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ELABORAÇÃO, GESTÃO E
AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS
PÚBLICAS
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• Planejamento estratégico: é um processo administrativo que possibilita a
sustentação metodológica para ter clareza do melhor direcionamento. Em
geral, fica sobre a responsabilidade dos níveis mais altos da hierarquia. É
onde também são formulados os objetivos. Na administração pública, ela
pode estar dentro do âmbito municipal estadual ou federal.
• Planejamento tático: tem por objetivo otimizar uma determinada área de
resultado, fazendo as especificações traçadas nos objetivos, estratégias e
políticas estabelecidas pelo planejamento estratégico. Na administração
pública, podemos identificar como sendo o planejamento setorial como de
secretarias e ministérios.
• Planejamento operacional: caracteriza-se por ser a formalização do
planejamento. São documentos escritos com as metodologias de
desenvolvimento e implementação, bem como com a descrição dos
resultados que se pretende atingir com a política pública. Normalmente, são
desenvolvidos pelas organizações funcionais inferiores. Foca-se nas
atividades do dia a dia. Na administração pública, podemos identificar como
sendo o detalhamento das políticas setoriais.
Seja qual for o tipo de planejamento que estamos trabalhando, temos que
ter ciência que dizem respeito a políticas públicas, consequentemente, existe toda
uma série de regulamentações que determinam como deverão ser desenvolvidas
tais planejamentos.
Ou seja, na organização da gestão pública brasileira a necessidade de se
estabelecer um referencial legal para elaboração, execução e pressão das
políticas públicas. O referencial legal ou Marco Legal pode ser estabelecido por
meio de uma legislação específica que vai orientar e regular cada política pública,
de acordo com os parâmetros para a gestão de cada setor. Nós podemos
reconhecer essas legislações por meio das leis orgânicas ou leis complementares.
Poderemos ainda encontrar resoluções específicas, também conhecidas
como NOB (Normas Operacionais Básicas), que junto com a nossa Constituição
e legislação complementar formam o Marco Legal de cada política pública.
Como exemplo de legislações específicas de políticas públicas, podemos
citar a Lei Orgânica da Saúde (LOS), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB), o Estatuto da Cidade e a Lei Orgânica da Assistência Social. Como você
pode observar, essas legislações tratam de campos de conhecimento técnico
muito específico. Com isso, cada política pública terá uma demanda de
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conhecimento com pressupostos teóricos, legislação específica, formas de
organização e estágios de desenvolvimento que serão exigidos para a
implementação de uma política pública.
Por isso, é necessário fazer o planejamento da política pública. Também é
necessário ficar atento aos indicadores de cada setor, e como eles podem ser
utilizados para justificar a política pública, bem como construir indicadores que
permitiram verificar a efetividade da política pública proposta. Também observe
que mesmo que uma política pública seja setorial, é bem provável que haja
interfaces com outras políticas públicas de outras áreas, inclusive.
Aqui, vamos procurar explorar alguns dos principais planos ou legislações
que influenciam as demais políticas públicas no Brasil, independentemente do
nível de organização governamental que nós estamos tratando. No Brasil, o
processo do incrementalismo é o mais notório no desenvolvimento de políticas
públicas.
Isto quer dizer que uma política pública acaba por ser criada como uma
extensão ou consequência de uma política pública que já tenha sido construída. A
isso damos o nome de incrementalismo. Dificilmente encontraremos políticas
públicas que, de alguma forma, se referenciam ou não são estimuladas por
políticas e legislações já definidas.
E isto não é ruim, pelo contrário. O desenvolvimento interdepende de
políticas públicas permite que o Estado faça oferta de serviços públicos de forma
contínua, independentemente de o governo que está no comando naquele tempo.
Desta forma, dada a necessidade de pleitos eleitorais, não corremos o risco de
termos paralisia do setor público a cada nova eleição.
Isto também permite com que haja o processo de avaliação permanente
das execuções de políticas públicas, que é fundamental não apenas para medir
os seus avanços, mas também permitirá adoções de correções e melhorias que
se fazem necessários ao longo do processo de implementação da política pública.
A avaliação de políticas públicas é um processo contínuo que avalia, em primeiro
lugar, a ação dos seus gestores, que são os responsáveis pela sua execução, mas
também faz parte do processo de controle social e controle interno do Estado.
Com isso, a partir de um planejamento bem estruturado, respaldado a partir
da Constituição, legislações específicas, bem como outras políticas públicas
anteriormente desenvolvidas e implementadas, permite o bom desenvolvimento
de nossa sociedade.
