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AFO PARA ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO DO TSE

PROF. GRACIANO ROCHA

AULA 02

Saudações, caro aluno!

Dando sequência a nosso curso, hoje teremos uma abordagem maciça da


matéria constitucional orçamentária. Estudaremos os dispositivos aplicáveis
aos três maiores instrumentos orçamentários existentes em nosso arcabouço
jurídico: o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias e a lei
orçamentária anual.

Além deles, trataremos também dos créditos adicionais, ou “mecanismos


retificadores do orçamento”, com disciplina baseada na CF/88 e na Lei
4.320/64.

Para quaisquer dúvidas, insisto, utilize nosso fórum.

Antes de começarmos, um pensamento para inspirar:

A perseverança é mais eficaz do que a violência, e muitas coisas


que, quando reunidas, são invencíveis, cedem a quem as enfrenta
um pouco de cada vez.

Plutarco

Vamos lá então. Boa aula!

GRACIANO ROCHA

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Plano Plurianual

O PPA é criação da CF/88, e se constitui como o maior instrumento de


planejamento da esfera pública. Como atualmente o planejamento é
determinante para o orçamento (lembra-se do orçamento-programa?), o PPA
assume um papel de protagonismo no que diz respeito à execução do
orçamento. Todas as leis e atos de natureza orçamentária, incluindo as
emendas parlamentares, deverão ser compatíveis com o conteúdo do Plano.

O trecho constitucional que traz algo como uma “definição do PPA” é o


seguinte:

Art. 165, § 1º - A lei que instituir o PPA estabelecerá, de forma regionalizada,


as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada.

Dica: em provas, é útil empregar o mnemônico DOM (diretrizes,


objetivos e metas) para resgatar o conteúdo do PPA.

O foco do PPA está nas despesas de capital, ou seja, despesas que


normalmente estão relacionadas ao aumento do patrimônio público.
Enquanto não estudamos despesas públicas, momento em que detalharemos a
abordagem sobre essas tais “despesas de capital”, vamos simplificar o
entendimento, e considerar que a maior preocupação do PPA recai sobre
investimentos públicos.

Outro trecho da Constituição que reforça, ao mesmo tempo, a importância do


PPA e sua “preferência” pelas despesas com investimentos é o art. 167, § 1º:

Art. 167, § 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício


financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou
sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

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A prerrogativa do PPA de prever os investimentos a serem executados no país


está confirmada no dispositivo acima. Veja a importância que o constituinte
tentou imprimir a esse papel do PPA: constitui crime de responsabilidade
iniciar investimento com duração superior a um exercício sem a respectiva
inclusão no plano (prévia ou posterior).

Aprofundando o entendimento sobre o dispositivo acima, podem-se concluir


duas coisas:

• investimentos de execução prevista para um só exercício financeiro


podem ter sua execução iniciada sem previsão no PPA;

• “ações não investimentos”, da mesma forma, podem ser executadas


sem previsão no PPA.

Em ambos os casos, a simples previsão das ações na LOA satisfaz as


exigências constitucionais.

Apesar de estarmos falando tanto das despesas de capital, que recebia toda a
atenção desde antes do PPA na vigência da CF/88, é necessário voltar ao art.
165, § 1º, e verificar duas expressões também importantes, como destacado
abaixo:

Art. 165, § 1º - A lei que instituir o PPA estabelecerá, de forma regionalizada,


as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada.

Assim, as atenções do PPA vão além dos investimentos em si. Também é


necessário prever no Plano as despesas de manutenção que surgem com os
investimentos – por exemplo, as despesas para o funcionamento de um
hospital público, após sua construção.

Nesse exemplo, a construção do hospital se classificaria tipicamente como uma


despesa de capital, ou um investimento (criação de um bem de capital em
favor do patrimônio público). As despesas com pessoal, luz, materiais, telefone
etc., próprias das atividades do estabelecimento, seriam despesas
decorrentes da despesa de capital original.

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E os tais “programas de duração continuada”?

Segundo o professor James Giacomoni, uma das maiores autoridades em


orçamento público no Brasil, esse termo não foi bem delimitado pela
CF/88. Literalmente, se poderia pensar em qualquer programa cuja
duração se estenda no tempo, mas isso retiraria o caráter estratégico do
PPA (não se pode “planejar tudo” atribuindo a mesma relevância a todos
os elementos). Assim, nos dizeres do professor Giacomoni, enquanto não
há definição, “programas de duração continuada”, pelo menos na esfera
federal, são programas de natureza finalística, que correspondem à
prestação de serviços à comunidade.

Outro trecho da CF/88 interessante para nosso estudo é o seguinte:

Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o


Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e
planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o
setor privado.

Dessa forma, vê-se que a atividade de planejamento foi eleita pela CF/88
como de extrema importância, alcançando os setores público e privado. A
dimensão que o planejamento público deve assumir é tal que o próprio setor
privado é “aconselhado” a observar as ações governamentais para basear seu
próprio comportamento.

Para a esfera pública, a vinculação é óbvia: o planejamento realizado pelas


unidades e condensado na lei do PPA é determinante para a execução das
ações dos órgãos e entidades.

Na Constituição, ainda se fazem referências a outros tipos de planos. Veja


só:

Art. 21. Compete à União:

(...)

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IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do


território e de desenvolvimento econômico e social;

Art. 165, § 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais


previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano
plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.

Os “planos de desenvolvimento econômico e social” estão previstos no art. 21,


inc. IX, da CF/88, como atribuições reservadas exclusivamente à União. É
importante ressaltar, entretanto, que quaisquer planos (inclusive os de
duração mais extensa) deverão ter consonância com o PPA, conforme visto
no art. 165, § 4º, transcrito acima.

Ressalta-se também que a lei do PPA deve estabelecer critérios de


regionalização para realização das despesas, lá mesmo no art. 165, § 1º, da
CF/88 (... de forma regionalizada...). A ideia é transformar o PPA num
propulsor de desenvolvimento econômico e social, alocando recursos nas
diferentes regiões do país, em busca de um crescimento mais harmônico entre
elas.

Esse aspecto também está presente no art. 43 da CF/88:

Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em
um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e
à redução das desigualdades regionais.

Para os Estados, DF e Municípios, pode ser mais difícil a regionalização dos


programas do PPA. Entretanto, essa é a orientação da CF/88.

Como isso cai na prova?

1. (CONSULPLAN/CONTADOR/PREF. GUARAPARI/2011) O Plano Plurianual é


um plano de médio prazo, através do qual se procura ordenar as ações do
governo que levem ao atingimento dos objetivos e metas fixados para um
período de quatro anos, ao nível do governo federal e também de quatro
anos ao nível dos governos estaduais e municipais.

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2. (CESPE/ANALISTA/ANTAQ/2008) Os programas de duração continuada,


constantes dos planos plurianuais (PPAs), compreendem despesas de
capital destinadas tipicamente à realização das atividades-meio dos
órgãos e entidades integrantes do orçamento público.

3. (CONSULPLAN/CONTADOR/IBGE/2008) Nenhum investimento cuja


execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem
prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão,
sob pena de crime de responsabilidade.

4. (CONSULPLAN/ADMINISTRADOR/PREF. LONDRINA/2011) “É um plano de


médio prazo, através do qual se procura ordenar as ações do governo que
levem ao alcance dos objetivos e metas fixados para um período de
quatro anos, ao nível do governo federal, e também de quatro anos ao
nível dos governos estaduais e municipais.” A afirmativa refere-se:

A) Plano de Investimentos.

B) Plano Financeiro.

C) Plano Plurianual.

D) Lei das Diretrizes Orçamentárias.

E) Lei dos Orçamentos Anuais.

5. (FCC/ANALISTA/TRE-SP/2006) Os planos e programas nacionais,


regionais e setoriais serão elaborados em consonância com as diretrizes
orçamentárias e apreciados pelo Senado Federal.

6. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) A lei que instituir o Plano Plurianual


estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública federal para as despesas

(A) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos projetos


de investimentos.

(B) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos


programas de duração continuada.

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(C) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos


programas de duração predeterminada.

(D) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos


programas de duração continuada.

(E) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos


programas-meio do governo.

A questão 1 indica corretamente as finalidades, a abrangência e a duração do


PPA. Vale ressaltar que cada ente público deve elaborar seu próprio plano.
Questão CERTA.

A questão 2 se baseou no entendimento do professor Giacomoni: programas


de duração continuada referem-se tipicamente a ações finalísticas, de
atendimento a necessidades da população por meio de serviços públicos.
Questão ERRADA.

Quanto à questão 3, como visto, existe uma possibilidade de investimentos de


duração superior a um exercício serem iniciados sem que tenham constado do
PPA desde o início: basta que nova lei autorize essa inclusão. Questão CERTA.

A questão 4 não cria maiores problemas: as características citadas são


próprias do PPA. Gabarito: C.

A questão 5 apresenta duas incorreções: os planos e programas nacionais,


regionais e setoriais serão elaborados em consonância com o PPA, não com a
LDO, e serão apreciados pelo Congresso (atuando como uma casa única), não
apenas pelo Senado. Questão ERRADA.

A questão 6, por fim, é decoreba: devemos lembrar quais as prioridades


estabelecidas pelo PPA quanto ao tipo de despesas e quanto aos tipos de
programas. Conforme a descrição constitucional, trata-se das despesas de
capital (e as delas decorrentes) e dos programas de duração continuada.
Gabarito: D.

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Lei de Diretrizes Orçamentárias

As atribuições dadas pela CF/88 à LDO (art. 165, § 2º) são:

• indicar as metas e prioridades da administração pública federal,


incluindo as despesas de capital para o próximo exercício financeiro;

• orientar a elaboração da LOA;

• dispor sobre alterações na legislação tributária;

• estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de


fomento.

A LDO também é uma criação da CF/88, que tem como função principal
fazer a intermediação entre o PPA e a LOA. Antes, não existia qualquer
instrumento “pacificador” entre o planejamento (caracterizado pelo PPA) e o
orçamento (a LOA).

Ao passo que o PPA estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas para


as despesas de capital e outras, a LDO indica as metas e prioridades da
Administração, incluindo as despesas de capital, para o exercício a que ela se
refere.

Desse modo, enquanto o PPA traça os programas para serem executados em


sua vigência, e que, virtualmente, levarão ao alcance dos objetivos do
governo, a LOA indica qual a parcela desses programas que será executada
num exercício.

Pois bem, para que essa parcela anual do PPA seja definida, não se faz apenas
uma distribuição igualitária de “X parcelas para X anos”. As prioridades do
governo, a cada ano, podem mudar, de maneira que, para atender a essas
mudanças de rumo, certos programas devem passar por uma aceleração,
enquanto outros ficam mais “na geladeira”.

Assim, a LDO é o instrumento que a Administração utiliza para executar o PPA,


por meios das LOAs, de forma mais sintonizada com as condições sociais,
econômicas, políticas, que venham a alterar as prioridades do governo.

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Outros dispositivos constitucionais que tratam desse papel orientador da LDO


são os seguintes:

Art. 99, § 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos


limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes
orçamentárias.

