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Índice Pág

1. Introdução....................................................................................................................................3

1.1.Objectivo Geral..........................................................................................................................4

1.1.1. Objectivos específicos...........................................................................................................4

1.2. Metodologia..............................................................................................................................4

2. Reforma do Sector Público em Africa.........................................................................................5

2.1. África no âmbito das Reformas do sector Publico...................................................................5

2.1.1. Papel da NEPAD nas reformas do setor público em Africa..................................................6

2.1.2. Objectivos da NEPAD na implementação das reformas.......................................................6

2.1.3. Apelo da NEPAD no âmbito da implementação das reformas em Africa............................7

2.2. Pontos Chaves das Reformas no Sector público em África.....................................................7

2.3. Iniciativas de paz, segurança, democracia e governação política.............................................9

2.3.1. Iniciativa sobre Paz e Segurança...........................................................................................9

2.3.2. Iniciativa sobre Democracia e Governação Política..............................................................9

2.3.3. A iniciativa sobre economia e governação corporativa.......................................................10

2.4. Reformas do Sector Público em Moçambique.......................................................................11

2.4.1. Visão da Reforma................................................................................................................11

3. Conclusão..................................................................................................................................12

4. Bibliografia................................................................................................................................13
1. Introdução

A reforma do sector público deve ser entendida como um movimento permanente e contínuo de
ajustamento do sector público as alterações do contexto global e as políticas básicas do governo
e não como evento unitário, isolado e delimitado no tempo, para que as melhorias do processo
resultante se acomodem comos passos do desenvolvimento e, buscando cada vez mais elementos
positivos para administração pública.

Em africa muitos países encaram dificuldades naquilo que constitui a sua administração pública.
O que se pode exaltar é que se trata de um continente com países relativamente novos, sem
muitos anos de independência e que, por razoes diversas passaram ou passam por conflitos
internos, sendo que na maioria dos casos o nível de formação dos seus recursos humanos em
termos globais, é muito fraco e, na sua maioria dependem da ajuda externa.

Em termos estruturais o presente trabalho apresenta, introdução, referencial teórico, conclusão e


bibliografia.

Para a materialização do presente trabalho cingiu-se em método de consulta bibliográfica que


consistiu na leitura e interpretação de diferentes obras que abordam sobre a temática ligada a
matéria em cláusula.”

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1.1.Objectivo Geral
 Compreender as reformas no sector público em África.

1.1.1. Objectivos específicos


 Identificar as reformas no sector público em África.
 Caracterizar as reformas no sector público em África.
 Explicar a reformas no sector público em África.

1.2. Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho para além dos conhecimentos práticos que possuímos,
usou-se a pesquisa bibliográfica, onde vamos trazer interpretações sólidas e fundamentadas  por
diferentes autores de destaque que debruçaram-se sobre o tema em alusão e também recorreu-se
a pesquisa documental, para recolher informações em diversos relatórios, monografias e teses.

1.2.1. Tipo de Pesquisa


 Quanto aos Objectivos

Quanto aos objectivos baseou-se na pesquisa explicativa, visto que a partir dos dados adquiridos
com base nas técnicas de recolha de dados far-se-á a descrição desses e seguidamente a sua
explicação minuciosa sobre as reformas no sector público em África.

 Quanto à forma de abordagem


A forma de abordagem desta pesquisa baseou-se na pesquisa qualitativa, porque esta não se
preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão
das as reformas no sector público em África.

 Método

Método bibliográfico - Consistiu na consulta de obras que versam sobre o tema em estudo de
modo a se obter numa primeira fase os aspectos teóricos que nortearam a pesquisa durante o
decurso, e que posteriormente deram a sustentabilidade do trabalho.

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2. Reforma do Sector Público em Africa
A reforma é um conjunto de acções de caracter transversal ou horizontal e processos de mudança
que devem ser compreendidos para que os serviços públicos prestados nos diferentes sectores
sejam melhorados (CRUZ, 2003:55).

Sector público é entendido como o conjunto de instituições e agencias que directa ou


indirectamente financiadas pelo estado tem como objectivo final a provisão de bens e serviços
públicos (CIRESP, 2001:47).

Quando se fala de reformas tem que se ter em conta os factores processo e mudança. Embora se
reconheça que quando se fala em mudanças pode se estar falando de forma negativa, há aqui a
evidenciar o facto de na maioria das vezes ou, sempre que se fala em reformas, o fim está
relacionado com um sistema de resultados que se caracterizam de forma positiva em melhorias
significativas para a organização alva da reforma.

Sendo assim, a reforma do sector público deve ser entendida como um movimento permanente e
contínuo de ajustamento do sector publico as alterações do contexto global e as políticas básicas
do governo e não como evento unitário, isolado e delimitado no tempo, para que as melhorias do
processo resultante se acomodem comos passos do desenvolvimento e, buscando cada vez mais
elementos positivos para administração pública (CHISSANO, 2001).

