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Senado Federal

ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA


Analista Legislativo Especialidade:
Administração

ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA


Orçamento Público: conceitos e princípios. Orçamento‐programa: fundamentos e
técnicas. O orçamento na Constituição de 1988. Processo de planejamento
orçamentário: plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias e lei orçamentária anual.
Leis de créditos adicionais................................................................................................................1
Ciclo orçamentário: elaboração, discussão, votação, aprovação, execução e avaliação.................1
Classificações orçamentárias: conceituação, classificação e estágios da receita e da
despesa públicas. Dívida ativa. Regime de adiantamento (suprimento de fundo).
Restos a pagar. Despesas de exercícios anteriores. Dívida pública. Descentralização
de créditos. Conta única do Tesouro Nacional................................................................................12
Manual Técnico de Orçamento: itens 1 a 4 e 7...............................................................................31
Retenção de tributos federais: Instrução Normativa RFB nº 1.234/2012......................................108
Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI): conceito,
objetivos, usuários e segurança do sistema (princípios e instrumentos)......................................135
Exercicios......................................................................................................................................136
Gabarito.........................................................................................................................................139

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Orçamento Público: conceitos e princípios. Orçamento-programa: fundamentos e téc-
nicas. O orçamento na Constituição de 1988. Processo de planejamento orçamentário:
plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias e lei orçamentária anual. Leis de crédi-
tos adicionais

Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado na matéria de ADMINISTRAÇÃO


GERAL

Não deixe de conferir!

Ciclo orçamentário: elaboração, discussão, votação, aprovação, execução e avaliação

Ciclo e Processo Orçamentário

A CF 88 determina a elaboração do contrato orçamentário com base em três leis ordinárias:

• Plano Plurianual (PPA), a cada 4 anos;

• Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), anualmente;

• Lei Orçamentária Anual (LOA).

Visando fortalecer a interligação dos processos de planejamento e orçamento (alocação de recursos), a


CF 88 exigiu que o PPA, a LDO e a LOA fossem articulados, interdependentes e compatíveis.

A LDO recebeu a função unir o PPA e a LOA. Por isso, a LDO pode ser considerada um “esqueleto” da lei
orçamentária anual: estabelece, anualmente, a estrutura para a elaboração do orçamento. Por sua vez, a
própria elaboração da LDO deve obedecer aos princípios do PPA.

Essa sobreposição entre as três leis está disposto prioritariamente nos artigos 165, 166 e 167 da CF.

O artigo 165 da Constituição determina que os orçamentos anuais, neste caso tanto a LOA como a LDO,
precisam ser compatíveis com o PPA.

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Art. 165. (...)

§ 7° Os orçamentos previstos no § 5°, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter regionais, segundo critério populacional (CF, art.
165, § 7°). Compreendendo o ciclo orçamentário

O artigo 167 da CF exige que emendas que modifiquem a LOA, ou projetos no mesmo sentido, precisam
ser compatíveis tanto em relação ao PPA como naquilo que determina a LDO:

Art. 166. (...)

§ 3° As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem
ser aprovados caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. Compreendendo o
ciclo orçamentário.O super-ordenamento do PPA sobre à LOA está claro no art. 167, da CF:

Art. 167. (...)

§1° Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem
prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob crime de responsabilidade
(CF, art. 167,§ 1°).Esse super-ordenamento também aparece em outros trechos da Constituição, como a
necessidade de que a LOA observe a LDO:

§ 5° Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a as-
sunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto
se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais (CF, art 99, §
5°; CF, art. 127, § 6°).

Enfim, a Constituição determina que a elaboração da LDO ocorra à luz das diretrizes fixadas no PPA (CF,
art. 166, § 4°). Esta mesma orientação vale para a elaboração da LOA (CF, art. 165, § 7°; CF, art. 166, §
3°, inciso I).

O ciclo orçamentário tem início com a elaboração da proposta do Plano Plurianual (PPA) pelo poder Exe-
cutivo. Isso ocorre no primeiro ano de governo do presidente, governador ou prefeito recém-empossado
ou reeleito.

O exercício financeiro, no Brasil, é um período de doze meses (um ano). O exercício financeiro coincidirá
com o ano civil (Lei 4.320/64, Art. 34). O exercício financeiro define o período para fins de organização
dos registros relativos à arrecadação de receitas, a execução de despesas.

Entende-se por ciclo orçamentário uma séria de rotinas, contínuas, dinâmicas e flexíveis, visando à ela-
boração, aprovação, execução, controle e avaliação do orçamento, em um determinado período tempo
que não se deve confundir ao exercício financeiro.

Para a realização desse processo devem ser cumpridas as seguintes etapas:

a) Elaboração

b) Apreciação, aprovação, sanção e publicação

c) Execução

d) Controle e

e) Avaliação

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a) Elaboração

Essa fase é de responsabilidade essencialmente do Poder Executivo, que realiza estudos para prepara-
ção dos projetos das leis orçamentárias que são: PPA, LDO e LOA.

Na etapa de elaboração da PLOA são estabelecidas as metas e prioridades, compatíveis com a LDO,
define programas, obras e estimativa das receitas, bem como consolida as propostas parciais elaboradas
pelo Judiciário, Legislativo e Ministério Público, visando o envio ao Congresso Nacional para apreciação
e votação.

Naturalmente, os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público têm autonomia para a elabora-
ção de suas propostas, dentro das condições e limites já estabelecidos nos planos e diretrizes.

O órgão central do Sistema de Orçamento (o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão) fixa os


parâmetros a serem adotados no âmbito de cada órgão/unidade orçamentária.

Há dois níveis de compatibilização e consolidação: o primeiro decorre das discussões entre as unidades
de cada órgão; o segundo, no âmbito do órgão central do Sistema de Orçamento, entre os vários órgãos
da Administração Pública.

Dentre os parâmetros que se deve utilizar nessa fase, também conhecida como pré-proposta, destaca-
mos:

- análise histórica da execução do orçamento (saber o que, como e quanto se gastou);

- quantificação dos gastos, recursos e estabelecimento de limites (verificar a LRF);

- compatibilização dos programas e ajustes dos gastos (adequação do planejamento aos gastos).

Disso resulta a proposta consolidada que o Presidente da República encaminha, anualmente, ao Con-
gresso Nacional, por meio de mensagem ao Congresso Nacional, com a função de esclarecer e apresen-
tar os principais pontos e questões relativos à situação financeira do Estado.

Vale notar que, antes da etapa de elaboração da proposta orçamentária, o órgão central de orçamento
indica o volume de dispêndios coerente com a meta de resultado primário e parâmetros estabelecidos na
LDO, e em conformidade com as orientações estratégicas estabelecidas no Plano Plurianual.

O volume assim estabelecido determinará a quantificação da demanda financeira e servirá para formular
o limite da expansão ou retração do dispêndio.

Os recursos financeiros serão determinados em função das recomendações da LDO sobre:

• comportamento da arrecadação tributária;

• política de endividamento;

• participação das fontes internas e externas no financiamento das despesas;

• crescimento econômico; e

• alteração na legislação tributária.

No processo de programação, busca-se uma igualdade entre a demanda e a oferta financeira quando da
consolidação das propostas setoriais (princípio do equilíbrio entre receitas e despesas públicas).

Na consolidação das propostas, nos níveis setoriais ou central, pode-se conduzir a alterações nos dis-
pêndios ou nas disponibilidades financeiras.

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Sendo a peça orçamentária o documento que cristaliza todo o processo de gestão dos recursos públicos,
devem ser contemplados, na fase de elaboração orçamentária, todos os elementos que facilitem a análi-
se sob os aspectos da eficiência e da eficácia dos projetos.

Cabe destacar, ainda, que o Poder Executivo, para fins de elaboração da Proposta Orçamentária, va-
le-se, anualmente, das instruções contidas no Manual Técnico de Orçamento, MTO-02, cujo objetivo é
orientar os participantes do processo.
b) Apreciação, aprovação, sanção e publicação

Seguindo o curso do processo legislativo, caberá ao Poder Legislativo, por meio da Comissão Mista Per-
manente de Orçamento e Finanças, apreciar os termos da proposta enviada pelo Chefe do Poder Execu-
tivo, podendo, segundo certos critérios, emendá-la e, em situações extremas, rejeitá-la.

Observa-se que o Presidente da República poderá propor alterações aos projetos, desde que não tenha
sido iniciada a votação pela comissão mista, da parte proposta.

Importante observar que as seguintes despesas não podem sofrer anulação:

a) pagamento de pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida pública;

c) transferências tributárias constitucionais ao FPE e FPM.

Os projetos de lei do PPA, LDO e LOA serão votadas pelas duas Casas do Congresso Nacional, que
após será enviado ao Presidente da República para promulgação e sanção no prazo de 15 dias úteis,
devendo publicá-las a seguir.

Por fim, ressalta-se que mesmo depois de votado o orçamento e já se tendo iniciada a sua execução, o
processo legislativo poderá novamente ser desencadeado em virtude projeto de lei destinado a solicitar
autorizações para a abertura de créditos adicionais.
Fluxo do Processo de Elaboração e Aprovação da LOA

1. Secretaria de Orçamento Federal

Aprova instruções para a elaboração das propostas do Orçamento Anual, divulga parâmetros, limites e
prazos para a elaboração das propostas orçamentárias setoriais.

2 Secretaria Executiva/Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração

Orienta e coordena a elaboração das propostas das unidades orçamentárias.

Fixa prazo para a entrega das propostas no âmbito de cada Ministério.

3. Unidades Gestoras

Elabora a proposta orçamentária e encaminha-a a SPOA do órgão.

4. Secretaria Executiva/Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração

Analisa preliminarmente, faz correções, revisa e consolida as propostas parciais das unidades.

Encaminha-as à Secretaria de Orçamento Federal – SOF/MP.

5. Secretaria de Orçamento Federal- SOF/MP

Faz análises, cortes, correções, bem como, revisa e consolida as propostas parciais recebidas dos ór-
gãos.

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A SOF/MP junta as propostas parciais às estimativas do orçamento de Receita e forma a proposta orça-
mentária geral, a qual é encaminhada ao Presidente da República.

6. Presidência da República

Encaminha a proposta orçamentária ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto do ano vigente.

7. Comissão Mista de Orçamento

Recebe o projeto de lei e as emendas dos congressistas. Analisa, emite parecer, discute e vota o mesmo.
Elabora redação final do projeto de lei.

8. Congresso Nacional

Discute e vota o relatório final da Comissão Mista de Orçamento, bem como as emendas pendentes de
decisão. Aprova a Lei Orçamentária. Devolve-a ao Presidente da República para sanção.

9. Presidente da República

Sanciona ou promulga a Lei Orçamentária. Determina a sua publicação no Diário Oficial da União.

10. Secretaria de Orçamento Federal

Providência a disponibilização da fita do orçamento para processamento no Sistema Integrado de Admi-


nistração Financeira do Governo Federal (SIAFI).
c) Execução

Essa fase inicia-se logo após a publicação da lei orçamentária, e caracterizada pela efetivação na arreca-
dação das receitas e o processamento da despesa.

Ademais, nos termos da LRF, art. 8º, o Poder Executivo deverá no prazo de 30 dias, publicar o decreto
de programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso, que tem por objeti-
vos:

I – assegurar as unidades orçamentárias, em tempo hábil, a soma de recursos necessários para a melhor
execução do programa de trabalho;

II – manter durante o exercício financeiro o equilíbrio entre receita arrecadada e despesa realizada, vi-
sando reduzir eventuais insuficiências de recursos.
d) Controle

Uma vez realizada a execução orçamentária, os órgãos dos sistemas de controle interno e externo
iniciam o processo de apreciação e julgamento da aplicação dos recursos públicos nos termos das leis
orçamentárias e com base em regulamentos específicos.

Durante essa fase, devem ser observados os seguintes princípios:

● a legalidade;

● a economicidade;

● a correta aplicação das receitas e,

● suas renúncias.

O controle aqui estudado pode ser realizado nos seguintes momentos:

I – a priori ou prévio: antes da execução do orçamento.

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II – concomitante: durante a execução do orçamento.

III – a posteriori ou subsequente: após o encerramento do exercício financeiro.

Ademais, cabe ao gestor público a apresentação da prestação de contas, que tem como finalidade apre-
sentar os fatos ocorridos na sua gestão.
e) Avaliação

Essa é a última fase, às vezes não consideradas por alguns doutrinadores, permite a revisão e a melhora
do planejamento orçamentário pelo Governo, onde são observadas as metas atingidas comparadas aos
recursos utilizados.

Esse papel atualmente é exercido pela SPI/MP.


Processo Orçamentário

O processo orçamentário compreende:

- conjunto de regras e procedimentos dirigidas aos agentes públicos;

- solução de conflitos de interesse nos diversos planos;

- interesse políticos relacionados ao processo decisório;

- nível de endividamento x investimentos e crescimento;

- eficiência na alocação orçamentária;

Onde há um orçamento público, há sempre um processo orçamentário, seja numa ditadura ou numa
democracia desenvolvida. Porém, eles se revestem de características completamente diferentes. No
Brasil, durante o regime militar, por exemplo, o Executivo enviava um orçamento para o Legislativo, que
deveria aprová-lo sem possibilidade de emendas ou maior discussão. Já numa democracia, espera-se
que a aprovação do orçamento público gere um jogo de negociação dentro do Legislativo e entre este e o
Executivo.

O desenho do processo orçamentário visa justamente a aperfeiçoar esse jogo, procurando o máximo
possível criar condições para que os seus resultados sejam gerados em um ambiente com algumas
importantes propriedades. Tais propriedades, que visualizamos aqui como Pontos Cardiaisdo Processo
Orçamentário, são listadas abaixo sem ordem de precedência:

Legitimidade

Simplicidade

Efetividade

Temporalidade

A caracterização pragmática e detalhada de cada um destes termos variará de sociedade para socieda-
de. Seu significado conceitual subjacente, entretanto, ponto mais importante, é facilmente inteligível:

1) Legitimidade: Baseia-se nas noções de transparência, equidade, universalidade e obediência à norma


legal, a população acreditando na justeza da forma e do volume de acordo com os quais são obtidos e
alocados os recursos públicos.

2) Simplicidade: Objetiva o desenvolvimento da percepção e do pleno entendimento, pela população em


geral, dos mecanismos e da importância do processo orçamentário como um todo.

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Regras claras e simples são mais compreensíveis. Isto ajuda a criar uma cultura de escolhas objetivas,
onde cada indivíduo se torna realmente interessado no acompanhamento do uso dos recursos públicos,
passando a vigiar e ponderar sobre as ações do Executivo e do Legislativo de uma forma mais exigente.
Espera-se um aumento da consciência sobre as vantagens e custos das opções de política traduzidas
em verbas pelo orçamento público.

3) Efetividade: Tal propriedade visa a assegurar que o processo orçamentário ajude o bom funcionamen-
to do Estado, servindo de instrumento, e não empecilho, à implementação das políticas públicas legitima-
mente aprovadas.

4) Temporalidade: Traduz-se aqui por temporalidade a utilização do processo orçamentário como um dos
instrumentos principais de permeabilização e sujeição dos gastos públicos às preferências intertemporais
da sociedade.

O processo orçamentário deve ser capaz de gerar, ano a ano, uma sucessão de orçamentos, nos quais a
realização de investimentos possa manter, se a determinação política assim dispuser, os focos de longo
prazo previamente determinados. No Brasil, a Constituição de 1988 tentou fazer isto, alocando um certo
percentual das despesas para fins específicos. Para a educação, por exemplo, houve alocação de 18%
dos recursos tributários. Os resultados dessa experiência, entretanto, são polêmicos.

Denotamos os quatro pontos acima como Pontos Cardiais do Processo Orçamentário porque eles esta-
belecem um conjunto mínimo de condições ao bom funcionamento da prática orçamentária pública. Tais
condições, porém, são necessárias, mas não suficientes. Países com boa estrutura de processo orça-
mentário podem ou não gerar um bom orçamento público. Todavia, países onde o processo orçamentário
não possui uma ou algumas das propriedades acima têm demonstrado, em maior ou menor grau, menor
resiliência na manutenção do desenvolvimento.

O processo orçamentário é composto das seguintes etapas:

1) fixação das metas de resultado fiscal (constante do anexo de metas fiscais da LDO e tem por finalida-
de garantir a redução gradual da relação dívida pública ⁄ PIB. O limite do endividamento corresponderá a
um percentual da RECEITA CORRENTE LÍQUIDA). Depois de estabelecida a meta fiscal, inicia-se a ela-
boração do orçamento com a estimativa da receita, possibilitando, a seguir, fixar o valor da despesa.

2) previsão ou estimativa da receita (observarão normas técnicas e legais, considerando os efeitos das
alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer
outro fatos relevante e serão acompanhadas de demonstrativos de sua evolução e da metodologia de
cálculo e premissas utilizadas).

LEGISLAÇÃO, PREÇO e RENDA, configuram-se como parâmetros fundamentais para estimativas das
receitas.

3) cálculo da necessidade de financiamento (as necessidades são apuradas nas três esferas de governo:
federal, estadual e municipal. Cada ente da Federação deverá indicar os resultados fiscais pretendidos
para o exercício financeiro a que a LDO se referir e os dois seguintes).

As necessidades de financiamento do setor público são apuradas separadamente pelos Orçamentos Fis-
cal e da Seguridade Social e pelo Orçamento de Investimento das Estatais.

As necessidades de financiamento do Governo Central corresponde ao resultado dos orçamentos fiscais


e da seguridade social, e se expressam por meio do resultado primário e resultado nominal.

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A soma das necessidades de financiamento do governo central com as das empresas estatais, corres-
pondem as necessidades de financiamento da União.

O resultado primário de determinado ente representa a diferença entre

A) RECEITAS PRIMÁRIAS (impostos, taxas, contribuições e demais receitas, EXCLUINDO-SE: opera-


ções de crédito, receitas de rendimentos de aplicações financeiras, empréstimos concedidos, privatiza-
ções, superávit financeiro)

B) DESPESAS PRIMÁRIAS (despesas orçamentárias, EXCLUINDO-SE: amortizações, juros e encargos


da dívida, aquisição de títulos de capital integralizado, concessão de empréstimos)

Superávit primário = receitas primárias > despesas primárias

4) fixação dos valores para despesas obrigatórias (são despesas obrigatórias: as transferência constitu-
cionais – fundo de participação dos estados e dos municípios, programas de financiamento do setor pro-
dutivo das regiões norte, nordeste e centro-oeste – as despesas de pessoal e encargos sociais, benefí-
cios previdenciários, as decorrentes de dívidas públicas, contratuais e mobiliárias, e as relacionadas com
sentenças judiciais transitadas em julgado (precatórios).

5) determinação dos limites para despesas discricionárias

Após estimadas todas as receitas, considerando-se a meta de resultado primário prevista na LDO, e
determinadas as despesas obrigatórias (que têm seu montante determinado por disposições legais e
constitucionais), o restante destina-se às despesas discricionárias (fixadas em conformidade com dispo-
nibilidade de recursos financeiros).

Classificam-se como despesas discricionárias as despesas primárias de execução não obrigatória no


âmbito dos três Poderes e do Ministério Público. Por meio dessas despesas, o Governo materializa as
políticas setoriais, viabilizando sua plataforma de “campanha”, pois possui a discricionariedade de aloca-
ção e execução das dotações orçamentárias de acordo com suas metas e prioridades.

6) elaboração das propostas setoriais

As diversas unidades elaboram simultaneamente as propostas e definem sua programação orçamentária,


resultando numa estrutura programática formada pelos programas e suas respectivas ações (projetos,
atividades e operações especiais).

Após a definição da estrutura programática, é feito o detalhamento da proposta setorial, onde será en-
viado ao Órgão Central do Sistema Orçamentário para realizar os ajustes, que serão negociados com
os órgãos setoriais do Poder Executivo, decorrentes de revisão das estimativas de receitas e fixação de
despesas.

7) processo legislativo

8) sanção da lei

9) execução orçamentária

10) alterações orçamentárias1


ESTRUTURA PROGRAMÁTICA

A Classificação Funcional Programática representou um grande avanço na técnica de apresentação orça-


1Texto adaptado de Carlos Ivan Simonsen Leal (http://interessenacional.uol.com.br)/Alessandro Lopez
(http://alessandrolopez.blogspot.com.br

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mentária.

Ela permite a vinculação das dotações orçamentárias a objetivos de governo. Os objetivos são viabiliza-
dos pelos Programas de Governo. Esse enfoque permite uma visão de “o que o governo faz”, o que tem
um significado bastante diferenciado do enfoque tradicional, que visualiza “o que o governo compra”.

Os programas, na classificação funcional-programática, são desdobramentos das funções básicas de go-


verno. Fazem a ligação entre os planos de longo e médio prazos e representam os meios e instrumentos
de ação, organicamente articulados para o cumprimento das funções. Os programas geralmente repre-
sentam os produtos finais da ação governamental. Esse tipo de orçamento é normalmente denominado
Orçamento-Programa.

No Brasil, o Orçamento-Programa está estruturado em diversas categorias programáticas, ou níveis de


programação, que representam objetivos da ação governamental em diversos níveis decisórios. Assim, a
classificação funcional programática apresenta:

Função

A função representa o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor
público.

A função “Encargos Especiais” engloba as despesas em relação às quais não se possa associar um bem
ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações
e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. No caso da função “Encargos Especiais”
os programas corresponderão a um código vazio, do tipo “0000”.

Subfunção

A subfunção representa uma partição da função, visando agregar determinado subconjunto de despesas
do setor público. Na nova classificação a subfunção identifica a natureza básica das ações que se aglu-
tinam em torno das funções.

As subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estão relacionadas, se-
gundo a Portaria n.º 42. Assim a classificação funcional será efetuada por intermédio da relação da ação
(projeto, atividade ou operação especial) com a subfunção e a função. A partir da ação, classifica-se a
despesa de acordo com a especificidade de seu conteúdo e produto, em uma subfunção, independente
de sua relação institucional. Em seguida será feita a associação com a função, associação esta voltada à
área de atuação característica do órgão/ unidade em que as despesas estão sendo efetuadas.

Exemplo 1: uma atividade de pesquisa na FIOCRUZ do Ministério da Saúde deve ser classificada – de
acordo com sua característica – na subfunção n.° 571 “Desenvolvimento Científico” e na função n.° 10
“Saúde”.

Exemplo 2: um projeto de treinamento de servidores no Ministério dos Transportes será classificado na


subfunção n.° 128 “Formação de Recursos Humanos” e na função n.° 26 “Transportes”.

Exemplo 3: uma operação especial de financiamento da produção que contribui para um determinado
programa proposto para o Ministério da Agricultura será classificada na subfunção n.° 846 “Outros Encar-
gos Especiais” e na função n.° 20 “Agricultura”.

Estrutura Programática

Como já assinalado anteriormente, os programas deixam de ter o caráter de classificador e cada nível de
governo passará a ter a sua estrutura própria, adequada à solução dos seus problemas, e originária do

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processo de planejamento desenvolvido durante a formulação do Plano Plurianual – PPA, ora em fase de
elaboração.

Haverá convergência entre as estruturas do plano plurianual e do orçamento anual a partir do programa,
“módulo” comum integrador do PPA com o Orçamento. Em termos de estruturação, o plano termina no
programa e o orçamento começa no programa, o que confere a esses documentos uma integração desde
a origem, sem a necessidade, portanto, de buscar-se uma compatibilização entre módulos diversificados.
O programa, como único módulo integrador, e os projetos e as atividades, como instrumento de realiza-
ção dos programas.

Cada programa deverá conter, no mínimo, objetivo, indicador que quantifique a situação que o programa
tenha por fim modificar e os produtos (bens e serviços) necessários para atingir o objetivo. Os produtos
dos programas darão origem aos projetos e atividades. A cada projeto ou atividade só poderá estar asso-
ciado um produto, que, quantificado por sua unidade de medida, dará origem à meta.

Os programas serão compostos por atividades, projetos e uma nova categoria de programação deno-
minada operações especiais. Essas últimas poderão fazer parte dos programas quando entendido que
efetivamente contribuem para a consecução de seus objetivos. Quando não, as operações especiais não
se vincularão a programas.

A estruturação de programas e respectivos produtos, consubstanciados em projetos e em atividades,


está sendo definida no atual momento, na etapa de validação SOF/SPI e Setoriais, e seu resultado será
disponibilizado para que os órgãos setoriais e as unidades orçamentárias apresentem as suas propostas
orçamentárias.
CRÉDITOS ORDINÁRIOS E ADICIONAIS

Crédito orçamentário inicial ou ordinário é aquele aprovado pela lei orçamentária anual e que consta dos
orçamentos fiscal, da seguridade social e do investimento das empresas estatais.

O crédito orçamentário é portador de uma dotação, e essa representa a quantia monetária que limita
o recurso financeiro autorizado. Desse modo, em virtude do princípio da eficiência, que orienta toda a
atividade estatal, inclusive a financeira, pode haver gastos menores, assim como, dentro da discricio-
nariedade e normatividade mínima do orçamento, fatores devidamente motivados podem levar a gastos
menores, isso porque, o gestor público precisa de alguma flexibilidade, já que medeia prazo entre a ela-
boração e a execução do orçamento. Pode-se constatar que despesas não são mais necessárias e mes-
mo o surgimento de situações imprevisíveis e urgentes, de modo que os créditos orçamentários iniciais
podem sofrer alterações qualitativa e quantitativa por meio de créditos adicionais.

O orçamento anual é resultado de um processo de planejamento, sendo que, durante a execução da


LOA é possível que haja situações que não foram apontadas na fase de elaboração, o que leva a se criar
mecanismos que retifiquem o orçamento, os chamados “Mecanismos Retificadores do Orçamento”, que
também são conhecidos como Créditos Adicionais e que estão previstos na Lei º 4320/64.

CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS

Expressão utilizada para designar o montante de recursos disponíveis numa dotação orçamentária seja
ela consignada na Lei Orçamentária ou num crédito adicional, para aplicação por uma unidade orçamen-
tária na finalidade e natureza das despesas indicadas através das respectivas classificações.

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CRÉDITOS ADICIONAIS: CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO E VIGÊNCIA.

Créditos Adicionais são as autorizações para despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na
Lei Orçamentária Anual, visando atender:

• Insuficiência de dotações ou recursos alocados nos orçamentos;

• Necessidade de atender a situações que não foram previstas, inclusive por serem imprevisíveis, nos
orçamentos.

Os créditos adicionais, portanto, constituem-se em procedimentos previstos na Constituição e na Lei


4.320/64 para corrigir ou amenizar situações que surgem, durante a execução orçamentária, por razões
de fatos de ordem econômica ou imprevisíveis. Os créditos adicionais são incorporados aos orçamentos
em execução.
Modalidades de créditos

Adicionais

a) Créditos Suplementares: são destinados ao reforço de dotações orçamentárias existentes, dessa for-
ma, eles aumentam as despesas fixadas no orçamento. Quanto à forma processual, eles são autorizados
previamente por lei, podendo essa autorização legislativa constar da própria lei orçamentária, e aberta
por decreto do Poder Executivo.

A vigência do crédito suplementar é restrita ao exercício financeiro referente ao orçamento em execu-


ção.

b) Créditos Especiais: São destinados a autorização de despesas não previstas ou fixadas nos orçamen-
tos aprovados. Sendo assim, o crédito especial cria um novo projeto ou atividade, o uma categoria eco-
nômica ou grupo de despesa inexistente em projeto ou atividade integrante do orçamento vigente.

Os créditos especiais são sempre autorizados por lei específica e abertos por decreto do Executivo.

A sua vigência é no exercício em que forem autorizados, salvo se o ato autorizativo for promulgado nos
últimos quatro meses (setembro a dezembro) do referido exercício, caso em que, é facultada sua reaber-
tura no exercício subsequente, nos limites dos respectivos saldos, sendo incorporados ao orçamento do
exercício financeiro subsequente (CF, art. 167, § 2°).

c) Créditos Extraordinários: São destinados para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública (CF. art. 167, § 3).

Os créditos extraordinários, quanto à forma procedimental, são abertos por Decreto do Poder Executivo,
que encaminha para conhecimento do Poder Legislativo, devendo ser convertido em lei no prazo de trinta
dias.

Com relação à vigência, os créditos extraordinários vigoram dentro do exercício financeiro em que foram
abertos, salvo se o ato da autorização ocorrer nos meses (setembro a dezembro) daquele exercício,
hipótese pela qual poderão ser reabertos, nos limites dos seus saldos, incorporando-se ao orçamento do
exercício seguinte.
Recursos para financiamento dos Créditos Adicionais

Os recursos financeiros disponíveis para abertura de créditos suplementares e especiais estão listados
no art. 43 da Lei n° 4.320/64, no art. 91 do Decreto-Lei n°200/67 e no § 8° do art. 166 da Constituição
Federal:

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• O superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior, sendo a diferença positiva
entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais
reaberto sou transferidos, no exercício da apuração, e as operações de créditos a eles vinculadas.

• O excesso de arrecadação, constituído pelo saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês,
entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício. Do referido
saldo será deduzida a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.

• A anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais autorizados em lei, adi-
cionando àquelas consideradas insuficientes.

• Neste tipo, inclui-se a anulação da reserva de contingência, conceituada como a dotação global não
destinada especificamente a órgão, unidade orçamentária ou categoria econômica e natureza da despe-
sa;

• O produto das operações de crédito, desde que haja condições jurídicas para sua realização pelo Poder
Executivo.

• Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual,
ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos espe-
ciais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. (CF, art. 166, §8°).

O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a sua espécie e a classificação da despesa.

Esses créditos tem sua vigência, ou seja, no caso dos créditos suplementares, como são destinados a
cobrir uma insuficiência do orçamento anual, eles serão extintos no final do exercício financeiro. Já os
Especiais ou Extraordinários, poderão ter vigência até o final do exercício subsequente.2

Classificações orçamentárias: conceituação, classificação e estágios da receita e da


despesa públicas. Dívida ativa. Regime de adiantamento (suprimento de fundo). Restos
a pagar. Despesas de exercícios anteriores. Dívida pública. Descentralização de crédi-
tos. Conta única do Tesouro Nacional

RECEITA PÚBLICA

Os recursos financeiros canalizados para os cofres públicos ostentam, na prática, natureza e conteúdo
bastante diversificados.

Nem sempre derivam da atividade impositiva do Estado - campo de abrangência do Direito Tributário -
podendo resultar de contratos firmados pela administração, com caráter de bilateralidade.

Uns e outros devem ser tidos como receitas públicas, cujo estudo amplo, pertence ao campo do Direito
Financeiro, e mais remotamente, ao da Ciência das Finanças.

Por isso, ao definirmos o Direito Financeiro como ramo do Direito Administrativo que regula a atividade
desenvolvida pelo Estado na obtenção, gestão e aplicação dos recursos financeiros, referimo-nos à re-
ceita pública como um dos capítulos dessa disciplina: justamente aquele que versa sobre a captação de
recursos financeiros.

Entrada ou ingresso é todo dinheiro recolhido aos cofres públicos, mesmo sujeito à restituição.

A noção compreende as importâncias e valores realizados a qualquer título. Assim, os tributos (impostos,
2Texto adaptado deProfessor Daniel Giotti (www.danielgiotti.com.br)

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taxas, e contribuição de melhoria) e as rendas da atividade econômica do Estado (preços), não restituí-
veis, são ingressos ou entradas.

À semelhança, as fianças, cauções, empréstimos públicos, posto que restituíveis.

Receita é a quantia recolhida aos cofres públicos não sujeita a restituição, ou, por outra, a importância
que integra o patrimônio do Estado em caráter definitivo.

Na lição de Aliomar Baleeiro receita pública é a entrada que, integrando-se no patrimônio público sem
quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo vem acrescer o seu vulto como elemento
novo e positivo Associando os princípios expostos, concluímos que toda receita (em sentido estrito) é
entrada, mas a recíproca não é verdadeira.
Contabilização Da Receita Pública

Conforme a variação na situação patrimonial que possa provocar, sendo:

- Receita pública efetiva; e

- Receita pública não-efetiva.

Receita Publica Efetiva

- Não representam obrigação do ente público

- Alteram a situação líquida patrimonial incorporando-se definitivamente ao patrimônio público.

Receita Pública Não-Efetiva

- São as que possuem reconhecimento do direito

- Não alteram a situação patrimonial líquida do ente.

- No momento da entrada do recurso, registra-se, também, uma obrigação.

Classificação das Receitas Públicas

a) Quanto à Origem: Originárias X Derivadas

Receitas Originárias são aquelas provenientes da exploração do patrimônio da pessoa jurídica de direito
público, ou seja, o Estado coloca parte do seu patrimônio a disposição de pessoas físicas ou jurídicas,
que poderão se beneficiar de bens ou de serviços, mediante pagamento de um preço estipulado.

Elas independem de autorização legal e pode ocorrer a qualquer momento, e são oriundas da explora-
ção do patrimônio mobiliário ou imobiliário, ou do exercício de atividade econômica, industrial, comercial
ou de serviços, pelo Estado ou suas entidades. Exemplos: Rendas obtidas sobre os bens sujeitos à sua
propriedade (aluguéis, dividendos, aplicações financeiras).

Receitas Derivadas são aquelas cobradas pelo Estado, por força do seu poder de império, sobre as rela-
ções econômicas praticadas pelos particulares, pessoas físicas ou jurídicas, ou sobre seus bens.

Na atualidade, constitui-se na instituição de tributos, que serão exigidos da população, para financiar os
gastos da administração pública em geral, ou para o custeio de serviços públicos específicos prestados
ou colocados a disposição da comunidade. Exemplos: Taxas, Impostos e Contribuições de Melhoria.

b) Quanto à Natureza: Receitas Orçamentárias X Receitas Extra Orçamentárias

Receitas Orçamentárias são todos os ingressos financeiros de caráter não devolutivo auferidos pelo
Poder Público. A receita orçamentária se subdivide ainda nas seguintes categorias econômicas: receitas

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correntes e receitas de capital.

Receita Extra Orçamentária correspondem aos valores provenientes de toda e qualquer arrecadação que
não figurem no orçamento público e, consequentemente, que não lhe pertencem. O Governo fica como
mero depositário dos valores recebidos. Exemplos: Depósitos recebidos, Cauções em dinheiro recebidas,
Consignações retidas a pagar, etc.

c) Quanto à Repercussão Patrimonial: Efetivas X Não efetivas

Receitas Públicas Efetivas são aquelas em que os ingressos de disponibilidades de recursos não foram
precedidos de registro de reconhecimento do direito e não constituem obrigações correspondentes: Por
isso, aumentam a situação liquida do patrimônio financeiro e a situação líquida patrimonial. Exemplos:
Receita Tributária, Receita Patrimonial, Receita de Serviços, etc.

Receitas Públicas Não efetivas são aquelas em que os ingressos de disponibilidades de recursos foram
precedidos de registro de reconhecimento do direito. Por isso, aumentam a situação líquida do patrimônio
financeiro, mas não altera a situação líquida patrimonial. São exemplos: Alienação de bens; Operações
de crédito; Amortização de empréstimo concedido; Cobrança de dívida ativa.

d) Quanto à Regularidade: Ordinárias X Extraordinárias

Receitas Ordinárias são aquelas que representam certa regularidade na sua arrecadação, sendo nor-
matizadas pela Constituição ou por leis específicas. Exemplos: Arrecadação de Impostos (Federais,
Estaduais ou Municipais), Transferências do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal, do
Fundo de Participação dos Municípios, Cota parte do ICMS destinado aos Municípios, etc.

Receitas Extraordinárias são aquelas inconstantes, esporádicas, às vezes excepcionais, e que, por isso,
não se renovam de ano a ano na peça orçamentária. Como exemplo mais típico, costuma-se citar o
imposto extraordinário, previsto no art. 76 do Código Tributário Nacional, e decretado, em circunstâncias
anormais, nos casos de guerra ou sua iminência. As receitas patrimoniais devem, também, ser conside-
radas como extraordinárias, sob o aspecto orçamentário.

e) Quanto à forma de sua realização: Receitas Próprias, de Transferência se de Financiamentos.

●Receitas Próprias se dão quando seu ingresso é promovido pela própria entidade, diretamente, ou atra-
vés de agentes arrecadadores autorizados. Exemplo: tributos, aluguéis, rendimento de aplicações finan-
ceiras, multas e juros de mora, alienação de bens, etc.

●Transferências se dão quando a sua arrecadação se processa através de outras entidades, em virtude
de dispositivos constitucionais e/ou legais, ou ainda, mediante celebração de acordos e/ou convênios.
Exemplo: cota parte de Tributos Federais aos Estados e Municípios (FPE e FPM), Cota parte de Tributos
Estaduais aos Municípios (ICMS e IPV A), convênios, etc.

●Financiamentos são as operações de crédito realizadas com destinação específica, vinculadas à com-
provação da aplicação dos recursos. São exemplos os financiamentos para implantação de parques
industriais, aquisição de bens de consumo durável, obras de saneamento básico, etc.

f) Segundo a Categoria Econômica: Receitas Correntes X Receitas de Capital

●Receitas Correntes são destinadas a financiar as Despesas Correntes. Classificam-se em:

●Receitas Tributárias que são provenientes da cobrança de impostos, taxas e contribuições de melho-
ria.

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●Receitas de Contribuições que são provenientes da arrecadação de contribuições sociais e econômicas;
por exemplo: contribuições para o PIS/PASEP, contribuições para fundo de saúde de servidores públicos,
etc.

●Receita Patrimonial são proveniente do resultado financeiro da fruição do patrimônio, decorrente da


propriedade de bens mobiliários ou imobiliários; por exemplo: Aluguéis, dividendos, receita oriunda de
aplicação financeira, etc.

●Receita Agropecuária decorre da exploração das atividades agropecuárias; por exemplo: receita da pro-
dução vegetal, receita da produção animal e derivados.

●Receita Industrial obtida com atividades ligadas à indústria de transformação. Exemplos: indústria edito-
rial e gráfica, reciclagem de lixo, etc.

●Receitas de Serviços são provenientes de atividades caracterizadas pela prestação se serviços por
órgãos do Estado; por exemplo: serviços comerciais (compra e venda de mercadorias), etc.

●Transferências Correntes são recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, desti-
nados ao atendimento de despesas correntes.

Outras Receitas Correntes são o grupo que compreende as Receitas de Multas e Juros de Mora, Indeni-
zações e Restituições, Receita da Dívida Ativa, etc.

Receitas de Capital são aquelas provenientes de realização de recursos oriundos da contratação de dívi-
das; da conversão em espécie de bens (alienação de bens móveis e imóveis); dos recursos recebidos de
outras pessoas de direito público ou privados destinados a atender despesas classificáveis em Despesas
de Capital. São destinadas ao atendimento das Despesas de Capital e classificam-se em:

• Operações de Crédito são os financiamentos obtidos dentro e fora do País; trata-se de recursos capta-
dos de terceiros para obras e serviços públicos. Exemplos: colocação de títulos públicos, contratação de
empréstimos e financiamentos, etc.;

• Alienação de Bens são receitas provenientes da venda de bens móveis e imóveis;

• Amortização de Empréstimos são receitas provenientes do recebimento do principal mais correção mo-
netária, de empréstimos efetuados a terceiros;

• Transferências de Capital são recursos recebidos de outras entidades; aplicação desses recursos deve-
rá ser em despesas de capital. O recebimento desses recursos não gera nenhuma contraprestação direta
em bens e serviços;

Outras Receitas de Capital são as que envolvem as receitas de capital não classificáveis nas anterio-
res.

Estágios ou Fases Da Receita Pública

A realização da receita pública se dá mediante uma sequencia de atividades, cujo resultado é o recebi-
mento de recursos financeiros pelos cofres públicos. Os estágios são os seguintes:
a) Previsão

Compreende a estimativa das receitas para compor a proposta orçamentária e aprovação do orçamento
público pelo legislativo, transformando-o em Lei Orçamentária.

Na previsão de receita devem ser observadas as normas técnicas e legais,considerados os efeitos das
alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer

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1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
outro fator relevante, sendo acompanhada de demonstrativo de sua evolução nos três últimos anos, da
projeção para os dois seguintes àquele a que se referir a estimativa, e da metodologia de cálculo e pre-
missas utilizadas, segundo dispõe o art. 12 da LRF.

b) Lançamento (aplicável às receitas tributárias)

É o ato da repartição competente que verifica a procedência do crédito fiscal, identifica a pessoa que é
devedora e inscreve o débito desta.

Compreende os procedimentos determinação da matéria tributável, cálculo do imposto, identificação do


sujeito passivo e notificação.

As importâncias relativas a tributos, multas e outros créditos da Fazenda Pública, lançadas mas não
cobradas ou não recolhidas no exercício de origem, constituem Dívida Ativa a partir da sua inscrição pela
repartição competente.
c) Arrecadação

É o ato pelo qual o Estado recebe os tributos, multas e demais créditos, sendo distinguida em;

•Direta, a que é realizada pelo próprio Estado ou seus servidores e;

•Indireta, a que é efetuada sob a responsabilidade de terceiros credenciados pelo Estado.

Os agentes da arrecadação são devidamente autorizados para receberem os recursos e entregarem ao


Tesouro Público, sendo divididos em dois grupos:

•Agentes públicos (coletorias, tesourarias, delegacias, postos fiscais, etc);

•Agentes privados (bancos autorizados).


d) Recolhimento

Consiste na entrega do numerário, pelos agentes arrecadadores, públicos ou privados, diretamente ao


Tesouro Público ou ao banco oficial.

O recolhimento de todas as receitas deve ser feito com a observância do princípio de unidade de tesou-
raria, vedada qualquer fragmentação para a criação de caixas especiais. (art.56 da Lei 4.320/64).

Os recursos de caixa do Tesouro Nacional serão mantidos no Banco do Brasil S/A, somente sendo per-
mitidos saques para o pagamento de despesas formalmente processadas e dentro dos limites estabele-
cidos na programação financeira; A conta única do Tesouro Nacional é mantida no Banco Central, mas
o agente financeiro é o Banco do Brasil, que deve receber as importâncias provenientes da arrecadação
de tributos ou rendas federais e realizar os pagamentos e suprimentos necessários à execução do Orça-
mento Geral da União.
DÍVIDA ATIVA

Dívida ativa corresponde a uma RECEITA, o que justifica ser chamada de ATIVA.

Representa um conjunto de créditos ou direitos de distintas naturezas em favor da Fazenda Pública,


sendo que esses créditos ou direitos possuem prazos estabelecidos na legislação pertinente e que, caso
não sejam pagos ao vencimento, terá sua cobrança realizada por meio de órgão ou unidade específica
instituída em lei.

Sendo assim, a inscrição de créditos em Dívida Ativa representa um fato permutativo que resulta da
transferência de um valor não recebido no prazo estabelecido, representando um aumento da situação

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líquida patrimonial.

*** Para a Dívida Ativa ser considerada presume-se a legalidade ao crédito como dívida passível de
cobrança e a inscrição equivale a uma prova pré-constituída contra o devedor.

*** Outro aspecto relevante quanto à esse crédito é que, sendo ele passível de cobrança, essa gerará
um custo, que por vez gera uma despesa, PORÉM, essa despesa não transita pelas contas relativas à
Dívida Ativa.

Essa inscrição poderá ser cancelada e esse cancelamento está relacionado ao raciocínio de extinção e
consequente diminuição na situação líquida patrimonial.

***Outra forma de cancelamento da inscrição da dívida ativa pode ser percebida através de registros de
abatimentos, anistia e outros valores, DESDE QUE essa diminuição não seja decorrente do recebimento
efetivo da dívida ativa.
DESPESA PÚBLICA

Despesa pública é o conjunto de dispêndios do Estado ou de outra pessoa de direito público a qualquer
título, a fim de saldar gastos fixados na lei do orçamento ou em lei especial, visando à realização e ao
funcionamento dos serviços públicos. Nesse sentido, a despesa é parte do orçamento, ou seja, aquela
em que se encontram classificadas todas as autorizações para gastos com as várias atribuições e fun-
ções governamentais. Em outras palavras, as despesas públicas formam o complexo da distribuição e
emprego das receitas das receitas para custeio e investimento em diferentes setores da administração
governamental.

Quanto à sua natureza, classificam-se em:

Despesa Orçamentária: é aquela que depende de autorização legislativa para ser realizada e que não
pode ser efetivada sem a existência de crédito orçamentário que a corresponda suficientemente.

Despesa Extra Orçamentária: trata-se dos pagamentos que não dependem de autorização legislativa, ou
seja, não integram o orçamento público. Correspondem à restituição ou entrega de valores arrecadados
sob o titulo de receita extra orçamentária. Ex.: devolução de fianças e cauções; recolhimento de imposto
de renda retido na fonte, etc.

