Você está na página 1de 33

Super Apostila - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

15 - Ciclo de Gestão do
Governo Federal

Prof. Everton Ventrice


Prof. Everton Ventrice

Sumário
1. Introdução e objetivos desta apostila................................................................................................. 2
2. O ciclo de gestão do governo federal.................................................................................................. 3
3. Os instrumentos de planejamento e orçamento governamentais ...................................................... 3
3.1. PPA – Plano Plurianual....................................................................................................................... 4

3.2. LDO – Lei das Diretrizes Orçamentárias ............................................................................................ 8

3.2.1. A LDO e a Lei da Responsabilidade Fiscal ................................................................................... 9

3.3. LOA – Lei Orçamentária Anual......................................................................................................... 14

3.3.1. A LOA e a Lei da Responsabilidade Fiscal ................................................................................. 17

3.3.2. O ciclo orçamentário ................................................................................................................ 22

4. DICA DE OURO ................................................................................................................................. 24


5. Principais pontos a serem fixados .................................................................................................... 24
6. Lista de questões que resolvemos .................................................................................................... 27
7. Gabarito ........................................................................................................................................... 32

1. Introdução e objetivos desta apostila

Nesta apostila veremos um assunto tranquilo: O ciclo de gestão do governo


federal, dentro do qual destacam-se os instrumentos de planejamento e
orçamento governamentais.
Trata-se de um assunto simples, já que este tópico, quando cobrado dentro
da Administração Pública, é introdutório, servindo para nos dar uma ideia de
como os governos agem para implementar suas políticas públicas.
Assim, preocupe-se em entender como o ciclo funciona, e o papel de cada
instrumento dentro dele. Os detalhes operacionais não são cobrados aqui,
pois compõem a disciplina Administração Financeira e Orçamentária (ou
Direito Financeiro).
Especificamente sobre o PPA, LDO e LOA, preste bastante atenção aos trechos
da Constituição federal e da Lei de Responsabilidade Fiscal destacados na
apostila. Eles costumam ser bastante cobrados, muitas vezes de modo literal.
Sem mais demora, mãos à obra!

www.nota11.com.br 2
Prof. Everton Ventrice

2. O Ciclo de Gestão do governo federal

O Ciclo de Gestão do Governo Federal engloba as funções (ou etapas)


necessárias para a efetiva implementação de políticas públicas pelo Estado,
cada uma possuindo seus próprios instrumentos normativos. São elas:
1. Planejamento
2. Orçamento
3. Execução
4. Controle
Tais funções compõem um ciclo cuja sequência é semelhante ao ciclo PDCA
(Plan-Do-Check-Act, ou seja, Planejar-Fazer-Verificar-Agir corretivamente),
um conceito gerencial básico aplicável a vários processos dentro da
Administração.
Lembre-se que, quando se fala em Planejamento no setor público, há dois
focos de estudo principais:
1. A função planejamento, realizada no âmbito de cada organização
pública.
2. O planejamento governamental, realizado no âmbito dos governos e
que dá origem às políticas públicas.
Já vimos o primeiro na apostila 14 - Planejamento e Estratégia. O segundo
é aquele que compõe o Ciclo de Gestão, objeto desta apostila, e que
trataremos agora junto com a função Orçamento.
No que se refere à Execução, ela engloba e está dispersa por diversos
assuntos de nosso curso. Já quanto ao Controle da Administração Pública,
já o vimos em detalhes na apostila 09.

É importante frisar que o conteúdo de Planejamento e Orçamento


governamental, cobrado no tópico Ciclo de Gestão do Governo Federal, é
básico, incluindo apenas o necessário para compreendermos a dinâmica da
ação do Estado através da Administração Pública. Os detalhes de sua
operacionalização são estudados na disciplina Administração Financeira e
Orçamentária.

3. Os instrumentos de planejamento e orçamento governamentais

No Brasil os instrumentos de planejamento e orçamento governamentais


estão intrinsicamente ligados, por isso podemos nos referir a eles de modo
conjunto.
Eles foram trazidos pelos artigos 165 a 169 da Constituição Federal, e são 4:

www.nota11.com.br 3
Prof. Everton Ventrice

⋅ Plano Plurianual (PPA)


⋅ Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
⋅ Lei Orçamentária Anual (LOA)
⋅ Planos e programas nacionais, regionais e setoriais (Art. 165,
§ 4°)
Normalmente as bancas, e mesmo as portarias e manuais governamentais
que tratam do assunto, se esquecem de mencionar os "Planos e programas
nacionais, regionais e setoriais", talvez pelo fato de que tais planos e
programas são de uso apenas da União, e de modo facultativo, enquanto os
demais instrumentos são obrigatórios e para todos os entes.
Alguns exemplos desses planos e programas são: Plano Nacional de
Educação – PNE (duração de 10 anos), Plano Nacional de Cultura – PNC
(10 anos), Plano Nacional de Viação – PNV (revisto a cada 5 anos).

Diz ainda a Constituição:


Art. 165, § 9º. Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e
a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei
orçamentária anual;
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração
direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de
fundos.

Entretanto, tal lei complementar ainda não foi editada. Por isso, ainda é a lei
4.320/64 (lei ordinária recepcionada como lei complementar) que estatui
normas gerais de Direito Financeiro.
Algumas figuras nela ausentes são complementadas anualmente pela Lei das
Diretrizes Orçamentárias, e os prazos dos instrumentos orçamentários, para
a União, são aqueles disciplinados no ADCT.

3.1 PPA – Plano Plurianual

Segundo a Constituição Federal:


Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.

www.nota11.com.br 4
Prof. Everton Ventrice

Repare que a iniciativa do projeto de lei dos 3 instrumentos é do Chefe do


Poder Executivo (presidente, governador ou prefeito). No caso federal, a
Constituição menciona que tal competência é privativa, porém a doutrina, e
o Supremo Tribunal Federal, consideram tal competência exclusiva, já que
não pode ser delegada.
Note ainda que a Constituição falou apenas em “leis”, portanto trata-se de
leis ordinárias (e não complementares). Não se admite também que nenhum
desses 3 instrumentos sejam objeto de medida provisória e nem de leis
delegadas.

No caso do PPA, a Constituição diz ainda:


Art. 165, § 1º. A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada.
As diretrizes são as orientações em nível macro definidas pelo governo,
enquanto os objetivos descrevem a finalidade dos programas que serão
detalhados anualmente pelos orçamentos.
As despesas de capital são, resumidamente, aquelas referentes a
investimentos, pois o dinheiro é gasto com algum bem ou direito que
permanece propriedade do Estado. O patrimônio, portanto, não se altera. Elas
diferem das despesas correntes, que são aquelas “de custeio”, que
efetivamente diminuem o patrimônio do Estado, tais como as despesas com
salários, contas de água, luz, telefone, materiais de consumo, etc.

ATENÇÃO!!! É errado afirmar que o PPA trata apenas de despesas de capital.


