qual se fundamentava em uma visão reducionista de assistência
ao ser humano. No referido modelo, predominavam a ênfase na doença, na medicalização e na
consideração do indivíduo como um ser apenas biológico, sem aspirações subjetivas. Essa
perspectiva procurava atender necessidades políticas e econômicas de controle de enfermidades,
saneamento dos espaços de comercialização de mercadorias e garantia da continuidade da
produção industrial. Diante das mudanças nos perfis socioeconômicos, provenientes em grande
parte do processo de desenvolvimento dos países, o perfil epidemiológico também sofreu
alterações.
As condições de vida apresentavam-se desastrosas e agravos como a mortalidade infantil e as
endemias assumiam papéis significativos na década de setenta. O modelo biomédico de assistência
à saúde foi demonstrando sinais de insuficiência.
Diante disso, enfermeiros e outros profissionais de saúde iniciaram movimentos em prol da
reorientação das práticas de saúde, em busca de um modelo fundamentado na integralidade da
assistência. A abordagem de aspectos que vão além dos enfatizados no modelo do determinismo
biológico emergiu como necessária aos novos problemas de saúde. Essa realidade abriu espaço
para críticas e para a construção de um novo modelo de assistência à saúde, que teve como eixo
principal a integralidade da assistência.
A integralidade se expressa de forma particular e própria, possuindo vários sentidos no contexto da
atenção à saúde. Entre estes se destacam três conjuntos: o primeiro relacionado a políticas de
saúde, ou seja, à abrangência das respostas governamentais às necessidades da população; o
segundo, referente à organização dos serviços de saúde; e o terceiro voltado ao âmbito das práticas
de saúde. Esses três conjuntos têm como suporte a consideração do indivíduo como um ser integral,
inserido em um contexto complexo, de multideterminantes do processo saúde-enfermidade-
cuidado. A perspectiva que veio a substituir o modelo biomédico pela atenção integral à saúde
consiste no modelo de promoção da saúde. Neste, busca-se enfatizar a visão positiva da saúde e
integral do ser humano no intuito de que este alcance o mais alto nível de bem-estar, considerando
a saúde como meio, e não como objetivo para a vida. O processo de implantação do modelo de
atenção à saúde fundamentado na promoção da saúde como base para propiciar a integralidade
na saúde vem sendo marcado pela realização de Conferências, nas quais a saúde da mulher é
ressaltada como uma das prioridades.
A Conferência de Adelaide identificou o apoio à saúde da mulher como uma das áreas prioritárias
para promover ações imediatas em políticas públicas saudáveis. O documento produzido nesta
Conferência ressalta que todas as mulheres têm direito à autodeterminação da saúde e sugere que
preferências e necessidades da mulher sejam consideradas na elaboração de mecanismos de
apoio. As prerrogativas deste documento vão ao encontro das peculiaridades da figura feminina no
contexto atual.
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Nesse sentido, a mulher, além de apresentar inúmeras demandas próprias de seu ciclo vital, ainda
tem de responder ao seu papel na família e na sociedade, muitas vezes caracterizado pela
sobrecarga de tarefas, como mãe, profissional, esposa e filha. As demandas em saúde da mulher
apresentam-se complexas. O ciclo vital feminino é marcado por eventos biológicos e sociais que,
por vezes, interagem e determinam alterações no processo saúde-doença. O profissional de saúde,
no contexto da nova perspectiva de saúde, necessita desenvolver um olhar integral para com a
mulher, considerando, sobretudo, a presença e influência de elementos subjetivos em sua relação
com o mundo, com a sociedade, com a família e consigo mesma.
No contexto da interdisciplinaridade como estratégia para a promoção da saúde, a saúde mental
configura-se como disciplina a manter diálogo permanente nos diversos âmbitos da assistência à