A despesa Orçamentária se divide ainda conforme figura abaixo:

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Despesa Efetiva e Não Efetiva

Para fins contábeis, a despesa orçamentária pode ser classificada quanto ao impacto na situação líquida
patrimonial em: - Despesa Orçamentária Efetiva - aquela que, no momento de sua realização, reduz a
situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo. - Despesa Or-
çamentária Não Efetiva – aquela que, no momento da sua realização, não reduz a situação líquida pa-
trimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Neste caso, além da despesa orçamentária,
registra-se concomitantemente conta de variação aumentativa para anular o efeito dessa despesa sobre
o patrimônio líquido da entidade.

Em geral, a despesa orçamentária efetiva é despesa corrente. Entretanto, pode haver despesa corrente
não efetiva como, por exemplo, a despesa com a aquisição de materiais para estoque e a despesa com
adiantamentos, que representam fatos permutativos. A despesa não efetiva normalmente se enquadra
como despesa de capital. Entretanto, há despesa de capital que é efetiva como, por exemplo, as transfe-
rências de capital, que causam variação patrimonial diminutiva e, por isso, classificam-se como despesa
efetiva.

Segundo o Professor Garrido Neto, aideia da classificação das despesas em efetivas ou não efetivas é
saber qual a afetação patrimonial trazida pelas mesmas, em virtude da execução do orçamento. A LOA é
uma lei de execução financeira, onde constam fluxos de caixa de entradas e saídas de recursos, autori-
zados por lei pelo poder legislativo. Por natureza, receitas deveriam aumentar o patrimônio da entidade
que as reconhece e as despesas deveriam diminuí-lo.

Mas essa lógica não funciona em sua totalidade na execução orçamentária, em virtude do conceito de
receita e despesa, sob o ponto de vista do patrimônio, ser diferente daquele conceito orçamentário, de
fluxo de caixa. No patrimônio, receita representa o acréscimo definitivo de recursos, sem o surgimento de
um passivo correspondente ou o consumo de um ativo. Já a despesa representa a diminuição de um ati-
vo, em virtude de seu consumo, ou a transferência de propriedade de um bem, necessário para obtenção
de receitas. No orçamento, receita é entrada, em dinheiro e disponível para atendimento das políticas
públicas. Já a despesa é uma saída, em dinheiro e que consome recursos disponíveis, autorizados atra-
vés do empenho de despesas. Quando o conceito de receita, sob o aspecto patrimonial, coincide com o

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conceito orçamentário, de fluxo de caixa de entrada, temos uma receita efetiva, que afeta o patrimônio
positivamente. EX: arrecadação de impostos.

Quando o conceito de despesa, sob o aspecto patrimonial, coincide com o conceito orçamentário, de
fluxo de caixa de saída, autorizado por um empenho, temos uma despesa efetiva, que afeta o patrimônio
negativamente. EX: reconhecimento de despesas com serviços de terceiros. Ocorre que nem toda receita
orçamentária tem afetação positiva no patrimônio, porque tem como contrapartida um consumo de um
ativo ou o surgimento de um passivo. Ex: arrecadação da dívida ativa (entra dinheiro, mas se baixa o di-
reito a receber, previamente contabilizado quando da inscrição), obtenção de empréstimos (entra dinhei-
ro, mas surge um passivo - empréstimos a pagar).

Do mesmo modo, nem toda despesa orçamentária tem afetação negativa no patrimônio, porque tem
como contrapartida o surgimento de um ativo ou a baixa de um passivo. Ex: aquisição de bens (sai o di-
nheiro, com uma despesa empenhada previamente, mas entra o bem adquirido. Note que não há despe-
sa no patrimônio, já que ocorre ingresso de um bem), amortização da dívida (sai o dinheiro, mas há uma
baixa concomitante no passivo, empréstimos a pagar. Note que não há despesa no patrimônio, já que
houve diminuição de um passivo, tornando o ente menos devedor.

Ou seja, a saída de dinheiro compensa com a diminuição da dívida. Não há despesa). Por isso, a despe-
sa não efetiva é aquela que afeta o orçamento, mas, como gera um fato permutativo, não afeta a situa-
ção líquida patrimonial do ente. Vamos ver mais uma vez o exemplo da aquisição de bens; Quando se
compra um bem, é preciso empenhar/pagar a despesa orçamentária. Portanto essa despesa diminui o
ativo disponível da entidade. Caso se verificasse apenas essa diminuição, a despesa seria efetiva, pois
reduziria um ativo de forma definitiva. Mas a operação contábil não está concluída, pois é preciso dar
entrada no bem.

Quando contabilizamos o bem, aumentamos outro ativo, o ativo permanente bens móveis/imóveis. Por-
tanto, vendo isoladamente esse segundo registro, houve aumento do patrimônio, pela entrada do item,
causando uma mutação (conjugando a diminuição do caixa com o aumento do bem) ativa (pela entrada
de um ativo no patrimônio do governo). Daí o porquê da questão ter utilizado essas expressões, beleza?
Para maiores detalhes, consulte o manual da receita/despesa nacional, encontrado no site da STN, e
procure pelo item reconhecimento de receitas/despesas pelo aspecto orçamentário e patrimonial.
Classificação Institucional e Funcional

A classificação institucional reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e está estruturada
em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. Constitui unidade orçamentá-
ria o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas
dotações próprias (art. 14 da Lei nº 4.320/1964). Os órgãos orçamentários, por sua vez, correspondem
a agrupamentos de unidades orçamentárias. As dotações são consignadas às unidades orçamentárias,
responsáveis pela realização das ações. No caso do Governo Federal, o código da classificação insti-
tucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão e os
demais à unidade orçamentária. Não há ato que estabeleça , sendo definida no contexto da elaboração
da lei orçamentária anual ou da abertura de crédito especial.

Cabe ressaltar que uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a uma estrutura ad-
ministrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com as Unidades Orçamentárias
“Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios”, “Encargos Financeiros da União”, “Operações
Oficiais de Crédito”, “Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal” e “Reserva de Contingên-

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cia”

A classificação funcional segrega as dotações orçamentárias em funções e subfunções, buscando res-


ponder basicamente à indagação “em que” área de ação governamental a despesa será realizada. A
atual classificação funcional foi instituída pela Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, do então Ministério
do Orçamento e Gestão, e é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como
agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo. Trata-se
de classificação de aplicação comum e obrigatória, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Fede-
ral e dos Municípios, o que permite a consolidação nacional dos gastos do setor público. A classificação
funcional é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros referem-se à função, enquanto que os três
últimos dígitos representam a subfunção, que podem ser traduzidos como agregadores das diversas
áreas de atuação do setor público, nas esferas legislativa, executiva e judiciária.

Função - A função é representada pelos dois primeiros dígitos da classificação funcional e pode ser tra-
duzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. A função quase
sempre se relaciona com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa,
que, na União, guarda relação com os respectivos Ministérios.

A função “Encargos Especiais” engloba as despesas orçamentárias em relação às quais não se pode
associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarci-
mentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. Nesse caso, na
União, as ações estarão associadas aos programas do tipo “Operações Especiais” que constarão apenas
do orçamento, não integrando o PPA. A dotação global denominada “Reserva de Contingência”, permi-
tida para a União no art. 91 do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em atos das demais
esferas de Governo, a ser utilizada como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais e para o
atendimento ao disposto no art. 5º, inciso III, da Lei Complementar nº 101, de 2000, sob coordenação do
órgão responsável pela sua destinação, será identificada nos orçamentos de todas as esferas de Go-
verno pelo código “99.999.9999.xxxx.xxxx”, no que se refere às classificações por função e subfunção e
estrutura programática, onde o “x” representa a codificação da ação e o respectivo detalhamento.

Subfunção - A subfunção, indicada pelos três últimos dígitos da classificação funcional, representa um
nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governa-
mental, por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da nature-
za básica das ações que se aglutinam em torno das funções. As subfunções podem ser combinadas com
funções diferentes daquelas às quais estão relacionadas na Portaria MOG nº 42/1999. Deve-se adotar
como função aquela que é típica ou principal do órgão. Assim, a programação de um órgão, via de regra,
é classificada em uma única função, ao passo que a subfunção é escolhida de acordo com a especifici-
dade de cada ação governamental. A exceção à combinação encontra-se na função 28 – Encargos Espe-
ciais e suas subfunções típicas que só podem ser utilizadas conjugadas.
Classificação por Estrutura Programática

Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos objetivos estra-
tégicos definidos no Plano Plurianual (PPA) para o período de quatro anos. Conforme estabelecido no
art. 3º da Portaria MOG nº 42/1999, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelece-
rão, em atos próprios, suas estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos
e determinações nela contidos. Ou seja, todos os entes devem ter seus trabalhos organizados por pro-
gramas e ações, mas cada um estabelecerá seus próprios programas e ações de acordo com a referida

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Portaria.

1. Programa - Programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um con-


junto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, mensurado
por indicadores instituídos no plano, visando à solução de um problema ou ao atendimento de determina-
da necessidade ou demanda da sociedade. O programa é o módulo comum integrador entre o plano e o
orçamento. O plano termina no programa e o orçamento começa no programa, o que confere a esses ins-
trumentos uma integração desde a origem. O programa age como módulo integrador, e as ações, como
instrumentos de realização dos programas. A organização das ações do governo sob a forma de progra-
mas visa proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar a visibilidade
dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como elevar a transparência na aplicação
dos recursos públicos. Cada programa deve conter objetivo, indicador que quantifica a situação que o
programa tenha como finalidade modificar e os produtos (bens e serviços) necessários para atingir o ob-
jetivo. A partir do programa são identificadas as ações sob a forma de atividades, projetos ou operações
especiais, especificando os respectivos valores e metas e as unidades orçamentárias responsáveis pela
realização da ação. A cada projeto ou atividade só poderá estar associado um produto, que, quantificado
por sua unidade de medida, dará origem à meta. Os programas da União constam no Plano Plurianual e
podem ser visualizados no sítio www.planejamento.gov.br.

2. Ação - As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que contribuem para
atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito de ação as transferências obriga-
tórias ou voluntárias a outros Entes da Federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios,
subvenções, auxílios, contribuições e financiamentos, dentre outros. As ações, conforme suas caracte-
rísticas podem ser classificadas como atividades, projetos ou operações especiais. a) Atividade É um
instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto
de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço
necessário à manutenção da ação de Governo. Exemplo: “Fiscalização e Monitoramento das Operadoras
de Planos e Seguros Privados de Assistência à Saúde”. b) Projeto É um instrumento de programação
utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no
tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de
Governo. Exemplo: “Implantação da rede nacional de bancos de leite humano”. c) Operação Especial
Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de gover-
no, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou servi-
ços.3

Estrutura Programática

Como já assinalado anteriormente, os programas deixam de ter o caráter de classificador e cada nível de
governo passará a ter a sua estrutura própria, adequada à solução dos seus problemas, e originária do
processo de planejamento desenvolvido durante a formulação do Plano Plurianual – PPA, ora em fase de
elaboração.

Haverá convergência entre as estruturas do plano plurianual e do orçamento anual a partir do programa,
“módulo” comum integrador do PPA com o Orçamento. Em termos de estruturação, o plano termina no
programa e o orçamento começa no programa, o que confere a esses documentos uma integração desde
a origem, sem a necessidade, portanto, de buscar-se uma compatibilização entre módulos diversificados.
O programa, como único módulo integrador, e os projetos e as atividades, como instrumento de realiza-
3 Fonte: www.eventos.fecam.org.br

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1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
ção dos programas.

Cada programa deverá conter, no mínimo, objetivo, indicador que quantifique a situação que o programa
tenha por fim modificar e os produtos (bens e serviços) necessários para atingir o objetivo. Os produtos
dos programas darão origem aos projetos e atividades. A cada projeto ou atividade só poderá estar asso-
ciado um produto, que, quantificado por sua unidade de medida, dará origem à meta.

Os programas serão compostos por atividades, projetos e uma nova categoria de programação deno-
minada operações especiais. Essas últimas poderão fazer parte dos programas quando entendido que
efetivamente contribuem para a consecução de seus objetivos. Quando não, as operações especiais não
se vincularão a programas.

A estruturação de programas e respectivos produtos, consubstanciados em projetos e em atividades,


está sendo definida no atual momento, na etapa de validação SOF/SPI e Setoriais, e seu resultado será
disponibilizado para que os órgãos setoriais e as unidades orçamentárias apresentem as suas propostas
orçamentárias.

A despesa pública é executada em três estágios: empenho, liquidação e pagamento.


1º ESTÁGIO – EMPENHO DA DESPESA

- Ordinário – despesas normais

- Estimativa – despesas variáveis

- Global – despesas contratuais e sujeitas a parcelamentos

Empenho é o primeiro estágio da despesa e “é o ato emanado de autoridade competente que cria para o
Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição”. O empenho é prévio, ou
seja, precede a realização da despesa e está restrito ao limite de crédito orçamentário (art. 59). É vedada
a realização da despesa sem prévio empenho (art. 60). A formalização do empenho se dá com a emissão
do pedido de empenho, pelos setores competentes, e devidamente autorizados, no Módulo Financeiro. A
emissão da Nota de Empenho representa uma garantia para o fornecedor ou para o prestador de serviço
contratado pela Administração Pública de que a parcela referente a seu contrato foi bloqueada para hon-
rar os compromissos assumidos. Pode-se deduzir, portanto, que o orçamento é compromissado através
do empenho. O empenho da despesa é o instrumento de utilização de créditos orçamentários.

Entende-se por nota de empenho o documento utilizado para fins de registro da operação de empenho
de uma despesa. Para cada empenho será extraída uma nota de empenho, que indicará o nome do cre-
dor (beneficiário do empenho), a especificação e a importância da despesa.

O empenho para compras, obras e serviços só pode ser emitido após a conclusão da licitação, salvo nos
casos de dispensa ou inexigibilidade, desde que haja amparo legal na legislação que regulamenta as lici-
tações (Lei nº 8.666/93). As despesas só podem ser empenhadas até o limite dos créditos orçamentários
iniciais e adicionais, e de acordo com o cronograma de desembolso da unidade gestora, devidamente
aprovado.

O empenho deverá ser anulado:

• no decorrer do exercício:

– parcialmente, quando seu valor exceder o montante da despesa realizada; ou – totalmente, quando o
serviço contratado não tiver sido prestado, quando o material encomendado não tiver sido entregue ou
quando o empenho tiver sido emitido incorretamente.

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• no encerramento do exercício, quando o empenho referir-se a despesas não liquidadas, salvo aquelas
que se enquadrarem nas condições previstas para a inscrição em restos a pagar.

O valor correspondente ao empenho anulado reverte ao crédito, tornando-se disponível para novo empe-
nho ou descentralização, respeitado o regime de exercício.
2º ESTÁGIO – LIQUIDAÇÃO

A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos
e documentos comprobatórios do respectivo crédito.

A liquidação tem por fim apurar:

- a origem e o objeto do que se deve pagar;

- a importância exata a ser paga e

- a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação

O estágio da liquidação da despesa envolve, portanto, todos os atos de verificação e conferência, desde
a entrada do material ou a prestação do serviço até o reconhecimento da despesa.

A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou por serviços prestados terá por base:

- Contrato, ajuste ou acordo respectivo;

- A nota de empenho;

- Os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.


3º ESTÁGIO – PAGAMENTO

A ordem de pagamento é o despacho exarado pela autoridade competente determinando que a despesa
seja paga.

A ordem de pagamento só poderá ser exarada em documentos processados pelos serviços de contabili-
dade.

O pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria regularmente instituído por estabe-
lecimentos bancários credenciados, ou em casos excepcionais, por meio de adiantamento

Não confundir ordem de pagamento com ordem bancária.A ordem de pagamento é despacho exarado
pela autoridade competente, determinando que a despesa seja paga. Ordem bancária é o documento
emitido através do Siaf, que transfere o recurso financeiro para a conta do credor.

Vale ressaltar que, a Secretaria do Tesouro Nacional considera, durante o exercício financeiro, a despesa
pela sua liquidação, entretanto, para fins de encerramento do exercício financeiro, toda a despesa empe-
nhada e não anulada até 31 de dezembro, será considerada despesa nas demonstrações contábeis.

O exame da despesa pública deve anteceder ao estudo da receita pública, pois não pode mais ser com-
preendida apenas vinculada ao conceito econômico privado, isto é, de que a despesa deva ser realizada
após o cálculo da receita, como ocorre normalmente com as empresas particulares.

Aliás, hoje em dia, os particulares recorrem ao empréstimo sempre que a receita se apresenta deficiente
em relação à despesa.

O Estado tem como objetivo, no exercício de sua atividade financeira, a realização de seus fins, pelo que
procura ajustar a receita à programação de sua política, ou seja, a despesa precede a esta. Tal ocorre
porque o Estado cuida primeiro de conhecer as necessidades públicas ditadas pelos reclamos da comu-

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nidade social, ao contrário do que acontece com o particular, que regula as suas despesas em face de
sua receita.

Deve-se conceituar a despesa pública sob os pontos de vista orçamentário e científico.

Aliomar Baleeiro ensina que a despesa pública, sob o enfoque orçamentário, é “a aplicação de certa
quantia em dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, entro de uma autorização
legislativa, para execução de um fim a cargo do governo”.

Assim a despesa pública é a soma de gastos realizados pelo Estado para a realização de obras e para a
prestação de serviços públicos.

Por outro lado, há o entendimento que, por despesa pública deve-se entender a inversão ou distribuição
de riqueza que as entidades públicas realizam, objetivando a produção dos serviços reclamados para
satisfação das necessidades públicas e para fazer em face de outras exigências da vida pública, as quais
não são chamadas propriamente serviços.
Despesa Pública no Período Clássico e no Período Moderno

No período clássico o Estado realizava o mínimo possível de despesas públicas porque restringia as
suas atividades somente ao desempenho das denominadas atividades essenciais, em razão de ser enca-
rado apenas como consumidor, deixando a maior parte das atividades para o particular.

Assim, a despesa pública tinha apenas a finalidade de possibilitar ao Estado o exercício das menciona-
das atividades básicas.

Mas, nos dias de hoje, ocorre uma análise preponderante da natureza econômica das despesas públi-
cas, que são também utilizadas para outros fins, como o combate ao desemprego. Em suma, no período
clássico das finanças públicas, em razão da prevalência da escola liberal, o Estado procurava comprimir
as despesas aos seus menores limites, e era encarado apenas como consumidor. Tal política se devia à
absoluta supremacia da iniciativa privada e à teoria da imutabilidade das leis financeiras.

As despesas visavam apenas a cobrir os gastos essenciais do governo.

Por outro lado, na concepção moderna das finanças públicas, o Estado funciona como um órgão de
redistribuição da riqueza, concorrendo com a iniciativa privada. O Estado passa a realizar despesas que,
embora não sejam úteis sob o ponto de vista econômico, são úteis sob o ponto de vista da coletividade,
como, por exemplo, as despesas de guerra, vigendo, pois, hoje, a regra de que a necessidade pública
faz a despesa.
Elementos Da Despesa Pública

Os elementos da despesa pública são os seguintes:

a) De natureza econômica: o dispêndio, incidente em um gasto para os cofres do Estado e em consumo


para os beneficiados; a riqueza pública, bem econômico, representada pelo acervo originário das rendas
do domínio privado do Estado e da arrecadação dos tributos;

b) De natureza jurídica: a autorização legal dada pelo poder competente para a efetivação da despe-
sa;

c) De natureza política: a finalidade de satisfação da necessidade pública pelo Estado, o que é feita pelo
processo do serviço público, como medida de sua política financeira.

É universal o princípio de que a escolha do objetivo da despesa pública envolve um ato político, referente

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à determinação das necessidades públicas que deverão ser satisfeitas pelo processo do serviço públi-
co.
Despesa Pública e a Constituição Federal De 88

A Constituição de 1988 demonstra que o constituinte se preocupou com o problema do limite da despesa
pública.

Assim, o art. 169 revela a preocupação do constituinte com a limitação de despesa com pessoal ativo e
inativo da União, dos Estados do Distrito Federal e dos Municípios, que não poderá exceder os limites
estabelecidos em lei complementar.

“Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.

§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e


funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qual-
quer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:

I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal
e aos acréscimos dela decorrentes;

II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas pú-


blicas e as sociedades de economia mista.

§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação aos parâ-
metros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os repasses de verbas federais ou estaduais
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os referidos limites.

§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei
complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as
seguintes providências

I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de con-
fiança;

II - exoneração dos servidores não estáveis.

§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o
cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder
o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o
órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.

§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização correspondente
a um mês de remuneração por ano de serviço.

§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada
a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro
anos

§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto no §
4º.”

Por outro lado, a concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos ou

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alterações de estruturas de carreiras, bem como a admissão de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos
e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, só poderão ser feitas se atendidos os pressupostos constantes dos incisos I e II do art. 169 da
CF.

Por sua vez, o art. 38 do ADCT estabelece que até “a promulgação da lei complementar referida no art.
169, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão despender com o pessoal mais
do que sessenta e cinco por cento do valor das respectivas receitas correntes”.

O parágrafo único do mesmo art. 38 determina que os mencionados entes políticos, quando a respectiva
despesa de pessoal exceder o limite previsto no caput do artigo, deverão retornar àquele limite, reduzin-
do o percentual excedente à razão de um quinto por ano.

Espécies De Despesa Pública

Quanto à forma

a) Despesa em espécie, que constitui hoje a forma usual de sua execução, embora, como já se disse
anteriormente, ainda existam alguns serviços públicos que não são remunerados pelo Estado;

b) Despesa em natureza, forma que predominava na antiguidade mas que hoje está praticamente abo-
lida, embora ainda ocorra, como no caso de indenização pela desapropriação de imóvel rural mediante
títulos da dívida pública com cláusula de correção monetária (CF, art.184);2)

Quanto ao aspecto econômico em geral

a) Despesa real ou de serviço é a efetivamente realizada pelo Estado em razão da utilização de bens e
serviços particulares na satisfação de necessidades públicas, havendo uma amputação desses bens ou
serviços do setor privado em proveito do setor público; corresponde, pois, à vida dos serviços públicos
e à atividade das administrações, caracterizando-se pela contraprestação que é feita em favor do Esta-
do;

b) Despesa de transferência, que é aquela que é efetivada pelo Estado sem que receba diretamente
qualquer contraprestação a seu favor, tendo o propósito meramente redistributivo, já que o dinheiro de
uns se transfere para outros, como, por exemplo, no pagamento de pensões e de subvenções a ativida-
des ou empresas privadas;

Quanto ao ambiente

a) Despesa interna é a feita para atender às necessidades de ordem interna do país e se realiza em
moeda nacional e dentro do território nacional;

b) Despesa externa, que se realiza fora do país, em moeda estrangeira e visa a liquidar dívidas exter-
nas;

Quanto à duração

a) Despesa ordinária, que visa a atender às necessidades públicas estáveis, permanentes e periodica-
mente previstas no orçamento, constituindo mesmo uma rotina no serviço público, como, por exemplo, a
despesa relativa ao pagamento do funcionalismo público;

b) Despesa extraordinária, que objetiva satisfazer necessidades públicas acidentais, imprevisíveis e, por-
tanto, não constantes do orçamento, não apresentando, por outro lado, regularidade em sua verificação,
e estão mencionadas na Constituição Federal (art. 167, §3º) como sendo as despesas decorrentes de

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guerra, comoção interna ou calamidade pública, que por serem urgentes e inadiáveis não podem esperar
o processo prévio da autorização legal;

c) Despesa especial, que tem por finalidade permitir o atendimento de necessidades públicas novas,
surgidas no decorrer do exercício financeiro e, portanto, após a aprovação do orçamento, embora não
apresentem as características de imprevisibilidade e urgência; assim, dependem de prévia lei para a sua
efetivação, sendo de se citar, como exemplo, a despesa que o Estado é obrigado a fazer em decorrência
de sentença judicial;

Quanto à importância de que se revestem

a) Despesa necessária é aquela intransferível em face da necessidade pública, sendo sua efetivação
provocada pela coletividade;

b) Despesa útil é aquela que, embora não seja reclamada pela coletividade e não vise a atender necessi-
dades públicas prementes,é feita pelo Estado para produzir uma utilidade à comunidade social, como as
despesas de assistência social; portanto, à luz deste critério, não se pode falar em despesa inútil, e mes-
mo as despesas de guerra podem produzir uma utilidade, como a independência nacional e a realização
de unidade nacional, podendo, inclusive; esta utilidade ser de caráter econômico, pois o Estado quando
evita ou limita uma invasão ao seu território, impede ou diminui um prejuízo econômico.

Quanto aos efeitos econômicos

a) Despesa produtiva, que, além de satisfazer necessidades públicas, enriquece o patrimônio do Esta-
do ou aumenta a capacidade econômica do contribuinte, como as despesas referentes à construção de
portos, estradas de ferro, etc.;

b) Despesa improdutiva é aquela que não gera um benefício de ordem econômica em favor da coletivida-
de;

Quanto à mobilidade

a) Despesa fixa é aquela que consta do orçamento e é obrigatória pela Constituição, não podendo ser
alterada a não ser por uma lei anterior, e não pode deixar de ser efetivada pelo Estado;

b) Despesa variável é aquela que não é obrigatória pela Constituição, sendo limitativa, isto é, o Poder
Executivo fica obrigado a respeitar seu limite, mas não imperativa; daí o Estado ter a faculdade de rea-
lizá-la ou não, dependendo de seus critérios administrativo e de oportunidade, sendo de se citar, como
exemplo, um auxílio pecuniário em favor de uma instituição de caridade, não gerando, por outro lado,
direito subjetivo em favor do beneficiário;

Quanto à competência

a) Despesa federal, que visa a atender a fins e serviços da União Federal, em cujo orçamento está con-
signada;

b) Despesa estadual, que objetiva atender a fins e serviços do Estado, estando fixada em seu orçamen-
to;

c) Despesa municipal, que tem por finalidade atender a fins e serviços do Município, sendo consignada
no orçamento municipal;

Quanto ao fim

a) Despesa de governo é a despesa pública própria e verdadeira, pois se destina à produção e à ma-

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nutenção do serviço público, estando enquadrados nesta categoria os gastos com os pagamentos dos
funcionários, militares, magistrados, etc., à aplicação de riquezas na realização de obras públicas e em-
prego de materiais de serviçoe à conservação do domínio público;

b) Despesa de exercício é a que se destina à obtenção e utilização da receita, como a despesa para a
administração do domínio fiscal (fiscalização de terras, de bosques, das minas, manutenção de fábricas,
etc.) e para a administração financeira (arrecadação e fiscalização de receitas tributárias, serviço de dívi-
da pública, com o pagamento dos juros e amortização dos empréstimos contraídos).

Classificação da Lei nº4.320/64

Finalmente, deve ser mencionada a classificação adotada pela Lei nº 4.320, de 17/03/64, que estatui
normas de direito financeiro para a elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, Estados,
Municípios e Distrito Federal, tendo a referida lei procedido à classificação com base nas diversas cate-
gorias econômicas da despesa pública:

I) Despesas correntes são aquelas que não enriquecem o patrimônio público e são necessárias à execu-
ção dos serviços públicos e à vida do Estado, sendo, assim, verdadeiras despesas operacionais e econo-
micamente improdutivas:

a) Despesas de custeio são aquelas que são feitas objetivando assegurar o funcionamento dos serviços
públicos, inclusive às destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis, re-
cebendo o Estado, em contraprestação, bens e serviços (art. 12, §12, e art. 13): Pessoal civil - Pessoal
militar - Material de consumo - Serviços de terceiros - Encargos diversos.

b) Despesas de transferências correntes são as que se limitam a criar rendimentos para os indivíduos,
sem qualquer contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções
destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado, compreendendo
todos os gastos sem aplicação governamental direta dos recursos de produção nacional de bens e ser-
viços (art. 12, § 2º, Ebert. 13): Subvenções sociais - Subvenções econômicas – Inativos – Pensionistas -
Salário-família e Abono familiar - Juros da dívida pública - Contribuições de Previdência Social - Diversas
transferências correntes.

II) Despesas de capital são as que determinam uma modificação do patrimônio público através de seu
crescimento,sendo, pois, economicamente produtivas, e assim se dividem:

a) Despesas de investimentos são as que não revelam fins reprodutivos (art. 12, § 42, e art. 13): Obras
públicas - Serviços em regime de programação especial - Equipamentos e instalações - Material per-
manente -Participação em constituição ou aumento de capital de empresas ou entidades industriais ou
agrícolas.

b) Despesas de inversões financeiras são as que correspondem a aplicações feitas pelo Estado e sus-
cetíveis de lhe produzir rendas (art. 12, § 5º, e art. 13): - Aquisição de imóveis - Participação em consti-
tuição ou aumento de capital de empresas ou entidades comerciais ou financeiras - Aquisição de títulos
representativos de capital de empresas em funcionamento - Constituição de fundos rotativos - Conces-
são de empréstimos - Diversas inversões financeiras.

c) Despesas de transferências de capital são as que correspondem a dotações para investimentos ou in-
versões financeiras a serem realizadas por outras pessoas jurídicas de direito público ou de direito priva-
do, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências

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auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da lei de orçamento ou de lei especial anterior,
bem como dotações para amortização da dívida pública (art. 12, § 6º, e art. 13):

- Amortização da dívida pública

- Auxílios para obras públicas

- Auxílios para equipamentos e instalações

- Auxílios para inversões financeiras

- Outras contribuições.
Princípios Da Legalidade Da Despesa Pública

Noções Gerais

A despesa pública somente pode ser realizada mediante prévia autorização legal, conforme prescrevem
os arts. 165, § 8º, e 167, I, II, V, VI e VII da Constituição Federal.

Tal regra aplica-se inclusive às despesas que são objeto de créditos adicionais e visam a atender a ne-
cessidades novas, não previstas (créditos especiais), ou insuficientemente previstas no orçamento (crédi-
tos suplementares), em razão do disposto no art. 167, V, da CF.

As Despesas Ordinárias

São aquelas que visam a atender a necessidades públicas estáveis, permanentes, que têm um caráter
de periodicidade, e sejam previstas e autorizadas no orçamento, como o pagamento do funcionalismo
público.

Daí, se tais despesas não foram previstas, ou foram insuficientemente previstas, a sua execução depen-
derá também da prévia autorização do Poder Legislativo.

Tal exigência justifica-se plenamente, pois caso o Poder Executivo pudesse livremente aumentar as
despesas a votação do orçamento pelo Poder Legislativo não passaria, segundo Gaston Jèze, de uma
formalidade meramente ilusória.

As Despesas Extraordinárias

A exigência da prévia autorização legal não se aplica a estas, porque sendo urgentes e imprevisíveis,
não admitem delongas na sua satisfação, como as decorrentes de calamidade pública, comoção interna
e guerra externa (CF, art. 167, § 3º).

Nestes casos, a autoridade realizará a despesa, cabendo ao Poder Legislativo ratificá-la ou não (Lei nº
4.320/64, art. 44).

Observe-se que a autoridade pública deve ter muito cuidado na efetivação de tais despesas, uma vez
que ficará sujeita a sanções, caso realize uma despesa considerando-a como extraordinária, sem que a
necessidade pública atendida se revista das características exigidas.

Como um corolário do princípio da legalidade da despesa pública, a autoridade somente pode efetivar a
despesa se for competente para tal e se cinja ao limite e fim previstos na lei.

Despesas de Exercícios Anteriores

O assunto está regulado pelo art. 37 da Lei nº 4.320/64, regulamentada pelo Decreto nº 93.872, de
23/12/86, que incorporou os conceitos do Decreto nº 62.115, de 15/01/68.

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Além desse dispositivo, cada ente da Federação poderá regulamentar a matéria visando atender às suas
peculiaridades, desde que, é evidente, observe os limites traçados pelo Diploma Legal.

Conceito

Despesas de Exercícios Anteriores são as dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios


financeiros anteriores àqueles em que ocorreram os pagamentos.

O regime de competência exige que as despesas sejam contabilizadas conforme o exercício a que per-
tençam, ou seja, em que foram geradas. Se uma determinada despesa tiver origem, por exemplo, em
1987 e só foi reconhecida e paga em 1989, a sua contabilização deverá ser feita à “Conta de Despesas
de Exercícios Anteriores” para evidenciar o regime do exercício.

Ocorrência

Poderão ser pagas à conta de despesas de exercício anteriores, mediante autorização do ordenador de
despesa, respeitada a categoria econômica própria:

a) as despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito pró-
prio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria; assim enten-
didas aquelas cujo empenho tenha sido considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercí-
cio correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação;

b) os restos a pagar com prescrição interrompida; retomando a situação descrita no item precedente, na
hipótese de o administrador público, entretanto, optar por manter o empenho correspondente, inscre-
vendo-o em restos a pagar, também é possível, por razões diversas, que o fornecedor não implemente a
prestação que se obrigou durante todo o transcorrer do exercício seguinte. Nessa hipótese, o administra-
dor público poderá cancelar o valor inscrito.

Se assim ocorrer, o valor que vier a ser reclamado no futuro pelo fornecedor, também poderá ser reem-
penhado à conta de Despesas de Exercícios Anteriores ; e

c) os compromissos decorrentes de obrigação de pagamento criada em virtude de lei e reconhecidos


após o encerramento do exercício - em dadas situações, alguns compromissos são reconhecidos pelo
administrador público após o término do exercício em que foram gerados. Um bom exemplo dessas si-
tuações é o caso de um servidor público cujo filho tenha nascido em dezembro de um ano qualquer mas
que somente veio a solicitar o benefício do salário-família em janeiro do ano subsequente. Para proceder
ao pagamento das despesas relativas ao mês de dezembro, é preciso, primeiramente, reconhecê-las e,
após, empenhá-las à conta de Despesas de Exercícios Anteriores. Tais despesas, portanto, sofrem o em-
penho pela primeira vez, diferentemente das outras duas situações apontadas, cujos objetos já sofreram
empenhos no passado. Quanto às despesas relativas ao mês de janeiro e seguintes, serão empenhadas
no elemento de despesa correspondente.

Pode-se citar como exemplo dessa última situação: o caso de um servidor, cujo filho tenha nascido em
setembro e somente requereu o benefício do salário-família em março do ano seguinte. As despesas
referentes aos meses de setembro a dezembro irão à conta de despesas de exercícios anteriores, clas-
sificados, como de transferências correntes; as dos demais meses no elemento de despesa próprio. A
promoção de um funcionário com data retroativa e que alcance anos anteriores ao exercício financeiro,
também é caso de despesa de exercícios anteriores.

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Formalização

Constituem elementos próprios e essenciais à instrução do processo relativo a despesas de exercícios


anteriores, para fins de autorização do pagamento:

a) nome do credor, CGC/CPF e endereço;

b) importância a pagar;

c) data do vencimento do compromisso;

d) causa da inobservância do empenho prévio de despesa;

e) indicação do nome do ordenador da despesa à época do fato gerador do compromisso; e

f) reconhecimento expresso do atual ordenador de despesa.

Prescrição

As dívidas de exercícios anteriores, que dependam de requerimento do favorecido, prescrevem em 05


(cinco) anos, contados da data do ato ou fato que tiver dado origem ao respectivo direito.

O início do período da dívida corresponde à data constante do fato gerador do direito, não devendo ser
considerado, para fins de prescrição quinquenal, o tempo de tramitação burocrática e o de providências
administrativas a que estiver sujeito o processo.

Consoante doutrina dominante, o dispositivo em causa foi inserido no texto da referida lei a fim de se
tentar coibir a prática (comum entre nós) de, a cada virada de mandato, os governantes transferirem para
seus sucessores dívidas constituídas no último ano de seus mandatos. A partir da Lei de Responsabi-
lidade Fiscal, mencionada prática, a princípio, deveria ter sido obstada ante à proibição legal. Dizemos
“deveria” porque o que se observa é que muitos governantes, a fim de fugirem ao regramento em refe-
rência, passaram a incorporar a prática (nociva) de cancelar os empenhos emitidos em sua gestão dei-
xando tão-somente, no último ano de seus mandatos, aqueles com suficiente disponibilidade financeira.
Com tal prática, acabam “atendendo” ao comando legal, mas continuando a transferir as dívidas por eles
constituídas a seus sucessores.

Manual Técnico de Orçamento: itens 1 a 4 e 7.

Manual Técnico do Orçamento - MTO 2022

1. SISTEMA DE PLANEJAMENTO E DE ORÇAMENTO FEDERAL

1.1 FINALIDADES

Art. 2o O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal tem por finalidade:

I - formular o planejamento estratégico nacional;

II - formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social;

III - formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;

IV - gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal;

V - promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando a compatibili-

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zação de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, estadual, distrital e munici-
pal.

Art. 3o O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal compreende as atividades de elaboração,


acompanhamento e avaliação de planos, programas e orçamentos, e de realização de estudos e pesqui-
sas sócio-econômicas.

Art. 4o Integram o Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal:

I - o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, como órgão central;

II - órgãos setoriais;

III - órgãos específicos.

§ 1o Os órgãos setoriais são as unidades de planejamento e orçamento dos Ministérios, da Advocacia-


-Geral da União, da Vice-Presidência e da Casa Civil da Presidência da República.*

§ 2o Os órgãos específicos são aqueles vinculados ou subordinados ao órgão central do Sistema, cuja
missão está voltada para as atividades de planejamento e orçamento.

§ 3o Os órgãos setoriais e específicos ficam sujeitos à orientação normativa e à supervisão técnica do


órgão central do Sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa esti-
verem integrados.

§ 4o As unidades de planejamento e orçamento das entidades vinculadas ou subordinadas aos Ministé-


rios e órgãos setoriais ficam sujeitas à orientação normativa e à supervisão técnica do órgão central e
também, no que couber, do respectivo órgão setorial.

§ 5o O órgão setorial da Casa Civil da Presidência da República tem como área de atuação todos os
órgãos integrantes da Presidência da República, ressalvados outros determinados em legislação especí-
fica.

Art. 5o Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros Poderes, as unidades respon-
sáveis pelos seus orçamentos ficam sujeitas à orientação normativa do órgão central do Sistema.

Art. 6o Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros Poderes e órgãos da Adminis-
tração Pública Federal, os órgãos integrantes do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal e
as unidades responsáveis pelo planejamento e orçamento dos demais Poderes realizarão o acompanha-
mento e a avaliação dos planos e programas respectivos.

* Conforme o § 1º, art. 3º e o art. 51, da Lei 13.848, de 25 de junho de 2019, as agências reguladoras e
o Conselho Administrativo de Defesa Econômica correspondem a órgãos setorial do Sistema de Planeja-
mento e Orçamento Federal.

1.2. PAPEL DOS AGENTES DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E DE ORÇAMENTO FEDERAL

1.2.1. SECRETARIA DE ORÇAMENTO FEDERAL

O trabalho desenvolvido pela SOF, no cumprimento de sua missão institucional, tem sido norteado por
um conjunto de competências, descritas no art. 57 do Anexo I do Decreto nº 9.745, de 08 de abril de
2019, e suas alterações, e amparado no art. 8º da Lei nº 10.180, de 2001, assim relacionadas:

Art. 57. À Secretaria de Orçamento Federal compete:

I - coordenar, consolidar e supervisionar a elaboração da lei de diretrizes orçamentárias e da proposta

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orçamentária da União, compreendidos os orçamentos fiscal e da seguridade social;

II - estabelecer as normas necessárias à elaboração e à implementação dos orçamentos federais sob sua
responsabilidade;

III - acompanhar a execução orçamentária, sem prejuízo da competência atribuída a outros órgãos;

IV - elaborar estudos e pesquisas concernentes ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento do processo


orçamentário federal;

V - orientar, coordenar e supervisionar tecnicamente os órgãos setoriais de planejamento e orçamento;

VI - exercer a supervisão da Carreira de Analista de Planejamento e Orçamento, em articulação com as


demais unidades interessadas, observadas as diretrizes do Comitê de Gestão das Carreiras do Ministério
da Economia;

VII - estabelecer as classificações orçamentárias da receita e da despesa;

VIII - acompanhar e avaliar o andamento da despesa pública e de suas fontes de financiamento e desen-
volver e participar de estudos econômico-fiscais destinados ao aperfeiçoamento do processo de alocação
de recursos;

IX - acompanhar, avaliar e elaborar estudos sobre as políticas públicas e a estrutura do gasto público;

X - acompanhar e propor, no âmbito de sua competência, normas reguladoras e disciplinadoras relativas


às políticas públicas em suas diferentes modalidades;

XI - avaliar o gasto público, os seus impactos sobre indicadores econômicos e sociais e propor medidas
para o seu aperfeiçoamento, em articulação com outros órgãos;

XII - desenvolver ações destinadas à apuração da eficiência, da eficácia e da efetividade dos gastos pú-
blicos diretos da União;

XIII - avaliar os programas do Governo federal;

XIV - orientar e supervisionar a elaboração, a implementação, o monitoramento e a avaliação do plano


plurianual, em consonância com o Novo Regime Fiscal;

XV - promover a articulação com órgãos públicos, setor privado e entidades não governamentais envolvi-
dos nas competências da Secretaria;

XVI - elaborar subsídios para formulação de políticas públicas de longo prazo destinadas ao desenvolvi-
mento nacional; e

XVII - estabelecer diretrizes e normas, e supervisionar a elaboração, a implementação, o monitoramento,


a revisão e a avaliação do plano plurianual.

Essa missão pressupõe uma constante articulação com os agentes envolvidos na tarefa de elaboração
das propostas orçamentárias setoriais das diversas instâncias da Administração Pública Federal e dos
demais Poderes da União.

1.2.2. ÓRGÃO SETORIAL

O órgão setorial desempenha o papel de articulador no âmbito da sua estrutura, coordenando o processo
decisório no nível subsetorial (UO). Sua atuação no processo orçamentário envolve:

estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração e alterações orçamentárias;

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definição e divulgação de instruções, normas e procedimentos a serem observados no âmbito do órgão
durante o processo de elaboração e alteração orçamentária;

avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das alterações necessárias;

coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das informações constantes do cadastro de


programas e ações;

fixação, de acordo com as prioridades setoriais, dos referenciais monetários para apresentação das
propostas orçamentárias e dos limites de movimentação e empenho e de pagamento de suas respectivas
UO;

análise e validação das propostas e das alterações orçamentárias de suas UOs; e

consolidação e formalização da proposta e das alterações orçamentárias do órgão.

1.2.3. UNIDADE ORÇAMENTÁRIA

As UOs, apesar de não integrarem o Sistema de Planejamento e Orçamento previsto no caput do art. 4º
da Lei nº 10.180, de 2001, ficam sujeitas à orientação normativa e à supervisão técnica do órgão cen-
tral e também, no que couber, do respectivo órgão setorial, e desempenham o papel de coordenação do
processo de elaboração da proposta orçamentária no seu âmbito de atuação, integrando e articulando o
trabalho das suas unidades administrativas, tendo em vista a consistência da programação de sua unida-
de.

As UOs são responsáveis pela apresentação da programação orçamentária detalhada da despesa por
programa, ação e subtítulo. Sua atuação no processo orçamentário compreende:

estabelecimento de diretrizes no âmbito da UO para elaboração da proposta e alterações orçamentá-


rias;

estudos de adequação da estrutura programática;

formalização, ao órgão setorial, da proposta de alteração da estrutura programática sob a responsabilida-


de de suas unidades administrativas;

coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das informações constantes do cadastro de


ações orçamentárias;

fixação dos referenciais monetários para apresentação das propostas orçamentárias e dos limites de mo-
vimentação e empenho e de pagamento de suas respectivas unidades administrativas;

análise e validação das propostas orçamentárias das unidades administrativas; e

consolidação e formalização de sua proposta orçamentária.

2. CONCEITOS ORÇAMENTÁRIOS

2.1. DIREITO FINANCEIRO E DIREITO TRIBUTÁRIO

O Direito Financeiro tem por objeto a disciplina jurídica de toda a atividade financeira do Estado e abran-
ge receitas, despesas e créditos públicos. O Direito Tributário tem por objeto específico a disciplina jurídi-
ca de uma das origens da receita pública: o tributo.

As normas básicas referentes ao Direito Financeiro e ao Tributário encontram-se naCF; na Lei nº 4.320,
de 17 de março de 1964; na Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - CTN; na Lei Complementar nº 101,
de 4 de maio de 2000 - LRF; e no Decreto nº 93.872, de 24 de dezembro de 1986.

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Os incisos I e II do art.24 daCF, a seguir, estabelecem competência concorrente para legislar sobre o
assunto:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;

II - orçamento.

2.2. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

Os princípios orçamentários visam estabelecer regras básicas, a fim de conferir racionalidade, eficiência
e transparência aos processos de elaboração, execução e controle do orçamento público. Válidos para
todos os Poderes e para todos os entes federativos - União, Estados, Distrito Federal e Municípios -, são
estabelecidos e disciplinados tanto por normas constitucionais e infraconstitucionais quanto pela doutri-
na.

Nesse sentido, integram este Manual Técnico de Orçamento princípios orçamentários cuja existência e
aplicação decorrem de normas jurídicas.

