Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DIREITO
ADMINISTRATIVO
FAVIVA
Vitória 2024/1
PROFESSOR FABIO BRAMBILLA – DIREITO ADMINISTRATIVO I
Olá, pessoal!
Esta apostila será outro material a ser disponibilizado para amparar sua trilha de
sucesso. Trata-se da junção entre o entendimento sobre os temas de autores
consagrados, a minha experiência profissional e a jurisprudência vigente. Será
a compilação do conteúdo que será exposto em sala de aula e servirá como base
aos seus estudos. A apostila não exclui a leitura complementar de obras do
Direito Administrativo (sugestões no final dessa apostila) ao contrário, a
diversificação de fontes ajudará ao seu desenvolvimento profissional.
Você verá que esse conteúdo é extenso, mas imprescindível a sua formação.
Assim, sem mais delongas, vamos trabalhar!
PROFESSOR FABIO BRAMBILLA – DIREITO ADMINISTRATIVO I
1.1 Conceito
Guarde isso: o poder é uno e seu titular é o povo! Logo, todo poder deve ser
usado em prol do povo, ou seja, do coletivo, da sociedade.
Ao longo da história dos países democráticos o poder foi sendo dividido para
evitar o autoritarismo ou o absolutismo. Ao partilhar o poder entre diversos atores
e criar um sistema de controle entre eles (“checks and balances” ou sistema de
freios e contrapesos) o povo garantiu que o seu poder não fosse usurpado por
um aproveitador.
Guarde isso: o conjunto dos três Poderes é denominado Estado (com o “E”
maiúsculo) não se confundido com o estado (com “e” minúsculo) enquanto
divisão territorial (estado do Espírito Santo, estado da Bahia, estado do Acre...).
Vamos refletir!!!
Para que a rua da sua residência seja limpa é necessário um caminho a ser
trilhado pela administração pública. Primeiro é necessário arrecadar os recursos
(tributos). Em seguida prever o gasto com a limpeza urbana e outros (muitos
outros!) serviços, tratando-se da fase de planejamento conhecido como
orçamento público. Como existem mais demandas que recursos são colocados
para aprovação do povo e por intermédio de seus representantes (audiência
públicas, processo legislativo, votações legislativas, sanções etc.). Após
aprovado o uso do recurso abre-se o procedimento de contratação (licitação e
contrato). A partir do contrato assinado inicia-se a execução do serviço de
limpeza urbana das ruas do seu bairro. Esse é um exemplo simplório e resumido
sobre como a administração pública chega até o seu dia a dia.
Vamos refletir!!
Assim:
Cabe ressaltar que a Lei 9784/99 prevê os poderes Legislativo e Judiciário como
integrantes da Administração Pública, quando em suas funções administrativas
que são atípicas conforme visto, acompanhe:
Desta forma, assim como o poder é uno e exercido dividido (critérios funcional
e territorial) e o mesmo raciocínio deve ser utilizada a administração pública.
Assim como ocorre com os outros ramos do Direito as principais fontes do Direito
Administrativo são a lei, a jurisprudência, a doutrina e os costumes:
PROFESSOR FABIO BRAMBILLA – DIREITO ADMINISTRATIVO I
Mas, fica o alerta para o espaço que a jurisprudência vem dedicando ao Direito
Administrativo no Brasil. Não há dúvidas que somos um país de “Civil Law”, e o
princípio da legalidade presente na Constituição Federal está aí para não deixar
restar dúvidas. Porém, o avanço da jurisprudência nos dá “pitadas” de “Common
Law” e seus precedentes.
Mas, é importante separar aqui as duas esferas de interesses públicos. São elas:
II) Interesse público secundário: é aquele que possui o Estado como destinatário.
Trata-se do cuidado que o Poder Público deve ter em relação ao erário público.
Quando um interesse particular entre em confronto com um interesse público
secundário caberá o debate sobre quem deve prevalecer. Logo, nestes casos,
não haverá a supremacia do interesse público e caberá o debate. Ex: demora do
Estado em pagar seus precatórios
Para não restar dúvidas sobre interesse público primário e secundário veja o que
o Ministro Luís Roberto Barroso escreveu sobre o tema:
Fonte: https://m.vitoria.es.gov.br/noticias/vandalismo-contra-o-patrimonio-
publico-gera-prejuizos-aos-moradores-da-capital-3327
Mas, o que isso significa? Que para permitir a Administração Pública atuar o
número de normas é enorme. Veja este exemplo: o Instituto Brasileiro de
Planejamento e Tributação - IBPT elaborou em 2019 um estudo profundo e
completo que identificou a existência de 403.322 normas tributárias brasileiras
em vigor.