mulher. O processo de gravidez, a violência conjugal, sua inserção no mercado de trabalho, a
preservação da saúde sexual e reprodutiva no contexto do estabelecimento de relações sexuais, e
a valorização da figura feminina nos sistemas de saúde são algumas das situações onde a mulher
apresenta explicitamente a necessidade de assistência à saúde mental, uma vez que nestes
processos questões subjetivas inerentes ao feminino, sobressaem.
Com base nisso, o Ministério da Saúde lançou como uma das prioridades no Plano de Ação Integral
à Saúde da Mulher (PNAISM) a ênfase na abordagem da atenção à saúde mental. Essa iniciativa
vai ao encontro das necessidades da mulher contemporânea e é recomendada nos diversos
cenários da saúde, inclusive na elaboração de pesquisas voltadas à implementação de práticas, no
intuito de corresponder aos objetivos de ampliação e qualificação das intervenções na saúde mental
das mulheres (EVANGELISTA E LOPES, 2012).
No que concerne à sexualidade humana, é considerada um processo contínuo influenciado por
fatores biológicos, fisiológicos, emocionais, sociais e culturais que repercute na vida e na saúde dos
indivíduos (GIR et al., 2000). Conforme Ressel (2003), a sexualidade é instituída por grupos sociais
específicos e se manifesta no comportamento de cada pessoa.
A sexualidade não é um objeto de estudo novo ou estranho à tradição disciplinar antropológica.
Porém, sempre esteve vinculada a um conjunto de regras que regulavam a reprodução biológica e
social de uma dada comunidade. A desvinculação de sexualidade e reprodução biológica da
espécie, a partir do desenvolvimento dos métodos contraceptivos hormonais, nos anos 60, e o
advento da epidemia de HIV/Aids, na década de 80, deram novo impulso às investigações sobre os
sistemas de práticas e representações sociais ligados à sexualidade, constituindo-a como um
campo de investigação em si, dotado de certa legitimidade (HEILBORN E BRANDÃO,1999).
Tal particularidade só pode ser entendida no contexto da sociedade ocidental do final do século XX,
que erigiu as questões afetas à intimidade, à vida privada, à sexualidade como centro da reflexão
sobre a construção da pessoa moderna (GIDDENS,1992). Assim, duas faces compõem a
personagem do indivíduo moderno: uma delas refere-se à sua constituição como sujeito político,
livre, autônomo, portador de direitos de cidadania (DUMONT, 1993); a outra alude à sua fabricação
subjetiva, por múltiplos dispositivos disciplinares, que tornam as experiências do gênero e da
sexualidade centrais para a constituição das identidades.
Analisando-se a trajetória dos estudos sobre sexualidade, não se pode ignorar que estes tiveram
um boom particularmente expressivo a partir dos estudos sobre gênero. Na verdade, o campo da
sexualidade mantém uma relação íntima com o de gênero, cujo desenvolvimento está estreitamente
ligado aos movimentos sociais, como o feminista e o de liberação homossexual. Tal vinculação
aponta para uma das características mais marcantes das ciências sociais: o da sua porosidade em
relação às questões que inflamam a vida social em um dado momento (HEILBORN & SORJ, no
prelo).
A saúde da mulher, o planejamento familiar e a sexualidade humana serão os temas discutidos
neste módulo. Muitos dos problemas de saúde envolvem a sexualidade humana. Pelo fato de ser
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um assunto que envolve preconceitos e tabus, referir-se a ele gera vergonha e incômodos, trazendo,
muitas vezes, sofrimentos desnecessários. Desta forma, é fundamental trabalhar alguns conteúdos
referentes à sexualidade humana, em suas múltiplas abordagens – biológica, psicológica,
antropológica e histórica – para que o aluno possa rever preconceitos e valores adquiridos que
dificultam atitudes positivas acerca do assunto. Discutiremos a sexualidade humana, as doenças
mais frequentes no ciclo grávido puerperal, as doenças que frequentemente afetam a mulher, no
trajeto da adolescência ao climatério, bem como a ética médica e os direitos da mulher.