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TEMA 2 – PLANO PLURIANUAL
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f. Procurar de forma incansável a transparência das aplicações dos recursos
públicos, divulgando seus gastos e resultados de forma compreensível a
sociedade.
g. Procurar promover, sempre que possível, a participação social na
elaboração do PPA. Desta forma, ele poderá se tornar uma ferramenta para
o aperfeiçoamento de políticas públicas.
Assim, podemos definir o PPA como uma das pedras fundamentais para a
elaboração, planejamento e execução de políticas públicas no Brasil, pois, por
exemplo, norteia a elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei
Orçamentária Anual (LOA). A Constituição Federal determina que os planos e
programas nacionais regionais e setoriais sejam elaborados em acordo com o
PPA.
No PPA, estão explicitados os programas que serão desenvolvidos com
todo o seu detalhamento com os objetivos, metas e indicadores, tanto daqueles
de ordem de investimento, como também dos programas que possuem uma
duração continuada. O desdobramento do PPA nos permite alguns elementos
fundamentais presentes nas políticas públicas, no que diz respeito ao seu
desenvolvimento implementação. Vamos aproveitar esse momento para
descrevê-los.
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Por fim, não confunda a criação do plano com o processo de planejamento.
O planejamento é um exercício contínuo que gera recursos para a criação do PPA.
Fazer planos é bom em qualquer esfera da nossa vida, mas sem recursos
financeiros não há planos que se sustentem. O mesmo corre na gestão pública e
na criação de políticas públicas, se não definimos a origem dos recursos,
garantimos a sua disponibilidade, qualquer política pública estará fadada ao
fracasso. Por isso, a definição da origem dos recursos é obrigatória na criação de
qualquer política pública.
Entre as responsabilidades do Poder Executivo, está o planejamento e o
orçamento, que definem os princípios básicos para elaboração e controle definidos
pela Constituição Federal, em especial a Lei n. 4.320, que versa as normas gerais
do direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da
União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal.
Nesse sentido, nós temos a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) que
regulamenta e cria um sistema de coordenação e planejamento para o PPA a ser
discutido pelo Poder Executivo e Poder Legislativo. Essa lei determina, por
exemplo, que os estados e municípios devem fazer as previsões de médio prazo
das suas receitas e despesas, bem como fazer o acompanhamento mensal
impossibilitar o controle das suas finanças e de suas dívidas. Com isso, a LRF
transformou o processo orçamentário em um instrumento de planejamento efetivo.
Outro aspecto interessante da LRF é que, caso as metas não sejam
cumpridas, os governos precisarão realizar cortes de gastos a fim de fazer com que
as suas metas sejam atingidas. Este é um dos principais mecanismos para se
manter a boa saúde financeira do Estado brasileiro.
Outro instrumento fundamental para a formulação de políticas públicas aqui
no Brasil é a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), pois é ela que define as
prioridades que devem ser inseridas na Lei Orçamentária Anual para o próximo ano
fiscal vigente.
Tudo começa quando o projeto de lei da LDO enviado pelo Poder Executivo
ao Poder Legislativo e, com base na sua aprovação pela Secretaria de Orçamento,
o organiza e consolida a proposta orçamentária de todos os órgãos do poder,
Executivo, Legislativo e também Judiciário.
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Se formos buscar o que diz a Constituição federal sobre a LDO, ela nos
afirma que “as metas e prioridades para o exercício financeiro subsequente, orienta
a elaboração do orçamento”, que é a Lei Orçamentária Anual, “Dispõe sobre
alterações da legislação tributária e estabelece a política de aplicação das agências
financeiras de fomento” (art. 165, parágrafo 2º).
O encaminhamento do projeto de lei orçamentária anual ao poder legislativo
é uma obrigação constitucional do governo federal e deve ser realizado todo ano
até o último dia do mês de agosto de cada ano. Assim, as metas e diretrizes
definidas, tanto no PPA, quanto na LDO, servem de base para os técnicos
formularem o projeto de lei orçamentária anual. Com isso, todos os programas e
ações do governo estarão lá detalhados, organizados e disciplinados. Nenhuma
despesa pública poderá ocorrer sem estar considerada no orçamento.
Observamos também que a LDO vai estabelecer quais serão as prioridades
do governo, incluindo as despesas de capital e, desta forma, irá orientar as bases
da elaboração da Lei Orçamentária Anual, sobre a qual falaremos mais adiante.
Também veremos na LDO a busca pelo equilíbrio das receitas e despesas,
de forma criteriosa, com as normas que irão reger o controle de custos e dos
resultados dos programas que serão financiados ditando quais serão os recursos
dos orçamentos.