PROFESSOR FABIO BRAMBILLA – DIREITO ADMINISTRATIVO I
Isso mesmo que você leu! São mais de quatrocentas mil normas em vigência no
direito tributário atualmente no país. Você pode ver essa e outras informações
do estudo no seguinte endereço: https://ibpt.com.br/quantidade-de-normas-
editadas-no-brasil/.
(aquela que não só pacifica uma questão como vincula a sua execução pelo
Poder Judiciário e a Administração Pública). Veja:
Foi pensando neste princípio que nasceu a Lei nº 12.527/2011, conhecida como
Lei de Acesso à Informação – LAI. Ela regulamenta o direito, previsto na
Constituição, de qualquer pessoa solicitar e receber dos órgãos e entidades
públicos, de todos os entes e Poderes, informações públicas por eles produzidas
ou custodiadas.
A própria lei já prevê quais informações a população poderá ter acesso. Com a
Lei de Acesso, a publicidade passou a ser a regra e o sigilo a exceção. Dessa
forma, as pessoas podem ter acesso a qualquer informação pública produzida
ou custodiada pelos órgãos e entidades da Administração Pública. A Lei de
Acesso, entretanto, prevê algumas exceções ao acesso às informações,
notadamente àquela cuja divulgação indiscriminada possa trazer riscos à
sociedade ou ao Estado.
Vamos refletir!
O cerne deste princípio visa não prejudicar o atendimento à população, uma vez
que os serviços essenciais não podem ser interrompidos. Serviços públicos
como fornecimento de água, energia elétrica e gás atendem necessidades
permanentes e não podem parar.
quem presta serviços públicos essenciais. Porém, este direito é garantido pelo
Art. 37, VII, da CF 88, mas se exige a criação de lei específica até o momento
não editada (norma de eficácia limitada).
Veja que o STF decidiu sobre o tema ao ser provocado nos Mandados de
Injunção n.ºs 670/ES e 708/DF e afirmou que na ausência de lei específica o
servidor público deve dispor da norma que rege o direito de greve dos trabalhos
da iniciativa privada, a saber:
Mas, o mesmo STF firmou tese no sentido que é legal o desconto dos dias de
paralisação dos servidores, confira:
Desta forma, os servidores públicos poderão realizar greve desde que não
afetados os serviços essenciais e com a possibilidade de descontos dos dias
parados.
Esta súmula será analisada com detalhes quando do estudo sobre atos
administrativos.
Como dito o rol dos princípios da Administração Pública é grande, porém, neste
momento o mais importante é focar nos mais cobrados na rotina do Direito
Administrativo e nossa missão foi cumprida. Vamos em frente!
3. Poderes Administrativos
3.1 Conceito
Assim, para realizar a sua missão é imprescindível que o Estado forneça aos
seus agentes os poderes necessários a correta execução.
Assim, não confunda: quando a questão fizer menção aos atos exclusivos do
Chefe do Poder Executivo se tratará do poder regulamentar e caso se refira a
atos de outras autoridades estará se referindo ao poder normativo.
É importante que você saiba que a vinculação a lei pela Administração Pública
gera um debate intenso se realmente trata-se de um poder (exercício de uma
prerrogativa) ou de um atributo de poder (correto uso da lei).
A defesa da vinculação à lei como poder passa pelo fato de que a Administração
Pública possui a força de exigir a previsão legal. Para quem defende o contrário,
o argumento é que essa força de exigência é na verdade uma limitação a
vontade do agente público que só pode executar o que for permitido em lei.
Assim, a atuação estatal possui como limite a própria lei. Ex: autorização de
fechamento de rua para realização de festa junina. Este exemplo mostra que se
a Administração Pública entender ser oportuno e conveniente poderá autorizar
o fechamento da rua para que a comunidade possa realizar o evento, porém,
caso entenda que serão gerados transtornos no trânsito poderá negar a
autorização.
Perceba que o secretário municipal irá emitir ordens para corrigir eventuais erros,
para expandir bons exemplos de uma unidade para todas as outras, verificará
as possibilidades de melhoria, etc. Aqui não se fala em punição a atos irregulares
ou ilegais, pois essa é uma tarefa para o poder disciplinar.
Vamos refletir!
O poder de polícia pode ser exercido por intermédio de ato geral (sem
destinatário certo) ou ato individual (quando visa atingir pessoa destinatário
certo).