Equipe de planejamento
Profa. Ana Maria S. Machado de Moraes (coordenadora)
Profa. Patrícia Mincoff Barbanti (líder da série)
Prof. Rafael Padial (líder da série)
Profa. Camila Dartibale (ginecologista obstetra)
Profa. Carolina Rossato (ginecologista obstetra)
Profa. Kariman Abdallah (ginecologista obstetra)
Prof. João Vinícius Darcis (ginecologista obstetra)

COMO ESTE MÓDULO CONTRIBUI PARA A FORMAÇÃO DO MÉDICO GENERALISTA

Competência geral

Visa à aquisição de competência na Atenção à Saúde da Mulher, através de ações focadas na


atenção às necessidades individuais de Saúde, com uma visão geral das dimensões biopsicossocial
e espiritual da saúde da mulher. Possibilita ao estudante a aquisição de conhecimentos e a
compreensão dos eventos que possam afetar a saúde da mulher durante os períodos evolutivos:
adolescência, ciclo grávido-puerperal, menacme e climatério. Possibilita também o conhecimento
da sexualidade humana, os meios e métodos que possam controlar a fertilidade, a gravidez
indesejada, a infertilidade e a gravidez desejada, através do planejamento familiar.
Estabelece a relação desses conhecimentos com o processo saúde-doença e a prática médica.
Promove a construção e Socialização do conhecimento apreendido, auxiliando na aquisição da
competência de Educação em Saúde, estimulando o raciocínio científico, formulação de perguntas
e hipóteses e busca de dados e informações, construindo sentidos para a identidade profissional e
avaliando, criticamente, as informações obtidas. Promove a análise crítica de fontes. Insere o aluno
na competência da Gestão em saúde, criando ambiente para a formulação e recepção de críticas
de modo respeitoso, valorizando o esforço de cada um e favorecendo a construção de um ambiente
solidário de trabalho, abertura para opiniões diferentes e respeito à diversidade de valores, de
papeis e de responsabilidades no cuidado à saúde. Reconhece o que não sabe e a supera.

Conhecimentos, competências e habilidades específicas:

1. Saúde da Mulher
 Compreender o padrão menstrual na menacme e adolescência;
 Aplicar a Ética Médica em Ginecologia e Obstetrícia;
 Reconhecer o valor do cariótipo humano e outros métodos em genética, principalmente na
interpretação das cromossomopatias mais frequentes no sangue, vilo corial e líquido amniótico;
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 Identificar as causas mais frequentes do aborto habitual, tanto as maternas como genéticas.
Diferenciar os abortos embrionário e fetal;
 Discutir as alterações psicossociais e o aborto de repetição;
 Indicar os principais meios e métodos utilizados na prevenção do câncer genital feminino e
mamário;
 Identificar e correlacionar a microbiota vaginal e suas alterações com as queixas apresentadas na
anamnese e interpretação dos exames complementares.
 Identificar e caracterizar os agentes etiológicos das doenças sexualmente transmissíveis:
Gonococo, Chlamydia trachomatis, Trichomonas, Candidas, Herpes genital, vaginoses, HPV e
HIV;
 Prescrever os tratamentos da pré-eclâmpsia e eclâmpsia – Protocolos e drogas utilizadas;
 Entender os fatores predisponentes para a gravidez na adolescência e orientar os adolescentes;
 Identificar e dar encaminhamento aos transtornos do humor no ciclo grávido puerperal;
 Identificar e encaminhar os casos abuso sexual;
 Identificar a ruptura prematura das membranas amniocoriais durante a gravidez e suas
complicações: Endometrite, salpingite e pelviperitonite;
 Identificar os aspectos psicológicos do parto prematuro e lactação;
 Identificar e encaminhar o climatério em seus períodos de pré-menopausa, peri-menopausa e a
pós-menopausa, além do tratamento pela TRH e alternativas;
 Identificar as distopias dos órgãos genitais femininos, rupturas perineais, cistocele, retocele e a
incontinência urinária de esforço;
 Identificar as inserções normais e anormais da placenta. As causas de seu descolamento
prematuro e as consequências para o concepto;
 Reconhecer as causas principais que podem afetar a fertilidade do casal, masculinas e femininas;
 Interpretar o espermograma, identificar varicocele e orquiepididimites;
 Reconhecer os aspectos clínicos e terapêuticos da dismenorréia, TPM, DIP e da Endometriose;
 Reconhecer problemas bioéticos em tratamentos da infertilidade por fertilização assistida.

2. Sexualidade Humana

 Aplicar a Ética Médica em Sexualidade Humana;


 Compreender a sexualidade humana nas suas diferentes fases do ciclo da vida e promover a
educação sexual;
 Identificar os diferentes significados dos conceitos básicos de identidade sexual, orientação e
papéis sexuais. Identificar o intersexo;
 Reconhecer, valorizar e orientar as disfunções sexuais;
 Identificar a sexualidade na terceira idade e resposta sexual.

3. Planejamento Familiar

 Aplicar a Ética Médica no Planejamento Familiar;


 Compreender os aspectos políticos do planejamento familiar;
 Identificar e descrever os métodos contraceptivos invasivos e não invasivos.

4. Competências e habilidades gerais:

 Identificar os elementos para o estabelecimento de uma relação profissional ética no contato com
as pacientes, familiares e/ou responsáveis.
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 Identificar e orientar no atendimento as necessidades de saúde da paciente.


