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2º ano - Novo Ensino Médio

CHS - Construção coletiva nos diversos espaços

CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS


E CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

CIDADES SUSTENTÁVEIS

Construção coletiva nos diversos espaços - CHS

1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre

Educação ambiental Patrimônios Produção Projeto Utopia

1º Bimestre - Educação ambiental

O 1º bimestre do componente curricular Construção coletiva nos diversos espaços


busca apresentar conceitos basilares que perpassam por cidade, sustentabilidade e consumo
sob a perspectiva das humanidades. O intuito dos subtemas propostos é oferecer um
arcabouço de conhecimentos básicos para o desenvolvimento dos próximos bimestres,
apurando o olhar e o senso crítico dos estudantes.
Importante: apesar de os subtemas e as práticas de ensino aprendizagem sugeridas
se inter-relacionarem, podem se constituir muito amplos e/ou em quantidade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se justifica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações distintas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação científica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temáticas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento científico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

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1º Bimestre - Construção coletiva nos diversos espaços - CHS


Educação ambiental
Sugestão de subtemas:
➢ Sustentabilidade e seus três pilares básicos (ambiental, social, econômico)
➢ Ações individuais/impactos coletivos
➢ Áreas de proteção ambiental
➢ Espaço público e privado
➢ Importância das áreas de conservação ambiental nas cidades
➢ Unidades de Conservação e seus tipos
➢ Unidades de proteção Integral
➢ Unidades de uso sustentável
➢ Consumismo e Consumo consciente
➢ Obsolescência programada

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Investigação Científica
EMIFCG01 - Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
Processos Criativos
EMIFCG06 - Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG07 - Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes

Mediação e Intervenção Sociocultural


EMIFCHS08 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas
de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, baseadas
no respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Apresentar os conceitos centrais da sustentabilidade. Uma proposta de abordagem se dá com apoio do


vídeo “As três dimensões da sustentabilidade” (disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=lihD5YYeJAY). Neste vídeo, o jovem narrador faz uma relação entre
as dimensões ambientais, econômicas e sociais com exemplos que se conectam causando um efeito
cascata. Solicite aos estudantes que elaborem outros exemplos (fictícios ou reais) em que eventos
ambientais/ econômicos/ sociais (não necessariamente nesta ordem) podem causar desequilíbrios que
desencadeiam um efeito dominó, explicando e pormenorizando as consequências e de que forma uma
dimensão afeta a outra.

2. Apresentar exemplos de Cidades sustentáveis como: Freiburg (Alemanha), Cochabamba (Bolívia), Bahia
de Caráquez (Equador) e Copenhagen (Dinamarca) são alguns exemplos reais. Analise-os destacando
que embora essas cidades sejam cidades sustentáveis, ainda existem problemas referentes a
desigualdade, uso inadequado dos recursos naturais, entre outros. No entanto, a partir das cidades
abordadas, estimular que os estudantes listem exemplos de ações e perspectivas sustentáveis que

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podem ser implementadas aqui (Brasil/comunidade), possíveis adaptações e melhorias. Também é


possível discutir que pontos apresentados nestas cidades podem sofrer resistência ou não funcionar
aqui, quer seja por uma perspectiva cultural ou mesmo estrutural, buscando resposta do porquê isso
ocorria e como resolvê-los.

3. Propõe-se uma abordagem que percorra um caminho de desnaturalização do consumo como algo capaz
de suprir necessidades afetivas como pertencimento, felicidade, realização pessoal, entre outros. Para
iniciar este debate, sugerimos a exibição da animação do Instituto Akatu que aborda consumo e
bem-estar (https://www.youtube.com/watch?v=wrKbACVD9es). Em sequência, propõe-se um
brainstorm sobre quais são os motivos para querermos estar sempre consumindo e quais são as
estratégias que os próprios estudantes percebem que são usadas para influenciar seus impulsos
consumistas. A partir daí, sob um viés social, como eles veem a situação de pessoas (ou eles mesmo)
diante da frustração de serem incentivados a consumir (por vários motivos) mas não terem condições
para isso. Essa discussão é a ligação entre a perspectiva social do consumismo atrelada à degradação
social e ambiental, o qual pode ser potencializada com o vídeo The Turning Point, de Steve Cutts, com
três minutos e com linguagem visual que aborda as consequências chocantes frente ao consumismo
desenfreado de uma sociedade com 8 bilhões de pessoas
(https://www.youtube.com/watch?v=p7LDk4D3Q3U) . A pergunta motivadora de reflexão para os
estudantes, após as atividades (brainstorm e vídeos) é: como adequar/equilibrar a necessidade de
consumo como ponto fundamental ao sistema econômico atual, a manutenção e criação de empregos
e a urgência ambiental? Esta pergunta pode servir como base de rodas de discussão, produção textual
de possíveis propostas ou exposição de grupos com possíveis soluções pontuais, assim como ajudar a
fundamentar o bimestre Utopias (4º bimestre).

