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AULA 02
Plutarco
GRACIANO ROCHA
Plano Plurianual
Apesar de estarmos falando tanto das despesas de capital, que recebia toda a
atenção desde antes do PPA na vigência da CF/88, é necessário voltar ao art.
165, § 1º, e verificar duas expressões também importantes, como destacado
abaixo:
Dessa forma, vê-se que a atividade de planejamento foi eleita pela CF/88
como de extrema importância, alcançando os setores público e privado. A
dimensão que o planejamento público deve assumir é tal que o próprio setor
privado é “aconselhado” a observar as ações governamentais para basear seu
próprio comportamento.
(...)
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em
um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e
à redução das desigualdades regionais.
A) Plano de Investimentos.
B) Plano Financeiro.
C) Plano Plurianual.
A LDO também é uma criação da CF/88, que tem como função principal
fazer a intermediação entre o PPA e a LOA. Antes, não existia qualquer
instrumento “pacificador” entre o planejamento (caracterizado pelo PPA) e o
orçamento (a LOA).
Pois bem, para que essa parcela anual do PPA seja definida, não se faz apenas
uma distribuição igualitária de “X parcelas para X anos”. As prioridades do
governo, a cada ano, podem mudar, de maneira que, para atender a essas
mudanças de rumo, certos programas devem passar por uma aceleração,
enquanto outros ficam mais “na geladeira”.
Diante dessa situação fática, as LDO’s, a cada ano, têm trazido uma
regra de transição: caso se inicie o exercício financeiro sem que o
orçamento tenha sido aprovado, é possível executar provisoriamente o
projeto de LOA em discussão. A LDO indicará quais despesas, e em que
montante, poderão ser executadas nesse “vácuo”, até a publicação da
LOA. Interessante, não?
Um bom resumo do papel cumprido pela LDO está disposto nas questões 7 e
8, no tocante às principais atribuições dadas a ela pela Constituição. Questões
CERTAS.
Portanto, ações variadas, que vão desde segurança alimentar, passando por
favorecimento a ciência e tecnologia, aquisição de equipamentos militares, até
distribuição de renda direta à população por meio de bolsas etc., tudo isso
(...)
Por outro lado, empresas estatais cuja atividade não resulte em recursos
suficientes que as permitam se manter sozinhas (estatais dependentes),
necessitando de transferências de recursos públicos para suas atividades
de custeio e de investimento “normais”, aparecerão beneficiadas por ações
dos orçamentos fiscal e da seguridade, conforme o caso.
O art. 167 da CF/88 traz algumas vedações que devem ser observadas no
tocante ao orçamento. As provas de concursos têm verdadeira fixação por
elas; assim, vale examiná-las e memorizá-las com especial ênfase.
A delimitação das ações do governo para atingir seus objetivos resulta na lista
de programas do PPA, que fornece, por sua vez, o “roteiro”, ou o “cardápio”,
para as leis orçamentárias anuais.
Nesse caso, o programa não incluído na LOA não poderá ser executado.
Atualmente, no âmbito do governo federal, com a execução orçamentária
totalmente informatizada, desobedecer a essa vedação nem é possível, pelo
simples fato de não se poder dirigir recursos a um código de programa
inexistente no orçamento anual.
Pois bem, para que os recursos sejam bem controlados, uma despesa não
pode contar com um “lastro infindável”, com dinheiro à vontade, para que seja
executada. Até em nome do planejamento e da eficiência, é necessário
dimensionar as atividades e investimentos públicos a partir de certa
disponibilidade financeira. E isso deve envolver também a definição da
finalidade da despesa, para atender ao princípio da discriminação. A
sociedade e seus representantes precisam ser informados sobre o que o
governo pretende atingir com os gastos autorizados na LOA.
Como princípio, os recursos públicos não serviriam para socorrer entidades que
viessem a assumir um nível crítico de endividamento. Afinal, como visto,
há diversas demandas sociais que exigem a aplicação de recursos, e redimir
administrações não muito responsáveis, por exemplo, não seria uma
prioridade, diante dessas necessidades sociais.
O art. 167, inc. I, veda o início de programas ou projetos não incluídos na LOA.
Não há previsão para “autorização do Presidente” que possa substituir a
autorização legal. A questão 18 está ERRADA.
Por fim, a questão 20 “passa por cima” de uma das exceções permitidas ao
princípio da exclusividade da LOA. Questão ERRADA.
Nesse sentido, o ponto de partida para o estudo dos créditos adicionais está na
Lei 4.320/64. Leia abaixo:
(...)
(...)
Destaquei a conjunção “como” para ressaltar que a CF/88 abriu esse leque.
