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CIDADES SUSTENTÁVEIS
Investigação Científica
EMIFCG01 - Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
Processos Criativos
EMIFCG06 - Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG07 - Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.
2. Apresentar exemplos de Cidades sustentáveis como: Freiburg (Alemanha), Cochabamba (Bolívia), Bahia
de Caráquez (Equador) e Copenhagen (Dinamarca) são alguns exemplos reais. Analise-os destacando
que embora essas cidades sejam cidades sustentáveis, ainda existem problemas referentes a
desigualdade, uso inadequado dos recursos naturais, entre outros. No entanto, a partir das cidades
abordadas, estimular que os estudantes listem exemplos de ações e perspectivas sustentáveis que
3. Propõe-se uma abordagem que percorra um caminho de desnaturalização do consumo como algo capaz
de suprir necessidades afetivas como pertencimento, felicidade, realização pessoal, entre outros. Para
iniciar este debate, sugerimos a exibição da animação do Instituto Akatu que aborda consumo e
bem-estar (https://www.youtube.com/watch?v=wrKbACVD9es). Em sequência, propõe-se um
brainstorm sobre quais são os motivos para querermos estar sempre consumindo e quais são as
estratégias que os próprios estudantes percebem que são usadas para influenciar seus impulsos
consumistas. A partir daí, sob um viés social, como eles veem a situação de pessoas (ou eles mesmo)
diante da frustração de serem incentivados a consumir (por vários motivos) mas não terem condições
para isso. Essa discussão é a ligação entre a perspectiva social do consumismo atrelada à degradação
social e ambiental, o qual pode ser potencializada com o vídeo The Turning Point, de Steve Cutts, com
três minutos e com linguagem visual que aborda as consequências chocantes frente ao consumismo
desenfreado de uma sociedade com 8 bilhões de pessoas
(https://www.youtube.com/watch?v=p7LDk4D3Q3U) . A pergunta motivadora de reflexão para os
estudantes, após as atividades (brainstorm e vídeos) é: como adequar/equilibrar a necessidade de
consumo como ponto fundamental ao sistema econômico atual, a manutenção e criação de empregos
e a urgência ambiental? Esta pergunta pode servir como base de rodas de discussão, produção textual
de possíveis propostas ou exposição de grupos com possíveis soluções pontuais, assim como ajudar a
fundamentar o bimestre Utopias (4º bimestre).
4. Propor aos estudantes um momento reflexivo e dialogado baseado em questões chaves como:
“Precisamos de tudo que queremos?”, “O que nos faz querer algo?”, “Precisamos de tudo que temos?”
“Quanto empregamos de recursos naturais para a produção de objetos que nem sempre valorizamos?”
Faça a mediação dessa discussão chamando a atenção para a diferença entre precisar e desejar. Em
seguida, demande aos estudantes que criem individualmente uma lista com os objetos realmente
essenciais para a sua vida e indiquem em outra coluna a durabilidade de cada um deles. Depois troque
as listas entre os estudantes e concluam o diálogo observando as diferenças (ou semelhanças) entre o
que cada um valoriza como essencial. É possível, inclusive, elaborar com os estudantes chaves de
problematizações sobre os itens da lista e discuti-los em sala de aula.
5. Desenvolva com os discentes uma Feira do Desapego, que contemple trocas de roupas e sapatos, livros,
aparelhos, coleta de materiais recicláveis e lixo eletrônico (se houver local apropriado para esse
descarte na sua localidade). Essa é uma estratégia que visa incentivar os alunos a pensar coletivamente
sobre formas de sustentabilidade, aproximando-os da ideia de cidades sustentáveis.
6. Delimitar as diferenças entre áreas de proteção e conservação. Contextualizar áreas de proteção a partir
da premissa de que a conservação dos recursos naturais está ligada ao contexto social e ao
desenvolvimento local e regional e de que as unidades de conservação (UCs) são partes integrantes das
relações socioambientais.
7. Analisar pontos favoráveis e possíveis restrições para implementação das unidades de conservação
através da observação dos seguintes fatores: a preservação de ecossistemas naturais; manutenção de
referências paisagísticas importantes para a sociedade; e possibilidade de estabelecimento de parcerias
na gestão. Algumas restrições foram: fontes de recursos financeiros; manutenção da acessibilidade;
impactos do uso atual e futuro do entorno; e responsabilidades na gestão.
