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Texto para reflexão !!

Boa leitura.
A FOLHA AMASSADA
Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo, reagia à menor
provocação.
Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes, sentia-me
envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado.
Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas, depois de uma
explosão de raiva, e entregou-me uma folha de papel lisa e me disse:
– Amasse-a!
Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha.
– Agora, deixe-a como estava antes. Voltou a dizer-me.
Óbvio que não pude deixá-la como antes. Por mais que tentasse, o
papel continuava cheio de pregas.
O professor me disse, então:
– O coração das pessoas é como esse papel. A impressão que neles
deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados.
Assim, aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente. Quando sinto
vontade de estourar, lembro-me daquele papel amassado.
Exercício:
1 - Você entendeu a moral da história? Deixe a sua opinião sobre este
texto abaixo. (mínimo 03 linhas).

Movimentos sociais na pauta das Ciências


Sociais
Os movimentos sociais foram inicialmente explicados pelos
comportamentos coletivos, ou seja, pelo conjunto de ações espontâneas de
muitos indivíduos e grupos. Um movimento social afirma-se por mobilizar
grupos ou uma coletividade em uma luta contra um adversário e pelo controle
da mudança, explica o sociólogo francês Alain Touraine (1925-), essas
mobilizações são provocadas por uma grande variedade de motivos sociais.
“MOVIMENTOS SOCIAIS SE FORMAM QUANDO AS PESSOAS SE ORGANIZAM E LUTAM
CONTRA DIFERENTES TIPOS DE OPRESSÃO, INTERVINDO PARA QUE HAJA UMA
MUNDANÇA SOCIAL”.

https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/movimentos-sociais-breve-definicao.htm
Os movimentos sociais podem se transformar de acordo com
componentes culturais, ambientais, econômicos e políticos. Podemos identificar
entre suas causas mais comuns a organização contra a exploração e a
discriminação resultantes das desigualdades sociais geradas ao longo da
história, muitas delas decorrentes da má distribuição da renda, das
desigualdades nas relações de gênero, da xenofobia, do racismo para com
grupos de diferentes etnias.
Exemplo de movimento sociais contemporâneos: movimentos dos
trabalhadores Sem Teto, trabalhadores Sem Terra, movimento Estudantil,
movimento Feminista.

Movimentos sociais, classes e pobreza:


Um dos autores que mais influenciaram os movimentos sociais na
história contemporânea foi Karl Marx (1818-1883). Sua teoria social, de base
econômica, centra-se nas “relações de produção”, aquelas estabelecidas no
processo produtivo entre os donos dos meios de produção (fábricas, bancos,
terras entre outros) e os trabalhadores. Para Marx, essas relações são
marcadas por uma tensão latente em decorrência de interesses distintos das
diferentes classes sociais, seja em relação aos privilégios, seja em relação à
participação no poder.
A teoria marxista considera a luta de classes como ação coletiva, uma
vez que a consciência de pertencer a uma classe social aparece quando os
antagonismos da sociedade são percebidos, o que pode levar ao conflito. A
luta de classes é considerada a própria práxis coletiva capaz de levar a
transformações.
Desse modo, as grandes mudanças não dependem exclusivamente da
vontade dos indivíduos, há a força do social, além dos fatores políticos,
culturais, econômicos que envolvem a sociedade.
As classes referem-se a grupos sociais que se diferenciam conforme:
⮚ a posição econômica que ocupam na produção;
⮚ a posse de riquezas;
⮚ a escolha da profissão;
⮚ os estilos de vida;
⮚ o acesso ao consumo.
Vale ressaltar que as classes sociais são complementares, no sentido de
que uma não existe sem a outra. No âmbito de cada uma das classes
existentes a noção de pertencimento, a defesa de interesses comuns na
sociedade.
Os movimentos sociais não apenas combatem insuficiências e
problemas que atingem amplos segmentos populacionais, como a falta de
condições para garantir a subsistência ou a discriminação.
Eles também se voltam as novas questões que se apresentam:
⮚ a precarização do trabalho e a perda de direitos conquistados,
⮚ a redução de amparo social,
⮚ a falta de moradia digna, entre outros fatores que conduzem as
diversas formas de exclusão social, provocada pelas disparidades
presentes na sociedade capitalista.
“POBREZA E EXCLUSÃO SOCIAL SÃO RESULTADOS CONCRETOS DAS
DESIGUALDADES QUE FAZEM SURGIR OS MOVIMENTOS SOCIAIS”.

Exercício de fixação:
2 - Relate aqui com suas palavras o que compreendeu sobre o tema
abordado no texto. (mínimo 05 linhas)
Características dos movimentos sociais:
Os movimentos sociais também não podem ser confundidos com
movimentos messiânicos, religiosos ou político-partidário, embora esses
formulem e apresentem publicamente reinvindicações de mudanças políticas e
sociais.