4. Propor aos estudantes um momento reflexivo e dialogado baseado em questões chaves como:
“Precisamos de tudo que queremos?”, “O que nos faz querer algo?”, “Precisamos de tudo que temos?”
“Quanto empregamos de recursos naturais para a produção de objetos que nem sempre valorizamos?”
Faça a mediação dessa discussão chamando a atenção para a diferença entre precisar e desejar. Em
seguida, demande aos estudantes que criem individualmente uma lista com os objetos realmente
essenciais para a sua vida e indiquem em outra coluna a durabilidade de cada um deles. Depois troque
as listas entre os estudantes e concluam o diálogo observando as diferenças (ou semelhanças) entre o
que cada um valoriza como essencial. É possível, inclusive, elaborar com os estudantes chaves de
problematizações sobre os itens da lista e discuti-los em sala de aula.

5. Desenvolva com os discentes uma Feira do Desapego, que contemple trocas de roupas e sapatos, livros,
aparelhos, coleta de materiais recicláveis e lixo eletrônico (se houver local apropriado para esse
descarte na sua localidade). Essa é uma estratégia que visa incentivar os alunos a pensar coletivamente
sobre formas de sustentabilidade, aproximando-os da ideia de cidades sustentáveis.

6. Delimitar as diferenças entre áreas de proteção e conservação. Contextualizar áreas de proteção a partir
da premissa de que a conservação dos recursos naturais está ligada ao contexto social e ao
desenvolvimento local e regional e de que as unidades de conservação (UCs) são partes integrantes das
relações socioambientais.

7. Analisar pontos favoráveis e possíveis restrições para implementação das unidades de conservação
através da observação dos seguintes fatores: a preservação de ecossistemas naturais; manutenção de
referências paisagísticas importantes para a sociedade; e possibilidade de estabelecimento de parcerias
na gestão. Algumas restrições foram: fontes de recursos financeiros; manutenção da acessibilidade;
impactos do uso atual e futuro do entorno; e responsabilidades na gestão.

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8. Propor um debate a partir de vídeo e reportagens tomando como exemplo o Pico Belo Horizonte que
está em processo de tombamento pelo Estado de Minas Gerais, mas, que vem sofrendo com avanços de
mineradoras. Sugere-se contextualizar a situação da área a partir do vídeo e das reportagens:

● Ativistas alertam para instalação de mineradora na Serra do Curral, em BH disponível em:


<<https://www.youtube.com/watch?v=8LxwdUKmap8>>

● Justiça proíbe mineração na Serra do Curral, cartão-postal da região de BH. disponível em


<<https://esportes.yahoo.com/justi%C3%A7a-pro%C3%ADbe-minera%C3%A7%C3%A3o-na-ser
ra-210200957.html >> .

9. Problematizar juntos aos discentes os impactos da instalação de uma mineradora dentro de uma área
urbana. Retome a lista construída pelos estudantes com itens essenciais e dialoguem sobre como é
possível conciliar a mineração e o consumo. A partir dessa reflexão, proponha a elaboração de uma
fanzine voltada para o esclarecimento do corpo estudantil. Estruture a fanzine a partir das
problemáticas discutidas em sala, use uma linguagem minimalista e artística com uso de imagens,
referências de filmes, documentários e frases de impacto. Para saber mais sobre construções de
fanzine assista ao vídeo: Como fazer um Fanzine / Zine? disponível em: <<
https://www.youtube.com/watch?v=uICW1MXNR1E >>. Exemplos de fanzines muito diferentes entre si
podem ser vistos aqui e servir como propostas para os estudantes consultarem e escolherem:
https://br.pinterest.com/livcoimbra/fanzine/

Propostas de Avaliação

A avaliação no Itinerário Formativo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento


da metacognição, acentuando sua natureza processual e formativa. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do Itinerário Formativo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se
garantir preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à apropriação de
habilidades e competências, visando o avanço contínuo do estudante.
Para fins técnico-didáticos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.
Organizar uma aula para exposição das fanzines produzidas. O docente pode avaliar o envolvimento e
aprendizagem durante a construção das etapas de produção, finalização e distribuição do material,
assegurando a devolutiva das produções aos estudantes. Também poderá avaliar a participação nos debates,
na participação da Feira do Desapego, entre outros que ocorreram ou foram desenvolvidos em sala de aula.

Autoavaliação
➢ Para você, quais foram as informações mais impactantes em relação à mineração?
➢ Você percebeu alguma mudança de comportamento/ atitude da sua parte em relação ao consumo
após as discussões desenvolvidas no bimestre? Descreva o que aconteceu.
➢ Quais os desafios na produção de uma fanzine?
➢ Você considera que os temas abordados no material têm relevância para a comunidade escolar? Por
quê?
➢ Como você julga a sua participação neste bimestre?

