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Sumário
Administração pública. Disposições gerais. Servidores públicos. 2
Por fim, cumpre aqui revisar que a Constituição Federal adotou como forma de
Estado a federação, integrada por diferentes centros de poder político.
Desta forma, temos o poder político central (União), poderes políticos regionais
(Estados) e poderes políticos locais (Municípios), além do Distrito Federal, que
acumula competências regionais e locais em caráter sui generis (CF/88, art.
32).
Nesse cenário, a disciplina constitucional relativa à administração pública, salvo
disposição em contrário, alcança a administração pública federal (União), a
administração pública distrital (Distrito Federal), as administrações públicas
1
Vinculam-se, por exemplo, às regras remuneratórias e de aposentadoria gerais, assim
como aos princípios da administração pública, dentre outras imposições.
(3) Além dos princípios explícitos, a administração pública também é regida por
outros princípios que não constam expressamente no texto constitucional. São
Parcialmente, nas
Sim condições e percentuais
mínimos previstos em lei
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
(1) Em âmbito federal este percentual é de até 20% (Lei nº 8.112/1990, art.
5º, §2º).
E se o concurso federal for para provimento de, por exemplo, apenas 3
vagas, o que fazer?
Nesses casos, resta pacificado por nossa Corte Maior que a reserva acima
aludida é inviável, uma vez que a delimitação de qualquer quantitativo
promoveria majoração da porcentagem máxima prevista (MS 26.310/DF).
Estrutura organizacional do Presidente da República (CF, art. 61, §1º, II, “a”)
Poder Executivo Federal
Estrutura organizacional da Câmara dos Deputados (CF, art. 51, IV) – SVPR
Câmara dos Deputados
Estrutura organizacional do Cada tribunal (CF, art. 96, II, “b”) [aplica-se
Poder Judiciário analogamente ao Tribunal de Contas da União,
mesmo não sendo órgão do Judiciário] – SVPR
STF – Súmula Vinculante nº 37 – Não cabe ao poder Judiciário, que não tem
função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o
fundamento de isonomia.
Por seu turno, equiparar é estabelecer uma conexão entre carreiras, de forma
que o reajuste de uma encadeie automaticamente, numa relação de igualdade
horizontal, o de outra.
(1) Aqui pediremos vênia para ilustrar as três alíneas do inciso XVI em conjunto
com demais disposições ao longo do texto constitucional que definem outras
hipóteses de acumulação lícita remunerada de cargos públicos.
(2) De acordo com jurisprudência do STF (RE 612.975 e 602.043), nos casos
constitucionalmente autorizados de acumulação de cargos, empregos e funções,
a incidência do artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal, pressupõe
consideração de cada um dos vínculos formalizados, afastada a observância do
teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do agente público.
Vale dizer, deve ser aplicado o teto remuneratório constitucional de forma
isolada para cada cargo público acumulado, nas formas autorizadas pela
Constituição.
(3) Por fim, já é pacífica a posição do STF de que não é possível a acumulação
tríplice de cargos públicos (ARE 848.993 RG).
(1) Todas aqueles entidades que de algum modo foram criadas com recursos
do Erário público ou dele dependem para sua manutenção estão sujeitas à
vedação acima.
(1) Este dispositivo não está regulamentado em nível único. Vale dizer, a
“precedência na forma da lei”, ao menos por enquanto, se apresenta difusa e
de formas variadas no nível da União, de cada Estado, do DF e dos Municípios.
Ainda assim, genericamente, podemos extrair que os servidores fiscais terão
precedência no acesso a informações e lugares (particulares e públicos), a
recursos do erário para desenvolver suas atividades-fim (vide o art. 167 IV),
dentre outros. Observe-se que a atividade por eles desempenhada é de
fundamental importância para a própria existência do Estado. Daí o comando
constitucional.
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
(1)
Depende diretamente
Autarquia
de lei
Criação de
Empresa Pública + Depende de
Sociedade de Economia autorização e
Mista + Fundação indiretamente de lei
(1) O ato nulo, como regra, contém vício insanável em um dos seus
elementos constitutivos (finalidade, forma, motivo, objeto e competência).
(1) Prescrição é a extinção da pretensão legítima que alguém tinha para agir
visando a proteger ou a reparar um direito violado.
Em matéria de ilícitos, a prescrição extingue a punibilidade, que nada mais é
que a possibilidade de punição do agente que cometeu o ilícito.
Contudo, ao contrário das demais sanções possíveis, o ressarcimento
ao erário, fruto de conduta lesiva, ativa ou omissiva, dolosa ou culposa, é
imprescritível!
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que
trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório
previstas em lei.
