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DIREITO ADMINISTRATIVO
DIREITO
ADMINISTRATIVO
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
DIREITO ADMINISTRATIVO
CONTEÚDO DO LIVRO
CONCEITO
Administração que, como parte das estruturas do poder, ocupa uma posição de
proeminência em relação aos particulares. Nas relações que regulam as leis
administrativas aparece invariavelmente um sujeito público. Por isso o direito
administrativo é uma parte do direito público. É ramo do Direito Público Interno uma
vez que disciplina as relações jurídicas em que predominam os interesses do
Estado e disciplina a Administração Pública. Sendo assim, tem por objeto a
administração pública.
É importante lembrar, que o direito público é o que se compõe
predominantemente de normas de ordem pública, que não podem ser modificadas
por acordo das partes, como o direito penal ou o próprio direito administrativo.
O direito administrativo no Brasil, originário do direito francês, tem como
objeto o estudo do estatuto dos órgãos públicos administrativos do Estado, bem
como de toda a estruturação de suas atividades e serviços públicos, e a análise dos
procedimentos tendentes ao cumprimento das tarefas do Poder Público, ou seja, o
direito administrativo além de cuidar da regulamentação dos serviços públicos, tem
como função a execução desses serviços, bem como a regulamentação das
relações existentes entre a Administração Pública e seus administrados.
Assim, podemos concluir que o direito administrativo pode ser definido como
direito público que concentra os princípios e normas jurídicas regentes dos órgãos,
agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a administração pública,
em todos os níveis, sendo a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, bem
como regente das atividades públicas direcionadas a realizar os fins almejados pelo
Estado.
FONTES
• Conceito
• Classificação
têm sempre a configuração determinada por esses fatores, que também encerram
potencialmente as soluções que devem ser adotadas na aplicação das normas
jurídicas.
As Fontes Formais são os meios de expressão do direito, as formas pelas
quais as normas jurídicas se exteriorizam, tornam-se conhecidas. Para que um
processo jurídico constitua fonte formal é necessário que tenha o poder de criar o
direito. Criar o direito significa introduzir no ordenamento jurídico novas normas
jurídicas. O elenco das fontes formais varia de acordo com os sistemas jurídicos e
também em razão das diferentes fases históricas.
As fontes foram divididas em imediata porque está mais próxima e mediata
porque está mais distante.
As fontes materiais imediatas são os Órgãos Legiferantes e a mediata é a
Sociedade.
A fonte material mediata ou remota é a sociedade, pois o direito emana do
grupo social.
Já as fontes formais imediatas são as Leis e as mediatas são a
Jurisprudência, costumes, dentre outros.
• Direito constitucional
com quatro seções, uma das quais dedicadas aos Servidores Públicos, gênero da
espécie funcionário público.
A Constituição mostra as bases do direito administrativo e a atuação da
Administração.
• Direito do Trabalho
https://www.ltreditora.com.br/livros/direito-do-trabalho.html
• Direito civil
• Direito eleitoral
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• Direito Penal
• Conceito de Princípio
• O Princípio da Supremacia
• Legalidade
• Moralidade
• Impessoalidade ou finalidade
O agente público deve exercer seu cargo visando ao interesse público e não
ao interesse pessoal ou de outrem. Esse princípio direciona-se a todos os poderes
de Estado, inclusive ao Poder Judiciário. Ou seja, o administrador público só
devepraticar ato que a norma de direito indica como objetivo do ato. Finalidade de
atender ao interesse público e aos objetivos da lei.
Esse princípio tende a impedir práticas administrativas que beneficiem ou
atinjam interesses particulares como procedimento de baixeza ou vingança. Os
resultados que se buscam com a prática do ato administrativo tem como fim o
interesse geral.
