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1. Incentivar os estudantes a projetar seu futuro. Organizar uma roda de conversa com o tema “Eu espero
que o meu futuro seja …”. O professor poderá ser o primeiro a expor sua trajetória, contando aos
estudantes quais eram suas aspirações quando jovem, resumir os caminhos percorridos para chegar até
o momento e quais são suas metas para o futuro. Ao final de cada socialização, pode-se adotar como
dinâmica o orador deve escolher quem será o próximo, até que todos os estudantes tenham a
oportunidade de participar da conversa.
2. Organizar uma rotina de pensamento sobre o tema “Eu e o trabalho”, de modo que os estudantes
escrevam: “Hoje eu estou assim…”, “Daqui 5 anos, eu espero estar assim…” e, “Para daqui 10 anos
minha expectativa é …” . Essa produção poderá ser guardada pelos estudantes para serem revisitadas ao
longo de suas vidas, para isso, se possível, sugerir o uso de uma ferramenta digital que possibilita ao
jovem enviar um e-mail para si mesmo no futuro.
3. Utilizar as ideias da rotina de pensamentos sobre “Eu e o trabalho” para propor aos aos estudantes
realizar um planejamento para viabilizar a concretização dos projetos de vida na forma de uma rota de
percurso profissional definindo metas de curto, médio e longo prazo, considerando que podem haver
revisões periódicas com o decorrer dos anos de sua vida.
4. Organizar pequenos grupos para discutir as realidades financeiras dos estudantes e discutir
possibilidades de obtenção de renda para auxiliar na concretização dos projetos de vida, considerando
bolsas de estudos, estágios remunerados, trabalhos como jovem aprendiz, a realização de
financiamentos como oferecido pelo Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), ou outros meios de
financiamentos, empréstimos ou formas de investimentos a curto prazo.
5. Em seguida realizar a modelagem das possibilidades utilizando funções exponenciais e taxas reais de
juros aplicadas no Brasil, permitindo uma análise e reflexão sobre a saúde financeira, tais como resgate
de investimentos ou pagamentos de empréstimos, antes de realizar esses tipos de compromissos
financeiros. Pode-se solicitar um relatório ou planilha com os estudos realizados.
6. Incentivar a revisita ao Glossário Crítico do “Economiquês”, elaborado pelos estudantes desde o começo
das aulas desta Unidade, para verificar a possibilidade de inserção de novos termos. Poderá ser
orientada a realização da leitura de toda sua composição de modo a refletir sobre o que aprenderam
durante cada uma das vivências realizadas. Nessa etapa final, sob orientação do professor, os estudantes
podem construir alguns critérios de avaliação desse material produzido, de modo que a análise não seja
subjetiva e que possa contribuir para o aperfeiçoamento dessa criação que é de todos.
Propostas de Avaliação
Economia e Trabalho
Investigação Científica
(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colaborativas e responsáveis
Empreendedorismo
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e
futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem
escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
Investigação Científica
(EMIFCHS01) Investigar e analisar situações-problema envolvendo temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCHS08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas de
natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, baseadas no
respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.
Empreendedorismo
(EMIFCHS10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas podem ser utilizadas na concretização de projetos pessoais ou produtivos, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global, considerando as diversas tecnologias disponíveis, os impactos socioambientais,
os direitos humanos e a promoção da cidadania.
1. Apresentar aos estudantes a proposta central do bimestre: árvore genealógica do trabalho, e abrir o
debate para o planejamento coletivo do percurso de aprendizagem, convidando-os(as) para colaborar
na elaboração e definição dos prazos, fluxos, estratégias e instrumentos de avaliação e as respectivas
expectativas de vivências neste aprofundamento. Considerar pactuar com os e as estudantes paradas
periódicas, para um acompanhamento crítico dos processos e produções em andamento. Promover
coletivamente a elaboração de algumas evidências de aprendizagem, para que os(as) estudantes
tenham clareza do que é esperado como aprendizagem para o bimestre. É muito importante garantir
uma escuta sensível em relação aos entendimentos, anseios, receios e objetivos de cada um(a),
evidenciando o caráter participativo e democrático desta unidade curricular.