https://coracaofilosofante.wordpress.com/2015/10/21/o-que-sao-movimentos-sociais/.
Isso não significa que os participantes de um determinado movimento
social não professem uma fé ou não estejam ligados a um partido político. De
modo geral, os movimentos sociais se definem como não partidário ou não
religiosos e buscam somar forças com aqueles que vivenciam uma mesma
condição, independentemente das suas filiações partidárias ou religiosas. Para
se atribuir um caráter social a movimentos surgidos no interior das sociedades,
algumas características devem ser identificadas.
✔ - Voltam-se para as transformações das condições econômicas,
sociais e políticas da sociedade, visando principalmente situações
de necessidade social.
✔ - São capazes de ação coletiva, ou seja, desencadeiam grandes
mobilizações por necessidades sociais comuns, como moradias,
escolas, centros hospitalares, postos de saúde, estradas,
saneamento, entre outras coisas.
✔ - Dispõem de componentes ideológicos, visões de mundo que os
inspiram e se desenvolvem por meio deles. Baseiam-se em
valores, na consciência social sobre determinadas situações e na
crença de ser possível modificá-las.
✔ - São capazes de somar forças sociais, como a opinião pública,
os meios de comunicação, instituições locais e internacionais.
✔ - Dependem de uma organização para sua formação e
desenvolvimento.
✔ - Embora não pretendam conquistar o poder do Estado, procuram
tornar públicas suas reinvindicações em manifestações. Esse
aspecto político pode levar a um confronto com autoridades de
Estado e também com forças de segurança privada, dependendo
dos objetivos e métodos de manifestação.
✔ - Em geral, declaram-se apartidários e laicos, evitando sua
utilização para fins político-partidários ou religiosos.

Os movimentos operários:
Entre os movimentos sociais que tiveram origem na luta de classes, o
movimento operário foi o que obteve maior reconhecimento como tal. Ele
formou-se à partir do século XVIII, época em que aumentava a concentração
de trabalhadores nas fábricas europeias. Submetidos a extensas jornadas de
trabalho, a falta de direitos trabalhista e ao despotismo de seus patrões, os
operários organizaram-se para reivindicar mudanças nas condições de
trabalho.

“OS MOVIMENTOS SOCIAS DEFENDEM OS DIREITOS E A CIDADANIA:


REVELAM NOVOS VALORES, DEBATEM QUESTÕES COMO EQUIDADE E JUSTIÇA
SOCIAL, PROPÕEM NOVAS RELAÇÕES ENTRE O ESTADO E A SOCIEDADE CIVIL,
RECONHECEM DIFERENÇAS E CONFLITOS INERENTES Á VIDA ORGANIZADA EM
SOCIEDADE”.
Obs: Manifestação é a organização do povo para mudar uma realidade
existente sem priorizar grupos, pois é algo para toda nação.

Exercício de fixação:
3 - Relate aqui com suas palavras o que compreendeu sobre o tema
abordado no texto. (mínimo 05 linhas)

Teoria dos Movimentos Sociais


Por Cristiano das Neves Bodart
Os movimentos sociais, enquanto objeto empírico, têm alimentado um
debate constante no campo das Ciências Sociais, estimulando e promovendo o
desenvolvimento de múltiplas perspectivas teóricas e focos de atenção
diversos. Buscaremos aqui apresentar, de forma introdutória, as teorias que se
destacaram, sendo elas: a Teoria Marxista dos Movimentos Sociais, a Teoria
das Massas (TM), a Teoria da Mobilização dos Recursos (TMR), a Teoria dos
Processos Políticos (TPP) e a Teoria dos Novos Movimentos Sociais (TNMS).
As análises marxistas:
Origem: Remontam ao século XIX e possuem sua origem na sociologia
clássica de Karl Marx e Friedrich Engels e se desenvolveu a partir de diversos
autores conhecidos como marxistas.
Principais características: 
⮚ abordagem de viés estruturalista, ou seja, o movimento surge
como resultado de determinado contexto industrial ou econômico
que possui impacto nas formas de divisão do trabalho e
organização dos operários,
⮚ no âmbito dos processos associativos está ancorada na categoria
classe (em si, e para si) e,
⮚ nas abordagens que focam no papel da liderança, a destacam
como intelectuais orgânicos que são responsáveis pelo
direcionamento e construção ideológica da mobilização.
Os movimentos sociais são entendidos como ações coletivas de uma
classe social explorada que busca:
⮚ melhores condições de trabalho, de salários e de vida e;
⮚ eclodir uma revolução, a tomada do poder a fim de implantar uma
ditadura do proletariado a fim de suplantar o Capitalismo.
Teoria das Massas:
Origem: Desenvolvida entre aos anos de 1940 e 1960, sobretudo por
influência das grandes manifestações públicas do nazismo e do fascismo.
Principais características: 
⮚ marcada fortemente pelo positivismo e, em particular, pela
sociologia organicista de Durkheim e;
⮚ a grande preocupação dos teóricos estava em entender o
comportamento das massas sob uma análise da Psicologia
Social, sendo elas tidas como perigosas e, portanto, combatidas
e;
⮚ a preocupação era entender os movimentos não democráticos, o
processo de alienação das massas e a perda de controle e
influência das elites culturais.
Os movimentos sociais são entendidos como patologias sociais,
desajustamentos causados pelas disfunções da modernidade. Assim, os
movimentos sociais são tidos como movimentos desviantes e irracionais
compostos por indivíduos marginalizados.
Teoria da Mobilização dos Recursos:
Origem: Surge do contexto de transformações políticas ocorridas na
sociedade norte-americana nos anos 1960. Sua origem se relaciona
diretamente a rejeição da ênfase que a Teoria das Massas dava aos
sentimentos e ressentimentos dos grupos coletivos, assim como o approach
eminentemente psicossocial dos clássicos, centrado nas condições de privação
material e cultural dos indivíduos.
Principais características: 
⮚ preocupação em entender o papel da burocracia na organização
dos movimentos sociais;
⮚ os estudos focam nos recursos disponíveis aos movimentos
sociais, sendo eles humanos, financeiros e de infraestrutura;
⮚ foco no papel das lideranças, sobretudo em sua capacidade de
mobilizar e trocar bens num mercado de barganhas, as quais são
entendidas a partir de uma visão exclusivamente economicista,
num processo em que todos os atores agiam racionalmente,
segundo cálculos de custos e benefícios, lógica emprestada da
Teoria da Escolha Racional e a Teoria do Utilitarismo e;
⮚ as ações coletivas são explicadas a partir de uma visão
comportamentalista organizacional.
Os movimentos sociais são entendidos como grupos de interesses,
vistos como organizações e analisados sob a ótica da burocracia de uma
instituição, tendo recebido fortes influências da Sociologia weberiana.