• Publicidade
https://www.portal-administracao.com/2017/11/principios-da
administracao-publica.ht
• Hierarquia
• Fiscalização
• Eficiência
É o princípio que se impõe a todo agente público para que realize suas
atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. A função administrativa
não deve ser desempenhada apenas com legalidade, pois precisa atingir resultados
positivos para o serviço público e prestar satisfatório atendimento das necessidades
da coletividade.
• Princípio da Motivação
Esse princípio obriga o agente público expor as razões fáticas e jurídicas que
sustentam a adoção de qualquer providência, pois todos os atos administrativos
devem ser motivados para que o Judiciário possa controlar à sua legalidade. Na
atualidade, até os atos discricionários precisam da motivação, que pode ser prévia
ou concomitante, sem exigir formas específicas.
• Princípio da Razoabilidade
• Princípio da Proporcionalidade
• Princípio da autotutela
• Princípio da continuidade
• Princípio da especialidade
https://youtu.be/R619VfQcPDE
• ATIVIDADE ADMINISTRATIVA
BENS PÚBLICOS
• Conceito
As coisas abrangem tudo o que há na natureza, exceto a pessoa, mas, como
“bens” só se consideram as coisas existentes que proporcionam utilidade ao
homem sendo suscetíveis de apropriação, constituindo seu patrimônio, que podem
ser os bens corpóreos e os bens incorpóreos. Assim, o patrimônio é o complexo de
relações jurídicas de uma pessoa apreciável economicamente.
Segundo o Código Civil em seu artigo 99, são bens públicos,
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e
praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço
ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,
inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de
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direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas
entidades.
Bens Públicos são aqueles que pertencem às pessoas jurídicas de direito
público interno, à administração direta ou indireta.
Enfim, são os que pertencem a uma entidade de direito público, como bens
pertencentes à União, ao Estado, aos Municípios.
https://www.facebook.com/MPFederal/photos/al%C3%A9m-disso batizar-
bens-p%C3%BAblicos-com-nomes-de-pessoas-vivas-vai-contra-os
princ%C3%AD/778786082268798/
• Classificação
https://slideplayer.com.br/slide/12127660/
ÓRGÃO PÚBLICO
Bens de uso do povo são aqueles que se destinam à utilização geral pelos
membros da coletividade, ou seja, podem ser utilizados sem restrição, de modo
gratuito ou onerosamente, por todos, sem necessidade de qualquer permissão
especial, como ruas, praças, jardins, praias, estradas, etc.
Bens de uso especial são aqueles que visam à execução dos serviços
administrativos e públicos em geral, e que constituem o aparelhamento material da
administração, ou seja, são os utilizados pelo poder público, constituindo imóveis
aplicados ao serviço ou estabelecimentos públicos, destinados às instalações da
Administração e serviços públicos, como escolas públicas, hospitais os quartéis e
os veículos oficiais.
De acordo com o artigo 37 da CF, Órgão público é o centro de competências,
unidade de ação, instituído para o desempenho das funções estatais, por meio de
seus agentes que ocupam cargos públicos, cuja conduta é imputada à pessoa
jurídica de direito público interno a que pertencem.
Assim, órgão público é uma unidade de atuação, integrada por agentes
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Os órgãos públicos podem ser classificados quanto à posição estatal, quanto à sua
estrutura e quanto à atuação funcional. Sendo assim, os órgãos públicos quanto à
posição estatal podem ser: independentes, autônomos, superiores, subalternos.
Os órgãos independentes têm origem na Constituição Federal e representam um
dos três poderes do Estado, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional,
sujeitos tão somente aos controles constitucionais de um sobre o outro.
Os órgãos autônomos são os que se localizam na cúpula da Administração,
ou seja, localizados no alto da estrutura organizacional da administração pública,
abaixo dos órgãos independentes e a eles subordinados. Têm ampla autonomia,
administrativa, financeira e técnica, com função de planejamento, supervisão,
coordenação e controle de atividades, por exemplo, Ministérios, Secretarias
estaduais e municipais.