Art. 99, § 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver


a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

Art. 127, § 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária


dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

Art. 127, § 6º - Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá


haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

Destacando os aspectos do processo de elaboração do orçamento, as


propostas setoriais devem ser encaminhadas à Secretaria de Orçamento
Federal para compilação do PLOA. Essas propostas setoriais deverão estar já
orientadas pelas regras trazidas pela LDO.

Uma novidade que surgiu em concursos ultimamente diz respeito


também ao papel orientador da LDO no tocante à lei orçamentária
anual. É o seguinte: o que fazer no início do exercício caso a LOA ainda
não tenha sido aprovada?

Têm sido registrados vários atrasos na aprovação dos projetos de


natureza orçamentária. Já houve caso de LOA aprovada apenas em
maio! Ou seja, quase metade do ano se passou sem que o orçamento
correspondente estivesse vigendo.

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Diante dessa situação fática, as LDO’s, a cada ano, têm trazido uma
regra de transição: caso se inicie o exercício financeiro sem que o
orçamento tenha sido aprovado, é possível executar provisoriamente o
projeto de LOA em discussão. A LDO indicará quais despesas, e em que
montante, poderão ser executadas nesse “vácuo”, até a publicação da
LOA. Interessante, não?

Passemos a outro papel da LDO: “dispor sobre alterações na legislação


tributária”.

De pronto, uma observação importante: a tarefa de “dispor sobre


alterações na legislação tributária” não torna a LDO uma lei de natureza
tributária. Não serão feitas, por ela, mudanças na legislação tributária,
instituição de tributos, alteração de alíquotas etc.

A ideia é, simplesmente, assinalar os efeitos que potenciais alterações


tributárias (por meio de outras leis) podem ter sobre a previsão de
arrecadação, a constar da LOA. Portanto, não há influência direta da
LDO sobre as alterações da legislação tributária.

Além disso, a LDO deve trazer “linhas de conduta” para as agências de


fomento. Essas agências, em sua maioria, são bancos estatais, que terão
sua forma de intervenção no mercado baseadas, pelo menos em parte, naquilo
que a LDO houver estabelecido.

A Lei de Responsabilidade Fiscal, para incrementar as iniciativas referentes a


seu tema principal – a responsabilidade na gestão das finanças públicas –,
estabeleceu normas em várias áreas da temática orçamentária. Isso
representou o acréscimo de algumas peças e funções à LDO.

Por fim, a LDO cumpre um importante papel quanto ao preenchimento de


cargos nos órgãos e entidades públicas, bem como quanto a outros fatores que
levam ao aumento da despesa com pessoal. Leia o trecho abaixo:

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Art. 169, § 1º - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de


remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de
estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser
feitas:

I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções


de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;

II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias,


ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

Como isso cai na prova?

7. (CONSULPLAN/CONTADOR/PREF. GUARAPARI/2011) A Lei das Diretrizes


Orçamentárias tem a finalidade de nortear a elaboração dos orçamentos
anuais – orçamento fiscal, orçamento de investimento das empresas e o
orçamento da seguridade social, de forma a adequá-los às diretrizes,
objetivos e metas da administração pública, estabelecidos no plano
plurianual.

8. (FCC/ANALISTA/MP-PE/2006) De acordo com o parágrafo 2º do artigo 165


da CF de 1988, a Lei de Diretrizes Orçamentárias é uma lei ordinária, que
define metas e prioridades para a administração pública federal para o
exercício financeiro subsequente, incluindo alterações na legislação
tributária e a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.

9. (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2009) O Ministério Público elaborará sua


proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias e, caso encaminhada em desacordo com esses limites,
caberá ao Poder Executivo proceder aos ajustes necessários para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual.

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10. (FCC/ANALISTA/TCE-AM/2008) A contratação de pessoal pelos órgãos e


entidades da administração, inclusive empresas públicas e sociedades de
economia mista, somente poderá ser feita se houver prévia dotação
orçamentária suficiente e autorização específica na lei de diretrizes
orçamentárias.

Um bom resumo do papel cumprido pela LDO está disposto nas questões 7 e
8, no tocante às principais atribuições dadas a ela pela Constituição. Questões
CERTAS.

A questão 9 reflete a obediência que deve haver à LDO quando da preparação


das propostas orçamentárias setoriais (no caso, destacando-se a situação
relativa às unidades externas ao Poder Executivo). Questão CERTA.

A questão 10 está ERRADA. No tocante ao papel autorizativo da LDO sobre a


contratação de pessoal e o aumento de remuneração dos servidores públicos,
não são alcançadas as empresas públicas e sociedades de economia mista (art.
169, § 1º, inc. II).

Lei Orçamentária Anual

Para falar da LOA em si, partiremos de alguns trechos da Lei 4.320/64 e da


Constituição de 1988.

Começamos, então, com a Lei:

Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de


forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho
do Govêrno, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade.

Um ponto a se destacar inicialmente é que a evidenciação da “política


econômica e financeira” e do “programa de trabalho do governo”, até hoje, é
realizada pela LOA, apesar de não ser estabelecida por ela.

Atualmente, como já comentamos, o PPA é a lei orçamentária de maior


importância e abrangência, e, por isso mesmo, é ele quem reflete as

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escolhas políticas e econômicas do governo, além de constituir o “programa de


trabalho” do governo em si.

E a composição “física” da LOA, como é?

Ao comentarmos o princípio orçamentário da unidade/totalidade, já


ressaltamos que a LOA é, na verdade, um conjunto de orçamentos. Vamos
rever o trecho constitucional que trata disso:

Art. 165, § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e


entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público;

II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou


indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos


a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Tratemos então desses itens individualmente.

O orçamento fiscal é o “orçamento geral”, por natureza. A palavra “fiscal”,


resgatando a informação lá do Direito Tributário, diz respeito a “recursos
obtidos pelo Estado”. Por exemplo, um tributo fiscal tem por objetivo,
primordialmente, a obtenção de receita. Um tributo extrafiscal nasceria com
intenções para além desta – embora também envolvesse a obtenção de
receita.

Então, o orçamento fiscal abrange os gastos gerais e as receitas sem


arrecadação vinculada com as quais o governo conta. A maior parte dos
programas instituídos pela LOA encontra-se nesse item.

Portanto, ações variadas, que vão desde segurança alimentar, passando por
favorecimento a ciência e tecnologia, aquisição de equipamentos militares, até
distribuição de renda direta à população por meio de bolsas etc., tudo isso

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constará do orçamento fiscal, reforçando esse caráter generalista ao qual nos


referimos.

O orçamento da seguridade social, como indica seu nome, é restrito a


receitas e despesas relativas à área da seguridade social. Conforme a
Constituição, essa denominação abrange a saúde, a previdência social e a
assistência social. Para assegurar que os recursos permaneçam vinculados a
essas subáreas tão importantes, até um “perfil orçamentário” à parte foi criado
pela CF/88.

A proibição do desvio de finalidade na aplicação de recursos da seguridade


social consta do art. 167, inc. XI:

Art. 167. São vedados:

(...)

XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que


trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento
de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.

A intenção aqui é garantir que o regime geral de previdência (que faz


parte da seguridade) não seja dilapidado para favorecimento de outras
despesas.

Apesar da separação entre ambos, o orçamento da seguridade tem


características muito semelhantes às do orçamento fiscal, tanto que
diversos documentos do governo referem-se aos dois como se constituíssem
uma unidade, exceto pelo fato de o orçamento da seguridade ter esse
caráter de especialização.

Inclusive, há críticas na doutrina quanto a essa junção dos dois


orçamentos, o fiscal e o da seguridade social, com a argumentação de
que não resta muito clara a divisão dos recursos e ações que pertencem
a cada um deles.

Por fim, o orçamento de investimento das estatais, como é conhecido, diz


respeito às aplicações de recursos no capital social de empresas das quais a

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União, direta ou indiretamente, detenha maioria do capital social com


direito a voto – ou seja, são empresas em que a União tem supremacia no
tocante a decisões sobre sua atuação. Encontram-se nesse grupo tanto
empresas públicas quanto sociedades de economia mista.

Idealmente, as empresas estatais, por sua natureza de direito privado e sua


atuação geradora de receitas, não precisariam de recursos públicos para
sua manutenção. Aquelas que se enquadram nessa descrição, ou estatais
independentes, estarão beneficiadas pelo orçamento público apenas no
âmbito do orçamento de investimento, ou seja, receberão recursos,
normalmente, para reforço da participação da União em seu capital
social, a título de investimento, como diz o nome da peça.

Por outro lado, empresas estatais cuja atividade não resulte em recursos
suficientes que as permitam se manter sozinhas (estatais dependentes),
necessitando de transferências de recursos públicos para suas atividades
de custeio e de investimento “normais”, aparecerão beneficiadas por ações
dos orçamentos fiscal e da seguridade, conforme o caso.

Para fechar o ponto, a Constituição determina que o orçamento fiscal e o


orçamento de investimento das estatais desempenhem a função de
reduzir desigualdades interregionais, segundo critério populacional (art.
165, § 7º). Assim, desde a formulação até sua execução, esses dois
orçamentos deverão ser pautados pela alocação de recursos moldada
pelos diferentes estágios de desenvolvimento apresentados pelas regiões
do país, em nome de uma situação socioeconômica mais equilibrada.

O orçamento da seguridade não poderia, por sua própria natureza, atuar


nesse sentido, já que as ações da seguridade social têm como
característica o atendimento universal (art. 194, parágrafo único, inc. I).
Assim, não se pode, com essa peça orçamentária, privilegiar certa região
em detrimento de outra.

Mais um trecho interessante para a leitura:

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Art. 165, § 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de


demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente
de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira,
tributária e creditícia.

Esses termos (isenções, anistias etc.) referem-se a incentivos que o ente


público pode conceder a atores econômicos, sob a forma tributária (ou
simplesmente “incentivos fiscais”), financeira ou creditícia (facilitação de
crédito ou perdão de dívidas de certa categoria de produtores, por exemplo).

Ações dessa espécie incorrem, normalmente, em diminuição da receita do


ente público (o nome técnico é “renúncia de receita”), o que demonstra o
caráter orçamentário desses incentivos. E, por se referirem à receita
pública, essas ações de incentivo devem ser demonstradas na LOA.

Por fim, outro aspecto do conteúdo da LOA segue abaixo:

Art. 165, § 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à


previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Esse dispositivo traz duas exceções ao princípio orçamentário da


exclusividade, como já vimos. Entretanto, fica evidente que essas exceções
também se referem a finanças governamentais, não saindo tanto do roteiro
obrigatório da LOA (previsão de receitas – fixação de despesas).

Como isso cai na prova?

11. (FCC/TÉCNICO/TCM-PA/2010) O demonstrativo regionalizado do efeito,


sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões,
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia é
objeto do plano plurianual.

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12. (FCC/CONTADOR/DPE-SP/2009) O orçamento da seguridade social terá,


entre suas funções, a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo
critério populacional.

13. (CESPE/AUDITOR/AUGE-MG/2009) Os orçamentos fiscal, da seguridade


social e de investimento das estatais, que compõem a LOA, deverão
funcionar como instrumentos voltados para a redução das desigualdades
sociais.