8. Propor um debate a partir de vídeo e reportagens tomando como exemplo o Pico Belo Horizonte que
está em processo de tombamento pelo Estado de Minas Gerais, mas, que vem sofrendo com avanços de
mineradoras. Sugere-se contextualizar a situação da área a partir do vídeo e das reportagens:
9. Problematizar juntos aos discentes os impactos da instalação de uma mineradora dentro de uma área
urbana. Retome a lista construída pelos estudantes com itens essenciais e dialoguem sobre como é
possível conciliar a mineração e o consumo. A partir dessa reflexão, proponha a elaboração de uma
fanzine voltada para o esclarecimento do corpo estudantil. Estruture a fanzine a partir das
problemáticas discutidas em sala, use uma linguagem minimalista e artística com uso de imagens,
referências de filmes, documentários e frases de impacto. Para saber mais sobre construções de
fanzine assista ao vídeo: Como fazer um Fanzine / Zine? disponível em: <<
https://www.youtube.com/watch?v=uICW1MXNR1E >>. Exemplos de fanzines muito diferentes entre si
podem ser vistos aqui e servir como propostas para os estudantes consultarem e escolherem:
https://br.pinterest.com/livcoimbra/fanzine/
Propostas de Avaliação
Autoavaliação
➢ Para você, quais foram as informações mais impactantes em relação à mineração?
➢ Você percebeu alguma mudança de comportamento/ atitude da sua parte em relação ao consumo
após as discussões desenvolvidas no bimestre? Descreva o que aconteceu.
➢ Quais os desafios na produção de uma fanzine?
➢ Você considera que os temas abordados no material têm relevância para a comunidade escolar? Por
quê?
➢ Como você julga a sua participação neste bimestre?
2º Bimestre - Patrimônios
Sugestão de subtemas:
➢ História local e regional
➢ Patrimônio Histórico
➢ Pontos de referência da história antiga e/ou recente da cidade
➢ Patrimônio Cultural
➢ Estética e arte urbana
➢ Diversidade cultural
➢ Patrimônio imaterial
➢ Patrimônio ambiental
➢ Desenho urbano local
➢ Rios subterrâneos
➢ Áreas de proteção
➢ Povos indígenas: demarcação de terras, exploração de recursos, preservação cultural e do meio
ambiente.
Investigação Científica
EMIFCG01- Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
Processos Criativos
EMIFCG04- Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por meio de
vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, criticidade e criatividade.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG07- Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.
Investigação Científica
EMIFCHS01 -Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
EMIFCHS03 - Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
Processos Criativos
EMIFCHS05 - Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
2. Executar levantamento do patrimônio histórico, cultural e ambiental ( professor deve avaliar qual o
melhor instrumento de pesquisa, como visita in loco, investigação bibliográfica, etc), o qual pode
possuir ênfase na cidade, região ou mesmo compreendendo o estado de Minas Gerais. Cada um desses
patrimônios, por si só, pode conter uma diversidade de pontos a serem pesquisados. Parte desses
patrimônios também podem ter sido (mesmo que tangencialmente) abordados na estratégia anterior
(“histórias dos bairros"). Desta forma, cabe ao professor orientar a melhor forma de fazer esse
levantamento, considerando seu conhecimento prévio sobre a cidade e o que os estudantes já
produziram na construção do material “Histórias dos bairros”. Alguns pontos podem nortear a pesquisa
dos estudantes, como por exemplo:
a. Quais os pontos de referência que podem representar um pouco da estética da arte presente na
região e sua diversidade cultural? Gastronomia, folclore, ícones históricos, etc.