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2º Bimestre - Patrimônios

No segundo bimestre de Construção Coletiva nos diversos espaços iremos nos


debruçar sobre a história local e regional, assim como pontos importantes para
compreender o patrimônio histórico, cultural e ambiental. Trata-se de um momento para os
estudantes entenderem e se apropriarem melhor da cidade, onde estamos inseridos, o que a
atravessa e como produzimos e nos construímos enquanto coletivo.
Importante: apesar de os subtemas e as práticas de ensino aprendizagem sugeridas
se inter-relacionarem, podem se constituir muito amplos e/ou em quantidade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se justifica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações distintas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação científica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temáticas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento científico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

2º Bimestre - Construção coletiva nos diversos espaços - CHS


Patrimônios

Sugestão de subtemas:
➢ História local e regional
➢ Patrimônio Histórico
➢ Pontos de referência da história antiga e/ou recente da cidade
➢ Patrimônio Cultural
➢ Estética e arte urbana
➢ Diversidade cultural
➢ Patrimônio imaterial
➢ Patrimônio ambiental
➢ Desenho urbano local
➢ Rios subterrâneos
➢ Áreas de proteção
➢ Povos indígenas: demarcação de terras, exploração de recursos, preservação cultural e do meio
ambiente.

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Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Investigação Científica
EMIFCG01- Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
Processos Criativos
EMIFCG04- Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por meio de
vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, criticidade e criatividade.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG07- Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes

Investigação Científica
EMIFCHS01 -Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
EMIFCHS03 - Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
Processos Criativos
EMIFCHS05 - Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Desenvolver a noção de pertencimento através da historiografia da cidade de maneira contextualizada


possibilita o aprofundamento tanto histórico, como geográfico e sociológico do estudante quanto do
lugar em que vive. Como proposta, a construção de um material investigativo “Histórias dos bairros".
Dentro deste material, os alunos poderão responder perguntas: Como surgiram os bairros na minha
cidade? Por que os bairros recebem estes nomes? Quais são os principais pontos turísticos da região e
qual é o seu contexto histórico? Dentro deste material, além da parte geográfica e histórica, é
interessante que os estudantes pesquisem e tragam histórias de algumas pessoas que fazem parte da
comunidade (quem são elas, o que fazem e o que contam sobre seus bairros e cidade em que vivem) e
suas histórias sobre o lugar. De forma prática, os bairros podem ser distribuídos em grupos, ou a
distribuição pode se dar por história / geografia / pessoas, em que cada grupo desenvolverá uma
dessas três ênfases. Uma das sugestão de apoio está disponível aqui:
http://www.pbh.gov.br/historia_bairros/LesteCompleto.pdf

2. Executar levantamento do patrimônio histórico, cultural e ambiental ( professor deve avaliar qual o
melhor instrumento de pesquisa, como visita in loco, investigação bibliográfica, etc), o qual pode
possuir ênfase na cidade, região ou mesmo compreendendo o estado de Minas Gerais. Cada um desses
patrimônios, por si só, pode conter uma diversidade de pontos a serem pesquisados. Parte desses

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patrimônios também podem ter sido (mesmo que tangencialmente) abordados na estratégia anterior
(“histórias dos bairros"). Desta forma, cabe ao professor orientar a melhor forma de fazer esse
levantamento, considerando seu conhecimento prévio sobre a cidade e o que os estudantes já
produziram na construção do material “Histórias dos bairros”. Alguns pontos podem nortear a pesquisa
dos estudantes, como por exemplo:

a. Quais os pontos de referência que podem representar um pouco da estética da arte presente na
região e sua diversidade cultural? Gastronomia, folclore, ícones históricos, etc.

b. Considerando o meio-ambiente e suas riquezas, o que se configura como patrimônio para a


comunidade e região e qual a importância social para sua preservação?

3. Propõe-se que o professor contextualize o patrimônio como conceito para trabalhar algumas
problematizações (Qual a importância de preservar os diversos patrimônios? Como historicamente
costumou-se interpretá-los e como é possível reinterpretá-los?) a partir de leituras, vídeos e ou
podcasts (algumas sugestões logo abaixo). Após a ampliação do repertório (que pode ser realizada em
sala ou por meio da metodologia da sala de aula invertida), rodas de discussão podem ser formadas de
maneira que o debate seja estimulado e moderado pelo professor. Alguns exemplos de indicações:

a. Cinemateca – Incêndio em 2021

https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2021/08/01/imagens-exclusivas-mostram-como-ficou-galpao-da
-cinemateca-apos-incendio.ghtml

b. Fogo na Estátua do Borba Gato – São Paulo 2021

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/07/25/imagens-registram-momento-em-que-grupo-col
oca-fogo-na-estatua-de-borba-gato-em-sp-veja-video.ghtml

c. Derrubada de Monumentos pelo Mundo.

https://www.cafehistoria.com.br/especialistas-comentam-derrubada-de-estatuas-pelo-mundo/