Exercício de fixação:
4 - Descreva com suas palavras seu entendimento sobre o tema
exposto. (mínimo 03 linhas).

Teoria dos Processos Políticos:


Origem: Se desenvolve nos anos de 1970 como crítica ao utilitarismo e
ao individualismo metodológico da Teoria da Mobilização dos Recursos.

https://www.correiodobrasil.com.br/pauta-politica-pauta-povo/
Principais características: 
1) trazer para o centro do debate elementos político-culturais e
simbólicos, os quais passam a ser entendidos como importantes para atrair
novos membros, mobilizar o apoio de variados públicos, constranger as opções
de controle social de seus oponentes e tentar direcionar as políticas públicas e
as ações do Estado;
2) preocupação em observar as dimensões externas das lutas dos
movimentos que são tidas como relevantes para a competição por poder;
3) ideias, símbolos e palavras-chave são observados como importantes
na construção da identidade dos movimentos sociais e sua mobilização;
4) foco nos processos sociais de longa e média duração;
5) ênfase nas estruturas das oportunidades e restrições políticas.
Os movimentos sociais são entendidos um ator político de mudança
social, esta entendida como uma ação reformista e não revolucionária.

Teoria dos Novos Movimentos Sociais:


Origem: surgiu como arcabouço explicativo para os movimentos sociais
classistas, ou seja, composto por sujeitos pertencentes a diferentes classes
sociais, ou ainda a movimentos por demandas pós-materiais, tais a qualidade
do ar, a igualdade de gênero e a luta pela paz.

https://secure.avaaz.org/community_petitions/po/Instalacao_da_Assembleia_Nacional_Constituinte_para_Ref
orma_Politica_e_Tributaria/.
Principais características: 
1) foca nas identidades coletivas e, portanto, apresentando uma visão
culturalista dos movimentos sociais;
2) o reconhecimento e o auto reconhecimento são elementos
fundamentais para entender a ação coletiva;
3) observação de que as demandas dos movimentos sociais não são
apenas materiais.
Os movimentos sociais são entendidos como atores sociais marcados
pelo reconhecimento identitário que buscam melhores condições de vida,
envolvendo ganhos materiais e não materiais, tais como respeito aos
diferentes, preservação do meio ambiente, etc.
https://cafecomsociologia.com/teoria-dos-movimentos-sociais/.

Exercício de fixação:
5 - Relate aqui com suas palavras seu entendimento sobre o tema
exposto. (mínimo 03 linhas).

Educação, escola e transformação social


A educação em todas as suas formas, é um processo social por
excelência. Para alguns, é responsável pelo desenvolvimento de habilidades e
pela construção do senso crítico por meio do intercâmbio de conhecimento e
do diálogo. Para outros, é o instrumento capaz de fornecer atualizações de
saberes necessárias ás transformações individuais e sociais.
Outros no entanto, consideram-na um mecanismo que conserva as
relações de dominação na sociedade.

O sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917), em sua obra


Educação e sociologia, publicada postumamente em 1922, afirmou que a
educação expressa valores que variam de acordo com o espaço e com o
tempo nos quais ela ocorre. Ou seja, a educação depende do desenvolvimento
da ciência, da organização política e econômica e das atividades culturais de
uma sociedade.
Embora os valores educacionais sejam diferentes em cada sociedade,
como depreendemos do pensamento de Durkheim, é possível identificar
algumas características em comum:
A educação é um processo socializador por definições;
- Cada sociedade organizada politicamente elabora, em cada época, sua
própria sistematização da educação, direcionada a diferentes segmentos da
população;
- A educação implica, geralmente, a ação de adultos sobre as gerações
mais novas, transmitindo-lhes conhecimentos e comportamentos compatíveis
com os valores sociais estabelecidos. Nesse processo interativo e de
aprendizagem estão presentes também resistência e adaptações por parte dos
envolvidos;
- A mediação de conhecimentos pelo processo educativo objetiva
desenvolver as capacidades cognitivas do ser humano;
- Educação e escola tendem a se entrelaçar, embora a educação
aconteça também na família, no trabalho e em outros ambientes de
socialização.
Para Durkheim, a educação cria um homem novo, torna a pessoa
membro da sociedade, compartilhando dos valores, sentimentos,
comportamentos próprios de uma cultura comum.