14. (FCC/ANALISTA/TRF-05/2008) O orçamento da seguridade social


compreende todas as despesas com as funções saúde, assistência social,
previdência e educação.

15. (FCC/ANALISTA/TRF-05/2008) O orçamento de investimentos das


empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto abrange todas as receitas e despesas de
tais empresas.

16. (FCC/ANALISTA/TRT-06/2006) De acordo com a Constituição Federal,


artigo 165, a Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) compreenderá o
orçamento de investimento das empresas nas quais a União tenha a
maioria do capital social.

Na questão 11, há uma inversão simples de ser detectada: trata-se de


características do projeto de LOA. Questão ERRADA.

A questão 12 está ERRADA: só os orçamentos fiscal e de investimento devem


contribuir para a redução das desigualdades interregionais.

A questão 13, sobre o mesmo tema específico, contém um erro de


terminologia: as desigualdades a serem combatidas pelos orçamentos são de
natureza interregional, e não social. Mas, mesmo sem esse erro, ainda restaria
um problema: o orçamento da seguridade se caracteriza pela universalidade
das ações, não sendo executado com base em critérios regionais. Questão
ERRADA.

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Na questão 14, o enunciado lista as áreas contempladas pelo orçamento da


seguridade social, e que são responsáveis pela elaboração da respectiva
proposta, mas erra ao incluir a educação nesse rol. Questão ERRADA.

O orçamento de investimento das estatais, como indica sua denominação,


abrange apenas os recursos transferidos pela União a tais empresas e a
aplicação correspondente. Assim, as receitas e despesas próprias das estatais
não são demonstradas no orçamento de investimento. A questão 15 está
ERRADA.

Por fim, na questão 16, o orçamento de investimento (bem como os outros)


integra, na verdade, a lei orçamentária, e não a LDO. Questão ERRADA.

Vedações constitucionais relativas ao orçamento

O art. 167 da CF/88 traz algumas vedações que devem ser observadas no
tocante ao orçamento. As provas de concursos têm verdadeira fixação por
elas; assim, vale examiná-las e memorizá-las com especial ênfase.

Algumas dessas vedações já foram vistas anteriormente, e outras serão mais


bem assimiladas posteriormente. Estudaremos agora aquelas aplicáveis
diretamente à lei orçamentária.

Art. 167. São vedados:

I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

Esse dispositivo tem uma preocupação meio que operacional.

A delimitação das ações do governo para atingir seus objetivos resulta na lista
de programas do PPA, que fornece, por sua vez, o “roteiro”, ou o “cardápio”,
para as leis orçamentárias anuais.

Cabe à LOA, depois da priorização feita pela LDO, distribuir previsões de


recursos anuais para aplicação nos programas previstos no PPA. Portanto,

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pode haver situações em que programas do PPA não estejam previstos na


LOA corrente, a depender das prioridades estabelecidas na LDO.

Nesse caso, o programa não incluído na LOA não poderá ser executado.
Atualmente, no âmbito do governo federal, com a execução orçamentária
totalmente informatizada, desobedecer a essa vedação nem é possível, pelo
simples fato de não se poder dirigir recursos a um código de programa
inexistente no orçamento anual.

Portanto, a inclusão de programas e ações na LOA é condição prévia para sua


execução orçamentária.

II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam


os créditos orçamentários ou adicionais;

Nesse ponto, procura-se evitar que as obrigações do ente público assumam


proporções superiores ao orçamento aprovado.

As atividades de planejamento prévio e de acompanhamento da execução do


orçamento também colaboram nesse sentido, de modo a evitar situações de
inadimplência e endividamento descontrolado.

Essa vedação tem a ver também com o já estudado princípio orçamentário


do equilíbrio, que milita a favor da manutenção de uma boa situação
financeira pelo ente público.

VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma


categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia
autorização legislativa;

Há autores que enxergam nesse dispositivo um novo princípio orçamentário: o


princípio da proibição do estorno.

Existe uma unanimidade na doutrina: ninguém sabe o que vêm a ser


realmente “transposição”, “remanejamento” ou “transferência”, rsrsrs.

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Idealmente, esses conceitos deveriam ser esclarecidos numa lei


complementar, como a aguardada lei de finanças públicas que substituirá a Lei
4.320/64.

Assim, atualmente, há apenas posicionamentos não muito consolidados sobre


o assunto.

Para não ficarmos no “vácuo”, vale a pena considerar um


posicionamento não tão definitivo, que tem aparecido nas Leis de
Diretrizes Orçamentárias: essas modificações no orçamento inicialmente
aprovado se dariam em situações como extinção, transformação,
desmembramento de órgãos e entidades, ou alteração de suas
competências.

Com isso, não podendo ser executadas pelas unidades previstas


inicialmente, algumas dotações orçamentárias seriam destinadas a
outras unidades, por meio dos tais mecanismos de transposição,
remanejamento e transferência. Mas a LDO não estabelece o significado
desses conceitos.

Não há muito problema com essa indefinição, já que as provas cobram


basicamente a reprodução do inciso VI. Assim, preste atenção na
exceção à vedação: é possível, com prévia autorização legislativa,
promover transposição, remanejamento ou transferência de recursos.

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

Como já ficou bastante claro, o orçamento público, apesar de ter se tornado


bem mais complexo do que à época de seu nascimento, continua
representando uma forma de controle da ação executiva do governo por
parte do Poder Legislativo. Essa atuação de controle ganha feições em vários
princípios orçamentários, como vimos também.

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Pois bem, para que os recursos sejam bem controlados, uma despesa não
pode contar com um “lastro infindável”, com dinheiro à vontade, para que seja
executada. Até em nome do planejamento e da eficiência, é necessário
dimensionar as atividades e investimentos públicos a partir de certa
disponibilidade financeira. E isso deve envolver também a definição da
finalidade da despesa, para atender ao princípio da discriminação. A
sociedade e seus representantes precisam ser informados sobre o que o
governo pretende atingir com os gastos autorizados na LOA.

VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos


orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir
déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art.
165, § 5º;

Como princípio, os recursos públicos não serviriam para socorrer entidades que
viessem a assumir um nível crítico de endividamento. Afinal, como visto,
há diversas demandas sociais que exigem a aplicação de recursos, e redimir
administrações não muito responsáveis, por exemplo, não seria uma
prioridade, diante dessas necessidades sociais.

Entretanto, o inciso acima permite que autorização legislativa específica


conceda a aplicação de recursos públicos para “salvar” empresas, fundações e
fundos de seu endividamento. Assim, ficaria a cargo do principal controlador
do orçamento – o Legislativo – a incumbência de permitir, diante das
circunstâncias do caso, esse socorro à entidade deficitária.

Como isso cai na prova?

17. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) A transposição, o remanejamento ou a


transferência de recursos de uma categoria de programação para outra,
ou de um órgão para outro, poderá ser realizada sem prévia autorização
legislativa, desde que seja definida como prioridade pela Lei de Diretrizes
Orçamentárias.

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18. (FCC/INSPETOR/TCM-CE/2010) Ao dispor sobre finanças públicas, a


Constituição da República autoriza o início de programas ou projetos não
incluídos na lei orçamentária anual, mediante prévia autorização do
Presidente da República.

19. (FCC/ANALISTA/TRT-16/2009) É vedada pelo art. 167 da Constituição


Federal a utilização, com autorização legislativa específica, somente de
recursos dos orçamentos da seguridade social para suprir necessidades ou
cobrir déficits de empresas, fundações e fundos, inclusive os mencionados
no art. 165, § 5º.

20. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010) É vedado incluir na LOA autorização


para operações de crédito por antecipação de receita.

A questão 17 está ERRADA. Tratamos da vedação à transposição, ao


remanejamento e à transferência de recursos entre categorias de
programação, e vimos ser necessária, sempre, a autorização legislativa prévia.
A indicação, pela LDO, de certa despesa como prioritária não atende a essa
condição.

O art. 167, inc. I, veda o início de programas ou projetos não incluídos na LOA.
Não há previsão para “autorização do Presidente” que possa substituir a
autorização legal. A questão 18 está ERRADA.

A questão 19 embanana o meio de campo: com autorização legislativa


específica, pode-se utilizar recursos do orçamento fiscal e da seguridade para
suprir necessidades ou cobrir déficits dos entes citados. O enunciado não fez
menção, também, ao orçamento fiscal. Questão ERRADA.

Por fim, a questão 20 “passa por cima” de uma das exceções permitidas ao
princípio da exclusividade da LOA. Questão ERRADA.

CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS E CRÉDITOS ADICIONAIS

Em nosso estudo, vamos separar os créditos orçamentários “originais”,


que são os autorizados pela própria LOA, dos créditos autorizados por atos

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posteriores a ela (créditos adicionais), que vêm corrigir ou ampliar sua


abrangência quanto às despesas autorizadas.

Assim, para um tratamento bem simples e introdutório do assunto, créditos


adicionais surgem quando os créditos orçamentários originais (os autorizados
na LOA) não são suficientes para atender as demandas por recursos no
exercício.

Nesse sentido, o ponto de partida para o estudo dos créditos adicionais está na
Lei 4.320/64. Leia abaixo:

Art. 40. São créditos adicionais as autorizações de despesa não computadas ou


insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.

Ao tratar de créditos adicionais, pensamos em situações nas quais os recursos


autorizados para realizar despesas fixadas na LOA podem se mostrar
insuficientes no momento da execução, pela constatação de que as despesas
necessárias são maiores do que o estimado.

Por outro lado, durante o exercício financeiro, podem surgir necessidades


novas, que se traduzem em despesas novas para serem atendidas pelo ente
público. Como essas despesas não constam do orçamento, faz-se necessário
emitir novas autorizações de gastos, que podem substituir os créditos originais
ou se acrescentar a eles.

Vale ressaltar que, à semelhança dos demais projetos de substância


orçamentária, os créditos adicionais também são de iniciativa do Poder
Executivo, que os encaminha ao Poder Legislativo para apreciação.

Vamos desenvolver nosso estudo sobre as características dos créditos


adicionais nos tópicos seguintes.

Como isso cai na prova?

21. (FCC/PROCURADOR/TCE-CE/2006) Ao regular o processo legislativo


orçamentário, a Constituição Federal dispõe que os projetos de lei
relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias e aos créditos
adicionais são

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(A) de iniciativa do Poder Executivo ou de qualquer membro do Poder


Legislativo, de suas mesas ou comissões.

(B) de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, com base em parecer


técnico do Tribunal de Contas da União.

(C) de iniciativa conjunta dos chefes dos Poderes Executivos da União,


Estado, Distrito Federal e Municípios, concorrendo com os Poderes Legislativos
dos entes federados.

(D) de iniciativa do Poder Executivo, o qual não poderá ser objeto de


medida provisória.

(E) apresentados por um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos


Deputados ou do Senado Federal.

22. (CESPE/AUDITOR/CGE-PB/2008) As autorizações de despesas não


computadas ou insuficientemente dotadas na lei de orçamento são
denominadas créditos adicionais.

23. (FCC/ANALISTA/TRT-02/2008) A aprovação de abertura de créditos


adicionais será feita exclusivamente no Senado da República, por maioria
simples.