Os órgãos superiores são os que detêm poder de direção, controle e decisão
sobre assuntos de sua competência, atuando sob subordinação hierárquica, não
fluindo de autonomia financeira. Como exemplo, temos chefias de gabinetes e
inspetorias gerais.
Órgãos superiores são os que detêm poderes de direção, controle, decisão
e comando de assuntos de uma competência específica.
Os órgãos subalternos são todos os demais que se acham sob o comando
dos órgãos superiores ou mais elevados. Ou seja, sujeitos hierárquica e
funcionalmente aos órgãos superiores, tem como atribuição precípua a execução,
não tem autonomia técnica, nem financeira, não têm nenhum poder de decisão,
apenas cumprindo ordens, como exemplo, o almoxarifado da Secretaria do
Ministério da Fazenda, portarias dos prédios públicos; repartições que atendem a
coletividade.
Órgão público colegiado é o que decide e age pela manifestação de
vontade da maioria de seus membros, como o Conselho de defesa Nacional.
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AGENTE PÚBLICO
• Conceito
Portanto, agentes públicos são todos os agentes que, exercendo com caráter permanente uma
função pública em decorrência de relação de trabalho, integram o quadro funcional das pessoas
federativas, das autarquias e das fundações públicas de natureza autárquica. A atividade dos
agentes públicos envolve dois conceitos importantes: cargo público e função pública.
Existem três categorias de agentes públicos: Agentes Políticos, Servidores
Públicos (agentes administrativos) e Particulares em colaboração com o Poder
público.
Tais agentes têm plena liberdade funcional. Não são funcionários públicos
em sentido estrito, pois tem normas específicas para sua escolha e investidura.
Assim, os agentes políticos:
SERVIÇOS PÚBLICOS
• Conceito
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A prestação dos serviços públicos deve estar ao alcance de todos, não podendo
haver discriminação quanto aos usuários, devendo sempre, ser direcionado no
sentido de introduzir melhorias e técnicas novas, em proveito do usuário.
• CONCEITO
sendo, por isso, entendidos como poderes instrumentais e nisso diferem dos
poderes políticos (Legislativo, Judiciário e Executivo) que são Poderes estruturais
hauridos diretamente da Constituição.
Sendo assim, O administrador só poderá usá-los para preservar os
interesses públicos. Se ultrapassar os limites haverá abuso de poder e desvio de
finalidade, que são espécies de ilegalidade.
• Poder vinculado
possível a ser adotado em situações concretas, não existindo um espaço para juízo
de conveniência e oportunidade.
Como exemplo, temos o servidor que ao completar 70 anos, o administrador
tem que aposentá-lo, pois a lei prevê.
Todos os atos administrativos são vinculados quanto aos requisitos
competência, finalidade e forma. Os atos ditos vinculados também o são quanto aos
requisitos motivo e objeto, ou seja, não cabe à Administração tecer considerações
de oportunidade e conveniência quanto a sua prática e nem escolher seu conteúdo.
O Poder vinculado apenas possibilita à Administração executar o ato vinculado nas
estritas hipóteses legais e observando o conteúdo rigidamente estabelecido na lei.
O ato que se desvie minimamente dos requisitos minuciosamente previstos na lei
será nulo e caberá à Administração ou ao Poder Judiciário declarar sua nulidade.
• Poder discricionário
O ato discricionário ilegal poderá, como qualquer ato ilegal, ser anulado tanto
pela administração quanto pelo Judiciário. O que não pode ser apreciado pelo
Judiciário (no exercício de sua função jurisdicional) é o mérito administrativo, que
consiste justamente na atividade valorativa de oportunidade e conveniência que
levou o administrador a praticar o ato, escolhendo seu objeto dentro dos limites
legais.
Da mesma forma, entendendo a Administração inoportuna ou inconveniente
o ato anteriormente praticado, poderá revogá-lo e, enfatize-se, somente pode
revogar um ato quem o haja praticado. Por isso, aliás, deve-se lembrar de que o
Poder Judiciário, e só ele, pode revogar os atos administrativos que ele próprio
tenha praticado o mesmo valendo para o Poder Legislativo, relativamente aos atos
de sua autoria.