3. Selecionar, previamente, imagens que ilustrem as formas de trabalho relacionadas aos modos de
produção de subsistência, escravagista e capitalista, em vários momentos históricos e culturais. Uma
possível fonte para a seleção das imagens é o site: https://pixabay.com/pt/*
4. Solicitar que a turma se divida de forma espontânea em 7 grupos. Cada grupo deve escolher três
imagens e debater a partir das seguintes reflexões: O que essas imagens nos contam sobre as formas
de trabalho ao longo dos anos? Existem relações entre as formas de trabalho nas imagens? Quais as
relações entre essas imagens e a nossa realidade?. Acordar com a turma o tempo para a realização do
debate.
5. Convidar dois representantes de cada grupo para apresentar para toda a turma as reflexões dos seus
grupos. Durante a apresentação o(a) professor(a), de forma dialógica, fará intervenções no sentido de:
6. Provocar e estimular a percepção da realidade social econômica civilizatória, no sentido de garantir que
os e as estudantes identifiquem as características relacionadas ao trabalho modos de produção de
subsistência, escravagista e capitalista em uma perspectiva histórica, antropológica, sociológica;
7. Promover uma reflexão pautada na memória e na identificação crítica e simbólica das relações
econômicas e seus desdobramentos na vida coletiva e individual dos sujeitos sociais;
9. Propor que após as reflexões e debates realizados, os e as estudantes realizem um registro coletivo em
um mural que possa ficar colado na sala de aula sobre a seguinte reflexão: Quais indícios essas formas
de trabalho nos fornecem para compreender a realidade atual?
10. Promover um momento de sensibilização e autoria para os primeiros registros no Glossário Crítico do
“Economiquês”, como os conceitos sobre: trabalho, modos de produção, desigualdade e etc. É
importante neste momento discutir com os e as estudantes sobre a compreensão de registros
contínuos, ou seja, explicar para a turma a importância de retomar continuamente os registros sobre
conceitos complexos como os que estarão presentes neste aprofundamento.
11. Mediar os registros coletivos destacados no mural, no sentido de promover identificações sobre quais
elementos apontam na direção de que a economia se aprende e se constrói na amplitude das
interações sociais, culturais e políticas. Convide-os a pensar se a economia também faz parte da
construção da nossa subjetividade.
12. Convidar os e as estudantes a debaterem coletivamente quais são os seus entendimentos acerca do
que é uma árvore genealógica. É importante que eles e elas compreendam que a árvore genealógica é
uma representação visual de uma pessoa que deseja conhecer a linha histórica de sua origem e que
pode ser usada para o registro das atividades laborais (trabalho) realizadas pelos seus ancestrais(pais,
avós, bisavó, trisavó e tetravó).
13. Propor e discutir com os e as estudantes a elaboração de uma pesquisa de campo, para o
levantamento de práticas e pessoas pertinentes às atividades laborais dos ancestrais da turma. Explicar
para os e as estudantes que essa modalidade de pesquisa é utilizada especialmente nas Ciências
Sociais, com o objetivo de fazer um levantamento de dados, com uso de roteiros de entrevistas.
Elaborar com a turma os roteiros, contemplando: fatos, acontecimentos históricos, como viviam, o que
faziam como forma de trabalho.
14. Preparar a organização para produção árvore genealógica, considerando as questões técnicas: utilidade
do organograma ou diagrama na mensuração desse conhecimento. Indicar que o(a) estudante fica na
base e sobe através de linhas para as sucessivas camadas geracionais básicas (pais, avós, bisavó, trisavó
e tetravó). Aproveitar esse momento de organização para pactuar quais serão os critérios de avaliação,
abra espaços para que os e as estudantes tragam sugestões e apresente algumas, como: relacionar as
atividades de trabalho com um dos modos de produção; curadoria dos dados levantados na pesquisa
de campo; identificar a historicidade do trabalho e etc.