https://www.pensador.com/frase/MjQ5NzcyNw/
Nesse sentido, a educação apresenta generalidade, pois existe para a
coletividade como um todo. Na medida em que as maneiras de agir e sentir
próprias de uma sociedade, suas normas e regras sociais são impostas pelo
processo educativo, moldando as consciências individuais, a coercitividade
também está presente na educação. Como os valores de uma sociedade não
dependem de uma pessoa que os manifeste ou que com eles necessariamente
esteja de acordo, a educação expressa essa exterioridade em relação a
consciência coletiva.
Mesmo na figura da instituição escola, na atualidade reconhecemos
traços dos fatos sociais de Durkheim. Ela é externa ao indivíduo: é uma
realidade objetiva, um espaço físico e social para que aconteça a educação na
sociedade. É geral: espera-se que todos os membros de uma sociedade
passem por ela em algum momento de suas vidas. Há normas sociais e leis
com a finalidade de incentivar e até mesmo coagir as famílias a colocar seus
filhos na escola.

“A ESCOLA É A EXPRESSÃO CONCRETA DE UM SISTEMA SIMBÓLICO QUE TEM


NA EDUCAÇÃO UM BEM. O SEU OBJETIVO É TRANSMITIR O CONHECIMENTO DE
DETERMINADA SOCIEDADE E PRODUZIR NOVOS CONHECIMENTOS”.

Exercício de fixação:
6 - Descreva com suas palavras seu entendimento sobre a importância
da educação na sociedade. (mínimo 03 linhas).
As ciências Sociais e a educação:
Para Durkheim, o processo de educação pode ser definido como a ação
que as gerações adultas exercem sobre as gerações ainda não preparadas
para a vida social. O objetivo da educação é, portanto, desenvolver nos
educandos certos estados físicos, intelectuais e morais desejados pelo meio
social do qual a criança e o jovem provêm. Durkheim refere-se que a educação
se reveste da responsabilidade pela socialização, um processo de contínua
introdução de padrões culturais ao indivíduo que implica o aprendizado de
papéis sociais.
O conjunto de papéis sociais forma um sistema institucionalizado de
expectativas denominado sistema social pelo sociólogo estadunidense Talcott
Parsons (1902-1979). O sociólogo húngaro Karl Mannheim (1893-1947),
analisa a educação como uma técnica social, ou seja, um agrupamento de
métodos para influenciar o comportamento dos indivíduos, a fim de
enquadrá-los aos padrões da sociedade.
As pessoas seriam educadas para se ajustar aos padrões dominantes
presentes na fábrica, no escritório, na escola, na família e em outras esferas
institucionais, o que constituiria um processo de controle social.
Mannheim considera a educação capaz de alterar a ordem estabelecida,
por se adequar às transformações pelas quais passa a sociedade.
Informações, ideias e valores veiculados estimulariam a assimilação e
aceitação dos padrões comportamentais vigentes e também os modificariam,
graças ao fato de a juventude não estar ainda comprometida com os valores
dominantes.

Educação para o presente:


Em nossa sociedade cheia de ambivalências e contradições, o
conhecimento científico tem ocasionado mudanças, fazendo avançar a
tecnologia. Também se alteram a organização social e a econômica diante de
novos interesses e valores.
A ambivalência seria uma característica do mundo contemporâneo,
segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman (1925-2017), para quem
vivemos na “modernidade líquida”. Nela vivemos o oposto da segurança, da
confiança, da estabilidade que ele vê em épocas anteriores. O próprio Bauman
dá exemplos de “liquefação” nos hábitos culturais, ao mostrar a quebra de
padrões de comunicação e coordenação das instituições que serviriam de
referência para as ações dos indivíduos e das coletividades humanas, como a
família, a classe, a escola, o bairro.
O que se apresenta sólido, seguro, orientador das ações individuais e
coletivas, foi afetado pela dispersão, pela inconsistência, pela liberação de
ações e escolhas possíveis.
[...] os poderes que liquefazem passaram do sistema para a sociedade,
da política para as políticas da vida ou desceram do nível macro para o nível
micro do convívio social. (BAUMAN, zygmunt. Modernidade líquida. Rio de
Janeiro: Zahar, 2001, p.14.)
O filósofo e sociólogo alemão Jürgen Habernas (1929-) vê nesse
momento da sociedade moderna a instrumentalização da técnica e da ciência.
Por meio da ideologia, de modo sutil, o progresso técnico-científico é posto a
serviço do sistema, ou seja, do dinheiro e do poder e acima das questões.
Por esse ponto de vista, uma educação que apenas atualizasse as
competências e os conhecimentos técnicos, sem problematizá-los de forma
crítica, perpetuaria um modelo controlador de sociedade. Habernas propõe que
a educação não seja apenas uma maneira de dar ao ser humano acesso ao
conhecimento mas também de formar o indivíduo para reelaborar esse
conhecimento no sentido da emancipação e da transformação social.

http://berakash.blogspot.com/2020/09/a-modernidade-liquida-zygmunt-bauman.html
Exercício de fixação:
7 - Descreva com suas palavras seu entendimento sobre interação
social. (mínimo 03 linhas).