3. Propõe-se que o professor contextualize o patrimônio como conceito para trabalhar algumas
problematizações (Qual a importância de preservar os diversos patrimônios? Como historicamente
costumou-se interpretá-los e como é possível reinterpretá-los?) a partir de leituras, vídeos e ou
podcasts (algumas sugestões logo abaixo). Após a ampliação do repertório (que pode ser realizada em
sala ou por meio da metodologia da sala de aula invertida), rodas de discussão podem ser formadas de
maneira que o debate seja estimulado e moderado pelo professor. Alguns exemplos de indicações:
https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2021/08/01/imagens-exclusivas-mostram-como-ficou-galpao-da
-cinemateca-apos-incendio.ghtml
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/07/25/imagens-registram-momento-em-que-grupo-col
oca-fogo-na-estatua-de-borba-gato-em-sp-veja-video.ghtml
https://www.cafehistoria.com.br/especialistas-comentam-derrubada-de-estatuas-pelo-mundo/
4. O trabalho com a questão indígena pode acontecer de diferentes maneiras a depender da região e
contexto em que a escola está inserida. Regiões mais centrais e urbanizadas podem ter mais
dificuldades de acesso às comunidades indígenas, o que propicia um tratamento dessas questões a
partir de uma visão mais geral, a qual pode considerar o estado e o território nacional. Desta forma,
orienta-se abordagens que tratam sobre questões indígenas presentes no debate público, as quais
necessitam de maior qualificação e compreensão, como a demarcação de terras, exploração de
recursos em terras indígenas, preservação cultural dos povos ameríndios e sua relação com o meio
ambiente. Em escolas com comunidades indígenas próximas, é possível, além de tratar em sala de aula
dos temas acima citados, a promoção de encontros com representantes dessas comunidades dentro do
espaço escolar, o que pode compreender desde uma feira de artes e apresentação cultural, a debates
que incluam a identidade indígena, sustentabilidade e a relação entre as diferentes culturas. Neste
último ponto, salienta-se a importância sobre a desconstrução da visão colonizadora e hierárquica
comum sobre os povos indígenas e sua forma de organização social.
5. Cada grupo que pesquisou a história dos bairros pode elaborar um painel expositivo com as imagens,
textos, recortes, desenhos, fotografias antigas (com o cuidado de não danificá-las com o uso de fitas
adesivas) ou, mesmo uma montagem virtual (no canva, por exemplo) que sirva para representar a sua
pesquisa. Caso o professor achar adequado e os estudantes se sentirem motivados, essa proposta pode
ser ampliada para uma mostra ao final do bimestre.
Propostas de Avaliação
Sugestão de subtemas:
➢ Produção
➢ Coletividade
➢ Consciência individual e coletiva
➢ Trabalho e modos de organização da produção industrial
➢ Legislação trabalhista
➢ Terceirização, uberização e precarização do trabalho
➢ Relações de trabalho mediadas por tecnologias
➢ Trabalho híbrido remoto: novos espaços e tempos
➢ Produção de alimentos
Investigação Científica
EMIFCG02 - Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG07 - Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.
Investigação Científica
EMIFCHS02 - Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, contextualizando os
conhecimentos em sua realidade local e utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação
científica.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCHS08 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas
de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.
1. Analisar a produção significa compreender sua relação com o meio em que ocorre essa produção e
seus fins. Por se tratar de um componente curricular de aprofundamento de estudos, alguns conceitos
poderão ser necessários serem revisitados para a continuidade das discussões que envolvem modelos
produtivos e organização do trabalho, como o taylorismo, fordismo e toyotismo. Após a compreensão
dos conceitos é importante salientar que os tipos de organização da produção não impactam ou se
restringem apenas às fábricas, mas que se reproduzem em outros espaços de trabalho (formais e
informais, no setor de serviços, etc) com desdobramentos na vida cotidiana das pessoas e na
organização social de forma geral. Esta perspectiva é importante para que os temas subsequentes
(terceirização, uberização e precarização) sejam compreendidos como consequência de um longo
processo que se interconecta de diversas maneiras até os dias de hoje. Após reapresentar e/ou
recordar os conceitos de taylorismo, fordismo e toyotismo, sugerimos o documentário "Linha de
Desmontagem -- pausa para o humano" (de André Costantin e Daniel Herrera, 2011:
https://www.youtube.com/watch?v=BYHel1oZ62o) e abrir espaço para que os estudantes façam as
conexões entre as semelhanças do que é apresentado no filme e os tradicionais modelos de produção
formatados no século XX. Essas conexões podem ser feitas com um registro escrito ou tempestade de
ideias.
2. Organizar coletivamente um questionário para que os estudantes pesquisem quais são as atividades
laborais desenvolvidas pelos seus familiares e ou pessoas da comunidade considerando as condições
de trabalho às quais estão submetidos.
4. Retomar os conceitos trabalhados para que os estudantes apontem semelhanças entre esses modelos
de produção e o trabalho desempenhado por seus pais, irmãos, colegas, mesmo que fora de fábricas
e, a partir dos exemplos dados pelos estudantes, buscar responder a pergunta norteadora: Como esses
processos de produção impactam (ou podem impactar) a vida dos indivíduos?
