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08 – Organização da
Administração Pública
brasileira
Sumário
1. Introdução e objetivos desta apostila................................................................................................. 2
2. Classificações da Administração Pública brasileira ............................................................................. 3
3. Princípios da Administração Pública................................................................................................... 5
3.1. Princípios básicos do regime jurídico-administrativo ........................................................................ 5
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Comentários:
É o contrário. Em sentido amplo ela engloba tudo, ou seja, órgãos de
execução (funções administrativas) e de planejamento (funções políticas). Já
no sentido estrito ela engloba apenas os órgãos e funções administrativas.
Gabarito: Errado.
Comentários:
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Não há no Brasil uma rígida separação dos poderes, mas sim apenas uma
divisão das tarefas predominantes de cada um. Gabarito: Certo.
Comentários:
Isso mesmo. Sempre são cobradas as atividades da administração pública em
sentido objetivo, que são o fomento, o poder de polícia, os serviços públicos
e a intervenção direta e indireta. Gabarito: Certo.
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Comentários:
A administração pública extroversa é aquela na qual o alvo da ação
governamental é alguém externo a ele, ou seja, particulares. É isso que
ocorre com a regulação, emanada pelo Estado, mas cujo objeto são as
empresas que atuam num determinado setor. Gabarito: Certo.
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Hora de praticar!
Comentários:
Não apenas para tal jurista, mas a literatura como um todo já adotou o
entendimento que o regime jurídico administrativo se baseia em dois
princípios básicos, dos quais todos os demais decorrem:
a) A Supremacia do interesse público sobre o privado (ou princípio
do interesse público)
b) A Indisponibilidade do interesse público, pela administração.
Gabarito: Letra A.
Comentários:
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Comentários:
Cuidado! Tais princípios possuem mesma hierarquia, ou seja, um não é mais
importante que o outro. Porém não se pode dizer que são equivalentes, já
que cada um possui seu fundamento. Gabarito: Errado.
1) Princípio da Legalidade
É a regra central de todo Estado de Direito, pois significa que toda sua atuação
está sujeita ao ordenamento jurídico – a lei.
De acordo com esse princípio, aos particulares é lícito fazer tudo aquilo que
a lei não proíba. Sua justificativa encontra-se no inciso II do art. 5º da CF,
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2) Princípio da Impessoalidade
Este princípio pode ser analisado sob 3 ângulos:
a) Toda a atuação da Administração Pública deve visar ao
interesse público, de modo que nenhum ato administrativo seja
praticado visando a interesses do agente ou de terceiros. Qualquer ato
praticado nesse sentido será nulo por desvio de finalidade.
b) Nenhum agente público pode se valer da Administração Pública
para obter promoção pessoal, o que ocorre, por exemplo, quando
políticos anunciam obras como feitos seus, e não do governo ao qual
pertencem.
c) Deve haver tratamento isonômico a todos os administrados,
sem privilégios (ou perseguições) a alguns em função de amizade,
parentesco, troca de favores ou afinidade política.
3) Princípio da Moralidade
Este princípio traz a exigência de atuação ética dos agentes público. Isso
significa que a moral administrativa é um requisito de validade do ato
administrativo, ou seja, um ato que atente contra a moral administrativa é
nulo.
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4) Princípio da Publicidade
Também aqui podemos analisar este princípio sob dois ângulos:
a) A exigência de publicação em órgão oficial como requisito de
eficácia dos atos administrativos que devam produzir efeitos
externos, ou onerem o patrimônio público. Desse modo, enquanto
não for publicado, o ato não está apto a produzir efeitos.
b) A exigência de transparência da Administração Pública.
5) Princípio da Eficiência
Este princípio foi tornado expresso pela emenda constitucional nº 19 de 1998,
que o inseriu na redação do caput do art. 37. Lembre-se que a busca pela
eficiência se relaciona à reforma gerencial da Administração Pública,
empreendida no final daquela década.
Por este princípio, espera-se a melhor utilização possível dos recursos
públicos, a fim de obter os melhores resultados para a coletividade.
Note que, sendo um princípio expresso, a eficiência não é questão de
conveniência e oportunidade, mas sim uma obrigação do administrador, e sua
não observação possibilita, em tese, a apreciação pelo Poder Judiciário.
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Comentários:
O princípio da eficiência prega a melhor utilização possível dos recursos
públicos, a fim de obter os melhores resultados para a coletividade, logo,
consubstancia o dever de rapidez, perfeição e rendimento do serviço público
prestado (alternativa B). As demais alternativas relacionam-se aos outros
princípios constitucionais da Administração Pública: Legalidade (alternativa
A), publicidade (alternativa C), moralidade (alternativa D) e impessoalidade
(alternativa E). Gabarito: Letra B.