Sobre a questão 21, como todos os projetos de matéria orçamentária, a


iniciativa relativa aos créditos adicionais também é exclusiva do Chefe do
Executivo. A impossibilidade de se utilizar medida provisória em matéria
orçamentária tem uma exceção, como detalharemos adiante: trata-se da
abertura de créditos extraordinários, como indicado na própria CF/88.
Gabarito: D.

A questão 22 se baseia na literalidade do conceito de crédito adicional.


Questão CERTA.

A questão 23 está ERRADA. Como o trâmite legislativo dos créditos adicionais


também obedece ao padrão das matérias orçamentárias, sua
apreciação/aprovação se dá no âmbito do Congresso Nacional, trabalhando
como casa legislativa específica (apreciação na Comissão Mista – votação no
Plenário do Congresso).

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Espécies de créditos adicionais

Também consta da Lei 4.320/64 a listagem das espécies de créditos


adicionais:

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:

I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;

II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação


orçamentária específica;

III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso


de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

Como visto no inciso I, os créditos suplementares servem tão somente para


reforçar a dotação autorizada na LOA. Portanto, nessa situação, já existe a
despesa autorizada, mas em quantitativo insuficiente.

Essa identidade entre os créditos suplementares e os “créditos


originais” da lei orçamentária (já que ambos se referem às mesmas
despesas) é que permite à LOA autorizar, antecipadamente, a abertura dos
créditos suplementares, como já falamos (exceção ao princípio da
exclusividade). É como se a LOA autorizasse antecipadamente sua própria
“expansão”, em certos pontos.

Os créditos especiais se destinam a despesas não previstas no orçamento


(ou, como diz a Lei, para as quais não haja dotação orçamentária específica).
Quando da elaboração do orçamento, ainda não se tinha evidenciado a
necessidade que deverá então ser atendida.

Essas duas espécies de créditos adicionais, os suplementares e especiais,


devem ser autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

Além disso, necessitam da existência de recursos disponíveis para suportar


suas despesas, e sua abertura deve ser precedida de exposição justificativa,
ou seja, da demonstração da necessidade de uma nova autorização de
despesa. Isso está disciplinado na Lei 4.320/64:

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Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da


existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de
exposição justificativa.

A CF/88 também refletiu essas exigências:

Art. 167. São vedados:

(...)

V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização


legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; (...)

Vamos agora adentrar a certas especificidades dos créditos extraordinários.

Para estabelecer um contraponto com os outros já vistos, tanto para reforçar


dotações da LOA (créditos suplementares) quanto para atender a necessidades
não previstas no orçamento, durante o exercício (créditos especiais), é preciso
ter autorização legal, bem como recursos disponíveis.

Entretanto, essas condições mais rígidas se aplicam apenas aos créditos


suplementares e especiais. Para os créditos extraordinários, que se
caracterizam por atender a despesas urgentes e imprevisíveis, como dispõe
a CF/88, o processo é bem mais flexível. Afinal, as situações às quais os
créditos extraordinários devem atender primam pela urgência, como já
ressaltamos.

A diferenciação entre os créditos especiais e os extraordinários reside


principalmente na urgência que envolve a realização das respectivas
despesas. Os créditos extraordinários, segundo a CF/88, servem para
atender a “despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública” (art. 167, § 3º), e os
especiais, conforme a Lei 4.320/64, são “destinados a despesas para as
quais não haja dotação orçamentária específica” (art. 41, inc. II).

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Um alerta é necessário nesse ponto. Na Lei 4.320/64, as situações


justificadoras da abertura dos créditos extraordinários compunham uma lista
fechada, ou “rol exaustivo”, como dizem os tratadistas. Veja só:

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:

(...)

III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso


de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

Agora, compare esse trecho com a atual redação da CF/88:

Art. 167, § 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida


para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art.
62.

Destaquei a conjunção “como” para ressaltar que a CF/88 abriu esse leque.
Agora ele é exemplificativo, ou seja, cabe ao Poder Executivo, responsável
pela abertura dos créditos extraordinários, decidir quais situações são
comparáveis a guerra, comoção interna ou calamidade pública.

Inclusive, têm havido críticas diversas ao Poder Executivo nos últimos anos,
justamente pela abertura de créditos extraordinários que não apresentariam,
em tese, as características de urgência e imprevisibilidade necessárias.

Bom, retomando a linha de raciocínio, diferentemente dos suplementares e


especiais, os créditos extraordinários não necessitam de prévia
autorização legal. Sua abertura, conforme a CF/88, se dá por medida
provisória, no caso dos entes federados que tenham previsto essa
espécie normativa em sua Constituição ou Lei Orgânica.

No caso dos Estados ou Municípios que não tenham instituído a medida


provisória, a abertura do crédito extraordinário se dá por decreto executivo
(art. 44 da Lei 4.320/64). Em qualquer caso, entretanto, exige-se a imediata
comunicação do ato ao Poder Legislativo.

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A exigência da indicação de disponibilidade de recursos também não é


observada no caso dos créditos extraordinários. Enquanto que, no caso dos
suplementares e especiais, é necessário discriminar as fontes de recursos que
suportarão a abertura do crédito, o ato que abrir o crédito extraordinário pode,
simplesmente, omitir essa informação.

Não obstante, na esfera federal, tem-se a praxe de indicar, nas medidas


provisórias que abrem créditos extraordinários, a origem das disponibilidades.

Como isso cai na prova?

24. (FCC/ANALISTA/CÂMARA/2007) Os créditos adicionais são classificados


em

(A) complementares, orçamentários e ordinários.

(B) ordinários, extraordinários e suplementares.

(C) especiais, ordinários e extraordinários.

(D) suplementares, extraordinários e especiais.

(E) extraordinários, especiais e complementares.

25. (FCC/ANALISTA/TRT-24/2006) A abertura de crédito especial independe


da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa, porém será
precedida de exposição justificada.

26. (FCC/ANALISTA/TRT-23/2007) Os créditos adicionais especiais

(A) destinam-se ao reforço de dotação orçamentária já existente.

(B) somente têm vigência no exercício financeiro em que forem


autorizados.

(C) têm por objetivo atender a despesas urgentes e imprevisíveis.

(D) independem da prévia existência de recursos para financiar o gasto.

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(E) devem ser autorizados por lei e abertos por decreto do Poder
Executivo.

27. (FCC/TÉCNICO/TCM-PA/2010) Em relação à Lei Orçamentária Anual (LOA)


de um governo estadual é correto afirmar que a autorização para abertura
de créditos adicionais especiais poderá ser incluída na LOA.

28. (CONSULPLAN/CONTADOR/COFEN/2011) Pelo art. 41 da Lei nº. 4320/64


pode-se conhecer a classificação dos créditos adicionais. Qual dentre os
créditos adicionais a seguir é destinado a reforço de dotação
orçamentária?

A) Suplementar.

B) Especial.

C) Extraordinário.

D) Extraorçamentário.

E) Complementar.

29. (FCC/PROCURADOR/TCE-RR/2008) Considerando o que dispõe a


Constituição da República sobre as normas orçamentárias, é correto
afirmar que é vedada a edição de medida provisória sobre matéria relativa
a planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos
adicionais, suplementares e extraordinários.

Na questão 24, a classificação correta dos créditos adicionais, relembrando a


lei, é definida por “suplementares, especiais e extraordinários”. Gabarito: D.

A questão 25 está ERRADA: os créditos especiais (e suplementares)


necessitam da existência de recursos disponíveis, além da exposição
justificada.

Na questão 26, as alternativas A e C referem-se, respectivamente, aos créditos


suplementares e extraordinários; a letra B contraria a permissão constitucional
de reabertura dos créditos especiais; e a letra D afronta a determinação da Lei

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4.320/64 a respeito da existência de recursos disponíveis para a abertura dos


créditos especiais. Gabarito: E.

Como os créditos especiais dizem respeito a despesas não previstas no


orçamento, não há como a LOA trazer uma autorização prévia para sua
abertura. Sempre será necessário, nesse caso, a edição de uma nova lei
especial. A questão 27 está ERRADA.

Na questão 28, questiona-se sobre o conceito legal de crédito suplementar.


Gabarito: A.

A questão 29 amplia incorretamente a abrangência da proibição do emprego


de medidas provisórias em matéria orçamentária. É possível a abertura de
créditos extraordinários com esse expediente. Questão ERRADA.

Autorização/abertura de créditos adicionais

Para sistematizar as diferenças de autorização/abertura dos tipos de créditos


adicionais, vamos observar alguns pontos. Começando pelos suplementares e
especiais:

Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e


abertos por decreto executivo.

Assim, para início de conversa, a autorização da abertura de um crédito


suplementar ou especial é um ato do Poder Legislativo, e a abertura em si,
um ato do Executivo (mesmo quando os créditos se destinam aos outros
Poderes).

Uma pergunta curiosa: e os créditos extraordinários, que são instituídos por


apenas um ato (medida provisória ou decreto, conforme o caso), são
autorizados E abertos?

Se fizermos uma leitura atenta da Lei 4.320/64, veremos que ela ao tratar da
autorização/abertura dos créditos, fez uma separação bem nítida entre os
tipos. Compare o art. 42 acima com o seguinte:

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Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder


Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.

Portanto, para os créditos extraordinários, tecnicamente, não existe ato de


autorização, mas apenas de abertura. Isso reforça o que dissemos
anteriormente, que a autorização é um ato típico do Legislativo. A medida
provisória e o decreto são atos do Executivo.

NOVIDADE IMPORTANTE

Como se vê, tradicionalmente, eram necessários os dois atos para que os


créditos suplementares e especiais fossem instituídos. Entretanto, há
algum tempo, as Leis de Diretrizes Orçamentárias vêm trazendo uma
disposição para simplificar o procedimento: a autorização e a abertura
do crédito adicional se darão pelo mesmo ato (no caso, a lei).

Veja essa modificação no comparativo entre as ementas das seguintes


leis:

LEI Nº 8.839, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1993. Autoriza o Poder Executivo a


abrir aos orçamentos da União, em favor da Justiça Federal, da Justiça
Militar, da Justiça Eleitoral e da Justiça do Trabalho, créditos adicionais
até o limite de CR$2.064.198.142,00, para os fins que especifica.

LEI Nº 12.185, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2009. Abre aos Orçamentos Fiscal


e da Seguridade Social da União, em favor da Câmara dos Deputados, do
Senado Federal, das Justiças Federal, Eleitoral e do Trabalho, da
Presidência da República, do Ministério Público da União e do Ministério
da Pesca e Aquicultura, crédito especial no valor global de R$
293.272.036,00, para os fins que especifica, e dá outras providências.

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Como essa é uma “novidade” da matéria orçamentária, em detrimento


da abordagem tradicional, vale a pena guardar a informação com
cuidado.

Outra característica da abertura dos créditos adicionais consta da redação do


art. 46 da Lei 4.320/64:

Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do
mesmo e a classificação da despesa, até onde for possível.

Assim, o crédito adicional, ao ser aberto, terá certa disponibilidade


quantificada de recursos atribuída a si, deverá ser classificado como
pertencente a uma das três espécies aqui tratadas e deverá trazer a
classificação da despesa, em nome do princípio da discriminação.

Como isso cai na prova?