2.1. África no âmbito das Reformas do sector Publico


Em africa muitos países encaram dificuldades naquilo que constitui a sua administração pública.
O que se pode exaltar é que se trata de um continente com países relativamente novos, sem
muitos anos de independência e que, por razoes diversas passaram ou passam por conflitos
internos, sendo que na maioria dos casos o nível de formação dos seus recursos humanos em
termos globais, é muito fraco e, na sua maioria dependem da ajuda externa.

De acordo com CHICHAVA (2005:4), muitos dos constrangimentos para reformas nos países
africanos estão relacionados não apenas com falta de um engajamento serio e apoio dos
intervenientes principais, mas á uma generalizada falta de capacidade técnica, operacional, de
gestão, administrativa e institucional para conceitualizar, canalizar, formular, implementar,
acompanhar, avaliar e aprender das experiencias resultantes de acções e programas individuais e
colectivos.

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2.1.1. Papel da NEPAD nas reformas do setor público em Africa
A "Nova Parceria para o Desenvolvimento da África "está centrada numa apropriação e gestão
africanos. Através deste programa, os líderes africanos estão a adoptar uma Agenda para a
renovação do continente. A Agenda baseia-se nas prioridades e planos de desenvolvimento
nacionais e regionais que devem ser elaborados através de processos de participação que
envolvam as populações. Nós acreditamos que, muito embora os mandatos dos líderes africanos
derivem dos povos, é seu dever articular estes planos e dirigir os processos de implementação,
em nome dos seus respectivos povos.

O Programa é um novo quadro de interacção com o resto do mundo, incluindo os países


industrializados e as organizações multilaterais. Ele está baseado na agenda estabelecida pelos
povos africanos, através das suas próprias iniciativas e sua vontade própria de serem os donos do
seu próprio destino.

2.1.2. Objectivos da NEPAD na implementação das reformas


Para realizar estes objectivos, os líderes africanos assumem responsabilidade colectiva a respeito
do seguinte:

 Fortalecimento dos mecanismos para a prevenção, gestão e resolução de conflitos, a


níveis sub-regional e continental e assegurar que esses mecanismos são utilizados para
restaurar e manter a paz;
 Promoção e protecção da democracia e dos direitos humanos nos seus respectivos países
e regiões, através da definição de padrões claros de responsabilização, transparência e
governação participativa aos níveis nacional e distrital;
 Restauração e manutenção da estabilidade macro-económica, especialmente através da
definição de padrões de metas para as políticas fiscal e monetária e a introdução de
quadros institucionais apropriados para a realização destes padrões;
 Instituição de quadros legais e reguladores transparentes para os mercados financeiros e a
auditoria das companhias dos sectores privado e público;
 Revitalização e extensão da provisão da educação, formação técnica e dos serviços de
saúde, com elevada prioridade para o tratamento do problema do VIH/SIDA, malária e
outras doenças transmissíveis;

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 Promoção do papel das mulheres no desenvolvimento económico e social, através do
reforço da sua capacidade nos domínios da educação e formação; desenvolvimento das
actividades geradoras de rendimento, através da facilitação do acesso ao crédito; e
garantir a sua participação na vida política e económica dos países africanos;
 Construção de capacidades dos Estados em África, para definirem fazerem cumprir um
quadro legal e manterem a lei e a ordem;
 Promoção do desenvolvimento de infra-estruturas, da agricultura e sua diversificação em
indústrias agrárias e de manufactura para servir os mercados interno e de exportação.

2.1.3. Apelo da NEPAD no âmbito da implementação das reformas em Africa


O projecto do Renascimento Africano deve permitir que o nosso continente, que foi filhado
durante séculos, assuma o lugar de direito no mundo. Ele depende da edificação de uma
economia forte e competitiva, a medida que o mundo avança rumo a uma maior liberalização e
concorrência.

A “Nova Parceria para o Desenvolvimento da África” só será bem-sucedida se for apropriada


pelos povos africanos unidos na sua diversidade.

África, empobrecida pela escravatura, corrupção e má gestão económica, procura arrancar numa
situação difícil. Todavia, se o enorme potencial em recursos naturais e humanos for devidamente
aproveitado e utilizado, ele poderá conduzir ao crescimento equitativo e sustentável e promover a
rápida integração da África na economia mundial.

Esta é a razão pela qual os nossos povos, a despeito das actuais dificuldades, devem reganhar a
confiança no seu génio e na sua capacidade de enfrentar obstáculos e ser envolvidos na
edificação de uma nova África. A presente iniciativa é uma expressão do engajamento dos
líderes da África para traduzir a profunda vontade popular em acção.