5. Terceirização, uberização e precarização do trabalho são temas que podem ser trabalhados em sala de
aula conceituando, individualmente, cada um deles. Mas também podemos tratá-los na dimensão das
relações de trabalho mediadas por tecnologias. Algumas perguntas motivadoras podem ser feitas para
mobilizar os estudantes a fazer conexões entre estas relações de trabalho e o contexto social,
econômico e político que estamos inseridos no mundo atual: Se a vaga de emprego existe, porque
terceirizá-la? Por que a terceirização gera economia de custos às empresas? Quem ganha e quem
perde com a terceirização? Terceirizar abre vagas de empregos? Terceirizar aumenta a
produtividade? Por que empregados terceirizados estão mais associados a acidentes de trabalho?
Como subsídio, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) oferece diversos estudos sobre o
tema e alguns deles com gráficos capazes de fornecer uma boa perspectiva de análise em sala de aula:
destacamos o material Terceirização do Trabalho no Brasil novas e distintas perspectivas para o
debate”, de 2018, disponível em
https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/8258/1/Terceiriza%C3%A7%C3%A3o%20do%20trabal
ho%20no%20Brasil_novas%20e%20distintas%20perspectivas%20para%20o%20debate.pdf .
6. Através dos dados e gráficos do estudo pode-se enfatizar, por exemplo, a relação entre terceirização e
rotatividade, além da pontuar quais as profissões mais diretamente suscetíveis à serem terceirizadas.
Pergunta norteadora: Quais os possíveis motivos para que isso aconteça?
havendo espaço maior para uma discussão mais aprofundada e que envolva questões mais amplas,
como as relações familiares e afins, recomendamos a exibição do filme Você não estava aqui, de Ken
Loach (2019) e posterior análise escrita sobre o filme ou a proposição de uma mesa de debate sobre
as temáticas nele tratadas.
8. Tratar em sala de aula que o trabalho híbrido exige uma postura em discutir sobre o que é novo, ou
seja, mais que a busca de respostas ou de definir certo e errado e as preferências de cada um, quais as
possíveis questões que estão ou podem estar envolvidas . Orientamos que os alunos façam a leitura
de dois artigos e que, posteriormente, tragam as suas impressões quanto ao seu futuro e a visão que
seus pais e outros adultos têm sobre o tema.
9. Um dos caminhos para compreender a construção histórica que resultou nas características comuns à
estrutura produtiva e a organização do trabalho da região em que a escola está inserida perpassa por
relacionar as características geográficas com o seu desenvolvimento econômico. Quais são as suas
riquezas ambientais e como isso estimulou sua organização social, econômica e política? Trata-se de
uma pergunta complexa e que necessita que professores e alunos venham a se debruçar sobre alguns
detalhes que são inerentes à realidade de cada escola, considerando questões regionais como: qual a
importância da terra, do que há nela e em sua topografia? Qual a importância do acesso à água no
processo produtivo? Qual a importância do fluxo migratório (chegadas e saídas) como capital
produtivo? Como a educação se associa à formação de mão de obra da região (educação pública,
universidades, escolas técnicas, institutos, etc). Conceitos como materialismo histórico, estrutura e
superestrutura (entre outros) podem ser aprofundados neste momento em correspondência com o
desenvolvimento da região e suas características socioculturais.
10. A produção de alimentos e a agroecologia possuem grande relevância na compreensão de alguns dos
problemas produtivos que afetam diretamente a sociedade. Algumas perguntas podem nortear o
desenvolvimento de uma ou mais aulas do professor: A produção de alimentos é sustentável? O que
a produção da carne tem a ver com o consumo de água e o efeito estufa? Devemos parar de comer
carne? O mundo sofre de problemas para produzir ou para distribuir alimentos para todos? Como
alimentar 8 bilhões de pessoas? Qual a relação entre produção de alimentos, pequenas e médias
propriedades de terra e os latifúndios e super latifúndios? Onde estão concentrados os empregos na
produção agrícola? Qual a importância da estrutura dos meios de transporte para a produção
agrícola? A abordagem sobre agricultura familiar e não familiar se faz importante neste momento
para que se torne mais claro que o agronegócio não se reduz a uma única forma de produção, pelo
contrário, possui características, práticas e modelos diferentes. O censo agro 2017 do IBGE traz
informações importantes para estarem presentes em sala de aula e podem ser encontradas a partir
deste link:
https://censoagro2017.ibge.gov.br/2012-agencia-de-noticias/noticias/25786-em-11-anos-agricultura-f
amiliar-perde-9-5-dos-estabelecimentos-e-2-2-milhoes-de-postos-de-trabalho.html
11. Visitar uma horta comunitária pode tanto oferecer um contato mais direto com a agricultura e o
manejo da terra aos estudantes que moram em grandes cidades ou áreas muito urbanizadas, como
fornecer oportunidade àqueles estudantes das áreas mais rurais e que possuem contato com
agricultura em seu dia a dia transporem seus conhecimentos atrelados a esta temática de forma mais
participativa e integrada à sua realidade e experiência. No contexto da visita é preciso salientar o
Propostas de Avaliação
Avaliar a participação dos estudantes nas rodas de discussão e outras dinâmicas utilizadas, incluindo
visitas orientadas. O docente pode avaliar o envolvimento e aprendizagem durante a exposição oral dos
estudantes e também em suas produções textuais.