30. (FCC/INSPETOR/TCE-MG/2007) A abertura dos créditos suplementares e


especiais é autorizada por decreto executivo.

31. (FCC/INSPETOR/TCE-MG/2007) O ato que abrir crédito adicional não


precisa indicar a classificação da despesa e a importância correspondente.

32. (FCC/ANALISTA/TRT-02/2008) Em caso de abertura de créditos


extraordinários, há necessidade de indicação da importância, espécie dos
créditos e classificação da despesa.

33. (FCC/PROCURADOR/TCE-RR/2008) Os créditos extraordinários serão


abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará conhecimento ao
Poder Legislativo.

A questão 30 está ERRADA: a abertura dos créditos suplementares e especiais


é autorizada por lei. A abertura em si se dá mediante decreto, conforme a Lei
4.320/64.

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A questão 31 também está ERRADA, contrariando frontalmente uma das


disposições da mesma Lei.

A regra reproduzida no enunciado da questão 32 se aplica a todas as espécies


de créditos adicionais. Questão CERTA.

A questão 33 trata da regra estabelecida na Lei 4.320/64 para a abertura dos


créditos extraordinários, que, como vimos, não foi superada pela nova
abordagem da CF/88 – apenas complementada. Questão CERTA.

Reabertura de créditos adicionais

Esse tópico vale a pena ser examinado e bem compreendido, porque é muito
cobrado em concursos.

O dispositivo legal aplicável ao assunto era este, da Lei 4.320/64:

Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro


em que forem abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos
especiais e extraordinários.

Assim, a lei que autorizasse a abertura de um crédito especial, ou o ato que


abrisse crédito extraordinário, trataria da possibilidade de execução das
correspondentes despesas no exercício posterior ao da abertura.

Isso já é passado. Agora, aplica-se o entendimento da CF/88:

Art. 167, § 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no


exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização
for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que,
reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do
exercício financeiro subseqüente.

Perceba, primeiramente, que, em ambos os momentos, não se abordou a


possibilidade de os créditos suplementares serem executados em exercício
posterior. Por quê?

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Lembra-se da identidade dos créditos suplementares com a própria LOA, de


que falamos antes? Para todos os fins, os créditos suplementares apenas
“retificam para mais” a LOA, ampliando os montantes da receita e da despesa.
Não são criadas despesas novas nesses casos.

Pensando assim, pode-se dizer que a prorrogação dos créditos suplementares


para exercícios posteriores equivaleria à transferência de um orçamento
anual para outro ano, o que desrespeitaria completamente o princípio da
anualidade orçamentária.

Muito bem, então deixemos bem assentado que essa prorrogação só se aplica
aos créditos especiais e extraordinários.

Assim, como regra, os créditos adicionais (todos eles) devem ser executados
no exercício de sua autorização. Todavia, caso algum crédito especial ou
extraordinário seja autorizado mais para o fim do ano (de setembro para
frente), já está permitida, pela CF/88, a reabertura do eventual saldo desse
crédito no outro exercício.

Como a Constituição deixa claro, esse saldo de crédito adicional será


absorvido pelo orçamento do exercício financeiro seguinte. Essa é a
razão para alguns teóricos classificarem essa transferência de créditos
adicionais entre exercícios financeiros como exceção ao princípio da
anualidade.

Como isso cai na prova?

34. (FCC/ANALISTA/TRT-18/2008) Os créditos suplementares terão vigência


adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos.

35. (FCC/PROCURADOR/TCE-AP/2010) Os créditos adicionais, nas


modalidades especial e extraordinário, poderão ter vigência no exercício
financeiro seguinte ao de sua abertura na hipótese do ato de autorização
ter sido promulgado

(A) no último exercício financeiro do mandato do Chefe do Executivo.

(B) nos últimos quatro meses do exercício em que foi autorizado.

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(C) a partir de agosto do exercício em que foi autorizado.

(D) apenas a partir de dezembro do exercício em que foi autorizado.

(E) a qualquer época do exercício em que foram abertos, quando não


forem totalmente empregados.

A questão 34 está CERTA. Apenas os créditos suplementares (além dos


originais, claro) sempre terão sua vigência limitada ao exercício de abertura.

O prazo correto para a permissão de reabertura dos créditos especiais e


extraordinários é o dos últimos quatro meses do exercício, nos quais ocorra o
ato de autorização (lei especial ou medida provisória, conforme o caso).
Gabarito: B.

Fontes de recursos para créditos adicionais

Vejamos, mais uma vez, a Lei 4.320/64:

Art. 43, § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não
comprometidos:

I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício


anterior;

II - os provenientes de excesso de arrecadação;

III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou


de créditos adicionais, autorizados em Lei;

IV - o produto de operações de credito autorizadas, em forma que


juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las.

Além dessas fontes de recursos, devemos buscar outro normativo que trata do
tema, o Decreto-Lei 200/67:

Art. 91. Sob a denominação de Reserva de Contingência, o orçamento anual


poderá conter dotação global não especificamente destinada a determinado

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órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos


recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais.

Portanto, temos cinco fontes de recursos para atender os créditos adicionais.


Vamos examiná-las.

Superávit financeiro. A primeira fonte citada pela Lei 4.320/64 é “o


superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior”. O
superávit financeiro é a diferença entre o ativo financeiro (correspondente às
disponibilidades em moeda, principalmente) e o passivo financeiro
(obrigações para pagamento em curto prazo), calculada no balanço patrimonial
de dezembro passado. Dessa forma, pode-se considerar, grosso modo, o
superávit financeiro como recursos livres em caixa no início do ano.

Mas, para aproveitar os recursos do superávit financeiro na abertura de


créditos adicionais, ainda é necessário fazer alguns ajustes.

Acabamos de discutir a possibilidade de transferência de créditos


extraordinários e especiais para o orçamento do exercício seguinte, caso eles
tenham sido autorizados no decorrer dos últimos quatro meses do exercício.
OK, segure essa informação.

Para fechar o entendimento sobre o superávit, vou adiantar agora um ponto


sobre outra fonte de recursos para créditos adicionais: operações de crédito.
Isso mesmo, o governo pode pegar dinheiro emprestado para custear
créditos adicionais.

Assim, créditos especiais e extraordinários abertos com operações de crédito


podem ser executados apenas em parte, no exercício de origem, e ter seu
saldo transferido para absorção pelo orçamento subsequente. Com isso,
haverá um resto de despesa a executar e um resto de receita correspondente.

Juntando todas as peças, podemos chegar à seguinte situação:

• num dado exercício, temos X de disponibilidade financeira, correspondente


ao superávit financeiro calculado em dezembro passado;

• ao final do ano, digamos que existam saldos de créditos especiais ou


extraordinários, ainda não executados, que serão integrados ao

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orçamento corrente; esses saldos constituem despesas a realizar, que


chamaremos de Y;

• assuma que esses créditos especiais/extraordinários foram suportados por


operações de crédito;

• já que os créditos adicionais que se transferiram de exercício foram


abertos à conta de operações de crédito, então, no exercício que se
inicia, deve haver um saldo desses empréstimos ainda sem uso, e
que será empregado para execução completa dos créditos adicionais
correspondentes; essa sobra de receita de empréstimos nós chamaremos
de Z.

Considerando todo o exposto, a disponibilidade financeira para abertura de


créditos adicionais, em 2010, por exemplo, será calculada pela expressão [X –
Y + Z], em que consideramos o superávit financeiro de 2009, as despesas de
créditos adicionais transferidos e os recursos emprestados que as suportarão.

Nessa equação, o superávit e o saldo das operações de crédito são “receita”, e


o saldo de créditos adicionais é “despesa”.

Nos dizeres da Lei 4.320/64, temos o seguinte:

Art. 43, § 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o


ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos
créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas.

Espero que minha explicação tenha ficado mais clara que a lei, rsrs.

Excesso de arrecadação. Para começar, nada melhor que o conceito legal,


trazido, mais uma vez, pela Lei 4.320/64:

Art. 43, § 3º – Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo,
o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação
prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.

Veja que o excesso de arrecadação é composto por duas vertentes. Uma é


real: a partir da arrecadação mensal esperada pela LOA, acumula-se uma
diferença positiva relativamente ao período considerado. A outra é potencial:

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considerando o comportamento da arrecadação, realiza-se uma série de


cálculos matemáticos e estatísticos, que indicará a tendência do exercício.

Vale a pena assinalar aqui um detalhe. Assim como o superávit financeiro sofre
um ajuste para se chegar à real disponibilidade financeira em caixa, o excesso
de arrecadação também sofre uma dedução.

Essa dedução é disciplinada na Lei 4.320/64:

Art. 43, § 4° - Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de


excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos
extraordinários abertos no exercício.

Assim, calculado o excesso de arrecadação, tanto o já obtido quanto a


tendência do exercício, faz-se a dedução do valor dos créditos
extraordinários já abertos no mesmo exercício. O resultado dessa diminuição
poderá ser indicado como fonte de créditos suplementares ou especiais.

Operações de crédito. Acrescentando mais comentários: anteriormente,


fizemos a diferenciação entre operações de crédito normais e operações do
tipo ARO, ou operações por antecipação da receita orçamentária. Lá,
dissemos que as operações normais constituem receitas orçamentárias, que
providenciam recursos para despesas orçamentárias. Já as operações do tipo
ARO substituem receitas orçamentárias que não foram arrecadadas na
época própria.

Dessa forma, podemos concluir que as ARO’s não constituem recursos


livres. Elas são contratadas para atender a despesas previstas no
orçamento, que não tiveram os recursos correspondentes obtidos a tempo.

Tendo isso em vista, ARO’s não podem servir de fonte para créditos
adicionais. Para tanto, deverão ser contratadas operações normais de crédito.

Reserva de contingência. Como já estudamos, a reserva de contingência é


uma dotação genérica, que pode ser empregada para pagamento de “passivos
contingentes” ou outros fatores que afetem as contas públicas. Podemos dizer
que a reserva de contingência é uma “carta na manga” da Administração, para
atender a situações de risco para as contas públicas.

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Como vimos acima, pelo Decreto-Lei 200/67, temos aí mais uma fonte de
recursos para créditos adicionais. Entretanto, a Lei de Responsabilidade Fiscal,
que é mais recente, definiu, em seu art. 5º, que a forma de utilização da
reserva de contingência será estabelecida pela LDO.

A LDO deverá, portanto, autorizar a utilização da reserva de contingência


como fonte para os créditos adicionais.

Antes de finalizarmos, cabe considerar a forma como a reserva de contingência


é utilizada, o que nos faz pensar na última fonte de recursos para créditos
adicionais: a anulação de dotações.

Já falamos que a reserva de contingência é uma dotação genérica; caso ela


venha a ser utilizada como fonte para créditos adicionais, o que se faz é um
cancelamento de dotações dessa reserva em favor da criação de dotações
em igual proporção para atender à necessidade veiculada no crédito
adicional beneficiado.

O cancelamento de dotações orçamentárias é um artifício para destinação de


recursos aos créditos adicionais. Podem ser canceladas dotações da própria
LOA ou até de créditos adicionais já abertos, para substituição por novos
créditos adicionais.