Por fim, cabe ressaltar que as sanções aplicadas decorrentes do poder de polícia
podem ir muito além da aplicação de multa, alcançando desde o encerramento
em definitivo das atividades e até a demolição de imóvel. Isso porque ao fim o
que se espera é a proteção dos interesses coletivos e detrimento dos interesses
particulares, ou seja, é a supremacia do interesse público sobre o interesse
privado.
4. Atos Administrativos
4.1 Conceito
Ato administrativo é uma espécie de ato jurídico (gera efeitos jurídicos) e por isso
tem consequências: adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e
declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.
Perceba que:
Vamos refletir!
Existem atos da administração pública que não são atos administrativos. Ex:
locações, contratos, alienação de bens imóveis, etc. Isso porque para serem atos
administrativos eles precisam estar sob o regime jurídico de direito público e não
em uma relação privada (regime jurídico de direito privado).
Vamos refletir!!
Este é um tema que também demanda debates na doutrina. Isso porque para
uma corrente minoritária nem todos os atos administrativos, como por exemplo
se todos os atos são dotados de autoxecutoriedade. Mas, será seguido o
entendimento majoritário sobre o tema.
A de autoexecutoriedade
T de tipicidade e
I de imperatividade
Vamos refletir!!
PROFESSOR FABIO BRAMBILLA – DIREITO ADMINISTRATIVO I
Fonte: https://www.migalhas.com.br/depeso/396061/sistema-de-justica-
criminal-deve-dar-bastas-a-brutalidade
Este é um assunto “quente” que estará em debate nos próximos anos. Sugere-
se uma leitura de outros artigos e produções acadêmicas sobre o tema para
formar a sua opinião sobre o assunto.
Todo ato pode ser delegado? Não! A Lei 9.784/99 (Lei do Processo
Administrativo no âmbito da Administração Pública Federal) estabelece em seu
artigo 13 que:
Vamos refletir!
Mas, ressalta-se que a regra é o ato ser escrito. Editais, portarias, decretos entre
tantos outros são exemplos de atos administrativos escritos.
Certo é que o Administrador não poderá atuar com desvio de finalidade sob pena
de nulidade do ato administrativo.
CO = competência
MO = motivo
FI= finalidade
PROFESSOR FABIO BRAMBILLA – DIREITO ADMINISTRATIVO I
FORMA = forma
NÃO SE ESQUEÇA!!!
Perceba que em nosso “COMO FICO em FORMA” o início e o fim são sanáveis
(competência e forma) e o recheio é insanável (finalidade, motivo e objeto).
Vamos refletir!
a) Abuso de Poder:
Logo, o abuso de poder ocorrerá quando o agente não possui competência para
exercer um ato (excesso de poder) ou quando o ato é praticado com um fim
diverso do previsto em lei (desvio de poder ou de finalidade).
b) Vícios de competência
b.1) Incompetência:
Ocorre quando a prática do ato não se insere nas atribuições previstas em lei
para aquele agente. Há três formas de manifestação:
PROFESSOR FABIO BRAMBILLA – DIREITO ADMINISTRATIVO I
II) Função de fato: exercida pelo “agente de fato”, que é aquele que possui
relação com a Administração, mas a sua investidura não ocorreu de forma
regular. Por exemplo, uma pessoa foi investida em cargo público de nível
superior, mas depois constata-se que o diploma de formação era falso. Nesse
caso, os atos praticados pelo agente de fato são contemplados pela teoria da
aparência de legalidade, sendo considerados válidos.
III) Usurpação de poder: ocorre quando uma pessoa pratica ato administrativo
sem ter qualquer forma de investidura na função pública. Um exemplo seria uma
multa aplicada por uma pessoa que comprou um uniforme falso e se passou por
agente de trânsito. Nesse caso, o ato é considerado inexistente.
b.2) Incapacidade:
c) Vício de finalidade
d) Vício de forma
I) A forma prevista em lei não foi observada: por exemplo, quando a lei exige a
forma de “decreto” e a administração utiliza uma “resolução” para publicar uma
norma.
e) Vício de motivo
II) Inexistente: quando o motivo alegado não existiu. Ex: se a administração pune
um servidor sem que ele tenha cometido qualquer infração, o motivo será
inexistente.
Atos de Império: são aqueles atos praticados pela Administração Pública com a
prerrogativa de autoridade, ou seja, com poder de império, colocando-se numa
posição de superioridade com relação ao administrado. Ex: a interdição de uma
obra irregular.
Atos de gestão: estes atos são praticados pela Administração para a sua
organização, mas em pé de igualdade com o administrado, ou seja, a
administração se coloca de maneira horizontal na relação jurídica estabelecida
com o particular.
