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Índice

Relatório de Investigação sobre como é elaborado o Orçamento Público na Área de


Finanças Públicas em que Exerço...........................................................................................3

Introdução...............................................................................................................................3

Justificativa.............................................................................................................................3

Problemática............................................................................................................................4

Objectivos...............................................................................................................................4

Objectivos Gerais....................................................................................................................4

Objectives específicos.............................................................................................................4

Procedimento Metodológico...................................................................................................5

Resumo....................................................................................................................................5

Orçamento Público..................................................................................................................6

Ciclo Orçamentário.................................................................................................................6

O processo de orçamentação...................................................................................................7

Principais instrumentos do processo orçamental....................................................................7

Orçamento do Estado (OE).....................................................................................................7

Conta Geral do Estado............................................................................................................7

As funções e os princípios orçamentais..................................................................................7

Princípios: o orçamento é anual, único, universal, específico, equilibrado e público............8

Classificadores orçamentais....................................................................................................9

Participação do Orçamento Publico......................................................................................10

Conclusão..............................................................................................................................12

Bibliografia...........................................................................................................................13
TRABALHO DA CADEIRA DE TÉCNICA DE EXPRESSÃO

Relatório de Investigação sobre como é elaborado o Orçamento Público na Área de


Finanças Públicas em que Exerço

Introdução
Neste trabalho irei abordar o tema sobre orçamento público tendo como finalidade um
orçamento bem elaborado com previsões de receitas e estimativas de despesas.

Podemos ver que com o desenvolvimento económico, considerando-se as receitas


arrecadadas através de impostos vindos da população, há de se ter um controle para
equilibrar essas despesas de acordo com a arrecadação, não podendo haver um
desequilíbrio onde as despesas são maiores que as receitas, pois isso iria acarretar um
deficit público.

Com o intuito de manter o orçamento o mais real possível, as alterações são feitas a cada
gestão, com isso percebemos a importância de organizar e controlar o orçamento público,
para que não seja desviado para outros fins e deixe de investir nos objectivos especificados
no orçamento público.

Justificativa
A apresentação deste tema, visa esclarecer à comunidade em geral sobre como é elaborado
o orçamento público, pois podemos ver que para muitas pessoas é inacessível, devido não
só a falta de informações, e por ser uma linguagem desconhecida que impossibilita seu
entendimento, como também pela falta de transparência no trato do bem público, fruto de
uma grande tradição antidemocrática vivenciada ao longo da história.
Problemática
Um dos grandes problemas com relação a este assunto é que a maioria dos orçamentos
governamentais são elaborados dentro dos gabinetes dos governantes, ou até mesmo nos
escritórios de contabilidade tornando-se, por este motivo, uma mera peça técnica de
previsão de receitas e fixação da despesa, baseada na maioria das vezes, apenas no que foi
arrecadado e gasto no ano anterior.

Objectivos

Objectivos Gerais
Apresentar a real relevância na elaboração do orçamento público, proporcionando uma
visão geral, de seus princípios, planejamento, execução e controle, sendo este um
instrumento, onde estarão discriminados os programas de governo que serão desenvolvidos
ao longo de uma gestão.

Objectives específicos
1. Descrever a finalidade de um programa de governo

2. Orientar a elaboração da Lei Orçamental Anual

3. Definir as metas e prioridades para a administração pública

4. Reforçar a gestão pública transparente e com participação activa do cidadão nas


questões dos municípios.

Procedimento Metodológico

A metodologia utilizada na execução deste Trabalho Académico foi através de Pesquisa


Bibliográfica, Decretos e Leis com consulta em diversos artigos encontrados na internet,
utilizando vários conceitos para definir os temas abordados e actuais sobre os assuntos.
Resumo
Entendemos que o Orçamento público é o planejamento e execução dos gastos públicos de
cada exercício financeiro, que compreende sempre o ano civil, podemos dizer também que
é o programa de trabalho do governo, calculando os gastos e investimentos em cima dos
recursos ou receitas previstas, os orçamentos são elaborados pelo Poder Executivo e
aprovados pelo Poder Legislativo, nos âmbitos municipal ou do Estado, o orçamento
público passa por um ciclo composto pela elaboração do projecto de lei orçamental onde o
mesmo é verificado, votado, sancionado e publicado precisa ser elaborado a partir de três
etapas que são: o Plano Económico Social (PES), que é realizado no início de cada governo
e define as directrizes e as prioridades daquele mesmo ano, ele que irá nos mostrar quais
são os objectivos e metas prioritárias da administração pública para um ano deverá estar em
conformidade pela Lei. Observamos a existência de dez princípios básicos do orçamento
público, que são: Universalidade, Anualidade, Unidade, Especificação, Exclusividade,
Orçamento Bruto, Não afectação das Despesas, Equilíbrio, Universalidade e Publicidade,
vimos também a existência do Orçamento Participativo, com a finalidade da participação
do cidadão, tendo este, o poder de forma activa no processo de elaboração das propostas
orçamentais. As experiências na democratização das informações do orçamento
participativo no país têm mostrado que deram certo, com isso a sociedade tem a
possibilidade de fiscalização das contas públicas.

