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Por sua vez, os itinerários formativos representam a parte flexível do currículo, com
carga horária de 1.200 horas. Devem ser orientados para o aprofundamento acadêmico e
a ampliação das aprendizagens em uma ou mais áreas do conhecimento da base comum
ou para a formação técnica e profissional. Essa estrutura busca atender as
especificidades locais e a multiplicidade de interesses dos estudantes, estimulando o
exercício do protagonismo juvenil.
Eixos Estruturantes
Justificativa:
Objetivos:
Foco Pedagógico:
Justificativa:
Criar condições para que o jovem possa participar de uma sociedade desafiada por
questões socioculturais e ambientais cada vez mais complexas atuando como agentes de
mudanças e de construção de uma sociedade mais ética, justa, democrática, inclusiva,
solidária e sustentável.
Objetivos:
Aprofundar conhecimentos sobre questões que afetam a vida dos seres
humanos e do planeta em nível local, regional, nacional e global, e compreender
como podem ser utilizados em diferentes contextos e situações;
Ampliar habilidades relacionadas à convivência e atuação sociocultural;
Utilizar esses conhecimentos e habilidades para mediar conflitos, promover
entendimentos e propor soluções para questões e problemas socioculturais e
ambientais identificados em suas comunidades.
Foco Pedagógico:
Justificativa:
Criar condições para que o jovem possa participar de uma sociedade cada vez mais
pautada pela criatividade e inovação, utilizando conhecimentos, habilidades e recursos
de forma criativa para propor, inventar, inovar.
Objetivos:
Foco Pedagógico:
EIXO: Empreendedorismo
Justificativa:
Criar condições para que o jovem possa participar de uma sociedade cada vez mais
marcada pela incerteza, volatilidade e mudança permanente, os estudantes precisam se
apropriar cada vez mais de conhecimentos e habilidades que os permitam se adaptar a
diferentes contextos e criar novas oportunidades para si e para os demais.
Objetivos:
Foco Pedagógico:
Cabe ressaltar que o Novo Ensino Médio não exclui disciplinas dos currículos, mas
busca mobilizar conhecimentos de todos os componentes curriculares em suas
competências e habilidades. O que se almeja é, antes, atender às necessidades e às
expectativas dos jovens, permitindo a eles fazer escolhas em relação aos conhecimentos
em que pretendem se aprofundar, sempre com o objetivo de reforçar o protagonismo
juvenil.
Observação
É importante observar que a BNCC não se constitui como o currículo do Ensino Médio.
Ela apenas define as aprendizagens essenciais que, a partir da reelaboração dos
currículos pelas escolas, deverão ser alcançadas pelos alunos nos três anos de formação
dessa etapa.
Nesse contexto, temos um conceito importante, o de Unidades Curriculares. As
Unidades Curriculares são os elementos com carga horária pré-definida, cujo objetivo é
desenvolver competências específicas, seja da formação geral básica, seja dos itinerários
formativos. Além da tradicional organização por disciplinas, as redes e escolas podem
escolher criar unidades que melhor respondam aos seus contextos e às suas condições,
como projetos, oficinas, atividades e práticas contextualizadas, entre outras situações de
trabalho. O conjunto de unidades curriculares de um itinerário deve desenvolver as
habilidades de pelo menos um dos eixos estruturantes apresentados nos referenciais para
a elaboração dos itinerários formativos.
Desse modo, para atender ao que preconiza a BNCC, a organização dos currículos no
Novo Ensino Médio deve evitar a fragmentação das unidades curriculares, buscando a
construção de currículos interdisciplinares que mobilizem as habilidades de todos os
atuais componentes curriculares, bem como os temas contemporâneos que afetam a vida
humana em escala local, regional e global, preferencialmente de forma transversal e
integradora.
Face a esse novo contexto, cabe às escolas de Ensino Médio proporcionar experiências e
processos que garantam aos estudantes as aprendizagens necessárias para a leitura
crítica da realidade, o enfrentamento dos desafios atuais, a participação cidadã e a
tomada de decisões acertadas.
O mundo físico, social e cultural deve ser objeto de investigação e intervenção, de modo
que os estudantes se sintam estimulados a buscar soluções e a descobrirem novas
possibilidades de ser, viver e agir. Assim, esta última etapa da Educação Básica precisa
atender com qualidade os anseios das diversas juventudes que acorrem à escola com
suas múltiplas necessidades e aspirações (BRASIL, 2011).
Para a implementação efetiva do Novo Ensino Médio, com início previsto para 2022, as
redes deverão adotar ações que incluam um cronograma de implementação progressiva
e, se possível, realizar projetos-piloto para entender quais organizações curriculares
melhor respondem às diferentes realidades.
Orientações a respeito de como implementar essas mudanças no âmbito das escolas:
1.1 Dicas para ajudar a escola na transição para o Novo Ensino Médio e
na aplicação das novas propostas da BNCC:
Em resumo
Como vimos, o Novo Ensino Médio propõe uma maior integração entre as disciplinas,
além da oferta de itinerários formativos (sobre os quais trataremos mais detalhadamente
no Módulo 2 deste curso). Com relação à implementação das mudanças nessa etapa do
ensino, sabemos que muitos estados já elaboraram seus currículos de referência, a serem
postos em prática a partir de 2022. A principal característica presente nesses novos
currículos é justamente a integração entre as disciplinas tendo em vista as quatro áreas
do conhecimento (Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas).
Para muitos professores ainda parece ser difícil encontrar a forma de fazer a integração
das disciplinas, por considerarem um desafio o trabalho em conjunto com outros
profissionais que ministram aulas de disciplinas que compõem a mesma área que a sua
matéria.
Há, no entanto, caminhos que podem tornar esse processo mais fácil. O primeiro passo é
entender como as áreas são separadas e qual é a principal função deste agrupamento de
disciplinas.