4. O trabalho com a questão indígena pode acontecer de diferentes maneiras a depender da região e
contexto em que a escola está inserida. Regiões mais centrais e urbanizadas podem ter mais
dificuldades de acesso às comunidades indígenas, o que propicia um tratamento dessas questões a
partir de uma visão mais geral, a qual pode considerar o estado e o território nacional. Desta forma,
orienta-se abordagens que tratam sobre questões indígenas presentes no debate público, as quais
necessitam de maior qualificação e compreensão, como a demarcação de terras, exploração de
recursos em terras indígenas, preservação cultural dos povos ameríndios e sua relação com o meio
ambiente. Em escolas com comunidades indígenas próximas, é possível, além de tratar em sala de aula
dos temas acima citados, a promoção de encontros com representantes dessas comunidades dentro do
espaço escolar, o que pode compreender desde uma feira de artes e apresentação cultural, a debates
que incluam a identidade indígena, sustentabilidade e a relação entre as diferentes culturas. Neste
último ponto, salienta-se a importância sobre a desconstrução da visão colonizadora e hierárquica
comum sobre os povos indígenas e sua forma de organização social.

5. Cada grupo que pesquisou a história dos bairros pode elaborar um painel expositivo com as imagens,
textos, recortes, desenhos, fotografias antigas (com o cuidado de não danificá-las com o uso de fitas
adesivas) ou, mesmo uma montagem virtual (no canva, por exemplo) que sirva para representar a sua
pesquisa. Caso o professor achar adequado e os estudantes se sentirem motivados, essa proposta pode
ser ampliada para uma mostra ao final do bimestre.

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Propostas de Avaliação

Avaliar o painel expositivo. O docente pode avaliar o envolvimento e aprendizagem durante os


processos de elaboração dos projetos, assim como a criatividade e interação com as propostas. Uma forma
de avaliar perpassa pela análise do desenvolvimento da pesquisa sobre o patrimônio, considerando o
formato que ela foi desenvolvida (visitas in loco e outras), como pontos de dificuldade e os momentos de
socialização das pesquisas.

3º Bimestre - Trabalho e produção

Trabalho e Produção e seus desdobramentos são os principais subtemas do 3º


bimestre de Construção coletiva nos diversos espaços. Muitos são os pontos de
aprofundamento, incluindo objetos de conhecimento trabalhados em outros momentos da
formação geral básica, mas sob uma perspectiva mais específica. As formas de produção,
consumo e trabalho precisam ser problematizadas para que possam fornecer subsídios para
imaginar uma cidade que se transforma em direção à sustentabilidade nas relações
humanas.
Importante: apesar de os subtemas e as práticas de ensino aprendizagem sugeridas
se inter-relacionarem, podem se constituir muito amplos e/ou em quantidade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se justifica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações distintas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação científica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temáticas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento científico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

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3º Bimestre - Construção coletiva nos diversos espaços - CHS


Trabalho e produção

Sugestão de subtemas:
➢ Produção
➢ Coletividade
➢ Consciência individual e coletiva
➢ Trabalho e modos de organização da produção industrial
➢ Legislação trabalhista
➢ Terceirização, uberização e precarização do trabalho
➢ Relações de trabalho mediadas por tecnologias
➢ Trabalho híbrido remoto: novos espaços e tempos
➢ Produção de alimentos

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Investigação Científica
EMIFCG02 - Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG07 - Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes

Investigação Científica
EMIFCHS02 - Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, contextualizando os
conhecimentos em sua realidade local e utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação
científica.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCHS08 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas
de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Analisar a produção significa compreender sua relação com o meio em que ocorre essa produção e
seus fins. Por se tratar de um componente curricular de aprofundamento de estudos, alguns conceitos
poderão ser necessários serem revisitados para a continuidade das discussões que envolvem modelos
produtivos e organização do trabalho, como o taylorismo, fordismo e toyotismo. Após a compreensão
dos conceitos é importante salientar que os tipos de organização da produção não impactam ou se
restringem apenas às fábricas, mas que se reproduzem em outros espaços de trabalho (formais e
informais, no setor de serviços, etc) com desdobramentos na vida cotidiana das pessoas e na

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organização social de forma geral. Esta perspectiva é importante para que os temas subsequentes
(terceirização, uberização e precarização) sejam compreendidos como consequência de um longo
processo que se interconecta de diversas maneiras até os dias de hoje. Após reapresentar e/ou
recordar os conceitos de taylorismo, fordismo e toyotismo, sugerimos o documentário "Linha de
Desmontagem -- pausa para o humano" (de André Costantin e Daniel Herrera, 2011:
https://www.youtube.com/watch?v=BYHel1oZ62o) e abrir espaço para que os estudantes façam as
conexões entre as semelhanças do que é apresentado no filme e os tradicionais modelos de produção
formatados no século XX. Essas conexões podem ser feitas com um registro escrito ou tempestade de
ideias.

2. Organizar coletivamente um questionário para que os estudantes pesquisem quais são as atividades
laborais desenvolvidas pelos seus familiares e ou pessoas da comunidade considerando as condições
de trabalho às quais estão submetidos.