Veja que a Constituição mencionou “despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada”.
Portanto, estão inclusas as despesas correntes de manutenção dos
investimentos e de aplicação nos programas de duração continuada.

A Constituição não foi clara ao definir, “programas de duração


continuada”. Segundo os autores da área, pelo menos na esfera federal, eles
devem ser entendidos como programas de natureza finalística, que
correspondem à prestação de serviços à comunidade.
O PPA é dito um plano de médio prazo (e não longo). Os planos de longo
prazo estão entre aqueles mencionados no § 4º do artigo 165, que podem
ser de longo prazo ou não:
Art. 165, § 4º. Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais
previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano
plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.

www.nota11.com.br 5
Prof. Everton Ventrice

Note ainda que a Constituição diz que tais planos devem ser elaborados de
acordo com o PPA, e não o contrário.

O PPA terá vigência de 4 anos, iniciando-se no segundo ano do mandato do


Chefe do Poder Executivo, e indo até o primeiro ano do mandato do Chefe do
Executivo subsequente (ou do segundo mandato, caso haja reeleição).
Na esfera federal, a Constituição (através do ADCT) diz que o projeto de lei
do PPA deve ser enviado pelo Executivo para aprovação do Legislativo
(Congresso Nacional) até 4 meses antes do término do exercício financeiro
(o que cai em 31/agosto). Já o Legislativo deve aprová-lo e devolvê-lo ao
Executivo para sanção até o final da sessão legislativa (o que cai em
22/dezembro).
O Poder Executivo deve ainda encaminhar o Relatório Anual de Avaliação
do PPA ao Legislativo até o dia 31 de maio do ano subsequente ao avaliado,
e adotará as providências necessárias para a sua ampla divulgação junto à
sociedade.
Já nas esferas estaduais e municipais, tais prazos são definidos pelas
constituições estaduais e leis orgânicas municipais, respectivamente.

Algumas questões sobre o PPA:

1. (CESPE/Assistente em Administração - FUB). O Plano Plurianual


(PPA) garante a continuidade de ações de um governo para o governo
seguinte.

Comentários:
O PPA terá vigência de 4 anos, iniciando-se no segundo ano do mandato do
Chefe do Poder Executivo, e indo até o primeiro ano do mandato do Chefe do
Executivo subsequente (ou do segundo mandato, caso haja reeleição). Assim,
na transição entre os mandatos o PPA permanece válido. Gabarito: Certo.

2. (CONSULPLAN/Contador - Cantagalo/RJ). O Plano Plurianual é um


instrumento de planejamento previsto no art. 165, I, da Constituição
Federal de 1988 e, segundo o disposto no parágrafo 1º desse artigo,
deverá ser instituído por lei, para um período de quatro anos, a qual
estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas
da administração pública federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e, também, para as relativas aos programas de
duração continuada. Com base nesse dispositivo, é correto afirmar
que a Lei do PPA deverá estabelecer, por região, as diretrizes,
objetivos e metas da administração pública federal para as

www.nota11.com.br 6
Prof. Everton Ventrice

I. despesas de capital (investimentos e inversões financeiras);


II. despesas correntes, somente;
III. despesas (correntes e de capital) relativas aos programas de
duração continuada;
IV. despesas decorrentes de despesas correntes (despesas com
manutenção de rodovias, ferrovias, hidrovias e hospitais
implantados), somente.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) alternativa(s)
a) IV.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) II e IV.

Comentários:
Diz a Constituição: Art. 165, § 1º. A lei que instituir o plano plurianual
estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Logo,
é errado afirmar que o PPA trata apenas de despesas de capital. Estão
inclusas as despesas correntes de manutenção dos investimentos e de
aplicação nos programas de duração continuada. Gabarito: Letra C.

3. (CESPE/Analista: Planejamento e Orçamento – MPU). O PPA


estabelece as diretrizes e os objetivos da administração pública
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para
as despesas relativas aos programas de educação continuada.

Comentários:
Típica pegadinha do CESPE. Trocou a palavra “duração” por “educação”, o que
tornou a assertiva incorreta. Gabarito: Errado.

4. (CESPE/Analista Administrativo - ANTT). Apesar de ser um guia


para a elaboração da LDO e para a LOA, o PPA não condiciona outros
planos constitucionais que tenham duração superior ao período de
quatro anos, tais como o plano decenal da educação.

Comentários:

www.nota11.com.br 7
Prof. Everton Ventrice

Segundo a Constituição federal, artigo 165, § 4º, os planos e programas


nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados
em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso
Nacional. Logo, o PPA sim, condiciona outros planos constitucionais com
duração superior a 4 anos, tais como o plano decenal da educação. Gabarito:
Errado.

3.2 LDO - Lei das Diretrizes Orçamentárias

Diz a Constituição federal:


Art. 165, § 2º. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.
Resumidamente, a principal função da LDO é, através da definição das
prioridades, orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), ou seja,
o orçamento referente ao exercício financeiro seguinte.

ATENÇÃO!!! As metas da LDO não são as mesmas do PPA. As metas do PPA


são físicas, enquanto as da LDO são fiscais. Portanto, as metas da LDO não
desdobram as metas do PPA. Nessa linha, o CESPE considerou errada
assertiva que dizia: “Os programas e ações do PPA devem ser observados nas
leis de diretrizes orçamentárias, nas leis orçamentárias anuais e nas leis que
as modifiquem”. A justificativa da banca é que a LDO não é obrigada a se
basear nos programas do PPA no momento de estipular as prioridades para o
exercício seguinte.

Outra importante função da LDO, segundo a Constituição federal, é:


Art. 169, § 1º. A concessão de qualquer vantagem ou aumento de
remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de
estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser
feitas:
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às
projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias,
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

www.nota11.com.br 8
Prof. Everton Ventrice

ATENÇÃO!!! Para o Supremo Tribunal Federal, a ausência de dotação


orçamentária ou de autorização específica na LDO não implica na
inconstitucionalidade da lei, impedindo apenas a sua aplicação naquele
exercício financeiro.

A LDO é anual, e segundo a Constituição federal (ADCT), o projeto de lei da


LDO deve ser enviado pelo Executivo para aprovação do Legislativo
(Congresso Nacional) até 8 meses e meio antes do término do exercício
financeiro (o que cai em 15/abril). Já o Legislativo deve aprová-lo e devolvê-
lo ao Executivo para sanção até o final do primeiro período da sessão
legislativa (o que cai atualmente em 17/julho).
Ao contrário do que ocorre com o PPA, para o qual a Constituição nada fala,
no caso da LDO o art. 57, § 2º que diz: “A sessão legislativa não será
interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias”.
Lembrando que, assim como ocorre com o PPA, os prazos acima valem para
a União. Nas esferas estaduais e municipais eles são definidos pelas
constituições estaduais e leis orgânicas municipais, respectivamente.