Agora ele é exemplificativo, ou seja, cabe ao Poder Executivo, responsável
pela abertura dos créditos extraordinários, decidir quais situações são
comparáveis a guerra, comoção interna ou calamidade pública.
Inclusive, têm havido críticas diversas ao Poder Executivo nos últimos anos,
justamente pela abertura de créditos extraordinários que não apresentariam,
em tese, as características de urgência e imprevisibilidade necessárias.
(E) devem ser autorizados por lei e abertos por decreto do Poder
Executivo.
A) Suplementar.
B) Especial.
C) Extraordinário.
D) Extraorçamentário.
E) Complementar.
Se fizermos uma leitura atenta da Lei 4.320/64, veremos que ela ao tratar da
autorização/abertura dos créditos, fez uma separação bem nítida entre os
tipos. Compare o art. 42 acima com o seguinte:
NOVIDADE IMPORTANTE
Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do
mesmo e a classificação da despesa, até onde for possível.
Esse tópico vale a pena ser examinado e bem compreendido, porque é muito
cobrado em concursos.
Muito bem, então deixemos bem assentado que essa prorrogação só se aplica
aos créditos especiais e extraordinários.
Assim, como regra, os créditos adicionais (todos eles) devem ser executados
no exercício de sua autorização. Todavia, caso algum crédito especial ou
extraordinário seja autorizado mais para o fim do ano (de setembro para
frente), já está permitida, pela CF/88, a reabertura do eventual saldo desse
crédito no outro exercício.
Art. 43, § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não
comprometidos:
Além dessas fontes de recursos, devemos buscar outro normativo que trata do
tema, o Decreto-Lei 200/67:
Espero que minha explicação tenha ficado mais clara que a lei, rsrs.
Art. 43, § 3º – Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo,
o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação
prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.
Vale a pena assinalar aqui um detalhe. Assim como o superávit financeiro sofre
um ajuste para se chegar à real disponibilidade financeira em caixa, o excesso
de arrecadação também sofre uma dedução.
Tendo isso em vista, ARO’s não podem servir de fonte para créditos
adicionais. Para tanto, deverão ser contratadas operações normais de crédito.
Como vimos acima, pelo Decreto-Lei 200/67, temos aí mais uma fonte de
recursos para créditos adicionais. Entretanto, a Lei de Responsabilidade Fiscal,
que é mais recente, definiu, em seu art. 5º, que a forma de utilização da
reserva de contingência será estabelecida pela LDO.
Por outro lado, num momento mais à frente, a discordância pode se dar por
parte do Presidente da República, vetando dotações incluídas no projeto de
A questão 38 traz algumas imprecisões: não se abre créditos especiais por MP,
e os saldos dos créditos são incorporados ao ORÇAMENTO do exercício
subsequente. Questão ERRADA.
GRACIANO ROCHA
RESUMO DA AULA
5. A LDO é uma criação da CF/88, como o PPA, e tem como função principal
fazer a intermediação entre o PPA e a LOA. É o instrumento que a
Administração utiliza para executar o PPA, por meios das LOAs, de forma
mais sintonizada com as condições sociais, econômicas, políticas, que
venham a alterar as prioridades do governo.
A) Plano de Investimentos.
B) Plano Financeiro.
C) Plano Plurianual.
legislativa, desde que seja definida como prioridade pela Lei de Diretrizes
Orçamentárias.
(E) devem ser autorizados por lei e abertos por decreto do Poder
Executivo.
A) Suplementar.
B) Especial.
C) Extraordinário.
D) Extraorçamentário.
E) Complementar.
QUESTÕES ADICIONAIS
(A) I, II e III.
(E) I, apenas.
(A) extraordinários.
(B) suplementares.
(C) especiais.
(D) complementares.
(E) ilimitados.
(A) especiais
(B) suplementares.
(C) extraordinários.
(D) originários.
(E) derivados.
(A) ser abertos, desde que existam recursos disponíveis para ocorrer a
despesa, salvo no caso de guerra, independentemente da sua urgência e
necessidade.
(B) ser abertos, desde que existam recursos disponíveis para ocorrer a
despesa, independentemente da sua urgência e necessidade.
A) Suplementares.
B) Especiais.
C) Extraordinários.
D) Extraorçamentários.
E) Suplementares e especiais.
C) Excesso de Arrecadação.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C E C C E D C C C E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E E E E E E E E E E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
D C E D E E E A E E
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
E C C C B E E E C E
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
E B E C C E C E B A
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
E E C E B C B E D E
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
B A A A D D C B C E
71 72 73 74 75
E C A A E