3. Realizar um levantamento sobre os principais postos de trabalho da macro-região em que a escola


está localizada e se há êxodo populacional em função disso. Organizar a tabulação dos
dados/informações levantados no questionário.

4. Retomar os conceitos trabalhados para que os estudantes apontem semelhanças entre esses modelos
de produção e o trabalho desempenhado por seus pais, irmãos, colegas, mesmo que fora de fábricas
e, a partir dos exemplos dados pelos estudantes, buscar responder a pergunta norteadora: Como esses
processos de produção impactam (ou podem impactar) a vida dos indivíduos?

5. Terceirização, uberização e precarização do trabalho são temas que podem ser trabalhados em sala de
aula conceituando, individualmente, cada um deles. Mas também podemos tratá-los na dimensão das
relações de trabalho mediadas por tecnologias. Algumas perguntas motivadoras podem ser feitas para
mobilizar os estudantes a fazer conexões entre estas relações de trabalho e o contexto social,
econômico e político que estamos inseridos no mundo atual: Se a vaga de emprego existe, porque
terceirizá-la? Por que a terceirização gera economia de custos às empresas? Quem ganha e quem
perde com a terceirização? Terceirizar abre vagas de empregos? Terceirizar aumenta a
produtividade? Por que empregados terceirizados estão mais associados a acidentes de trabalho?
Como subsídio, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) oferece diversos estudos sobre o
tema e alguns deles com gráficos capazes de fornecer uma boa perspectiva de análise em sala de aula:
destacamos o material Terceirização do Trabalho no Brasil novas e distintas perspectivas para o
debate”, de 2018, disponível em
https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/8258/1/Terceiriza%C3%A7%C3%A3o%20do%20trabal
ho%20no%20Brasil_novas%20e%20distintas%20perspectivas%20para%20o%20debate.pdf .

6. Através dos dados e gráficos do estudo pode-se enfatizar, por exemplo, a relação entre terceirização e
rotatividade, além da pontuar quais as profissões mais diretamente suscetíveis à serem terceirizadas.
Pergunta norteadora: Quais os possíveis motivos para que isso aconteça?

7. Através de algumas perguntas norteadoras, problematizar determinadas condições de trabalho que


podem ser facilmente naturalizadas no dia a dia: Uberização é emprego, bico ou empreendedorismo?
Se emprego exige regulação, se bico é algo que alguém faz para completar a renda e se empreender
pressupõe expandir sua produção, como o modelo uberizado se encaixa nessas perspectivas? Os
aplicativos são bons por que fornecem renda para quem não tem trabalho ou se aproveitam da
precarização, da falta de regulamentação e do desemprego para aumentar lucros e viabilizar seu
modelo de negócios? Para subsidiar estas e outras perguntas, sugerimos a apresentação do vídeo
“Uberização e trabalho informal”(Politize, 2020) que traz alguns dados e novas perguntas sobre este
tema (https://www.youtube.com/watch?v=5HpkxAXSdNs) Por se tratar de um vídeo pequeno , com
cerca de oito minutos, orientamos que seja exibido dentro do tempo de uma aula. No entanto,

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havendo espaço maior para uma discussão mais aprofundada e que envolva questões mais amplas,
como as relações familiares e afins, recomendamos a exibição do filme Você não estava aqui, de Ken
Loach (2019) e posterior análise escrita sobre o filme ou a proposição de uma mesa de debate sobre
as temáticas nele tratadas.

8. Tratar em sala de aula que o trabalho híbrido exige uma postura em discutir sobre o que é novo, ou
seja, mais que a busca de respostas ou de definir certo e errado e as preferências de cada um, quais as
possíveis questões que estão ou podem estar envolvidas . Orientamos que os alunos façam a leitura
de dois artigos e que, posteriormente, tragam as suas impressões quanto ao seu futuro e a visão que
seus pais e outros adultos têm sobre o tema.

a. “Porque o trabalho híbrido é emocionalmente tão exaustivo”


(https://www.bbc.com/portuguese/vert-cap-60229306 )

b. “A produtividade atingiu mínimos históricos, diz estudo”


(https://www.istoedinheiro.com.br/a-produtividade-do-trabalho-atingiu-minimos-historicos-
diz-estudo/)

9. Um dos caminhos para compreender a construção histórica que resultou nas características comuns à
estrutura produtiva e a organização do trabalho da região em que a escola está inserida perpassa por
relacionar as características geográficas com o seu desenvolvimento econômico. Quais são as suas
riquezas ambientais e como isso estimulou sua organização social, econômica e política? Trata-se de
uma pergunta complexa e que necessita que professores e alunos venham a se debruçar sobre alguns
detalhes que são inerentes à realidade de cada escola, considerando questões regionais como: qual a
importância da terra, do que há nela e em sua topografia? Qual a importância do acesso à água no
processo produtivo? Qual a importância do fluxo migratório (chegadas e saídas) como capital
produtivo? Como a educação se associa à formação de mão de obra da região (educação pública,
universidades, escolas técnicas, institutos, etc). Conceitos como materialismo histórico, estrutura e
superestrutura (entre outros) podem ser aprofundados neste momento em correspondência com o
desenvolvimento da região e suas características socioculturais.