15. Produzir individualmente, em folhas grandes, a árvore genealógica do trabalho da família, a partir dos
registros coletados sobre as atividades laborais de seus ancestrais, colhidos na pesquisa de campo.
16. Promover um debate considerando as seguintes reflexões: O que mudou na sua história laboral
transgeracional? O que permanece na sua história transgeracional? Até que ponto essa história o
influencia?
17. Propor a livre divisão da turma em 07 grupos e cada grupo, em uma folha de papel kraft, vai construir
coletivamente um quadro, com identificação de semelhanças e diferenças entre as histórias laborais de
cada um e como essas histórias os influenciam.
18. Promover um momento de apresentação dos quadros elaborados pelos grupos para toda a turma.
19. Considerando a perspectiva de aula invertida, propor à turma que leia as definições de trabalho,
mercadoria e mais-valor apresentadas no Pequeno glossário marxiano | Taylisi de Souza Corrêa Leite
|Cult e elabore três relações entre esses conceitos e as vivências do bimestre. Essas relações devem ser
pautadas nas compreensões dos e das estudantes (considerando que esses conceitos estão presentes
na formação geral básica) e elas servirão de base para a identificação das fragilidades e dos pontos
ainda não alcançados sobre os conceitos.
● Professor(a), para auxiliar sua prática nesse momento, pode ser interessante a leitura do
artigo Considerações em torno da obra O Capital de Karl Marx no que tange à mercadoria,
valor e trabalho |Evandro José Machado | Kínesis.
20. Elaborar uma sistematização das compreensões dos conceitos e das relações percebidas. Neste
momento, pode ser interessante utilizar trechos do episódio Marxismo: o que você precisa saber para
entender | História FM | Spotify.
22. Propor à turma, após esses registros, que se organize em dois grupos, para revisitar as árvores
genealógicas do trabalho familiar e desenvolver uma análise por grupo, em formato de resumo,
considerando também o mural elaborado no bimestre, para responder às seguintes chaves de reflexão:
Professor(a), caso você deseje realizar sua própria curadoria de imagens, algumas palavraschaves que podem
auxiliar neste momento são: trabalho escravo, agricultura intensiva, construção civil, indústria, trabalho
assalariado, subsistência, agricultura, exploração e escravidão.
Propostas de Avaliação
Considerando o caráter deste bimestre a avaliação contínua pode ser desenvolvida através de rubricas ao final
de cada atividade, os critérios avaliativos devem ser decididos em conjunto com os e as estudantes e os
tópicos das dimensões avaliativas devem ser explicados e contextualizados com as habilidades para toda a
turma. Essa avaliação pode ser realizada de forma coletiva e individual.
Utilize essa mesma abordagem para a autoavaliação, convide os e as estudantes a realizarem suas
autoavaliações a partir da rubrica.
Sugestão de rubrica:
O segundo bimestre foca nas relações entre a economia e a vida cotidiana dos e das
estudantes, através do debate sobre orçamento doméstico, inflação e direitos trabalhistas,
temas que estão presentes também nas mídias. Dessa forma, trabalhá-los na perspectiva das
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas promove uma maior compreensão da conjuntura que
impacta a vida dos e das estudantes e suas famílias.
A estratégia central deste bimestre é abordar esses subtemas, por meio de vivências com
o Teatro do Oprimido. A escolha dessa proposta dialoga com a compreensão de que as
relações entre economia e as juventudes são plurais e atravessadas por contextos históricos,
econômicos e culturais. Dessa forma, promover uma estratégia em que as vivências, as
histórias genealógicas do trabalho das famílias, as experiências cotidianas desses(as) jovens e
seus conhecimentos prévios estejam no centro do processo é oportunizar e desenvolver um
debate crítico sobre a realidade dessas juventudes.
Essa estratégia deve se materializar como um processo: no bimestre será produzida uma
peça de teatro, os e as estudantes poderão estar em cartaz diversas vezes. Oferece-se, assim,
uma perspectiva de progressão analítica, por meio da dramaturgia, acerca das relações entre
suas vidas e a economia.