• Poder hierárquico
• Poder Disciplinar
sujeitas à disciplina administrativa, é o caso das que com ela contratam. O poder
disciplinar é atribuído a autoridades administrativas com o objetivo de apurar e punir
faltas funcionais, ou seja, condutas contrárias à realização de norma das atividades
do órgão e irregularidades de diversos tipos.
No uso do poder disciplinar, a Administração controla o desempenho das
funções executivas e a conduta interna de seus servidores, responsabilizando-os
pelas faltas cometidas.
• Poder Regulamentar
• Poder de polícia
O ADMINISTRADOR PÚBLICO
• Poder-dever de agir
• Dever de eficiência
É o que se impõe a todo agente público de realizar com suas atribuições com
presteza, perfeição e rendimento funcional. A eficiência funcional é considerada, em
sentido amplo, abrangendo não só a produtividade como também a perfeição do
trabalho e sua adequação técnica aos fins visados pela Administração; a partir disso
que se avaliam os resultados, confrontando-se os desempenhos e aperfeiçoamento
do pessoal por meio de seleção e treinamento. Diz-se então que a verificação de
eficiência atinge os aspectos quantitativos e qualitativos do serviço.
• Dever de probidade
Significa que a atuação do agente público deve ser leal, proba, justa e
honesta, sempre buscando o melhor para a administração.
Está constitucionalmente integrado na conduta do administrador público
como elemento necessário à legitimidade de seus atos; assim, o ato administrativo
praticado com lesão aos bens e interesses públicos também fica sujeito à
invalidação pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário, por vício de
improbidade, que é uma ilegitimidade como as demais que nulificam a conduta do
administrador público.
Improbidade administrativa segundo a Lei 8429/92 são: atos desonestos,
imorais e ilegais - que importam enriquecimento ilícito (art. 9º), que causem prejuízo
ao erário (art. 10) e atentem contra os princípios da Administração Pública (art. 11)
• Excesso de poder
• Desvio de Finalidade
• Omissão da administração
• Competência
Para que o ato administrativo seja válido é necessário que seja editado por
autoridade competente, ou seja, para a prática do ato administrativo a competência
é a condição primeira de sua validade. Pois nenhum ato discricionário ou vinculado
poderá ser realizado validamente sem que o agente disponha de poder legal para
praticá-lo.
Portanto, entende-se por competência administrativa o poder atribuído ao
agente da Administração para o desempenho específico de suas funções. A
competência resulta da lei e por ela é delimitada.
Assim, a competência administrativa, sendo um requisito de ordem pública,
é intransferível e improrrogável pela vontade dos interessados.
• Finalidade
• Forma
demais hipóteses é de rigor o ato escrito em forma legal, sem o quê se exporá à
invalidade.
• Motivo
• Objeto
ATRIBUTOS
• Presunção de legitimidade
Todo o ato administrativo, qualquer que seja sua categoria ou espécie, nasce
com a presunção de legitimidade, independentemente da norma legal que a
estabeleça, em virtude do princípio da legalidade da Administração.
Por essa presunção juris tantum, a execução dos atos administrativos fica
imediatamente autorizada, mesmo havendo vício ou defeito que os levem à
invalidade. O ato administrativo pressupõe sempre um ato válido e, se acabado,
perfeito.
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• Imperatividade
• Autoexecutoriedade
Consiste na possibilidade presente que certos atos administrativos ensejam
de imediata e direta execução pela própria Administração, independentemente de
ordem judicial.
Assim, as prestações típicas como as decorrentes do poder de polícia, em
atos de fiscalização, por exemplo, podem ser exigidas e executadas imediata e
diretamente pela Administração, sem mandado judicial.