3.2.1 A LDO e a Lei de Responsabilidade Fiscal

A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/2000), que


chamaremos aqui de LRF, é uma lei que tenta impor o controle dos gastos
da União, Estados e Municípios, condicionando-os à capacidade de
arrecadação de tributos desses entes políticos.
Seu objetivo é, segundo seu artigo 1º, “estabelecer normas de finanças
públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal”.
Suas disposições são válidas para todos os entes federativos, e devem ser
observadas por todos os Poderes e pelo Ministério Público.

Com relação ao PPA, a parte da LRF que tratava sobre ele foi objeto de veto
presidencial, restando na lei apenas algumas menções superficiais ao PPA.
Mas no caso da LDO é diferente. A LRF aumentou, bastante, o rol de funções
da LDO, visando manter o equilíbrio entre receitas e despesas. Vejamos:

Art. 4º. A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art.


165 da Constituição e:
I – disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas;
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses
previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9º e no inciso II do §

www.nota11.com.br 9
Prof. Everton Ventrice

1º do art. 31 (tais hipóteses referem-se ao descumprimento das metas


fiscais).
(...)
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos
programas financiados com recursos dos orçamentos;
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a
entidades públicas e privadas.

A LRF estabeleceu ainda uma série de outras atribuições para a LDO. Delas,
as mais importantes referem-se a 3 anexos bastante cobrados em provas:
a) Anexo de metas fiscais
b) Anexo de riscos fiscais
c) Anexo especial federal

Anexo de Metas Fiscais


Art. 4º, § 1º. Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo
de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e
primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e
para os dois seguintes.
§ 2º O Anexo de Metas Fiscais conterá:
I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia
de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as
fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas
com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;
III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios,
destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de
ativos;
IV – avaliação da situação financeira e atuarial:
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores
públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador;
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza
atuarial;
V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da
margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

Anexo de Riscos Fiscais

www.nota11.com.br 10
Prof. Everton Ventrice

Art. 4º § 3º. A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos


Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes
de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas,
caso se concretizem.

Os riscos fiscais abrangem os riscos orçamentários e os riscos da


dívida.
• Riscos Fiscais Orçamentários: Estão relacionados à possibilidade de
as receitas e despesas projetadas na elaboração do projeto de lei
orçamentária anual não se confirmarem durante o exercício financeiro.
• Riscos Fiscais da Dívida: Estão relacionados às flutuações de
variáveis como taxa básica de juros, variação cambial e inflação, que
afetam diretamente o nível de endividamento do governo.
Já os passivos contingentes podem ser definidos como dívidas cuja
existência dependa de fatores imprevisíveis, como os processos judiciais em
curso e dívidas em processo de reconhecimento.

Anexo especial federal


Art. 4º § 4º. A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará,
em anexo específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e
cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais
agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício
subsequente.
Com isso a LRF determinou que, ao menos durante essa fase de elaboração
dos orçamentos, as políticas econômicas (fiscal, monetária e cambial) sejam
consideradas em conjunto, diminuindo o risco de uma interferir
negativamente na outra.

Praticando o que vimos sobre a LDO:

5. (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo – TCU). A LDO


compreenderá, de forma regionalizada, as metas e as prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para
o exercício financeiro subsequente.

Comentários:
É fácil confundir o que a Constituição federal estabeleceu para a LDO, com o
que disse sobre o PPA. Veja:
Art. 165, § 1º. A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública

www.nota11.com.br 11
Prof. Everton Ventrice

federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as


relativas aos programas de duração continuada.
Art. 165, § 2º. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas
e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.
Logo, o erro da afirmativa foi incluir a expressão “de forma regionalizada”, já
que isso se refere ao PPA. Gabarito: Errado.

6. (CESPE/Técnico Judiciário – TJ/CE). No que diz respeito ao


orçamento público e às diretrizes orçamentárias, assinale a opção
correta.
a) A LDO trata das alterações da legislação tributária com impacto
nas receitas previstas.
b) A LDO tem a função constitucional de reduzir desigualdades inter-
regionais.
c) A lei de diretrizes orçamentárias (LDO) compreende as metas e
prioridades da administração pública federal para as despesas
correntes, excluindo-se as despesas de capital.
d) A LDO federal compreende o orçamento das empresas estatais nas
quais a União detém a maioria do capital social com direito a voto.
e) Os planos e programas regionais e setoriais previstos na
Constituição Federal são elaborados em consonância com a LDO.

Comentários:
Quem tem a função de reduzir as desigualdades inter-regionais são os
orçamentos fiscal e de investimento das empresas estatais, que fazem parte
da Lei Orçamentária Anual (LOA) (letra B errada). A LDO compreenderá as
metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas
de capital para o exercício financeiro subsequente (letra C errada). O
orçamento de investimento das empresas estatais está contido na LOA e não
na LDO (letra D errada). Os planos e programas regionais e setoriais previstos
na Constituição Federal são elaborados em consonância com o PPA, e não
com a LDO (letra E errada). Gabarito: Letra A.

7. (CESPE/Analista Administrativo - ANATEL). O objetivo da Lei de


Responsabilidade Fiscal (LRF), a qual tem caráter anual e segue os

www.nota11.com.br 12
Prof. Everton Ventrice

mesmos trâmites da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), é


prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o equilíbrio das
contas públicas.

Comentários:
Cuidado. A LRF não possui caráter anual. Ela está vigente desde 2001, e não
segue a periodicidade nem os trâmites da LDO, essa sim de caráter anual. A
LRF busca prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o equilíbrio das
contas públicas, e para isso trouxe determinações que devem ser seguidas
pelos instrumentos de planejamento de orçamento (PPA, LDO e LOA).
Gabarito: Errado.

8. (ESAF/Analista de Finanças e Controle - CGU). Com a publicação


da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101/2000),
a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO assumiu novas prerrogativas,
entre as quais a de apresentar o Anexo de Metas Fiscais - AMF e o
Anexo de Riscos Fiscais - ARF. Em relação ao AMF e ARF não se pode
afirmar:
a) no ARF, serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos
capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a
serem tomadas, caso se concretizem.
b) o AMF estabelece as metas de Receita, Despesa, Resultado
Primário e Nominal e montante da dívida pública a serem observadas
no exercício financeiro a que se refere, além de indicar as metas
fiscais para os dois exercícios seguintes.
c) de acordo com as últimas Leis de Diretrizes Orçamentárias da
União, os riscos fiscais podem ser classificados em duas grandes
categorias: Riscos orçamentários e Riscos de dívida.
d) faz parte do AMF o demonstrativo da estimativa e compensação da
renúncia de receita e da margem de expansão das despesas
obrigatórias de caráter continuado.
e) considerando os riscos dos déficits atuariais dos sistemas de
previdência, a LRF determina que integre o ARF a avaliação da
situação financeira e atuarial do regime próprio dos servidores
públicos.