10. A produção de alimentos e a agroecologia possuem grande relevância na compreensão de alguns dos
problemas produtivos que afetam diretamente a sociedade. Algumas perguntas podem nortear o
desenvolvimento de uma ou mais aulas do professor: A produção de alimentos é sustentável? O que
a produção da carne tem a ver com o consumo de água e o efeito estufa? Devemos parar de comer
carne? O mundo sofre de problemas para produzir ou para distribuir alimentos para todos? Como
alimentar 8 bilhões de pessoas? Qual a relação entre produção de alimentos, pequenas e médias
propriedades de terra e os latifúndios e super latifúndios? Onde estão concentrados os empregos na
produção agrícola? Qual a importância da estrutura dos meios de transporte para a produção
agrícola? A abordagem sobre agricultura familiar e não familiar se faz importante neste momento
para que se torne mais claro que o agronegócio não se reduz a uma única forma de produção, pelo
contrário, possui características, práticas e modelos diferentes. O censo agro 2017 do IBGE traz
informações importantes para estarem presentes em sala de aula e podem ser encontradas a partir
deste link:
https://censoagro2017.ibge.gov.br/2012-agencia-de-noticias/noticias/25786-em-11-anos-agricultura-f
amiliar-perde-9-5-dos-estabelecimentos-e-2-2-milhoes-de-postos-de-trabalho.html

11. Visitar uma horta comunitária pode tanto oferecer um contato mais direto com a agricultura e o
manejo da terra aos estudantes que moram em grandes cidades ou áreas muito urbanizadas, como
fornecer oportunidade àqueles estudantes das áreas mais rurais e que possuem contato com
agricultura em seu dia a dia transporem seus conhecimentos atrelados a esta temática de forma mais
participativa e integrada à sua realidade e experiência. No contexto da visita é preciso salientar o

20 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

caráter comunitário e público do processo, propiciando formas de exercício de cidadania, participação


social e solidariedade. Há hortas urbanas e comunitárias espalhadas por todo território mineiro.
Institutos Federais e prefeituras costumam manter informações sobre localização, formas de contato e
cuidados. Para efeito de ilustração, disponibilizamos informações da prefeitura de Belo Horizonte:

a. Unidades produtivas coletivas e comunitárias | Prefeitura de Belo Horizonte

Propostas de Avaliação

Avaliar a participação dos estudantes nas rodas de discussão e outras dinâmicas utilizadas, incluindo
visitas orientadas. O docente pode avaliar o envolvimento e aprendizagem durante a exposição oral dos
estudantes e também em suas produções textuais.
Autoavaliação
➢ Você considera que conseguiu por meio das atividades propostas consolidar os conhecimentos
para responder às questões :como adequar/equilibrar a necessidade de consumo como ponto
fundamental ao sistema econômico atual, a manutenção e criação de empregos e a urgência
ambiental?
➢ Qual foi sua maior dificuldade na apresentação?
➢ Como você avalia a sua participação e interesse?

4º Bimestre - Projeto Utopia


O 4º Bimestre desta Unidade Curricular, traz a proposta de um trabalho integrado
entre os quatro componentes curriculares: “Projeto Utopia”. Essa proposta tem como
objetivo principal a construção imaginada de uma Cidade Utópica Sustentável, os temas
trabalhados nos bimestres anteriores servirão de subsídio para a elaboração da proposta.
Algumas perguntas norteadoras do projeto que ponderam os componentes referentes às
Ciências da Natureza e suas Tecnologias podem ser: “O que uma cidade precisa ter para ser
sustentável?”; Onde esta possível cidade está localizada? Quais as condições climáticas e
ambientais?”; “Como seria o processo de obtenção de energia dessa cidade, de modo a
impactar menos possível o ambiente?”; “O descarte de resíduos sólidos se dá de qual
modo?”; “Como o uso da tecnologia contribui para a sustentabilidade dessa cidade?”; “Há
tratamento de esgoto? Como é feito?”; “Quais práticas sustentáveis são utilizadas pela
população dessa cidade?”; “Há reaproveitamento de água? Como é feito?”; “O que é feito
para diminuir as desigualdades dessa comunidade?”Qual a base econômica dessa cidade? É
uma economia sustentável?”
Já as questões que guiarão as problematizações que se referem aos componentes das
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas abarcarão desde os pilares da sustentabilidade como
“Precisamos de tudo que queremos?”, “O que nos faz querer algo?”, “Precisamos de tudo