Integrado à produção da peça de teatro, propomos o desenvolvimento de um diário de
experiências, um instrumento de registro contínuo dos e das estudantes sobre as vivências
no teatro e as relações construídas com os objetos de conhecimento em questão. O objetivo
é que os(as) estudantes realizem seus registros, de forma criativa e autoral, tendo em vista a
experiência com o teatro. Esse instrumento pode ser um caminho potente para registros
criativos no Glossário Crítico do “Economiquês”, uma vez que os(as) estudantes trabalharão
com abordagens cotidianas da economia.
● Orçamento doméstico;
● Inflação;
● Direitos trabalhistas.
1. Apresentar aos estudantes a proposta do bimestre, vivências a partir do Teatro dos Oprimidos (aqui
pode ser interessante o vídeo:o vídeo O teatro do Oprimido | Janaina Russeff | YouTube) e propor a
construção de um Diário de Experiências. Abrir o debate para o planejamento coletivo do percurso de
aprendizagem, convidando-os(as) para colaborar na elaboração e definição dos prazos, fluxos,
estratégias, instrumentos de avaliação e as respectivas expectativas de vivências neste
aprofundamento.
2. Apresentar aos estudantes a proposta de desenvolvimento de um diário das experiências, em que eles
e elas deverão realizar registros (em diferentes formatos) acerca das experiências artísticas e
pedagógicas deste bimestre.
3. Apresentar aos estudantes a problematização central deste bimestre: Afinal, e eu com a economia?.
Promover uma discussão das relações que eles e elas estabelecem entre a economia e a sua vida
cotidiana, caso seja necessário, proponha algumas reflexões, como: As atuais compras mensais da sua
família são as mesmas de alguns anos atrás? O que a sua família consegue fazer com a renda mensal
de todos e todas que trabalham? Os trabalhadores e trabalhadoras da sua família têm carteira
assinada? Se não, quantos têm plano de saúde?
4. Convidar, inicialmente, os e as estudantes para refletir sobre quais são as relações que eles e elas
constroem sobre orçamento doméstico, inflação e direitos trabalhos, com a sua vida cotidiana. Em
seguida, pedir para que eles e elas se organizem em grupo e cheguem a uma resposta, em seguida,
propor que cada grupo apresente suas respostas para os outros grupos e que a classe construa
coletivamente quais são as relações compreendidas como estruturantes pela turma.
5. Propor que os e as estudantes pesquisem em jornais e/ou revistas, matérias e/ou reportagens que
exemplifiquem os pontos debatidos anteriormente. O objetivo é montar um acervo da turma, com
diferentes situações e abordagens sobre as relações apontadas pela turma.
Professor(a), caso você sinta necessidade de apoiar os e as estudantes nessa curadoria, aqui
estão algumas sugestões que podem ser utilizadas para exemplificar a proposta:
▪ Mais de um terço das famílias relata queda da renda mensal no primeiro trimestre, aponta
pesquisa | G1
▪ Mães são responsáveis pelo orçamento familiar em 56% dos lares brasileiros | FABASA
▪ Gás consome 22% do orçamento de serviços básicos dos mais pobres | Folha de S. Paulo
▪ Em BH, compra com R$ 100 que preenchia carrinho agora cabe em cestinha | Gabriel
Ronan | O Tempo
6. Apresentar aos estudantes o que é o Teatro dos Oprimidos e o que são os jogos teatrais, compostos por
dois princípios: as regras e a liberdade (as regras representam a sociedade e suas regras estruturantes;
a liberdade representa a criatividade, o repertório de vivências pessoais). É importante garantir neste
momento que os e as estudantes compreendam a base desta proposta, ou seja, que eles e elas
compreendam o quanto as suas vivências, conhecimentos prévios escolares e não escolares,
experiências, sonhos, desejos e etc. compõem a estrutura desta perspectiva de teatro.