Autoavaliação
➢ Você considera que conseguiu por meio das atividades propostas consolidar os conhecimentos
para responder às questões :como adequar/equilibrar a necessidade de consumo como ponto
fundamental ao sistema econômico atual, a manutenção e criação de empregos e a urgência
ambiental?
➢ Qual foi sua maior dificuldade na apresentação?
➢ Como você avalia a sua participação e interesse?
que temos?” “Quanto empregamos de recursos naturais para a produção de objetos que
nem sempre valorizamos?” ou em temas complexos como a produção; como os processos
de produção impactam (ou podem impactar) a vida dos indivíduos? Refletir sobre a
produção e a geração de empregos, perpassando temas comuns a CNT como produção de
alimentos sustentáveis e como economia e sustentabilidade se comunicam, bem como
dialogar sobre violências e formas de moradias precárias que compõem o cenário de
desigualdade e perpassam os obstáculos para se alcançar uma cidade sustentável.
É muito importante que os professores de todos os quatro componentes planejem o
bimestre coletivamente, para que as atividades não fiquem repetitivas, sobrepostas ou com
prevalência em um ou outro componente curricular, entendendo que não é preciso
necessariamente trabalhar todas as habilidades elencadas no quadro. As habilidades terão
relação com a situação-problema definida para cada grupo de trabalho. Dessa forma, a cada
aula dos quatro componentes curriculares deste Aprofundamento, no 4º bimestre, os
professores irão organizar os estudantes nos grupos (que se mantêm ao longo das aulas) e
dar suporte às etapas do projeto em que cada um se encontra. É essencial que a cada aula o
professor consulte os grupos para saber se estão conseguindo avançar nas etapas e
direcione a produção do Projeto para o tempo da aula, evitando demandas para a casa.
1
Adaptado - BRUNO, G. S. e CAROLEI P. Contribuições do Design para o Ensino de Ciências por Investigação.Revista
Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências 2018, Disponível em:
https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/4832 . Acesso em 06 de Ago. de 2022
Investigação Científica
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para criar
ou propor soluções para problemas diversos.
Processo Criativo
(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prática.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.
Empreendedorismo
(EMIFCG11) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e
adaptar metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e
produtivos com foco, persistência e efetividade.
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e
futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que
orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes das Áreas de
Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Investigação Científica
(EMIFCNT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da
natureza e/ou de processos tecnológicos com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais, utilizando
procedimentos e linguagens adequados à investigação científica.
Processos Criativos
(EMIFCNT04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica
sobre a dinâmica dos fenômenos naturais e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de dispositivos
e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de realidade virtual, entre outros)
(EMIFCNT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados às Ciências da
Natureza para resolver problemas reais do ambiente e da sociedade, explorando e contrapondo diversas
fontes de informação.
(EMIFCNT06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais,
considerando a aplicação de design de soluções e o uso de tecnologias digitais, programação e/ou
pensamento computacional que apoiem a construção de protótipos, dispositivos e/ou equipamentos, com o
intuito de melhorar a qualidade de vida e/ou os processos produtivos.
Empreendedorismo
(EMIFCNT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências da Natureza
podem ser utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos, considerando as diversas
tecnologias disponíveis e os impactos socioambientais.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem para o Projeto Integrado, que serão desenvolvidas em todas as
aulas dos quatro componentes.