2.2.1.UNIDADE OU TOTALIDADE

De acordo com este princípio, o orçamento deve ser uno, ou seja, cada ente governamental deve elabo-
rar um único orçamento. Este princípio é mencionado no caput do art. 2º da Lei nº 4.320, de 1964, e visa
evitar múltiplos orçamentos dentro da mesma pessoa política. Dessa forma, todas as receitas previstas
e despesas fixadas, em cada exercício financeiro, devem integrar um único documento legal dentro de
cada nível federativo: LOA.

Cada ente da Federação elaborará a sua própria LOA.

2.2.2. UNIVERSALIDADE

Segundo este princípio, a LOA de cada ente federado deverá conter todas as receitas e as despesas de
todos os Poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo poder público. Este
princípio é mencionado no caput do art. 2º da Lei nº 4.320, de 1964, recepcionado e normatizado pelo §
5º do art. 165 da CF.

2.2.3. ANUALIDADE OU PERIODICIDADE

Conforme este princípio, o exercício financeiro é o período de tempo ao qual se referem a previsão das
receitas e a fixação das despesas registradas na LOA. Este princípio é mencionado no caput do art. 2º
da Lei nº 4.320, de 1964. Segundo o art. 34 dessa lei, o exercício financeiro coincidirá com o ano civil (1º
de janeiro a 31 de dezembro).

2.2.4. EXCLUSIVIDADE

O princípio da exclusividade, previsto no § 8º do art. 165 da CF, estabelece que a LOA não conterá dispo-
sitivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa.Ressalvam-se dessa proibição a autorização
para abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por Anteci-
pação de Receitas Orçamentárias - ARO, nos termos da lei.

2.2.5 ORÇAMENTO BRUTO

O princípio do orçamento bruto, previsto no art. 6º da Lei nº 4.320, de 1964, preconiza o registro das
receitas e despesas na LOA pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções.

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2.2.6 NÃO VINCULAÇÃO DA RECEITA DE IMPOSTOS

Estabelecido pelo inciso IV do art. 167 da CF, este princípio veda a vinculação da receita de impostos a
órgão, fundo ou despesa, salvo exceções estabelecidas pela própria CF:

Art. 167. São vedados:

[…]

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produ-


to da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as
ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de
atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, §2o , 212 e
37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art.
165, §8o , bem como o disposto no §4o deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional no 42,
de 19.12.2003);

[…]

§4o É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155
e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia
ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. (Incluído pela Emenda Constitu-
cional no 3, de 1993).

3 CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA

3.1.INTRODUÇÃO

O orçamento é instrumento de planejamento de qualquer entidade, seja pública ou privada, e representa


o fluxo previsto dos ingressos e das aplicações de recursos em determinado período.

A matéria pertinente à receita é disciplinada, em linhas gerais, pelos arts. 2º, 3º, 6º, 9º, 11, 35, 56 e 57 da
Lei nº 4.320, de 1964.

Em sentido amplo, receitas públicas são ingressos de recursos financeiros nos cofres do Estado, que
se desdobram em receitas orçamentárias, quando representam disponibilidades de recursos financeiros
para o erário, e ingressos extraorçamentários, quando representam apenas entradas compensatórias.

Em sentido estrito, são públicas apenas as receitas orçamentárias.

Observa-se que este Manual Técnico de Orçamento adota a definição no sentido estrito; dessa forma,
quando houver citação ao termo “receita pública”, implica referência às “receitas orçamentárias”.

3.1.1 INGRESSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS

Recursos financeiros que apresentam caráter temporário e não integram a LOA. O Estado é mero depo-
sitário desses recursos, que constituem passivos exigíveis e cujas restituições não se sujeitam à autori-
zação legislativa. Exemplos: Depósitos em Caução, Fianças, Operações de Crédito por ARO, emissão de
moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros.

Operações de crédito, via de regra, classificam-se como receita orçamentária. Operações de Crédito por

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Antecipação de Receita Orçamentária (ARO) são uma exceção à regra dessas operações. Classificam-se
como ingresso extraorçamentário, conforme o art. 3º da Lei nº 4.320, de 1964, por não representarem
novas receitas ao orçamento. A matéria pertinente à ARO é disciplinada, em linhas gerais, pelo art. 38 da
Lei nº 101, de 2000 - LRF, pelo parágrafo único do art. 3º da Lei nº 4.320, de 1964, e pelos arts. 165, §8º,
e 167, X, da CF.

3.1.2 RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

Disponibilidades de recursos financeiros que ingressam durante o exercício e constituem elemento novo
para o patrimônio público. Instrumento por meio do qual se viabiliza a execução das políticas públicas,
a receita orçamentária é fonte de recursos utilizada pelo Estado em programas e ações cuja finalidade
precípua é atender às necessidades públicas e demandas da sociedade.

Essas receitas pertencem ao Estado, integram o patrimônio do Poder Público, aumentam-lhe o saldo
financeiro e, via de regra, por força princípio da universalidade, estão previstas na LOA.

Nesse contexto, embora haja obrigatoriedade de a LOA registrar a previsão de arrecadação das receitas,
a mera ausência formal desse registro não lhes retira o caráter orçamentário, haja vista o art. 57 da Lei
nº 4.320, de 1964,classificar como receita orçamentária toda receita arrecadada que represente ingresso
financeiro orçamentário, inclusive a proveniente de operações de crédito, com exceção das operações de
crédito por ARO, conforme citado no item 3.1.1.

3.2 CLASSIFICAÇÕES DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA

A classificação da receita orçamentária, a exemplo do que ocorre na despesa, é de utilização obrigatória


por todos os entes da Federação, sendo facultado o seu desdobramento para atendimento das respec-
tivas necessidades. Sobre o assunto, as receitas orçamentárias são classificadas segundo os seguintes
critérios:

1. natureza de receita;

2. indicador de resultado primário;

3. fonte/destinação de recursos; e

4. esfera orçamentária.

OBSERVAÇÃO:

Receitas Originárias e Receitas Derivadas

A doutrina classifica as receitas públicas, quanto à procedência, em originárias e derivadas. Essa classi-
ficação possui uso acadêmico e não é normatizada; portanto, não é utilizada como classificador oficial da
receita pelo poder público.

Receitas públicas originárias, segundo a doutrina, são as arrecadadas por meio da exploração de ativida-
des econômicas pela Administração Pública. Resultam, principalmente, de rendas do patrimônio mobiliá-
rio e imobiliário do Estado (receita de aluguel), de preços públicos, de prestação de serviços comerciais e
de venda de produtos industriais ou agropecuários.

Receitas públicas derivadas, segundo a doutrina, são as obtidas pelo poder público por meio da sobe-
rania estatal. Decorrem de norma constitucional ou legal e, por isso, são auferidas de forma impositiva,
como, por exemplo, as receitas tributárias e as de contribuições especiais.

OBS.: Preço público e tarifa são sinônimos.

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3.2.1. CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DE RECEITA

A classificação orçamentária por natureza de receita é estabelecida pelo § 4º do art. 11 da Lei nº 4.320,
de 1964. No âmbito da União, sua codificação é normatizada por meio de Portaria da SOF, órgão do Mi-
nistério da Economia. A normatização da codificação válida para Estados e Municípios é feita por meio de
Portaria Ministerial (SOF e STN).

Importante destacar que a classificação da receita por natureza [tabela no item 10.1.1] é utilizada por to-
dos os entes da Federação e visa identificar a origem do recurso segundo o fato gerador: acontecimento
real que ocasionou o ingresso da receita nos cofres públicos.

A codificação das Naturezas de Receita em vigor para a União aplica lógica integralmente voltada para
a gestão das receitas orçamentárias. Os códigos são estruturados de forma a proporcionar extração de
informações imediatas, a fim de prover celeridade, simplicidade e transparência, sem a necessidade de
qualquer procedimento paralelo para concatenar dados. Essa é a premissa que pauta a estrutura de co-
dificação da classificação orçamentária.

A estrutura da codificação cria possibilidade de associar, de forma imediata, a receita principal com aque-
las dela originadas: Multas e Juros, Dívida Ativa, Multas e Juros da Dívida Ativa. A associação é efetuada
por meio de um código numérico de 8 dígitos, cujas posições ordinais têm o seguinte significado:

Quando, por exemplo, o imposto de renda pessoa física é recolhido, aloca-se a receita pública corres-
pondente na natureza de receita código “1.1.1.3.01.1.1“, segundo o esquema a seguir:

Como se depreende do nível de detalhamento apresentado, a classificação por natureza é a de nível


mais analítico da receita; por isso, auxilia na elaboração de análises econômico-financeiras sobre a atua-
ção estatal.

3.2.1.1. Categoria econômica

Quanto à categoria econômica [tabelas nos itens 10.1.1 e 10.1.2], os §§ 1º e 2º do art. 11 da Lei nº 4.320,
de 1964, classificam as receitas orçamentárias em Receitas Correntes (código 1) e Receitas de Capital
(código 2):

1 - Receitas Correntes: são arrecadadas dentro do exercício, aumentam as disponibilidades financeiras


do Estado, em geral com efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido.

De acordo com o § 1º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, classificam-se como correntes as receitas
provenientes de tributos; de contribuições; da exploração do patrimônio estatal (Patrimonial); da explora-
ção de atividades econômicas (Agropecuária, Industrial e de Serviços); de recursos financeiros recebidos

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de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis
em Despesas Correntes (Transferências Correntes); e demais receitas que não se enquadram nos itens
anteriores (Outras Receitas Correntes).

2 - Receitas de Capital: aumentam as disponibilidades financeiras do Estado. Porém, de forma diversa


das Receitas Correntes, as Receitas de Capital não provocam efeito sobre o Patrimônio Líquido.

De acordo com o § 2º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, com redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.939,
de 20 de maio de 1982, Receitas de Capital são as provenientes de: realização de recursos financeiros
oriundos da constituição de dívidas; conversão, em espécie, de bens e direitos; recebimento de recursos
de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinados a atender Despesas de Capital; e,
superávit do Orçamento Corrente.

OBSERVAÇÃO:

Receitas de Operações Intraorçamentárias

Operações intraorçamentárias são aquelas realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração
Pública integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social do mesmo ente federativo. Não repre-
sentam novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas remanejamento de receitas
entre seus órgãos. As receitas intraorçamentárias são contrapartida de despesas classificadas na mo-
dalidade de aplicação 91 - Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades
Integrantes do Orçamento Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social, que, devidamente identificadas,
evitam a dupla contagem na consolidação das contas governamentais.

Assim, a Portaria Interministerial STN/SOF nº 338, de 26 de abril de 2006, que alterou a Portaria Inter-
ministerial STN/SOF nº 163, de 2001, incluiu as Receitas Correntes Intraorçamentárias e Receitas de
Capital Intraorçamentárias representadas, respectivamente, pelos códigos 7 e 8 em suas categorias
econômicas. Essas classificações não constituem novas categorias econômicas de receita, mas apenas
especificações das categorias econômicas Receitas Correntes e Receitas de Capital.

Dessa forma, os códigos a serem utilizados seriam:

CÓDIGO CATEGORIA ECONÔ-


MICA
1 Receitas Correntes

7 Receitas Correntes In-


traorçamentárias
2 Receitas de Capital

8 Receitas de Capital
Intraorçamentárias

3.2.1.2. Origem

A origem é o detalhamento das categorias econômicas Receitas Correntes e Receitas de Capital, com
vistas a identificar a procedência das receitas no momento em que ingressam nos cofres públicos.

A atual codificação amplia o escopo de abrangência do conceito de origem e passa a explorá-lo na se-
quência lógico-temporal na qual ocorrem naturalmente atos e fatos orçamentários codependentes. Nesse
contexto, considera que a arrecadação das receitas ocorre de forma concatenada e sequencial no tempo,
sendo que, por regra, existem arrecadações inter-relacionadas que dependem da existência de um fato

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gerador inicial a partir do qual, por decurso de prazo sem pagamento, originam-se outros, na ordem lógi-
ca dos acontecimentos jurídicos:

a) primeiro, o fato gerador da Receita Orçamentária Propriamente Dita, que ocorre quando da subsunção
do fato, no mundo real, à norma jurídica;

b) segundo, a obrigação de recolher multas e juros incidentes sobre a Receita Orçamentária Propriamen-
te Dita, cujo fato gerador é o decurso do prazo estipulado por lei para pagamento, sem que isso tenha
ocorrido. (Esse fato gerador depende, nos primórdios – na origem –, da existência da Receita Orçamen-
tária Propriamente Dita);

c) terceiro, a obrigação de pagar a dívida ativa referente à Receita Orçamentária Propriamente Dita e às
multas e aos juros dessa receita, cujo fato gerador é a inscrição em dívida ativa, que decorre do trans-
curso de novo prazo e da permanência do não pagamento da receita e das multas e juros que lhe são
afetos. (Novamente, ao remetermos para o início do processo – a origem – há dependência da existência
do fato gerador primeiro, inicial: a existência da Receita Orçamentária Propriamente Dita); e

d) quarto, a obrigação de recolher multas e juros incidentes sobre a dívida ativa da Receita Orçamentária
Propriamente Dita, cujo fato gerador é o decurso do prazo estipulado por lei para pagamento da dívida
ativa, sem que o pagamento tenha ocorrido. (Ao buscar-se o marco inicial dessa obrigação, conclui-
-se, novamente, que, na origem, há dependência da existência da Receita Orçamentária Propriamente
Dita).

Nesse diapasão, ressalte-se que o ponto de partida – a origem – de todo o processo relatado no parágra-
fo anterior foi a existência da Receita Orçamentária Propriamente Dita, e as demais arrecadações que se
originaram a partir do não pagamento dessa receita foram, na sequência temporal dos acontecimentos:
multas e juros da receita, dívida ativa da receita e multas e juros da dívida ativa da receita. O raciocínio
estruturado acima explora o fato de que se a existência de multas, juros, dívida ativa e multas e juros da
dívida ativa decorrem do não pagamento da Receita Orçamentária Propriamente Dita dentro dos prazos
estabelecidos em lei, então dependem da existência dessa receita e nela tiveram origem.

Os códigos da origem para as Receitas Correntes e de Capital são:

Categoria Econômica (1º Dígito) Origem (2º Dígito)

1. Receitas Correntes

7. Receitas Correntes Intraorçamentárias 1. Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria

2. Contribuições

3. Receita Patrimonial

4. Receita Agropecuária

5. Receita Industrial

6. Receita de Serviços

7. Transferências Correntes

9. Outras Receitas Correntes

2. Receitas de Capital

8. Receitas de Capital Intraorçamentárias 1. Operações de Crédito

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2. Alienação de Bens

3. Amortização de Empréstimos

4. Transferências de Capital

9. Outras Receitas de Capital

Origens que compõem as Receitas Correntes:

Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria: são decorrentes da arrecadação dos tributos previstos no
art. 145 da Constituição Federal.

Contribuições: são oriundas das contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de inte-
resse das categorias profissionais ou econômicas, conforme preceitua o art. 149 da CF.

Receita Patrimonial: são provenientes da fruição de patrimônio pertencente ao ente público, tais como as
decorrentes de aluguéis, dividendos, compensações financeiras/royalties, concessões, entre outras.

Receita Agropecuária: receitas de atividades de exploração ordenada dos recursos naturais vegetais em
ambiente natural e protegido. Compreende as atividades de cultivo agrícola, de cultivo de espécies flo-
restais para produção de madeira, celulose e para proteção ambiental, de extração de madeira em flores-
tas nativas, de coleta de produtos vegetais, além do cultivo de produtos agrícolas.

Receita Industrial: são provenientes de atividades industriais exercidas pelo ente público, tais como a
extração e o beneficiamento de matérias-primas, a produção e a comercialização de bens relacionados
às indústrias mecânica, química e de transformação em geral.

Receita de Serviços: decorrem da prestação de serviços por parte do ente público, tais como comércio,
transporte, comunicação, serviços hospitalares, armazenagem, serviços recreativos, culturais, etc. Tais
serviços são remunerados mediante preço público, também chamado de tarifa.

Transferências Correntes: são provenientes do recebimento de recursos financeiros de outras pessoas


de direito público ou privado destinados a atender despesas de manutenção ou funcionamento que não
impliquem contraprestação direta em bens e serviços a quem efetuou essa transferência. Por outro
lado, a utilização dos recursos recebidos vincula-se à determinação constitucional ou legal, ou ao objeto
pactuado. Tais transferências ocorrem entre entidades públicas de diferentes esferas ou entre entidades
públicas e instituições privadas.

Outras Receitas Correntes: constituem-se pelas receitas cujas características não permitam o enquadra-
mento nas demais classificações da receita corrente, tais como indenizações, restituições, ressarcimen-
tos, multas previstas em legislações específicas, entre outras.

Origens que compõem as Receitas de Capital:

Operações de Crédito: recursos financeiros oriundos da colocação de títulos públicos ou da contratação


de empréstimos junto a entidades públicas ou privadas, internas ou externas.

Alienação de Bens: ingressos financeiros provenientes da alienação de bens móveis, imóveis ou intangí-
veis de propriedade do ente público. O art. 44 da LRF veda a aplicação da receita de capital derivada da
alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa cor-
rente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públi-
cos.

Amortização de Empréstimos: ingressos financeiros provenientes da amortização de financiamentos ou

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empréstimos que o ente público haja previamente concedido. Embora a amortização do empréstimo seja
origem da categoria econômica Receitas de Capital, os juros recebidos associados ao empréstimo são
classificados em Receitas Correntes / de Serviços / Serviços e Atividades Financeiras / Retorno de Ope-
rações, Juros e Encargos Financeiros, pois os juros representam a remuneração do capital.

Transferências de Capital: recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou priva-
do destinados a atender despesas com investimentos ou inversões financeiras, independentemente da
contraprestação direta a quem efetuou essa transferência. Por outro lado, a utilização dos recursos rece-
bidos vincula-se ao objeto pactuado. Tais transferências ocorrem entre entidades públicas de diferentes
esferas ou entre entidades públicas e instituições privadas.

Outras Receitas de Capital: registram-se nesta origem receitas cujas características não permitam o
enquadramento nas demais classificações da receita de capital, tais como resultado do Banco Central,
remuneração das disponibilidades do Tesouro, entre outras.

3.2.1.3. Espécie

A espécie, nível de classificação vinculado à origem, permite qualificar com maior detalhe o fato gerador
das receitas. Por exemplo, dentro da origem “Contribuições”, identificam-se as espécies “Contribuições
Sociais”, “Contribuições Econômicas” e “Contribuições para Entidades Privadas de Serviço Social e de
Formação Profissional”.

A tabela-resumo com os códigos relacionados às origens e espécies de receitas encontra-se no item


10.1.3 deste manual.

3.2.1.4. Desdobramentos para identificação de peculiaridades da receita

Foram reservados 4 dígitos para desdobramentos com a finalidade de identificar peculiaridades de cada
receita, caso seja necessário. Desse modo, esses dígitos podem ou não ser utilizados conforme a neces-
sidade de especificação do recurso.

Em 2021, as receitas exclusivas de Estados e Municípios utilizarão o número “8”, no quarto dígito (Ex.:
1.9.0.8.xx.x.x – Outras Receitas Correntes exclusivas de Estados e Municípios).

A partir de 2022, inclusive elaboração do Orçamento, os 5º e 6º dígitos da codificação, que constituem


parte dos desdobramentos, separam os códigos da União daqueles específicos dos demais entes federa-
dos, de acordo com a seguinte estrutura lógica:

a) “00” até “49” identificam códigos reservados para a União, que poderão ser utilizados, no que couber,
por Estados, DF e Municípios;

b) “50” até “98” identificam códigos reservados para uso específico de Estados, DF e Municípios; e

c) “99” será utilizado para registrar “outras receitas”, entendidas assim as receitas genéricas que não
tenham código identificador específico, atendidas as normas contábeis aplicáveis.

O Ementário de Receitas Orçamentárias da União evidencia as fontes, o resultado primário, a esfera


orçamentária e respectivas naturezas de receita e pode ser obtido em:http://www.planejamento.gov.br/
assuntos/orcamento-1/informacoes-orcamentarias .

3.2.1.5. TIPO

O tipo, correspondente ao último dígito na natureza de receita, tem a finalidade de identificar o tipo de
arrecadação a que se refere aquela natureza, sendo:

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1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
- “0”, quando se tratar de natureza de receita não valorizável ou agregadora;

- “1”, quando se tratar da arrecadação Principal da receita;

- “2”, quando se tratar de Multas e Juros de Mora da respectiva receita;

- “3”, quando se tratar de Dívida Ativa da respectiva receita; e

- “4”, quando se tratar de Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa da respectiva receita.

Assim, todo código de natureza de receita será finalizado com um dos dígitos mencionados, e as arreca-
dações de cada recurso – sejam elas da receita propriamente dita ou de seus acréscimos legais – ficarão
agrupadas sob um mesmo código, sendo diferenciadas apenas no último dígito, conforme detalhamento
a seguir:

Importante destacar que a Portaria SOF nº 45, de 26 de agosto de 2015, que dispôs sobre o desdobra-
mento da classificação por natureza de receita para aplicação no âmbito da União, publicou apenas as
naturezas agregadoras, ficando criadas automaticamente, para todos os fins, as naturezas valorizáveis,
terminadas em “1”, “2”, “3” e “4”.

Além disso, de acordo com o art. 2º, § 4º, inciso V, alínea “f”, da Portaria Interministerial STN/SOF nº
163, de 4 de maio de 2001, os dígitos correspondentes aos tipos “5” a “9” serão utilizados quando se
tratar de outros desdobramentos a serem criados, caso a caso, pela Secretaria de Orçamento Federal,
mediante Portaria específica.

Exemplo disso foi a publicação da Portaria SEAFI nº 3, de 9 de dezembro de 2016, que utilizou os dígitos
“7” e “8” para indicar os desdobramentos de códigos de natureza de receita valorizáveis referentes às
multas da dívida ativa e aos juros de mora da dívida ativa de impostos e contribuições administrados pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil, a fim de tornar possível o registro em separado dessas receitas,
uma vez que as referidas multas destinam-se à subconta especial do FUNDAF gerida pela PGFN, en-
quanto os citados juros de mora destinam-se à conta do FUNDAF gerida pela RFB.

3.2.2. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO

Conforme esta classificação, as receitas do Governo Federal podem ser divididas em: a) primárias (P),
quando seus valores são incluídos no cálculo do resultado primário; e b) financeiras (F), quando não são
incluídas no citado cálculo.

As receitas primárias referem-se, predominantemente, às receitas correntes que advêm dos tributos, das
contribuições sociais, das concessões, dos dividendos recebidos pela União, da cota-parte das compen-
sações financeiras, das decorrentes do próprio esforço de arrecadação das UOs, das provenientes de
doações e convênios e outras também consideradas primárias.

As receitas financeiras são geralmente adquiridas junto ao mercado financeiro, decorrentes da emissão
de títulos, da contratação de operações de crédito por organismos oficiais, das aplicações financeiras da

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União, entre outras. Como regra geral, são aquelas que não alteram o endividamento líquido do Governo
(setor público não financeiro), uma vez que criam uma obrigação ou extinguem um direito, ambos de na-
tureza financeira, junto ao setor privado interno e/ou externo. A exceção a essa regra é a receita advinda
dos juros de operações financeiras, que, apesar de contribuírem com a redução do endividamento líqui-
do, também caracterizam-se como receita financeira.

3.2.3. CLASSIFICAÇÃO POR FONTE/DESTINAÇÃO DE RECURSOS

O registro da arrecadação dos recursos é efetuado por meio de códigos de natureza de receita, sendo
que cada receita possui normas específicas de aplicação. Essas normas, por sua vez, podem especificar
tanto “quem” deverá aplicar a receita quanto “qual” atividade estatal (qual política pública, qual despesa)
deverá ser financiada por meio dessa receita.

Dessa forma, uma mesma atividade estatal pode ser financiada por recursos de diferentes receitas,
tornando necessário portanto agrupar e catalogar, sob o mesmo código comum, as diferentes origens
de receita que porventura devam ser aplicadas da mesma forma, no financiamento da mesma atividade
estatal.

Denomina-se “Fonte/Destinação de Recursos” a cada agrupamento de receitas que possui as mesmas


normas de aplicação. A Fonte, nesse contexto, é instrumento de Gestão da Receita e da Despesa ao
mesmo tempo, pois tem como objetivo assegurar que determinadas receitas sejam direcionadas para
financiar atividades (despesas) do governo em conformidade com Leis que regem o tema. [tabela no item
10.1.4.].

Dessa forma, a Fonte/Destinação de Recursos contribui para o atendimento do art. 8º, parágrafo único, e
do art. 50, inciso I, da LRF:

Art. 8º […]

Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusiva-
mente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer
o ingresso. […]

Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas
observará as seguintes:

I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão,
fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada.

Enquanto a natureza de receita orçamentária busca identificar a origem do recurso segundo seu fato
gerador, a fonte/destinação de recursos possui a finalidade precípua de identificar o destino dos recursos
arrecadados. Em linhas gerais, pode-se dizer que há destinações vinculadas e não vinculadas:

a) destinação vinculada : processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em atendi-


mento às finalidades específicas estabelecidas pela norma. Há, ainda, ingressos de recursos em decor-
rência de convênios ou de contratos de empréstimos e de financiamentos. Esses recursos também são
vinculados, pois foram obtidos com finalidade específica - e à realização dessa finalidade deverão ser
direcionados.

b) destinação não vinculada (ou livre): é o processo de alocação livre entre a origem e a aplicação de re-
cursos, para atender a quaisquer finalidades, desde que dentro do âmbito das competências de atuação
do órgão ou entidade.

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A vinculação de receitas deve ser pautada em mandamentos legais que regulamentam a aplicação de
recursos e os direcionam para despesas, entes, órgãos, entidades ou fundos.

A classificação de fonte/destinação consiste em um código de três dígitos. O 1º dígito representa o grupo


de fonte [tabela no item 10.1.4.1.], enquanto o 2º e o 3º representam a especificação da fonte [tabela no
item 10.1.4.2]. O grupo de fonte existe, na prática, estritamente para atender a finalidade de controle or-
çamentário dos créditos adicionais abertos com utilização de superávit financeiro. Nessa premissa, ape-
nas quando e na medida da execução financeira dessas dotações ocorre a alteração do grupo de fonte
nos saldos financeiros, de maneira a haver a conciliação da execução orçamentária e financeira nesses
créditos específicos.

1º DÍGITO 2º e 3º DÍGITOS
Grupo da Fonte de Especificação da Fonte
Recurso de Recurso

O Anexo II da Portaria SOF nº 15.073, de 26 de dezembro de 2019, atualizada pela Portaria SOF nº
6.094, de 21 de maio de 2021, lista os grupos de fontes e as respectivas especificações das fontes de
recursos vigentes:

Cód. GRUPO da Fonte de Recurso (1º Dígito)

1 Recursos Arrecadados no Exercício Corrente

3 Recursos Arrecadados em Exercícios Anteriores

7 Recursos de Operações de Crédito Ressalvadas pela Lei de Crédito Adicional da Regra de


Ouro

9* Recursos Condicionados

* O dígito 9 objetiva identificar, na elaboração do Orçamento, os recursos oriundos de propostas de alte-


rações na legislação da receita que estejam em tramitação no Congresso Nacional.

Exemplos de fontes/destinação de recursos:

1º DÍGITO 2º e 3º DÍGI- FONTE


(Grupo da Fon- TOS (Espe-
te) cificação da
Fonte)
1 - Recursos 01 - Trans- 101
Arrecadados ferências do
no Exercício Imposto sobre
Corrente a Renda e
sobre Produtos
Industrializa-
dos

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3 - Recursos 01 - Trans- 301
Arrecadados ferências do
em Exercícios Imposto sobre
Anteriores a Renda e
sobre Produtos
Industrializa-
dos
9 - Recursos 00 - Recursos 900
Condiciona- Primários de
dos Livre Aplica-
ção

3.2.3.1. Desvinculação de Receitas da União – DRU (CF88/ADCT, art. 76)

Tendo em vista a elevada quantidade de Leis que estipulam vinculações de receitas, restam poucos re-
cursos livres disponíveis para o governo federal financiar políticas públicas discricionárias. Nesse con-
texto, estabeleceu-se, por meio da EC nº 93/2016, a desvinculação de determinados recursos - os quais
então tornam-se passíveis de serem aplicados livremente e sendo agregados sob o código de Fonte de
Recursos “00 – Recursos Primários de Livre Aplicação”.

O art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT da Constituição Federal de 1988
– CF/88 estabelece a desvinculação de 30% dos recursos arrecadados a título de taxas, contribuições
econômicas e contribuições sociais (exceto as contribuições sociais do empregador e a do trabalhador
para os Regimes de Previdência Social Geral e Próprio do Servidor Público, bem como a contribuição
social do salário educação). Segue o dispositivo constitucional:

ADCT, Constituição Federal de 1988:

Art. 76. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2023, 30% (trinta por
cento) da arrecadação da União relativa às contribuições sociais, sem prejuízo do pagamento das despe-
sas do Regime Geral da Previdência Social, às contribuições de intervenção no domínio econômico e às
taxas, já instituídas ou que vierem a ser criadas até a referida data. (Redação dada pela Emenda consti-
tucional nº 93)

§ 1º (Revogado)

§ 2° Excetua-se da desvinculação de que trata o caput a arrecadação da contribuição social do salário-e-


ducação a que se refere o § 5º do art. 212 da Constituição Federal.

§ 3º (Revogado)

3.2.4. CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA

A classificação por esfera orçamentária tem por finalidade identificar se a receita pertence ao Orçamento
Fiscal, da Seguridade Social ou de Investimento das Empresas Estatais, conforme distingue o § 5º do art.
165 da CF.

Além das características comuns à classificação da despesa por esfera orçamentária [vide item 4.2], vale
destacar os seguintes pontos:

- Receitas do Orçamento Fiscal: Referem-se às receitas arrecadadas pelos Poderes da União, seus ór-
gãos, entidades fundos e fundações, inclusive pelas empresas estatais dependentes [vide art. 2º, inciso

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III, da LRF], excluídas as receitas vinculadas à Seguridade Social e as receitas das Empresas Estatais
não dependentes que compõe o Orçamento de Investimento.

- Receitas do Orçamento da Seguridade Social: as destinadas por lei à Seguridade Social; as receitas de
todos os órgãos, entidades, fundos e fundações vinculados à Seguridade Social, ou seja, das áreas de
Saúde, Previdência Social e Assistência Social; e as receitas cuja classificação orçamentária caracteri-
zem-nas como originárias da prestação de serviços de saúde, independente das entidades a que perten-
çam.

No caso do Orçamento da Seguridade Social, a complementação dos recursos para financiar a totalidade
das despesas de seguridade provém de transferências do Orçamento Fiscal.

- Receitas do Orçamento de Investimento das Empresas Estatais: referem-se aos recursos das empre-
sas estatais não dependentes [não enquadradas no art. 2º, inciso III, da LRF] em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.

3.3 ETAPAS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA

As etapas da receita seguem a ordem de ocorrência dos fenômenos econômicos, levando-se em con-
sideração o modelo de orçamento existente no País. Dessa forma, a ordem sistemática inicia-se com a
etapa de previsão e termina com a de recolhimento.

OBSERVAÇÃO: Exceção às Etapas da Receita

Nem todas as etapas citadas ocorrem para todos os tipos de receitas orçamentárias. Pode ocorrer arre-
cadação de receitas não previstas e também das que não foram lançadas, como é o caso de uma doação
em espécie recebida pelos entes públicos.

3.3.1. PREVISÃO

Efetuar a previsão implica planejar e estimar a arrecadação das receitas que constará na proposta orça-
mentária. Isso deverá ser realizado em conformidade com as normas técnicas e legais correlatas e, em
especial, com as disposições constantes na LRF. Sobre o assunto, vale citar o art. 12 da referida nor-
ma:

Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das
alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer
outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos,
da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas
utilizadas.

No âmbito federal, a metodologia de projeção de receitas busca assimilar o comportamento da arrecada-


ção de determinada receita em exercícios anteriores, a fim de projetá-la para o período seguinte, com o
auxílio de modelos estatísticos e matemáticos. O modelo dependerá do comportamento da série históri-
ca de arrecadação e de informações fornecidas pelos órgãos orçamentários ou unidades arrecadadoras
envolvidos no processo.

A previsão de receitas é a etapa que antecede a fixação do montante de despesas que irá constar nas
leis de orçamento, além de ser base para se estimar as necessidades de financiamento do governo.

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3.3.2. LANÇAMENTO

O art. 53 da Lei nº 4.320, de 1964, define o lançamento como ato da repartição competente, que verifica
a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. Por sua vez,
conforme o art. 142 do CTN, lançamento é o procedimento administrativo que verifica a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determina a matéria tributável, calcula o montante do tributo
devido, identifica o sujeito passivo e, sendo o caso, propõe a aplicação da penalidade cabível.

Observa-se que, segundo o disposto nos arts. 142 a 150 do CTN, a etapa de lançamento situa-se no
contexto de constituição do crédito tributário, ou seja, aplica-se a impostos, taxas e contribuições de me-
lhoria.

3.3.3. ARRECADAÇÃO

Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro Nacional pelos contribuintes ou devedores, por
meio dos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo ente.

Vale destacar que, segundo o art. 35 da Lei nº 4.320, de 1964, pertencem ao exercício financeiro as
receitas nele arrecadadas, o que representa a adoção do regime de caixa para o ingresso das receitas
públicas.

3.3.4. RECOLHIMENTO

Consiste na transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro Nacional, responsável
pela administração e controle da arrecadação e pela programação financeira, observando-se o princípio
da unidade de tesouraria ou de caixa, conforme determina o art. 56 da Lei nº 4.320, de 1964, a seguir
transcrito:

Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de
tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.

3.4. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE TRIBUTOS

Principal fonte de recursos do Governo Federal, tributos são origens de receita orçamentária corrente.
Embora, atualmente, os tributos englobem as contribuições, a classificação orçamentária por Natureza
de receita, exposta no item 3.2, faz uma distinção entre as receitas de origem Tributária e as de Contri-
buições, atendendo ao disposto na Lei nº 4.320, de 1964.

Trata-se de receita derivada, cuja finalidade é obter recursos financeiros para o Estado custear as ativi-
dades que lhe são correlatas. Sujeita-se aos princípios da reserva legal e da anterioridade da Lei, salvo
exceções.

O art. 3º do CTN define tributo da seguinte forma:

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que
não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plena-
mente vinculada.

O art. 4º do CTN preceitua que a natureza específica do tributo, ao contrário de outros tipos de receita, é
determinada pelo fato gerador da obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:

I - a sua denominação; e

II - a destinação legal do produto de sua arrecadação.

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3.4.1. IMPOSTOS

Os impostos, segundo o art. 16 do CTN, são espécies tributárias cuja obrigação tem por fato gerador
uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, o qual não
recebe contraprestação direta ou imediata pelo pagamento.

O art. 167 da CF proíbe, ressalvadas algumas exceções, a vinculação de receita de impostos a órgão,
fundo ou despesa. Os impostos estão enumerados na CF, ressalvando-se unicamente a possibilidade de
utilização, pela União, da competência residual prevista no art. 154, inciso I, e da competência extraordi-
nária, no caso dos impostos extraordinários de guerra externa, prevista no inciso II do mesmo artigo.

3.4.2. TAXAS

De acordo com o art. 77 do CTN:

As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de
suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utili-
zação, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à
sua disposição.

A taxa está sujeita ao princípio constitucional da reserva legal e, sob a ótica orçamentária, classifica-se
em: Taxas de Fiscalização e Taxas de Serviço.

Taxas de Fiscalização ou de Poder de Polícia

As taxas de fiscalização ou de poder de polícia são definidas em lei e têm como fato gerador o exercício
do poder de polícia, poder disciplinador, por meio do qual o Estado intervém em determinadas atividades,
com a finalidade de garantir a ordem e a segurança. A definição de poder de polícia é estabelecida pelo
art. 78 do CTN:

Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direi-
to, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do poder público, à tran-
quilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais e coletivos.

Taxas de Serviço Público

As taxas de serviço público são as que têm como fato gerador a utilização de determinados serviços pú-
blicos, sob os pontos de vista material e formal. Nesse contexto, o serviço é público quando estabelecido
em lei e prestado pela Administração Pública, sob regime de direito público, de forma direta ou indire-
ta.

A relação jurídica, nesse tipo de serviço, é de verticalidade, ou seja, o Estado atua com supremacia so-
bre o particular. É receita derivada e os serviços têm que ser específicos e divisíveis.

Conforme o art. 77 do CTN:

Os serviços públicos têm que ser específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte, ou colocados à sua
disposição.

Para que a taxa seja cobrada, não há necessidade de o particular fazer uso do serviço, basta que o Po-
der Público coloque tal serviço à disposição do contribuinte.

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OBSERVAÇÃO:

Distinção entre Taxa e Preço Público

Taxas são compulsórias (decorrem de lei). O que legitima o Estado a cobrar a taxa é a prestação ou a
disponibilização de serviços públicos específicos e divisíveis ou o regular exercício do Poder de Polícia. A
relação decorre de lei, sendo regida por normas de direito público.

Preço Público, sinônimo de tarifa, decorre da utilização de serviços facultativos que a Administração
Pública, de forma direta ou por delegação (concessão ou permissão), coloca à disposição da população,
que poderá escolher se os contrata ou não. São serviços prestados em decorrência de uma relação con-
tratual regida pelo direito privado.

3.4.3. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

A contribuição de melhoria é espécie de tributo na classificação da receita orçamentária e tem como fato
gerador valorização imobiliária que decorra de obras públicas, contanto que haja nexo causal entre a
melhoria ocorrida e a realização da obra pública. De acordo com o art. 81 do CTN:

A contribuição de melhoria cobrada pela União, Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no
âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que
decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o
acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

3.4.4. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

Classificada como espécie de contribuição, por força da Lei nº 4.320, de 1964, a contribuição social é
tributo vinculado a uma atividade estatal que visa atender aos direitos sociais previstos na CF, tais como
a saúde, a previdência, a assistência social e a educação.

A competência para instituição das contribuições sociais é da União, exceto das contribuições dos servi-
dores estatutários dos Estados, Distrito Federal e Municípios, que são instituídas pelos respectivos entes.
As contribuições sociais para a seguridade social (§ 6º do art. 195 da CF) estão sujeitas ao princípio da
anterioridade nonagesimal, ou seja, somente poderão ser cobradas noventa dias após a publicação da lei
que as instituiu ou majorou.

OBSERVAÇÃO:

Seguridade Social

Conforme dispõe o art. 195 da CF, a seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma
direta e indireta, mediante recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de
contribuições sociais. Em complemento, a composição das receitas que financiam a seguridade social é
discriminada nos arts. 11 e 27 da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991, que instituiu o Plano de Custeio da
Seguridade Social.

O Anexo II do Ementário de Receitas Orçamentárias da União descreve o conjunto de receitas que in-
tegram o Orçamento da Seguridade Social. Essas receitas classificam-se como Contribuições Sociais e
Demais Receitas, por meio da seguinte metodologia:

Contribuições Sociais: para integrarem o Orçamento da Seguridade Social, as receitas de contribuições


sociais devem ser destinadas para as áreas de saúde, previdência ou assistência social.

Demais Receitas: consideram-se receitas do Orçamento da Seguridade Social aquelas que:

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a) sejam próprias das Unidades Orçamentárias que integrem o Orçamento da Seguridade Social; ou seja,
das unidades que compõem os Ministérios da Saúde e da Cidadania, o Fundo do Regime Geral de Previ-
dência Social e o Fundo de Amparo ao Trabalhador, subordinado ao Ministério da Economia;

b) sejam originárias da prestação de serviços de saúde, independentemente das entidades às quais per-
tençam; e

c) sejam vinculadas à seguridade social por determinação legal.

3.4.5. CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO

A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE é tributo classificado no orçamento público


como uma espécie de contribuição que alcança determinada atividade econômica, como instrumento de
sua atuação na área respectiva, conforme dispõe o art. 149 da CF.

São exemplos dessa espécie a CIDE-Combustíveis, relativa às atividades de comercialização de petróleo


e seus derivados, gás natural e álcool carburante, e a CIDE-Tecnologia, relativa à exploração de paten-
tes, uso de marcas, fornecimento de conhecimentos tecnológicos ou prestação de assistência técnica no
caso de contratos que impliquem transferência de tecnologia.

3.4.6. CONTRIBUIÇÃO DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONÔMICAS

Esta espécie de contribuição se caracteriza por atender a determinadas categorias profissionais ou eco-
nômicas, vinculando sua arrecadação às entidades que as instituíram. Não transita pelo orçamento da
União.

Quanto ao carácter tributário da contribuição, a Medida Provisória nº 873, de 1º de março de 2019, alte-
rou o art. 578 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de
maio de 1943, que passou a vigorar com o seguinte texto:

“Art. 578. As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das categorias econômicas ou pro-
fissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades serão recolhidas, pagas e
aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo, sob a denominação de contribuição sindical, desde que
prévia, voluntária, individual e expressamente autorizado pelo empregado”. (grifo nosso)

Dessa forma, por não mais se tratar de prestação compulsória, a contribuição de interesse das catego-
rias profissionais ou econômicas deixou de ser classificada orçamentariamente como tributo.

3.4.7. CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DE SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA

Instituída pela Emenda Constitucional nº 39, de 19 de dezembro de 2002, que acrescentou o art. 149-A à
CF, possui a finalidade de custear o serviço de iluminação pública. A competência para instituição é dos
Municípios e do Distrito Federal.

Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas
leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.

Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo
de energia elétrica.

Sob a ótica da classificação orçamentária, a Contribuição para o Custeio de Serviço de Iluminação Públi-
ca é espécie da origem Contribuições, que integra a categoria econômica Receitas Correntes.

4 CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA

51
1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
4.1 ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e sua organização, implementadas


por meio de um sistema de classificação estruturado. Esse sistema tem o propósito de atender às exi-
gências de informação demandadas por todos os interessados nas questões de finanças públicas, como
os poderes públicos, as organizações públicas e privadas e a sociedade em geral.

Na estrutura atual, o orçamento público está organizado em programas de trabalho, que contêm informa-
ções qualitativas e quantitativas, sejam físicas ou financeiras.

4.1.1 CLASSIFICAÇÃO QUALITATIVA

O programa de trabalho, que define qualitativamente a programação orçamentária, deve responder, de


maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de
vista operacional, composto dos seguintes blocos de informação: classificação por esfera, classificação
institucional, classificação funcional, estrutura programática e principais informações do Programa e da
Ação, conforme detalhado a seguir:

Cumpre esclarecer o conceito de “programações orçamentárias”, disposto na Lei nº 14.194, de 20 de


agosto de 2021, Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2022 - LDO-2022 de maneira análoga com a ex-
pressão “categorias de programação”, conforme se observa nos seguintes dispositivos:

“Art. 5º Para fins do disposto nesta Lei e na Lei Orçamentária de 2022, entende-se por: I - subtítulo - o
menor nível da categoria de programação, sendo utilizado, especialmente, para especificar a localização
física da ação;

………………………………………………………………………………………………….

§ 1º As categorias de programação de que trata esta Lei serão identificadas no Projeto de Lei Orçamen-
tária de 2022, na respectiva Lei e nos créditos adicionais, por programas, projetos, atividades ou ope-
rações especiais e respectivos subtítulos, com indicação, quando for o caso, do produto, da unidade de
medida e da meta física.

………………………………………………………………………………………………….

§ 8º A ação orçamentária, entendida como atividade, projeto ou operação especial, deve identificar a
função e a subfunção às quais se vincula e referir-se a um único produto.” “Art. 7º Os Orçamentos Fiscal,
da Seguridade Social e de Investimento discriminarão a despesa por unidade orçamentária, com suas
categorias de programação detalhadas no menor nível e dotações respectivas, especificando a esfera or-
çamentária, o Grupo de Natureza de Despesa - GND, o identificador de resultado primário, a modalidade
de aplicação, o identificador de uso e a fonte de recursos.”

52
1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
Nesse sentido, a categoria de programação compreende o detalhamento das despesas das unidades
orçamentárias pelos seguintes classificadores, de estatura legal: função, subfunção, programa, ação e
subtítulo.

4.1.2 CLASSIFICAÇÃO QUANTITATIVA

A programação orçamentária quantitativa tem duas dimensões: a física e a financeira.

A dimensão física define a quantidade de bens e serviços a serem entregues.

ITEM DA ESTRUTU- PERGUNTA A SER


RA RESPONDIDA
Meta Física Quanto se pretende en-
tregar no exercício?

A dimensão financeira estima o montante necessário para o desenvolvimento da ação orçamentária de


acordo com os seguintes classificadores:

ITEM DA ESTRUTU- PERGUNTA A SER


RA RESPONDIDA
Natureza da Despe-
sa
Categoria Econômica Qual o efeito econô-
da Despesa mico da realização da
despesa?
Grupo de Natureza de Em qual classe de
Despesa (GND) gasto será realizada a
despesa?
Modalidade de Aplica- De que forma serão
ção aplicados os recur-
sos?
Elemento de Despe- Quais os insumos que
sa se pretende utilizar ou
adquirir?
Identificador de Uso Os recursos são desti-
(IDUSO) nados para contrapar-
tida?
Fonte de Recursos De onde virão os re-
cursos para realizar a
despesa?
Identificador de Doa- A que operação de
ção e de Operação de crédito ou doação os
Crédito (IDOC) recursos se relacio-
nam?
Identificador de Resul- Qual o efeito da despe-
tado Primário sa sobre o Resultado
Primário da União?