Comentários:
A avaliação da situação financeira e atuarial do regime próprio dos servidores
públicos (e também do regime geral de previdência social) deve constar do
Anexo das Metas Fiscais. Gabarito: Letra E.

www.nota11.com.br 13
Prof. Everton Ventrice

3.3 LOA – Lei Orçamentária Anual

No Brasil, segundo a doutrina predominante, o orçamento é dito ser uma lei


formal de efeito concreto.
É lei em sentido formal porque passa pelo rito das leis, mas seu efeito é
concreto (não é abstrato, o que seria se valesse para quaisquer situações,
tais como as leis em sentido material). Tendo efeito concreto, não depende
de ato do Executivo para a produção de seus efeitos, pois atua desde sua
vigência.

Existem, teoricamente, 4 tipos de orçamentos governamentais:


1. Orçamento tradicional (ou incremental): Possui como objetivo
principal ser um instrumento de controle político. Baseia-se
principalmente nas necessidades financeiras das unidades, por isso é
dito possuir ênfase no objeto do gasto. Seus principais critérios
classificatórios são as unidades administrativas e os objetos/itens de
despesa.
2. Orçamento base zero: Ao ser adotado, todos os programas e gastos
são “zerados” ao se elaborar um novo orçamento. Então, de acordo
com os chamados “pacotes de decisão”, a gerência fixa critérios para
que lhes sejam novamente destinados recursos no orçamento
seguinte. Com isso, todos os gastos são reavaliados anualmente, sem
que haja uma destinação “automática” de recursos em função de
critérios como o valor do ano anterior, ou a porcentagem que eles
representavam. Sua maior desvantagem é a lentidão e custo em
função do trabalho de reavaliação. Alguns autores não o consideram
um tipo de orçamento, mas apenas uma ferramenta para a tomada de
decisões sobre despesas.
3. Orçamento por desempenho (ou funcional): Seu objetivo é ser
um instrumento da administração. É um avanço em relação ao
orçamento tradicional porque considera, além dos custos propostos,
também o desempenho organizacional. Assim, as unidades são
contempladas com recursos conforme o desempenho no exercício
anterior, por isso é dito possuir ênfase nos resultados. Assim como o
orçamento tradicional, também considera o objeto de gasto, mas
incorpora também uma outra dimensão: o programa de trabalho,
contendo as ações desenvolvidas. Note, porém, que tais programas
são desvinculados de um sistema de planejamento de médio ou longo
prazo, sendo esta sua principal diferença em relação ao chamado
Orçamento-Programa.

www.nota11.com.br 14
Prof. Everton Ventrice

4. Orçamento-Programa: É um plano de trabalho expresso por um


conjunto de ações a realizar, e pela identificação dos recursos
necessários à sua execução. Uma vez que se concentra na realização
daquilo que foi planejado, é dito possuir ênfase no objetivo do gasto.
Engloba, além do aspecto administrativo (também presente no
orçamento por desempenho), também o aspecto do planejamento,
por isso diz-se que possui um critério funcional-programático. As
bancas costumam enumerar como suas principais características:
⋅ Integração planejamento-orçamento
⋅ Quantificação de objetivos e fixação de metas
⋅ Relações insumo-produto
⋅ Alternativas programáticas
⋅ Acompanhamento físico-financeiro
⋅ Avaliação de resultados
⋅ Gerência por objetivos.
Dentro desse contexto, um programa pode ser definido como “o
instrumento de organização da atuação governamental que articula um
conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo
comum preestabelecido, mensurado por indicadores, visando a solução
de um problema ou o atendimento de determinada necessidade ou
demanda da sociedade”.
No Brasil vigora o orçamento-programa. Sua adoção ocorreu da seguinte
forma:
1º A Lei 4.320/64 menciona acerca do programa de governo em seu art.
2°. Porém como ela não criou as condições formais e metodológicas
necessárias à sua implantação, considera-se que ela não introduziu
formalmente o orçamento-programa, apenas estimulou sua adoção.
2º Foi o Decreto-Lei 200/67 que tornou obrigatória a implantação do
orçamento-programa ao estabelecer, em seu art. 16, que em cada ano
será elaborado um orçamento-programa que pormenorizará a etapa
do Programa Plurianual a ser realizado no exercício seguinte, e que
servirá de roteiro à execução coordenada do programa anual.
3º Porém a efetiva implementação do orçamento-programa somente veio
a ocorrer com a edição do Decreto Federal n° 2.829/98 e demais
normas que disciplinaram a elaboração do PPA 2000-2003.

Os orçamentos públicos podem também ser classificados de acordo com sua


natureza autorizativa ou natureza impositiva:

www.nota11.com.br 15
Prof. Everton Ventrice

• Orçamento autorizativo: Não existe obrigatoriedade de execução


das despesas consignadas no orçamento público, já que o Poder
Público tem a discricionariedade para avaliar a conveniência e a
oportunidade do que deve ou não ser executado.
• Orçamento impositivo: É aquele em que, uma vez consignada uma
despesa no orçamento, ela deve ser necessariamente executada.
Nesta visão, o orçamento, por se tratar de uma lei, deve ser
rigorosamente cumprido.
O orçamento público no Brasil é considerado autorizativo. Apenas uma
pequena parcela das despesas nele previstas devem, obrigatoriamente, ser
executadas. A emenda constitucional nº 86/2015, determinou que até
1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) deve ser obrigatoriamente
executada, no que se referir a emendas parlamentares individuais, sendo que
metade, ou seja 0,6% da RCL, deve se destinar a ações e serviços públicos
de saúde.

O orçamento participativo é aquele que conta, durante sua elaboração,


com a participação da sociedade através de audiências públicas. É utilizado
principalmente no âmbito municipal, já que há uma considerável dificuldade
de implementá-lo nos âmbitos estadual e federal. Em função disso, o
orçamento participativo não é adotado no âmbito da União, o que não quer
dizer que não haja outros mecanismos de participação social.

No âmbito da União, a Constituição federal estabelece:


Art. 165, § 5º. A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos
e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta
ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Assim, muito embora o orçamento da União seja uma peça única,


consolidado, ele é composto por 3 orçamentos, cada um com sua finalidade.

ATENÇÃO!!! para algo muito cobrado em concursos:


Art. 165, § 7º. Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo,
compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de
reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

www.nota11.com.br 16
Prof. Everton Ventrice

Assim, guarde que o orçamento da seguridade social não possui a função de


reduzir as desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional, nem
há a necessidade de ele ser compatibilizado com o PPA. Ambas características
se aplicam apenas aos orçamentos Fiscal e de Investimento das empresas
estatais.