Sistemas escolares e reprodução social:


Na educação se refletem as mudanças políticas, culturais e sociais, pois
ela é instigada a se adaptar para atender às tradicionais e atuais demandas da
sociedade. Entre as teorias sociológicas que pensaram a educação no século
XX, duas tendências se destacam:
✔ Primeira é a corrente de pensamento funcionalista, presente
principalmente nas teorias de Émile Durkheim, que identificou na
educação uma função integradora, transmissora de cultura, de
valores e de conhecimentos vigentes;
✔ Segunda é formada pelas interpretações ligadas às teorias do
conflito social, da hegemonia e da dominância de alguns grupos
sobre outros. Destacam-se as análises do sociólogo francês
Pierre Bourdieu (1930-2002), que reconheceu a reprodução de
desigualdades de diferentes tipos pelo sistema escolar.
https://educacao.estadao.com.br/blogs/albert-sabin/o-professor-e-a-conversa-produtiva-em-sala-de-aula/

De acordo com Durkheim, cada sociedade e época possuem um sistema


de educação que se impõe aos indivíduos, o que ilustra a característica
coercitiva das instituições sociais.
Desde o início da modernidade capitalista, a educação se difunde pelos
diversos setores sociais, ao mesmo tempo que comporta e estimula a
competição e cria diferenciações, muitas vezes apoiando desigualdades. Além
disso, a educação favorece a ascensão social, pois é por meio dela (mas não
exclusivamente) que indivíduos e grupos podem obter acesso a melhores
condições financeiras e de cidadania na sociedade.
Inspirada nos preceitos da ideologia liberal a livre-iniciativa, a igualdade
perante a lei, a proteção das liberdades civis e o individualismo, a educação foi
estimulada como uma prática social democrática na era contemporânea.
Porém, no contexto da sociedade brasileira de classe, sua expansão se deu
pelo acesso a uma escola culta e letrada para as classes dominantes e a uma
escola mínima com iniciação para o trabalho, destinada às camadas
socioeconômicas menos favorecidas perpetuando-se assim, a divisão social
existente.
Michael Foucault (1926-1984), filósofo francês em sua obra Vigiar e
punir, considera a escola a instituição em que a disciplinarização encontra-se
mais presente, o sistema escolar desenvolvido a partir do século XVIII projetou
espaços, organizados curriculares, métodos pedagógicos e avaliações de
desempenho que lhe permitam produzir indivíduos dóceis, disciplinados,
moldados para as tarefas exigidas pela sociedade capitalista. Aqueles que
fugissem desse comportamento esperado “normal”, estaria sob ameaça de
punição, levando os indivíduos a internalizarem a disciplina sob o receio de
estarem sendo constantemente vigiados.
Educação no Brasil:
A Educação no Brasil começa com a chegada dos portugueses, quando
os padres assumiram o papel de catequistas e professores dos índios. Assim, a
história tem seu início marcado pela relação estabelecida entre religião e
letramento, até que os jesuítas foram expulsos do país em 1759.
https://cursoenemgratuito.com.br/jesuitas-no-brasil/