Palavras-chave: Orçamento; Responsabilidade; Participação; Directrizes

Orçamento Público
Orçamento público é o plano de execução dos gastos públicos de cada exercício financeiro,
que compreende sempre o ano civil, podemos dizer também que é o programa de trabalho
do governo, calculando os gastos e investimentos em cima dos recursos ou receitas
previstas, para Lima, (2007 P. 9):

O orçamento público é o plano feito pela Administração Pública para atender, durante um
determinado período, aos planos e programas de trabalho por ela desenvolvidos, por meio
da planificação de receitas a serem obtidas e pelos dispêndios a serem efectuados,
objectivando a continuidade e a melhoria quantitativa e qualitativa dos serviços prestados à
sociedade.

Os orçamentos são elaborados pelo Poder Executivo que são: o Presidente, Os


Governadores e os Prefeitos e são aprovados pelo Poder Legislativo, que compreende a
Assembleia da Republica e Câmara de Vereadores, e em datas determinadas pela
legislação.

Ciclo Orçamentário

O orçamento público passa por diversas etapas desde o surgimento de uma proposta que se
transformará em Projecto de Lei, e essas actividades relacionadas ao ciclo orçamentário
é composto pela elaboração do projecto de lei orçamentário onde o mesmo é verificado,
votado, sancionado e publicado, com isso vem a execução da lei orçamentária sempre
havendo acompanhamento e avaliação da sua execução.

O processo de orçamentação

Principais instrumentos do processo orçamental


As finanças públicas tratam da arrecadação de receitas e da sua aplicação na realização de
despesas.

Em Moçambique, as finanças públicas são reguladas pelo Sistema de Administração


Financeira do Estado (Sistafe) e pela legislação complementar.

Orçamento do Estado (OE)

 É onde o Governo estima as receitas mínimas a arrecadar e define o máximo de


despesas a realizar durante o ano económico.
 O orçamento é o plano financeiro que serve de base para a implementação dos
compromissos assumidos no Plano Económico e Social (PES).
 O OE é aprovado pela Assembleia da República como lei orçamental; é portanto de
cumprimento obrigatório.

Conta Geral do Estado

 Evidencia a execução orçamental e financeira.


 Apresenta os resultados do exercício económico e da avaliação do desempenho dos
órgãos e instituições do Estado.
 Corresponde ao balanço do plano financeiro, que deve estar ligado ao balanço do
PES para que se saiba até que ponto os gastos corresponderam às actividades
levadas a cabo.

As funções e os princípios orçamentais

Sem autorização parlamentar e fiscalização das despesas, não se administram as finanças

De acordo com o quadro legal, todos os fundos públicos se submeterão:

 À autorização política na fase de previsão


 Ao controlo político-administrativo na fase de execução
 À responsabilização judicial/parlamentar na fase de prestação de contas.

Daí podemos concluir sobre as três funções do Orçamento:

 Económica: o orçamento fixa as despesas a realizar e antecipa as receitas a


arrecadar num determinado período de tempo
 Política: a lei orçamental autoriza a realização de certas despesas e a cobrança de
certas receitas
 Jurídica: o orçamento delimita a cobrança de receitas aos meios previstos e limita
os gastos às rubricas previstas.

Princípios: o orçamento é anual, único, universal, específico, equilibrado e público

Durante a elaboração e execução do orçamento é importante ter em conta os princípios que


regem todo o processo:

Anualidade: o orçamento é válido por um ano, o ano económico, que em Moçambique


coincide com o ano civil (de Janeiro a Dezembro).

Os fundos não transitam de um ano para outro. Os fundos não executados ficam na conta do Tesouro.

Os adiantamentos recebidos devem ser encerrados em termos contabilísticos no final do ano fiscal.

Unidade: o orçamento é um documento único que compila todas as receitas a colectar e


todas as despesas a realizar, a todos os níveis, em todo o país, no âmbito das actividades do
Estado.

Universalidade: todas as receitas e despesas devem ser inscritas no orçamento, sob pena de
não poderem ser executadas.

Conjugando os princípios da unidade e da universalidade, podemos dizer de forma simples: “Um


orçamento, e tudo no orçamento.”

Especificação: a previsão de cada receita e a fixação de cada despesa devem ser


individualizadas, segundo classificadores, para facilitar a leitura e interpretação do
orçamento.