Em respeito à autonomia constitucional, tanto o Poder Legislativo, quanto o


Judiciário e o Ministério Público têm a prerrogativa de elaborar seus próprios
orçamentos, dentro dos limites fixados pela LDO. Eles então os remetem ao
Poder Executivo para que este os consolide no orçamento global.
Segundo a Constituição federal (ADCT), o projeto da LOA deve ser enviado
pelo Executivo para aprovação do Legislativo (Congresso Nacional) até 4
meses antes do término do exercício financeiro (o que cai em 31/agosto). Já
o Legislativo deve aprová-lo e devolvê-lo ao Executivo para sanção até o final
da sessão legislativa (o que cai em 22/dezembro).
Tal como ocorre com o PPA e com a LDO, os prazos acima valem para a União.
Nas esferas estaduais e municipais eles são definidos pelas constituições
estaduais e leis orgânicas municipais, respectivamente.
Assim como ocorre com o PPA, a Constituição nada fala sobre a hipótese de
o Congresso não aprovar a LOA dentro do prazo. Tradicionalmente, é a LDO
quem tem disposto a respeito, especificando quais despesas podem ser
executadas sem que a LOA esteja aprovada. Nesses casos, tais despesas
estão limitadas a 1/12 (um doze avos) do valor de cada dotação prevista no
projeto de lei orçamentária, multiplicado pelo número de meses decorridos
até a sanção da LOA (os chamados duodécimos).
Já caso o chefe do Poder Executivo não envie a LOA para discussão do Poder
Legislativo, incorrerá em crime de responsabilidade.

A doutrina majoritária entende que apenas a LOA pode ser rejeitada pelo
Congresso, pois a Constituição federal previu, no artigo 166 § 8º, que em
caso de rejeição da LOA os recursos sem destinação podem ser usados para
abertura de créditos adicionais. Nada foi dito sobre o PPA e sobre a LDO.

Por fim, a Constituição federal determina que o Presidente da República deve,


em até 60 dias após a abertura da sessão legislativa (o que ocorre em
02/Fevereiro), enviar a prestação de contas referente ao exercício anterior
para o Congresso Nacional, que a apreciará após elaboração de relatório
sobre ela, feito pelo Tribunal de Contas da União.

3.3.1 A LOA e a Lei de Responsabilidade Fiscal

Assim como fez com a LDO, a LRF trouxe novas regras específicas para a

www.nota11.com.br 17
Prof. Everton Ventrice

LOA. Vejamos as principais:


1. A LOA deverá conter, em anexo, demonstrativo da compatibilidade
da programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes
do Anexo de Metas Fiscais da LDO.
2. Será acompanhada de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre
as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões,
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia,
bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e
ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado.
3. Conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e
montante, definido com base na receita corrente líquida, serão
estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivos
contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
4. É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade
imprecisa ou com dotação ilimitada.
5. A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com
duração superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no
plano plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão, conforme
disposto no § 1º do art. 167 da Constituição.
6. Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orçamentária,
as do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais,
custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e
assistência aos servidores, e a investimentos.

Hora de praticar!

9. (ESAF/Auditor Fiscal do Trabalho – MTE). Sobre o ciclo de gestão


do governo federal, é correto afirmar:
a) por razões de interesse público, é facultada ao Congresso Nacional
a inclusão, no projeto de Lei Orçamentária Anual, de programação de
despesa incompatível com o Plano Plurianual.
b) a iniciativa das leis de orçamento anual do Legislativo e do
Judiciário é competência privativa dos chefes dos respectivos
Poderes.
c) nos casos em que houver reeleição de Presidente da República,
presume-se prorrogada por mais quatro anos a vigência do Plano
Plurianual.
d) a execução da Lei Orçamentária Anual possui caráter impositivo
para as áreas de defesa, diplomacia e fiscalização.

www.nota11.com.br 18
Prof. Everton Ventrice

e) a despeito de sua importância, o Plano Plurianual, a Lei de


Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual são meras leis
ordinárias.

Comentários:
A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração
superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual
ou em lei que autorize a sua inclusão (letra A errada). A iniciativa das leis
orçamentárias é privativa do chefe do Poder Executivo. Os demais Poderes
têm autonomia para elaborarem seus orçamentos, dentro dos limites fixados
na LDO, mas quem consolida e submete o projeto de lei para apreciação é o
chefe do Executivo (letra B errada). O PPA tem vigência de 4 anos, sem
possibilidade de prorrogação. Anda que o Presidente da República seja
reeleito, ele terá de elaborar um novo projeto de PPA (letra C errada). O
orçamento público brasileiro é considerado autorizativo, e não impositivo, já
que apenas uma pequena parcela deve ser executada, no que se refere a
emendas parlamentares individuais, sendo metade disso na área de saúde
(letra D errada). Gabarito: Letra E.

10. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil – RFB). A


compreensão adequada do ciclo de gestão do governo federal implica
saber que:
a) no último ano de um mandato presidencial qualquer, à lei de
diretrizes orçamentárias compete balizar a elaboração do projeto de
lei do plano plurianual subsequente.
b) a função controle precede à execução orçamentária.
c) a não-aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias
impede o recesso parlamentar.
d) a votação do plano plurianual segue o rito de lei complementar.
e) com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC), o orçamento de investimento das empresas estatais passou a
integrar o plano plurianual.

Comentários:
Não há nenhuma regra sobre a LDO balizar a elaboração do projeto de lei do
PPA (letra A errada). Embora não haja uma sequência exata, já que parte das
funções se sobrepõem, considera-se que a sequência do ciclo de gestão é
Planejamento, Orçamento, Execução e Controle (letra B errada). A votação
do PPA, assim como da LDO e da LOA, segue o rito das leis ordinárias (letra
D errada). O orçamento de investimento das empresas estatais integra a Lei

www.nota11.com.br 19
Prof. Everton Ventrice

Orçamentária Anual (LOA), e não houve alteração disso a partir do PAC (letra
E errada). Gabarito: Letra C.

11. (ESAF/AFC: Controle Interno - CGU). À medida que as técnicas de


planejamento e orçamento foram evoluindo, diferentes tipos de
orçamento foram experimentados, cada um com características
específicas. Com relação a esse assunto, marque a opção incorreta.
a) No orçamento tradicional, a ênfase se dá no objeto do gasto, sem
preocupação com os objetivos da ação governamental.
b) O orçamento Base Zero foi um contraponto ao orçamento
incremental, e tem como característica principal a inexistência de
direitos adquiridos sobre as dotações aprovadas no orçamento
anterior.
c) A grande diferença entre o orçamento de desempenho e o
orçamento-programa é que o orçamento de desempenho não se
relaciona com um sistema de planejamento das políticas públicas.
d) O orçamento-programa se traduz no plano de trabalho do governo,
com a indicação dos programas e das ações a serem realizados e seus
montantes.
e) O orçamento de Desempenho representou uma evolução do
orçamento incremental, na busca de mecanismos de avaliar o custo
dos programas de governo e de cada ação integrada ao
planejamento.

Comentários:
O orçamento de desempenho inovou em relação ao orçamento tradicional
pelo fato de se preocupar com o desempenho governamental em suas ações.
Entretanto, apesar de passar a contar com programas que buscassem
efetivamente atender às demandas da sociedade, tais programas não
atendiam a um planejamento único, que coordenasse os programas e ações
de modo integrado. Sua submissão a um planejamento só veio ocorrer com
a introdução do orçamento-programa. Gabarito: Letra E.