2.2. Pontos Chaves das Reformas no Sector público em África


A nova visão a longo prazo vai exigir investimento massivo e enorme para reduzir os fossos
existentes. O desafio que se coloca a África é o de ser capaz de mobilizar os financiamentos
necessários nas melhores condições possíveis. Apelamos, deste modo, aos nossos parceiros ao
desenvolvimento para que prestem assistência neste esforço.

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Objectivo a Longo Prazo

 Erradicar a pobreza em África e colocar os países africanos, individual e colectivamente,


na via do crescimento e desenvolvimento sustentáveis e estancar, desta forma, a
marginalização de que a África é objecta no processo de globalização.
 Promover o papel das mulheres em todas as actividades.

Objectivos/Metas

 Realizar e suster uma média da taxa de crescimento do produto interno bruto (PIB) acima
dos 7% anuais nos próximos 15 anos;
 Assegurar que o Continente realize as Metas de Desenvolvimento Internacional (IDGs)
acordados e que são:
 Reduzir em metade a proporção das populações que vivem na extrema pobreza entre
1990 e 2015;
 Matricular todas as crianças em idade escolar nas escolas primárias até 2015;
 Realizar progressos para assegurar a igualdade do género e capacitar as mulheres, através
da eliminação das disparidades sexuais no processo de matrículas na educação primária e
secundária até 2015;
 Reduzir, em dois terços, os rácios da mortalidade infantil e da criança entre 1990 e 2015;
 Reduzir, em dois terços, os rácios da mortalidade infantil e da criança entre 1990 e 2015;
 Reduzir os rácios da mortalidade materna em três quartos entre 1990 e 2015;
 Providenciar, o acesso para todos os necessitados aos serviços da saúde de reprodução até
2015;
 Implementar estratégias nacionais para realizar o desenvolvimento sustentável até 2015,
por forma a investigar as perdas de recursos do ambiente até 2015.

A estratégia para alcançar os seguintes resultados previstos:

 Crescimento e desenvolvimento económico e incremento do emprego;


 Redução nos níveis da pobreza e da desigualdade;

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 Diversificação das actividades produtivas, promoção da concorrência internacional e do
aumento das exportações;
 Incrementada integração africana.

2.3. Iniciativas de paz, segurança, democracia e governação política

2.3.1. Iniciativa sobre Paz e Segurança


A Iniciativa sobre Paz e Segurança inclui três elementos, a saber:
 Promoção de condições a longo prazo para o desenvolvimento e segurança;
 Construção da capacidade das instituições africanas na área da alerta precoce, bem como
a elevação da sua capacidade de prevenção, gestão e resolução de conflitos;
 Institucionalização dos compromissos para com os valores fundamentais da “Nova
Parceria para o Desenvolvimento da África”, através da liderança.

As condições a longo prazo para assegurar a paz e segurança em África exigem a adopção de
medidas de política para resolver as vulnerabilidades política e social sobre as quais assentam os
conflitos. Estas são tratadas no quadro das Iniciativas da Governação Política e Económica,
Iniciativas sobre Fluxo de Capitais e de Acesso aos Mercados e na Iniciativa sobre
Desenvolvimento Humano.

2.3.2. Iniciativa sobre Democracia e Governação Política


É geralmente reconhecido que o desenvolvimento não é possível na ausência de uma verdadeira
democracia, respeito pelos direitos humanos, paz e boa governação. Com a “Nossa Parceria para
o Desenvolvimento da África”, a África compromete-se a respeitar os padrões mundiais da
democracia, cujos componentes fundamentais incluem o pluralismo político, existência de vários
partidos políticos, sindicatos, e a organização periódica de eleições abertas e democráticas para
permitir que o povo escolha livremente os seus líderes.
O objectivo da Iniciativa sobre a Democracia e Governação Política é o de contribuir para o
reforço do quadro político e administrativo dos países participantes, em linha com os princípios
da democracia, transparência, responsabilidade, integridade, respeito pelos direitos humanos e
promoção do Estado de Direito. Esta Iniciativa é reforçada e apoiada pela Iniciativa sobre
Governação Económica, com a qual partilha características importantes.

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Tomadas em conjunto, estas iniciativas vão contribuir para o aproveitamento das energias do
continente para o desenvolvimento e erradicação da pobreza.

2.3.3. A iniciativa sobre economia e governação corporativa


A construção de capacidades pelo Estado é um aspecto importante na criação de condições para
o desenvolvimento. O Estado tem um papel muito importante a desempenhar no crescimento e
desenvolvimento económicos e na implementação dos programas de redução de pobreza. Porém,
a realidade é que muitos governos não têm a capacidade para desempenhar este papel.
Consequentemente, muitos países não possuem os necessários quadros de política e de
regulamentação para o crescimento induzido pelo sector privado. Eles não possuem igualmente a
capacidade para implementar programas, mesmo quando os fundos são disponíveis.