Somente muitos anos depois, a responsabilidade da educação coube ao


Estado. Mas os professores não estavam preparados para lecionar.
Tornavam-se professores as pessoas que tinham simplesmente recebido
alguma instrução, as quais eram em sua maioria padres.
A democratização da educação foi finalmente alavancada em 1920.
Anísio Teixeira foi importante no combate à restrição da educação a uma
minoria, bem como à relação da educação com a religião.
História da Educação:
Brasil Colônia.
A educação formal no Brasil tem início em 1549 quando o padre Manuel
da Nóbrega chegou ao país. O letramento era restrito aos meninos, que
aprendiam a ler e a escrever, ao mesmo tempo que eram convertidos ao
cristianismo. O principal objetivo dos jesuítas era a propagação de
ensinamentos religiosos aos seus alunos, de quem esperavam obediência
total. Em 1759 o Marquês de Pombal expulsou os jesuítas e impôs novas
regras. O ensino se tornou estatal. Em 1760, apesar de não haver formação
docente específica, houve concurso para professores. O fato de inexistir
formação fez com que muitos padres se tornassem professores, o que
mantinha a proximidade entre religião e educação.
Mas as aulas começaram oficialmente 14 anos depois, ou seja, em
1774. Nesse grande intervalo, professores particulares ensinavam os filhos das
famílias que tinham essa possibilidade em termos financeiros.
Havia um título de nobreza reservado aos professores, que também
eram isentos de alguns impostos. Apesar disso, não eram compensados
adequadamente. As aulas eram chamadas de aulas régias, mas após a
demissão do marquês de Pombal, D. Maria I mudou o nome para aulas
públicas.
Brasil Imperial:
No período imperial era muito difícil passar no concurso de professores.
Precisando aumentar o quadro docente, o Estado admitia professores sem
habilitação, mas pagava menos a eles. A dificuldade, no entanto, era premiada
com a garantia do cargo vitalício, apesar de que a remuneração não
compensava.
Foi somente em 1835 que surgiram as primeiras escolas de formação de
professores. Contudo, os valores morais e religiosos eram os mais valorizados,
mais ainda do que o conhecimento detido pelos docentes. A grande maioria
não reconhecia a importância da educação. Por esse motivo, os pais não
colocavam os filhos na escola com 5 anos, conforme recomendado pela
reforma, ou logo que eram alfabetizados eram retirados da escola.
Brasil República:
Benjamin Constant organizou uma reforma na educação, a qual
contemplava a divisão por séries e de acordo com as faixas etárias. É nessa
altura que surge a figura do diretor da escola, cargo ocupado por homens.
O Estado pressionava os professores para cumprir o programa escolar e
não reprovar alunos, o que resultava em gasto excedente e evasão dos
estudantes. Dentre outros educadores, Anísio Teixeira foi um dos pioneiros da
pedagogia nova. Ela combatia a restrição da educação às elites e a
aproximação religiosa.
Em 1939 foi criado o curso de Pedagogia na Pontifícia Universidade
Católica de Campinas (PUC-Campinas). Paulo Freire, um dos maiores
pedagogos do mundo, propõe trabalhos em educação popular. Em 1971, o
ensino passou a ser organizado em primário, ginásio e colegial e obrigatório
até os 14 anos de idade.
Atualidade:
Passados tanto tempo, a precariedade na educação é um
dos problemas sociais do nosso país. Isso porque há crianças que ainda não
têm acesso ao ensino formal ou a escola que frequentam estão lotadas e
oferecem poucas condições. Como consequência, essas crianças têm menos
oportunidades.
Um dos maiores problemas é que o Brasil não investe na educação de
forma adequada, apesar de que investe mais em educação do que alguns
países desenvolvidos. Acresce à questão financeira, por exemplo, as situações
de desvio de verbas. Além dessas questões, também está em causa a
formação docente.
A verdade é que há professores a lecionar disciplinas para as quais não
receberam formação, bem como são pouco incentivados a nível de
remunerações. Finalmente, dentre as situações que requerem mais atenção,
tem-se a reforma do ensino médio, a base nacional comum curricular (BNCC) e
a crise do ensino superior
Dados:
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),
entre 2007 e 2014 foi registrada queda do analfabetismo e aumento da
escolarização para crianças entre os 6 e os 14 anos. O nível da educação
brasileira também cresceu nesse mesmo período.
Taxa de analfabetismo das pessoas de 10 a 14 anos, por sexo:
No entanto, quando o assunto é analisado mais a fundo, nos deparamos
com a seguinte realidade, conforme dados de 2011 fornecidos pelo Instituto
Paulo Montenegro:
- 27% dos brasileiros são analfabetos funcionais (sabem ler, mas não
compreendem o sentido daquilo que lêem).
- 4% dos estudantes do ensino superior são considerados analfabetos
funcionais.
No Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) da OCDE, o
Brasil ocupa as posições 63.ª, 59.ª e 66.ª em ciências, leitura e matemática
respectivamente.
https://www.todamateria.com.br/educacao-no-brasil/.

Exercício de fixação:
8 - Aluno escolher um tópico do texto e desenvolver uma resenha
(mínimo 05 linhas).

Espaço Social
Na sociologia, o espaço social é um conceito que está associado ao
espaço multidimensional onde as relações sociais são efetivadas através da
interação entre os atores sociais (seres humanos).
Durante nossa vida, participamos de diversos espaços sociais onde
interagimos com os outros seres humanos por meio da linguagem. Podemos
considerar espaços socais: a casa, a escola, o trabalho, a igreja, dentre outros.
Espaço Social na Literatura:
O conceito de espaço social é utilizado em outras áreas do saber, tal
qual na literatura. Destarte, o espaço social (ou ambiente social) na literatura,
compreende o contexto social e o meio social das narrativas, onde estão
presentes as personagens.
Lembre-se que as narrativas literárias são constituídas pelo enredo, foco
narrativo, tempo, espaço e personagens. Outros tipos de espaços que surgem
nas narrativas são os espaços: físico (geográfico), cultural e psicológico.
Espaço Físico e Espaço Social:
Note que os conceitos de espaço físico e social se diferem na medida
em que o primeiro designa o local propriamente dito, é por isso é também
chamado de “espaço geográfico”, enquanto o segundo agrupa os diversos
meios sociais em que a sociedade se desenvolve.
Observe que para que o espaço social exista é necessário a presença
dos atores sociais, o que não ocorre com o espaço físico, ou seja, ele existe
independente da presença de pessoas.
Bordieu:
O sociólogo francês Pierre Bordieu (1930-2002) contribuiu para diversos
aspectos da Teoria Social. Segundo ele, o campo social determina um espaço
simbólico (local de socialização) donde são realizadas trocas entre os agentes.
No espaço social, os indivíduos desenvolvem as identidades onde são
percebidas as diferenças e as posições sociais. Isso ocorre por meio de
diversos capitais (relações de poderes): o capital social, cultural, econômico e
simbólico.
Assim, o capital social é gerado pelas diversas relações sociais que o
indivíduo desenvolve. Já, o capital cultural é o conjunto de conhecimento, (que
podem ser diplomas, títulos, reconhecimento) dos agentes sociais. E, por fim, o
capital econômico é determinado pela quantidade de bens que possui o
indivíduo.
Todos eles fazem parte do capital simbólico, ou seja, conceito que define
o prestígio e/ou reconhecimento de seus agentes dentro do espaço social.
Já o conceito de habitus, desenvolvido por Bordieu, determina um
conjunto de ações e comportamentos adquiridos pelos agentes sociais durante
a vida através das experiências sociais.
Nas palavras do autor: “noções como habitus, campo e capital podem
ser definidos, mas somente no interior do sistema teórico que eles constituem,
nunca isoladamente.”
https://www.todamateria.com.br/espaco-social/.