53
1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
Dotação Qual o montante aloca-
do?

4.1.3 CÓDIGO-EXEMPLO DA ESTRUTURA COMPLETA DA PROGRAMAÇÃO

4.2 CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA

Na LOA, a esfera tem por finalidade identificar se a despesa pertence ao Orçamento Fiscal (F), da Se-
guridade Social (S) ou de Investimento das Empresas Estatais (I), conforme disposto no § 5º do art. 165
da CF. Na LOA, o classificador de esfera é identificado com as letras “F”, “S” ou “I”. Na base de dados
do SIOP, o campo destinado à esfera orçamentária é composto de dois dígitos e será associado à ação
orçamentária:

CÓDIGO ESFERA ORÇAMEN-


TÁRIA
10 Orçamento Fiscal
20 Orçamento da Seguri-
dade Social
30 Orçamento de Investi-
mento

Orçamento Fiscal - F (código 10): referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

Orçamento da Seguridade Social - S (código 20): abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder
Público; e

Orçamento de Investimento - I (código 30): orçamento das empresas em que a União, direta ou indireta-
mente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.

O § 2º do art. 195 da CF estabelece que a proposta de Orçamento da Seguridade Social será elaborada
de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo
em vista as metas e prioridades estabelecidas na LDO, assegurada a cada área a gestão de seus recur-
sos.

4.3 CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL

A classificação institucional [tabela no item 10.2.1.], na União, reflete as estruturas organizacional e admi-
nistrativa e compreende dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. As dota-
ções orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são consignadas
às UOs, que são as responsáveis pela realização das ações. Órgão orçamentário é o agrupamento de

54
1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
UOs.

O código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à
identificação do órgão orçamentário e os demais à UO.

Um órgão orçamentário ou uma UO não correspondem necessariamente a uma estrutura administrati-


va, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com os órgãos Transferências a Estados,
Distrito Federal e Municípios, Encargos Financeiros da União, Operações Oficiais de Crédito, Refinancia-
mento da Dívida Pública Mobiliária Federal e Reserva de Contingência. Dessa forma, a classificação de
órgão orçamentário não traduz a estrutura dos órgãos setoriais do Sistema de Planejamento e de Orça-
mento Federal.

4.4 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DA DESPESA

A classificação funcional é formada por funções e subfunções [tabela no item 10.2.2.] e procura explicitar
as áreas em que as despesas são realizadas. Cada atividade, projeto e operação especial identificará a
função e a subfunção às quais se vinculam. Notadamente, a função refere-se à principal área de atuação
do órgão e deve refletir a sua missão institucional, já a subfunção é relacionada à área da despesa na
qual a ação será executada.

A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria SOF/SETO/ME nº 42, de 1999, que foi atualiza-
da pela Portaria SOF/ME nº 2.520, de 21 de março de 2022, e é composta de um rol de funções e sub-
funções prefixadas, que servem como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental
nos três níveis de Governo. Trata-se de uma classificação independente dos programas e de aplicação
comum e obrigatória, no âmbito dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União, o que per-
mite a consolidação nacional dos gastos do setor público.

A classificação funcional é representada por cinco dígitos, sendo os dois primeiros relativos às funções
e os três últimos às subfunções. Na base de dados do SIOP, existem dois campos correspondentes à
classificação funcional:

A codificação para a Reserva de Contingência foi definida pelo art. 8º daPortaria Interministerial STN/
SOF nº 163, de 2001, alterado pelo art. 1º da Portaria Conjunta STN/SOF nº 1, de 18 de junho de 2010,
atualizada, vigorando com a seguinte redação: Art. 8º A dotação global denominada “Reserva de Con-
tingência”, permitida para a União no art. 91 do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em
atos das demais esferas de Governo, a ser utilizada como fonte de recursos para abertura de créditos
adicionais e para o atendimento ao disposto no art. 5º, inciso III, da Lei Complementar nº 101, de 2000,
sob coordenação do órgão responsável pela sua destinação, bem como a Reserva do Regime Próprio
de Previdência do Servidor - RPPS, quando houver, serão identificadas no orçamento de todas as esfe-
ras de Governo pelos códigos “99.999.9999.xxxx.xxxx” e “99.997.9999.xxxx.xxxx”, respectivamente, no
que se refere às classificações por função e subfunção e estrutura programática, onde o “x” representa a
codificações das ações e o respectivo detalhamento.

55
1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
Parágrafo Único. As reservas referidas no caput serão identificadas, quanto à natureza da despesa, pelo
código “9.9.99.99.99”.

4.4.1 FUNÇÃO

A função [tabela no item 10.2.2.] pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas
de atuação do setor público. Reflete a competência institucional do órgão, como, por exemplo, cultura,
educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos Ministérios. Há situações em que o
órgão pode ter mais de uma função típica, considerando-se que suas competências institucionais podem
envolver mais de uma área de despesa. Nesses casos, deve ser selecionada, entre as competências
institucionais, aquela que está mais relacionada com a ação.

A função Encargos Especiais engloba as despesas que não podem ser associadas a um bem ou serviço
a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras
afins, representando, portanto, uma agregação neutra. A utilização dessa função irá requerer o uso das
suas subfunções típicas, conforme tabela abaixo:

4.4.2 SUBFUNÇÃO

A subfunção [tabela no item 10.2.2.] representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e
deve evidenciar a natureza da atuação governamental. De acordo com a Portaria nº 42, de 14 de abril de
1999, divulgada pela Portaria SOF/ME nº 2.520, de 21 de março de 2022, é possível combinar as sub-
funções a funções diferentes daquelas a elas diretamente relacionadas, o que se denomina matricialida-
de.

Exemplos:

ÓRGÃO 22 Ministério da
Agricultura,
Pecuária e
Abastecimen-
to
AÇÃO 4641 Publicidade
de Utilidade
Pública
SUBFUN- 131 Comunicação
ÇÃO Social
FUNÇÃO 20 Agricultura

ÓRGÃO 32 Ministério de
Minas e Ener-
gia

56
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AÇÃO 4641 Publicidade
de Utilidade
Pública
SUBFUN- 131 Comunicação
ÇÃO Social
FUNÇÃO 25 Energia

ÓRGÃO 01 Câmara dos


Deputados
AÇÃO 2010 Assistência
Pré-escolar
aos Dependen-
tes dos Servi-
dores e Em-
pregados
SUBFUN- 365 Educação In-
ÇÃO fantil
FUNÇÃO 01 Legislativa

4.4.3 CLASSIFICAÇÃO DAS FUNÇÕES DE GOVERNO

Além da classificação funcional prevista na Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, divulgada pela Portaria
SOF/ME nº 2.520, de 21 de março de 2022, o governo brasileiro classificou a execução orçamentária dos
últimos exercícios financeiros segundo a classificação das Funções de Governo (COFOG – Classification
of Functions of Government). Desenvolvida pela OCDE, a classificação das despesas do governo central
segundo a COFOG segue o disposto no GFSM (Government Finance Statistics Manual) 2014.

Atualmente, o orçamento brasileiro com base na COFOG está disponível no Painel do Orçamento Fe-
deral compreende gastos do governo a partir de 2015. Os dados contemplam apenas as despesas do
governo central, envolvendo todas as unidades orçamentárias inclusas nos Orçamentos Fiscal e da Se-
guridade Social.

A inclusão dessa classificação no painel visa dar ainda mais transparência e comparabilidade às despe-
sas do governo brasileiro com as despesas de outras nações.

O acesso ao Painel do Orçamento Federal pode ser feito pelo seguinte endereço:

Painel do Orçamento Federal

4.5 ESTRUTURA PROGRAMÁTICA

4.5.1 PROGRAMA

O Plano Plurianual (PPA) que vigerá no período de 2020-2023 apresenta 4 (quatro) pilares em sua cons-
trução, quais sejam: simplificação metodológica; realismo fiscal; integração entre planejamento e avalia-
ção; e, visão estratégica e foco em resultados.

Conforme a figura abaixo, a metodologia do PPA 2020-2023 compreende 3 dimensões: a Dimensão Es-
tratégica, composta pelos eixos da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Endes),
as diretrizes do PPA e os Temas; a Dimensão Tática, composta pelos Programas e seus objetivos, meta

57
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e indicador de resultado e a Dimensão Operacional, onde estão as ações orçamentárias e não-orçamen-
tárias.

Segundo a metodologia para elaboração do PPA 2020-2023, foram adotados os seguintes conceitos:

Diretrizes – possuem a finalidade de retratar as declarações de governo e indicam as preferências políti-


cas dos governantes eleitos.

Temas – buscam refletir a estrutura institucional adotada pela administração federal.

Programa – é a categoria que articula um conjunto de ações (orçamentárias e não-orçamentárias) sufi-


cientes para enfrentar um problema. Seu desempenho deve ser passível de aferição.

Assim sendo, a ótica de organização governamental integrando Planejamento e Orçamento está con-
substanciada na ligação das ações orçamentárias e não orçamentárias diretamente aos novos progra-
mas.

Portanto, o produto de uma ação, como resultado, deve visar a concretização/realização dos objetivos
pretendidos nos programas. O conjunto dos produtos de determinadas ações viabilizará a execução do
objetivo e o cumprimento da meta geral estabelecida para um programa finalístico, mensurada por um
indicador de resultado.

Ao se resgatar o modelo lógico como organizador dos elementos constitutivos dos programas do novo
PPA, a metodologia visa contribuir para um adequado desenho dos programas, o que posteriormente au-
xilia na avaliação das políticas públicas na medida em que identifica claramente os objetivos e resultados
esperados do programa, bem como os indicadores de resultado.

4.5.1.1 O papel do modelo lógico e de outros instrumentos na integração entre planejamento e orçamen-
to

Em busca de melhores resultados para a Sociedade na implementação das ações públicas, o Governo
Federal tem indicado um conjunto de ferramentas de análise para auxiliar os órgãos no passo a passo
da formulação ou reformulação de políticas públicas, programas e projetos. Como referência básica, é
recomendada a leitura do Guia Prático de Análise Ex Ante (IPEA, 2018) que traz os elementos essenciais
para um bom desenho: diagnóstico do problema que justifica a intervenção pública, e os elementos es-
senciais de caracterização, tais como objetivo, público-alvo e beneficiários, identificação de atores envol-
vidos, a escolha das ações a serem executadas para o alcance dos resultados pretendidos, bem como o
levantamento dos recursos necessários.

Para testar a consistência dos objetivos, metas e ações, propõe-se adotar o Modelo Lógico, metodologia

58
1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
detalhada na Nota Técnica (NT) do IPEA de setembro de 2010 - Como elaborar Modelo Lógico: roteiro
para formular programas e organizar avaliação.

Segundo tal metodologia, para garantir a mudança pretendida em determinada situação problemática,
as ações do programa devem intervir sobre causas selecionadas como críticas, definidas na árvore de
problemas. Para a seleção das causas críticas deve-se cumprir três requisitos, quais sejam: “i) ter alto
impacto na mudança do problema; ii) ser um centro prático de ação, ou seja, o ator pode agir de modo
prático, efetivo e direto sobre a causa; e iii) ser politicamente oportuno agir sobre a causa identificada”.

Na estratégia de atuação sobre as causas críticas definidas, as ações orçamentárias ou não orçamentá-
rias são construídas na perspectiva de que seus produtos contribuam para o alcance de resultados, que
promovem a mudança desejada no problema e levam ao resultado final que se espera com a interven-
ção, diretamente relacionado ao objetivo do programa.

Outras ferramentas e métodos de planejamento auxiliares também são citados: análise SWOT (Forças,
Fraquezas, Oportunidades e Ameaças), o ZOPP (Planejamento de Projeto Orientado por Objetivos), e o
Planejamento Estratégico Situacional.

Os elementos do programa e seus atributos deverão ser preenchidos no módulo do PPA no SIOP, dentre
eles: o problema e as causas que contribuem para a sua ocorrência; as evidências do problema; justifica-
tiva para a intervenção; público-alvo; objetivo; indicador; meta, agentes envolvidos e outros.

4.5.2 AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

Operação da qual resultam produtos (bens ou serviços) que contribuem para atender ao objetivo de um
programa. Incluem-se também no conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros
entes da Federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contri-
buições, entre outros, os financiamentos e as reservas de contingência.

As ações orçamentárias podem ser tipificadas como “projetos”, “atividades” ou “operações especiais”. A
tipologia visa assegurar a diferenciação das ações de acordo com as características de sua operação e
de sua produção, em cumprimento da Portaria nº 42/1999, divulgada pela Portaria SOF/ME nº 2.520, de
21 de março de 2022, cujos conceitos constam especificados também no art. 5º da LDO-2022, e demais
normativos afetos.

Importante mencionar que o art. 12 da LDO-2022 dispõe um rol de ações governamentais para as quais
exige que o PLOA, a LOA e seus créditos adicionais efetuem a discriminação em categorias de progra-
mação específicas, ou seja, que exista ação orçamentária específica para cada dotação destinada às
operações listadas no referido artigo, por exemplo: inciso II - ações de alimentação escolar.

Na base do sistema, a ação é identificada por um código alfanumérico de quatro dígitos, acrescido de
quatro dígitos do localizador:

Ao observar o 1º dígito do código, pode-se identificar o tipo de ação:

59
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OBSERVAÇÃO:

As Reservas de Contingência são representadas no SIOP com os seguintes códigos e títulos: “0Z00 -
Reserva de Contingência – Financeira” e “0Z01 - Reserva de Contingência Fiscal – Primária”, sempre
vinculadas à função 99, subfunção 999 e programa 0999, que são exclusivos para a Reserva de Contin-
gência. Apesar dessas ações iniciarem seus códigos com o número “0”, não se confundem com as ope-
rações especiais, sendo um tipo de ação específico.

4.5.2.1 Atividade

Instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um con-


junto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou
serviço necessário à manutenção da ação de Governo. Logo, as ações do tipo atividade mantêm o nível
da produção pública, ou seja, sua produção não incorpora ao patrimônio da União nem contribui para o
aperfeiçoamento da ação de governo no âmbito da União, como as ações do tipo projeto. Exemplo: ação
4339 - Qualificação da Regulação e Fiscalização da Saúde Suplementar.

OBSERVAÇÃO:

As atividades que possuem a mesma finalidade devem ser classificadas sob um único código, indepen-
dentemente da unidade executora, conforme preconizado no § 5º, art. 5º, da LDO-2022.

4.5.2.2 Projeto

Instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjun-


to de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o
aperfeiçoamento da ação de governo. As ações do tipo Projeto expandem a produção pública ou criam
infraestrutura para novas atividades, ou, ainda, implementam ações inéditas num prazo determinado.

Ressalta-se que não é permitida a existência de um mesmo projeto em mais de uma esfera orçamentária
ou em programas diferentes, conforme dispõe o § 6º, do art. 5º da LDO-2022: “O projeto deve constar de
uma única esfera orçamentária, sob um único programa” Exemplo: ação 7808 Construção de Edifício-Se-
de do Superior Tribunal Militar.

Para uma ação ser classificada como Projeto, deve atender, cumulativamente, os seguintes critérios:

a. Suas operações são delimitadas no tempo; e

b. Sua produção incorpora ao patrimônio da União ou aperfeiçoa ou expande a ação de governo no âmbi-
to da União.

60
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As dimensões relevantes para o exame do atendimento dos critérios para classificação da ação como
projeto constam doRoteiro da Análise do Qualitativo para o PLOA 2022, com especial destaque para a
análise da legislação que trata dos bens e competências da União, da repercussão financeira do custeio
para a União, dos atributos modalidade de aplicação, da forma de implementação, do produto e da espe-
cificação do produto.

4.5.2.3 Operação Especial

Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo
no âmbito da União, das quais não resulta um produto e não geram contraprestação direta sob a forma
de bens ou serviços.

As operações especiais caracterizam-se por não retratar a atividade produtiva no âmbito da União,
podendo, entretanto, contribuir para a produção de bens ou serviços à sociedade, quando caracterizada
por transferências a outros entes. Ações de fomento ou apoio da União a projetos de outros entes, por
exemplo, são característicos das operações especiais. São exemplos de operações especiais as ações
0A81 - Financiamento de Operações no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar - PRONAF (Lei nº 10.186, de 2001), e 0080 - Subvenção Econômica ao Preço do Óleo Diesel
de Embarcações Pesqueiras (Lei nº 9.445, de 1997), ambas pertencentes ao programa finalístico 1031 -
Agropecuária Sustentável.

Desde 2015, o processo de revisão das ações envolve a identificação, quando possível, útil ou desejável,
de unidades de mensuração (volume de operação, carga de trabalho, produtos/serviços gerados a partir
das transferências etc.) para as operações especiais.

Esse processo de revisão envolve, também, a análise geral das ações atuais, que permitirá a identifica-
ção de falhas de classificação e os seus respectivos ajustes, quando necessário.

Por fim, as operações especiais deverão ser tipificadas conforme o atributo “Subtipo de Operação Espe-
cial” (vide item 4.5.2.4.3.1).

Exemplos de operações especiais e respectivos tipos e itens de mensuração:

Operação Especial Subtipo Item de mensuração


0284 – Amortização e Encargos 1 – Amortização e refinanciamento e Não se aplica
de Financiamento da Dívida encargos de financiamento da dívida
Contratual Externa contratual e mobiliária interna e exter-
na
00M4 – Remuneração a Agen- 3 – Coberturas de garantia, comple- Instituição financeira remu-
tes Financeiros mentação e compensação financeira, nerada
remuneração à instituição financeira
e contraprestação da União com as
PPP

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0021 - Financiamento para 4 - Operações de financiamento e Município beneficiado
Modernização da Gestão Admi- encargos delas decorrentes (em-
nistrativa e Fiscal dos Municí- préstimos, financiamentos diretos,
pios concessão de créditos, equalizações,
coberturas de garantias, coberturas de
resultados, honras de aval, assistência
financeira), reembolsáveis ou não
0083 - indenização a Familiares 13 - Pagamento de indenizações, abo- Indenização concedida
de Mortos e Desaparecidos em nos, seguros, auxílios, benefícios pre-
razão da Participação em Ati- videnciários e de assistência social
vidades Políticas (Lei nº 9.140,
de 1995)
00M6 - Concessão de Bolsas 19 - Concessão de bolsas Bolsa concedida
para Pesquisa Econômica
0359 - contribuição ao Fundo 20 - Outros temas Agricultor segurado
Garantia-Safra (Lei nº 10.420,
de 2002)

Em grande medida, as operações especiais estão associadas aos programas do tipo Operações Espe-
ciais, os quais constarão apenas do orçamento, não integrando o PPA, conforme codificação relacionada
abaixo:

CÓDIGO TIPO TÍTULO


0901 Operações Especiais Cumprimento de Sentenças
Judiciais
0902 Operações Especiais Financiamentos com Retor-
no
0903 Operações Especiais Transferências Constitucio-
nais e as Decorrentes de
Legislação Específica
0904 Operações Especiais Outras Transferências
0905 Operações Especiais Serviço da Dívida Interna
(Juros e Amortizações)
0906 Operações Especiais Serviço da Dívida Externa
(Juros e Amortizações)
0907 Operações Especiais Refinanciamento da Dívida
Interna
0908 Operações Especiais Refinanciamento da Dívida
Externa
0909 Operações Especiais Outros Encargos Espe-
ciais
0910 Operações Especiais Gestão da Participação em
Organismos e Entidades
Nacionais e Internacio-
nais

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0911 Operações Especiais Remuneração de Agentes
Financeiros
0913 Operações Especiais Integralização de Cotas em
Organismos Financeiros
Internacionais

Ademais, devido à sua característica inerente de não retratar a atividade produtiva no âmbito da União,
e, portanto, abrangendo despesas como dívidas e transferências a outros entes, a maior parte das opera-
ções especiais é classificada com a função 28 – Encargos Especiais, que, segundo a Portaria nº42/1999,
divulgada pela Portaria SOF/ME nº 2.520, de 21 de março de 2022, engloba as despesas em relação às
quais não se possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como:
dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra.

4.5.2.4 Atributos das ações orçamentárias

4.5.2.4.1 Título

Permite visualizar a intervenção a ser realizada, expressando em linguagem clara o objeto da ação.
Constitui-se na forma de identificação da ação orçamentária pela sociedade na LOA e deve comunicar de
maneira sucinta e clara a finalidade da ação. O título deve ser específico e não pode se resumir ao “no-
me-fantasia”, contudo, poderá trazê-lo entre parênteses ao final da sentença, assim, evita-se a execução
de quaisquer despesas não relacionadas à operação. De acordo com a alínea g, Inciso I, § 1º, art. 151 da
LDO-2022, a finalidade da ação deve estar consubstanciada no seu título.

Exemplo: ação 10S2 - Construção do Centro de Tecnologia da Câmara dos Deputados

4.5.2.4.2 Descrição

O campo descrição deverá expressar, de forma concisa as informações necessárias ao entendimento


do que será realizado na ação governamental. Logo, deve evidenciar o que é feito e para que é feito no
âmbito da ação, seu escopo, suas delimitações e o seu objetivo. Exemplo: para a ação 10S2, a descrição
é:

O que é feito?

Construção do Bloco C do Complexo Avançado da Câmara dos Deputados, no Setor de Garagens Minis-
teriais Norte, Lote do Congresso Nacional, (…) em sistema construtivo modular, com aproximadamente
14.700 m².

Para que é feito (objetivo)?

Destinado a abrigar o Centro de Tecnologia, unidades dos Departamentos de Polícia, Médico, Técnico e
demais órgãos da Casa.

OBSERVAÇÃO:

Poderá haver a atualização da descrição durante todo o ano de execução, desde que mantida a compati-
bilidade com a finalidade da existência da ação, expressa no seu título (atributo legal).

O orçamento da União é voltado para os resultados, os quais, posteriormente serão avaliados, dessa
forma, espera-se que a descrição da ação aponte o resultado que pretende atingir e a forma como isso
ocorrerá. Logo, a descrição da ação não se trata do reflexo da estrutura do órgão ou de uma mera lista-
gem de elementos de despesas.

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4.5.2.4.3 Tipo

As ações podem ser dos tipos Projeto, Atividade ou Operação Especial. No âmbito do SIOP, as Reservas
de Contingências correspondem a um tipo de ação específico e com numeração própria. Para mais infor-
mações, vide itens 4.5.2.1 Atividade, 4.5.2.2 Projeto e 4.5.2.3 Operação Especial.

4.5.2.4.3.1 Subtipo de Operação Especial

Quando se tratar do tipo operações especiais, a ação deverá ser classificada quanto ao subtipo. A utili-
zação do campo “Item de Mensuração” será facultada nos casos apontados como “Opcional” na tabela
abaixo.

SUBTIPOS DE OPERAÇÕES ESPECIAIS MENSURAÇÃO


1. Amortização e refinanciamento e encargos de finan- NÃO
ciamento da dívida contratual e mobiliária interna e
externa
2. Transferência ao Governo do Distrito Federal e anti- OPCIONAL
gos Territórios para o pagamento de assistência médica
e pré-escolar, auxílio-alimentação e auxílio-transpor-
te
3. Coberturas de garantia, complementação e compen- OPCIONAL
sação financeira, remuneração à instituição financeira e
contraprestação da União com as PPP
4. Operações de financiamento e encargos delas decor- OPCIONAL
rentes (empréstimos, financiamentos diretos, conces-
são de créditos, equalizações, coberturas de garantias,
coberturas de resultados, honras de aval, assistência
financeira), reembolsáveis ou não
5. Contribuição a organismos e/ou entidades internacio- NÃO
nais.
6. Contribuição a entidades nacionais. NÃO
7. Contribuição à previdência privada NÃO
8. Contribuição patronal da União para o custeio do NÃO
Regime de Previdência dos Servidores Públicos Fede-
rais
9. Ações de reservas técnicas (centralização de recur- NÃO
sos para atender concursos, provimentos, nomeações,
reestruturação de carreiras etc.)
10. Cumprimento de sentenças judiciais (precatórios, NÃO
sentenças de pequeno valor, sentenças contra empre-
sas, débitos vincendos etc.)
11. Integralização de cotas junto a entidades nacionais, OPCIONAL
internacionais e Fundos
12. Pagamento de aposentadorias e pensões NÃO
13. Pagamento de indenizações, abonos, seguros, OPCIONAL
auxílios, benefícios previdenciários e de assistência
social

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14. Participação da União no capital de empresas na- NÃO
cionais ou internacionais e operações relativas à subs-
crição de ações
15. Encargos financeiros (decorrentes da aquisição de NÃO
ativos, questões previdenciárias ou outras situações em
que a União assuma garantia de operação)
16. Ressarcimentos OPCIONAL
17. Subvenções econômicas e subsídios OPCIONAL
18. Transferências constitucionais, legais e voluntá- OPCIONAL
rias
19. Concessão de bolsas OPCIONAL
20. Outros temas OPCIONAL

4.5.2.4.4 Base Legal

Apresenta os instrumentos normativos específicos que dão respaldo, determinam ou fundamentam a


despesa pública de que trata a ação orçamentária e que, por exemplo, permitem identificar se é transfe-
rência obrigatória ou se trata de aplicação de recursos em área de competência da União. Caso não haja
uma norma específica que fundamente o gasto, deve-se indicar o decreto que estabelece as competên-
cias do órgão.

A legislação informada na Base Legal integra o Volume II do PLOA. Para 2022, deve-se observar as
orientações constantes doRoteiro da Análise do Qualitativo para o PLOA 2022, com especial destaque
à forma e ordem de citação das normas relevantes e a possibilidade de agrupamento da legislação por
tema.

OBSERVAÇÃO:

Além da padronização das informações, é importante revisar a vigência dos normativos que compõem
a base legal da ação, por exemplo, Medidas Provisórias devem ser atualizadas quando da sua conver-
são.

4.5.2.4.5 Produto

Bem ou serviço que resulta da ação, destinado ao público-alvo, ou o insumo estratégico que será utili-
zado para a produção futura de bem ou serviço. Aplicável apenas às ações do tipo Projeto e Atividade, o
produto deve ser específico, de forma a exibir qual será o resultado da ação. Deve-se analisar a relação
direta entre produto e finalidade da ação, ou seja, se os produtos/serviços dessas ações viabilizam o
objetivo proposto (refletem efetivamente um bem ou serviço prestado à sociedade).

Cada ação deve ter um único produto, conforme preconizado no § 8º, art. 5º da LDO-2022: “A ação orça-
mentária (…) deve identificar a função e a subfunção às quais se vincula e referir-se a um único produto.
O produto deve ser apresentado com o verbo no particípio. Exemplo: “Edifício construído”.

Em situações especiais, pode expressar quem são os beneficiários atendidos pela ação, como, por
exemplo, a ação 216H - Ajuda de Custo para Moradia ou Auxílio-Moradia a Agentes Públicos, cujo produ-
to é “agente público beneficiado”.

4.5.2.4.5.1 Especificação do Produto

Características do produto acabado, visando sua melhor identificação. A especificação deve detalhar o

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1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
produto de forma que não restem dúvidas a respeito do resultado esperado da ação. Exemplo: Para a
ação 20U5 - Ensino de Graduação e Pós-Graduação em Estatísticas e Geociências, a especificação do
produto é “Aluno matriculado nos cursos de graduação, especialização, mestrado e doutorado da Escola
Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE)”.

4.5.2.4.5.2 Unidade de Medida

Padrão selecionado para mensurar a produção do bem ou serviço. A unidade de medida deve ser pre-
cisa, principalmente nas ações do tipo Projeto. Exemplo: Para a ação 10S2 Construção do Centro de
Tecnologia da Câmara dos Deputados, a unidade de medida é “% de execução física”.

OBSERVAÇÃO:

Percebe-se que os atributos Título, Descrição, Produto, Especificação do produto e Unidade de Medi-
da estão intimamente conectados e devem ser coerentes entre si, a fim de garantir a consistência da
ação.

4.5.2.4.5.3 Item de Mensuração

Apenas aplicável às ações do tipo Operação Especial, visa detalhar o volume de operação, carga de tra-
balho, produtos ou serviços gerados a partir das transferências, no caso das operações especiais em que
a mensuração seja possível, útil ou desejável.

4.5.2.4.5.4 Especificação do Item de Mensuração

Detalhamento do Item de Mensuração, exemplo: para a ação 00CY Transferências ao Fundo de Desen-
volvimento Social – FDS (Lei nº 11.977, de 2009), a especificação é “Quantidade de contratos firmados
para regularização de lotes, melhoria ou construção de unidades habitacionais”.

4.5.2.4.6 Beneficiário da Ação

Segmento da sociedade ou do Estado para o qual os bens ou serviços são produzidos ou adquiridos, ou
ainda aqueles que diretamente usufruem dos seus efeitos.

4.5.2.4.7 Forma de Implementação

Descrição de todas as etapas do processo até a entrega do produto, inclusive as desenvolvidas por par-
ceiros. Deve ser classificada segundo os conceitos abaixo:

a) direta: ação orçamentária executada diretamente pela unidade responsável, sem que ocorra transfe-
rência de recursos financeiros para outros entes da Federação (Estados, Distrito Federal e Municípios)
ou para entidades privadas. É o caso da ação 125H Construção do Complexo Integrado do Instituto Na-
cional de Câncer - INCA , executada diretamente pelo Governo Federal.

Alguns exemplos de execução direta são a contratação de empresas, a realização de licitação, a utiliza-
ção da equipe técnica do órgão e contratos de gestão.

Cabe esclarecer que o termo de execução descentralizada - TED, definido pelo Decreto nº 10.426, de
16 de julho de 2020, como “instrumento por meio do qual a descentralização de créditos entre órgãos e
entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União é ajustada, com vistas à
execução de programas, de projetos e de atividades, nos termos estabelecidos no plano de trabalho e
observada a classificação funcional programática”, enquadra-se na forma de implementação direta, pois
não pressupõe a transferência de recursos entre entes da federação.

b) descentralizada/delegada: atividade ou projeto, na área de competência da União, executado por outro

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1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
ente da Federação (Estado, Município ou Distrito Federal), com recursos repassados pela União. Impor-
tante observar que a execução se dará em outro ente, logo, caso a execução seja realizada por outra
Unidade Orçamentária da União, não se configura como descentralização. São exemplos de descentrali-
zação/delegação: celebração de convênios, termos de compromisso ou outros instrumentos congêneres
com entes subnacionais. A classificação da ação como direta ou descentralizada não é mutuamente ex-
clusiva, pois em alguns casos é possível que determinadas ações sejam implementadas tanto de forma
direta quanto descentralizada.

OBSERVAÇÃO: Delegação

Conforme art. 88 e 89 da LDO-2022: Art. 88. A entrega de recursos aos Estados, ao Distrito Federal, aos
Municípios e consórcios públicos em decorrência de delegação para a execução de ações de respon-
sabilidade exclusiva da União, especialmente quando resulte na preservação ou no acréscimo no valor
de bens públicos federais, não se configura como transferência voluntária e observará as modalidades
de aplicação específicas. § 1º A destinação de recursos de que trata o caput observará o disposto na
Subseção I. § 2º É facultativa a exigência de contrapartida na delegação de que trata o caput. Art. 89.
Na hipótese de igualdade de condições entre Estados, Distrito Federal, Municípios e consórcios públicos
para o recebimento de transferências de recursos nos termos estabelecidos nesta Seção, os órgãos e as
entidades concedentes deverão dar preferência aos consórcios públicos.

c) transferência: são aplicáveis apenas às operações especiais. Trata-se do repasse de recursos da


União para que outros entes executem as ações. c.1) obrigatória: operação especial que transfere re-
cursos, por determinação constitucional ou legal, aos Estados, Distrito Federal e Municípios. Exemplo:
ação 0515 - Dinheiro Direto na Escola para a Educação Básica; e c.2) outras: transferência de recursos
a entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, organizações não governamentais e outras institui-
ções, que não decorram de determinação constitucional ou legal. Exemplo: ação 008A - Contribuição à
Academia Brasileira de Ciências - ABC e

d)linha de crédito: ação realizada mediante empréstimo de recursos aos beneficiários da operação.
Enquadram-se também nessa classificação os casos de empréstimos concedidos por estabelecimento
oficial de crédito a Estados e Distrito Federal, Municípios e ao Setor Privado. Exemplo: ação 0A81 - Fi-
nanciamento de Operações no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar -
PRONAF (Lei nº 10.186, de 2001)

Segue quadro com detalhamento das transferências e delegações e respectivas classificações por natu-
reza de despesa.

4.5.2.4.8 Detalhamento da Implementação

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Modo como a ação orçamentária será executada, podendo conter dados técnicos e detalhes sobre os
procedimentos que fazem parte da respectiva execução. No detalhamento da implementação é neces-
sário explicitar a forma como será realizada a implementação, por exemplo: foi realizado um convênio?
Houve repasse fundo a fundo? Contrato de gestão? Deve descrever todas as etapas do processo até a
entrega do produto.

Para a ação 15F7 - Construção da Sede do Departamento Peninteciário Nacional - DEPEN, o detalha-
mento da implementação é:

Construção da sede do Departamento Penitenciário Nacional, com espaço para a Escola Nacional de
Serviços Penais. Gastos com estudos e projetos preliminares e demais custos decorrentes de obras, bem
como os encargos contratuais de gerenciamento, projetos e aparelhamento. Gastos iniciais para a con-
cretização do projeto, tais como projetos básico e executivo, contratação e início das obras. A sede e a
Escola serão edificadas no mesmo terreno, formando um complexo.

4.5.2.4.9 Unidade Responsável

Unidade administrativa, entidade, inclusive empresa estatal ou parceiro (Estado, Distrito Federal, Municí-
pio, ou setor privado), responsável pela execução da ação orçamentária. No caso da ação 116E - Cons-
trução da Ferrovia Norte-Sul - Anápolis/GO - Uruaçu/GO - EF-151 , a unidade responsável é a VALEC
- Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., do Ministério da Infraestrutura.

4.5.2.4.10 Atributos específicos das ações do tipo Projeto

Custos do Projeto

Composto pelos seguintes campos:

Custo OFSS: custo orçado no Orçamento Fiscal e no Orçamento da Seguridade Social;

Custo Demais Fontes: recursos provenientes de outras fontes, como contrapartidas de outros entes, re-
cursos de FGTS, entre outros; e

Custo Global: refere-se ao somatório do Custo Total (Financiado pelo Orçamentos Fiscal e Seguridade
da União) e o Custo de Demais Fontes. Nas ações em que houver mais de um localizador, o custo global
estimado será o somatório do custo individual de cada localizador.

OBSERVAÇÃO:

O art. 12 da LDO-2022 exige a individualização em categoria de programação específica das despesas


com investimentos plurianuais, no âmbito da União, cujo valor seja superior a R$ 50 milhões. É a partir
do custo global que se verifica se o projeto deve atender a esse requisito.

Cumpre ressaltar que os projetos de investimentos, cujo conceito consta detalhado no art. 15 do Decreto
nº 10.321/2020, vinculados a ações orçamentárias do tipo projeto, em especial aqueles cujo valor glo-
bal seja superior a R$ 50 milhões, demandam outras informações como histórico de execução, projeção
anual de implementação e existência de estudos, licenças e projetos, que deverão ser preenchidas em
módulo específico do SIOP. As informações captadas no referido módulo, de natureza gerencial, são
relevantes para a análise orçamentária dos projetos constantes do orçamento da União, tendo em vista
qualificar a alocação e acompanhamento orçamentário relacionados aos ativos de infraestrutura da União
que sejam financiados por meio de ações do tipo projeto do orçamento federal.

Total Físico

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Trata da quantidade de produto a ser ofertado ao final de seu período de execução. Na ação 116E Cons-
trução da Ferrovia Norte-Sul - Anápolis/GO - Uruaçu/GO - EF-151, o total físico é “285 Km”.

Nas ações em que houver mais de um localizador, o total físico será omitido.

Previsão de início e término (Duração do Projeto)

Datas de início e término do projeto. A ação 116E Construção da Ferrovia Norte-Sul - Anápolis/GO -
Uruaçu/GO - EF-151 tem início e término previstos, respectivamente, para 01/01/2008 e 31/12/2023.

Nas ações em que houver mais de um localizador, a data de início da ação corresponderá à do localiza-
dor que primeiramente se inicia e a de término do último a ser concluído.

Qtde de Localizadores Ativos

Informa a quantidade de localizadores ativos da ação. A ação 116E Construção da Ferrovia Norte-Sul -
Anápolis/GO - Uruaçu/GO - EF-151 possui um localizador ativo.

4.5.2.4.11 Marcador “Regionalizar na Execução”É notório que algumas ações orçamentárias têm uma
singular dificuldade em serem planejadas sob a perspectiva territorial antes do início de sua execução,
principalmente considerando sua estratégia de implementação. Exemplo disso são as ações que depen-
dem da adesão prévia de entes subnacionais a editais ou processos seletivos. Esta forma de implemen-
tação faz com que qualquer previsão de recursos circunscrita a um espaço geográfico mais focalizado
durante a fase de elaboração revele-se imprecisa e irreal.

Para os casos em que não seja possível a regionalização durante o processo de elaboração orçamentá-
ria, foi criado este atributo que permitirá se fazer a regionalização na execução. Quando o campo “Regio-
nalizar na execução” for marcado, o módulo de Acompanhamento solicita, desde 2013, a execução física
e também a região onde a despesa ocorreu.

OBSERVAÇÃO:

Em decorrência do Acórdão nº1.827/2017– TCU – Plenário, o Governo Federal propôs um Plano de


Trabalho no qual se comprometeu a verificar a regionalização do gasto de 48 ações orçamentárias, dis-
postas na tabela abaixo, por meio do módulo do Acompanhamento Físico-Financeiro do Orçamento no
SIOP.

A fim de auxiliar o cumprimento da proposta de regionalizar tais ações na execução, inseriu-se no módu-
lo qualitativo do SIOP um item novo na lista de verificação, com o propósito de verificar se as 48 ações
selecionadas estão devidamente marcadas para posterior regionalização.

Adicionalmente, sempre que possível, recomenda-se a programação orçamentária detalhada no nível de


localizadores regionalizados.

Relação das 48 ações, dispostas por órgão

22000 - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

0012 - Financiamentos ao Agronegócio Café (Lei nº 8.427, de 1992)

20M4 - Apoio à Implementação de Políticas Agroambientais

2130 - Formação de Estoques Públicos – AGF

24000 - Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações

00LV - Formação, Capacitação e Fixação de Recursos Humanos Qualificados para C,T&I

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26000 - Ministério da Educação

00IG - Concessão de Financiamento Estudantil - FIES (Lei nº 10.260, de 2001)

00PI - Apoio à Alimentação Escolar na Educação Básica (PNAE)

0487 - Concessão de Bolsas de Estudos no Ensino Superior

20RQ - Produção, Aquisição e Distribuição de Livros e Materiais Didáticos e Pedagógicos para Educação
Básica

0E36 - Complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e


da Valorização dos Profissionais de Educação - FUNDEB

0515 - Dinheiro Direto na Escola para a Educação Básica

0509 - Apoio ao Desenvolvimento da Educação Básica

00O0 - Concessão de Bolsas de Apoio à Educação Básica

20RP - Apoio à Infraestrutura para a Educação Básica

36000 - Ministério da Saúde

4705 - Apoio Financeiro para Aquisição e Distribuição de Medicamentos do Componente Especializado


da Assistência Farmacêutica

8585 - Atenção à Saúde da População para Procedimentos em Média e Alta Complexidade

20YE - Aquisição e Distribuição de Imunobiológicos e Insumos para Prevenção e Controle de Doenças

21BG - Formação e Provisão de Profissionais para a Atenção Primária à Saúde

20YR - Manutenção e Funcionamento do Programa Farmácia Popular do Brasil Pelo Sistema de Gratui-
dade

20YP - Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde Indígena

4295 - Atenção aos Pacientes Portadores de Doenças Hematológicas

8535 - Estruturação de Unidades de Atenção Especializada em Saúde

4370 - Atendimento à População com Medicamentos para Tratamento dos Portadores de HIV/AIDS e
outras Doenças Sexualmente Transmissíveis

6148 - Assistência Médica Qualificada e Gratuita a Todos os Níveis da População e Desenvolvimento de


Atividades Educacionais e de Pesquisa no Campo da Saúde - Serviço Social Autônomo Associação das
Pioneiras Sociais

20YD - Educação e Formação em Saúde

39000 - Ministério da Infraestrutura (Transportes)

0118 - Financiamentos à Marinha Mercante e à Indústria de Construção e Reparação Naval

52000 - Ministério da Defesa

20XV - Operação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro - SISCEAB

53000 - Ministério do Desenvolvimento Regional (Cidades)

00AF - Integralização de Cotas ao Fundo de Arrendamento Residencial - FAR

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00CW - Subvenção Econômica Destinada a Implementação de Projetos de Interesse Social em Áreas
Urbanas (Lei nº 11.977, de 2009)

53000 - Ministério do Desenvolvimento Regional (Integração Nacional)

0355 - Financiamento de Projetos do Setor Produtivo no âmbito do Fundo de Desenvolvimento do Nor-


deste - FDNE (Lei Complementar nº 125, de 3 de janeiro de 2007) *

00AF - Integralização de Cotas ao Fundo de Arrendamento Residencial - FAR

00CW - Subvenção Econômica Destinada a Implementação de Projetos de Interesse Social em Áreas


Urbanas (Lei nº 11.977, de 2009)

10T2 - Apoio a Projetos e Obras de Reabilitação, de Acessibilidade e Modernização Tecnológica em


Áreas Urbanas

12OB - Gestão de Projetos Públicos de Irrigação

140X - Regularização Ambiental e Fundiária de Projetos Públicos de Irrigação

1D73 - Apoio à Política Nacional de Desenvolvimento Urbano

20NC - Operação e Manutenção de Unidades de Produção para Apoio aos Arranjos Produtivos Locais -
APLs

20WQ - Gestão de Políticas de Desenvolvimento Regional e Ordenamento Territorial

212H - Manutenção de Contrato de Gestão com Organizações Sociais (Lei nº 9.637, de 15 de maio de
1998)

212M - Apoio e Estruturação de Projetos Aquícolas na Área de Atuação da Codevasf

214S - Estruturação e Dinamização de Atividades Produtivas - Rotas de Integração Nacional

22BO - Ações de Defesa Civil

4786 - Capacitação e Monitoramento da Juventude Rural (Projeto Amanhã)

6553 - Apoio a Implantação de Infraestrutura Complementar, Social e Produtiva na Faixa de Fronteira

7K66 - Apoio a Projetos de Desenvolvimento Sustentável Local Integrado

7W59 - Apoio à Inovação na Faixa de Fronteira Implantação do Projeto Sul-Fronteira

8872 - Apoio à Capacitação de Gestores e Agentes Sociais para o Desenvolvimento Urbano e Regio-
nal

8874 - Apoio ao Planejamento e Gestão Urbana Municipal e Interfederativa

55000 - Ministério da Cidadania (Desenvolvimento Social)

00H5 - Benefícios de Prestação Continuada (BPC) à Pessoa Idosa e da Renda Mensal Vitalícia (RMV)
por Idade

00IN - Benefícios de Prestação Continuada (BPC) à Pessoa com Deficiência e da Renda Mensal Vitalícia
(RMV) por Invalidez

219E - Ações de Proteção Social Básica

4.5.2.4.12 Marcador “Ação de Insumo Estratégico”

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1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
Este campo deverá ser marcado nos casos de ações que retratem a produção ou a aquisição de insumos
estratégicos, que são aqueles cuja interrupção no fornecimento pode comprometer a produção de bens e
serviços ou a expansão do fornecimento destes à sociedade ou ao Estado.

4.5.2.4.13 Marcador “Detalhamento Obrigatório em Planos Orçamentários” Quando marcado, indica que
a ação deverá conter pelo menos um PO específico, diferente do PO 0000. Em geral a SOF faz essa
marcação quando há necessidade de um maior detalhamento das ações.

4.5.2.4.14 Plano Orçamentário - PO

4.5.2.4.14.1 Conceito Plano Orçamentário – PO é uma identificação orçamentária, de caráter gerencial


(não constante da LOA), vinculada à ação orçamentária, que tem por finalidade permitir que, tanto a
elaboração do orçamento quanto o acompanhamento físico e financeiro da execução, ocorram num nível
mais detalhado do que o do subtítulo/localizador de gasto.

Os POs são vinculados a uma ação orçamentária, entendida esta ação como uma combinação de esfera-
-unidade orçamentária-função-subfunção-programa-ação. Por conseguinte, variando qualquer um destes
classificadores, o conjunto de POs varia também.