21 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

que temos?” “Quanto empregamos de recursos naturais para a produção de objetos que
nem sempre valorizamos?” ou em temas complexos como a produção; como os processos
de produção impactam (ou podem impactar) a vida dos indivíduos? Refletir sobre a
produção e a geração de empregos, perpassando temas comuns a CNT como produção de
alimentos sustentáveis e como economia e sustentabilidade se comunicam, bem como
dialogar sobre violências e formas de moradias precárias que compõem o cenário de
desigualdade e perpassam os obstáculos para se alcançar uma cidade sustentável.
É muito importante que os professores de todos os quatro componentes planejem o
bimestre coletivamente, para que as atividades não fiquem repetitivas, sobrepostas ou com
prevalência em um ou outro componente curricular, entendendo que não é preciso
necessariamente trabalhar todas as habilidades elencadas no quadro. As habilidades terão
relação com a situação-problema definida para cada grupo de trabalho. Dessa forma, a cada
aula dos quatro componentes curriculares deste Aprofundamento, no 4º bimestre, os
professores irão organizar os estudantes nos grupos (que se mantêm ao longo das aulas) e
dar suporte às etapas do projeto em que cada um se encontra. É essencial que a cada aula o
professor consulte os grupos para saber se estão conseguindo avançar nas etapas e
direcione a produção do Projeto para o tempo da aula, evitando demandas para a casa.

4º Bimestre - Construção coletiva nos diversos espaços - CHS


Projeto Utopia
Etapas do Projeto
- Etapa Identificar: A partir da necessidade e entendimento, definir a situação-problema.
- Etapa Aproximar: Observar o macro e o micro da situação-problema, conhecer, sentir, investigar,
definir escopo, elaborar pauta e compreender.
- Etapa Propor: Definir critérios para a solução da situação-problema: Imaginar, Idear, desenvolver
hipóteses e soluções.
- Etapa Criar: Desenvolver um projeto integrado para prototipar e/ou construir um modelo para
apresentar a solução;
- Etapa Validar e Aprimorar: Testar, experenciar, avaliar, prever e validar.
- Etapa Comunicar, implementar e aprender: Compartilhar, executar, implementar, agir, lançar,
produzir versão final1.

1
Adaptado - BRUNO, G. S. e CAROLEI P. Contribuições do Design para o Ensino de Ciências por Investigação.Revista
Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências 2018, Disponível em:
https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/4832 . Acesso em 06 de Ago. de 2022

22 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Investigação Científica
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para criar
ou propor soluções para problemas diversos.
Processo Criativo
(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prática.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.
Empreendedorismo
(EMIFCG11) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e
adaptar metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e
produtivos com foco, persistência e efetividade.
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e
futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que
orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes das Áreas de
Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

Investigação Científica
(EMIFCNT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da
natureza e/ou de processos tecnológicos com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais, utilizando
procedimentos e linguagens adequados à investigação científica.
Processos Criativos
(EMIFCNT04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica
sobre a dinâmica dos fenômenos naturais e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de dispositivos
e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de realidade virtual, entre outros)
(EMIFCNT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados às Ciências da
Natureza para resolver problemas reais do ambiente e da sociedade, explorando e contrapondo diversas
fontes de informação.
(EMIFCNT06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais,
considerando a aplicação de design de soluções e o uso de tecnologias digitais, programação e/ou
pensamento computacional que apoiem a construção de protótipos, dispositivos e/ou equipamentos, com o
intuito de melhorar a qualidade de vida e/ou os processos produtivos.
Empreendedorismo
(EMIFCNT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências da Natureza
podem ser utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos, considerando as diversas
tecnologias disponíveis e os impactos socioambientais.

23 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

(EMIFCNT11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências da Natureza


para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produtivo.
(EMIFCNT12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as Ciências da Natureza e suas
Tecnologias para formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida.
Processos Criativos
EMIFCHS05 - Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
EMIFCHS06 - Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCHS08 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas
de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.
Empreendedorismo
EMIFCHS11 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produtivo,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem para o Projeto Integrado, que serão desenvolvidas em todas as
aulas dos quatro componentes.

1. Apresentar aos estudantes as possibilidades de temas estruturantes que abrangem uma cidade
sustentável associado às necessidades identificadas durante pesquisa, visita guiada e observação ao
longo do bimestre, como por exemplo: Local e Infraestrutura, Economia Solidária, Energia e
Mudanças Climáticas, Resíduos, Água, Transporte, Educação, Governança, Cultura e Lazer;

2. Agrupar os estudantes e propiciar um momento de reflexão para que possam, a partir de algumas
questões norteadoras, definir e investigar a tema/ situação-problema, tais como: Qual o problema
identificado? (o que de fato aconteceu ou está acontecendo?) Quais as possíveis causas? (quais os
fatores que influenciaram para que a situação ocorresse?) Quem foi impactado? (quais as pessoas
ou grupos foram impactadas direta ou indiretamente pela situação? Quais as consequências?(quais
foram os efeitos observáveis e mensuráveis nas pessoas impactadas), para que possam definir e
investigar a tema/ situação-problema;