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Comentários:
O princípio da publicidade, assim como todos os demais princípios
constitucionais, aplica-se a toda a Administração Pública, sem exceções (item
I errado e item III certo). Não há hierarquia entre os princípios constitucionais
da Administração Pública. Alguns autores, entretanto, consideram que o
princípio da legalidade precede (cronologicamente) os demais, mas também
não se pode dizer que é superior (item II errado). Gabarito: Letra A.
Comentários:
Lembre-se que os princípios constitucionais são assim chamados por estarem
explícitos no texto da Constituição federal. Mas há diversos outros, alguns
explícitos em leis ou súmulas, outros implícitos, como são conhecidos aqueles
frutos de estudos doutrinários e jurisprudenciais. Gabarito: Certo.
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1) Poder Discricionário
O uso do poder discricionário se dá quando é facultado ao agente público
adotar uma dentre duas ou mais condutas definidas em lei.
Além dos requisitos legais, a discricionariedade deve se basear em critérios
de conveniência e oportunidade, além de respeitar os princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade, do contrário pode resultar em
arbitrariedade, o que é ilegal.
3) Poder Regulamentar
O uso deste poder é uma atribuição do chefe do Executivo, para que ele
edite atos gerais para detalhar as leis, e, por conseguinte, permitir sua efetiva
concretização. Veja então que os decretos e regulamentos editados com base
nesse poder devem se basear fielmente na lei, pois do contrário o Executivo
estaria extrapolando sua competência e puxando para si uma competência
do Poder Legislativo.
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4) Poder Hierárquico
O uso deste poder permite à Administração Pública organizar as funções de
seus órgãos e a atuação de seus agentes, estabelecendo as relações de
subordinação entre os servidores. Dele resultam, ainda, as prerrogativas dos
superiores de ordenar, fiscalizar, rever, delegar ou avocar, que possuem na
relação com seus subordinados.
5) Poder de Polícia
Este poder refere-se à competência que a Administração Pública possui de
condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais,
em benefício do coletivo e do próprio Estado.
Tal atuação ocorre tanto preventivamente (através de alvarás de licença ou
autorização), quanto repressivamente (fiscalização), e em sentido amplo,
é exercida pelos atos normativos em geral.
O poder de polícia possui três atributos importantes:
• A discricionariedade, já que a Administração tem a possibilidade de
decidir ou não pela restrição de certas práticas dos administrados,
desde que aja dentro dos parâmetros legais.
• A coercibilidade, já que a Administração Pública impõe sua decisão aos
administrados, ainda que estes discordem.
• A autoexecutoriedade, já que, como regra, a Administração não precisa
de decisões judiciais para aplicar suas decisões.
Entretanto, há limites ou condições de validade que precisam ser
respeitados:
⋅ Necessidade (relevante interesse da coletividade ou do Estado).
⋅ Proporcionalidade.
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POLÍCIA POLÍCIA
ADMINISTRATIVA JUDICIÁRIA
6) Poder Disciplinar
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Comentários:
Apesar de ser um dos seus atributos, a discricionariedade não se dá de forma
absoluta no exercício do poder de polícia. Além de ela ter de se dar dentro
dos limites legais, há casos em que suas penalidades devem apenas seguir o
que for determinado pela lei, sem escolha para o administrador (letra A
errada). Como regra, os atos ligados ao poder disciplinar são vinculados, com
pouca discricionariedade para a atuação da Administração (letra B errada). A
subordinação hierárquica, fruto do poder hierárquico, não é o mesmo que
vinculação administrativa. Esta última tem caráter externo e se refere ao
controle que os entes federativos (União, estados, DF e municípios) têm sobre
instituições que compõem sua Administração Indireta, como as empresas
públicas (letra C errada) e autarquias (letra E errada). Gabarito: Letra D.
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Comentários:
Ao avocar o caso (avocar = chamar para si) a autoridade usou seu poder
hierárquico para se sobrepor à decisão do seu subordinado. Ao aplicar uma
pena a um administrado (particular), a autoridade usou de seu poder de
polícia, que lhe permite condicionar e restringir o uso e gozo de bens,
atividades e direitos individuais, em benefício do coletivo e do próprio Estado.
Gabarito: Letra C.
Comentários:
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Comentários:
O dever de prestar contas aplica-se a todos aqueles que se envolvam com
bens públicas, sejam eles agentes públicos ou particulares (letra A errada).
Sobrepor-se aos demais cidadãos é uma afronta clara ao princípio da
moralidade e ao dever de probidade (letra B errada). O dever que exige que
do administrador público a atuação com ética, honestidade e boa-fé, é o dever
de probidade, e não o dever de eficiência, que exige elevado padrão de
qualidade na atividade administrativa (letras D e E erradas). Gabarito: Letra
C.