7. Convidar os e as estudantes a se organizarem em grupos e propor que cada grupo interprete uma cena,
de maneira espontânea, sem roteiro, a partir do Teatro Imagem (técnica do Teatro dos Oprimidos- aqui
pode ser interessante o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=b5aMlBahAf0) sobre uma das
relações que eles e elas apontaram no início do bimestre.
Quais aspectos vivenciados nas cenas dialogam com a minha realidade? Por quê?
10. Promover um momento para que a turma registre coletivamente no Glossário Crítico do
“Economiquês” os conceitos trabalhados até o momento. Incentive os estudantes a fazer esse registro
de forma criativa, usando, por exemplo, recursos da HQ e que dialoguem com as vivências do teatro.
Alguns possíveis conceitos: inflação, poder aquisitivo/compra, juros, orçamento etc.
11. Organizar novos grupos, sortear para cada grupo uma matéria ou reportagem do acervo da turma e
propor que os grupos interpretem, a partir do Teatro Jornal (técnica do Teatro dos Oprimidos- aqui
pode ser interessante o vídeo:https://www.youtube.com/watch?v=HeI7ss7TH60), a realidade retratada
nestas matérias.
12. Organizar novos grupos e propor que os grupos interpretem, a partir do Teatro Arco-Íris dos Desejos
(técnica do Teatro dos Oprimidos- aqui pode ser interessante o vídeo:
https://youtu.be/a8R0RDeSgRc?t=193), os pontos discutidos na roda anteriormente. Garantir que os e
as estudantes coloquem em cena o que foi apontado como desejo, como caminho possível da
realidade e, principalmente, que eles e elas interpretem o final que gostariam que aquelas realidades
(das matérias) tivessem.
13. Convidar os e as estudantes a partilharem as experiências anotadas no diário e, com base nelas, o(a)
professor(a) deve construir falas de sínteses teórico-conceituais e sua relação com a vida cotidiana dos
e das estudantes que, eventualmente, ainda não tenham sido alcançadas, como:
Propostas de Avaliação
Há outras explicações da história, da política, da economia que não estão nas informações dadas?. Esse
registro pode ser utilizado como uma potente ferramenta para avaliar as aprendizagens do bimestre.
aprofundar seus repertórios a partir de temáticas que dialogam com seus interesses. Esse
instrumento permitirá que os e as estudantes protagonizem momentos de discussões e
posicionamentos críticos, pautados(as) em dados econômicos que estão na agenda
contemporânea e vivenciem a experiência de produção de um projeto de pesquisa em
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, baseadas no
respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.
2. Apresentar a problemática central deste bimestre: A economia explica o Brasil? e propor que os e as
estudantes produzam uma “tempestade de ideias”, para resgatar e ampliar os conhecimentos sobre os
setores produtivos da economia. Caso a turma tenha dificuldades em iniciar o levantamento de ideias,
apresente algumas chaves de reflexão, como:
a. Quais são as características fundamentais de cada setor?
b. Quais as características dos setores no território brasileiro?
c. Qual o setor predominante na nossa região?
d. Em qual setor a maior parte dos familiares trabalha?
e. Há concentrações de capital e de produção nos setores?
Promover um momento para que a turma registre coletivamente no Glossário Crítico do
“Economiquês” os conceitos vivenciados, incentive que esse registro seja criativo e que dialogue com
os interesses da turma.
4. Considerando a carga horária do bimestre, pondere a estrutura que será desenvolvida no projeto de
pesquisa, como sugestão, indicamos os seguintes pontos:
a. Formulação do problema de pesquisa;
b. Formulação de hipótese;
c. Seleção de informações, materiais e fontes confiáveis;
d. Desenvolvimento: análise dos dados e interpretação dos resultados encontrados;
e. Considerações finais.
6. Convidar os e as estudantes a apresentarem seus interesses para a turma e propor que eles e elas
encontrem interesses que dialoguem entre si e formem trios ou quartetos de trabalho. Neste
momento, é importante cuidar do processo de mediação, considerando que este mapeamento é um
exercício complexo e que talvez os e as estudantes tenham um pouco mais de dificuldade para criar as
conexões.