Em termos quantitativos, no entanto, os POs de uma ação são válidos quando associados aos seus
subtítulos/localizadores de gasto. Ou seja, se uma ação possui POs vinculados, a captação da proposta
orçamentária – física e financeira – se dará no nível da associação subtítulo PO. Porém, note que a pro-
posta de dotação para o subtítulo será a soma das propostas dos POs associados àquele subtítulo. Já
a meta física do subtítulo será captada à parte, pois o produto do PO em geral é diferente do produto da
ação, impedindo o somatório.

A figura abaixo procura demonstrar o vínculo entre ações, subtítulos e POs.

O detalhamento da ação em POs é uma ferramenta gerencial e, com exceção de alguns casos (ver item
4.5.2.4.15), não é obrigatório. Entretanto, para viabilizar a integração SIOP-SIAFI, tendo em vista que a
formação do Programa de Trabalho Resumido - PTRES (código atribuído pelo SIAFI para agilizar a exe-
cução, controle e acompanhamento dos planos definidos pela UO) no sistema financeiro é padronizada,
toda ação deve ter ao menos 1 (um) código de PO. Por isso, ao ser criada uma ação, o SIOP gera auto-
maticamente o PO 0000, que absorve toda a dotação da ação, caso não haja outros POs. Caso a ação
possua vários POs, o órgão setorial tem a possibilidade de remanejar a dotação entre o PO 0000 e os
POs específicos, parcial ou integralmente. Em se optando por detalhar a ação em POs devem ser criados
os POs específicos, que coexistirão com o PO 0000. Ressalta-se que o PO 0000 não pode ser excluído
do cadastro de ações por ser um requisito do SIOP, ainda que não tenha dotação associada a ele. Ao
ser gerado, o PO 0000 receberá do SIOP como título o próprio nome da ação. Posteriormente, se forem
criados outros POs na mesma ação, o SIOP adicionará automaticamente ao PO 0000 o sufixo “ - Despe-

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sas Diversas“. Por sua vez, os POs específicos terão seu nome atribuído diretamente pelo usuário que
os criar, enquanto seu código será gerado automaticamente pelo SIOP, sendo, porém, modificável pelo
usuário.

—- OBSERVAÇÃO : Apesar ser possível a modificação dos códigos pelo usuário, caso se opte por res-
gatar o código de um PO utilizado em um exercício anterior, deve-se atentar para o reflexo sobre a série
histórica da programação em questão. Dessa forma, é desejável que a utilização de um mesmo código
de PO previamente utilizado seja feita para um plano orçamentário que tenha o mesmo propósito ou
objetivo.

—- Cabe destacar também que o detalhamento da programação em PO não substitui as demais catego-
rias de programação (Atividades, Projetos ou Localizadores). 4.5.2.4.14.2. Usos do PO Não há uma lista
exaustiva dos casos em que os POs podem ser utilizados. Seu uso pode ocorrer sempre que for neces-
sário o acompanhamento mais detalhado das ações orçamentárias, conforme a particularidade de cada
órgão setorial, ressaltando que os POs devem contribuir para alcançar o resultado final pretendido para
a ação. A seguir serão descritas algumas situações em que os POs são comumente usados: Produção
pública intermediária:os POs podem identificar a geração de produtos ou serviços intermediários ou a
aquisição de insumos utilizados na geração do bem ou serviço final da ação orçamentária.

Exemplo:

Ação do tipo Atividade: Governança do Patrimônio Imobiliário da União

PO 0000: Governança do Patrimônio Imobiliário da União – Despesas Diversas

PO 0001: Caracterização do Patrimônio Imobiliário da União

PO 0002: Incorporação de Imóveis ao Patrimônio da União

PO 0005: Gestão de Receitas Patrimoniais

PO 0006: Gestão e Fortalecimento das Unidades da Secretaria de Patrimônio da União

PO 0007: Regularização Fundiária e Provisão Habitacional em Imóveis da União

Ação do tipo Projeto: Estruturação do Governo Digital

PO 0000: Estruturação do Governo Digital - Despesas Diversas

PO 0001: Interoperabilidade de Sistemas e Dados do Governo Federal

PO 0005: Plataforma de Cidadania Digital

PO 000A: Simplificação e Melhoria de Serviços Públicos

PO 000B: Implementação do Projeto de Unificação de Canais Digitais (gov.br)

PO 000C: Validação biométrica para Serviços Públicos

Ação do tipo Projeto: Aprimoramento da Infraestrutura da Polícia Federal

PO 0000: Aprimoramento da Infraestrutura da Polícia Federal - Despesas Diversas

PO 0001: Construções de Pequeno Porte

PO 0002: Ampliações, Reformas e Modernizações de Pequeno Porte ou Imprevisíveis

PO 0007: Construção da Delegacia de Oiapoque/AP

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PO 000B: Reforma da Fachada da SR/PF/SP

PO 000I: Construção de Posto Avançado em Fernando de Noronha/PE

PO 000J: Construção de Delegacia em Tabatinga/AM

PO 000K: Construção de Delegacia em Cascavel/PR

PO 000L: Construção de Delegacia em Corumbá/MS

Órgão: 32396 - Agência Nacional de Mineração

Ação 2000 - Administração da Unidade

PO 0000: Administração da Unidade – Despesas Diversas

PO 0003: Administração da ANM SEDE

PO 0004: Administração da Gerência Regional da ANM de Alagoas

PO 0005: Administração da Gerência Regional da ANM do Amazonas

PO 0006: Administração da Gerência Regional da ANM da Bahia

PO 0007: Administração da Gerência Regional da ANM do Ceará

PO 0008: Administração da Gerência Regional da ANM do Espírito Santo

Órgão: 52000 – Ministério da Defesa - UO 52101 - Administração Direta

Ação 2000 - Administração da Unidade

PO 0000: Administração da Unidade – Despesas Diversas

PO 0006: Departamento de Administração Interna - DEADI

PO 0007: Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação – DETIC

PO 0008: Secretaria de Produtos de Defesa - SEPROD

PO 0009: Secretaria de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto - SEPESD

PO 000A: Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas - EMCFA

PO 000G: Escola Superior de Guerra – ESG

PO 000I: Secretaria-Geral (Gabinete)

PO 000J: Gabinete do Ministro

CODIGO TÍTULO

2000 Despesas administrativas

2866 Ações de Caráter Sigiloso

AMMM Ajuda de custo para moradia a magistrados e membros do Ministério Público - ativos

AMOA Auxílio-moradia para outros agentes públicos - ativos

Ação do tipo Atividade: Promoção do Acesso ao Patrimônio Documental Nacional

PO 0000: Promoção do Acesso ao Patrimônio Documental Nacional – Despesas Diversas

PO 2000: Despesas Administrativas

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1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
Ação do tipo Atividade: Auditoria e Fiscalização Tributária e Aduaneira

PO 0000: Auditoria e Fiscalização Tributária e Aduaneira – Despesas Diversas

PO 2866: Ações de Caráter Sigiloso

PO 2867: Operações de Repressão à Sonegação, Contrabando e Descaminho

Ação do tipo Atividade: Ajuda de Custo para Moradia ou Auxílio-Moradia a Agentes Públicos

PO 0000: Ajuda de Custo para Moradia ou Auxílio-Moradia a Agentes Públicos – Despesas Diversas

PO AMMM: Ajuda de custo para moradia a magistrados e membros do Ministério Público - ativos

PO AMOA: Auxílio-moradia para outros agentes públicos - ativos

4.5.2.4.14.3. Atributos do PO

a. Código: identificação alfanumérica de quatro posições, criada automaticamente pelo sistema SIOP e
modificável pelo usuário;

b. Título: texto que identifica o PO, de forma resumida;

c. Caracterização: descrição detalhada do que será feito no âmbito do PO;

d. Produto intermediário: bem ou serviço gerado pelo PO;

e. Unidade de medida: padrão utilizado para mensurar o produto do PO;

f. Unidade responsável: unidade administrativa responsável pela execução do PO;

g. PO de origem: tabela que identifica a correlação entre um PO existente na programação e o PO que


está sendo criado no exercício de 2021 (“De/Para”). É possível que um PO esteja correlacionado a vários
POs simultaneamente;

h. Marcador de análise da SAIN/ME (apenas para ação 00OQ): marcação de que a contribuição a Orga-
nismo Internacional foi analisada previamente pela SAIN/ME, com a respectiva análise. Deve ser infor-
mado o documento da SAIN que autorizou a inclusão da Ação ou PO.

4.5.2.4.14.4. Produto do PO De modo geral, temos as seguintes regras:

Quando a ação não tiver produto, não é obrigatório que seus POs tenham um produto intermediário; *
Quando a ação tiver produto, é obrigatório que seus POs tenham um produto intermediário; e * No caso
dos POs reservados, são geralmente criados sem produto, assim, o campo do SIOP destinado ao produ-
to do PO fica indisponível.

4.5.3. SUBTÍTULO

As atividades, os projetos e as operações especiais serão detalhados em subtítulos, utilizados especial-


mente para identificar a localização física da ação orçamentária ou a localização física do seu beneficiá-
rio, não podendo haver, por conseguinte, alteração de sua finalidade, do produto e das metas estabeleci-
das.

A adequada localização do gasto permite maior controle governamental e social sobre a implantação das
políticas públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, os custos e os impactos da ação governa-
mental.

A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por Região (Norte, Nordeste,
Centro Oeste, Sudeste, Sul), por Estado ou Município ou, excepcionalmente, por um critério específico,

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1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
quando necessário. A LDO veda, na especificação do subtítulo, a referência a mais de uma localidade,
área geográfica ou beneficiário, se determinados.

Na União, o subtítulo representa o menor nível de categoria de programação e será detalhado por esfera
orçamentária, por GND, por modalidade de aplicação, IDUSO e por fonte/destinação de recursos, sendo
o produto e a unidade de medida os mesmos da ação.

O subtítulo deverá ser usado para indicar a localização geográfica da ação da seguinte forma:

1. Projetos: localização (de preferência, Município) onde ocorrerá a construção, no caso de obra física,
como por exemplo, obras de engenharia; nos demais casos, o local onde o projeto será desenvolvido;

2. Atividades: localização dos beneficiários/público-alvo da ação, o que for mais específico (em geral são
os beneficiários); e,

3. Operações especiais: localização do recebedor dos recursos previstos na transferência, compensação,


contribuição etc., sempre que for possível identificá-lo.

A partir do exercício de 2013, passou a ser utilizado o código IBGE de 7 dígitos, inclusive no caso de
alocações orçamentárias originárias de emendas parlamentares. Este, e não mais o código do subtítu-
lo, passa a ser o atributo oficial para consultas de base geográfica. Porém, para efeito legal e formal do
orçamento, continuar-se-á adotando os 4 dígitos do subtítulo.

Nesse contexto, haverá padronização dos códigos de subtítulos (4 dígitos) para Municípios. Outros recor-
tes geográficos como biomas, territórios da cidadania, Amazônia Legal, entre outros, serão pré-cadastra-
dos, sempre que necessário, pela SOF. Não haverá cadastramento descentralizado.

A denominação dos subtítulos continuará trazendo, por padrão, os descritores “Nacional”, “No exterior”,
“Na Região…”, “No Estado de…”, “No Distrito Federal”, “No Município de…”, ou ainda, os recortes adicio-
nais já mencionados.

Adicionalmente, foi criado o atributo “Complemento”, de preenchimento opcional, que especificará lo-
calizações inframunicipais (ou outras localizações não estruturadas). Quando esse “Complemento” for
utilizado, o subtítulo receberá, automaticamente, um código não padronizado de 4 dígitos.

Os subtítulos do tipo “Municípios até XX mil habitantes” deverão ser substituídos, pois demonstram crité-
rio de elegibilidade, e não de localização geográfica.

4.5.3.1. Atributos do subtítulo

4.5.3.1.1. Localização Geográfica, Codificação e o campo “Complemento”

A identificação dos subtítulos/localizadores é feita por um código numérico de quatro posições, conforme
tabela abaixo:

Código Texto padrão do subtítulo


0001 Nacional
0002 No Exterior
0010 Na Região Norte
0020 Na Região Nordeste
0030 Na Região Sudeste
0040 Na Região Sul
0050 Na Região Centro-Oeste

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0011 No Estado de Rondônia
0012 No Estado do Acre
0013 No Estado do Amazonas
0014 No Estado de Roraima
0015 No Estado do Pará
0016 No Estado do Amapá
0017 No Estado do Tocantins
0021 No Estado do Maranhão
0022 No Estado do Piauí
0023 No Estado do Ceará
0024 No Estado do Rio Grande do Norte
0025 No Estado da Paraíba
0026 No Estado de Pernambuco
0027 No Estado de Alagoas
0028 No Estado de Sergipe
0029 No Estado da Bahia
0031 No Estado de Minas Gerais
0032 No Estado do Espírito Santo
0033 No Estado do Rio de Janeiro
0035 No Estado de São Paulo
0041 No Estado do Paraná
0042 No Estado de Santa Catarina
0043 No Estado do Rio Grande do Sul
0051 No Estado de Mato Grosso
0052 No Estado de Goiás
0053 No Distrito Federal
0054 No Estado de Mato Grosso do Sul
0101 a 5999 Municípios (relação 1:1 com
a tabela de municípios do
IBGE)
6000 a 6499 Recortes geográficos espe-
cíficos (Ex.: Amazônia Legal,
Amazônia Ocidental, Biomas,
Bacias hidrográficas, Semiá-
rido, Territórios da Cidada-
nia etc., preferencialmente
aqueles definidos em atos
legais)
6500 a 9999 Localizadores de gasto não
padronizados

A codificação prévia de Municípios e de recortes geográficos dá maior consistência às consultas de infor-


mações orçamentárias em base territorial. Exceções ao caso acima podem ocorrer, mas mesmo a elas,
foi dada a alternativa de tratamento. Suponha-se que uma ação de Estruturação de Unidades de Saúde
tenha sido prevista no PLOA para ocorrer no Município de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.

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1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
No novo cadastro padronizado de localizadores municipais, Campos recebeu o código “3290”, e assim a
proposta foi encaminhada para o Congresso Nacional. Após a fase de apreciação e proposição de emen-
das pelo Congresso, essa ação retornou com um segundo localizador no mesmo Município de Campos.
O parlamentar, entretanto, complementou a regionalização da ação por ele proposta com uma localiza-
ção mais específica, destinou o recurso para uma entidade situada naquele Município.

Esta especificidade fez com que o novo subtítulo criado recebesse um código na faixa não padronizada,
ou seja, entre 6500 e 9999 (no exemplo, “6500”). Isto poderia gerar o mesmo problema de “dois códigos
de subtítulos endereçando a mesma região geográfica”, dificultando consolidações futuras. Entretanto
o SIOP terá gravado o código do IBGE para macrorregiões, estados e municípios em todos os registros
que fizerem menção a estes recortes, tenham sido eles criados na fase de elaboração da proposta do
Executivo ou durante os ajustes do Legislativo.

Se ainda no ano seguinte o próprio Executivo desejasse criar um terceiro subtítulo, especificando uma
nova localização no mesmo Município de Campos dos Goytacazes, outro identificador seria gerado. No
exemplo, trata-se do subtítulo “6501”, localizado no Centro de Campos. Note-se, porém, que o mesmo
código IBGE estará associado.

A figura abaixo procura ilustrar este exemplo. No exemplo, as dotações relacionadas ao Município de
Campos dos Goytacazes poderiam ser somadas utilizando-se o código IBGE “3301009”. Este campo,
que compõe os filtros de pesquisa do SIOP, passou a ser o atributo “oficial” para consultas de base geo-
gráfica a partir de 2013. Também foi criado o campo intitulado “Complemento”, para que as localizações
específicas (por exemplo, inframunicipais) possam ser criadas sem prejuízo da codificação padronizada –
casos frequentes até o ano de 2012.

Outro aspecto importante a salientar é que, a cada exercício, um mesmo código de localizador não pa-
dronizado pode ter descrição e significado diferente para a combinação UO+ação+localizador.

4.5.3.1.2 Repercussão Financeira sobre o Custeio do Órgão

Refere-se ao impacto (estimativa de custo anual) sobre as despesas de operação e manutenção do in-
vestimento após o término do projeto e em quais ações esse aumento ou decréscimo de custos ocorrerá,
caso o projeto venha a ser mantido pela União.

A execução de um determinado projeto geralmente acarreta incremento no custo de atividades. Por


exemplo, ao se construir um hospital que será mantido pela União, haverá um incremento no custo das
atividades de manutenção hospitalar da União. Se por alguma razão o impacto for nulo, deverá ser justi-
ficado o motivo, pois poderia ser interpretado como um projeto que não ocorre no âmbito da União, logo
um apoio ou fomento a um projeto de outro ente. Por exemplo, a União, ao construir uma escola a ser

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1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
operada pelo governo municipal, não terá custos futuros, uma vez que as despesas de manutenção in-
correrão sobre outro ente da Federação. Nesses casos, é preciso revisar se a tipologia da ação escolhida
é a mais adequada, analisando a provável reclassificação como operação especial. Campo obrigatório
nas ações do tipo Projeto e opcional nos demais tipos.

4.5.3.1.3 Valor da Repercussão Financeira

Registra o montante da Repercussão Financeira decorrente da implantação do Subtítulo sobre o custeio


do órgão. O campo poderá registrar acréscimos e reduções sobre o custeio do órgão, ou, ainda, valor
zero quando não houver repercussão sobre o custeio. Campo obrigatório nas ações do tipo Projeto e
opcional nos demais tipos.

4.5.3.1.4 Data de início e data de término da execução

Nas ações do tipo Projeto, registra a data de início e a previsão de término de cada subtítulo.

4.5.3.1.5 Total Físico

Registra o quantitativo total do produto a ser entregue na localidade expressa no subtítulo durante o pe-
ríodo de execução. Campo exclusivo de projetos e de preenchimento obrigatório.

4.5.3.1.6 Custos

Registra os montantes correspondentes aos custos previstos na execução do subtítulo. É composto


por:

- Custo OFSS (custo orçado no Orçamento Fiscal e no Orçamento da Seguridade Social);

- Custo Demais Fontes: recursos provenientes de outras fontes, como contrapartidas de outros entes,
recursos de FGTS, entre outros; e

- Custo Global: refere-se ao somatório do Custo Total (Financiado pelo Orçamentos Fiscal e Seguridade
da União) e o Custo de Demais Fontes.

OBSERVAÇÃO:

As informações do localizador servem de insumo para o acompanhamento físico-financeiro das ações or-
çamentárias no decorrer da execução da LOA e que a avaliação das políticas públicas igualmente utiliza
os resultados, conforme mencionado anteriormente. Mais informações sobre o assunto podem ser obti-
das no capítulo 8 – Acompanhamento e Controle da Execução.

4.5.4 AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS PADRONIZADAS NO ORÇAMENTO

4.5.4.1 Conceito

A ação orçamentária é considerada padronizada quando, em decorrência da organização institucional da


União, sua implementação costuma ser realizada em mais de um órgão orçamentário e/ou UO. Nessa si-
tuação, diferentes órgãos/UOs executam ações que têm em comum: a) subfunção à qual está associada;
b) a descrição (o que será feito no âmbito da operação e o objetivo a ser alcançado); c) o produto (bens e
serviços) entregue à sociedade, bem como sua unidade de medida; e d) o tipo de ação orçamentária.

A padronização se faz necessária para organizar a atuação governamental e facilitar seu acompanha-
mento. Ademais, a existência da padronização vem permitindo o cumprimento de previsão constante da
LDO, segundo a qual: “As atividades que possuem a mesma finalidade devem ser classificadas sob um
único código, independentemente da unidade executora”.

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4.5.4.2 Tipologia da Padronização

Considerando as especificidades das ações orçamentárias de governo existentes, a padronização pode


ser de três tipos:

a) setorial: ação orçamentária que, em virtude da organização do Ministério, para facilitar sua execução,
são implementadas por mais de uma UO do mesmo órgão. Exemplos: Funcionamento dos Hospitais de
Ensino; Promoção da Assistência Técnica e Extensão Rural - ATER; Administração das Hidrovias;

b) multissetorial: ação orçamentária que, dada a organização da atuação governamental, são executadas
por mais de um órgão ou por UOs de órgãos diferentes, considerando a temática desenvolvida pelo setor
à qual está vinculada. Exemplos: Desenvolvimento de Produtos e Processos no Centro de Biotecnolo-
gia da Amazônia - CBA (implementada no MCTIC, SUFRAMA e MMA); Fomento para a Organização e o
Desenvolvimento de Cooperativas Atuantes com Resíduos Sólidos (executada no MEC, MMA e ME); e
Elevação da Escolaridade e Qualificação Profissional - ProJovem Urbano e Campo (realizada no MEC,
ME e Presidência); e

c) da União: operações que perpassam diversos órgãos e/ou UOs sem contemplar as especificidades
do setor ao qual estão vinculadas. Caracterizam-se por apresentar base legal, finalidade, descrição e
produto padrão, aplicável a qualquer órgão e, ainda, pela gestão orçamentária realizada de forma centra-
lizada pela SOF. Exemplos: Pagamento de Aposentadorias e Pensões; Contribuição da União, de suas
Autarquias e Fundações para o Custeio do Regime de Previdência dos Servidores Públicos Federais; e
Auxílio-Alimentação aos Servidores e Empregados. A relação completa das ações orçamentárias padroni-
zadas da União está no item 9.2.4. deste manual.

OBSERVAÇÃO:

A principal alteração introduzida na estrutura das ações orçamentárias que compõem o rol das padroni-
zadas da União, diz respeito à criação de atividade específica para o pagamento de pessoal ativo civil da
União, dissociando essas despesas das voltadas para a manutenção administrativa ou similares, como
até então se vinha fazendo. Além disso, as operações especiais relativas ao pagamento de aposentado-
rias e pensões civis, também passaram a ser identificadas em uma única ação. Com essas alterações,
foi possível conceber ações orçamentárias que agregam tão somente despesas de caráter obrigatório,
voltadas exclusivamente para o pagamento de pessoal e encargos sociais, facilitando, assim, o seu reco-
nhecimento e a transparência alocativa dos recursos orçamentários.

4.5.4.3 Atributos das ações orçamentárias padronizadas

A padronização consiste em adotar um modelo único, padrão, para alguns atributos das operações. As-
sim, uma vez alterados tais atributos, a mudança é replicada automaticamente para todas as operações.
A partir de 2013, a padronização passou a envolver os seguintes atributos:

Em decorrência dos ajustes de tipologia, a alteração dos atributos das ações orçamentárias padroniza-
das setoriais compete ao próprio órgão setorial. No caso das operações multissetoriais e da União, pelo

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1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
caráter que apresentam, a alteração dos atributos padronizados é realizada somente pela SOF.

OBSERVAÇÃO:

Ainda que a regra para o atributo Subfunção seja de sua padronização, a depender da necessidade do
órgão, há a possibilidade de não padronizar a subfunção, a exemplo das ações 20TP, do Ministério da
Educação e 219D, do Ministério da Defesa.

4.6 COMPONENTES DA PROGRAMAÇÃO FÍSICA E FINANCEIRA

4.6.1 PROGRAMAÇÃO FÍSICA

4.6.1.1 Meta física

A meta física é a quantidade de produto a ser ofertado por ação, de forma regionalizada, e instituída para
o exercício. As metas físicas são indicadas em nível de subtítulo.

Ressalte-se que a territorialização das metas físicas é expressa nos localizadores de gasto previamen-
te definidos para a ação. Exemplo: No caso da vacinação de crianças, a meta será regionalizada pela
quantidade de crianças a serem vacinadas ou de vacinas empregadas em cada Estado (localizadores de
gasto), ainda que a campanha seja de âmbito nacional e a despesa paga de forma centralizada. O mes-
mo ocorre com a distribuição de livros didáticos.

4.6.2 COMPONENTES DA PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA

4.6.2.1 Natureza da despesa

Os arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320, de 1964, tratam da classificação da despesa por categoria econômica e
elementos. Assim como no caso da receita, o art. 8º dessa lei estabelece que os itens da discriminação
da despesa serão identificados por números de código decimal, na forma do respectivo Anexo IV, atual-
mente consubstanciados no Anexo II daPortaria Conjunta STN/SOF nº 163, de 2001, consolidada pela
Portaria Conjunta STN/SOF/ME nº 103, de 5 de outubro de 2021. O conjunto de informações que formam
o código é conhecido como classificação por natureza da despesa [tabela no item 10.2.3] e informa a ca-
tegoria econômica da despesa, o grupo a que ela pertence, a modalidade de aplicação e o elemento.

Na base de dados do sistema de orçamento, o campo que se refere à natureza da despesa contém um
código composto por oito algarismos, sendo que o 1º dígito representa a categoria econômica, o 2º o
grupo de natureza da despesa, o 3º e o 4º dígitos representam a modalidade de aplicação, o 5º e o 6º
o elemento de despesa e o 7º e o 8º dígitos representam o desdobramento facultativo do elemento de
despesa (subelemento):

OBSERVAÇÃO:

Reserva de Contingência e Reserva do RPPS - A classificação da Reserva de Contingência, bem como a


Reserva do RPPS, destinadas ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais
imprevistos, inclusive para a abertura de créditos adicionais, quanto à natureza da despesa orçamentá-
ria, serão identificadas com o código “9.9.99.99”, conforme estabelece o parágrafo único do art. 8º daPor-

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1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
taria Conjunta STN/SOF nº 163, de 2001, consolidada pela Portaria Conjunta STN/SOF/ME nº 103, de 5
de outubro de 2021.

4.6.2.1.1 Categoria Econômica da Despesa

A despesa, assim como a receita, é classificada em duas categorias econômicas, com os seguintes códi-
gos:

CÓDIGO CATEGORIA ECONÔMICA

3 Despesas Correntes

4 Despesas de Capital

3 - Despesas Correntes: as que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem
de capital.

4 - Despesas de Capital: as que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de


capital.

OBSERVAÇÕES:

1 - De forma a atender o art. 44 da LRF, ressalta-se a necessidade de observar se os ingressos finan-


ceiros provenientes da alienação de bens móveis, imóveis ou intangíveis de propriedade do ente público
(fonte de recursos 63) estão destinadas às despesas de capital, sendo vedado o financiamento de des-
pesas correntes, salvo as destinadas por lei ao RPPS e RGPS.

2 - Uma vez que o art. 11 da Lei nº 4.320/64 dispõe que as receitas de transferências correntes e de ca-
pital devem ser destinadas a atender despesas classificáveis como corrente e de capital, respectivamen-
te, deve-se levar em consideração que no momento da previsão da receita de transferência, por exemplo
receita associada a um convênio, é necessário observar que a classificação da natureza da receita está
relacionada à aplicação que lhe será dada, ou seja, se classificada como receita de capital, a alocação
do recurso referente àquela natureza de receita deverá corresponder a uma despesa de capital. Caso
classificada como receita corrente, a uma despesa corrente.

4.6.2.1.2 Grupo de Natureza da Despesa

O GND é um agregador de elemento de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de


gasto, conforme discriminado a seguir:

CÓDIGO GRUPOS DE NATUREZA DA DESPESA

1 Pessoal e Encargos Sociais

2 Juros e Encargos da Dívida

3 Outras Despesas Correntes

4 Investimentos

5 Inversões financeiras

6 Amortização da Dívida

1 - Pessoal e Encargos Sociais

Despesas orçamentárias com pessoal ativo, inativo e pensionistas, relativas a mandatos eletivos, cargos,
funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias,

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tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas
e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza,
bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência, conforme
estabelece o caput do art. 18 da Lei Complementar 101, de 2000.

2 - Juros e Encargos da Dívida

Despesas orçamentárias com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de cré-
dito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária.

3 - Outras Despesas Correntes

Despesas orçamentárias com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, contribuições,


subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria econômica
“Despesas Correntes” não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa.

4 - Investimentos

Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a
aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de insta-
lações, equipamentos e material permanente.

5 - Inversões Financeiras

Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de


títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando
a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas,
além de outras despesas classificáveis neste grupo.

6 - Amortização da Dívida

Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária


ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária.

4.6.2.1.3 Modalidade de Aplicação

A modalidade de aplicação indica se os recursos serão aplicados mediante transferência financeira,


inclusive a decorrente de descentralização orçamentária para outros níveis de Governo, seus órgãos ou
entidades, ou diretamente para entidades privadas sem fins lucrativos e outras instituições; ou, então,
diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no âmbito do
mesmo nível de Governo.

A modalidade de aplicação objetiva, principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos
ou descentralizados, conforme discriminado a seguir:

CÓDIGO MODALIDADES DE APLICAÇÃO

20 Transferências à União

22 Execução Orçamentária Delegada à União

30 Transferências a Estados e ao Distrito Federal

31 Transferências a Estados e ao Distrito Federal - Fundo a Fundo

32 Execução Orçamentária Delegada a Estados e ao Distrito Federal

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35 Transferências Fundo a Fundo aos Estados e ao Distrito Federal à conta de recursos de que tra-
tam os §§ 1o e 2odo art. 24 da Lei Complementar no141, de 2012

36 Transferências Fundo a Fundo aos Estados e ao Distrito Federal à conta de recursos de que trata
o art. 25 da Lei Complementar no 141, de 2012

40 Transferências a Municípios

41 Transferências a Municípios - Fundo a Fundo

42 Execução Orçamentária Delegada a Municípios

45 Transferências Fundo a Fundo aos Municípios à conta de recursos de que tratam os §§ 1o e 2o do


art. 24 da Lei Complementar no 141, de 2012

46 Transferências Fundo a Fundo aos Municípios à conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei
Complementar no 141, de 2012

50 Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos

60 Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos

67 Execução de Contrato de Parceria Público-Privada - PPP

70 Transferências a Instituições Multigovernamentais

71 Transferências a Consórcios Públicos mediante contrato de rateio

72 Execução Orçamentária Delegada a Consórcios Públicos

73 Transferências a Consórcios Públicos mediante contrato de rateio à conta de recursos de que


tratam os §§ 1o e 2o do art. 24 da Lei Complementar no 141, de 2012

74 Transferências a Consórcios Públicos mediante contrato de rateio à conta de recursos de que


trata o art. 25 da Lei Complementar no 141, de 2012

75 Transferências a Instituições Multigovernamentais à conta de recursos de que tratam os §§ 1o e


2o do art. 24 da Lei Complementar no 141, de 2012

76 Transferências a Instituições Multigovernamentais à conta de recursos de que trata o art. 25 da


Lei Complementar no 141, de 2012

80 Transferências ao Exterior

90 Aplicações Diretas

91 Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Or-
çamentos Fiscal e da Seguridade Social

92 Aplicação Direta de Recursos Recebidos de Outros Entes da Federação Decorrentes de Delega-


ção ou Descentralização

93 Aplicação Direta Decorrente de Operação de Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orça-
mentos Fiscal e da Seguridade Social com Consórcio Público do qual o Ente Participe

94 Aplicação Direta Decorrente de Operação de Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orça-
mentos Fiscal e da Seguridade Social com Consórcio Público do qual o Ente Não Participe

95 Aplicação Direta à conta de recursos de que tratam os §§ 1o e 2o do art. 24 da Lei Complementar

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1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
no 141, de 2012

96 Aplicação Direta à conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei Complementar no 141, de
2012

99 A Definir

Descrição: (O conteúdo e a forma das descrições das modalidades de aplicação foram mantidos tal como
constam do texto daPortaria Conjunta STN/SOF nº 163, de 2001, consolidada pela Portaria Conjunta
STN/SOF/ME nº 103, de 5 de outubro de 2021).

20 - Transferências à União

Despesas orçamentárias realizadas pelos Estados, Municípios ou pelo Distrito Federal, mediante transfe-
rência de recursos financeiros à União, inclusive para suas entidades da administração indireta.

22 - Execução Orçamentária Delegada à União

Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros, decorrentes de dele-


gação ou descentralização à União para execução de ações de responsabilidade exclusiva do delegan-
te.

30 - Transferências a Estados e ao Distrito Federal

Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos Mu-
nicípios aos Estados e ao Distrito Federal, inclusive para suas entidades da administração indireta.

31 - Transferências a Estados e ao Distrito Federal - Fundo a Fundo

Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos Mu-
nicípios aos Estados e ao Distrito Federal por intermédio da modalidade fundo a fundo.

32 - Execução Orçamentária Delegada a Estados e ao Distrito Federal

Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros, decorrentes de dele-


gação ou descentralização a Estados e ao Distrito Federal para execução de ações de responsabilidade
exclusiva do delegante.

35 - Transferências Fundo a Fundo aos Estados e ao Distrito Federal à conta de recursos de que tratam
os §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei Complementar nº 141, de 2012

Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos


Municípios aos Estados e ao Distrito Federal por intermédio da modalidade fundo a fundo, à conta de
recursos referentes aos restos a pagar considerados para fins da aplicação mínima em ações e serviços
públicos de saúde e posteriormente cancelados ou prescritos, de que tratam os §§ 1ºe 2ºdo art. 24 da Lei
Complementar nº141, de 2012.

36 - Transferências Fundo a Fundo aos Estados e ao Distrito Federal à conta de recursos de que trata o
art. 25 da Lei Complementar nº 141, de 2012 Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência
de recursos financeiros da União ou dos Municípios aos Estados e ao Distrito Federal por intermédio da
modalidade fundo a fundo, à conta de recursos referentes à diferença da aplicação mínima em ações e
serviços públicos de saúde que deixou de ser aplicada em exercícios anteriores, de que trata o art. 25 da
Lei Complementar nº141, de 2012.

40 - Transferências a Municípios

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1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos Es-
tados aos Municípios, inclusive para suas entidades da administração indireta.

41 - Transferências a Municípios - Fundo a Fundo

Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União, dos Esta-
dos ou do Distrito Federal aos Municípios por intermédio da modalidade fundo a fundo.

42 - Execução Orçamentária Delegada a Municípios

Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros, decorrentes de


delegação ou descentralização a Municípios para execução de ações de responsabilidade exclusiva do
delegante.

45 - Transferências Fundo a Fundo aos Municípios à conta de recursos de que tratam os §§ 1º e 2º do


art. 24 da Lei Complementar nº 141, de 2012

Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União, dos Es-
tados ou do Distrito Federal aos Municípios por intermédio da modalidade fundo a fundo, à conta de
recursos referentes aos restos a pagar considerados para fins da aplicação mínima em ações e serviços
públicos de saúde e posteriormente cancelados ou prescritos, de que tratam os §§ 1ºe 2ºdo art. 24 da Lei
Complementar nº141, de 2012.

46 - Transferências Fundo a Fundo aos Municípios à conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei Com-
plementar nº 141, de 2012 Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos finan-
ceiros da União, dos Estados ou do Distrito Federal aos Municípios por intermédio da modalidade fundo
a fundo, à conta de recursos referentes à diferença da aplicação mínima em ações e serviços públicos de
saúde que deixou de ser aplicada em exercícios anteriores de que trata o art. 25 da Lei Complementar
nº141, de 2012.

50 - Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos

Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades sem fins
lucrativos que não integrem a administração pública.

60 - Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos

Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades com fins
lucrativos que não integrem a administração pública.

67 - Execução de Contrato de Parceria Público-Privada - PPP

Despesas orçamentárias do Parceiro Público decorrentes de Contrato de Parceria Público-Privada - PPP,


nos termos da Lei no 11.079, de 30 de dezembro de 2004, e da Lei nº12.766, de 27 de dezembro de
2012.

70 - Transferências a Instituições Multigovernamentais

Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades criadas


e mantidas por dois ou mais entes da Federação ou por dois ou mais países, inclusive o Brasil, exclusive
as transferências relativas à modalidade de aplicação 71 (Transferências a Consórcios Públicos mediante
contrato de rateio).

71 - Transferências a Consórcios Públicos mediante contrato de rateio

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Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades criadas
sob a forma de consórcios públicos nos termos da Lei nº11.107, de 6 de abril de 2005, mediante contrato
de rateio, objetivando a execução dos programas e ações dos respectivos entes consorciados, observa-
do o disposto no § 1ºdo art. 11 da Portaria STN nº72, de 2012.

72 - Execução Orçamentária Delegada a Consórcios Públicos

Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros, decorrentes de dele-


gação ou descentralização a consórcios públicos para execução de ações de responsabilidade exclusiva
do delegante.

73 - Transferências a Consórcios Públicos mediante contrato de rateio à conta de recursos de que tratam
os §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei Complementar nº 141, de 2012

Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades cria-


das sob a forma de consórcios públicos nos termos da Lei nº11.107, de 6 de abril de 2005, por meio de
contrato de rateio, à conta de recursos referentes aos restos a pagar considerados para fins da aplicação
mínima em ações e serviços públicos de saúde e posteriormente cancelados ou prescritos, de que tratam
§§ 1ºe 2ºdo art. 24 da Lei Complementar nº141, de 13 de janeiro de 2012, observado o disposto no §
1ºdo art. 11 da Portaria STN nº72, de 1ºde fevereiro de 2012.

74 - Transferências a Consórcios Públicos mediante contrato de rateio à conta de recursos de que trata o
art. 25 da Lei Complementar nº 141, de 2012

Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades cria-


das sob a forma de consórcios públicos nos termos da Lei nº11.107, de 6 de abril de 2005, por meio de
contrato de rateio, à conta de recursos referentes à diferença da aplicação mínima em ações e serviços
públicos de saúde que deixou de ser aplicada em exercícios anteriores, de que trata o art. 25 da Lei
Complementar nº141, de 2012, observado o disposto no § 1ºdo art. 11 da Portaria STN nº72, de 2012.

75 - Transferências a Instituições Multigovernamentais à conta de recursos de que tratam os §§ 1º e 2º


do art. 24 da Lei Complementar nº 141, de 2012

Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades criadas


e mantidas por dois ou mais entes da Federação ou por dois ou mais países, inclusive o Brasil, exclusive
as transferências relativas à modalidade de aplicação 73 (Transferências a Consórcios Públicos mediante
contrato de rateio à conta de recursos de que tratam os §§ 1ºe 2ºdo art. 24 da Lei Complementar nº141,
de 2012), à conta de recursos referentes aos restos a pagar considerados para fins da aplicação mínima
em ações e serviços públicos de saúde e posteriormente cancelados ou prescritos, de que tratam os §§
1ºe 2ºdo art. 24 da Lei Complementar nº141, de 2012.

76 - Transferências a Instituições Multigovernamentais à conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei


Complementar nº 141, de 2012

Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades criadas


e mantidas por dois ou mais entes da Federação ou por dois ou mais países, inclusive o Brasil, exclusive
as transferências relativas à modalidade de aplicação 74 (Transferências a Consórcios Públicos median-
te contrato de rateio à conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei Complementar nº141, de 2012), à
conta de recursos referentes à diferença da aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde
que deixou de ser aplicada em exercícios anteriores, de que trata o art. 25 da Lei Complementar nº141,
de 2012.

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1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
80 - Transferências ao Exterior

Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a órgãos e entidades


governamentais pertencentes a outros países, a organismos internacionais e a fundos instituídos por
diversos países, inclusive aqueles que tenham sede ou recebam os recursos no Brasil.

90 - Aplicações Diretas

Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados ou oriundos de descentralização
de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social, no âmbito da
mesma esfera de governo.

91 - Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orça-
mentos Fiscal e da Seguridade Social

Despesas orçamentárias de órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e


outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes da aquisição de
materiais, bens e serviços, pagamento de impostos, taxas e contribuições, além de outras operações,
quando o recebedor dos recursos também for órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal depen-
dente ou outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de Governo.

92 - Aplicação Direta de Recursos Recebidos de Outros Entes da Federação Decorrentes de Delegação


ou Descentralização

Despesas orçamentárias realizadas à conta de recursos financeiros decorrentes de delegação ou des-


centralização de outros entes da Federação para execução de ações de responsabilidade exclusiva do
ente delegante ou descentralizador.

93 - Aplicação Direta Decorrente de Operação de Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orça-
mentos Fiscal e da Seguridade Social com Consórcio Público do qual o Ente Participe Despesas orça-
mentárias de órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades
integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes da aquisição de materiais, bens e
serviços, além de outras operações, exceto no caso de transferências, delegações ou descentralizações,
quando o recebedor dos recursos for consórcio público do qual o ente da Federação participe, nos ter-
mos da Lei nº11.107, de 6 de abril de 2005.

94 - Aplicação Direta Decorrente de Operação de Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamen-
tos Fiscal e da Seguridade Social com Consórcio Público do qual o Ente Não Participe

Despesas orçamentárias de órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e


outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes da aquisição de
materiais, bens e serviços, além de outras operações, exceto no caso de transferências, delegações ou
descentralizações, quando o recebedor dos recursos for consórcio público do qual o ente da Federação
não participe, nos termos da Lei nº11.107, de 6 de abril de 2005.

95 - Aplicação Direta à conta de recursos de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei Complementar nº


141, de 2012

Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados ou oriundos de descentralização
de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social, no âmbito da
mesma esfera de Governo, à conta de recursos referentes aos restos a pagar considerados para fins da
aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde e posteriormente cancelados ou prescritos, de

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1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
que tratam os §§ 1ºe 2ºdo art. 24 da Lei Complementar nº141, de 2012.

96 - Aplicação Direta à conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei Complementar nº 141, de 2012

Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados ou oriundos de descentralização
de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social, no âmbito da
mesma esfera de Governo, à conta de recursos referentes à diferença da aplicação mínima em ações e
serviços públicos de saúde que deixou de ser aplicada em exercícios anteriores, de que trata o art. 25 da
Lei Complementar nº141, de 2012.

99 - A Definir

Modalidade de utilização exclusiva do Poder Legislativo ou para classificação orçamentária da Reserva


de Contingência e da Reserva do RPPS, vedada a execução orçamentária enquanto não houver sua
definição.

OBSERVAÇÃO:

A despesa decorrente de termo de execução descentralizada - TED, disciplinado pelo Decreto nº 10.426,
de 16 de julho de 2020, deve ser classificada com a Modalidade de Aplicação 90, quando a sua finalidade
for:i) a execução de programas, de projetos e de atividades de interesse recíproco, em regime de cola-
boração mútua; ou ii) a execução de atividades específicas pela unidade descentralizada em benefício
da unidade descentralizadora. Nesses casos, observa-se que a alocação de recursos é realizada previa-
mente à execução da despesa pela unidade descentralizada. Assim, o TED serve como um instrumento
que possibilita à unidade descentralizada a execução futura da despesa com entidades integrantes do
OFSS. Contudo, caso a finalidade do TED seja o ressarcimento de despesas, deve-se utilizar a Modali-
dade de Aplicação 91, haja vista que se trata de despesa efetivamente incorrida. Dessa forma, a modali-
dade de aplicação cumpre o seu objetivo principal, qual seja, possibilitar a eliminação da dupla contagem
dos recursos transferidos ou descentralizados. .

4.6.2.1.4 Elemento de Despesa

O elemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e van-
tagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma,
subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e
outros que a Administração Pública utiliza para a consecução de seus fins.