É por esta razão que a construção de capacidades programadas deve receber elevada prioridade.
Os programas em cada uma das áreas devem ser precedidos por uma avaliação das capacidades,
seguida da provisão do apoio apropriado.

O Programa da Reforma do Sector Público enquadra-se na estratégia mais ampla do Plano de


Acção para a Redução da Pobreza Absoluta. Um dos pilares deste plano é promover a boa
governação. Com efeito, a pobreza no quadro deste instrumento é definida numa perspectiva
ampla e inclui, para além das medidas econométricas, factores como o limitado acesso aos
serviços, a exclusão no processo de tomada de decisões, exposição à corrupção, a falta de
participação entre outros.

Os desafios estabelecidos no pilar da boa Governação estão sumariados da seguinte forma:

 Melhorar o modelo democrático, através do desenvolvimento de uma democracia


participativa, abrindo o espaço para a participação e intervenção de grupos de interesse da
sociedade civil;
 Fortalecer o funcionamento do Parlamento, órgãos locais do Estado e o Desenvolvimento
Municipal;
 Fortalecer a capacidade do Governo de formular e gerir políticas públicas, promover a
descentralização, a transparência e a prestação de contas;
 Fortalecer as instituições públicas e o seu respectivo pessoal por forma a melhorar a
prestação de serviços;
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 Fortalecer o Distrito como unidade de planificação;
 Promover a legalidade, justiça e a sociedade civil;
 Resolver as questões ligadas ao HIV-SIDA, género, segurança alimentar, meio ambiente
e tecnologias de informação.

2.4. Reformas do Sector Público em Moçambique


O programa da Reforma Sector Público é uma estratégia que contribui de forma significativa
para a materialização dos objectivos da política nacional de redução da pobreza absoluta. A RSP
operacionaliza o PARPA, no sentido de orientar o conjunto das organizações públicas a prestar
serviços de qualidade, cada vez mais próximos do cidadão; a promover uma cultura pública
baseada na integridade, transparência e prestação de contas; a promover uma democracia
participativa; e a combater a corrupção e garantir o fortalecimento do Estado de Direito.

2.4.1. Visão da Reforma


A visão da Reforma, tal como definida na Estratégia Global da Reforma do Sector Publico
(2001-2011) é a construção de um sector público que seja:
 Centrado nas seguintes funções representativas, políticas, reguladoras, normativas e de
avaliação de resultados;
 Aberto e atento as relações económicas com o exterior e actuante no apoio ao sector
privado nacional;
 Transparente, tanto no que diz respeito a utilização dos bens e recursos públicos, quanto
ao que se refere aos procedimentos e avaliação de resultados;
 Ágil, descentralizado, desburocratizado, simplificado, competitivo e voltado para a
qualidade dos serviços que deve prestar, sendo estes prestados o mais próximo possível
dos utentes dos serviços públicos;
 Democratizado, com alto grau de institucionalização de formas participativas e de
atendimento das colocações que lhe sejam feitas pelos cidadãos, individualmente, ou
enquanto representantes de organizações da sociedade civil;
 Dotado de pessoal qualificado, profissionalizado e preparado para a mudança; com alto
sentido de servidor público e de efectividade e responsabilidade;
 Intransigente no combate às práticas corruptas.

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3. Conclusão
Terminado o trabalho conclui-se que muitos dos constrangimentos para reformas nos países
africanos estão relacionados não apenas com falta de um engajamento serio e apoio dos
intervenientes principais, mas á uma generalizada falta de capacidade técnica, operacional, de
gestão, administrativa e institucional para conceitualizar, canalizar, formular, implementar,
acompanhar, avaliar e aprender das experiencias resultantes de acções e programas individuais e
colectivos.

Concluiu-se ainda que a nova visão a longo prazo vai exigir investimento massivo e enorme para
reduzir os fossos existentes. O desafio que se coloca a África é o de ser capaz de mobilizar os
financiamentos necessários nas melhores condições possíveis. Apelamos, deste modo, aos nossos
parceiros ao desenvolvimento para que prestem assistência neste esforço.

Um dos principais motivos das reformas é erradicar a pobreza em África e colocar os países
africanos, individual e colectivamente, na via do crescimento e desenvolvimento sustentáveis e
estancar, desta forma, a marginalização de que a África é objecta no processo de globalização,
assim como promover o papel das mulheres em todas as actividades.

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4. Bibliografia
Artigo, NEPAD (Nova Parceria para o Desenvolvimento da África), 2001.
Programa da reforma do sector público - fase ii (2006-2011).

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