Veremos agora as três formas básicas pelas quais o Estado se organiza para
a execução de suas tarefas:
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DESCENTRALIZAÇÃO DESCONCENTRAÇÃO
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Comentários:
Na desconcentração tudo ocorre internamente, sem a criação de novas
pessoas jurídicas (letra A errada). A descentralização pode ocorrer por meio
da delegação de atividade administrativa a uma pessoa física, quando se dá
através de autorizações, permissões ou concessões (letra B certa). A
desconcentração refere-se à repartição de funções entre órgãos de mesma
hierarquia da administração pública (letra C errada). A descentralização pode
se dar também mediante a transferência de competências para pessoas
jurídicas de direito privado, como as empresas públicas e sociedades de
economia mista (letra E errada). Com duas respostas certas, a questão
deveria ter sido anulada, mas banca considerou certa apenas a alternativa D.
Gabarito: Letra D.
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Comentários:
Lembre-se que quando a descentralização inclui a transferência da
titularidade e da execução, ela ocorre por outorga e se dá através de lei. É o
que acontece quando a descentralização é feita para entidades da
Administração Indireta, como uma autarquia. Gabarito: Errado.
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Comentários:
As fundações podem ser de direito público ou privado, não possuem natureza
meramente administrativa e nem sempre são criadas por lei específica (só as
de direito público são) (letra A errada). Entidades estatais são pessoas
jurídicas de direito público que integram a estrutura constitucional do Estado
e possuem poderes políticos e administrativos. No Brasil são então os entes
federados, ou seja, União, estados, DF e municípios (letra C errada).
Entidades paraestatais são aquelas que não pertencem nem à administração
direta e nem à indireta, mas realizam atividades de interesse público ou
coletivo, tais como os serviços sociais autônomos (SESC, SESI, SENAI, etc.)
e as organizações sociais (letra D errada). Organização empresarial é um
conceito que engloba qualquer organização privada, e não aquelas trazidas
pelo enunciado (letra E errada). Gabarito: Letra B.
Comentários:
Isso mesmo. A divisão entre Administração Direta e Indireta, e a composição
desta última, foi oficialmente trazida pelo Decreto nº 200/1967, e a
alternativa C trouxe a redação literal do seu artigo 4º. Mas lembre-se que
antes dele já havia entidades descentralizadas desde a reforma feita pelo
DASP, na década de 30, que introduziu as agências estatais descentralizadas.
Gabarito: Letra C.
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Comentários:
As associações públicas, ou autarquias associativas, são os consórcios
públicos, regidos pela Lei nº 11.107/2005. Seu decreto regulamentador
define consórcio público como “pessoa jurídica formada exclusivamente por
entes da Federação, para estabelecer relações de cooperação federativa,
inclusive a realização de objetivos de interesse comum, constituída como
associação pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza
autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos”.
Assim, enquanto associação pública, trata-se de pessoa jurídica de direito
público interno da administração indireta. Gabarito: Letra A.
Comentários:
As agências reguladoras obtiveram destaque a partir da reforma gerencial
dos anos 90, quando passaram a ser responsáveis pela regulação e
fiscalização das empresas que atuam em setores onde há a ocorrência de
monopólio natural, como as telecomunicações e a distribuição de energia,
muitas delas recém privatizadas. Portanto, não se limitam ao controle de
empresas públicas. Gabarito: Errado.
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Comentários:
Existem fundações públicas de direito público e privado. As de direito privado
têm sua criação autorizada por lei, enquanto os órgãos da administração
direta são criados diretamente pela lei (letra A errada). Quando não
estiverem prestando serviço público, as empresas estatais não permaneçam
submetidas ao regime especial de execução típico da administração direta,
que pode contar com artifícios como o pagamento de sentenças através de
precatórios e a impenhorabilidade de bens (letra B errada). As delegatárias
de serviços públicos são particulares que recebem do Estado a incumbência
de prestar algum serviço público. Portanto, não se confundem com as
autarquias (letra C errada). As sociedades de economia mista admitem
participação privada no seu capital, porém as empresas públicas não (letra D
errada). Gabarito: Letra E.
7. DICA DE OURO
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Princípios constitucionais:
1. Legalidade
2. Impessoalidade
3. Moralidade
4. Publicidade
5. Eficiência
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8. Poder Regulamentar.
9. Poder Hierárquico.
10.Poder de Polícia.
11.Poder Disciplinar.
DESCENTRALIZAÇÃO DESCONCENTRAÇÃO
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10.Gabarito
11 – C 12 - D 13 - C 14 - C 15 - C
16 – C 17 - D 18 – E 19 - C 20 – A
21 – C 22 – C 23 – B 24 – C 25 – A
26 - E 27 - E
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