Atos compostos: quando dois ou mais órgãos precisam um dos outros para gerar
um ato, a vontade de um órgão é sempre instrumental em relação a do outro,
não se confundindo com os atos complexos, naqueles existem vontades que
geram apenas um ato, aqui a manifestação de um é necessária para a gerar a
manifestação do outro. Ex: parecer de um Advogado da União ou Procurador de
Estado que é aprovado pelo Consultor Jurídico do Ministério ou Secretaria.
Ato Discricionário – o ato possui apenas parte dos pressupostos na lei, como
competência, finalidade e forma, devendo ser preenchido pelo administrador o
que está indefinido, com razoabilidade e proporcionalidade. Ex: autorização para
funcionamento de feira em rua de um bairro. Perceba que esta espécie de ato
possui caráter precário, podendo ser revogada caso a Administração Pública
entenda que o critério de oportunidade ou de conveniência não está mais sendo
atendido.
Aqui fica uma dica prática importante sobre ato administrativa: alvará é o nome
do instrumento e licença ou autorização é o conteúdo. Vale citar, aqui, a
professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, que ensina:
Vamos refletir!
e) Renúncia: é quando o particular por sua própria iniciativa desiste do seu direito
e pede a extinção unilateral do ato. Ex: A comunidade declina de fazer a festa
junina autorizada com o fechamento da rua do bairro por motivo de chuvas.
Convalidação
Vamos refletir!
5. Agentes Públicos
5.1 Conceito
O termo “agente público” é uma referência ampla que comporta vários tipos, ou
seja, é gênero com várias espécies, a saber:
Súmula 20 STF
Entenda
Votos
O caso
Fonte:https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/maioria-do-stf-
e-contra-permitir-demissao-sem-justificativa-em-empresa-publica/
Caso a demissão ocorra “sem justa causa” poderá ser anulada pelo Poder
Judiciário ou pela própria administração pública.
Vamos refletir!
salário-mínimo – Art. 7º, IV, CF 88). O teto remuneratório considera que o agente
público deve buscar atender o interesse social, não o enriquecimento pessoal.
Vamos refletir!
Outra coisa importante: apesar do disposto no art. 37, XI, da CF/88, a Carta
Magna possibilita aos Estado e ao Distrito Federal, mediante emenda à
Constituição Estadual ou à Lei Orgânica do DF, estabelecerem outro valor para
o teto remuneratório.
Outro ponto importante para você ficar atento é sobre a remuneração dos
empregados públicos das empresas estatais.
Assim, pode-se dizer, de forma simplificada, acerca das empresas estatais, que
apenas as dependentes se submetem ao teto remuneratório do serviço público.
Vamos refletir!
CHRISTINA LEMOS | Do R7
05/04/2022 - 16H46 (ATUALIZADO EM 05/04/2022 - 21H39)
porque como visto ele é a referência constitucional para diversas outras carreiras
públicas.
Vamos refletir!
Vamos refletir!
Assim, por exemplo, caso uma pessoa acumule o cargo de Auditor de Controle
Externo do Tribunal de Contas com o cargo de Professor Universitário da UFES,
ela poderá atingir o teto remuneratório dos dois cargos. Ou seja, poderá perceber
até o subsídio dos Ministros do STF relativamente ao cargo de Auditor e até o
subsídio dos Ministros do STF relativamente ao cargo de Professor.
Ademais, vale ressaltar que nos casos de acumulação de cargo público com os
proventos de aposentadoria, quando lícita a acumulação, adota-se a mesma
lógica supracitada. Nesse sentido, vale a regra de que tudo que é acumulável na
atividade também o é na inatividade.
Olhando para baixo e não mais para o teto para que você saiba de uma coisa
importante: o salário base do serviço público pode ser menor que um salário-
mínimo. Porém, a remuneração final deve ser igual ou maior que o salário-
mínimo. Fique atento, pois essa “pegadinha” foi tema de questão objetiva do
Exame da Ordem em 2022.
Por fim: o tema teto remuneratório é recorrente nos exames da Ordem pelo
simples motivo de ser alvo de diversas ações populares. Qualquer cidadão
poderá impetrar a ação contra abusos remuneratórios dos agentes públicos. Isso
é o que diz o art. 1º da Lei 4.717/1965 (Lei da Ação Popular), a saber:
Fonte: https://jc.ne10.uol.com.br/politica/2023/01/15161344-acao-popular-
pede-suspensao-da-sessao-e-de-auxilios-para-deputados-estaduais-em-
pernambuco-imoralidade-absoluta.html
Súmula 6 STF
A revogação ou anulação, pelo poder executivo, de
aposentadoria, ou qualquer outro ato aprovado pelo tribunal de
contas, não produz efeitos antes de aprovada por aquele
tribunal, ressalvada a competência revisora do judiciário.
