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Aula 1 - Texto
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DIREITO ADMINISTRATIVO
A Nova Gestão Pública, identificada como Gestão para o Século XXI, é uma
proposta que se destina a adaptar e melhorar as formas de organização e
funcionamento do Administração Pública, para que o Estado possa cumprir com
eficácia e eficiência os seus fins.
Reconhece que o Estado é o instrumento fundamental para orientar o
desenvolvimento econômico, de qualquer país e que, portanto, é necessário
fortalecer sua capacidade de gestão.
Seu maior desafio é harmonizar as tendências globais de mudança com as
especificidades de cada país, e suas correspondentes divisões territoriais.
A Nova Gestão Pública é definida, também, como um novo contrato, um
novo acordo entre políticos, funcionários públicos e sociedade, para melhorar a
capacidade do Estado na sua tarefa de implementar políticas, em condições
fiscais e financeiras adequadas.
A Nova Gestão Pública surge do reconhecimento da existência de três
grandes problemas que estão presentes nos países da América Latina, que são
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facilmente identificáveis nos níveis nacional, estadual e municipal e que devem
ser considerados como prioridade pelo Estado. São eles: consolidação da
democracia; crescimento econômico; e redução da desigualdade social.
O marco de criação do modelo burocrático no Brasil foi nos anos 1930, com
a criação do Departamento Administrativo de Serviço Púbico (Dasp), no governo
de Getúlio Vargas. O modelo de administração burocrática visava combater à
corrupção e o nepotismo patrimonialista. Pretendia instaurar o poder racional-
legal: as normas e procedimentos universais; o controle rígido dos processos
administrativos; a criação de concurso público; a profissionalização, a promoção
por mérito, a carreira, a hierarquia funcional e a função orçamentária.
A Administração Pública brasileira possui três fases distintas, a do modelo
de administração patrimonialista (período da monarquia e início da República); a
do modelo burocrático adotado pelo governo Vargas para substituir o
patrimonialismo; e por último o modelo gerencial implementado de fato no governo
Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Segundo Bresser-Pereira (2010): “a característica principal do modelo
patrimonialista era o nepotismo e a confusão entre o público e o privado. Já o
modelo burocrático tentava romper e impor a distinção entre o público e o privado
e a separação entre o político e o administrador público”.
Ainda que o pensamento do modelo gerencial exista desde meados dos
anos 50, foi no governo do Fernando Henrique Cardoso que ele foi realmente
implementado na Administração Pública Brasileira. Dentre os principais objetivos
do modelo estaria a readequação do aparato estatal para a promoção eficiente de
justiça social. “A Reforma buscava tornar os administradores públicos mais
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autônomos e responsáveis, e as agências executoras dos serviços sociais mais
descentralizadas” (Bresser-Pereira, 2010).
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TEMA 4 – PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO
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administrativas constituem verdadeiros poderes-deveres instrumentais
para a defesa do interesse público. Por facilidade metodológica, vamos
estudar os importantes poderes administrativos, ao lado de algumas
figuras de intervenção estatal na propriedade privada. (Mazza, 2014)
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REFERÊNCIAS
DINIZI, M. H. Curso de direito civil brasileiro: teoria geral das obrigações. 26.
ed. São Paulo: Saraiva 2011. v. 2.
_____. Curso de direito administrativo. 14. ed. ref. ampl. e atual. São Paulo:
Malheiros, 2002.