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado
aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às
respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio
mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos
Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste
parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
(i) a definição de um subteto por Poder, hipótese em que o teto dos servidores
da Justiça corresponderá ao subsídio dos desembargadores do Tribunal de
Justiça (art. 37, XI); e
(ii) a definição de um subteto único, correspondente ao subsídio mensal dos
desembargadores do Tribunal de Justiça, para todo e qualquer servidor de
qualquer Poder.
A atenção deve ser dada ao fato que a possível uniformização do teto das
remunerações no âmbito dos Estados e DF se aplica não se aplica aos subsídios
dos Deputados Estaduais, Distritais ou Vereadores, cujas regras estão nos
artigos 25 e 29 da Carta Magna.
§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para
exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com
a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto
permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e o nível de
escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo
de origem.
(1) A justificativa para tal dispositivo é que, anteriormente, era possível que o
servidor permanecesse no exercício do cargo do qual decorreu a aposentadoria,
o que em muitos casos resultava na percepção simultânea de proventos de
aposentadoria com a remuneração do cargo ou emprego, situação que agora é
tolhida.
(1) O parágrafo acima poderia ser resumido em: agentes políticos e membros
de Poder serão remunerados por subsídio.
Adotando a lição de Alexandrino e Paulo (2012), podemos resumir (para
fins meramente ilustrativos):
(1) Conforme será descrito mais adiante, o art. 40, §2º, já acabava por vedar
a incorporação de vantagens (inclusive remuneratórias) de caráter temporário
à remuneração do cargo efetivo quando da aposentadoria do servidor.
Ocorre que diversos entes editaram leis possibilitando que, durante o
tempo de regular exercício do cargo, o servidor poderia incorporar vantagens
de caráter temporário ou vinculadas ao exercício de função de confiança ou de
cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo.
Vale dizer, suponhamos que dado servidor percebesse R$ 4.000 a título
de remuneração do cargo efetivo. Suponha-se ainda que ele ocupou por 5 anos
cargo em comissão que lhe remunerava R$ 2.000. Em diversos entes, após
preencher alguns requisitos, era possível incorporar esse “extra” à remuneração
do cargo efetivo, enquanto o servidor não se aposentasse.
Agora, com o novo §9º do art. 39, trazido pela EC nº 103/2019, essas
incorporações são vedadas, mesmo durante o período de atividade.
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos
efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do
respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de
pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial.
Solidário Contributivo
Todos (ente público, Por meio das espécies
servidores ativos, inativos e Regime Próprio de tributárias do gênero
pensionistas) contribuem para Previdência Social Contribuições Especiais
a sustentação do Regime (Sociais - Para Seguridade
* Uma diferença: no RGPS Social)
não incide contribuição sobre
aposentadorias e pensões
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de
inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou
empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a
contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante
resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo
acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei
de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.
(1) Exemplo:
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
(1) A estabilidade é instituto que se justifica uma vez que as carreiras públicas
devem gozar de certa proteção em relação aos governos (transitórios) e a
eventuais pressões externas de particulares.
A partir da Emenda Constitucional nº 19/1998 (“reforma administrativa”)
e atendendo, sobretudo, ao princípio da eficiência, esse instrumento sofreu
maior flexibilização.
Assim dispõe o §4º do supracitado artigo:
(1) Este parágrafo deve ser concatenado ao art. 169, §§3º e 4º:
(2) E o servidor concursado, porém não estável? Pode ele perder o cargo de
qualquer forma?
Não.
É necessário processo administrativo com ampla defesa, para demissão de
servidor admitido por concurso (Súmula nº 20 do STF).
(1) Uma ilustração bastante sintética (os detalhes devem ser estudados em
Direito Administrativo) pode nos ajudar a melhor analisar o supracitado
parágrafo.
Em âmbito federal, a Lei nº 8.112/1990 apresenta as seguintes formas de
provimento (originário e derivado) de cargo público:
SEÇÃO III
DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS
Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares,
instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios,
além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40,
§ 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual específica dispor sobre
as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas
pelos respectivos governadores.
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios aplica-se o que for fixado em lei específica do respectivo ente estatal.
§ 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios o
disposto no art. 37, inciso XVI, com prevalência da atividade militar.
(1)
Art. 14, §8º → Estabelece condições para elegibilidade dos militares
Art. 40, §9º → Estabelece o tempo de contribuição para efeito de aposentadoria
e o de serviço para disponibilidade
Art. 142, §2º → Estabelece que não caberá habeas corpus em relação a punições
disciplinares militares
Art. 142, §3º → Traz disposições gerais para os militares
O estudo geral dos militares é feito na aula que trata da defesa do Estado e das
instituições democráticas.