É mais ou menos isso que ocorre na seguinte hipótese da CF/88:

Art. 166, § 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do


projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes
poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou
suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

Inicialmente, ao receber o projeto de LOA do Presidente, o Congresso pode,


em tese, aprovar emendas reduzindo/anulando despesas previstas, sem
propor novas dotações em substituição. Ou então, numa situação extrema, o
Legislativo pode discordar por completo da proposta do Executivo e rejeitar o
projeto de LOA.

Por outro lado, num momento mais à frente, a discordância pode se dar por
parte do Presidente da República, vetando dotações incluídas no projeto de

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LOA mediante emendas parlamentares. A partir disso, a LOA seria promulgada


com dotações vetadas.

Nessas condições, têm-se, ou em parte ou por completo, receitas previstas


sem correspondentes despesas fixadas. Se houver veto, emenda ou rejeição
do projeto de LOA, teremos, no todo ou em parte, recursos previstos sem
despesas correspondentes. Isso porque o veto, as emendas ou a rejeição
do projeto de LOA levam ao cancelamento de dotações constantes desse
projeto. E os consequentes “recursos livres” poderão ser aproveitados para
abertura de créditos suplementares ou especiais.

Como isso cai na prova?

36. (FCC/ANALISTA/MP-PE/2006) São considerados como recursos para fins


de abertura de créditos: o superávit orçamentário apurado em balanço
orçamentário do exercício anterior, os provenientes de excesso de
arrecadação, os resultantes de anulação de dotação total ou parcial e o
produto de operações de crédito.

37. (FCC/ANALISTA/TRT-02/2008) O Poder Executivo não poderá realizar


operações de crédito para financiar os créditos adicionais.

38. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) Em caso de comoção intestina, o


presidente da República poderá editar medida provisória de abertura de
créditos extraordinários ou especiais que terão vigência no exercício
financeiro, salvo se a edição ocorrer nos últimos quatro meses do
exercício, quando, então, serão incorporados ao exercício financeiro
subsequente.

39. (CESPE/ANALISTA/ANTAQ/2009) Na utilização do superávit financeiro


como fonte para abertura de créditos suplementares e especiais, devem
ser considerados os saldos dos créditos adicionais do exercício anterior e
as operações de crédito a eles vinculadas.

40. (FCC/ANALISTA/MP-PE/2006) A apuração dos recursos decorrentes de


excesso de arrecadação não deve levar em conta a importância dos
créditos extraordinários abertos no exercício.

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41. (FCC/ANALISTA/TRF-02/2007) Amparam créditos adicionais:

(A) o excesso de arrecadação efetivamente realizado no ano anterior.

(B) o superávit orçamentário do exercício anterior.

(C) os recursos de operações de crédito por antecipação da receita – ARO.

(D) o superávit econômico do exercício anterior.

(E) os recursos que, em decorrência de emenda legislativa, fiquem sem


despesas correspondentes.

Na lista trazida pela questão 36, o superávit orçamentário (diferença positiva


entre receitas orçamentárias estimadas e despesas orçamentárias fixadas) não
integra as fontes de recursos para créditos adicionais. Questão ERRADA.

A questão 37 também está ERRADA. As operações de crédito (com exceção


daquelas do tipo ARO) são uma das fontes para abertura de créditos.

A questão 38 traz algumas imprecisões: não se abre créditos especiais por MP,
e os saldos dos créditos são incorporados ao ORÇAMENTO do exercício
subsequente. Questão ERRADA.

Na questão 39, foi reproduzido o dispositivo legal que disciplina a utilização do


superávit financeiro como fonte de recursos para créditos adicionais. Questão
CERTA.

A questão 40 peca pela negativa: os créditos extraordinários devem ser


abatidos do montante do excesso de arrecadação. questão ERRADA.

Na questão 41, há imprecisões a observar: o excesso de arrecadação deve ser


observado no exercício corrente; o superávit que serve como fonte é o
financeiro; as ARO, como já dissemos, não compõem as fontes de recursos
para créditos adicionais. Restam, como fonte possível, os recursos decorrentes
de emenda parlamentar que tenha anulado dotações. Gabarito: E.

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Muito bem, caro aluno, acabamos aqui nosso segundo encontro.

Semana que vem, trataremos dos diversos aspectos relacionados à receita


pública.

Até lá, e bons estudos!

GRACIANO ROCHA

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RESUMO DA AULA

1. O PPA deve estabelecer as diretrizes, os objetivos e as metas da


administração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

2. O PPA é criação da CF/88, constituído como o maior instrumento de


planejamento da esfera pública, e seu foco está nas despesas de capital,
ou seja, despesas que normalmente estão relacionadas ao aumento do
patrimônio público, embora destaque as despesas de manutenção que
surgem com os investimentos.

3. Na instituição das diretrizes, objetivos e metas da Administração, o PPA


deve levar em consideração a regionalização das ações, em nome de um
desenvolvimento equilibrado entre as regiões do país.

4. Nenhum investimento de execução superior a um exercício financeiro


pode ser iniciado sem inclusão no plano plurianual, ou sem lei que
autorize essa inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

5. A LDO é uma criação da CF/88, como o PPA, e tem como função principal
fazer a intermediação entre o PPA e a LOA. É o instrumento que a
Administração utiliza para executar o PPA, por meios das LOAs, de forma
mais sintonizada com as condições sociais, econômicas, políticas, que
venham a alterar as prioridades do governo.

6. As atribuições dadas pela CF/88 à LDO são: indicar as metas e prioridades


da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o
próximo exercício financeiro; orientar a elaboração da LOA; dispor sobre
alterações na legislação tributária; estabelecer a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento.

7. A evidenciação da “política econômica e financeira” e do “programa de


trabalho do governo” é feita pela LOA, apesar de não serem estabelecidos
por ela, mas pelo PPA.

8. Ao comentarmos o princípio orçamentário da unidade/totalidade,


ressaltamos que a LOA é, na verdade, um conjunto de orçamentos.

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9. A LOA abrange o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das


empresas estatais (empresas em que a União, indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto), e o orçamento da seguridade
social.

10. O orçamento fiscal abrange os gastos gerais e as receitas sem


arrecadação vinculada com as quais o governo conta. A maior parte dos
programas instituídos pela LOA encontra-se nesse item.

11. O orçamento da seguridade social, como indica seu nome, é restrito a


receitas e despesas relativas à área da seguridade social. Conforme a
Constituição, essa denominação abrange a saúde, a previdência social e a
assistência social.

12. O orçamento de investimento das estatais, como é conhecido, diz respeito


às aplicações de recursos no capital social de empresas das quais a União,
direta ou indiretamente, detenha maioria do capital social com direito a
voto – ou seja, são empresas em que a União tem supremacia no tocante
a decisões sobre sua atuação.

13. A LOA deve demonstrar, de forma regionalizada, o efeito decorrente de


isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza
financeira, tributária e creditícia.

14. Os créditos adicionais, conceituados como “autorizações de despesa não


computadas ou insuficientemente dotadas na LOA” são classificados em
suplementares, especiais e extraordinários.

15. Segundo a LDO, os créditos adicionais aprovados pelo Congresso Nacional


não necessitam de decreto para sua abertura; a abertura é considerada
realizada com a sanção e publicação da respectiva lei autorizativa.

16. Créditos suplementares são empregados para reforçar dotações


constantes da LOA; créditos especiais se destinam a despesas não
previstas no orçamento (ou “despesas para as quais não haja categoria de
programação orçamentária específica”), e créditos extraordinários
atendem a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública.

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17. Os créditos especiais e extraordinários, se o respectivo ato de autorização


for promulgado nos últimos quatro meses do exercício, serão reabertos
nos limites de seus saldos e incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subsequente.

18. As fontes de recursos para abertura de créditos adicionais são: superávit


financeiro, excesso de arrecadação, operações de crédito, cancelamento
de dotações e reserva de contingência.

19. Na utilização do superávit financeiro como fonte de recursos para créditos


adicionais, devem ser considerados os saldos dos créditos adicionais do
exercício anterior e as operações de crédito a eles vinculadas.

20. Excesso de arrecadação é o saldo positivo das diferenças entre a


arrecadação prevista e a realizada, observadas mensalmente, levando-se
em conta também a tendência do exercício.

21. Os recursos que ficarem sem despesas correspondentes, por conta de


veto, emenda ou rejeição do projeto de LOA, podem ser utilizados
mediante créditos especiais ou suplementares.

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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (CONSULPLAN/CONTADOR/PREF. GUARAPARI/2011) O Plano Plurianual é


um plano de médio prazo, através do qual se procura ordenar as ações do
governo que levem ao atingimento dos objetivos e metas fixados para um
período de quatro anos, ao nível do governo federal e também de quatro
anos ao nível dos governos estaduais e municipais.

2. (CESPE/ANALISTA/ANTAQ/2008) Os programas de duração continuada,


constantes dos planos plurianuais (PPAs), compreendem despesas de
capital destinadas tipicamente à realização das atividades-meio dos
órgãos e entidades integrantes do orçamento público.

3. (CONSULPLAN/CONTADOR/IBGE/2008) Nenhum investimento cuja


execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem
prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão,
sob pena de crime de responsabilidade.

4. (CONSULPLAN/ADMINISTRADOR/PREF. LONDRINA/2011) “É um plano de


médio prazo, através do qual se procura ordenar as ações do governo que
levem ao alcance dos objetivos e metas fixados para um período de
quatro anos, ao nível do governo federal, e também de quatro anos ao
nível dos governos estaduais e municipais.” A afirmativa refere-se:

A) Plano de Investimentos.

B) Plano Financeiro.

C) Plano Plurianual.

D) Lei das Diretrizes Orçamentárias.

E) Lei dos Orçamentos Anuais.

5. (FCC/ANALISTA/TRE-SP/2006) Os planos e programas nacionais,


regionais e setoriais serão elaborados em consonância com as diretrizes
orçamentárias e apreciados pelo Senado Federal.

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6. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) A lei que instituir o Plano Plurianual


estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública federal para as despesas

(A) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos projetos


de investimentos.

(B) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos


programas de duração continuada.

(C) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos


programas de duração predeterminada.

(D) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos


programas de duração continuada.

(E) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos


programas-meio do governo.

7. (CONSULPLAN/CONTADOR/PREF. GUARAPARI/2011) A Lei das Diretrizes


Orçamentárias tem a finalidade de nortear a elaboração dos orçamentos
anuais – orçamento fiscal, orçamento de investimento das empresas e o
orçamento da seguridade social, de forma a adequá-los às diretrizes,
objetivos e metas da administração pública, estabelecidos no plano
plurianual.

8. (FCC/ANALISTA/MP-PE/2006) De acordo com o parágrafo 2º do artigo 165


da CF de 1988, a Lei de Diretrizes Orçamentárias é uma lei ordinária, que
define metas e prioridades para a administração pública federal para o
exercício financeiro subsequente, incluindo alterações na legislação
tributária e a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.

9. (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2009) O Ministério Público elaborará sua


proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias e, caso encaminhada em desacordo com esses limites,
caberá ao Poder Executivo proceder aos ajustes necessários para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual.