Os códigos dos elementos de despesa estão definidos no Anexo II daPortaria Conjunta STN/SOF nº 163,
de 2001, consolidada pela Portaria Conjunta STN/SOF/ME nº 103, de 5 de outubro de 2021. A descrição
dos elementos pode não contemplar todas as despesas a eles inerentes, sendo, em alguns casos, exem-
plificativa. A relação dos elementos de despesa, bem como sua descrição, são apresentadas a seguir:

ELEMENTOS DE DESPESA

1 Aposentadorias, Reserva Remunerada e Reformas

3 Pensões

4 Contratação por Tempo Determinado

6 Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso

7 Contribuição a Entidades Fechadas de Previdência

8 Outros Benefícios Assistenciais do servidor e do militar

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10 Seguro Desemprego e Abono Salarial

11 Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil

12 Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Militar

13 Obrigações Patronais

14 Diárias - Civil

15 Diárias - Militar

16 Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil

17 Outras Despesas Variáveis - Pessoal Militar

18 Auxílio Financeiro a Estudantes

19 Auxílio-Fardamento

20 Auxílio Financeiro a Pesquisadores

21 Juros sobre a Dívida por Contrato

22 Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato

23 Juros, Deságios e Descontos da Dívida Mobiliária

24 Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária

25 Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita

26 Obrigações decorrentes de Política Monetária

27 Encargos pela Honra de Avais, Garantias, Seguros e Similares

28 Remuneração de Cotas de Fundos Autárquicos

29 Distribuição de Resultado de Empresas Estatais Dependentes

30 Material de Consumo

31 Premiações Culturais, Artísticas, Científicas, Desportivas e Outras

32 Material, Bem ou Serviço para Distribuição Gratuita

33 Passagens e Despesas com Locomoção

34 Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização

35 Serviços de Consultoria

36 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física

37 Locação de Mão-de-Obra

38 Arrendamento Mercantil

39 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica

40 Serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação - Pessoa Jurídica

41 Contribuições

42 Auxílios

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43 Subvenções Sociais

45 Subvenções Econômicas

46 Auxílio-Alimentação

47 Obrigações Tributárias e Contributivas

48 Outros Auxílios Financeiros a Pessoas Físicas

49 Auxílio-Transporte

51 Obras e Instalações

52 Equipamentos e Material Permanente

53 Aposentadorias do RGPS - Área Rural

54 Aposentadorias do RGPS - Área Urbana

55 Pensões do RGPS - Área Rural

56 Pensões do RGPS - Área Urbana

57 Outros Benefícios do RGPS - Área Rural

58 Outros Benefícios do RGPS - Área Urbana

59 Pensões Especiais

61 Aquisição de Imóveis

62 Aquisição de Produtos para Revenda

63 Aquisição de Títulos de Crédito

64 Aquisição de Títulos Representativos de Capital já Integralizado

65 Constituição ou Aumento de Capital de Empresas

66 Concessão de Empréstimos e Financiamentos

67 Depósitos Compulsórios

70 Rateio pela Participação em Consórcio Público

71 Principal da Dívida Contratual Resgatado

72 Principal da Dívida Mobiliária Resgatado

73 Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Resgatada

74 Correção Monetária ou Cambial da Dívida Mobiliária Resgatada

75 Correção Monetária da Dívida de Operações de Crédito por Antecipação da Receita

76 Principal Corrigido da Dívida Mobiliária Refinanciado

77 Principal Corrigido da Dívida Contratual Refinanciado

81 Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas

82 Aporte de Recursos pelo Parceiro Público em Favor do Parceiro Privado Decorrente de Contrato
de Parceria Público-Privada - PPP

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83 Despesas Decorrentes de Contrato de Parceria Público-Privada - PPP, exceto Subvenções Econô-
micas, Aporte e Fundo Garantidor

84 Despesas Decorrentes da Participação em Fundos, Organismos, ou Entidades Assemelhadas, Na-


cionais e Internacionais

85 Contrato de Gestão

86 Compensações a Regimes de Previdência

91 Sentenças Judiciais

92 Despesas de Exercícios Anteriores

93 Indenizações e Restituições

94 Indenizações e Restituições Trabalhistas

95 Indenização pela Execução de Trabalhos de Campo

96 Ressarcimento de Despesas de Pessoal Requisitado

97 Aporte para Cobertura do Déficit Atuarial do RPPS

98 Despesas do Orçamento de Investimento

99 A Classificar

Descrição: (O conteúdo e a forma das descrições dos elementos de despesa foram mantidos tal como
constam do texto daPortaria Conjunta STN/SOF nº 163, de 2001, consolidada pela Portaria Conjunta
STN/SOF/ME nº 103, de 5 de outubro de 2021).

01 - Aposentadorias, Reserva Remunerada e Reformas

Despesas orçamentárias com pagamento de aposentadorias de servidores inativos e de agentes vincula-


dos à Administração Pública, pelo Regime Próprio de Previdência do Servidor - RPPS, por outros insti-
tutos próprios de previdência ou diretamente pela Administração Pública, de reserva remunerada e de
reformas dos militares.

03 - Pensões

Despesas orçamentárias com pagamento de pensões civis, pelo Regime Próprio de Previdência do Ser-
vidor - RPPS, por outros institutos próprios de previdência ou diretamente pela Administração Pública, e
de pensões militares, quando vinculadas a cargos públicos.

04 - Contratação por Tempo Determinado

Despesas orçamentárias com a contratação de pessoal por tempo determinado para atender a necessi-
dade temporária de excepcional interesse público, de acordo com legislação específica de cada ente da
Federação, inclusive obrigações patronais e outras despesas variáveis, quando for o caso.

06 - Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso

Despesas orçamentárias decorrentes do cumprimento do art. 203, inciso V, da Constituição Federal, que
dispõe: “Art. 203 - A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: […] V - a garantia de um salário mínimo de benefí-
cio mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a
própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.”

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07 - Contribuição a Entidades Fechadas de Previdência Despesas orçamentárias com os encargos da
entidade patrocinadora no regime de previdência fechada, para complementação de aposentadoria.

08 - Outros Benefícios Assistenciais do servidor e do militar

Despesas orçamentárias com benefícios assistenciais, inclusive auxílio-funeral devido à família do servi-
dor ou do militar falecido na atividade, ou do aposentado, ou a terceiro que custear, comprovadamente,
as despesas com o funeral do ex-servidor ou do ex-militar; auxílio-natalidade devido a servidora ou mili-
tar, por motivo de nascimento de filho, ou a cônjuge ou companheiro servidor público ou militar, quando a
parturiente não for servidora; auxílio-creche ou assistência pré-escolar devido a dependente do servidor
ou militar, conforme regulamento; auxílio-reclusão; salário-família; e assistência-saúde.

10 - Seguro Desemprego e Abono Salarial

Despesas orçamentárias com pagamento do seguro-desemprego e do abono de que tratam o inciso II do


art. 7º e o § 3º do art. 239 da Constituição Federal, respectivamente.

11 - Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil*

Despesas orçamentárias com: Vencimento; Salário Pessoal Permanente; Vencimento ou Salário de Car-
gos de Confiança; Subsídios; Vencimento do Pessoal em Disponibilidade Remunerada; Auxílio-Doença
(ou Licença para Tratamento de Saúde); Salário Maternidade (ou Licença Maternidade); Gratificações,
tais como: Gratificação Adicional Pessoal Disponível; Gratificação de Interiorização; Gratificação de Dedi-
cação Exclusiva; Gratificação de Regência de Classe; Gratificação pela Chefia ou Coordenação de Curso
de Área ou Equivalente; Gratificação por Produção Suplementar; Gratificação por Trabalho de Raios X ou
Substâncias Radioativas; Gratificação pela Chefia de Departamento, Divisão ou Equivalente; Gratificação
de Direção Geral ou Direção (Magistério de lº e 2º Graus); Gratificação de Função-Magistério Superior;
Gratificação de Atendimento e Habilitação Previdenciários; Gratificação Especial de Localidade; Gratifica-
ção de Desempenho das Atividades Rodoviárias; Gratificação da Atividade de Fiscalização do Trabalho;
Gratificação de Engenheiro Agrônomo; Gratificação de Natal; Gratificação de Estímulo à Fiscalização e
Arrecadação de Contribuições e de Tributos; Gratificação por Encargo de Curso ou de Concurso; Grati-
ficação de Produtividade do Ensino; Gratificação de Habilitação Profissional; Gratificação de Atividade;
Gratificação de Representação de Gabinete; Adicional de Insalubridade; Adicional Noturno; Adicional de
Férias 1/3 (art. 7º, inciso XVII, da Constituição); Adicionais de Periculosidade; Representação Mensal;
Licença-Prêmio por assiduidade; Retribuição Básica (Vencimentos ou Salário no Exterior); Diferenças
Individuais Permanentes; Vantagens Pecuniárias de Ministro de Estado, de Secretário de Estado e de
Município; Férias Antecipadas de Pessoal Permanente; Aviso Prévio (cumprido); Férias Vencidas e Pro-
porcionais; Parcela Incorporada (ex-quintos e ex-décimos); Indenização de Habilitação Policial; Adianta-
mento do 13º Salário; 13º Salário Proporcional; Incentivo Funcional - Sanitarista; Abono Provisório; “Pró-
-labore” de Procuradores; e outras despesas correlatas de caráter permanente. * No âmbito da União, a
Gratificação por Encargo de Curso ou de Concurso deverá ser paga como “Outras Despesas Correntes”
no elemento 36 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física.

12 - Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Militar

Despesas orçamentárias com: Soldo; Gratificação de Localidade Especial; Gratificação de Represen-


tação; Adicional de Tempo de Serviço; Adicional de Habilitação; Adicional de Compensação Orgânica;
Adicional Militar; Adicional de Permanência; Adicional de Férias; Adicional Natalino; e outras despesas
correlatas, de caráter permanente, previstas na estrutura remuneratória dos militares.

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13 - Obrigações Patronais

Despesas orçamentárias com encargos que a administração tem pela sua condição de empregadora, e
resultantes de pagamento de pessoal ativo, inativo e pensionistas, tais como Fundo de Garantia por Tem-
po de Serviço e contribuições para Institutos de Previdência, inclusive a alíquota de contribuição suple-
mentar para cobertura do déficit atuarial, bem como os encargos resultantes do pagamento com atraso
das contribuições de que trata este elemento de despesa.

14 - Diárias - Civil

Despesas orçamentárias com cobertura de alimentação, pousada e locomoção urbana, do servidor pú-
blico estatutário ou celetista que se desloca de sua sede em objeto de serviço, em caráter eventual ou
transitório, entendido como sede o Município onde a repartição estiver instalada e onde o servidor tiver
exercício em caráter permanente.

15 - Diárias - Militar

Despesas orçamentárias decorrentes do deslocamento do militar da sede de sua unidade por motivo de
serviço, destinadas à indenização das despesas de alimentação e pousada.

16 - Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil

Despesas orçamentárias relacionadas às atividades do cargo/emprego ou função do servidor, e cujo pa-


gamento só se efetua em circunstâncias específicas, tais como: hora-extra; substituições; e outras des-
pesas da espécie, decorrentes do pagamento de pessoal dos órgãos e entidades da administração direta
e indireta.

17 - Outras Despesas Variáveis - Pessoal Militar

Despesas orçamentárias eventuais, de natureza remuneratória, devidas em virtude do exercício da ativi-


dade militar, exceto aquelas classificadas em elementos de despesas específicos.

18 - Auxílio Financeiro a Estudantes

Despesas orçamentárias com ajuda financeira concedida pelo Estado a estudantes comprovadamente
carentes, e concessão de auxílio para o desenvolvimento de estudos e pesquisas de natureza científica,
realizadas por pessoas físicas na condição de estudante, observado o disposto no art. 26 da Lei Comple-
mentar nº 101/2000.

19 - Auxílio-Fardamento

Despesas orçamentárias com o auxílio-fardamento, pago diretamente ao servidor ou militar.

20 - Auxílio Financeiro a Pesquisadores

Despesas Orçamentárias com apoio financeiro concedido a pesquisadores, individual ou coletivamente,


exceto na condição de estudante, no desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas, nas suas
mais diversas modalidades, observado o disposto no art. 26 da Lei Complementar nº 101/2000.

21 - Juros sobre a Dívida por Contrato

Despesas orçamentárias com juros referentes a operações de crédito efetivamente contratadas.

22 - Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato

Despesas orçamentárias com outros encargos da dívida pública contratada, tais como: taxas, comissões
bancárias, prêmios, imposto de renda e outros encargos.

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23 - Juros, Deságios e Descontos da Dívida Mobiliária

Despesas orçamentárias com a remuneração real devida pela aplicação de capital de terceiros em títulos
públicos.

24 - Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária

Despesas orçamentárias com outros encargos da dívida mobiliária, tais como: comissão, corretagem,
seguro, etc.

25 - Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita

Despesas orçamentárias com o pagamento de encargos da dívida pública, inclusive os juros decorrentes
de operações de crédito por antecipação da receita, conforme art. 165, § 8º, da Constituição.

26 - Obrigações decorrentes de Política Monetária

Despesas orçamentárias com a cobertura do resultado negativo do Banco Central do Brasil, como autori-
dade monetária, apurado em balanço, nos termos da legislação vigente.

27 - Encargos pela Honra de Avais, Garantias, Seguros e Similares

Despesas orçamentárias que a administração é compelida a realizar em decorrência da honra de avais,


garantias, seguros, fianças e similares concedidos.

28 - Remuneração de Cotas de Fundos Autárquicos

Despesas orçamentárias com encargos decorrentes da remuneração de cotas de fundos autárquicos, à


semelhança de dividendos, em razão dos resultados positivos desses fundos.

29 - Distribuição de Resultado de Empresas Estatais Dependentes

Despesas orçamentárias com a distribuição de resultado positivo de empresas estatais dependentes,


inclusive a título de dividendos e participação de empregados nos referidos resultados.

30 - Material de Consumo

Despesas orçamentárias com álcool automotivo; gasolina automotiva; diesel automotivo; lubrificantes
automotivos; combustível e lubrificantes de aviação; gás engarrafado; outros combustíveis e lubrifican-
tes; material biológico, farmacológico e laboratorial; animais para estudo, corte ou abate; alimentos para
animais; material de coudelaria ou de uso zootécnico; sementes e mudas de plantas; gêneros de alimen-
tação; material de construção para reparos em imóveis; material de manobra e patrulhamento; material
de proteção, segurança, socorro e sobrevivência; material de expediente; material de cama e mesa,
copa e cozinha, e produtos de higienização; material gráfico e de processamento de dados; aquisição de
disquete; pen-drive; material para esportes e diversões; material para fotografia e filmagem; material para
instalação elétrica e eletrônica; material para manutenção, reposição e aplicação; material odontológico,
hospitalar e ambulatorial; material químico; material para telecomunicações; vestuário, uniformes, farda-
mento, tecidos e aviamentos; material de acondicionamento e embalagem; suprimento de proteção ao
voo; suprimento de aviação; sobressalentes de máquinas e motores de navios e esquadra; explosivos e
munições; bandeiras, flâmulas e insígnias e outros materiais de uso não-duradouro.

31 - Premiações Culturais, Artísticas, Científicas, Desportivas e Outras

Despesas orçamentárias com a aquisição de prêmios, condecorações, medalhas, troféus, bem como com
o pagamento de prêmios em pecúnia, inclusive decorrentes de sorteios lotéricos.

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32 - Material, Bem ou Serviço para Distribuição Gratuita

Despesas orçamentárias com aquisição de materiais, bens ou serviços para distribuição gratuita, tais
como livros didáticos, medicamentos, gêneros alimentícios e outros materiais, bens ou serviços que pos-
sam ser distribuídos gratuitamente, exceto se destinados a premiações culturais, artísticas, científicas,
desportivas e outras.

33 - Passagens e Despesas com Locomoção

Despesas orçamentárias, realizadas diretamente ou por meio de empresa contratada, com aquisição de
passagens (aéreas, terrestres, fluviais ou marítimas), taxas de embarque, seguros, fretamento, pedágios,
locação ou uso de veículos para transporte de pessoas e suas respectivas bagagens, inclusive quando
decorrentes de mudanças de domicílio no interesse da administração.

34 - Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização

Despesas orçamentárias relativas a salários e demais encargos de agentes terceirizados contratados em


substituição de mão de obra de servidores ou empregados públicos, bem como quaisquer outras formas
de remuneração por contratação de serviços de mão de obra terceirizada, de acordo com o art. 18, § 1o
, da Lei Complementar no 101, de 2000, computadas para fins de limites da despesa total com pessoal
previstos no art. 19 dessa Lei.

35 - Serviços de Consultoria

Despesas orçamentárias decorrentes de contratos com pessoas físicas ou jurídicas, prestadoras de ser-
viços nas áreas de consultorias técnicas ou auditorias financeiras ou jurídicas, ou assemelhadas.

36 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física*

Despesas orçamentárias decorrentes de serviços prestados por pessoa física pagos diretamente a esta e
não enquadrados nos elementos de despesa específicos, tais como: remuneração de serviços de natu-
reza eventual, prestado por pessoa física sem vínculo empregatício; estagiários, monitores diretamente
contratados; gratificação por encargo de curso ou de concurso; diárias a colaboradores eventuais; loca-
ção de imóveis; salário de internos nas penitenciárias; e outras despesas pagas diretamente à pessoa
física. *No âmbito da União, a Gratificação por Encargo de Curso ou de Concurso deverá ser paga como
“Outras Despesas Correntes” no elemento 36 - Outros Serviços de Terceiros -PessoaFísica.

37 - Locação de Mão-de-Obra

Despesas orçamentárias com prestação de serviços por pessoas jurídicas para órgãos públicos, tais
como limpeza e higiene, vigilância ostensiva e outros, nos casos em que o contrato especifique o quanti-
tativo físico do pessoal a ser utilizado.

38 - Arrendamento Mercantil

Despesas orçamentárias com contratos de arrendamento mercantil, com opção ou não de compra do
bem de propriedade do arrendador.

39 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica

Despesas orçamentárias decorrentes da prestação de serviços por pessoas jurídicas para órgãos pú-
blicos, exceto as relativas aos Serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC, tais como:
assinaturas de jornais e periódicos; tarifas de energia elétrica, gás, água e esgoto; serviços de comuni-
cação (telex, correios, telefonia fixa e móvel, que não integrem pacote de comunicação de dados); fretes

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e carretos; locação de imóveis (inclusive despesas de condomínio e tributos à conta do locatário, quando
previstos no contrato de locação); locação de equipamentos e materiais permanentes; conservação e
adaptação de bens imóveis; seguros em geral (exceto os decorrentes de obrigação patronal); serviços
de asseio e higiene; serviços de divulgação, impressão, encadernação e emolduramento; serviços fune-
rários; despesas com congressos, simpósios, conferências ou exposições; vale-refeição; auxílio-creche
(exclusive a indenização a servidor); e outros congêneres, bem como os encargos resultantes do paga-
mento com atraso de obrigações não tributárias.

40 – Serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação – Pessoa Jurídica

Despesas orçamentárias decorrentes da prestação de serviços por pessoas jurídicas para órgãos e en-
tidades da Administração Pública, relacionadas à Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC, não
classificadas em outros elementos de despesa, tais como: locação de equipamentos e softwares, desen-
volvimento e manutenção de software, hospedagens de sistemas, comunicação de dados, serviços de
telefonia fixa e móvel, quando integrarem pacote de comunicação de dados, suporte a usuários de TIC,
suporte de infraestrutura de TIC, serviços técnicos profissionais de TIC, manutenção e conservação de
equipamentos de TIC, digitalização, outsourcing de impressão e serviços relacionados a computação em
nuvem, treinamento e capacitação em TIC, tratamento de dados, conteúdo de web; e outros congêne-
res.

41 - Contribuições

Despesas orçamentárias às quais não correspondam contraprestação direta em bens e serviços e não
sejam reembolsáveis pelo recebedor, inclusive as destinadas a atender a despesas de manutenção de
outras entidades de direito público ou privado, observado o disposto na legislação vigente.

42 - Auxílios

Despesas orçamentárias destinadas a atender a despesas de investimentos ou inversões financeiras de


outras esferas de governo ou de entidades privadas sem fins lucrativos, observado, respectivamente, o
disposto nos artigos 25 e 26 da Lei Complementar nº 101/2000.

43 - Subvenções Sociais

Despesas orçamentárias para cobertura de despesas de instituições privadas de caráter assisten-


cial ou cultural, sem finalidade lucrativa, de acordo com os artigos 16, parágrafo único, e 17 da Lei nº
4.320/1964, observado o disposto no art. 26 da LRF.

45 - Subvenções Econômicas

Despesas orçamentárias com o pagamento de subvenções econômicas, a qualquer título, autorizadas


em leis específicas, tais como: ajuda financeira a entidades privadas com fins lucrativos; concessão de
bonificações a produtores, distribuidores e vendedores; cobertura, direta ou indireta, de parcela de encar-
gos de empréstimos e financiamentos e dos custos de aquisição, de produção, de escoamento, de dis-
tribuição, de venda e de manutenção de bens, produtos e serviços em geral; e, ainda, outras operações
com características semelhantes.\

46 - Auxílio-Alimentação

Despesas orçamentárias com auxílio-alimentação pagas em forma de pecúnia, de bilhete ou de cartão


magnético, diretamente aos militares, servidores, estagiários ou empregados da Administração Pública
direta e indireta.

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47 - Obrigações Tributárias e Contributivas

Despesas orçamentárias decorrentes do pagamento de tributos e contribuições sociais e econômicas


(Imposto de Renda, ICMS, IPVA, IPTU, Taxa de Limpeza Pública, COFINS, PIS/PASEP, etc.), exceto as
incidentes sobre a folha de salários, classificadas como obrigações patronais, bem como os encargos
resultantes do pagamento com atraso das obrigações de que trata este elemento de despesa.

48 - Outros Auxílios Financeiros a Pessoas Físicas

Despesas orçamentárias com a concessão de auxílio financeiro diretamente a pessoas físicas, sob as
mais diversas modalidades, tais como ajuda ou apoio financeiro e subsídio ou complementação na aqui-
sição de bens, não classificados explícita ou implicitamente em outros elementos de despesa, observado
o disposto no art. 26 da Lei Complementar nº 101/2000.

49 - Auxílio-Transporte

Despesas orçamentárias com auxílio-transporte pagas em forma de pecúnia, de bilhete ou de cartão


magnético, diretamente aos militares, servidores, estagiários ou empregados da Administração Pública
direta e indireta, destinado ao custeio parcial das despesas realizadas com transporte coletivo municipal,
intermunicipal ou interestadual nos deslocamentos de suas residências para os locais de trabalho e vice-
-versa, ou trabalho-trabalho nos casos de acumulação lícita de cargos ou empregos.

51 - Obras e Instalações

Despesas com estudos e projetos; início, prosseguimento e conclusão de obras; pagamento de pessoal
temporário não pertencente ao quadro da entidade e necessário à realização das mesmas; pagamento
de obras contratadas; instalações que sejam incorporáveis ou inerentes ao imóvel, tais como: elevado-
res, aparelhagem para ar condicionado central, etc.

52 - Equipamentos e Material Permanente

Despesas orçamentárias com aquisição de aeronaves; aparelhos de medição; aparelhos e equipamentos


de comunicação; aparelhos, equipamentos e utensílios médico, odontológico, laboratorial e hospitalar;
aparelhos e equipamentos para esporte e diversões; aparelhos e utensílios domésticos; armamentos;
coleções e materiais bibliográficos; embarcações, equipamentos de manobra e patrulhamento; equipa-
mentos de proteção, segurança, socorro e sobrevivência; instrumentos musicais e artísticos; máquinas,
aparelhos e equipamentos de uso industrial; máquinas, aparelhos e equipamentos gráficos e equipa-
mentos diversos; máquinas, aparelhos e utensílios de escritório; máquinas, ferramentas e utensílios de
oficina; máquinas, tratores e equipamentos agrícolas, rodoviários e de movimentação de carga; mobiliário
em geral; obras de arte e peças para museu; semoventes; veículos diversos; veículos ferroviários; veícu-
los rodoviários; outros materiais permanentes.

53 - Aposentadorias do RGPS - Área Rural

Despesas orçamentárias com pagamento de aposentadorias dos segurados do plano de benefícios do


Regime Geral de Previdência Social - RGPS, relativos à área rural.

54 - Aposentadorias do RGPS - Área Urbana

Despesas orçamentárias com pagamento de aposentadorias dos segurados do plano de benefícios do


Regime Geral de Previdência Social - RGPS, relativos à área urbana.

55 - Pensões do RGPS - Área Rural

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1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
Despesas orçamentárias com pagamento de pensionistas do plano de benefícios do Regime Geral de
Previdência Social - RGPS, inclusive decorrentes de sentenças judiciais, todas relativas à área rural.\

56 - Pensões do RGPS - Área Urbana

Despesas orçamentárias com pagamento de pensionistas do plano de benefícios do Regime Geral de


Previdência Social - RGPS, inclusive decorrentes de sentenças judiciais, todas relativas à área urba-
na.

57 - Outros Benefícios do RGPS - Área Rural

Despesas orçamentárias com benefícios do Regime Geral de Previdência Social - RGPS relativas à área
rural, exclusive aposentadoria e pensões.

58 - Outros Benefícios do RGPS - Área Urbana

Despesas orçamentárias com benefícios do Regime Geral de Previdência Social - RGPS relativas à área
urbana, exclusive aposentadoria e pensões.

59 - Pensões Especiais

Despesas orçamentárias com pagamento de pensões especiais, inclusive as de caráter indenizatório,


concedidas por legislação específica ou por determinação judicial, quando não vinculadas a cargos públi-
cos.

61- Aquisição de Imóveis

Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização de obras ou


para sua pronta utilização.

62 - Aquisição de Produtos para Revenda

Despesas orçamentárias com a aquisição de bens destinados à venda futura.

63 - Aquisição de Títulos de Crédito

Despesas orçamentárias com a aquisição de títulos de crédito não representativos de quotas de capital
de empresas.

64 - Aquisição de Títulos Representativos de Capital já Integralizado

Despesas orçamentárias com a aquisição de ações ou quotas de qualquer tipo de sociedade, desde que
tais títulos não representem constituição ou aumento de capital.

65 - Constituição ou Aumento de Capital de Empresas

Despesas orçamentárias com a constituição ou aumento de capital de empresas industriais, agrícolas,


comerciais ou financeiras, mediante subscrição de ações representativas do seu\ capital social.

66 - Concessão de Empréstimos e Financiamentos

Despesas orçamentárias com a concessão de qualquer empréstimo ou financiamento, inclusive bolsas de


estudo reembolsáveis.

67 - Depósitos Compulsórios

Despesas orçamentárias com depósitos compulsórios exigidos por legislação específica, ou determina-
dos por decisão judicial.

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70 - Rateio pela Participação em Consórcio Público

Despesa orçamentária relativa ao rateio das despesas decorrentes da participação do ente Federativo
em Consórcio Público instituído nos termos da Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005.

71 - Principal da Dívida Contratual Resgatado

Despesas orçamentárias com a amortização efetiva do principal da dívida pública contratual, interna e
externa.

72 - Principal da Dívida Mobiliária Resgatado

Despesas orçamentárias com a amortização efetiva do valor nominal do título da dívida pública mobiliá-
ria, interna e externa.

73 - Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Resgatada

Despesas orçamentárias decorrentes da atualização do valor do principal da dívida contratual, interna e


externa, efetivamente amortizado.

74 - Correção Monetária ou Cambial da Dívida Mobiliária Resgatada

Despesas orçamentárias decorrentes da atualização do valor nominal do título da dívida pública mobiliá-
ria, efetivamente amortizado.

75 - Correção Monetária da Dívida de Operações de Crédito por Antecipação de Receita

Despesas orçamentárias com correção monetária da dívida decorrente de operação de crédito por ante-
cipação de receita.

76 - Principal Corrigido da Dívida Mobiliária Refinanciado

Despesas orçamentárias com o refinanciamento do principal da dívida pública mobiliária, interna e exter-
na, inclusive correção monetária ou cambial, com recursos provenientes da emissão de novos títulos da
dívida pública mobiliária.

77 - Principal Corrigido da Dívida Contratual Refinanciado

Despesas orçamentárias com o refinanciamento do principal da dívida pública contratual, interna e exter-
na, inclusive correção monetária ou cambial, com recursos provenientes da emissão de títulos da dívida
pública mobiliária.

81 - Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas

Despesas orçamentárias decorrentes da transferência a órgãos e entidades públicos, inclusive de outras


esferas de governo, ou a instituições privadas, de receitas tributárias, de contribuições e de outras recei-
tas vinculadas, prevista na Constituição ou em leis específicas, cuja competência de arrecadação é do
órgão transferidor.

82 - Aporte de Recursos pelo Parceiro Público em Favor do Parceiro Privado Decorrente de Contrato de
Parceria Público-Privada - PPP

Despesas orçamentárias relativas ao aporte de recursos pelo parceiro público em favor do parceiro priva-
do, conforme previsão constante do contrato de Parceria Público-Privada - PPP, destinado à realização
de obras e aquisição de bens reversíveis, nos termos do § 2º do art. 6º e do § 2º do art. 7º, ambos da Lei
nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004.

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83 - Despesas Decorrentes de Contrato de Parceria Público-Privada - PPP, exceto Subvenções Econômi-
cas, Aporte e Fundo Garantidor

Despesas orçamentárias com o pagamento, pelo parceiro público, do parcelamento dos investimentos
realizados pelo parceiro privado com a realização de obras e aquisição de bens reversíveis, incorporados
no patrimônio do parceiro público até o início da operação do objeto da Parceria Público-Privada - PPP,
bem como de outras despesas que não caracterizem subvenção (elemento 45), aporte de recursos do
parceiro público ao parceiro privado (elemento 82) ou participação em fundo garantidor de PPP (elemen-
to 84).

84 - Despesas Decorrentes da Participação em Fundos, Organismos, ou Entidades Assemelhadas, Na-


cionais e Internacionais

Despesas orçamentárias relativas à participação em fundos, organismos, ou entidades assemelhadas,


Nacionais e Internacionais, inclusive as decorrentes de integralização de cotas.

85 - Contrato de Gestão

Despesas orçamentárias decorrentes de transferências às organizações sociais ou outras entidades


privadas sem fins lucrativos para execução de serviços no âmbito do contrato de gestão firmado com o
Poder Público.

86 - Compensações a Regimes de Previdência

Despesas orçamentárias com compensações financeiras para os regimes de previdência, incluindo


militares, conforme previsto no art. 201, §9º e §9º-A e com a compensação ao Fundo do Regime Geral
de Previdência Social - FRGPS em virtude de desonerações, como a prevista no inciso IV do art. 9º da
Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, que estabelece a necessidade de a União compensar o valor
correspondente à estimativa de renúncia previdenciária decorrente dessa Lei.

91 - Sentenças Judiciais

Despesas orçamentárias resultantes de: a) pagamento de precatórios, em cumprimento ao disposto no


art. 100 e seus parágrafos da Constituição, e no art. 78 do Ato das Disposições Constitucionais Transitó-
rias - ADCT; b) cumprimento de sentenças judiciais, transitadas em julgado, de empresas públicas e so-
ciedades de economia mista, integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social; c) cumprimento
de sentenças judiciais, transitadas em julgado, de pequeno valor, na forma definida em lei, nos termos do
§ 3º do art. 100 da Constituição; d) cumprimento de decisões judiciais, proferidas em Mandados de Segu-
rança e Medidas Cautelares; e e) cumprimento de outras decisões judiciais.

92 - Despesas de Exercícios Anteriores

Despesas orçamentárias com o cumprimento do disposto no art. 37 da Lei nº 4.320/1964, que assim es-
tabelece: “Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consig-
nava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época pró-
pria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o
encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagas à conta de dotação específica consignada
no orçamento, discriminada por elemento, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica”.

93 - Indenizações e Restituições

Despesas orçamentárias com indenizações, exclusive as trabalhistas, e restituições, devidas por órgãos
e entidades a qualquer título, inclusive devolução de receitas quando não for possível efetuar essa devo-

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lução mediante a compensação com a receita correspondente, bem como outras despesas de natureza
indenizatória não classificadas em elementos de despesas específicos.

94 - Indenizações e Restituições Trabalhistas

Despesas orçamentárias resultantes do pagamento efetuado a servidores públicos civis e empregados


de entidades integrantes da administração pública, inclusive férias e aviso prévio indenizados, multas e
contribuições incidentes sobre os depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, etc., em função
da perda da condição de servidor ou empregado, podendo ser em decorrência da participação em pro-
grama de desligamento voluntário, bem como a restituição de valores descontados indevidamente, quan-
do não for possível efetuar essa restituição mediante compensação com a receita correspondente.

95 - Indenização pela Execução de Trabalhos de Campo

Despesas orçamentárias com indenizações devidas aos servidores que se afastarem de seu local de
trabalho, sem direito à percepção de diárias, para execução de trabalhos de campo, tais como os de
campanha de combate e controle de endemias; marcação, inspeção e manutenção de marcos decisórios;
topografia, pesquisa, saneamento básico, inspeção e fiscalização de fronteiras internacionais.

96 - Ressarcimento de Despesas de Pessoal Requisitado

Despesas orçamentárias com ressarcimento das despesas realizadas pelo órgão ou entidade de origem
quando o servidor pertencer a outras esferas de governo ou a empresas estatais não-dependentes e
optar pela remuneração do cargo efetivo, nos termos das normas vigentes.

97 - Aporte para Cobertura do Déficit Atuarial do RPPS

Despesas orçamentárias com aportes periódicos destinados à cobertura do déficit atuarial do Regime
Próprio de Previdência Social - RPPS, conforme plano de amortização estabelecido em lei do respectivo
ente Federativo, exceto as decorrentes de alíquota de contribuição suplementar.

98 - Despesas do Orçamento de Investimento

Despesas orçamentárias decorrentes da execução das programações do Orçamento de Investimento.

99 - A Classificar

Elemento transitório que deverá ser utilizado enquanto se aguarda a classificação em elemento específi-
co, vedada a sua utilização na execução orçamentária.

4.6.2.2 Identificador de uso - IDUSO

Esse código vem completar a informação concernente à aplicação dos recursos e destina-se a indicar
se os recursos compõem contrapartida nacional de empréstimos ou de doações ou destinam-se a outras
aplicações, constando da LOA e de seus créditos adicionais. Conforme § 10 do art. 7º da LDO-2022, a
especificação é a seguinte:

CÓDIGO DESCRIÇÃO

0 Recursos não destinados à contrapartida ou à identificação de despesas com ações e serviços


públicos de saúde, ou referentes à manutenção e ao desenvolvimento do ensino

1 Contrapartida de empréstimos do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento -


BIRD

2 Contrapartida de empréstimos do Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID

102
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3 Contrapartida de empréstimos por desempenho ou com enfoque setorial amplo

4 Contrapartida de outros empréstimos

5 Contrapartida de doações

6 Recursos para identificação das despesas que podem ser consideradas para a aplicação mínima
em ações e serviços públicos de saúde, de acordo com o disposto na Lei Complementar nº 141, de 13 de
janeiro de 2012

8 Recursos para identificação das despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino, obser-
vando o disposto nos art. 70 e art. 71 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, no âmbito do Ministé-
rio da Educação

4.6.2.3 Identificador de doação e de operação de crédito - IDOC

O IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou operações de crédito contratuais alocadas


nas ações orçamentárias, com ou sem contrapartida de recursos da União. Os gastos referentes à con-
trapartida de empréstimos serão programados com o IDUSO igual a “1”, “2”, “3” ou “4” e o IDOC com
o número da respectiva operação de crédito, enquanto que, para as contrapartidas de doações, serão
utilizados o IDUSO “5” e respectivo IDOC.

O número do IDOC também pode ser usado nas ações de pagamento de amortização, juros e encargos
para identificar a operação de crédito a que se referem os pagamentos.

Quando os recursos não se destinarem à contrapartida nem se referirem a doações internacionais ou


operações de crédito, o IDOC será “9999”. Nesse sentido, para as doações de pessoas, de entidades
privadas nacionais e as destinas ao combate à fome, deverá ser utilizado o IDOC “9999”.

4.6.2.4 Classificação da despesa por identificador de resultado primário

O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, tem como finalidade auxiliar a apuração do
resultado primário previsto na LDO, devendo constar no PLOA e na respectiva Lei em todos os GNDs,
identificando, de acordo com a metodologia de cálculo das necessidades de financiamento do governo
central, cujo demonstrativo constará anexo à LOA. De acordo com o estabelecido no § 5º do art. 7º da
LDO-2022, nenhuma ação conterá, simultaneamente, dotações destinadas a despesas financeiras e pri-
márias, ressalvada a Reserva de Contingência. O quadro a seguir lista o rol de identificadores de resulta-
do primário propostos para a elaboração do PLOA 2022:

LDO 2022

CÓDIGO DESCRIÇÃO DA DESPESA

0 Financeira

1 Primária e considerada na apuração do resultado primário para cumprimento da meta, sendo obri-
gatória, cujo rol deve constar da Seção I do Anexo III*

2 Primária e considerada na apuração do resultado primário para cumprimento da meta, sendo dis-
cricionária e não abrangida por emendas individuais e de bancada estadual, ambas de execução obriga-
tória

4 Primária discricionária constante do Orçamento de Investimento e não considerada na apuração


do resultado primário para cumprimento da meta

103
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6 Primária, decorrente de programações incluídas ou acrescidas por emendas individuais, de execu-
ção obrigatória nos termos do disposto nos §9º e §11 do art. 166 da Constituição

7 Primária, decorrente de programações incluídas ou acrescidas por emendas de bancada estadual,


de execução obrigatória nos termos do disposto no § 12 do art. 166 da Constituição e no art. 2º da Emen-
da à Constituição nº 100, de 26 de junho de 2019

8 Primária, decorrente de programações incluídas ou acrescidas por emendas de comissão perma-


nente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e de comissão mista permanente do Congresso
Nacional

9 Primária, decorrente de programações incluídas ou acrescidas por emendas de relator-geral do


PLOA que promovam alterações em programações constantes do projeto de lei orçamentária ou inclusão
de novas, excluídas as de ordem técnica

* Anexo III - Despesas que não serão objeto de limitação de empenho. Seção I - Das despesas primárias
que constituem obrigações constitucionais ou legais da União.

7 ESTIMATIVAS DE RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

7.1 ETAPAS DO FLUXO DE ELABORAÇÃO DAS ESTIMATIVAS DE RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

Os órgãos setoriais e as unidades orçamentárias responsáveis por arrecadar recursos públicos podem
participar do processo de elaboração das reestimativas de arrecadação das receitas orçamentárias da
União para o exercício corrente e das estimativas para o Projeto de Lei Orçamentária Anual do exercí-
cio subsequente solicitando alterações nos valores estimados pela Secretaria de Orçamento Federal –
SOF.

Tais solicitações devem obedecer rigorosamente às regras e prazos estabelecidos anualmente por meio
de portaria. Os prazos referentes à elaboração do PLOA-2022 estão detalhados no item 7.4.

O Fluxo de Elaboração das Estimativas de Receitas Orçamentárias é composto por 4 (quatro) etapas:

Etapa 1 – A Coordenação-Geral de Avaliação da Receita Pública – CGARP/SEAFI/SOF/SEF/ME estima


e divulga as receitas orçamentárias por meio do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento –
SIOP;

Etapa 2 – Os órgãos setoriais do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal e as unidades orça-


mentárias qualificados como Unidades Recolhedoras de receita encaminham à CGARP/SEAFI/SOF/SEF/
ME solicitações de alteração nas estimativas de receita pelas quais são responsáveis;

Etapa 3 – A CGARP/SEAFI/SOF/SEF/ME analisa todas as solicitações encaminhadas. Cabe ressaltar


que o aceite de uma solicitação não garante que a alteração será atendida, uma vez que as receitas con-
solidadas nesta etapa ainda serão submetidas a uma nova avaliação, conforme descrito a seguir;

Etapa 4 – A estimativa de receita consolidada é submetida para análise em instâncias superiores, que po-
dem reavaliar quaisquer valores, inclusive aqueles oriundos de solicitações aceitas na etapa anterior.

Ao fim da Etapa 4, as estimativas da receita orçamentária da União são divulgadas oficialmente pela
CGARP/SEAFI/SOF/SEF/ME.

As estimativas inseridas a qualquer tempo pelas unidades orçamentárias recolhedoras de receita pode-
rão, ao longo do exercício, serem revistas pela SOF/SEF/ME, mesmo que tenham sido aprovadas previa-
mente.

104
1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
7.2 FORMULÁRIO ELETRÔNICO PARA SOLICITAÇÃO DE ALTERAÇÃO NAS ESTIMATIVAS DE RECEI-
TA (MÓDULO DE CAPTAÇÃO DE BASE EXTERNA – SIOP)

As solicitações de alteração nas estimativas de receita são realizadas mediante o preenchimento de for-
mulário eletrônico específico no SIOP por usuários previamente cadastrados.

Tais usuários serão responsáveis pelos dados informados, nos limites das suas atribuições e competên-
cias, perante os órgãos de controle e fiscalização.

O módulo para a inserção das solicitações de alteração de receita pode ser acessado por meio do SIOP,
no endereço eletrônico www.siop.planejamento.gov.br, clicando-se na aba Receitas e, em seguida, no
item Captação de Base Externa.

Na tela inicial do módulo, o usuário conseguirá visualizar todas as estimativas de receitas pelas quais
é responsável. \\ Ao escolher uma determinada estimativa de receita, abre-se um formulário eletrônico
para preenchimento da solicitação de alteração da estimativa em questão. \\ Todos os campos do for-
mulário são obrigatórios e devem ser preenchidos conforme descrito nos itens a seguir.

7.2.1 JUSTIFICATIVA

Apresenta os argumentos que demonstram a inadequação da projeção apresentada no SIOP, justificando


a necessidade de alteração do valor estimado pela CGARP/SEAFI/SOF/ME.

Observação: • Na ótica da Receita Orçamentária, são irrelevantes quaisquer justificativas que apresen-
tem como argumentação a necessidade do gasto, o valor de receita contido na LOA, o excesso de arre-
cadação necessário para realização de crédito adicional, o espelho da despesa ou a importância de uma
determinada ação. Ou seja, os argumentos apresentados devem ser pautados no comportamento espe-
rado para a receita orçamentária e não na necessidade do gasto.

Alguns exemplos de motivações para alteração nas estimativas de receita são dados a seguir: • Quando
se tratar de uma receita nova, que não possui histórico de arrecadação, dificultando a modelagem no
SIOP; • Quando houver alterações nas alíquotas ou valores de taxas, tarifas e/ou serviços; • Quando as
receitas forem impactadas direta ou indiretamente por efeitos decorrentes de alterações legais ou con-
tratuais; • Quando se tratar de uma receita atípica ou de baixa previsibilidade, de difícil modelagem no
SIOP, como por exemplo as receitas oriundas de licitações, convênios, doações, inscrições em concur-
sos, privatizações, entre outras.

7.2.2 METODOLOGIA

Informa o método, o modelo e/ou as fórmulas utilizadas para o cálculo do valor que está sendo solicita-
do.

7.2.3 MEMÓRIA DE CÁLCULO

Apresenta os valores adotados para cada um dos parâmetros utilizados no campo Metodologia, explici-
tando os cálculos que reproduzem o valor final que está solicitado para a receita em questão.

Observação: • A Metodologia e a Memória de Cálculo devem possibilitar a reprodução do cálculo que

105
1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
resulta no valor de estimativa solicitado; • Nos casos envolvendo receitas de Convênios e Doações, o
campo Metodologia deverá identificar quais são os Convênios ou Doações em questão e o campo Memó-
ria de Cálculo deverá apresentar os valores totais esperados, assim como, quando for o caso, o número
de parcelas, o valor de cada parcela e o momento em que ocorrerá a arrecadação; • Quando a unidade
recolhedora espera que a arrecadação de uma receita ocorra pontualmente em determinado mês do
ano, ou concentrada em número reduzido de meses, é necessário informar tal expectativa na Memória
de Cálculo, pois valores inseridos cuja arrecadação esteja zerada ou em patamares proporcionalmente
incompatíveis serão periodicamente revistas e recusadas pela CGARP/SEAFI/SOF/ME, mesmo que ante-
riormente tais estimativas tenham sido aceitas.

7.2.4 VALOR SOLICITADO

Trata-se do valor solicitado pelo órgão ou unidade orçamentária, calculado a partir dos modelos, fórmulas
e parâmetros descritos nos campos Metodologia e Memória de Cálculo.

Observação: • Caso o campo Valor Solicitado apresente um valor igual ou próximo ao já projetado no
SIOP, a solicitação será recusada, uma vez que os valores de receita somente serão passíveis de alte-
ração quando comprovada a sua inadequação ou quando referente a receitas de difícil modelagem via
sistema; • Se a receita objeto da estimativa for distribuída entre mais de uma unidade orçamentária, o
campo Valor Solicitado deve ser preenchido com o total esperado a ser destinado a todos os órgãos, e
não apenas com o montante esperado para a unidade recolhedora; • O SIOP não estima valores inferio-
res a R$ 1.000 para uma “chave de projeção” (UR-NR-Subnatureza).

Uma vez encerrado o prazo, todas as solicitações encaminhadas são analisadas pela CGARP/SEAFI/
SOF/ME.

7.2.5 RECEITAS DE TRANSFERÊNCIAS

O art. 11 da Lei nº 4.320/64 dispõe que as receitas de transferências correntes e de capital devem ser
destinadas a atender despesas classificáveis como corrente e de capital, respectivamente. Assim, a
escolha da categoria econômica da receita no momento da previsão deve estar associada à despesa
que se pretende financiar; ou seja, se classificada como receita de capital, a alocação do recurso refe-
rente àquela natureza de receita deverá corresponder a uma despesa de capital. Caso classificada como
receita corrente, a uma despesa corrente. “Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias
econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. § 1º - São Receitas Correntes as receitas tributá-
ria, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes
de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a
atender despesas classificáveis em Despesas Correntes. § 2º - São Receitas de Capital as provenientes
da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de
bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a aten-
der despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.”

7.3 MÓDULO PARA CONSULTAR VALORES DE CENÁRIO

Consultas nos valores das reestimativas de receita podem ser realizadas no SIOP clicando-se na aba
Receitas e, em seguida, no item Consulta Valores de Cenário.

106
1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
Na tela inicial do módulo de consulta, o usuário deve escolher qual cenário deseja consultar. A depender
do momento em que se encontra, a SEAFI pode disponibilizar Cenários de Reestimativa para o exercício
corrente e/ou o Cenário de PLOA para o exercício subsequente.

Uma vez escolhido o cenário, o usuário deverá indicar, no campo Tipo de Consulta, se os valores consul-
tados serão do tipo Valores Projetados ou do tipo Valores Fonteados. Valores Projetados – são os valo-
res totais projetados para cada natureza de receita antes do processamento das respectivas vinculações
legais. Em outras palavras, a consulta de Valores Projetados apresenta uma visão das receitas geridas
por uma dada unidade orçamentária antes de se destinar tais receitas às fontes de recursos e às unida-
des orçamentárias legalmente vinculadas.