Equilíbrio: todas as despesas devem ser cobertas pelas receitas, dentro do princípio da
unidade do orçamento.
Publicidade: o orçamento deve ser publicado no Boletim da República, para tornar-se Lei
Orçamental, que inclui a tabela de despesas e a de receitas. Orçamento não-publicado não é
orçamento válido.

Não consignação: as receitas não são destinadas a cobrir despesas específicas. Elas cobrem
todas as despesas.

Orçamento bruto (não compensação): todas as receitas e despesas devem ser inscritas no
orçamento de forma bruta e não líquida. Não devem ser deduzidos quaisquer descontos.

Durante a realização de despesas no seu distrito, deve-se ter a certeza de que elas estão cobertas tanto
por fundos recebidos, transferidos de outros níveis do Governo, como por receitas próprias ou por
contribuições de parceiros locais.

Classificadores orçamentais

Classificadores de receitas e despesas

As receitas e despesas podem ser classificadas segundo diferentes critérios, para facilitar a
leitura e interpretação do orçamento:

Classificação económica (para despesas e receitas): permite identificar a natureza


económica (rubricas orçamentais). Pode-se distinguir duas grandes categorias:
funcionamento e investimento.

Classificação funcional: permite identificar as despesas relacionadas com a natureza das


funções exercidas pelo Estado (defesa, educação, saúde etc.).

Classificação orgânica: permite identificar o órgão ou instituição do Estado responsável


pela execução orçamental ou patrimonial.

Classificação territorial (para despesas e receitas): permite o registo segundo a divisão


territorial do país (Central, Provincial, Distrital).

Classificação programática: permite identificar o objectivo da despesa.


Classificação segundo a fonte de recursos: permite identificar a origem dos recursos
financeiros (tesouro, operações de crédito, donativos, receitas próprias).

Participação do Orçamento Publico

Tem-se, assim, que o Orçamento Participativo representa um avanço na democratização da


gestão, possibilitando a participação da população na tomada de decisões através da
definição de prioridades a partir das necessidades humanas e não em função de uma
racionalidade económica que muitas vezes privilegia projectos de interesses particulares de
determinados grupos, em detrimento dos interesses da colectividade.

O orçamento participativo é um processo dinâmico que se adequa as necessidades de cada


região buscando sempre uma interacção entre o poder municipal com a sociedade, e
possibilitando uma maior transparência, acompanhamento e fiscalização do povo sobre as
acções dos seus governantes, sendo esta uma inovação da gestão pública em uma visão
mundial, com isso rompe as práticas tradicionais onde os orçamentos são elaborados dentro
dos gabinetes dos governantes ou até mesmo nos escritórios de contabilidade sem a
participação da sociedade, assim se posiciona Minghelli (2005, p. 66).

A elaboração do Orçamento Participativo parece resgatar a potencialidade da peça


orçamentária no que se refere ao controle da gestão dos recursos públicos, bem como
procura democratizar o acesso a sua elaboração, uma vez que sua estrutura não é fixada de
cima para baixo num modelo jurídico fechado.

As experiências na democratização das informações do orçamento participativo no país têm


mostrado que deram certo, com isso a sociedade tem a possibilidade de fiscalização das
contas públicas.
Conclusão

Podemos dizer que o orçamento público é um instrumento de planejamento das ações


governamentais onde constam especificadas e detalhadas todas as receitas e despesas que
serão executadas em um determinado exercício.

Dessa forma, o orçamento passou a ser peça estratégica para o controle financeiro,
deixando compatíveis receitas e despesas em volume, dentro de um determinado período de
tempo.

Sendo o orçamento público uma questão de grande relevância, porque depois que foi
implantada a Lei de Responsabilidade fiscal que veio para restringir os gastos públicos
indevidos, a elaboração de um orçamento público eficiente e condizente com os princípios
orçamentários ganhou ainda maior importância.

O Projecto de Lei Orçamentária deverá seguir os trâmites legais, iniciando pelo poder
executivo, que elabora o orçamento baseado nas despesas e receitas do ano exercício
anterior, projectando-os para o exercício seguinte, podendo assim visualizar a necessidade
de adequação das despesas e receitas realizadas com as esperadas, ou seja, cortar eventuais
gastos e redistribuir receitas.

O Orçamento Participativo é a mais democrática forma de elaboração do orçamento


público, pois possibilita maior transparência, acompanhamento e fiscalização do povo sobre
as acções do governo.
Bibliografia

Jacintho Roque – Contabilidade Pública 1989 – Editora Ática S. A São Paulo.

LIMA, Diana Vaz. CASTRO, Róbison Gonçalves de. Contabilidade Pública. 2007, Editora
Atlas S. A São Paulo.

Ministério das Finanças (MF), pelo Ministério do Plano e Desenvolvimento (MPD) e pelo
Ministério da Educação (MINED).

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