Relações Sociais
Na sociologia, as relações sociais absorvem um conceito complexo que
trata do conjunto de interações entre os indivíduos ou grupos sociais, seja em
casa, na escola, no trabalho.

https://amenteemaravilhosa.com.br/voce-sabe-qual-e-inteligencia-que-ajuda-cuidar-das-suas-relacoes-sociais/

Elas representam as diferentes formas de interação que ocorrem em


diversos espaços sociais, podendo ocorrer de maneira natural ou através de
interesses individuais.
Inicialmente, devemos atentar para uma característica muito importante
dos homens: os seres humanos são seres sociais. A partir disso, a
sociabilização é fundamental para o desenvolvimento da sociedade, uma vez
que ela integra os grupos sociais.
Ela resulta num processo de assimilação e identificação, ou seja,
quando o ser humano se identifica com tal grupo fazendo parte dele.
Durante a vida desenvolvemos diversas relações sociais que são
fundamentais para a evolução da sociedade e dos seres humanos. Uma vez
que elas são a base para a constituição das sociedades (estrutura social), um
ser humano que não desenvolve as relações sociais pode apresentar diversos
problemas patológicos (depressão, isolamento social, preconceitos, etc.).
Atualmente, as relações sociais ganharam uma nova possibilidade de
desenvolvimento, ou seja, através da internet e sobretudo, das redes sociais.
Tipos de Relações Sociais:
De acordo com o contexto que ocorrem, as relações sociais podem ser:
● Formais: destituídas de relação de companheirismo e
afeto entre os membros, as relações formais geralmente são
passageiras desenvolvidas em diversos contextos da vida, por exemplo
no trabalho.
● Informais: relações duradouras e desenvolvidas por meio
do afeto entre as pessoas que interagem e, portanto, é realizada por
meio de uma linguagem mais coloquial, por exemplo, as relações
familiares e de amizade.
Exemplos:
Segue abaixo alguns exemplos de relações sociais:
⮚ Relação Familiar
⮚ Relação Cultural
⮚ Relação Pedagógica
⮚ Relações Econômica
⮚ Relação Comercial
⮚ Relação Política
⮚ Relações Religiosa

Relações Sociais de Produção: Karl Marx:


Karl Marx (1818-1883) foi filósofo alemão e um dos fundadores do
socialismo científico. Seus estudos contribuíram na área da sociologia,
sobretudo das relações de produção estabelecida pelos homens.
Segundo ele, as relações sociais são desenvolvidas por meio das
relações de trabalho, ou seja, por meio das forças produtivas e dos modos de
apropriação dos meios de produção.
Nas palavras do intelectual:
“As relações sociais estão intimamente ligadas às forças produtivas.
Adquirindo novas forças produtivas, os homens modificam o seu modo de
produção, e modificando o modo de produção, o seu modo de ganhar a vida,
modificam também todas as relações sociais”
Max Weber e as Relações Sociais:
Max Weber (1864-1920) foi um intelectual alemão e um dos fundadores
da sociologia que contribuiu para os estudos sobre as relações sociais.
Segundo ele:
“Por “relação” social entendemos o comportamento reciprocamente
referido quanto a seu conteúdo de sentido por uma pluralidade de agentes e
que se orienta por essa referência. A relação social consiste, portanto,
completa e exclusivamente na probabilidade de que se aja socialmente numa
forma indicável (pelo sentido), não importando, por enquanto, em que se
baseia essa probabilidade.”
De acordo com Weber, as relações sociais compõem um conjunto de
ações sociais entre seus atores, sendo essencial na estrutura da sociedade.
Para ele, essas relações são classificadas de duas maneiras, a saber:
● Relações Sociais Comunitárias: de teor afetivo, está
baseada nos sentimentos.
● Relações Sociais Associativas: de teor objetivo, está
baseada na razão e na união de interesses.
https://www.todamateria.com.br/relacoes-sociais/.

“A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é a


assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios sejam
morais, religiosos, éticos ou de comportamento que balizam a conduta do
indivíduo num grupo. O homem, mais do que formador da sociedade, é
um produto dela.”
 Émile Durkheim

Exercício de fixação:
9 - Aluno escolher um tópico do texto e desenvolver uma resenha
(mínimo 05 linhas).