Valores Fonteados – apresenta a visão das receitas após o processamento das vinculações legais, ou
seja, após a destinação/distribuição das receitas projetadas às respectivas fontes e às unidades orça-
mentárias destinatárias do recurso.

7.4 PRAZOS DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DAS ESTIMATIVAS DE RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS


– PLOA-2022*

DATA ATIVIDADE RESPONSÁVEL


15/03 Divulgação da primei- CGARP/SEAFI/SOF/SEF/
ra previsão de recei- ME
tas que constarão no
PLOA
15 a 19/03 Solicitação de altera- Unidades recolhedoras
ções da previsão por de receita
meio de Captação de
Base Externa
15/04 Divulgação da previ- CGARP/SEAFI/SOF/SEF/
são consolidada ME
14/06 Divulgação da segun- CGARP/SEAFI/SOF/SEF/
da previsão de recei- ME
tas que constarão no
PLOA
14 a 22/06 Solicitação de altera- Unidades recolhedoras
ções da previsão por de receita
meio de Captação de
Base Externa
16/07 Divulgação da previ- CGARP/SEAFI/SOF/SEF/
são consolidada ME

107
1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
19 a 21/07 Reuniões com analis- Unidades recolhedoras
tas da CGARP/SOF/ de receita e CGARP/
SEF/ME, mediante SEAFI/SOF/SEF/ME
solicitação dos órgãos
setoriais interessa-
dos
22 a 28/07 Revisão e ajuste das Unidades recolhedoras
bases externas de de receita
receita para estimativa
do PLOA
31/08 Divulgação da previ- CGARP/SEAFI/SOF/SEF/
são consolidada ME

Retenção de tributos federais: Instrução Normativa RFB nº 1.234/2012

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1234, DE 11 DE JANEIRO DE 2012

A SECRETÁRIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - SUBSTITUTA, no uso da atribuição que lhe confe-
re o inciso III do art. 273 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela
Portaria MF nº 587, de 21 de dezembro de 2010, e tendo em vista o disposto no art. 15 da Lei nº 9.249,
de 26 de dezembro de 1995, no art. 64 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, e nos arts. 34 e 35
da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, no art. 39 da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, no art.
3º da Lei nº 11.116, de 18 de maio de 2005, no art. 74 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, e no
inciso III do § 1º do art. 4º do Decreto nº 5.297, de 6 de dezembro de 2004, resolve:

Art. 1º A retenção de tributos nos pagamentos efetuados pelos órgãos da administração pública federal
direta, autarquias e fundações federais, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais
pessoas jurídicas que menciona a outras pessoas jurídicas pelo fornecimento de bens e serviços, obede-
cerá o disposto nesta Instrução Normativa.
CAPÍTULO I

DA OBRIGATORIEDADE DE RETENÇÃO DOS TRIBUTOS

Art. 2º Ficam obrigados a efetuar as retenções na fonte do Imposto sobre a Renda (IR), da Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Co-
fins) e da Contribuição para o PIS/Pasep sobre os pagamentos que efetuarem às pessoas jurídicas, pelo
fornecimento de bens ou prestação de serviços em geral, inclusive obras, os seguintes órgãos e entida-
des da administração pública federal:

I - os órgãos da administração pública federal direta;

II - as autarquias;

III -as fundações federais;

IV - as empresas públicas;

108
1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
V - as sociedades de economia mista; e

VI - as demais entidades em que a União, direta ou indiretamente detenha a maioria do capital social
sujeito a voto, e que recebam recursos do Tesouro Nacional e estejam obrigadas a registrar sua execu-
ção orçamentária e financeira no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal
(Siafi).

§ 1º A retenção efetuada na forma deste artigo dispensa, em relação aos pagamentos efetuados, as de-
mais retenções previstas na legislação do IR.

§ 2º As retenções serão efetuadas sobre qualquer forma de pagamento, inclusive os pagamentos anteci-
pados por conta de fornecimento de bens ou de prestação de serviços, para entrega futura.

§ 3º No caso de fornecimento de bens ou de prestação de serviços amparados por isenção, não incidên-
cia ou alíquota zero do IR ou de uma ou mais contribuições de que trata este artigo, na forma da legisla-
ção em vigor, a retenção dar-se-á mediante a aplicação das alíquotas previstas no art. 3º, corresponden-
te ao IR ou às contribuições não alcançadas pela isenção, não incidência ou pela alíquota zero.

§ 4º Na hipótese do § 3º, o recolhimento será efetuado mediante a utilização dos códigos de que trata o
art. 36.

§ 5º Para fins do § 3º, as pessoas jurídicas amparadas por isenção, não incidência ou alíquota zero de-
vem informar essa condição no documento fiscal, inclusive o enquadramento legal, sob pena de, se não
o fizerem, sujeitarem-se à retenção do IR e das contribuições sobre o valor total do documento fiscal, no
percentual total correspondente à natureza do bem ou serviço.

§ 6º Para fins desta Instrução Normativa, a pessoa jurídica fornecedora do bem ou prestadora do serviço
deverá informar no documento fiscal o valor do IR e das contribuições a serem retidos na operação.

§ 7º Para fins desta Instrução Normativa considera-se:

I - serviços prestados com emprego de materiais, os serviços cuja prestação envolva o fornecimento pelo
contratado de materiais, desde que tais materiais estejam discriminados no contrato ou em planilhas à
parte integrante do contrato, e na nota fiscal ou fatura de prestação de serviços;

II - construção por empreitada com emprego de materiais, a contratação por empreitada de construção
civil, na modalidade total, fornecendo o empreiteiro todos os materiais indispensáveis à sua execução,
sendo tais materiais incorporados à obra.

§ 8º Excetua-se do disposto no inciso I do § 7º os serviços hospitalares, de que trata o art. 30, e os servi-
ços médicos referidos no art. 31.

§ 9º Para efeito do inciso II do § 7º, não serão considerados como materiais incorporados à obra os ins-
trumentos de trabalho utilizados e os materiais consumidos na execução da obra.

§ 10. Em caso de pagamentos com glosa de valores constantes da nota fiscal, sem emissão de nova
nota fiscal, a retenção deverá incidir sobre o valor original da nota.

§ 11. Em caso de pagamentos com acréscimos de juros e multas por atraso no pagamento, a retenção
deverá incidir sobre o valor da nota fiscal incluídos os acréscimos.
CAPÍTULO II

DA BASE DE CÁLCULO E DAS ALÍQUOTAS

Art. 3º A retenção será efetuada aplicando-se, sobre o valor a ser pago, o percentual constante da coluna

109
1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
06 do Anexo I a esta Instrução Normativa, que corresponde à soma das alíquotas das contribuições de-
vidas e da alíquota do IR, determinada mediante a aplicação de 15% (quinze por cento) sobre a base de
cálculo estabelecida no art. 15 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, conforme a natureza do bem
fornecido ou do serviço prestado.

§ 1º O percentual a ser aplicado sobre o valor a ser pago corresponderá à espécie do bem fornecido ou
do serviço prestado, conforme estabelecido em contrato.

§ 2º Sem prejuízo do estabelecido no § 7º do art. 2º, caso o pagamento se refira a contratos distintos ce-
lebrados com a mesma pessoa jurídica pelo fornecimento de bens ou de serviços prestados com percen-
tuais diferenciados, aplicar-se-á o percentual correspondente a cada fornecimento contratado.

§ 3º O valor da CSLL, a ser retido, será determinado mediante a aplicação da alíquota de 1% (um por
cento) sobre o montante a ser pago.

§ 4º Os valores da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep a serem retidos serão determinados,


aplicando-se, sobre o montante a ser pago, respectivamente as alíquotas de 3% (três por cento) e 0,65%
(sessenta e cinco centésimos por cento), exceto nas situações especificadas no art. 5º; no § 2º do art.
19; no parágrafo único do art. 20; nos §§ 1º e 2º do art. 21 e nos §§ 1º e 2º do art. 22.

§ 5º As alíquotas de que trata o § 4º aplicam-se, inclusive, nas hipóteses em que as receitas decorren-
tes do fornecimento de bens ou da prestação do serviço estejam sujeitas ao regime de apuração da não
cumulatividade da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep ou à tributação a alíquotas diferencia-
das.

§ 6º Fica dispensada a retenção de valor inferior a R$ 10,00 (dez reais), exceto na hipótese de Documen-
to de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) eletrônico efetuado por meio do Siafi.

§ 7º Ocorrendo a hipótese do § 2º, os valores retidos correspondentes a cada percentual serão recolhi-
dos em Darf distintos.
CAPÍTULO III

DAS HIPÓTESES EM QUE NÃO HAVERÁ RETENÇÃO

Art. 4º Não serão retidos os valores correspondentes ao IR e às contribuições de que trata esta Instrução
Normativa, nos pagamentos efetuados a:

I - templos de qualquer culto;

II - partidos políticos;

III - instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, a que se refere o art. 12 da Lei
nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997;

IV - instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e às associações civis, a que se


refere o art. 15 da Lei nº 9.532, de 1997;

V - sindicatos, federações e confederações de empregados;

VI - serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;

VII - conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas;

VIII - fundações de direito privado e a fundações públicas instituídas ou mantidas pelo Poder Público;

IX - condomínios edilícios;

110
1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
X - Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as Organizações Estaduais de Cooperativas pre-
vistas no caput e no § 1º do art. 105 da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971;

XI - pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribui-
ções devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), de que trata o art.
12 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, em relação às suas receitas próprias;

XII - pessoas jurídicas exclusivamente distribuidoras de jornais e revistas;

XIII - Itaipu binacional;

XIV - empresas estrangeiras de transportes marítimos, aéreos e terrestres, relativos ao transporte in-
ternacional de cargas ou passageiros, nos termos do disposto no art. 176 do Decreto nº 3.000, de 26
de março de 1999 - Regulamento do Imposto de Renda (RIR/1999), e no inciso V do art. 14 da Medida
Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001;

XV - órgãos da administração direta, autarquias e fundações do Governo Federal, Estadual ou Municipal,


observado, no que se refere às autarquias e fundações, os termos dos §§ 2º e 3º do art. 150 da Consti-
tuição Federal;

XVI - no caso das entidades previstas no art. 34 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, a título de
adiantamentos efetuados a empregados para despesas miúdas de pronto pagamento, até o limite de 5
(cinco) salários mínimos;

XVII - título de prestações relativas à aquisição de bem financiado por instituição financeira;

XVIII - entidades fechadas de previdência complementar, nos termos do art. 32 da Lei nº 10.637, de 30
de dezembro de 2002;

XIX - título de aquisição de petróleo, gasolina, gás natural, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo, quero-
sene de aviação, demais derivados de petróleo, gás natural, álcool, biodiesel e demais biocombustíveis
efetuados pelas pessoas jurídicas dispostas nos incisos IV a VI do caput do art. 2º, conforme disposto no
parágrafo único do art. 34 da Lei nº 10.833, de 2003; (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB
nº 1244, de 30 de janeiro de 2012) (Vide Instrução Normativa RFB nº 1244, de 30 de janeiro de 2012)

XX - título de seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores; e (Redação
dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1244, de 30 de janeiro de 2012) (Vide Instrução Normativa
RFB nº 1244, de 30 de janeiro de 2012)

XXI - título de suprimentos de fundos de que tratam os arts. 45 a 47 do Decreto nº 93.872, de 23 de


dezembro de 1986. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1244, de 30 de janeiro de 2012)
(Vide Instrução Normativa RFB nº 1244, de 30 de janeiro de 2012)

XXII - título de Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública cobrada nas faturas de consumo de
energia elétrica emitidas por distribuidoras de energia elétrica com base em convênios firmados com os
Municípios ou com o Distrito Federal. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de
janeiro de 2015)

§ 1º. A imunidade ou a isenção das entidades previstas nos incisos III e IV é restrita aos serviços para os
quais tenham sido instituídas, observado o disposto nos arts. 12 e 15 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro
de 1997. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1663, de 07 de outubro de 2016)

§ 2º. A condição de imunidade e isenção de que trata o §1º será declarada pela entidade nos anexos II e
III. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1663, de 07 de outubro de 2016)

111
1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
Art. 5º Não será devida a retenção da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, cabendo, nessa hipó-
tese, a retenção do IR e da CSLL:

I - utilizando-se o código de arrecadação 8767, nos pagamentos efetuados:

a) a título de transporte internacional de cargas efetuados por empresas nacionais, conforme disposto no
inciso V do art. 14 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001;

b) aos estaleiros navais brasileiros nas atividades de construção, conservação, modernização, conversão
e reparo de embarcações pré-registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro (REB), instituído
pelo art. 11 da Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997, conforme disposto no inciso VI do art. 14 da Medida
Provisória nº 2.158-35, de 2001;

c) pela aquisição no mercado interno dos seguintes produtos, conforme disposto nos incisos III, V e VI do
art. 28 da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004:

1. de produtos hortícolas e frutas, classificados nos Capítulos 7 e 8, e ovos, classificados na posição


04.07, todos da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi);

2. de semens e embriões da posição 05.11 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM); e

3. de livros, conforme disposto no art. 2º da Lei nº 10.753, de 30 de outubro de 2003;

d) pela aquisição a varejo, na forma do art. 28 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, e do Decre-
to nº 5.602, de 6 de dezembro de 2005, dos seguintes produtos:

1. de unidades de processamento digital classificada no código 8471.50.10 da Tipi, acompanhadas de


teclado (unidade de entrada) classificado no código 8471.60.52, e de mouse (unidade de entrada) clas-
sificado no código 8471.60.53, até o valor de R$ 2.100,00 (dois mil e cem reais), no caso do conjunto
completo, e até o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), somente para a unidade de processamento;

2. de máquinas automáticas para processamento de dados, digitais, portáteis, de peso inferior a 3,5Kg
(três quilos e meio), com tela (écran) de área superior a 140cm2 (cento e quarenta centímetros quadra-
dos), classificadas nos códigos 8471.30.12, 8471.30.19 ou 8471.30.90 da Tipi, até o valor de R$ 4.000,00
(quatro mil reais); e

3. de máquinas automáticas de processamento de dados, apresentadas sob a forma de sistemas, do có-


digo 8471.49 da Tipi, até o valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), contendo exclusivamente uma unida-
de de processamento digital classificada no código 8471.50.10; um monitor (unidade de saída por vídeo)
classificado no código 8471.60.7; um teclado (unidade de entrada) classificado no código 8471.60.52; e
um mouse (unidade de entrada) classificado no código 8471.60.53 da Tipi;

e) pela aquisição no mercado interno dos seguintes produtos, de que tratam os incisos IV e X do art. 28
da Lei nº 10.865, de 2004, e os arts. 6º, 6º-A e 6º-B do Decreto nº 5.171, de 6 de agosto de 2004:

1. de aeronaves classificadas na posição 88.02 da Tipi, suas partes, peças, ferramentais, componentes,
insumos, fluidos hidráulicos, tintas, anticorrosivos, lubrificantes, equipamentos, serviços e matérias-pri-
mas a serem empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão e
industrialização das aeronaves, seus motores, partes, componentes, ferramentais e equipamentos; e

2. de materiais e equipamentos, inclusive partes, peças e componentes, destinados ao emprego na cons-


trução, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações registradas ou pré-registradas
no REB;

112
1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
f) pela aquisição de veículos e embarcações destinados ao transporte escolar para a educação básica
nas redes estadual, municipal e distrital, quando adquiridos pela União, pelos Estados, pelos Municípios
e pelo Distrito Federal, na forma dos incisos VIII e IX do art 28 da Lei nº 10.865, de 2004, e do Decreto nº
6.644, de 18 de novembro de 2008, a seguir:

1. veículos novos montados sobre chassis, com capacidade para 23 (vinte e três) a 44 (quarenta e qua-
tro) pessoas, classificados nos códigos 8702.10.00 Ex 02 e 8702.90.90 Ex 02 da Tipi; e

2. embarcações novas, com capacidade para 20 (vinte) a 35 (trinta e cinco) pessoas, classificadas no
código 8901.90.00 da Tipi;

g) pela aquisição no mercado interno dos seguintes produtos, de que tratam os incisos XI, XII e XIV do
art. 28 da Lei nº 10.865, de 2004:

1. de veículos e carros blindados de combate, novos, armados ou não, e suas partes, produzidos no
Brasil, com peso bruto total até 30t (trinta toneladas), classificados na posição 8710.00.00 da Tipi, des-
tinados ao uso das Forças Armadas ou órgãos de segurança pública brasileiros, quando adquiridos por
órgãos e por entidades da administração pública direta, na forma a ser estabelecida em regulamento;

2. de material de defesa, classificado nas posições 87.10.00.00 e 89.06.10.00 da Tipi, além de partes,
peças, componentes, ferramentais, insumos, equipamentos e matérias-primas a serem empregados na
sua industrialização, montagem, manutenção, modernização e conversão; e

3. de produtos classificados na posição 87.13 da NCM;

h) pela aquisição dos produtos a que se refere o art. 1º da Lei nº 10.925, de 23 de julho de 2004, e o art.
1º do Decreto nº 5.630, de 22 de dezembro de 2005, a seguir:

1. sementes e mudas destinadas à semeadura e plantio, em conformidade com o disposto na Lei nº


10.711, de 5 de agosto de 2003, e produtos de natureza biológica utilizados em sua produção;

2. corretivo de solo de origem mineral classificado no Capítulo 25 da NCM;

3. feijões comuns (Phaseolus vulgaris), classificados nos códigos 0713.33.19, 0713.33.29 e 0713.33.99
da NCM, arroz descascado (arroz “cargo” ou castanho), classificado no código 1006.20 da NCM, arroz
semibranqueado ou branqueado, mesmo polido ou brunido (glaceado), classificado no código 1006.30 da
NCM e farinhas classificadas no código 1106.20 da NCM;

4. inoculantes agrícolas produzidos a partir de bactérias fixadoras de nitrogênio, classificados no código


3002.90.99 da NCM;

5. vacinas para medicina veterinária classificadas no Código 3002.30 da NCM;

6. farinha, grumos e sêmolas, grãos de milho, esmagados ou em flocos, classificados, respectivamente,


nos códigos 1102.20, 1103.13 e 1104.19, todos da Tipi;

7. pintos de 1 (um) dia classificados no código 0105.11 da Tipi;

8. leite fluido pasteurizado ou industrializado, na forma de ultrapasteurizado, destinado ao consumo hu-


mano;

9. leite em pó, integral ou desnatado, destinado ao consumo humano;

10. leite em pó semidesnatado, leite fermentado, bebidas e compostos lácteos e fórmulas infantis, assim
definidas conforme previsão legal específica, destinados ao consumo humano ou utilizados na industriali-

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zação de produtos que se destinam ao consumo humano;

11. queijos tipo mozarela, minas, prato, coalho, ricota, requeijão, provolone, parmesão e queijo fresco
não maturado;

12. soro de leite fluido a ser empregado na industrialização de produtos destinados ao consumo huma-
no;

13. farinha de trigo classificada no código 1101.00.10 da Tipi, adquirida até 31 de dezembro de 2011;

14. trigo classificado na posição 10.01 da Tipi, adquirido até 31 de dezembro de 2011;

15. pré-misturas próprias para fabricação de pão comum e pão comum classificados, respectivamente,
nos códigos 1901.20.00 Ex 01 e 1905.90.90 Ex 01 da Tipi, adquiridos até 31 de dezembro de 2011; e

16. massas alimentícias classificadas na posição 19.02 da Tipi, adquiridas até 30 de junho de 2012;

i) pela aquisição de comerciantes atacadistas e varejistas, conforme disposto no art. 58-B e 58-V da Lei
nº 10.833, de 2003, e no art. 21 do Decreto nº 6.707, de 23 de dezembro de 2008, dos produtos classifi-
cados nos seguintes códigos e posições da Tipi:

1. nos códigos 21.06.90.10 Ex 02;

2. nas posições 22.01, 22.02, exclusivamente em relação aos produtos: água e refrigerantes, refrescos,
cerveja sem álcool, repositores hidroeletrolíticos e compostos líquidos prontos para o consumo, que con-
tenham como ingrediente principal inositol, glucoronolactona, taurina ou cafeína, exceto os Ex 01 e Ex 02
do código 22.02.90.00; e

3. na posição 22.03, todos da Tipi;

j) pela aquisição no mercado interno, conforme disposto no § 11 do art. 8º da Lei nº 10.865, de 2004, e
no Decreto nº 6.426, de 7 de abril de 2008, dos produtos classificados:

1. no Capítulo 29 da NCM, relacionados no Anexo I ao Decreto nº 6.426, de 2008; e

2. nas posições 30.02, 30.06, 39.26, 40.15 e 90.18 da NCM, relacionados no Anexo III ao Decreto. nº
6.426, de 2008, destinados ao uso em hospitais e campanhas de saúde realizadas pelo poder público;

k) pela aquisição de comerciantes atacadistas e varejistas, conforme disposto no § 2º do art. 3º e no pa-


rágrafo único do art. 5º da Lei nº 10.485, de 3 de julho de 2002, dos seguintes produtos:

1. de máquinas e veículos, exclusivamente autopropulsados, classificados nos códigos 84.29,


8432.40.00, 84.32.80.00, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01, e dos demais produtos classi-
ficados nos códigos 87.02, 87.03, 87.04, 87.05 e 87.06, de que trata o caput do art. 1º da Lei nº 10.485,
de 2002, exceto quando adquiridos de empresa comercial atacadista adquirente dos produtos resultantes
da industrialização por encomenda, a que se refere o § 5º do art. 17 da Medida Provisória nº 2.189-49,
de 23 de agosto de 2001;

2. dos produtos relacionados nos Anexos I e II à Lei nº 10.485, de 2002, tratados no seu art. 3º; e

3. dos produtos classificados nas posições 40.11 (pneus novos de borracha) e 40.13 (câmaras de ar de
borracha) da Tipi de que trata o art. 5º da Lei nº 10.485, de 2002, pela aquisição de outros produtos ou
serviços não listados nas alíneas de “a” a “j” que vierem a ser amparados com isenção, não incidência ou
alíquotas zero da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep, observado o disposto no § 5º do art. 2º;

II - utilizando-se o código de arrecadação 8850, nos pagamentos efetuados a título de transporte interna-

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cional de passageiros efetuados por empresas nacionais.

Art. 5º-A A retenção da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep não será exigida nos pagamentos efe-
tuados às cooperativas de rádiotaxi, bem como àquelas cujos cooperados se dediquem a serviços rela-
cionados a atividades culturais, de música, de cinema, de letras, de artes cênicas (teatro, dança, circo) e
de artes plásticas, sobre as importâncias relativas aos serviços pessoais prestados por seus cooperados
pessoas físicas, em nome da cooperativa, sem prejuízo de as cooperativas informarem na nota ou do-
cumento fiscal, o dispositivo legal que as ampare da dispensa, na forma do § 3º do art. 6º. (Incluído(a)
pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 1º A dispensa de retenção prevista no caput se dará sem prejuízo da retenção do IR na fonte à alíquo-
ta de 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento) sobre as importâncias relativas aos serviços pessoais
prestados por seus cooperados ou associados, cujo prazo para o recolhimento será até o último dia do
primeiro decêndio do mês subsequente ao mês da ocorrência do fato gerador, mediante o código de arre-
cadação 3280 - Serviços Pessoais Prestados Por Associados de Cooperativas de Trabalho. (Incluído(a)
pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 2º O disposto no caput aplica-se às demais cooperativas de serviços que declararem em em suas no-
tas fiscais o dispositivo legal que as autoriza a excluir da base de cálculo da contribuição para PIS/Pasep
e Cofins os valores repassados aos associados, pessoas físicas, decorrentes de serviços por eles presta-
dos em nome da cooperativa. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de
2015)

§ 3º Para fins do disposto no caput, as cooperativas deverão discriminar, em suas faturas, as importân-
cias relativas aos serviços pessoais prestados à pessoa jurídica por seus associados das importâncias
que corresponderem a outros custos ou despesas. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº
1540, de 05 de janeiro de 2015)

Art. 6º Para efeito do disposto nos incisos III, IV e XI do caput do art. 4º, a pessoa jurídica deverá, no
ato da assinatura do contrato, apresentar ao órgão ou à entidade declaração de acordo com os modelos
constantes dos Anexos II, III ou IV desta Instrução Normativa, conforme o caso, em 2 (duas) vias, assi-
nada pelo seu representante legal. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de
janeiro de 2015)

§ 1º O órgão ou a entidade responsável pela retenção anexará a 1ª (primeira) via da declaração de que
trata o caput ao processo ou à documentação que deu origem ao pagamento, para fins de comprovação
à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), devendo a 2ª (segunda) via ser devolvida ao interessa-
do como recibo.

§ 2º No caso de pagamento decorrente de contratos de prestação de serviços continuados, a declara-


ção a que se refere o caput deverá ser anexada ao processo ou à documentação que deu origem ao 1º
(primeiro) pagamento do contrato, sem prejuízo de o declarante informar, imediatamente, ao órgão ou à
entidade contratante, qualquer alteração na situação declarada nos Anexos de que trata o caput. (Incluí-
do(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 3º A declaração de que trata o caput poderá ser apresentada por meio eletrônico, com a utilização de
certificação digital disponibilizada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICPBrasil), desde
que no documento eletrônico arquivado pela fonte pagadora conste a assinatura digital do representante
legal e respectiva data da assinatura. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de
janeiro de 2015)

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§ 4º Alternativamente à declaração de que trata o caput, a fonte pagadora poderá verificar a permanência
do contratado no Simples Nacional mediante consulta ao Portal do Simples Nacional e anexar cópia da
consulta ao contrato ou documentação que deu origem ao pagamento, sem prejuízo do contratado infor-
mar imediatamente ao contratante qualquer alteração da sua permanência no Simples Nacional. (Incluí-
do(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 5º A exigência prevista no caput e no §4º aplica-se no caso de prorrogação do contrato ou a cada novo
contrato, ainda que nas mesmas condições do anterior. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº
1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 6º Sem prejuízo do disposto no parágrafo único do art. 4º, as entidades beneficentes de assistência
social previstas nos incisos III e IV do caput do art. 4º que atuam nas áreas da saúde, da educação e da
assistência social deverão apresentar, juntamente com a declaração de que trata o caput, o Certificado
de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas), expedido pelos Ministérios das respectivas áreas
de atuação da entidade, na forma estabelecida pelo Decreto nº 8.242, de 23 de maio de 2014. (Incluí-
do(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 7º Para fins do disposto no § 6º, não serão aceitos comprovantes de requerimentos: (Redação dada
pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1552, de 02 de março de 2015)

I - de concessão da certificação; e (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1552, de 02 de mar-


ço de 2015)

II - de renovação da certificação protocolados fora do prazo legal ou com certificação anterior tornada
sem efeito por qualquer motivo. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1552, de 02 de março
de 2015)

§ 8º No caso de não apresentação do Cebas, na forma prevista no § 6º, o órgão ou a entidade pagadora
obriga-se a efetuar a retenção do IR e das contribuições sobre o valor total do documento fiscal ou fatu-
ra apresentada pela entidade no percentual de 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por
cento), mediante o código de arrecadação 6190 (demais serviços) do Anexo I desta Instrução Normativa.
(Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)
CAPÍTULO IV

DO PRAZO DE RECOLHIMENTO

Art. 7º Os valores retidos deverão ser recolhidos ao Tesouro Nacional, mediante Darf:

I - pelos órgãos da administração pública federal direta, autarquias e fundações federais que efetuarem a
retenção, até o 3º (terceiro) dia útil da semana subsequente àquela em que tiver ocorrido o pagamento à
pessoa jurídica fornecedora dos bens ou prestadora do serviço; e

II - pelas empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades em que a União, direta
ou indiretamente detenha a maioria do capital social sujeito a voto, e que recebam recursos do Tesouro
Nacional e estejam obrigadas a registrar sua execução orçamentária e financeira no Siafi, de forma cen-
tralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica, até o último dia útil do segundo decêndio do
mês subseqüente àquele mês em que tiver ocorrido o pagamento à pessoa jurídica fornecedora do bem
ou prestadora do serviço. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1663, de 07 de outubro
de 2016)

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CAPÍTULO V

DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES

Art. 8º Aplicam-se, subsidiariamente, à CSLL, à Cofins e à Contribuição para o PIS/Pasep, as penalida-


des e demais acréscimos previstos na legislação do IR, nas hipóteses de não retenção, falta de recolhi-
mento, recolhimento após o vencimento do prazo sem o acréscimo de multa moratória, de falta de decla-
ração e nos de declaração inexata.
CAPÍTULO VI

DO TRATAMENTO DOS VALORES RETIDOS

Art. 9º O valor do imposto e das contribuições sociais retidos será considerado como antecipação do
que for devido pelo contribuinte em relação ao mesmo imposto e às mesmas contribuições e poderá ser
compensado ou deduzido pelo contribuinte que sofreu a retenção, observando-se as seguintes regras:
(Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

I - o valor retido relativo ao IR somente poderá ser deduzido do valor do imposto apurado no próprio mês
da retenção; (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

II - na hipótese em que o valor do IR retido na fonte seja superior ao devido, a diferença poderá ser com-
pensada com o imposto mensal a pagar relativo aos meses subsequentes; (Incluído(a) pelo(a) Instrução
Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

III - os valores retidos na fonte a título de CSLL, Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins somente pode-
rão ser deduzidos com o que for devido em relação à mesma espécie de contribuição e no mês de apura-
ção a que se refere a retenção; (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro
de 2015)

IV - os valores retidos na fonte a título de CSLL, Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins que excederem
ao valor da respectiva contribuição a pagar no mesmo mês de apuração, poderão ser restituídos ou com-
pensados com débitos relativos a outros tributos administrados pela RFB; (Incluído(a) pelo(a) Instrução
Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

V - a restituição de que trata o inciso IV do caput poderá ser requerida à RFB a partir do mês subsequen-
te ao mês de apuração da contribuição retida. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de
05 de janeiro de 2015)

Parágrafo único. O valor a ser deduzido, correspondente ao IR e a cada espécie de contribuição, será
determinado pelo próprio contribuinte mediante a aplicação, sobre o valor do documento fiscal, das alí-
quotas respectivas às retenções efetuadas. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540,
de 05 de janeiro de 2015)
CAPÍTULO VII

DAS OPERAÇÕES COM CARTÕES DE CRÉDITO OU DE DÉBITO

Art. 10. Nos pagamentos correspondentes ao fornecimento de bens ou pela prestação de serviços efe-
tuados por meio de Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF), pelos órgãos e pelas entidades
da administração pública federal, ou via cartões de crédito ou débito, a retenção será efetuada pelo
órgão ou pela entidade pagador sobre o total a ser pago à empresa fornecedora do bem ou prestadora
do serviço, devendo o pagamento com o cartão ser realizado pelo valor líquido, depois de deduzidos os
valores do imposto e das contribuições retidos, cabendo a responsabilidade pelo recolhimento destes ao

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1723219 E-book gerado especialmente para DANYLLO JACKSON DE SOUZA AMANCIO
órgão ou à entidade adquirente do bem ou tomador dos serviços.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica às despesas efetuadas com suprimentos de fundos
de que tratam os arts. 45 a 47 do Decreto nº 93.872, de 1986, e aos adiantamentos efetuados a empre-
gados para despesas miúdas de pronto pagamento previsto no inciso XVI do art. 4º. (Incluído(a) pelo(a)
Instrução Normativa RFB nº 1244, de 30 de janeiro de 2012) (Vide Instrução Normativa RFB nº 1244, de
30 de janeiro de 2012)
CAPÍTULO VIII

DOS DOCUMENTOS DE COBRANÇAS QUE CONTENHAM CÓDIGO DE BARRA

Art. 11. Nas notas fiscais, nas faturas, nos boletos bancários ou em quaisquer outros documentos de
cobrança dos bens ou dos serviços, de que trata o art. 3º, que contenham código de barras, deverão
ser informados o valor bruto do preço do bem fornecido ou do serviço prestado e os valores do IR e das
contribuições a serem retidos na operação, devendo o seu pagamento ser efetuado pelo valor líquido
deduzido das respectivas retenções, cabendo a responsabilidade pelo recolhimento destas ao órgão ou à
entidade adquirente do bem ou tomador dos serviços.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica às faturas de cartão de crédito.


CAPÍTULO IX
DAS SITUAÇÕES ESPECÍFICAS
SEÇÃO I

Das Agências de Viagens e Turismo

Art. 12. Nos pagamentos correspondentes a aquisições de passagens aéreas e rodoviárias, despesas de
hospedagem, aluguel de veículos e prestação de serviços afins, efetuados por intermédio de agências de
viagens, a retenção será feita sobre o total a pagar a cada empresa prestadora do serviço e, quando for
o caso, do operador aeroportuário, sobre o valor referente à tarifa de embarque, e da agência de viagem,
sobre os valores cobrados a título de comissão pela intermediação da comercialização do bilhete de
passagem ou pela prestação do serviço de agenciamento de viagens na venda de passagens aos órgãos
e entidades públicas. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de
2015)

§1º Para fins do disposto no caput, a agência de viagem apresentará documento de cobrança ao órgão
ou à entidade observando-se o seguinte: (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de
05 de janeiro de 2015)

I - apresentará fatura e nota fiscal em seu nome somente em relação ao valor cobrado pela intermedia-
ção da comercialização do bilhete de passagem ou pela prestação do serviço de agenciamento de via-
gens na venda de passagens aos órgãos e entidades públicas, os quais se sujeitam à retenção de que
trata o art. 3º; (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

II - apresentará à contratante faturas de sua emissão, separadas por prestador do serviço, das quais de-
verão constar: (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

a) o nome e o número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da empresa pres-
tadora do serviço e o número e valor da nota fiscal, no caso de despesas de hospedagem, aluguel de
veículos e prestação de serviços afins; (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05
de janeiro de 2015)

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b) o nome e o número de inscrição no CNPJ da empresa prestadora do serviço e o número e valor do
bilhete de passagem aérea ou rodoviária emitido pela empresa transportadora, excluídos a tarifa de em-
barque, o pedágio e o seguro, no caso de venda de passagens; (Redação dada pelo(a) Instrução Nor-
mativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

c) o número de inscrição no CNPJ do operador aeroportuário e, em destaque, o valor da tarifa de embar-


que; e (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

d) o nome do usuário do serviço, que deverá ser identificado nas situações previstas nas alíneas “a” e”b”.
(Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

III - (Suprimido(a) - vide Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 2º A indicação do número de inscrição no CNPJ da empresa prestadora do serviço e, quando for o


caso, do operador aeroportuário, poderá ser efetuada em documento distinto do documento de cobrança.
(Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 3º No caso de diversos bilhetes de uma mesma empresa de transporte, o número de inscrição no CNPJ
poderá ser indicado apenas na linha correspondente ao 1º (primeiro) bilhete listado. (Redação dada
pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 4º O valor do imposto e das contribuições retido poderá ser deduzido pelas empresas prestadoras dos
serviços e, quando for o caso, pelo operador aeroportuário, na forma prevista no art. 9º, devendo o com-
provante anual de retenção de que trata o art. 37 ser fornecido em nome de cada um desses beneficiá-
rios. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 5º Como forma de comprovação da retenção de que trata este artigo, o órgão ou a entidade que efe-
tuar o pagamento deverá fornecer, por ocasião do pagamento, à agência de viagem, cópia do Darf ou
de qualquer outro documento que comprove que as retenções foram efetuadas em nome das empresas
prestadoras do serviço.

§ 6º Para fins de prestação de contas, as agências de viagem repassarão às empresas prestadoras dos
serviços listados nas alíneas “a” e “b” do inciso II do § 1º o valor líquido recebido, já deduzido das reten-
ções efetuadas em nome destas e do operador aeroportuário, acompanhado do comprovante referido no
§ 5º. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 7º As empresas de transporte aéreo repassarão ao operador aeroportuário o valor referente à tarifa


de embarque recebido das empresas de turismo, já deduzido das retenções efetuadas em nome deste,
acompanhado do comprovante de retenção referido no § 5º. (Redação dada pelo(a) Instrução Normati-
va RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 8º As empresas prestadoras dos serviços de que trata o § 6º e o operador aeroportuário deverão consi-
derar como receita o valor líquido recebido mais as retenções efetuadas. (Redação dada pelo(a) Instru-
ção Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 9º (Revogado(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 10. A base de cálculo da retenção a que se refere o caput, relativamente às aquisições de passagens
aéreas e rodoviárias, é o valor bruto das passagens utilizadas, constantes do bilhete emitido pelas agên-
cias de viagens, nominal ao servidor, e não poderá ser diferente do valor de venda no balcão pelas em-
presas de transporte aéreo ou rodoviário, para o mesmo trecho e período, não sendo admitidas às agên-
cias de viagens efetuarem deduções ou acréscimos a qualquer título. (Redação dada pelo(a) Instrução

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Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 11. O percentual de retenção a ser aplicado no pagamento da tarifa de embarque cobrada pelo opera-
dor portuário é de 7,05% (sete inteiros e cinco centésimos por cento), correspondente ao código de arre-
cadação 6175 - passagens aéreas, rodoviárias e demais serviços de transporte de passageiros. (Reda-
ção dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 12. Até 31 de dezembro de 2017, fica dispensada a retenção dos tributos na fonte de que trata o caput,
sobre os pagamentos efetuados pelos órgãos ou entidades da administração pública federal, mediante a
utilização do Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF), no caso de contratação direta das com-
panhias aéreas prestadoras de serviços de transporte aéreo. (Redação dada pelo(a) Instrução Normati-
va RFB nº 1636, de 06 de maio de 2016)
SEÇÃO II

Dos Seguros

Art. 13. Nos pagamentos de seguros, ainda que por intermédio de corretora, a retenção será feita sobre o
valor do prêmio que estiver sendo pago à seguradora, não deduzida qualquer parcela correspondente à
corretagem.

Parágrafo único. O direito à dedução, prevista no art. 9º, do imposto e das contribuições retidos é da
companhia seguradora, em nome da qual será emitido o comprovante de retenção.
SEÇÃO III

Do Telefone

Art. 14. Nos pagamentos de contas de telefone, a retenção será efetuada sobre o valor total a ser pago,
devendo o valor retido ser deduzido pela companhia emissora da fatura, em nome da qual será emitido o
comprovante de retenção.

Art. 15. No caso de aquisição do direito de uso ou de pagamento de aluguel de linhas telefônicas, a
retenção será efetuada sobre o valor pago relativamente à aquisição do direito de uso ou ao aluguel de
linhas telefônicas.
SEÇÃO IV

Da Propaganda e Da Publicidade

Art. 16. Nos pagamentos referentes a serviços de propaganda e publicidade a retenção será efetuada em
relação à agência de propaganda e publicidade e a cada uma das demais pessoas jurídicas prestadoras
do serviço, sobre o valor das respectivas notas fiscais.

§ 1º Na hipótese de que trata o caput, a agência de propaganda deverá apresentar, ao órgão ou à entida-
de, documento de cobrança, do qual deverão constar, no mínimo:

I - o nome e o número de inscrição no CNPJ de cada empresa emitente de nota fiscal, listada no docu-
mento de cobrança; e

II - o número da respectiva nota fiscal e o seu valor.

§ 2º No caso de diversas notas fiscais de uma mesma empresa, os dados a que se refere o inciso I do §
1º poderão ser indicados apenas na linha correspondente à 1ª (primeira) nota fiscal listada.

§ 3º O valor do imposto e das contribuições retido poderá ser deduzido pela empresa emitente da nota
fiscal, na forma do art. 9º, na proporção de suas receitas, devendo o comprovante anual de retenção de

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que trata o art. 37 ser fornecido em nome de cada empresa beneficiária.

§ 4º A retenção, na forma deste artigo, implica a dispensa da retenção do IR na fonte de que trata o caput
e o inciso II do art. 53 da Lei nº 7.450, de 23 de dezembro de 1985.
SEÇÃO V

Do Consórcio

Art. 17. No caso de pagamento a consórcio constituído para o fornecimento de bens e serviços, inclusive
a execução de obras e serviços de engenharia, a retenção deverá ser efetuada em nome de cada empre-
sa participante do consórcio, tendo por base o valor constante da correspondente nota fiscal de emissão
de cada uma das pessoas jurídicas consorciadas.

§ 1º Na hipótese de que trata o caput, a empresa líder deverá apresentar à unidade pagadora os do-
cumentos de cobrança, acompanhados das respectivas notas fiscais, correspondentes aos valores dos
fornecimentos de bens ou serviços de cada empresa participante do consórcio.

§ 2º No caso de pagamentos a consórcio formado entre empresas nacionais e estrangeiras, aplica-se a


retenção do art. 3º às empresas nacionais e a do art. 35 às consorciadas estrangeiras, observadas as
alíquotas aplicáveis à natureza dos bens ou serviços, conforme legislação própria.
SEÇÃO VI

Da Refeição-Convênio, do Vale-Transporte e do Vale-Combustível

Art. 18. Na aquisição de Refeição-Convênio (tíquete-alimentação e tíquete-refeição), Vale-Transporte e


Vale-Combustível, inclusive mediante créditos ou cartões eletrônicos, caso os pagamentos sejam efetua-
dos a intermediárias, vinculadas ou não à prestadora do serviço ou à fornecedora de combustível, a base
de cálculo corresponderá ao valor da corretagem ou da comissão cobrada pela pessoa jurídica interme-
diária. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 1º Para fins do disposto no caput, o valor da corretagem ou comissão deverá ser destacado na nota
fiscal de serviços.

§ 2º Não havendo cobrança dos encargos mencionados no § 1º, a empresa intermediária deverá fazer
constar da nota fiscal a expressão “valor da corretagem ou comissão: zero”.

§ 3º Na inobservância do disposto nos §§ 1º e 2º, a retenção será efetuada sobre o total a pagar.

§ 4º Caso os tíquetes, vales ou créditos eletrônicos sejam de uso específico, tornando possível, no mo-
mento do pagamento, a identificação da prestadora responsável pela execução do serviço ou da fornece-
dora do combustível, a retenção será feita em nome da prestadora ou fornecedora do combustível, sobre
o valor correspondente ao serviço ou ao fornecimento do combustível, conforme o caso, sem prejuízo da
retenção sobre o valor da corretagem ou comissão, se devida.

§ 5º Caso as vendas de Refeição-Convênio (tíquete-alimentação e tíquete-refeição), Vale-Transporte,


Vale-Combustível ou créditos eletrônicos sejam efetuadas diretamente pela prestadora do serviço ou pela
fornecedora do combustível, a retenção será efetuada pelo valor total da compra de tíquetes ou vales, no
momento do pagamento.

§ 6º O disposto neste artigo aplica-se a quaisquer outros serviços ou bens adquiridos sob o sistema de
tíquetes, vales ou créditos eletrônicos.
SEÇÃO VII

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Dos Combustíveis, dos demais Derivados de Petróleo, do Álcool Hidratado e do Biodiesel

Art. 19. Nos pagamentos efetuados pelos órgãos da administração pública federal direta, pelas autar-
quias e pelas fundações federais, relativos à aquisição de gasolina, inclusive gasolina de aviação, óleo
diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP) e querosene de aviação (QAV), diretamente de refinarias de
petróleo, demais produtores e de importadores será devida a retenção do IR, da CSLL, da Cofins e da
Contribuição para o PIS/Pasep, utilizando-se o código 9060.

§ 1º Será ainda devida a retenção do IR e das contribuições, utilizando-se o código 9060, sobre o valor
a ser pago referente à aquisição dos demais combustíveis derivados de petróleo ou de gás natural, e
dos demais produtos derivados de petróleo, adquiridos de produtor, de importador, de distribuidor ou de
varejista.

§ 2º Nos pagamentos efetuados aos distribuidores e aos comerciantes varejistas de gasolina, exceto
gasolina de aviação, de óleo diesel, de gás liquefeito de petróleo (GLP), de derivados de petróleo ou de
gás natural, e de querosene de aviação (QAV) será efetuada a retenção do IR e da CSLL, utilizando-se o
código 8739, ficando dispensada a retenção da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.

Art. 20. Nos pagamentos efetuados ao produtor, ao importador ou ao distribuidor, correspondentes à


aquisição de álcool etílico hidratado, inclusive para fins carburantes, será devida a retenção do IR, da
CSLL, da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, utilizando-se o código 9060.

Parágrafo único. Nos pagamentos efetuados aos comerciantes varejistas pela aquisição de álcool etílico
hidratado nacional, inclusive para fins carburantes, será efetuada a retenção do IR e da CSLL, utilizando-
-se o código 8739, ficando dispensada a retenção da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.

Art. 21. Nos pagamentos efetuados ao produtor ou importador, correspondentes à aquisição de biodiesel,
será devida a retenção do IR, da CSLL, da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, utilizando-se o
código 9060.

§ 1º Nos pagamentos efetuados a produtor detentor do selo “Combustível Social” concedido pelo Ministé-
rio do Desenvolvimento Agrário, ou a agricultor familiar enquadrado no Programa Nacional de Fortaleci-
mento da Agricultura Familiar (Pronaf) pela aquisição de biodiesel fabricado a partir de mamona ou fruto,
caroço ou amêndoa de palma produzidos nas regiões norte e nordeste e no semiárido, será efetuada a
retenção do IR e da CSLL, utilizando-se o código 8739, ficando dispensada a retenção da Contribuição
para o PIS/Pasep e da Cofins.