7. Explicar para os grupos o que se compreende por problema de pesquisa e apresentar alguns exemplos,
como: Qual setor produtivo predomina na região nordeste do estado de Minas Gerais? Quais as
contradições entre as áreas de maior concentração de riqueza produtiva do estado de Minas Gerais em
relação ao desenvolvimento social? Neste momento, é importante apresentar problemas de pesquisa
mais amplos, para não condicionar os interesses, apresentando apenas alguns horizontes possíveis.
Pode ser interessante resgatar o modelo de projeto abordado anteriormente para ajudar na
exemplificação.
8. Propor que cada grupo tente elaborar uma primeira versão do problema de pesquisa. Promover
momentos de orientação com os grupos, ajudando-os na delimitação dos temas até o desenvolvimento
do problema de pesquisa.
9. Promover com os grupos, após a definição do problema de pesquisa, um roteiro inicial para auxiliar nos
primeiros levantamentos bibliográficos e fontes. O objetivo é que os grupos encontrem informações
iniciais sobre a pesquisa, para iniciar o desenvolvimento de uma hipótese.
10. Propor que os grupos pesquisem o que é uma hipótese e boas técnicas de elaboração. Neste momento,
é importante dialogar com os e as estudantes sobre o caráter investigativo das hipóteses, enquanto
uma tentativa de responder ao problema de pesquisa, que pode ser revisitada ao longo do processo.
11. Apresentar para a turma, após a elaboração das hipóteses, algumas chaves de reflexão para ajudar no
desenvolvimento do trabalho de seleção de informações, materiais e fontes confiáveis. Um possível
caminho, pode ser através da seguinte reflexão: Quem é a bibliografia da minha bibliografia?, ou seja,
proponha que os e as estudantes mapeiem quais são as referências das primeiras fontes que eles e elas
tiveram contato. Esse exercício de estudar referências bibliográficas é um potente caminho para ajudar
nesse momento. Seria interessante, também, convidar estudantes universitários que estejam
envolvidos com pesquisas com temáticas afins à da unidade para o desenvolvimento de pequenas
oficinas sobre as diferentes técnicas de levantamento bibliográfico, de estudo, de seleção criteriosa de
informações e fontes e de curadoria de materiais. Apresentar essa diversidade de processos pode ser
um caminho didático para esta etapa tão importante.
13. Pactuar com os grupos quais serão os critérios de avaliação dessas pesquisas. É importante abrir espaço
para que a turma proponha alguns critérios e você, professor(a), pode propor alguns, como: curadoria
das fontes de pesquisa; seleção de conceitos e referência coerentes com o problema de pesquisa; o
grupo estabelece relações entre as fontes, teorias e conceitos com o problema proposto e etc.
14. Promover, caso seja possível na sua escola, momentos de parada para que outros professores e
professoras possam realizar a leitura crítica das pesquisas em desenvolvimento e apresentar
contribuições para os grupos, ampliando os repertórios e horizontes de análise e compreensão das
propostas.
15. Viabilizar momentos de parada para apresentações prévias das pesquisas, efetuando rodas de diálogo e
troca sobre as descobertas feitas sobre os setores produtivos, os procedimentos metodológicos, as
dificuldades, as bibliografias etc., a fim de que os e as estudantes vivenciam uma experiência de
pré-banca, ou seja, um treinamento para a apresentação para as bancas.
16. Promover, ao final das pesquisas, bancas de avaliação dos projetos. Propor que os grupos escolham
professores e professoras da escola, ou convidados externos, e apresentem as pesquisas e dialoguem
com as contribuições da banca. Neste momento, pode ser interessante convidar a comunidade escolar
para participar, conhecer e prestigiar os grupos e suas pesquisas.
Propostas de Avaliação
O(a) professor(a) poderá, ao longo do bimestre, registrar suas observações sobre o desenvolvimento
dos projetos, pautadas nos critérios de avaliação pactuados com os e as estudantes.