O que é Capitalismo e Socialismo:


Capitalismo e socialismo são dois conhecidos sistemas políticos e
econômicos que são opostos.
O socialismo consiste em uma teoria, doutrina ou prática social que
propõe a apropriação pública dos meios de produção e a supressão das
diferenças entre as classes sociais. Este sistema sugere uma reforma gradual
da sociedade capitalista, distinguindo-se do comunismo, que era mais radical e
defendia o fim do sistema capitalista e queda da burguesia através de uma
revolução armada.
O socialismo científico, também conhecido como marxismo, tinha como
um dos seus objetivos a compreensão das origens do capitalismo, e anunciava
o fim desse sistema. A luta proletária encorajada pelo socialismo científico foi
revestida do mesmo caráter internacional do capitalismo e necessitava de uma
organização partidária, centralizadora e coesa.
No final do século XIX, todos os partidos socialistas tinham como
objetivo a luta por uma sociedade sem classes e acreditavam na substituição
do capitalismo pelo socialismo. No entanto, surgiram duas tendências entre os
partidos:
1 - Uma revolucionária, que defendia o princípio da luta de classes e a
ação revolucionária, sem aceitar a colaboração com governos burgueses.
2 - A reformista, que aceitava integrar coligações governamentais (social
democracia).
De acordo com a teoria marxista-leninista, a construção do socialismo
corresponde ao período transitório que vem depois da queda do capitalismo e
que precede o estabelecimento do comunismo.
Por outro lado, o capitalismo tem como objetivo o aumento de
rendimentos e obtenção de lucro. Muitas críticas foram feitas em relação a este
sistema, pois a concentração e distribuição dos rendimentos capitalistas
dependem muito das condições particulares de cada sociedade.
No seu início, o capitalismo foi responsável por graves deformações e
conflitos sociais, já que a indústria, pouco desenvolvida, não foi capaz de
incorporar organicamente os assalariados, assim como também não foi capaz
de minorar a sua insegurança econômica. Só mais tarde, quando houve um
incremento na produção de bens, é que se verificou uma elevação significativa
no nível de vida dos trabalhadores.
https://www.sociedademilitar.com.br/2017/06/o-socialismo-brasileiro-colaboracao-de-leitor.html

A dinâmica resultante da luta pelo aumento de salários e pela


participação de todos os agentes de produção no processo do próprio
capitalismo é a principal característica econômica do século XX e originou
várias posições. Entre elas está o comunismo radical (com a nacionalização de
todos os meios de produção) e a concertação social pelo acordo para a
distribuição dos rendimentos entre gestores, capitalistas, operários e serviços.
No fim do século XVIII, vários pensadores denunciaram as deficiências
do sistema capitalista, criticando as injustiças sociais inerentes. As críticas
surgiram juntamente com soluções alternativas por parte desses reformadores
sociais que se denominavam socialistas utópicos. Foi proposta uma ordem
laboral e social mais justa, onde os homens poderiam desenvolver a sua inata
tendência à solidariedade e à vida associativa.

Diferenças entre Capitalismo e Socialismo:


Estes dois sistemas apresentam muitas diferenças, porque são
contrários. Enquanto no capitalismo o governo intervém pouco na economia, no
socialismo há uma grande intervenção do governo. O capitalismo favorece
quem tem dinheiro, e dá liberdade para criação de empresas por parte dos
indivíduos, mas cria classes sociais muito distintas e consequentes
desigualdades sociais.
O socialismo tem como visão o bem comum de todos os indivíduos da
sociedade, sendo que o governo providencia o que é necessário para os
cidadãos. Uma desvantagem desse sistema é que é difícil estabelecer
negócios quando tudo é controlado e limitado pelo governo. Outra limitação do
socialismo é que a sua implementação é muito complicada, e em vários países
socialistas de hoje, as pessoas são exploradas pelos seus governos.
https://www.sabedoriapolitica.com.br/economia-politica/socialismo/

Guerra fria:
A Guerra Fria foi o conflito de países que representavam o capitalismo e
o socialismo e que procuravam dominar o mundo. Os dois principais
intervenientes foram os Estados Unidos (capitalismo) e URSS (União Soviética,
atual Rússia). A designação "fria" foi dada porque não houve ataques diretos,
apesar do incrível poder bélico dos intervenientes. Um conflito bélico poderia
ter consequências catastróficas, podendo mesmo significar a destruição da
Terra.
A Guerra Fria terminou no início da década de 90, com a vitória dos
Estados Unidos e do capitalismo, o que explica a predominância desse sistema
político nos dias de hoje.

https://www.iped.com.br/materias/contabilidade/capitalismo-x-socialismo-eterna-batalha-economia.html

Exercícios de fixação:
10 - Socialismo científico também conhecido como:
A - ( ) Marxismo.
B - ( ) Lulismo.
C - ( ) Determinismo.
D - ( ) Nenhuma das alternativas.
11 - Sobre o tema Socialismo, surgiram duas tendências entre os partidos.
Assinale a alternativa correspondente:
A - ( ) Revolucionária, Comunista.
B - ( ) Revolucionária, Capitalista.
C - ( ) Reformista, Comunista.
D - ( ) Revolucionária, Reformista.

12 - Referente ao tema guerra fria quais foram os países principais dessa


disputa:
A - ( ) Estados Unidos X Brasil.
B - ( ) Cuba X União Soviética.
C - ( ) Estados Unidos X União Soviética.
D - ( ) União Soviética X China.

13 - Descreva brevemente as diferenças entre socialismo e capitalismo:

14 - O capitalismo tem como objetivo:


A - ( ) A diminuição de rendimentos e obtenção de lucros.
B - ( ) O aumento de rendimentos e obtenção de lucros.
C - ( ) O aumento de rendimentos e divisão dos lucros.
D - ( ) Nenhuma das alternativas.

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