Contudo, o reconhecimento da autoexecutoriedade tomou-se mais restrito
em face do art. 5°, LV, da Constituição Federal de 1988 (CF/88), que assegura o
contraditório e ampla defesa inclusive contra os procedimentos administrativos.
• Gerais
• Individuais
• Atos normativos
• Atos ordinários
• Atos negociais
• Atos enunciativos
• Atos punitivos
Atos punitivos são os que contêm uma sanção àqueles que infringem
disposições legais, regulamentares ou ordinatórias dos bens e serviços públicos,
visam a punir e reprimir as infrações administrativas ou a conduta irregular dos
servidores ou dos particulares perante a Administração. Os atos administrativos
punitivos podem ser de atuação externa e interna. Internamente, cabe à
administração punir disciplinarmente seus servidores e corrigir os serviços
defeituosos por meio de sanções estatutárias. Externamente, incumbe-lhe de velar
pela correta observância das normas administrativas.
Dentre os atos administrativos punitivos de atuação externa temos a multa,
a interdição de atividades e a destruição.
Multa administrativa é imposição pecuniária a que sujeita o administrado a
título de compensação do dano presumido da infração, é de natureza objetiva e se
torna devida independentemente da ocorrência de culpa ou dolo do infrator.
Interdição administrativa de Atividade é o ato pelo qual a Administração veda
a alguém a prática de atos sujeitos ao seu controle ou que incidam sobre seus bens,
deve ser precedido de processo regular e do respectivo auto, que possibilite defesa
do interessado.
Destruição de coisas são o ato sumário da Administração pelo qual se
inutilizam alimentos, substâncias, objetos ou instrumentos imprestáveis ou nocivos
ao consumo ou de uso proibido por lei.
• Invalidação
• Anulação
• Revogação
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
• Conceito
fornecimento.
Contrato de atribuição é o que a Administração confere determinadas vantagens
ou certos direitos ao particular, tal como o uso especial de bem público. O primeiro
contrato é firmado no interesse da Administração, o segundo é realizado no do
particular, desde que não contrarie o interesse público. O contrato administrativo é
o contrato firmado entre a Administração e pessoa física ou jurídica, de direito
público ou privado, segundo normas de direito público (com características próprias,
que são as cláusulas exorbitantes, derrogatórias do direito privado), com o propósito
de suprir suas necessidades públicas. Como exemplo, temos o contrato de
fornecimento de merenda escolar. É contrato de adesão, bilateral, formal,
consensual, oneroso, comutativo e o intuitu personae, em certas situações,
personalíssimo.
O contrato administrativo exige licitação prévia, só dispensada, dispensável
ou inexigível nos casos expressamente previstos em lei.
A competência para legislar sobre contratos administrativos é exclusiva da
União nos termos da CF, art. 22, XXVII, que editará normas gerais, às normas
gerais, cabendo às demais entidades da federação a competência para editar
normas específicas.
ESPÉCIES DE CONTRATOS
Contrato de serviço é todo ajuste administrativo que tem por objeto uma
atividade prestada à Administração, para atendimento de suas necessidades ou de
seus administrados.
Os serviços podem ser comuns ou técnicos profissionais (generalizados ou
especializados):
Serviços comuns são todos aqueles que não exigem habilitação para a sua
execução, podendo ser realizado por qualquer pessoa, ou seja, independem de
✓ Contrato de gerenciamento
Para os grandes e complexos empreendimentos de Engenharia tem-se
adotado o contrato de gerenciamento, trata se do contrato pelo qual o Poder Público
transfere ao contratado a condução de um empreendimento (assessoria,
consultoria, fiscalização), conservando a Administração, porém, a capacidade
decisória (os serviços que deverão ser contratados, os custos, a imposição de
penalidades, etc.).
É atividade de mediação, representativo de serviço técnico profissional
especializado, comum nas grandes obras (como nas hidroelétricas, rodovias, etc.).