§ 2º Nos pagamentos efetuados pela aquisição de biodiesel, a distribuidor ou a comerciante varejista,


será efetuada a retenção do IR e da CSLL, utilizando-se o código 8739, ficando dispensada a retenção
da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.
SEÇÃO VIII

Dos Produtos Farmacêuticos, de Perfumaria, de Toucador e de Higiene Pessoal

Art. 22. Nos pagamentos efetuados às pessoas jurídicas que procedam à industrialização, à importação,
à distribuição e à venda a varejo de produtos farmacêuticos, de perfumaria, de toucador ou de higiene
pessoal, será devida a retenção do IR, da CSLL, da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, utilizan-
do-se o código 6147.

§ 1º Nos pagamentos efetuados aos distribuidores e aos comerciantes varejistas pela aquisição dos pro-
dutos farmacêuticos classificados nas posições 30.01, 30.03, exceto no código 3003.90.56, na posição

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30.04, exceto no código 3004.90.46, nos itens 3002.10.1, 3002.10.2, 3002.10.3, 3002.20.1, 3002.20.2,
3006.30.1 e 3006.30.2, e nos códigos 3002.90.20, 3002.90.92, 3002.90.99, 3005.10.10 e 3006.60.00,
e dos produtos de perfumaria, de toucador, ou de higiene pessoal classificados nas posições 33.03 a
33.07, e nos códigos 3401.11.90, 3401.20.10 e 96.03.21.00, todos da Tipi, aprovada pelo Decreto nº
7.660, de 23 de dezembro de 2011, será efetuada a retenção do IR e da CSLL, utilizando-se o código
8767, ficando dispensada a retenção da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.

§ 2º Nos pagamentos efetuados às pessoas jurídicas beneficiárias de regime especial de utilização de


crédito presumido da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, previsto no art. 3º da Lei nº 10.147, de
21 de dezembro de 2000, que procedam à industrialização e à importação dos produtos tributados na
forma do inciso I do art. 1º da Lei nº 10.147, de 2000, classificados na posição 30.03, exceto no código
3003.90.56; nos itens 3002.10.1, 3002.10.2, 3002.10.3, 3002.20.1, 3002.20.2, 3006.30.1 e 3006.30.2;
nos códigos 3001.20.90, 3001.90.10, 3001.90.90, 3002.90.20, 3002.90.92, 3002.90.99, 3005.10.10 e
3006.60.00; e na posição 30.04, exceto no código 3004.90.46, da Tipi, será efetuada a retenção do IR e
da CSLL, utilizando-se o código 8767, ficando dispensada a retenção da Contribuição para o PIS/Pasep
e da Cofins.

§ 3º Na hipótese do § 2º, a não emissão de notas fiscais distintas para os produtos que gerem direito ao
regime especial de utilização do crédito presumido, de que trata o inciso II do caput e o § 1º do art. 90
da Instrução Normativa SRF nº 247, de 21 de novembro de 2002, sujeitará a retenção do imposto e das
contribuições mediante o código 6147.
SEÇÃO IX

Dos Bens Imóveis

Art. 23. Nos pagamentos efetuados na aquisição de bens imóveis serão observadas as seguintes re-
gras:

I - quando o vendedor for pessoa jurídica que exerce a atividade de compra e venda de imóveis, ou
quando se tratar de imóveis adquiridos de entidades abertas de previdência complementar com fins lu-
crativos cabe a retenção prevista no art. 2º, sobre o total a ser pago;

II - se o imóvel adquirido pertencer ao ativo não circulante da empresa vendedora, cabe a retenção tão
somente do IR e da CSLL, de acordo com o estabelecido no inciso IV do § 2º do art. 3º da Lei nº 9.718,
de 27 de novembro de 1998, no inciso VI do § 3º do art. 1º da Lei nº 10.637, de 2002, e no inciso II do §
3º do art. 1º da Lei nº 10.833, de 2003; ou

III - quando se tratar de imóveis adquiridos de entidades abertas de previdência complementar sem fins
lucrativos cabe a retenção da CSLL, da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep, na forma estabeleci-
da nos §§ 3º e 4º do art. 2º.
SEÇÃO X
DAS COOPERATIVAS E DAS ASSOCIAÇÕES DE PROFISSIONAIS OU ASSEMELHADAS
SUBSEÇÃO I

Das Disposições Gerais

Art. 24. Nos pagamentos efetuados às sociedades cooperativas, pelo fornecimento de bens, serão reti-
dos sobre o valor total do documento fiscal os valores correspondentes à CSLL, à Cofins e à Contribui-
ção para o PIS/Pasep, respectivamente, às alíquotas de 1% (um por cento), 3% (três por cento) e 0,65%
(sessenta e cinco centésimos por cento), perfazendo o percentual de 4,65% (quatro inteiros e sessenta e

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cinco centésimos por cento), utilizando-se o código de arrecadação 8863. (Redação dada pelo(a) Instru-
ção Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

I - (Suprimido(a) - vide Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

II - (Suprimido(a) - vide Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica às sociedades cooperativas de consumo de que trata
o art. 69 da Lei nº 9.532, de 1997, as quais estão sujeitas à retenção na forma prevista no art. 3º. (Re-
dação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

I - (Suprimido(a) - vide Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

II - (Suprimido(a) - vide Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

Art. 25. Não serão retidos os valores correspondentes à Contribuição para o PIS/Pasep, à Cofins e à
CSLL nos pagamentos efetuados a sociedade cooperativa de produção, em relação aos atos decorrentes
da comercialização ou da industrialização de produtos de seus associados.

§ 1º A dispensa prevista no caput não alcança as operações de comercialização ou de industrialização,


pelas cooperativas agropecuárias e de pesca, de produtos adquiridos de não associados, agricultores,
pecuaristas ou pescadores, para completar lotes destinados ao cumprimento de contratos ou para suprir
capacidade ociosa de suas instalações industriais, as quais se sujeitarão à retenção e ao recolhimento
do IR e das contribuições, no percentual total de 5,85% (cinco inteiros e oitenta e cinco centésimos por
cento).

§ 2º Para efeito da retenção de que trata o § 1º, as cooperativas de produção deverão segregar, em seus
documentos fiscais, as importâncias relativas aos atos a que se refere o caput das importâncias corres-
pondentes às operações com não cooperados.

§3º Na hipótese de emissão de documento fiscal sem observância das disposições previstas no § 2º, a
retenção do IR e das contribuições se dará sobre o valor total do documento fiscal apresentado pela coo-
perativa para cobrança, no percentual de 5,85% (cinco inteiros e oitenta e cinco centésimos por cento).
(Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)
SUBSEÇÃO II

Das Cooperativas de Trabalho e das Associações Profissionais

Art. 26. Nos pagamentos efetuados às cooperativas de trabalho e às associações de profissionais ou


assemelhadas, pela prestação de serviços, serão retidos, além das contribuições referidas no art. 24, o
IR na fonte à alíquota de 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento) sobre as importâncias relativas aos
serviços pessoais prestados por seus cooperados ou associados, cujo prazo para o recolhimento será
até o último dia do primeiro decêndio do mês subsequente ao mês da ocorrência do fato gerador, me-
diante o código de arrecadação 3280 - Serviços Pessoais Prestados Por Associados de Cooperativas de
Trabalho. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 1º Na hipótese de o faturamento das entidades referidas neste artigo envolver parcela de serviços
fornecidos por terceiros não cooperados ou não associados, contratados ou conveniados, para cumpri-
mento de contratos com os órgãos e com as entidades relacionados no art. 2º aplicar-se-á, a tal parcela,
a retenção do IR e das contribuições, estabelecida no art. 3º, no percentual total, previsto no Anexo I a
esta Instrução Normativa, de:

I - 5,85% (cinco inteiros e oitenta e cinco centésimos por cento), mediante o código de arrecadação 6147,

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no caso de serviços prestados com emprego de materiais, nos termos dos incisos I e II do § 7º do art. 2º;
ou

II - 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento), mediante o código de arrecadação
6190, para os demais serviços.

§ 2º Para efeito das retenções de que trata o caput e o § 1º, as cooperativas de trabalho e as associa-
ções de profissionais ou assemelhadas deverão emitir faturas distintas, segregando as importâncias
relativas:

I - aos serviços pessoais prestados por seus cooperados ou associados, cabendo a retenção:

a) de 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento) de IR sobre a quantia relativa aos serviços pessoais
prestados por seus cooperados ou associados, conforme o caput do art. 26;

b) relativa à CSLL, à Cofins e à Contribuição para o PIS/Pasep, sobre o valor total do documento fiscal
ou fatura a que se refere a alínea “a”, conforme disposto no caput do art. 24; (Redação dada pelo(a)
Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

c) (Suprimido(a) - vide Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

II - aos serviços de terceiros não associados ou não cooperados (pessoas físicas) e de pessoas jurídicas,
cooperadas ou não, as quais deverão segregar as importâncias referentes aos serviços prestados, da
seguinte forma: (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

a) serviços em geral prestados por pessoas físicas, não cooperadas ou não associadas, sobre os quais
caberá a retenção do IR na fonte calculado com base na tabela progressiva mensal, sobre o total pago a
cada pessoa física; (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

b) serviços prestados com emprego de materiais, nos termos dos incisos I e II do § 7º do art. 2º, por
pessoas jurídicas, cooperadas ou não, cabendo a retenção de 5,85% (cinco inteiros e oitenta e cinco
centésimos por cento), relativos ao IR, à CSLL, à Cofins e à Contribuição para o PIS/Pasep, a ser reco-
lhido mediante o código de arrecadação 6147, sobre os valores dos fornecimentos dos serviços de cada
pessoa jurídica; e (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

c) demais serviços prestados por pessoas jurídicas, cooperadas ou não, cabendo a retenção, no percen-
tual total de 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento), mediante o código de arreca-
dação 6190 (demais serviços), sobre os valores dos fornecimentos dos serviços de cada pessoa jurídica;
(Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

III - à comissão ou taxa de administração do contrato, cabendo a retenção da cooperativa ou da associa-


ção de 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento), mediante o código de arrecada-
ção 6190. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 3º As faturas ou documento de cobrança a que se refere o inciso II do § 2º deverão ser acompanhados


das respectivas notas fiscais ou recibos correspondentes aos valores dos fornecimentos dos serviços
de cada pessoa jurídica ou física, dos quais deverão constar, no mínimo: (Incluído(a) pelo(a) Instrução
Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

I - no caso de pessoa jurídica: (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro
de 2015)

a) o nome e o número de inscrição no CNPJ de cada empresa emitente de nota fiscal, listada no do-
cumento de cobrança; e (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de

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2015)

b) o número da respectiva nota fiscal e o seu valor; (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº
1540, de 05 de janeiro de 2015)

II - no caso de pessoa física, o nome e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), e
o valor a ser pago a cada uma das pessoas físicas prestadoras dos serviços. (Incluído(a) pelo(a) Instru-
ção Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 4º No caso de diversas notas fiscais ou recibos de uma mesma pessoa jurídica, ou física, os dados
a que se referem os incisos I e II do § 3º poderão ser indicados apenas na linha correspondente à 1ª
(primeira) nota fiscal ou recibo listado. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de
janeiro de 2015)

§ 5º As notas fiscais e os recibos de que trata o § 3º deverão ser emitidos em nome da pessoa jurídica
pagadora. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 6º As notas fiscais ou recibos de que trata o § 3º poderão, a critério da pessoa jurídica pagadora, ficar
arquivadas em poder da associação profissional ou da cooperativa, devendo, entretanto, as retenções de
que tratam o inciso II do § 2º serem efetuadas pela pessoa jurídica que efetuar o pagamento, em nome
de cada pessoa física ou jurídica prestadora dos serviços, sem prejuízo da entrega à RFB, pela pessoa
jurídica pagadora, da Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf) prevista no § 2º do
art. 37. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 7º Sem prejuízo do disposto no inciso I do § 2º, na hipótese de emissão de documentos fiscais sem a
segregação dos serviços conforme previsto no § 2º, a retenção do IR e das contribuições se dará sobre
o valor total do documento fiscal ou fatura emitida pela cooperativa ou associação, na forma prevista na
alínea “c” do inciso II do § 2º. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de
2015)

§ 8º O disposto neste artigo aplica-se a cooperativas de proprietários de veículos para locação, bem
como a quaisquer outras cooperativas que prestem serviços mediante locação, cessão de direito de uso
e congêneres. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)
SUBSEÇÃO III

Das Associações e das Cooperativas de Médicos e de Odontólogos

Art. 27. Nos pagamentos efetuados às associações e às cooperativas de médicos e de odontólogos,


as quais para atender aos beneficiários dos seus contratos de plano privado de assistência a saúde ou
odontológica subcontratam ou mantêm convênios para a prestação de serviços de terceiros não asso-
ciados e não cooperados, tais como: profissionais médicos, de odontologia e de enfermagem (pessoas
físicas); hospitais, clínicas médicas e odontológicas, casas de saúde, prontos socorros, ambulatórios e
laboratórios, (pessoas jurídicas), por conta de internações, diárias hospitalares, medicamentos, forne-
cimento de exames laboratoriais e complementares de diagnose e terapia, e outros serviços médicos,
serão apresentadas 3 (três) faturas, observando-se o seguinte:

I - fatura segregando as importâncias recebidas por conta de serviços pessoais prestados por pessoas
físicas associadas e cooperadas (serviços médicos, de odontologia e de enfermagem), cabendo a reten-
ção da associação ou da cooperativa: (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05
de janeiro de 2015)

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a) de 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento) de IR sobre a quantia relativa aos serviços pessoais
prestados por seus associados e cooperados, pessoas físicas, conforme o caput do art. 26; e

b) relativa à CSLL, à Cofins e à Contribuição para o PIS/Pasep, sobre o valor total do documento fiscal
ou fatura a que se refere a alínea “a”, a ser recolhido conforme disposto no caput do art. 24; (Redação
dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

II - fatura referente aos serviços de terceiros não associados e não cooperados (pessoas físicas) e de
pessoas jurídicas, cooperadas ou não, a qual deverá segregar as importâncias referentes aos serviços
prestados, da seguinte forma: (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janei-
ro de 2015)

a) serviços médicos em geral prestados por pessoas físicas, não cooperadas ou não associados (médi-
cos, dentistas, anestesistas e enfermeiros), sobre os quais caberá a retenção do IR na fonte calculado
com base na tabela progressiva mensal, sobre o total pago a cada pessoa física; (Redação dada pe-
lo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

b) serviços médicos em geral, não compreendidos em serviços hospitalares ou em serviços médicos de


que tratam os arts. 30 e 31, prestados por pessoas jurídicas, cooperadas ou não, cabendo a retenção, no
percentual total de 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento), mediante o código de
arrecadação 6190 (demais serviços), sobre os valores dos fornecimentos dos serviços de cada pessoa
jurídica; e (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

c) serviços hospitalares nos termos do art. 30 e dos serviços médicos referidos no art. 31, prestados por
pessoas jurídicas, cooperadas ou não, cabendo a retenção de 5,85% (cinco inteiros e oitenta e cinco
centésimos por cento), relativos ao IR, à CSLL, à Cofins e à Contribuição para o PIS/Pasep, a ser reco-
lhido mediante o código de arrecadação 6147, sobre os valores dos fornecimentos dos serviços de cada
pessoa jurídica. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

III - fatura relativa às importâncias recebidas a título de comissão, taxa de administração ou de adesão
ao plano, cabendo a retenção de 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento), median-
te o código de arrecadação 6190.

§ 1º As faturas ou documento de cobrança a que se refere o inciso II do caput deverão ser acompanha-
dos das respectivas notas fiscais ou recibos, correspondentes aos valores dos fornecimentos dos ser-
viços de cada pessoa jurídica ou física, dos quais deverão constar, no mínimo: (Redação dada pelo(a)
Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

I - no caso de pessoa jurídica: (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janei-
ro de 2015)

a) o nome e o número de inscrição no CNPJ de cada empresa emitente de nota fiscal, listada no do-
cumento de cobrança; e (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de
2015)

b) o número da respectiva nota fiscal e o seu valor; (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº
1540, de 05 de janeiro de 2015)

II - no caso de pessoa física, o nome e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e
o valor a ser pago a cada uma das pessoas físicas prestadoras dos serviços. (Redação dada pelo(a)
Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

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§ 2º No caso de diversas notas fiscais ou recibos de uma mesma pessoa jurídica, ou física, os dados a
que se referem os incisos I e II do § 1º poderão ser indicados apenas na linha correspondente à 1ª (pri-
meira) nota fiscal ou recibo listado. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de
janeiro de 2015)

§ 3º As notas fiscais e os recibos de que trata o § 1º deverão ser emitidas em nome da pessoa jurídica
pagadora. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 4º As notas fiscais ou recibos de que trata o § 1º poderão, a critério da pessoa jurídica pagadora, ficar
arquivadas em poder da associação ou da cooperativa, devendo, entretanto, as retenções de que trata
o inciso II do caput serem efetuadas pela pessoa jurídica que efetuar o pagamento, em nome de cada
pessoa física ou jurídica prestadora dos serviços, sem prejuízo da entrega à RFB, pela pessoa jurídica
pagadora, da Dirf prevista no § 2º do art. 37. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de
05 de janeiro de 2015)

§ 5º Na hipótese de associações ou cooperativas de médicos ou de odontólogos que prestem os serviços


diretamente pelos associados ou cooperados, pessoas físicas ou jurídicas, sem a concorrência de tercei-
ros não associados ou não cooperados, a retenção deverá ser efetuada de acordo com os incisos I e III
do caput, para os associados ou cooperados, pessoas físicas, e de acordo com o inciso I, alínea “b” do
inciso II e inciso III do caput, se os serviços forem prestados concomitante por pessoas físicas e jurídicas
associadas ou cooperadas. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de
2015)

§ 6º O disposto neste artigo também se aplica: (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de
05 de janeiro de 2015)

I - no caso de cooperativas de médicos veterinários que comercializam planos de saúde para animal;
(Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

II - às cooperativas de anestesiologistas e de enfermagem; e (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa


RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

III - no caso de terceirização de serviços médicos humanos e veterinários, de enfermagem, de anestesio-


logistas e de odontologia (locação de mão de obra), por intermédio de associações ou cooperativas, para
o fornecimento de mão de obra nas dependências do tomador dos serviços. (Incluído(a) pelo(a) Instru-
ção Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 7º Na hipótese de emissão de documentos fiscais sem observância das disposições previstas nos inci-
sos I a III do caput, a retenção do IR e das contribuições se dará sobre o valor total do documento fiscal
ou fatura, no percentual de 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento), mediante o
código de arrecadação 6190 (demais serviços) do Anexo I desta Instrução Normativa, a ser retido da
cooperativa ou da associação. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro
de 2015)

§ 8º A retenção de que trata este artigo incidirá sobre os valores totais repassados às associações ou às
cooperativas à conta dos serviços prestados por esta e por terceiros, mesmo na hipótese em que partes
dos valores relativos aos serviços prestados forem custeadas pelos servidores ou empregados, mediante
desconto em folha de pagamento. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janei-
ro de 2015)

§ 9º O disposto neste artigo aplica-se aos pagamentos efetuados às Confederações, Federações de

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Cooperativas e cooperativas de 2º grau, intermediárias de contratos de plano privado de assistência à
saúde, operados por cooperativas singulares de trabalho médico, odontológico, de médicos veterinários,
de anestesiologistas e de enfermagem. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de
janeiro de 2015)

Art. 28. Nos pagamentos referentes a serviços de assistência médica humana ou veterinária, odontológi-
ca, hospitalar e auxiliares de diagnóstico e terapias, mediante valor fixo por beneficiário, independente-
mente da utilização dos serviços, às cooperativas médicas, veterinárias ou de odontologia, administrado-
ras de plano privado de assistência à saúde ou de seguro saúde, a retenção a ser efetuada é a constante
da rubrica “demais serviços”, no percentual de: (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº
1540, de 05 de janeiro de 2015)

I - 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento), mediante o código de arrecadação
6190, para os planos de saúde humana, veterinária e odontológicos; e

II - 7,05% (sete inteiros e cinco centésimos por cento), mediante o código 6188, para o seguro saúde.

Art. 29. No caso de pagamentos a associações de médicos, de hospitais, de veterinários, de anestesiolo-


gistas, de enfermagem ou de odontólogos, que atuem na intermediação da prestação de serviços médi-
cos, veterinários, de anestesiologistas, de enfermagem ou de odontologia, prestados por pessoas físicas
ou por pessoas jurídicas, os quais realizam os procedimentos médicos, hospitalares, de anestesiologista,
de enfermagem, veterinários ou odontológicos, em nome próprio, em suas respectivas instalações, deve-
rá ser observado o seguinte: (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro
de 2015)

I - se o associado for pessoa jurídica, a retenção será efetuada sobre o total pago a cada pessoa jurídica
prestadora dos serviços, observado os seguintes percentuais:

a) 5,85% (cinco inteiros e oitenta e cinco centésimos por cento), mediante o código de arrecadação 6147,
no caso de serviços hospitalares, de que trata o art. 30, e dos serviços médicos referidos no art. 31; e

b) 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento), mediante o código de arrecadação
6190, para os demais serviços médicos, veterinários ou odontológicos;

II - se o associado for pessoa física, caberá a retenção do imposto sobre a renda na fonte calculado com
base na tabela progressiva mensal, sobre o total pago a cada pessoa física;

III - no caso de importâncias recebidas a título de comissão, taxa de administração ou de adesão ao


plano, caberá a retenção de 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento), mediante o
código de arrecadação 6190.

§ 1º Na hipótese de a associação intermediar a prestação de serviços de associações profissionais ou de


cooperativas, deverá exigir destas que discriminem em suas faturas os valores a serem pagos, ou apre-
sentem faturas segregadas desses valores observando-se o disposto nos incisos I, II e III do caput do art.
27. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

I - (Suprimido(a) - vide Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

a) (Suprimido(a) - vide Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

b) (Suprimido(a) - vide Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

II - (Suprimido(a) - vide Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

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§ 2º Para efeito das retenções de que tratam os incisos I, II e III do caput, as associações intermediado-
ras deverão apresentar documento de cobrança de sua emissão ao órgão ou à entidade pagadora, com
os valores segregados, relativos à taxa de administração, se for o caso, e acompanhado das respectivas
notas fiscais ou recibos, correspondentes aos valores dos fornecimentos dos serviços de cada pessoa
jurídica ou física, do qual deverão constar, no mínimo: (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB
nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

I - no caso de pessoa jurídica: (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro
de 2015)

a) o nome e o número de inscrição no CNPJ de cada empresa emitente de nota fiscal, listada no do-
cumento de cobrança; e (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de
2015)

b) o número da respectiva nota fiscal e o seu valor; (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº
1540, de 05 de janeiro de 2015)

II - no caso de pessoa física, o nome e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e o
valor a ser pago a cada uma das pessoas físicas prestadoras dos serviços. (Incluído(a) pelo(a) Instru-
ção Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 3º As notas fiscais e os recibos de que trata o § 2º deverão ser emitidos em nome do órgão ou da enti-
dade pagadora. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 4º Aplicam-se às demais associações que atuam nos moldes das associações médicas, veterinárias ou
de odontologia, de que trata o caput, as disposições contidas neste artigo.

§ 5º As notas fiscais ou recibos de que trata o § 3º poderão, a critério do órgão ou entidade pagador, ficar
arquivadas em poder da associação, devendo, entretanto, as retenções de que tratam os incisos I, II e III
do caput serem efetuadas pelo órgão ou entidade que efetuar o pagamento, em nome de cada pessoa
física ou jurídica, sem prejuízo da entrega à RFB, pelo órgão ou entidade pagadora, da Dirf prevista no §
2º do art. 37. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 6º Na hipótese de emissão de documentos fiscais sem a segregação dos serviços conforme previsto
nos incisos I, II e III do caput e no § 1º, a retenção do IR e das contribuições se dará sobre o valor total
do documento fiscal ou fatura, no percentual de 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por
cento), mediante o código de arrecadação 6190 (demais serviços) do Anexo I desta Instrução Normativa,
a ser retido da associação intermediadora. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05
de janeiro de 2015)

§ 7º Aplicam-se às demais associações que atuam nos moldes das associações de que trata o caput, as
disposições contidas neste artigo. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janei-
ro de 2015)
SEÇÃO XI

Dos Serviços Hospitalares e Outros Serviços de Saúde

Art. 30. Para os fins previstos nesta Instrução Normativa, são considerados serviços hospitalares aqueles
que se vinculam às atividades desenvolvidas pelos hospitais, voltados diretamente à promoção da saú-
de, prestados pelos estabelecimentos assistenciais de saúde que desenvolvem as atividades previstas
nas atribuições 1 a 4 da Resolução RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, da Anvisa (Redação dada

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pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

Parágrafo único. São também considerados serviços hospitalares, para fins desta Instrução Normativa,
aqueles efetuados pelas pessoas jurídicas:

I - prestadoras de serviços pré-hospitalares, na área de urgência, realizados por meio de Unidade de


Terapia Intensiva (UTI) móvel instalada em ambulâncias de suporte avançado (Tipo “D”) ou em aeronave
de suporte médico (Tipo “E”); e

II - prestadoras de serviços de emergências médicas, realizados por meio de UTI móvel, instalada em
ambulâncias classificadas nos Tipos “A”, “B”, “C” e “F”, que possuam médicos e equipamentos que possi-
bilitem oferecer ao paciente suporte avançado de vida.

Art. 31. Nos pagamentos efetuados, a partir de 1º de janeiro de 2009, às pessoas jurídicas prestadoras
de serviços hospitalares e de auxilio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia
patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, desde que as prestado-
ras desses serviços sejam organizadas sob a forma de sociedade empresária e atendam às normas da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), será devida a retenção do IR, da CSLL, da Cofins e da
Contribuição para o PIS/Pasep, no percentual de 5,85% (cinco inteiros e oitenta e cinco centésimos por
cento), mediante o código de arrecadação 6147. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº
1540, de 05 de janeiro de 2015)

Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput aos demais serviços previstos na Atribuição 4: Prestação
de Atendimento de Apoio ao Diagnóstico e Terapia, da Resolução RDC nº 50, de 2002, da Anvisa. (Re-
dação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)
SEÇÃO XII

Dos Planos Privados de Assistência à Saúde e Odontológica

Art. 32. Nos pagamentos referentes a serviços de assistência médica humana ou veterinária, odontoló-
gica, hospitalar e auxiliares de diagnóstico e terapias, mediante intermediação de pessoas jurídicas, não
cooperativas, operadoras de plano de assistência à saúde humana e veterinária ou assistência odontoló-
gica, contratadas na modalidade de credenciamento, em benefício de funcionários, servidores ou animais
dos órgãos e das entidades de que trata o art. 2º, a retenção será efetuada em relação à taxa de admi-
nistração cobrada pela pessoa jurídica operadora do plano, e a cada uma das demais pessoas jurídicas
ou físicas prestadoras dos serviços, sobre o valor das respectivas notas fiscais ou recibos.

§ 1º Na hipótese prevista no caput, a pessoa jurídica operadora do plano deverá apresentar documento
de cobrança de sua emissão ao órgão ou à entidade pagadora, com os valores segregados, acompa-
nhado da nota fiscal de sua emissão relativa à taxa de administração, e das respectivas notas fiscais ou
recibos, correspondentes aos valores dos fornecimentos dos serviços de cada pessoa jurídica ou física,
do qual deverão constar, no mínimo: (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de
janeiro de 2015)

I - no caso de pessoa jurídica:

a) o nome e o número de inscrição no CNPJ de cada empresa emitente de nota fiscal, listada no docu-
mento de cobrança; e

b) o número da respectiva nota fiscal e o seu valor; e

II - no caso de pessoa física, o nome e o número de inscrição no CPF e o valor a ser pago a cada uma

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das pessoas físicas prestadoras dos serviços.

§ 2º No caso de diversas notas fiscais ou recibos de uma mesma pessoa jurídica ou física, os dados a
que se referem os incisos I e II do § 1º poderão ser indicados apenas na linha correspondente à 1ª (pri-
meira) nota fiscal ou recibo listado.

§ 3º Para fins da retenção de que trata o caput deverá ser observado o seguinte:

I - no caso de pessoa jurídica, a retenção será efetuada sobre o total pago a cada pessoa jurídica presta-
dora dos serviços, observado os seguintes percentuais:

a) 5,85% (cinco inteiros e oitenta e cinco centésimos por cento), mediante o código de arrecadação 6147,
no caso de serviços hospitalares, de que trata o art. 30, e dos serviços médicos referidos no art. 31; e

b) 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento), mediante o código de arrecadação
6190, para os demais serviços médicos, veterinários ou odontológicos;

II - no caso de pessoa física, caberá a retenção do imposto sobre a renda na fonte calculado com base
na tabela progressiva mensal, sobre o total pago a cada pessoa física;

III - no caso de importâncias recebidas a título de comissão, taxa de administração ou de adesão ao


plano, caberá a retenção de 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento), mediante o
código de arrecadação 6190.

§ 4º As notas fiscais e os recibos de que trata o § 1º deverão ser emitidos em nome do órgão ou da enti-
dade pagadora.

§ 5º As notas fiscais ou recibos de que trata o § 4º poderão, a critério do órgão ou da entidade que efe-
tuar o pagamento, ficar arquivadas em poder da pessoa jurídica operadora do plano, devendo, entre-
tanto, as retenções de que tratam os incisos I e II do § 3º serem efetuadas pelo órgão ou entidade que
efetuar o pagamento em nome de cada pessoa física ou jurídica, sem prejuízo da entrega à RFB, pelo
órgão ou entidade pagadora, da Dirf prevista no § 2º do art. 37. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa
RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 6º O disposto neste artigo aplica-se no caso de intermediação por pessoas jurídicas dos serviços de
que trata o caput. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

§ 7º Na hipótese de emissão de documentos fiscais sem a segregação dos serviços conforme previsto
nos incisos I a III do § 3º, a retenção do IR e das contribuições se dará sobre o valor total do documento
fiscal ou fatura, apresentado para cobrança, no percentual de 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco
centésimos por cento), mediante o código de arrecadação 6190 (demais serviços) do Anexo I desta Ins-
trução Normativa, a ser retido da pessoa jurídica operadora do plano ou da intermediadora dos serviços
de que trata o caput. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro de 2015)

Art. 33. Nos pagamentos efetuados, referentes a serviços de assistência odontológica, médica, veteriná-
ria, hospitalar e auxiliares de diagnóstico e terapias, mediante valor fixo por servidor, por empregado ou
por animal, às pessoas jurídicas não cooperativas, operadoras de plano de assistência à saúde humana
ou veterinária ou assistência odontológica ou a operadoras de seguro saúde, a retenção a ser efetuada é
a constante da rubrica “demais serviços”, no percentual de:

I - 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento), mediante o código de arrecadação
6190, para os planos de saúde humano, veterinário e odontológico; e

II - 7,05% (sete inteiros e cinco centésimos por cento), mediante o código 6188, para o seguro saúde.

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§ 1º Nos pagamentos referentes a serviços de assistência odontológica, veterinária, médica, hospitalar
e auxiliares de diagnóstico e terapias, prestados pela própria pessoa jurídica operadora do plano, ou por
empresa ou grupo de empresas médicas (hospitais e clinicas), que utilizam rede própria para prestação
dos serviços médicos, a retenção se dará:

I - no caso de pagamento por valor fixo por servidor ou por empregado, na forma do inciso I do caput;

II - no caso de pagamento pelo custo operacional, ou seja, quando a contratante repassa à pessoa jurídi-
ca operadora do plano o valor total das despesas assistenciais:

a) 5,85% (cinco inteiros e oitenta e cinco centésimos por cento), mediante o código de arrecadação 6147,
no caso de serviços hospitalares, de que trata o art. 30, e dos serviços médicos referidos no art. 31; e

b) 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento), mediante o código de arrecadação
6190, para os serviços de assistência odontológica, veterinária e demais serviços médicos não incluídos
na alínea “a”;

III - no caso de importâncias recebidas a título de comissão, taxa de administração ou de adesão ao


plano, caberá a retenção de 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento), mediante o
código de arrecadação 6190.

§ 2º Na hipótese do § 1º, se a operadora do plano utilizar também rede credenciada para a prestação dos
serviços médicos, veterinários ou odontológicos, serão apresentadas faturas, segregadas observando-se
para a retenção o seguinte:

I - a forma do § 1º quando os serviços forem efetuados pela própria pessoa jurídica operadora do plano,
ou por empresa ou grupo de empresas médicas (hospitais e clinicas), pertencentes a rede própria; e

II - a forma do art. 32 para os serviços prestados sob a forma de credenciamento.

§ 3º A inobservância do disposto nos §§ 1º e 2º acarretará a retenção do IR e das contribuições sobre o


total do documento fiscal, no percentual de 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por cen-
to), mediante o código de arrecadação 6190 do Anexo I a esta Instrução Normativa.
SEÇÃO XIII

Do Aluguel de Imóveis

Art. 34. Nos pagamentos de aluguel de imóvel, quando o proprietário for pessoa jurídica, será feita reten-
ção do IR e das contribuições sobre o total a ser pago.

§ 1º Se os pagamentos forem efetuados por intermédio de administradora de imóveis, esta deverá for-
necer à unidade pagadora o nome da pessoa jurídica beneficiária e o respectivo número de inscrição no
CNPJ.

§ 2º Se os pagamentos forem efetuados à entidade aberta de previdência complementar sem fins lucrati-
vos, não haverá retenção em relação ao IR, cabendo, entretanto, a retenção e o recolhimento, em códi-
gos distintos, da CSLL, da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep, utilizando-se, respectivamente, os
códigos 6228, 6243 e 6230, conforme estabelecido no § 2º do art. 36.
SEÇÃO XIV

Da Pessoa Jurídica Sediada ou Domiciliada no Exterior

Art. 35. No caso de pagamento a pessoa jurídica domiciliada no exterior, não será efetuada retenção na
forma do art. 3º.

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§ 1º Sobre o pagamento de que trata o caput incidirá o IR na fonte, a ser retido pelo órgão pagador, cal-
culado conforme as alíquotas vigentes à época do fato gerador.

§ 2º Na hipótese do § 1º, considera-se ocorrido o fato gerador na data em que os rendimentos forem pa-
gos, creditados, entregues, empregados ou remetidos para o exterior.

§ 3º No caso em que o pagamento aos beneficiários de que trata este artigo for efetuado pelo órgão, por
intermédio de agência de propaganda ou publicidade, a obrigação de reter e recolher o IR na fonte é da
agência.
SEÇÃO XV

Da Pessoa Jurídica Amparada por Medida Judicial

Art. 36. No caso de pessoa jurídica amparada pela suspensão da exigibilidade do crédito tributário, nas
hipóteses a que se referem os incisos II, IV e V do art. 151 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 -
Código Tributário Nacional (CTN), ou por sentença judicial transitada em julgado, determinando a sus-
pensão do pagamento do IR ou de qualquer das contribuições referidas nesta Instrução Normativa, o
órgão ou a entidade que efetuar o pagamento deverá calcular, individualmente, os valores do IR e das
contribuições considerados devidos, aplicar as alíquotas correspondentes, e efetuar o recolhimento em
Darf distintos para cada um deles, utilizando os seguintes códigos:

I - 6256 - no caso de IR;

II - 6228 - no caso de CSLL;

III - 6243 - no caso de Cofins;

IV - 6230 - no caso da Contribuição para o PIS/Pasep.

§ 1º Ocorrendo qualquer das situações previstas no caput, o beneficiário do rendimento deverá apresen-
tar à fonte pagadora, a cada pagamento, a comprovação de que continua amparado por medida judicial
que acoberta a não retenção.

§ 2º A retenção em códigos distintos, na forma dos incisos I, II, III e IV do caput, aplica-se também quan-
do a pessoa jurídica beneficiária do pagamento gozar de isenção, não incidência ou alíquota zero do IR
ou de qualquer das contribuições de que trata esta Instrução Normativa.
CAPÍTULO X

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 37. O órgão ou a entidade que efetuar a retenção deverá fornecer, à pessoa jurídica beneficiária do
pagamento, comprovante anual de retenção, até o último dia útil de fevereiro do ano subsequente, po-
dendo ser disponibilizado em meio eletrônico, conforme modelo constante do Anexo V a esta Instrução
Normativa, informando, relativamente a cada mês em que houver sido efetuado o pagamento, os códigos
de retenção, os valores pagos e os valores retidos.

§ 1º Como forma alternativa de comprovação da retenção, poderá o órgão ou a entidade fornecer, ao


beneficiário do pagamento, cópia do Darf, desde que este contenha a base de cálculo correspondente ao
fornecimento dos bens ou da prestação dos serviços.

§ 2º Anualmente, até o último dia útil de fevereiro do ano subsequente, os órgãos ou as entidades que
efetuarem a retenção de que trata esta Instrução Normativa deverão apresentar à RFB Declaração do
Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf), nela discriminando, mensalmente, o somatório dos valores

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pagos e o total retido, por contribuinte e por código de recolhimento.

§ 3º Também deverão ser informados na Dirf, relacionada aos fatos ocorridos a partir do ano-calendário
de 2017, os valores pagos às entidades imunes ou isentas de que tratam os incisos III e IV do art. 4º
desta instrução normativa, nela discriminando, mensalmente, os valores pagos a cada entidade. (Incluí-
do(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1663, de 07 de outubro de 2016)

Art. 38. As disposições constantes nesta Instrução Normativa:

I - alcançam somente a retenção na fonte do IR, da CSLL, da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep,
realizada para fins de atendimento ao estabelecido no art. 64 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de
1996, e no art. 34 da Lei nº 10.833, de 2003;

II - não alteram a aplicação dos percentuais de presunção para efeito de apuração da base de cálculo do
IR a que estão sujeitas as pessoas jurídicas beneficiárias dos respectivos pagamentos, estabelecidos no
art. 15 da Lei nº 9.249, de 1995, exceto quanto aos serviços de construção por empreitada com emprego
de materiais, de que trata o inciso II do § 7º do art. 2º, os serviços hospitalares, de que trata o art. 30, e
os serviços médicos referidos no art. 31.

Art. 39. A dispensa de retenção prevista no art. 4º não isenta as entidades ali mencionadas do pagamen-
to do IR e das contribuições a que estão sujeitas, como contribuintes ou responsáveis, em decorrência da
natureza das atividades desenvolvidas, na forma da legislação tributária vigente.

Art. 40. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 41. Ficam revogadas a Instrução Normativa SRF nº 480, de 15 de dezembro de 2004, a Instrução
Normativa SRF nº 539, de 25 de abril de 2005, o art. 2º da Instrução Normativa RFB nº 765, de 2 de
agosto de 2007, e os arts. 1º e 2º da Instrução Normativa RFB nº 791, de 10 de dezembro de 2007.
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Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI): conceito,


objetivos, usuários e segurança do sistema (princípios e instrumentos)

Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado na matéria de ADMINISTRAÇÃO


GERAL

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Exercicios

1. (FCC/2017 – ARTESP - Especialista em Regulação de Transporte I) No ciclo orçamentário do setor


público,

(A) as metas fiscais são estabelecidas na Lei Orçamentária Anual e cumpridas na execução da Lei de
Diretrizes Orçamentárias.

(B) o Plano Plurianual fixa o planejamento para o curto e médio prazos.

(C) o Plano Plurianual considera as despesas de duração continuada.

(D) as metas fiscais são estabelecidas para os quatro anos seguintes, na Lei de Diretrizes Orçamentá-
rias.

(E) a Lei de Diretrizes Orçamentárias não se comunica com a Lei Orçamentária Anual.

02. (VUNESP/2017 - Câmara de Mogi das Cruzes – SP - Procurador Jurídico) Segundo a Constituição
Federal do Brasil, no seu capítulo II – Das Finanças Públicas -, a lei complementar disporá sobre

(A) as finanças públicas.

(B) o plano plurianual.

(C) as diretrizes orçamentárias.

(D) os orçamentos anuais.

(E) o orçamento fiscal referente aos Poderes da União.

3. ( UFMT/2017 – UFSBA – CONTADOR) É característica do Orçamento-Prograa:

(A) Elaboração empírica, com base no que foi gasto a priori nas necessidades financeiras das unidades
gestoras.

(B) As decisões orçamentárias são tomadas com base em avaliações e análises técnicas das alternativas
possíveis.

(C) Efetua um reexame crítico dos dispêndios de cada área governamental, acrescendo apenas uma
projeção de inflação.

(D) Criação de alternativas que facilitam a escala de prioridades a serem consideradas para o próximo
exercício financeiro.

4. (CS-UFG/2017 – IF-GO – ADMINISTRADOR) A Lei Orçamentária Anual (LOA) compreende três tipos
de orçamentos. Quais são eles?

(A) Orçamento base zero, orçamento programa e orçamento ajustado.

(B) Orçamento tradicional, orçamento de desempenho e orçamento estático.

(C) Orçamento fiscal, orçamento de investimentos e orçamento da seguridade social.

(D) Orçamento flexível, controle matricial e orçamento contínuo.

5. (FGV/2018 – AL/RO – ANALISTA LEGISLATIVO) O conceito de receita corrente líquida foi estabelecido
com a intenção de separar as receitas disponíveis de um Governo das vinculadas a uma função.

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Consonante à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), não serão deduzidos do cálculo da receita corrente
líquida

(A) da União, os valores entregues aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal.

(B) dos Estados, os valores entregues aos Municípios por determinação constitucional.

(C) dos Município, as contribuições dos servidores para o custeio do Sistema de Previdência e Assistên-
cia Social.

(D) do DF, os recursos transferidos pela União para organizar e manter o Poder Judiciário e a Defensoria
Pública.

(E) Nos territórios, recursos transferidos pela União para organizar o Ministério Público.

6. (FUNRIO/2018 – AL/RR – CONTADOR) Considera-se como uma Receita Corrente, a

(A) operação de Crédito.

(B) alienação de Bens.

(C) amortização de Empréstimo.

(D) contribuição de melhoria.

7. (FGV/2018 – AL/RO – CONSULTOR LEGISLATIVO) Assinale a opção que indica a denominação que
recebem as dotações para manutenção de serviços criados anteriormente, inclusive as destinadas a
atender obras de conservação e adaptação de bens imóveis.

(A) Operações de crédito.

(B) Investimentos.

(C) Inversões Financeiras.

(D) Despesas de capital.

(E) Despesas de custeio.

8. (FGV/2018 – PREFEITURA DE NITEROI/RJ) Em meio a uma obra pública, o prefeito de um município


percebe que determinado procedimento terá um custo maior do que o previsto e solicita ao legislativo
municipal, com sucesso, a abertura de créditos adicionais.

Considerando que o decreto de abertura desses créditos foi feito em novembro e constará na própria Lei
Orçamentária Anual (LOA), é correto afirmar que a modalidade será a de créditos

(A) especiais, os quais poderão ser utilizados no exercício seguinte.

(B) suplementares, os quais poderão ser utilizados no exercício seguinte.

(C) extraordinários, os quais poderão ser utilizados no exercício seguinte.

(D) especiais, os quais não poderão ser utilizados no exercício seguinte.

(E) suplementares, os quais não poderão ser utilizados no exercício seguinte.

9. (FGV/2018 – AL/RO CONSULTOR LEGISLATIVO) De acordo com a Lei da Responsabilidade Fiscal,


para obtenção da receita corrente líquida deve-se deduzir alguns valores do somatório das receitas tribu-
tárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e
outras receitas também correntes.

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Entre os valores a serem deduzidos não estão

(A) os valores transferidos a entidades filantrópicas, nos Municípios.

(B) as parcelas entregues aos municípios por determinação constitucional, nos Estados.

(C) os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação legal, na União.

(D) os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional, na União.

(E) a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social, na
União, nos Estados e nos Municípios.

10. (FCC/2018 – PREFEITURA DE MACAPA/AP – ADMINISTRADOR) A Lei de Responsabilidade Fiscal


constitui um inegável marco para a gestão responsável das finanças públicas. Nesse diapasão, entre
outros controles, introduziu um tratamento bastante restrito para as operações de crédito, elencando, de
um lado, as situações equiparáveis a operações de crédito e, de outro, as operações vedadas. De acordo
com o referido diploma legal, constituem exemplos de operações expressamente vedadas,

(A) compromisso financeiro assumido em razão de recebimento antecipado de valores provenientes da


venda a termo de bens e serviços.

(B) recebimento de dividendos acima do mínimo legal de empresa da qual o ente detenha o controle
acionário.

(C) captação de recursos a título de antecipação de receita tributária com fato gerador já realizado.

(D) operação de crédito por antecipação de receita orçamentária destinada à insuficiência de caixa e
liquidada no mesmo exercício financeiro.

(E) assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento a poste-
riori de bens e serviços.

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Gabarito

1 C
2 A
3 B
4 C
5 D
6 D
7 E
8 E
9 A
10 E

139
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