 Discutir sobre a necessidade do favorecimento da construção de vínculo, valorizando as
preocupações, expectativas, crenças e os valores relacionados aos problemas trazidos pelo
paciente e responsáveis.
 Identificar os motivos e/ou queixas, evitando a explicitação de julgamentos, e consideração do
contexto de vida e dos elementos biológicos, psicológicos, socioeconômicos e culturais
relacionados ao processo saúde-doença da mulher.
 Investigar os sintomas e sinais, as repercussões da situação, hábitos, fatores de risco, condições
correlatas e antecedentes pessoais e familiares, em relação às situações problemas
apresentados.
 Estabelecer as hipóteses diagnósticas mais prováveis, relacionando os dados da história e
exames clínicos.
 Fazer o prognóstico dos problemas da paciente, considerando os contextos pessoal, familiar, do
trabalho, epidemiológico, ambiental e outros pertinentes.
 Fazer a proposição e explicação, ao paciente ou responsável, sobre a investigação diagnóstica
para ampliar, confirmar ou afastar hipóteses diagnósticas.
 Propor a solicitação de exames complementares com base nas melhores evidências científicas,
avaliando a possibilidade de acesso do paciente aos testes necessários, avaliando as condições
de segurança do paciente, eficiência e efetividade dos exames;
 Interpretar os resultados dos exames realizados considerando as hipóteses diagnósticas, a
condição clínica e o contexto do paciente.
 Estabelecer, em contextos específicos, de planos terapêuticos contemplando as dimensões de
promoção, prevenção, tratamento e reabilitação.
 Discutir o plano terapêutico, suas implicações e o prognóstico, segundo as melhores evidências
científicas.

Metodologia de Ensino

 Sessões tutorias com discussão de casos - metodologia dos nove passos


 Palestras
 Estudo individual – Biblioteca
 Pesquisa na Internet em bases de dados e fontes seguras
 Leitura e interpretação de textos
 Trabalhos em grupo
 Leitura e reflexões
 Técnicas de grupo que forem oportunas para os conteúdos e situações em estudo
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Critérios de Avaliação dos módulos temáticos

Avaliação formativa
Visa acompanhar o processo de aprendizagem do aluno. Incluirá as seguintes situações:

I. Autoavaliação oral: realizada pelo aluno sobre seu próprio desempenho, deve englobar
conhecimento, atitudes e habilidades, ajudando-o a reconhecer e assumir mais responsabilidade
em cada etapa do processo de aprendizagem, em cada grupo tutorial, sem atribuição de peso.

II. Avaliação entrepares oral: realizada pelos membros do grupo sobre o desempenho de cada
um dos participantes, em cada grupo tutorial, sem atribuição de peso.

III. Avaliação pelo tutor: para identificar as atitudes, habilidades e progresso de cada aluno em
todos os grupos tutoriais, com atribuição de peso.

Avaliação somativa
Visa identificar a aprendizagem efetivamente ocorrida e incluirá as seguintes situações:

I. Avaliação cognitiva teórica: avaliação do conhecimento adquirido. Ocorre no final do módulo,


envolvendo todas as atividades desenvolvidas (palestras, tutoriais, aulas teóricas, etc).

A nota de cada estudante será a somatória do desempenho nas sessões tutoriais, na


avaliação teórica e prova integrada, sendo aplicado um peso a cada item, como mostra a tabela
abaixo:

ATIVIDADE PESO
Avaliação formativa: sessão tutorial 3
Avaliação cognitiva: teórica 7
Peso Total: 8
Prova integrada (semestral) 2

A Sessão Tutorial

Os 9 Passos
O grupo tutorial desenvolve suas atividades obedecendo a uma dinâmica própria,
denominada nove passos, que consiste em:

1. Leitura atenta do problema;


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2. Esclarecer termos pouco conhecidos ou dúvidas sobre o problema;


3. Definição e resumo do problema com levantamento dos pontos principais/chaves;
4. Identificação das questões propostas pelo problema;
5. Análise do problema utilizando conhecimentos prévios e formular hipóteses (brainstorm);
6. Identificar as lacunas do conhecimento, definir os objetivos e identificação dos recursos de
aprendizagem apropriados;
7. Busca de informação e estudo individual;
8. Compartilhamento da informação obtida e aplicação na compreensão do problema;
9. Avaliação do trabalho do grupo e dos seus membros.
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CURSO DE MEDICINA - UNICESUMAR


AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO ALUNO PELO TUTOR
MED120_012 SAÚDE DA MULHER
(Período: 25/07 a 10/09/2022)

Este documento faz parte da avaliação do ALUNO. A somatória das notas atribuídas aos diversos
itens abaixo discriminados será utilizada para a avaliação do módulo e melhoria do processo de
ensino-aprendizagem. Os campos abertos devem ser preenchidos de maneira a permitir a
identificação dos pontos fortes e dos aspectos que requerem melhoria na participação do aluno.