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10. (FCC/ANALISTA/TCE-AM/2008) A contratação de pessoal pelos órgãos e


entidades da administração, inclusive empresas públicas e sociedades de
economia mista, somente poderá ser feita se houver prévia dotação
orçamentária suficiente e autorização específica na lei de diretrizes
orçamentárias.

11. (FCC/TÉCNICO/TCM-PA/2010) O demonstrativo regionalizado do efeito,


sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões,
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia é
objeto do plano plurianual.

12. (FCC/CONTADOR/DPE-SP/2009) O orçamento da seguridade social terá,


entre suas funções, a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo
critério populacional.

13. (CESPE/AUDITOR/AUGE-MG/2009) Os orçamentos fiscal, da seguridade


social e de investimento das estatais, que compõem a LOA, deverão
funcionar como instrumentos voltados para a redução das desigualdades
sociais.

14. (FCC/ANALISTA/TRF-05/2008) O orçamento da seguridade social


compreende todas as despesas com as funções saúde, assistência social,
previdência e educação.

15. (FCC/ANALISTA/TRF-05/2008) O orçamento de investimentos das


empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto abrange todas as receitas e despesas de
tais empresas.

16. (FCC/ANALISTA/TRT-06/2006) De acordo com a Constituição Federal,


artigo 165, a Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) compreenderá o
orçamento de investimento das empresas nas quais a União tenha a
maioria do capital social.

17. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) A transposição, o remanejamento ou a


transferência de recursos de uma categoria de programação para outra,
ou de um órgão para outro, poderá ser realizada sem prévia autorização

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legislativa, desde que seja definida como prioridade pela Lei de Diretrizes
Orçamentárias.

18. (FCC/INSPETOR/TCM-CE/2010) Ao dispor sobre finanças públicas, a


Constituição da República autoriza o início de programas ou projetos não
incluídos na lei orçamentária anual, mediante prévia autorização do
Presidente da República.

19. (FCC/ANALISTA/TRT-16/2009) É vedada pelo art. 167 da Constituição


Federal a utilização, com autorização legislativa específica, somente de
recursos dos orçamentos da seguridade social para suprir necessidades ou
cobrir déficits de empresas, fundações e fundos, inclusive os mencionados
no art. 165, § 5º.

20. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010) É vedado incluir na LOA autorização


para operações de crédito por antecipação de receita.

21. (FCC/PROCURADOR/TCE-CE/2006) Ao regular o processo legislativo


orçamentário, a Constituição Federal dispõe que os projetos de lei
relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias e aos créditos
adicionais são

(A) de iniciativa do Poder Executivo ou de qualquer membro do Poder


Legislativo, de suas mesas ou comissões.

(B) de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, com base em parecer


técnico do Tribunal de Contas da União.

(C) de iniciativa conjunta dos chefes dos Poderes Executivos da União,


Estado, Distrito Federal e Municípios, concorrendo com os Poderes
Legislativos dos entes federados.

(D) de iniciativa do Poder Executivo, o qual não poderá ser objeto de


medida provisória.

(E) apresentados por um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos


Deputados ou do Senado Federal.

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22. (CESPE/AUDITOR/CGE-PB/2008) As autorizações de despesas não


computadas ou insuficientemente dotadas na lei de orçamento são
denominadas créditos adicionais.

23. (FCC/ANALISTA/TRT-02/2008) A aprovação de abertura de créditos


adicionais será feita exclusivamente no Senado da República, por maioria
simples.

24. (FCC/ANALISTA/CÂMARA/2007) Os créditos adicionais são classificados


em

(A) complementares, orçamentários e ordinários.

(B) ordinários, extraordinários e suplementares.

(C) especiais, ordinários e extraordinários.

(D) suplementares, extraordinários e especiais.

(E) extraordinários, especiais e complementares.

25. (FCC/ANALISTA/TRT-24/2006) A abertura de crédito especial independe


da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa, porém será
precedida de exposição justificada.

26. (FCC/ANALISTA/TRT-23/2007) Os créditos adicionais especiais

(A) destinam-se ao reforço de dotação orçamentária já existente.

(B) somente têm vigência no exercício financeiro em que forem


autorizados.

(C) têm por objetivo atender a despesas urgentes e imprevisíveis.

(D) independem da prévia existência de recursos para financiar o gasto.

(E) devem ser autorizados por lei e abertos por decreto do Poder
Executivo.

27. (FCC/TÉCNICO/TCM-PA/2010) Em relação à Lei Orçamentária Anual (LOA)


de um governo estadual é correto afirmar que a autorização para abertura
de créditos adicionais especiais poderá ser incluída na LOA.

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28. (CONSULPLAN/CONTADOR/COFEN/2011) Pelo art. 41 da Lei nº. 4320/64


pode-se conhecer a classificação dos créditos adicionais. Qual dentre os
créditos adicionais a seguir é destinado a reforço de dotação
orçamentária?

A) Suplementar.

B) Especial.

C) Extraordinário.

D) Extraorçamentário.

E) Complementar.

29. (FCC/PROCURADOR/TCE-RR/2008) Considerando o que dispõe a


Constituição da República sobre as normas orçamentárias, é correto
afirmar que é vedada a edição de medida provisória sobre matéria relativa
a planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos
adicionais, suplementares e extraordinários.

30. (FCC/INSPETOR/TCE-MG/2007) A abertura dos créditos suplementares e


especiais é autorizada por decreto executivo.

31. (FCC/INSPETOR/TCE-MG/2007) O ato que abrir crédito adicional não


precisa indicar a classificação da despesa e a importância correspondente.

32. (FCC/ANALISTA/TRT-02/2008) Em caso de abertura de créditos


extraordinários, há necessidade de indicação da importância, espécie dos
créditos e classificação da despesa.

33. (FCC/PROCURADOR/TCE-RR/2008) Os créditos extraordinários serão


abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará conhecimento ao
Poder Legislativo.

34. (FCC/ANALISTA/TRT-18/2008) Os créditos suplementares terão vigência


adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos.

35. (FCC/PROCURADOR/TCE-AP/2010) Os créditos adicionais, nas


modalidades especial e extraordinário, poderão ter vigência no exercício

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financeiro seguinte ao de sua abertura na hipótese do ato de autorização


ter sido promulgado

(A) no último exercício financeiro do mandato do Chefe do Executivo.

(B) nos últimos quatro meses do exercício em que foi autorizado.

(C) a partir de agosto do exercício em que foi autorizado.

(D) apenas a partir de dezembro do exercício em que foi autorizado.

(E) a qualquer época do exercício em que foram abertos, quando não


forem totalmente empregados.

36. (FCC/ANALISTA/MP-PE/2006) São considerados como recursos para fins


de abertura de créditos: o superávit orçamentário apurado em balanço
orçamentário do exercício anterior, os provenientes de excesso de
arrecadação, os resultantes de anulação de dotação total ou parcial e o
produto de operações de crédito.

37. (FCC/ANALISTA/TRT-02/2008) O Poder Executivo não poderá realizar


operações de crédito para financiar os créditos adicionais.

38. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) Em caso de comoção intestina, o


presidente da República poderá editar medida provisória de abertura de
créditos extraordinários ou especiais que terão vigência no exercício
financeiro, salvo se a edição ocorrer nos últimos quatro meses do
exercício, quando, então, serão incorporados ao exercício financeiro
subsequente.

39. (CESPE/ANALISTA/ANTAQ/2009) Na utilização do superávit financeiro


como fonte para abertura de créditos suplementares e especiais, devem
ser considerados os saldos dos créditos adicionais do exercício anterior e
as operações de crédito a eles vinculadas.

40. (FCC/ANALISTA/MP-PE/2006) A apuração dos recursos decorrentes de


excesso de arrecadação não deve levar em conta a importância dos
créditos extraordinários abertos no exercício.

41. (FCC/ANALISTA/TRF-02/2007) Amparam créditos adicionais:

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(A) o excesso de arrecadação efetivamente realizado no ano anterior.

(B) o superávit orçamentário do exercício anterior.

(C) os recursos de operações de crédito por antecipação da receita – ARO.

(D) o superávit econômico do exercício anterior.

(E) os recursos que, em decorrência de emenda legislativa, fiquem sem


despesas correspondentes.

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QUESTÕES ADICIONAIS

42. (CONSULPLAN/ADMINISTRADOR/CODEVASF/2008) O texto constitucional


prevê que o Congresso Nacional estabelecerá o plano plurianual, as
diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais, por iniciativa legiferante
do Poder Executivo. Sobre tal matéria orçamentária, é correto afirmar
que, EXCETO:

A) Projetos de lei que versem sobre esta matéria terão processo


legislativo especial, sendo apreciados pelas duas Casas do Congresso
Nacional, na forma do regimento comum.

B) A Lei Orçamentária Anual disporá acerca de alterações na legislação


tributária.

C) A Lei de Diretrizes Orçamentárias orientará a elaboração da Lei


Orçamentária Anual.

D) A Lei Orçamentária Anual compreenderá o orçamento fiscal referente


aos Poderes da União.

E) Não pode o Congresso Nacional rejeitar projeto de Lei de Diretrizes


Orçamentárias.

43. (CESPE/INSPETOR/TCE-RN/2009) Em nenhuma hipótese um investimento


com duração superior a um exercício financeiro poderá ser iniciado sem
sua prévia inclusão no PPA.

44. (CESPE/CONTADOR/UNIPAMPA/2009) A LDO define as prioridades e


metas a serem atingidas por meio da execução dos programas e ações
previstos no PPA. Para que isso ocorra, entre outras diretrizes, a LDO
estabelece as regras que deverão orientar a elaboração da Lei
Orçamentária Anual (LOA).

45. (CESPE/AUDITOR/SECONT-ES/2009) As propostas orçamentárias parciais


dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público serão
elaboradas respeitando os limites estipulados na Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO).

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46. (CONSULPLAN/CONTADOR/PREF. LONDRINA/2011) A Lei de Diretrizes


Orçamentárias (LDO) compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, estadual e municipal, incluindo as despesas
de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração
da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras
oficiais de fomento.

47. (CONSULPLAN/CONTADOR/PREF. GUARAPARI/2011) Para viabilizar a


concretização das situações planejadas no plano plurianual e, obviamente,
transformá-las em realidade, obedecida a Lei de Diretrizes Orçamentárias,
elabora-se o Orçamento Anual, em que são programadas as ações a
serem executadas, visando alcançar os objetivos determinados.

48. (FCC/ANALISTA/TJ-AP/2009) A lei orçamentária anual compreenderá: o


orçamento fiscal referente aos Poderes da União; o orçamento de
investimento de todas as empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria das ações preferenciais; e o orçamento
da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta.

49. (FCC/ANALISTA/TJ-PA/2009) De acordo com as disposições


constitucionais e legais relativas à Lei Orçamentária Anual (LOA), é
INCORRETO afirmar que

(A) a iniciativa da elaboração da proposta orçamentária é sempre do


Poder Executivo, a qual deve ser encaminhada ao Poder Legislativo.

(B) o Poder Legislativo discute, vota e aprova a proposta orçamentária,


sem a possibilidade de fazer qualquer tipo de alteração.

(C) a LOA conterá o orçamento fiscal, da seguridade social e dos


investimentos das empresas em que o Poder público, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital votante.