A LDO é formada, basicamente, por três documentos fundamentais:
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a. Demonstrativo de compatibilidade com as metas fiscais da LDO.
b. Documento que irá apresentar como serão compensadas as possíveis
renúncias fiscais e despesas obrigatórias de caráter continuado.
c. Demonstração da provisão de reserva de contingência para garantir
pagamentos de atividades entrevistas.
d. Apresentação dos prazos para apreciação da LOA. Em geral, é até o último
dia do mês de setembro.
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população, contribuindo com aumento da eficiência económica, sem deixar de lado
a qualidade ambiental e o resguardo do patrimônio coletivo, cultural-histórico.
Ele também está previsto na Constituição e é obrigatório para todas as
cidades que tenham mais de 20 mil habitantes, cidades que sejam integrantes de
regiões metropolitanas, ou aglomerações urbanas, onde o poder público deseja
utilizar os instrumentos que estão presentes no art. 182 da Constituição Federal,
que podem ser áreas especiais para o turismo, o que tem alguma grande influência
de empreendimento, ou, ainda, atividades com significativo impacto ambiental para
o âmbito regional ou nacional.
Embora a sua obrigatoriedade seja para a cidade com mais de 20000
habitantes, os planos diretores têm sido vistos como de grande importância para
qualquer organização de espaço urbano. Com isto, pequenos municípios também
estão desenvolvendo planos diretores, pois se tivermos uma visão de longo prazo,
o desenvolvimento urbano sem um planejamento poderá trazer no futuro resultados
muito desagradáveis, tendo que promover realocações populacionais, gerando
prejuízos tanto para a esfera privada quanto pública. Basta ver as principais e mais
antigas cidades do Brasil, onde encontramos vários pontos em que a falta de um
plano diretor dificulta o desenvolvimento de algumas regiões das cidades, o que
impede o seu desenvolvimento econômico sustentável.
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TEMA 5 – PRÁTICAS E CAPTAÇÃO DE RECURSOS
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estar atento à abertura dos editais para o encaminhamento de propostas de
projetos e políticas públicas a serem financiadas por tais fundos.
No âmbito internacional, vamos citar aqui algumas possíveis fontes de
recursos:
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grande porte. Áreas temáticas: a) redução de
pobreza e promoção da equidade social; b)
modernização do Estado; c) integração
regional; d) meio ambiente
Banco JP Morgan Área educacional com prioridade para atuação
na formação para a cidadania.
Charles Stewart Mott Foundation Financiamento de projetos para fortalecimento
democrático, combate à pobreza, respeito aos
direitos e diversidade, acesso equalitário a
recursos, fortalecimento comunitário e proteção
do meio ambiente.
DFID – Departamento de Desenvolvimento Departamento do governo britânico que
Internacional do Reino Unido trabalha em parceria com outros governos que
têm como prioridades a promoção do
desenvolvimento sustentável e a eliminação da
pobreza.
Fundación Avina Focada em projetos da América Latina, em
especial o Bioma Amazônico, reciclagem,
cidades sustentáveis e migrações.
GLOBAL ENVIRONMENT FACILITY (GEF) – O fundo define diretrizes, políticas e temas
Fundo Global para o Meio Ambiente prioritários e confia às agências
implementadoras do GEF, ou apenas Agências
GEF, a aplicação das regras a preparação e o
monitoramento dos projetos que serão
desenvolvidos pelas chamadas instituições
executoras.
Fundação Interamericana (IAF) Órgão independente do Governo dos Estados
Unidos, foi criado pelo Congresso em 1969
para canalizar a ajuda para o desenvolvimento
diretamente às pessoas de baixa renda
organizadas na América Latina e no Caribe.
Misereor – Obra Episcopal de Cooperação É a obra episcopal da Igreja Católica da
para o Desenvolvimento Alemanha para a cooperação ao
desenvolvimento.
PNUD – Programa das Nações Unidas para A ONU Meio Ambiente trabalha para
o Desenvolvimento/PNUD Brasil disseminar, entre seus parceiros e a sociedade
em geral, informações sobre acordos
ambientais, programas, metodologias e
conhecimentos em temas ambientais
relevantes da agenda global e regional e, por
outro lado, para promover uma participação e
contribuição mais intensa de especialistas e
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instituições brasileiras em fóruns, iniciativas e
ações internacionais.
UNESCO – Organização das Nações Unidas As prioridades programáticas da UNESCO no
para a Educação, a Ciência e a Cultura país se definem pela identificação dos desafios
conjunturais brasileiros, no quais a organização
fundamenta seus objetivos estratégicos para
cada uma de suas áreas temáticas: educação,
ciências naturais, ciências humanas e sociais,
cultura
UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Universalizar os direitos de crianças e
Infância adolescentes.
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REFERÊNCIAS
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