Súmula 11 STF
PROFESSOR FABIO BRAMBILLA – DIREITO ADMINISTRATIVO I
Súmula 18 STF
Pela falta residual, não compreendida na absolvição pelo juízo
criminal, é admissível a punição administrativa do servidor
público.
Súmula 21 STF
Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem
demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de
apuração de sua capacidade.
Súmula 22 STF
O estágio probatório não protege o funcionário contra a extinção
do cargo.
Súmula 25 STF
A nomeação a termo não impede a livre demissão pelo
presidente da república, de ocupante de cargo dirigente de
autarquia.
Súmula 36 STF
Servidor vitalício está sujeito à aposentadoria compulsória, em
razão da idade.
Súmula 39 STF
À falta de lei, funcionário em disponibilidade não pode exigir,
judicialmente, o seu aproveitamento, que fica subordinado ao
critério de conveniência da administração.
PROFESSOR FABIO BRAMBILLA – DIREITO ADMINISTRATIVO I
Súmula 47 STF
Reitor de universidade não é livremente demissível pelo
presidente da república durante o prazo de sua investidura.
Empregados Públicos
Súmula 20 STF
É necessário processo administrativo com ampla defesa, para
demissão de funcionário admitido por concurso.
Concurso Público
Súmula 15 STF
Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado
tem o direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem
observância da classificação.
Súmula 17 STF
A nomeação de funcionário sem concurso pode ser desfeita
antes da posse.
Vamos refletir!
Guarde isso: a LIA revelou uma preocupação com a saúde financeira das
empresas punidas para evitar sua falência. Isso porque, por vezes, deve-se punir
mas sem esquecer de preservar o interesse público (empregos, renda,
impostos...).
Vamos refletir!
A LIA não está protegendo a empresa infratora, mas tão somente buscando
preservar o interesse público. Na responsabilização da pessoa jurídica, deverão
ser considerados os efeitos econômicos e sociais das sanções, de modo a
viabilizar a manutenção de suas atividades.
PROFESSOR FABIO BRAMBILLA – DIREITO ADMINISTRATIVO I
Vamos refletir!
Para fechar essa parte da matéria: quem são essas entidades privadas que
recebem recursos públicos? São as Organizações Sociais – OS (contrato de
gestão) e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP (termo
de parceria).
A própria LAI já apresenta alguns direitos. Esse rol não é exaustivo, mas servem
para balizar o correto uso da norma. Estão presentes no artigo 7º, assim
expostos:
I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de
acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontrada ou
obtida a informação almejada;
II - informação contida em registros ou documentos, produzidos
ou acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não
a arquivos públicos;
III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou
entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus
órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado;
IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada;
V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e
entidades, inclusive as relativas à sua política, organização e
serviços;
VI - informação pertinente à administração do patrimônio
público, utilização de recursos públicos, licitação, contratos
administrativos; e
VII - informação relativa:
PROFESSOR FABIO BRAMBILLA – DIREITO ADMINISTRATIVO I
b) Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela
parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de
certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo;
forma, dispõe a Lei que os órgãos e entidades públicas deverão utilizar todos os
meios e instrumentos legítimos de que dispuserem, sendo obrigatória a
divulgação em sítios oficiais da rede mundial de computadores (internet).
Vamos refletir!
Guarde isso: o prazo máximo para resposta não pode ser superior a 20 (vinte)
dias.
Veja que inclusive a recusa, total ou parcial, deverá ocorrer dentro do prazo.
Bem, mas o que será uma informação reservada, secreta e ultrassecreta? Isso
vai depender de quem classifica a informação e seu teor. Logo, são
competentes:
Vamos refletir!
E por qual prazo essas informações ficarão longe do acesso público? A previsão
da lei considera o momento da produção da informação e os prazos são esses:
I – ultrassecreta: 25 anos;
II – secreta: 15 anos; e
III – reservada: 05 anos.
Vamos refletir!
O motivo pelo qual não pode existir sigilo eterno é o interesse social, mesmo que
essas informações sejam relativas as áreas nuclear, aeroespacial, defesa
nacional e na relação com outros países.
Por fim, não se esqueça que o princípio da publicidade deve ser respeitado e
isso afasta o sigilo em algum momento. Logo, não haverá documento ou
informação que será eternamente desconhecida do titular do poder que é o povo.
PROFESSOR FABIO BRAMBILLA – DIREITO ADMINISTRATIVO I
Bibliografia sugerida