(D) todas as receitas e despesas serão discriminadas na lei orçamentária


pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.

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(E) a lei não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação


da despesa, exceto a autorização para abertura de créditos suplementares
e para contratação de operações de crédito.

50. (FCC/ANALISTA/TRT-16/2009/ADAPTADA) Considere as seguintes


afirmativas:

I. A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da


receita e fixação da despesa, não se incluindo nessa proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da
lei.

II. O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo


regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrentes de
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza
financeira, tributária e creditícia.

III. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades


da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.

Está correto o que se afirma em

(A) I, II e III.

(B) I e III, apenas.

(C) I e II, apenas.

(D) II, apenas.

(E) I, apenas.

51. (CESPE/ANALISTA/SERPRO/2010) Os investimentos do governo federal


devem ser realizados somente por meio de dotações orçamentárias

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específicas nos orçamentos fiscal e da seguridade social, os quais recebem


recursos de empresas estatais.

52. (FCC/ANALISTA/TJ-AP/2009) O Orçamento de Investimento compreende

(A) os órgãos e entidades da administração direta, bem como fundos e


fundações instituídos pelo Poder Público, responsáveis por investimentos.

(B) os órgãos e entidades da administração indireta, inclusive fundações


instituídas e mantidas pelo Poder Público.

(C) todos os órgãos e entidades da administração direta e indireta,


empresas e fundações nos quais a União detenha uma parte do capital
social.

(D) as empresas em que a União detenha diretamente a maioria do


capital social.

(E) as empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a


maioria do capital social com direito a voto.

53. (CONSULPLAN/CONTADOR/IBGE/2008) O PPA após aprovado converte-se


em lei, entretanto, tem caráter autorizativo, não é impositivo, não sendo
obrigatória sua execução integral.

54. (FCC/ANALISTA/TRF-04/2010) É vedada a utilização de recursos do


orçamento fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir
déficit de empresas, fundações ou fundos, independentemente de
autorização legislativa.

55. (FCC/ANALISTA/TRT-23/2007) No que diz respeito aos orçamentos no


regime constitucional, NÃO é vedado, entre outras situações,

(A) a abertura de crédito suplementar sem prévia autorização legislativa e


sem a indicação dos recursos correspondentes.

(B) a instituição de fundos de qualquer natureza, com prévia autorização


legislativa.

(C) o início de programas ou projetos excluídos da lei orçamentária anual.

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(D) a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos


orçamentários.

(E) a transferência de recursos de uma categoria de programação para


outra, sem prévia autorização legislativa.

56. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) A Constituição Federal de 1988 estabelece


vários tipos de vedações em matéria orçamentária, entre elas, a
transposição de recursos de uma modalidade de aplicação para outra, sem
prévia autorização legislativa.

57. (FCC/ANALISTA/MPU/2007) Os créditos adicionais destinados a despesas


para as quais haja insuficiência de recursos na dotação orçamentária
específica são denominados

(A) extraordinários.

(B) suplementares.

(C) especiais.

(D) complementares.

(E) ilimitados.

58. (FCC/ANALISTA/MP-PE/2006) Os créditos suplementares são aqueles


destinados a despesas para as quais não exista dotação orçamentária
específica.

59. (FCC/TÉCNICO/CÂMARA/2007) Constituem créditos adicionais especiais


aqueles destinados

(A) a despesas de custeio com pessoal insuficientemente cobertas no


orçamento.

(B) exclusivamente ao pagamento da dívida pública interna.

(C) a despesas urgentes e imprevistas.

(D) a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.

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(E) a reforço de dotação orçamentária.

60. (FCC/PROCURADOR/TCE-RR/2008) A abertura de crédito suplementar


somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes,
como as decorrentes de guerra ou calamidade pública.

61. (FCC/ANALISTA/MPU/2007) Os créditos adicionais especiais têm por


característica

(A) independerem de autorização legislativa.

(B) dependerem da existência de recursos para financiá-los.

(C) destinarem-se ao reforço de dotação orçamentária insuficiente.

(D) serem previstos na lei orçamentária anual.

(E) atenderem a despesas de caráter urgente e imprevisto.

62. (FCC/PROCURADOR/TCE-CE/2006) Medida provisória que, no mês de


julho de determinado exercício financeiro, abrisse crédito extraordinários à
lei orçamentária anual, com o fim de atender a despesas decorrentes de
calamidade pública, seria

(A) compatível com as normas pertinentes da Constituição da República.

(B) inconstitucional, por ser expressamente vedada a edição de medida


provisória para abertura de créditos adicionais e suplementares em
quaisquer hipóteses.

(C) ilegal, por ofensa à necessidade de previsão de autorização para


abertura de créditos especiais e extraordinários na lei de diretrizes
orçamentárias.

(D) inconstitucional, por ofensa ao princípio da legalidade estrita, vigente


em relação aos órgãos da Administração.

(E) constitucional, porém de eficácia limitada, uma vez que o crédito


somente poderia ser incorporado ao orçamento do exercício financeiro
subsequente.

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63. (FCC/AUDITOR/TCE-AL/2008) De acordo com a Lei nº 4.320/64, os


créditos adicionais destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica denominam-se créditos

(A) especiais

(B) suplementares.

(C) extraordinários.

(D) originários.

(E) derivados.

64. (FCC/ANALISTA/TRT-06/2006) Sobre créditos adicionais, é correto afirmar


que os créditos

(A) especiais criam um novo programa ou evento de despesa não previsto


no orçamento.

(B) suplementares podem ser concedidos independentemente da


existência de recursos disponíveis.

(C) extraordinários devem ser financiados pelo superávit financeiro


apurado em balanço patrimonial de exercício anterior.

(D) complementares são voltados exclusivamente para o atendimento de


despesas urgentes e imprevistas.

(E) complementares destinam-se a despesas para as quais haja dotação


orçamentária específica.

65. (FCC/ANALISTA/PGE-RJ/2009) O Município “A” foi um dos mais atingidos


pelas enchentes do final de ano e, em novembro, foi decretado estado de
calamidade pública. Um dos principais problemas enfrentados pela
comunidade foi o desabamento de uma ponte, deixando parte da
população ilhada, sem acesso às escolas, postos de saúde, etc. A
prefeitura precisava urgentemente construir um acesso provisório e
reconstruir a ponte. Entretanto, não existiam créditos orçamentários para
tanto. Nesse caso, o Poder Executivo deve

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(A) obter autorização do Poder Legislativo para anulação de dotações


orçamentárias e, em seguida, abrir, por decreto, créditos extraordinários.

(B) obter autorização legislativa para a abertura de créditos especiais e


abri-los por meio de decreto.

(C) abrir, por meio de decreto, créditos suplementares autorizados na Lei


Orçamentária.

(D) abrir, por meio de decreto, créditos extraordinários e dar


conhecimento imediato ao Poder Legislativo.

(E) realizar a despesa sem a abertura de créditos adicionais e, em


seguida, dar conhecimento ao Poder Legislativo.

66. (CONSULPLAN/CONTADOR/PREF. SÃO LEOPOLDO-RS/2010) Quais


créditos adicionais dependem de autorização legislativa prévia?

A) Créditos extraordinários e suplementares.

B) Somente créditos especiais.

C) Créditos a receber e a compensar.

D) Créditos especiais e suplementares.

E) Somente crédito suplementar.

67. (FCC/PROCURADOR/TCE-RR/2008) Os créditos suplementares e especiais


serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

68. (FCC/INSPETOR/TCM-CE/2010) As dotações previstas na LOA são


chamadas de créditos orçamentários. Entretanto, durante a execução do
orçamento, podem surgir necessidades que não estavam previstas
inicialmente. Nesse caso, o Poder Público pode utilizar os créditos
adicionais, que são autorizações de despesa não computadas ou
insuficientemente dotadas na LOA. Os créditos adicionais classificados
como suplementares e especiais podem

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(A) ser abertos, desde que existam recursos disponíveis para ocorrer a
despesa, salvo no caso de guerra, independentemente da sua urgência e
necessidade.

(B) ser abertos, desde que existam recursos disponíveis para ocorrer a
despesa, independentemente da sua urgência e necessidade.

(C) ser abertos sem a existência de recursos disponíveis para ocorrer a


despesa, em razão da sua urgência e necessidade.

(D) ficar abertos sem a existência de recursos disponíveis para ocorrer a


despesa por, no máximo, trinta dias.

(E) ser autorizados por decreto, em razão da sua urgência e necessidade.

69. (CONSULPLAN/CONTADOR/PREF. LONDRINA-PR/2011) De acordo com a


Lei nº. 4320/64, os créditos adicionais são “autorizações de despesas não
computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.” Pelo art.
41 da mesma lei, pode-se conhecer a finalidade dos créditos adicionais.
Qual tipo de crédito o executivo valerá para atender as despesas urgentes
e imprevistas, em caso de guerra, comoção interna ou calamidade
pública?

A) Suplementares.

B) Especiais.

C) Extraordinários.

D) Extraorçamentários.

E) Suplementares e especiais.

70. (FCC/ANALISTA/TRT-18/2008) A abertura de créditos especiais independe


da existência de recursos disponíveis para financiar a despesa
correspondente.

71. (FCC/ANALISTA/TRT-02/2008) É vedada a abertura de créditos


extraordinários sem prévia autorização legislativa.

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72. (FCC/TÉCNICO/MPU/2007) São considerados recursos, para fins de


financiamento dos créditos adicionais,

(A) as receitas industriais.

(B) as operações de crédito por antecipação de receita.

(C) os excessos de arrecadação.

(D) os ativos permanentes em valor superior aos passivos permanentes.

(E) as arrecadações de encargos sobre a dívida ativa.

73. (FCC/ANALISTA/TRT-20/2006) Não são considerados recursos para


cobertura de créditos adicionais os provenientes de:

(A) operação de crédito realizada para atender insuficiência de caixa,


possuindo natureza extraorçamentária.

(B) anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos


autorizados em lei.

(C) superávit financeiro do exercício anterior apurado em balanço patrimonial.

(D) excesso de arrecadação.

(E) empréstimos e financiamentos de natureza orçamentária.

74. (CONSULPLAN/CONTADOR/COFEN/2011) O art. 43 da Lei nº. 4320/64


trata dos recursos financeiros disponíveis para abertura de créditos
suplementares e especiais. Portanto, é correto afirmar que, EXCETO:

A) Superávit patrimonial apurado em Balanço Patrimonial do Exercício


Anterior.

B) Superávit financeiro apurado em Balanço Patrimonial do Exercício


Anterior.

C) Excesso de Arrecadação.

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D) Anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou créditos


adicionais.

E) Produto de operação de crédito.

75. (FCC/PROCURADOR/TCE-AP/2010) Não pode ser considerado como


recurso financeiro disponível, em tese, para abertura de crédito
suplementar e especial, o recurso resultante de anulação parcial ou total
de dotações orçamentárias.

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GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

C E C C E D C C C E

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

E E E E E E E E E E

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

D C E D E E E A E E

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

E C C C B E E E C E

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

E B E C C E C E B A

51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

E E C E B C B E D E

61 62 63 64 65 66 67 68 69 70

B A A A D D C B C E

71 72 73 74 75

E C A A E

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