3. Analisar o tema/situação-problema, assegurando por meio de momentos de reflexão e discussão a


melhor compreensão e construção do tema/situação-problema. Neste momento, o professor
identifica qual o nível de compreensão dos estudantes em relação ao tema/situação-problema
definido;
4. Subsidiar os estudantes com materiais de apoio como livro, artigos, jornais, revistas, pesquisas em
ferramentas de busca, vídeos, podcast, para que possam realizar uma pesquisa e, ao mesmo
tempo, orientá-los como realizar a curadoria destes recursos, para que possam buscar por fontes
confiáveis;

5. Propor atividades de investigação, exploração, problematização, argumentação e assimilação de


conceitos, como clube de debates, oficinas, quizz ou outros jogos, de acordo com os temas
escolhidos pelos estudantes; e bom repertório teórico para fazerem as proposições;

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2º ano - Novo Ensino Médio

6. Promover um momento em que os estudantes possam sugerir possibilidades de projetos


integrados a partir do que foi vivenciado ao longo dos bimestres;

7. Estabelecer um cronograma com datas, definindo cada etapa do modelo/projeto a partir do


tema/situação-problema decidido pelos estudantes para apresentar a solução;

8. Dividir as tarefas, conforme a escolha do projeto, propiciar um diálogo coletivo entre os estudantes
e guiar os estudos e propostas para que os jovens possam desenvolver e elaborar as primeiras
possibilidades da proposta do modelo/projeto;

9. Fomentar o pensamento crítico e criativo dos estudantes, por meio de rodas de conversa, debates
para verificar as melhores possibilidades de desenvolvimento do projeto dentro das propostas
feitas pelos estudantes;Mediar os estudantes nas possíveis explicações ou soluções apresentadas
para o projeto integrado e discutir quanto à viabilidade de resolução do problema;

10. Agrupar os estudantes e agir como facilitador do processo para que os estudantes possam fazer
uma imersão nas pesquisas com o foco na resolução do problema;

11. Levantar possíveis estratégias para solução ou amenização para o problema escolhido e debatê-las
por meio de atividades incubadoras, simulados, laboratórios, atividades práticas em ambientes
livres da escola ou da comunidade escolar;

12. Elaborar um mapa mental com os estudantes para decomposição da situação-problema alinhada a
proposta da solução definidora do modelo/projeto;

13. Planejar o projeto com ações, cronograma, divisão de responsabilidades, atores envolvidos,
recursos e materiais que serão necessários para que os estudantes possam apresentar as possíveis
proposições para o modelo/ projeto selecionado pelos estudantes;

14. Propor um momento de reflexão e elaboração dos elementos essenciais do modelo do projeto/ou
modelo de protótipo: nome e versão, nível do projeto/modelo (conceito e se funciona como real),
ideias que sustentam a proposta, por que (qual o desafio que motivou a criação do
projeto/modelo), para quem se destina o projeto/modelo, o que é (como o protótipo se
materializa, quais os impactos e resultados se espera após a apresentação/implementação)2;

15. Selecionar materiais e ferramentas para tornar o projeto/modelo em uma realidade;

16. Vivenciar as etapas do projeto/modelo, tais como: testar, experienciar, avaliar, prever) para futuros
aprimoramentos da proposta de solução;

17. Planejar as etapas da exposição do trabalho final: formato da apresentação, local, nome, público e
montagem;

18. Divulgar o projeto elaborado pelos estudantes.

Propostas de Avaliação
Avaliação
Professor(a), avalie o desenvolvimento das habilidades socioemocionais, como responsabilidade,
autoconhecimento, respeito aos direitos humanos, tolerância, engajamento, criticidade, respeito a regras,
dentre outras durante a pesquisa e associadas ao tema escolhido tais como:
➢ Observar a realidade local e elencar temas relevantes ao contexto a partir de temas e ou situação-
problema;

2
Adaptado: Narcizo, R. Curso Design Thinking - Módulo - Transição

25 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

➢ Analisar a situação problema, identificar causas e consequências definida pelos estudantes;


➢ As possíveis hipóteses elencadas, compartilhadas com seus pares e aplicadas;
➢ A habilidades dos estudantes em construir argumento coerente e que possibilite-o a fazer a defesa
da proposição de resolução de problema;
➢ A capacidade dos estudantes em observar e respeitar a diversidade de culturas, posicionamento e
opiniões3;

Autoavaliação
➢ Você considera que conseguiu por meio da proposta apresentada evidenciar o papel do cidadão
para a construção de uma cidade sustentável? Qual foi sua maior dificuldade na apresentação?
➢ Compreendeu a importância das etapas vivenciadas ao longo dos bimestres para propor o projeto
integrado?
➢ Ao experienciar o projeto integrado, você considera que as atividades possibilitaram desenvolver
e/ou aprimorar competências e habilidades de atividades em grupo?
➢ Como você avalia a exposição final do projeto? Descreva o que foi mais interessante.
➢ Você considera que o projeto proposto pelo grupo alcance e sensibilize a comunidade escolar?

3
Adaptado. Metodologia de resolução de problema, aplicada a aula de produção de texto. Disponível em:
https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/13611/9171 Acesso em: 17 de Ago. 2022

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