12. (CESPE/Auditor Governamental – CGE/PI). O projeto da lei


orçamentária anual deve ser encaminhado ao Congresso Nacional
para exame por uma comissão mista de deputados e senadores em
até seis meses antes do encerramento do exercício financeiro, de
modo que sua devolução para sanção ocorra até o encerramento da
sessão legislativa, pois, caso contrário, não haverá o recesso
legislativo.

www.nota11.com.br 20
Prof. Everton Ventrice

Comentários:
A afirmação contém 3 erros: O encaminhamento do projeto da LOA é feito ao
Congresso Nacional para que este vote a seu respeito. É sim analisado
primeiramente por uma Comissão Mista de deputados e senadores, mas tal
análise não é terminativa. Após tal análise, o projeto deve ser enviado para
votação. Além disso, o projeto da LOA deve ser enviado pelo Executivo para
aprovação do Legislativo (Congresso Nacional) até 4 meses antes do término
do exercício financeiro (o que cai em 31/agosto), e não com 6 meses de
antecedência. Por fim, ele deve sim ser devolvido para sanção até o final da
sessão legislativa, mas caso isso não ocorra, não há prejuízo ao recesso
legislativo. Tal impedimento só ocorre no caso da LDO. Gabarito: Errado.

13. (CESPE/Contador - DPU). O PPA deve dispor sobre a forma de


utilização e do montante da reserva de contingência.

Comentários:
A Lei de Responsabilidade Fiscal determinou que é a LDO quem deve dispor
sobre a forma de utilização e do montante da reserva de contingência que
estará contida na LOA. Gabarito: Errado.

14. (FUNIVERSA/Analista de Planejamento e Orçamento –


SEPLAG/DF). Acerca da Lei de Orçamento Anual, assinale a
alternativa incorreta.
a) Sua proposição dá-se por iniciativa do Poder Executivo.
b) O orçamento da seguridade social tem por objetivo reduzir as
desigualdades regionais, conforme o critério de renda, índice de
desenvolvimento humano e renda.
c) Ë vedado o início de programas ou projetos não incluídos na Lei
Orçamentária.
d) A Lei Orçamentária anual é composta pelos orçamentos fiscal, da
seguridade social e de investimentos das estatais.
e) O projeto de lei deverá ser acompanhado de demonstrativo
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza
financeira, tributária e creditícia.

Comentários:
Lembre-se: o orçamento da seguridade social não possui a função de reduzir
as desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional, nem há a
necessidade de ele ser compatibilizado com o PPA. Ambas características se

www.nota11.com.br 21
Prof. Everton Ventrice

aplicam apenas aos orçamentos Fiscal e de Investimento das empresas


estatais. Gabarito: Letra B.

3.3.2 O ciclo orçamentário

Para estudarmos o planejamento e o orçamento governamental, é preciso


também entendermos o conceito de ciclo orçamentário.
De modo tradicional, o ciclo orçamentário se refere ao orçamento público,
que se materializa através da Lei Orçamentária Anual (LOA).
O ciclo orçamentário tradicional possui 4 etapas:
1º Elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo
2º Apreciação, adequação e autorização legislativa
3º Execução dos orçamentos aprovados
4º Avaliação da execução e julgamento das contas.
Desse modo, o início do ciclo orçamentário, ou seja, quando ocorrem as
etapas 1 e 2, se dá ainda no ano anterior àquele de vigência da LOA, e finaliza
apenas em data posterior ao ano de sua vigência, quando houver terminado
a etapa 4. Esse ciclo orçamentário tradicional dura, portanto, mais de 1 ano,
o que faz com que ocorra uma sobreposição de ciclos orçamentários, já que
um ciclo se inicia sem que o anterior tenha terminado.
Entretanto, existe também o chamado ciclo orçamentário ampliado. Tal
termo designa o ciclo, em conjunto, do Plano Plurianual (PPA), da Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA). Dessa
forma ampliada, o ciclo orçamentário possui 8 etapas, que são:
1º Formulação do PPA, pelo Executivo
2º Apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo
3º Proposição de metas e prioridades para a administração e da política
de alocação de recursos (LDO) pelo Executivo
4º Apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo
5º Elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo
6º Apreciação, adequação e autorização legislativa
7º Execução dos orçamentos aprovados
8º Avaliação da execução e julgamento das contas.
Tais fases são insuscetíveis de aglutinação, dado que cada uma possui
ritmo próprio, finalidade distinta e periodicidade definida. No caso do PPA, a

www.nota11.com.br 22
Prof. Everton Ventrice

vigência é por 4 anos, de modo que esse ciclo ampliado, portanto, nunca terá
duração inferior a esse período.
Tal ciclo orçamentário ampliado é uma interpretação nova, mas já foi cobrado
em concurso. Portanto, embora o mais provável é que apareça nas questões
o ciclo orçamentário de 4 fases (tradicional), lembre-se da possibilidade de
estar sendo cobrado o ciclo orçamentário de 8 fases (ampliado). Mas cuidado,
pois as bancas não costumam deixar claro quando estão adotando a visão
tradicional ou a ampliada.

ATENÇÃO!!! Para a maioria dos autores, o conceito de ciclo de gestão não é


o mesmo de ciclo orçamentário. Isso é especialmente verdade quando
tratamos do ciclo orçamentário tradicional, pois enquanto o ciclo de gestão
engloba as funções de Planejamento, Orçamento, Execução e Controle, o ciclo
orçamentário refere-se apenas às funções Orçamento, Execução e Controle.
Entretanto, quando pensamos no ciclo orçamentário ampliado, seu conceito
se aproxima bastante do conceito de ciclo de gestão, já que ambos
consideram também a função Planejamento.

Vejamos como isso já apareceu:

15. (FCC/Analista do Tesouro Estadual – SEFAZ/PI). O orçamento é


uma das principais peças de planejamento de políticas públicas. A
sequência das etapas para a elaboração e execução do orçamento é
denominada
a) ciclo orçamentário.
b) desenvolvimento orçamentário.
c) orçamento programa.
d) técnica orçamentária.
e) contabilidade orçamentária.

Comentários:
De modo tradicional, o ciclo orçamentário se refere ao orçamento público,
que se materializa através da Lei Orçamentária Anual (LOA). Gabarito: Letra
A.

16. (CESPE/Agente Penitenciário Federal – DEPEN). O ciclo


orçamentário inicia-se com a formulação do planejamento plurianual
pelo Poder Executivo e encerra-se com a avaliação da execução e do
julgamento das contas.

www.nota11.com.br 23
Prof. Everton Ventrice

Comentários:
O ciclo orçamentário ampliado inicia-se com a formulação do PPA pelo
Executivo e se encerra com a avaliação e julgamento das contas, após a
execução do orçamento. Engloba, portanto, as 3 peças orçamentárias (PPA,
LDO e LOA) e não apenas a LOA, como no ciclo tradicional. Gabarito: Certo.