Para as habilidades (EMIFCHS01) e (EMIFCHS07) considere as evidências de aprendizagem que
dialogam com o processo de elaboração e desenvolvimento do problema de pesquisa, como: O problema de
pesquisa dialoga com a problemática central e os subtemas propostos? O problema de pesquisa oferece, de
fato, uma questão, um problema, uma pergunta ou uma dúvida que pode ser pesquisada?
Para as habilidades (EMIFCHS03) e (EMIFCHS08), construa uma ficha de acompanhamento que pode
ser preenchida coletivamente com os grupos durante o desenvolvimento das pesquisas e nos momentos de
mediação, considerando aspectos, como: o grupo tem estabelecido conexões entre as leituras e o objeto de
pesquisa? Como tem sido o processo de levantamento de dados e curadoria? O grupo tem referenciado os
conceitos e teorias durante a pesquisa? É importante, neste momento, considerar os critérios de avaliação
pactuados durante o bimestre com a turma.
Propor aos estudantes uma autoavaliação orientada pautada no exercício da metacognição.
Sugerimos que o professor construa uma tabela com três colunas a serem preenchidas pelos estudantes:
Coluna 1 - O que eu sabia ou pensava (nessa coluna, os estudantes colocariam as informações que já
tinham ou mesmo algum pensamento equivocado sobre o tema);
Coluna 2 - O que descobri (nessa coluna, os estudantes colocariam as informações importantes
resultantes de sua pesquisa);
Coluna 3 - O que gostaria de saber (nessa coluna, os estudantes colocariam elementos que ainda têm
dúvida ou que têm interesse em aprofundar em suas pesquisas futuras).
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias
Eixo Processos Criativos
(EMIFCHS06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCHS07) Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas
2. Apresentar aos estudantes uma definição do que é um observatório de pesquisa (aqui pode ser
interessante a leitura de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico | UCS | disponível em
https://bityli.com/qkclPDdN) e, em seguida, convidá-los(as) para discutir o que eles(as) gostariam de
propor para o observatório que a turma construirá.
7. Desenvolver roteiros de pesquisa para cada grupo, porém com a participação de toda a turma, para
que assim os e as estudantes consigam compreender todas as pesquisas que o observatório produzirá.
8. Promover neste momento de elaboração dos roteiros quais serão os critérios de avaliação dessas
pesquisas. É importante abrir espaço para que a turma proponha alguns critérios e você, professor(a),
pode propor alguns, como: curadoria das fontes de pesquisa; sínteses com referências bibliográficas;
conteúdo coerente com o tema e etc.
9. Solicitar que os e as estudantes criem uma conta em uma rede social para a turma e um responsável
de cada grupo para a gestão do perfil.
11. Garantir um tempo para registros no Glossário Crítico do “Economiquês, focando a discussão de
conceitos como: trabalho, desigualdade, desemprego, valor etc
12. Realizar momentos de socialização e troca entre os grupos acerca do andamento das pesquisas, dos
dados e informações mais relevantes, das maiores dificuldades e após esses momentos de partilha e
mediação do(a) professor, propor que cada grupo elabore vídeos divulgando os resultados e/ou dados
da pesquisa até o momento. Propor aos estudantes que na produção dos vídeos eles e elas
apresentam conexões entre as pesquisas e o dia a dia da comunidade à qual fazem parte.
13. Propor aos estudantes que elaborem os registros dos conceitos que estão em desenvolvimento no
Glossário Crítico do “Economiquês” neste bimestre, no formato de um pequeno roteiro de vídeo, e
solicitar que eles e elas produzam vídeos para a rede social abordando esses conceitos e utilizando os
registros realizados no glossário.
14. Ao final do bimestre, propor que a turma faça uma série de vídeos, apresentando o mapa do Brasil por
regiões, evidenciando assim as contradições, desigualdades e semelhanças sobre as Juventudes e o
Trabalho no território brasileiro.