VALOR VALOR
ITENS AVALIADOS ATRIBUÍDO
POSSÍVEL

PARTICIPAÇÃO NA SESSÃO TUTORIAL (MEET/PRESENCIAL)


- aprofunda no tema discutido
- demonstra ter estudado todos os objetivos do caso
- integra diferentes áreas do conhecimento
- sugere hipóteses e justificativas plausíveis durante o brainstorm
- faz correlação clínica adequadamente (0 – 7,0)
- consegue explorar recursos audiovisuais durante suas
explanações
- se mantém atento durante a sessão (evita repetição de
informações já trazidas pelo grupo)
- apresenta capacidade de síntese e objetividade
- interpreta adequadamente exames laboratoriais e de imagem
- referencia adequadamente suas fontes / usa fontes confiáveis
RELAÇÃO INTERPESSOAL/ATITUDE EM GRUPO:
- fala em quantidade adequada
- se expressa com clareza e em tom de voz adequado
- demonstra respeito com os colegas e o tutor
- apresenta comportamento e postura adequados
- apresenta atitude de liderança
- demonstra conduta ética
(0 – 3,0)
- faz críticas construtivas aos membros do grupo e tutor
- mobiliza ações para corrigir problemas individuais e da equipe
* Para cada dia no qual o aluno não for pontual, 0.1 ponto
NOTA FINAL:
será retirado da nota final.

Pontos fortes

Pontos a melhorar
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O papel do tutor

Orientar na escolha do coordenador e do secretário em cada grupo tutorial;


Zelar para que a metodologia dos 9 passos seja respeitada;
Orientar o grupo através da formulação de questão apropriada e não do fornecimento de
explicações, a menos que seja solicitado explicitamente pelo grupo;
Inspirar confiança nos alunos, facilitar o relacionamento do grupo;
Ativar os conhecimentos prévios dos alunos e estimular a formulação de hipóteses;
Ter sempre em mente que o PBL é centrado no aluno e não no professor;
Estimular a participação ativa de todos os estudantes no grupo;
Levar o aluno a pensar e não esperar respostas prontas;
Estimular a geração de metas específicas para o auto aprendizado;
Estar atento para que todos os alunos tenham a mesma compreensão dos objetivos de
estudo elencados;
Estar atento para que os objetivos de estudo traçados pelos alunos atendam aos
propostos;

Em resumo, o papel do tutor é de incentivar, estimular, facilitar e instigar o “grupo” como


um todo na compreensão e discussão daquele caso proposto, não o de um professor – expositor,
nem de alguém que está ali para ensinar; até porque não estão em sala de aula.

O papel do secretário
O secretário é um aluno do grupo tutorial, no início da sessão pelo grupo ou pelo tutor
quando nenhum aluno manifestar interesse em exercer esta função.

Compete ao aluno secretário:


1. Anotar no quadro, de forma legível e compreensível, a síntese das discussões e dos
eventos ocorridos no grupo tutorial, de modo a facilitar uma boa visão dos trabalhos por
parte de todos os envolvidos;
2. Ser claro e conciso em suas anotações e fiel nas discussões ocorridas – para isso,
solicitar a ajuda do coordenador e do tutor;
3. Respeitar as opiniões do grupo e evitar privilegiar suas próprias opiniões ou as opiniões
com as quais concorde;

O secretário, como podemos perceber, será um “tradutor” alguém que organizará as


informações do grupo de uma forma clara, objetiva durante a sessão tutorial.
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O aluno e a sessão tutorial


A sessão tutorial deve fornecer um ambiente que permita atingir os seguintes objetivos:

Aprendizagem auto direcionada: os estudantes devem usar a experiência de grupo para


estimular a sua curiosidade e encorajar o estudo independente.

Raciocínio clínico e solução de problemas: os estudantes devem ser capazes de realizar


os passos do raciocínio clínico da identificação do problema à geração de hipóteses, assim
como identificar e utilizar-se das fontes disponíveis e apropriadas de conhecimento.

Habilidades de comunicação: os estudantes devem desenvolver habilidades de


comunicação em relação à transmissão de informações e na integração interpessoal.