4. DICA DE OURO

Agora que acabamos o conteúdo da apostila, é ESSENCIAL que você vá


até este capítulo no sistema Nota11 de fichas interativas e pratique!
As fichas são neurologicamente formuladas para que esses pontos
nunca mais saiam da sua cabeça...
Esse será o grande diferencial para que você consiga estar pronto para
gabaritar a prova em um tempo até 10X mais rápido que nos materiais
e métodos disponíveis no mercado.

5. Principais pontos a serem fixados

Ciclo de Gestão do Governo Federal: Funções (ou etapas) necessárias


para a efetiva implementação de políticas públicas pelo Estado:
1. Planejamento (realizado no âmbito dos governos e que dá origem às
políticas públicas)
2. Orçamento
3. Execução
4. Controle

Instrumentos de planejamento e orçamento governamentais: Artigos


165 a 169 da Constituição Federal:
⋅ Plano Plurianual (PPA)
⋅ Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
⋅ Lei Orçamentária Anual (LOA)
⋅ Planos e programas nacionais, regionais e setoriais (Art. 165,
§ 4°)

PLANO PLURIANUAL (PPA)


Constituição federal, art. 165, § 1º. A lei que instituir o plano plurianual
estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da

www.nota11.com.br 24
Prof. Everton Ventrice

administração pública federal para as despesas de capital e outras delas


decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

• É um plano de médio prazo.


• Tem vigência de 4 anos.
• Na esfera federal, deve ser enviado pelo Executivo para aprovação do
Legislativo (Congresso Nacional) até 4 meses antes do término do
exercício financeiro (o que cai em 31/agosto).
• O Legislativo deve aprová-lo e devolvê-lo ao Executivo para sanção até
o final da sessão legislativa (o que cai em 22/dezembro).

LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)


Constituição federal, art. 165, § 2º. A lei de diretrizes orçamentárias
compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações
na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.
• Tem vigência anual.
• Na esfera federal, deve ser enviado pelo Executivo para aprovação do
Legislativo (Congresso Nacional) até 8 meses e meio antes do término
do exercício financeiro (o que cai em 15/abril).
• O Legislativo deve aprová-lo e devolvê-lo ao Executivo para sanção até
o final do primeiro período da sessão legislativa (o que cai atualmente
em 17/julho).
• A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto
de lei de diretrizes orçamentárias.

Diz ainda a Lei de Responsabilidade Fiscal:


Art. 4º. A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art.
165 da Constituição e:
I – disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas;
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses
previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9º e no inciso II do §
1º do art. 31 (tais hipóteses referem-se ao descumprimento das metas
fiscais).
(...)

www.nota11.com.br 25
Prof. Everton Ventrice

e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos


programas financiados com recursos dos orçamentos;
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a
entidades públicas e privadas.

A LDO deve contar também:


a) Anexo de metas fiscais
b) Anexo de riscos fiscais
c) Anexo especial federal

LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)

Existem 4 tipos de orçamentos governamentais:


1. Orçamento tradicional (ou incremental).
2. Orçamento base zero.
3. Orçamento por desempenho (ou funcional).
4. Orçamento-Programa.

Os orçamentos podem se classificar ainda em:


a. Orçamento autorizativo
b. Orçamento impositivo

No âmbito da União, a Constituição federal estabelece:


Art. 165, § 5º. A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos
e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta
ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
Art. 165, § 7º. Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo,
compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de
reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
• É uma lei formal de efeito concreto.
• No Brasil vigora o orçamento-programa, e é considerado autorizativo.

www.nota11.com.br 26
Prof. Everton Ventrice

• Na esfera federal, deve ser enviado pelo Executivo para aprovação do


Legislativo (Congresso Nacional) até 4 meses antes do término do
exercício financeiro (o que cai em 31/agosto).
• O Legislativo deve aprová-lo e devolvê-lo ao Executivo para sanção até
o final da sessão legislativa (o que cai em 22/dezembro).
Para os 3 instrumentos (PPA, LDO e LOA):
• A iniciativa do projeto de lei é do Chefe do Poder Executivo (presidente,
governador ou prefeito).
• Tratam-se de leis ordinárias (e não complementares).

CICLO ORÇAMENTÁRIO
• Visão tradicional: Refere-se às 4 etapas da LOA (Elaboração,
Apreciação, Execução e Avaliação).
• Visão ampliada: Possui 8 etapas, pois inclui a formulação e
apreciação do PPA e da LDO. Aqui, o conceito de ciclo orçamentário se
aproxima do conceito de ciclo de gestão.

6. Lista das questões que resolvemos

1. (CESPE/Assistente em Administração - FUB). O Plano Plurianual


(PPA) garante a continuidade de ações de um governo para o governo
seguinte.

2. (CONSULPLAN/Contador - Cantagalo/RJ). O Plano Plurianual é um


instrumento de planejamento previsto no art. 165, I, da Constituição
Federal de 1988 e, segundo o disposto no parágrafo 1º desse artigo,
deverá ser instituído por lei, para um período de quatro anos, a qual
estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas
da administração pública federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e, também, para as relativas aos programas de
duração continuada. Com base nesse dispositivo, é correto afirmar
que a Lei do PPA deverá estabelecer, por região, as diretrizes,
objetivos e metas da administração pública federal para as
I. despesas de capital (investimentos e inversões financeiras);
II. despesas correntes, somente;
III. despesas (correntes e de capital) relativas aos programas de
duração continuada;
IV. despesas decorrentes de despesas correntes (despesas com
manutenção de rodovias, ferrovias, hidrovias e hospitais

www.nota11.com.br 27
Prof. Everton Ventrice

implantados), somente.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) alternativa(s)
a) IV.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) II e IV.

3. (CESPE/Analista: Planejamento e Orçamento – MPU). O PPA


estabelece as diretrizes e os objetivos da administração pública
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para
as despesas relativas aos programas de educação continuada.

4. (CESPE/Analista Administrativo - ANTT). Apesar de ser um guia


para a elaboração da LDO e para a LOA, o PPA não condiciona outros
planos constitucionais que tenham duração superior ao período de
quatro anos, tais como o plano decenal da educação.

5. (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo – TCU). A LDO


compreenderá, de forma regionalizada, as metas e as prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para
o exercício financeiro subsequente.

6. (CESPE/Técnico Judiciário – TJ/CE). No que diz respeito ao


orçamento público e às diretrizes orçamentárias, assinale a opção
correta.
a) A LDO trata das alterações da legislação tributária com impacto
nas receitas previstas.
b) A LDO tem a função constitucional de reduzir desigualdades inter-
regionais.
c) A lei de diretrizes orçamentárias (LDO) compreende as metas e
prioridades da administração pública federal para as despesas
correntes, excluindo-se as despesas de capital.
d) A LDO federal compreende o orçamento das empresas estatais nas
quais a União detém a maioria do capital social com direito a voto.
e) Os planos e programas regionais e setoriais previstos na
Constituição Federal são elaborados em consonância com a LDO.

www.nota11.com.br 28
Prof. Everton Ventrice

7. (CESPE/Analista Administrativo - ANATEL). O objetivo da Lei de


Responsabilidade Fiscal (LRF), a qual tem caráter anual e segue os
mesmos trâmites da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), é
prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o equilíbrio das
contas públicas.