1. Apresentar aos estudantes as possibilidades de temas estruturantes que abrangem uma cidade
sustentável associado às necessidades identificadas durante pesquisa, visita guiada e observação ao
longo do bimestre, como por exemplo: Local e Infraestrutura, Economia Solidária, Energia e
Mudanças Climáticas, Resíduos, Água, Transporte, Educação, Governança, Cultura e Lazer;
2. Agrupar os estudantes e propiciar um momento de reflexão para que possam, a partir de algumas
questões norteadoras, definir e investigar a tema/ situação-problema, tais como: Qual o problema
identificado? (o que de fato aconteceu ou está acontecendo?) Quais as possíveis causas? (quais os
fatores que influenciaram para que a situação ocorresse?) Quem foi impactado? (quais as pessoas
ou grupos foram impactadas direta ou indiretamente pela situação? Quais as consequências?(quais
foram os efeitos observáveis e mensuráveis nas pessoas impactadas), para que possam definir e
investigar a tema/ situação-problema;
8. Dividir as tarefas, conforme a escolha do projeto, propiciar um diálogo coletivo entre os estudantes
e guiar os estudos e propostas para que os jovens possam desenvolver e elaborar as primeiras
possibilidades da proposta do modelo/projeto;
9. Fomentar o pensamento crítico e criativo dos estudantes, por meio de rodas de conversa, debates
para verificar as melhores possibilidades de desenvolvimento do projeto dentro das propostas
feitas pelos estudantes;Mediar os estudantes nas possíveis explicações ou soluções apresentadas
para o projeto integrado e discutir quanto à viabilidade de resolução do problema;
10. Agrupar os estudantes e agir como facilitador do processo para que os estudantes possam fazer
uma imersão nas pesquisas com o foco na resolução do problema;
11. Levantar possíveis estratégias para solução ou amenização para o problema escolhido e debatê-las
por meio de atividades incubadoras, simulados, laboratórios, atividades práticas em ambientes
livres da escola ou da comunidade escolar;
12. Elaborar um mapa mental com os estudantes para decomposição da situação-problema alinhada a
proposta da solução definidora do modelo/projeto;
13. Planejar o projeto com ações, cronograma, divisão de responsabilidades, atores envolvidos,
recursos e materiais que serão necessários para que os estudantes possam apresentar as possíveis
proposições para o modelo/ projeto selecionado pelos estudantes;
14. Propor um momento de reflexão e elaboração dos elementos essenciais do modelo do projeto/ou
modelo de protótipo: nome e versão, nível do projeto/modelo (conceito e se funciona como real),
ideias que sustentam a proposta, por que (qual o desafio que motivou a criação do
projeto/modelo), para quem se destina o projeto/modelo, o que é (como o protótipo se
materializa, quais os impactos e resultados se espera após a apresentação/implementação)2;
16. Vivenciar as etapas do projeto/modelo, tais como: testar, experienciar, avaliar, prever) para futuros
aprimoramentos da proposta de solução;
17. Planejar as etapas da exposição do trabalho final: formato da apresentação, local, nome, público e
montagem;
Propostas de Avaliação
Avaliação
Professor(a), avalie o desenvolvimento das habilidades socioemocionais, como responsabilidade,
autoconhecimento, respeito aos direitos humanos, tolerância, engajamento, criticidade, respeito a regras,
dentre outras durante a pesquisa e associadas ao tema escolhido tais como:
➢ Observar a realidade local e elencar temas relevantes ao contexto a partir de temas e ou situação-
problema;
2
Adaptado: Narcizo, R. Curso Design Thinking - Módulo - Transição
Autoavaliação
➢ Você considera que conseguiu por meio da proposta apresentada evidenciar o papel do cidadão
para a construção de uma cidade sustentável? Qual foi sua maior dificuldade na apresentação?
➢ Compreendeu a importância das etapas vivenciadas ao longo dos bimestres para propor o projeto
integrado?
➢ Ao experienciar o projeto integrado, você considera que as atividades possibilitaram desenvolver
e/ou aprimorar competências e habilidades de atividades em grupo?
➢ Como você avalia a exposição final do projeto? Descreva o que foi mais interessante.
➢ Você considera que o projeto proposto pelo grupo alcance e sensibilize a comunidade escolar?
3
Adaptado. Metodologia de resolução de problema, aplicada a aula de produção de texto. Disponível em:
https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/13611/9171 Acesso em: 17 de Ago. 2022