Autoavaliação: os estudantes devem ser conscientizados para identificar os seus


potenciais e as suas dificuldades e devem ser estimulados a desenvolver estratégias para
incrementar seus potenciais e as suas dificuldades e devem ser estimulados a desenvolver
estratégias para incrementar seus potenciais.

Suporte: o grupo deve ser entendido pelos alunos como suporte emocional, integração
social e crescimento pessoal.

A presença do aluno nas sessões tutoriais é obrigatória.


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Dinâmica do Tutorial
Os alunos são divididos em pequenos grupos tutoriais, supervisionados por um tutor-
docente, discute ativamente problemas de saúde e doença, elaborados pelo grupo de tutores.

A problematização pode levar o aluno ao contato com as informações e à produção do


conhecimento, principalmente com a finalidade de solucionar imapsses e promover seu próprio
desenvolvimento.
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Os Tutores / Links (P12)

GRUPO TUTOR ESPECIALIDADE TITULAÇÃO LINK DO MEET

1 Cláudia Virmond Endocrinologia Especialista meet.google.com/yom-oxnq-akb

Juliana Sekyiama Reumatologia Doutora meet.google.com/het-cqzp-dfh


2
Kariman Abdallah Ginecologia e Especialista meet.google.com/sor-rrpn-gnw
3
obstetrícia
4 Marcus de Paiva Cardiologia Especialista meet.google.com/kbt-hvvv-fid

5 Juliana Calado Dermatologia Especialista meet.google.com/nne-kirc-xff

6 Diogo Fraxino Neurologia Especialista meet.google.com/gyz-kpxd-qxp

7 Felipe Kahl Geneticista Especialista meet.google.com/wio-vxgm-mdb


Letícia Nicoletti Nefrologia Especialista meet.google.com/qdw-werk-szy
8

9 Fábio Peixoto Cardiologia Especialista meet.google.com/pua-pzki-nyj


Felipe Rocha Loures Reumatologia Especialista meet.google.com/twx-sbnf-txd
10
Alexandre Campos Neurologia Especialista meet.google.com/tbg-rtsb-kce
11

12 Diego Neves Oftalmologia Especialista meet.google.com/pdc-kknu-jax

Fernando Benhur Medicina de Família e Especialista meet.google.com/rze-pjrq-zxk


13
Comunidade
14 Adriana Abrão Intensivismo Mestre meet.google.com/gpx-avmo-rqs

15 Carina Franco Endocrinologia Doutora meet.google.com/nku-sbaf-mhw

16 Fábio Torres Nefrologia Especialista meet.google.com/qee-cpxn-brr

Caso haja necessidade, em algum momento, de realização de tutorial remoto, esses serão os links
de cada grupo.
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Ensalamento para as tutorias dos grupos presenciais (P12)

GRUPO TUTOR SALA DE TUTORIA (3º ANDAR – BLOCO 6)

1 Cláudia Virmond 17

2 Juliana Sekyiama 18

3 Kariman Abdallah 19

4 Marcus de Paiva 20

5 Juliana Calado 21

6 Diogo Fraxino 22

7 Felipe Kahl 23

8 Letícia Nicoletti 34

9 Fábio Peixoto 26

10 Felipe Rocha Loures 27

11 Alexandre Campos 28

12 Diego Neves 29

13 Fernando Benhur 30

14 Adriana Abrão 31

15 Carina Franco sala de apoio (em frente ao aud. Joaquim Lauer)

16 Fábio Torres 32
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CRONOGRAMA DE
AULAS/ATIVIDADES:
verificar agenda google
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Bibliografia recomendada

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MED120_012 Saúde da mulher, sexualidade humana e planejamento familiar (25/07 a 10/09/2022)

FOCACCIA, Roberto; VERONESI, Ricardo; FOCACCIA, Roberto. Veronesi Tratado de


infectologia. Volumes 1 e 2. 5. ed. São Paulo: Atheneu, 2015. ISBN 978-85-388-0648-6.

BRUNTON, Laurence L.; GOODMAN, Louis Sanford; GILMAN, Alfred. Goodman e Gilman: as
bases farmacológicas da terapêutica. 13. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2018. ISBN 978-85-
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MURRAY, Patrick R.; ROSENTHAL, Ken S.; PFALLER, Michael A.; MARTINS,
Andreza. Microbiologia médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.

Outros livros e artigos sugeridos pelos docentes em aulas e tutoriais.

Revista eletrônica UpToDate. Acessível pelo site: https://www.uptodate.com/home

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