8. (ESAF/Analista de Finanças e Controle - CGU). Com a publicação


da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101/2000),
a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO assumiu novas prerrogativas,
entre as quais a de apresentar o Anexo de Metas Fiscais - AMF e o
Anexo de Riscos Fiscais - ARF. Em relação ao AMF e ARF não se pode
afirmar:
a) no ARF, serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos
capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a
serem tomadas, caso se concretizem.
b) o AMF estabelece as metas de Receita, Despesa, Resultado
Primário e Nominal e montante da dívida pública a serem observadas
no exercício financeiro a que se refere, além de indicar as metas
fiscais para os dois exercícios seguintes.
c) de acordo com as últimas Leis de Diretrizes Orçamentárias da
União, os riscos fiscais podem ser classificados em duas grandes
categorias: Riscos orçamentários e Riscos de dívida.
d) faz parte do AMF o demonstrativo da estimativa e compensação da
renúncia de receita e da margem de expansão das despesas
obrigatórias de caráter continuado.
e) considerando os riscos dos déficits atuariais dos sistemas de
previdência, a LRF determina que integre o ARF a avaliação da
situação financeira e atuarial do regime próprio dos servidores
públicos.

9. (ESAF/Auditor Fiscal do Trabalho – MTE). Sobre o ciclo de gestão


do governo federal, é correto afirmar:
a) por razões de interesse público, é facultada ao Congresso Nacional
a inclusão, no projeto de Lei Orçamentária Anual, de programação de
despesa incompatível com o Plano Plurianual.
b) a iniciativa das leis de orçamento anual do Legislativo e do
Judiciário é competência privativa dos chefes dos respectivos
Poderes.
c) nos casos em que houver reeleição de Presidente da República,

www.nota11.com.br 29
Prof. Everton Ventrice

presume-se prorrogada por mais quatro anos a vigência do Plano


Plurianual.
d) a execução da Lei Orçamentária Anual possui caráter impositivo
para as áreas de defesa, diplomacia e fiscalização.
e) a despeito de sua importância, o Plano Plurianual, a Lei de
Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual são meras leis
ordinárias.

10. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil – RFB). A


compreensão adequada do ciclo de gestão do governo federal implica
saber que:
a) no último ano de um mandato presidencial qualquer, à lei de
diretrizes orçamentárias compete balizar a elaboração do projeto de
lei do plano plurianual subsequente.
b) a função controle precede à execução orçamentária.
c) a não-aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias
impede o recesso parlamentar.
d) a votação do plano plurianual segue o rito de lei complementar.
e) com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC), o orçamento de investimento das empresas estatais passou a
integrar o plano plurianual.

11. (ESAF/AFC: Controle Interno - CGU). À medida que as técnicas de


planejamento e orçamento foram evoluindo, diferentes tipos de
orçamento foram experimentados, cada um com características
específicas. Com relação a esse assunto, marque a opção incorreta.
a) No orçamento tradicional, a ênfase se dá no objeto do gasto, sem
preocupação com os objetivos da ação governamental.
b) O orçamento Base Zero foi um contraponto ao orçamento
incremental, e tem como característica principal a inexistência de
direitos adquiridos sobre as dotações aprovadas no orçamento
anterior.
c) A grande diferença entre o orçamento de desempenho e o
orçamento-programa é que o orçamento de desempenho não se
relaciona com um sistema de planejamento das políticas públicas.
d) O orçamento-programa se traduz no plano de trabalho do governo,
com a indicação dos programas e das ações a serem realizados e seus
montantes.

www.nota11.com.br 30
Prof. Everton Ventrice

e) O orçamento de Desempenho representou uma evolução do


orçamento incremental, na busca de mecanismos de avaliar o custo
dos programas de governo e de cada ação integrada ao
planejamento.

12. (CESPE/Auditor Governamental – CGE/PI). O projeto da lei


orçamentária anual deve ser encaminhado ao Congresso Nacional
para exame por uma comissão mista de deputados e senadores em
até seis meses antes do encerramento do exercício financeiro, de
modo que sua devolução para sanção ocorra até o encerramento da
sessão legislativa, pois, caso contrário, não haverá o recesso
legislativo.

13. (CESPE/Contador - DPU). O PPA deve dispor sobre a forma de


utilização e do montante da reserva de contingência.

14. (FUNIVERSA/Analista de Planejamento e Orçamento –


SEPLAG/DF). Acerca da Lei de Orçamento Anual, assinale a
alternativa incorreta.
a) Sua proposição dá-se por iniciativa do Poder Executivo.
b) O orçamento da seguridade social tem por objetivo reduzir as
desigualdades regionais, conforme o critério de renda, índice de
desenvolvimento humano e renda.
c) Ë vedado o início de programas ou projetos não incluídos na Lei
Orçamentária.
d) A Lei Orçamentária anual é composta pelos orçamentos fiscal, da
seguridade social e de investimentos das estatais.
e) O projeto de lei deverá ser acompanhado de demonstrativo
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza
financeira, tributária e creditícia.

15. (FCC/Analista do Tesouro Estadual – SEFAZ/PI). O orçamento é


uma das principais peças de planejamento de políticas públicas. A
sequência das etapas para a elaboração e execução do orçamento é
denominada
a) ciclo orçamentário.
b) desenvolvimento orçamentário.
c) orçamento programa.

www.nota11.com.br 31
Prof. Everton Ventrice

d) técnica orçamentária.
e) contabilidade orçamentária.

16. (CESPE/Agente Penitenciário Federal – DEPEN). O ciclo


orçamentário inicia-se com a formulação do planejamento plurianual
pelo Poder Executivo e encerra-se com a avaliação da execução e do
julgamento das contas.

7. Gabarito

1–C 2–C 3–E 4–E 5–E

6–A 7–E 8–E 9–E 10 – C

11 – E 12 – E 13 - E 14 – B 15 – A

16 – C

www.nota11.com.br 32
Prof. Everton Ventrice

Atenção!!!

Para garantir que você esteja utilizando um material 100%


atualizado, sempre baixe diretamente do site
WWW.NOTA11.COM.BR

Pegar esse material por outras fontes, que não o site


www.nota11.com.br, além de poder ser enquadrado como CRIME,
poderá prejudicar o seu estudo e contribuir para naufragar o projeto
mais revolucionário e democratizante do ensino para concursos – O
NOTA 11

O Brasil precisa de pessoas honestas e trabalhadores sérios.


Não compactue com a corrupção. Não compactue com a pirataria.

Precisamos de você.
FAÇA SUA PARTE!

Equipe Nota11

www.nota11.com.br 33

Você também pode gostar