O contrato de gerenciamento não se confunde com a figura da "Administração
contratada" (que foi objeto de veto presidencial, foi proibida), em que não há
previsão do custo final e a ausência de controle pela Administração. ✓ Contrato de
fornecimento
✓ Contrato de gestão
É o ajuste celebrado pelo Poder Público com órgão ou entidade da
administração direta, Indireta e entidades privadas qualificadas como ONG’s. ✓
Contrato de concessão
Contratos de concessão são contratos pelos quais a administração pública,
titular de um bem, transfere a outrem algumas faculdades inerentes a esse bem.
Ou seja, contrato de concessão é o contrato pelo qual a Administração transfere ao
particular a execução de uma obra pública, a fim de que seja executada por conta
e risco do contratado. A remuneração será paga pelos beneficiários da obra ou
usuários dos serviços dela decorrentes, como ocorre com as praças de pedágio.
Exige a realização de licitação, na modalidade de concorrência, e depende de lei
que o autorize.
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• Formalização
✓ Instrumento do contrato administrativo.
É em regra, termo, em livro próprio da repartição contratante, ou escrituras
públicas, nos casos exigidos em lei.
As regras de formalização se aplicam a qualquer espécie de contrato,
independentemente de regime jurídico, por exemplo, concessão de direito real de
uso tem que ser celebrado por escritura pública.
Além do termo de contrato, obrigatório nos casos que exigem concorrência
e tomada de preços, os ajustes administrativos podem ser formalizados mediante
outros documentos hábeis, tais como, carta contrato, nota de empenho de despesa,
autorização de compra e ordem de serviço. São instrumentos de contrato
administrativo, expedidos pela administração e aceitos pela outra parte, expressa
ou tacitamente, para a formalização do ajuste.
✓ Conteúdo do contrato
É a vontade das partes expressa no momento de sua formalização. Daí a
necessidade de cláusulas que fixem com fidelidade o objeto do ajuste e definam
com precisão os direitos, obrigações, encargos e responsabilidades dos
contratantes, em conformidade com o edital e a proposta vencedora.
✓ Cláusulas essenciais
Todo contrato administrativo possui cláusulas essenciais ou necessárias e
cláusulas acessórias ou secundárias. Pois elas fixam o objeto do ajuste e
estabelecem as condições fundamentais para a sua execução, estas
complementam e esclarecem a vontade das partes.
Assim, são cláusulas necessárias em qualquer contrato administrativo as
que definam o objeto e seus elementos característicos, estabelecem o regime de
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• Execução
• Inexecução
• Revisão
• Rescisão
• Rescisão administrativa
• Princípios da licitação
indireta, somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada à
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de atuação.
Assim, a administração indireta corresponde ao conjunto de pessoas
jurídicas de direito público e privado, cuja finalidade é auxiliar a administração direta
na realização de determinadas atividades.
INDIRETA • Autarquias
• Fundação
Consórcio público
REFERÊNCIAS
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MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 13. ed. São
Paulo: Malheiros, 2001.
______. Curso de Direito Administrativo. 14. ed. São Paulo: Malheiros, 2004.
MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil interpretada, ampliada e atualizada
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MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Curso de direito administrativo. 13. ed. Rio
de Janeiro: Forense, 2003.
NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 28. ed. São Paulo: Forense, 2007.
OLIVEIRA, Juarez de. Comentários ao Código de Proteção do Consumidor. São
Paulo: Saraiva, 1991.
REALE, Miguel. Introdução ao Estudo do Direito. Rio de Janeiro: Forense, 2005.
RODRIGUES, Geraldo Luís Steele. Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Rio,
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SILVA, de Plácido e. Vocabulário Jurídico. Rio de Janeiro: Forense, 15. ed., 1995.
SIMAS, Henrique de Carvalho. Curso elementar de Direito Administrativo. Rio de
Janeiro, Lumen Juris, 1992.
SUNDFELD, Carlos Ari. Ato Administrativo inválido. São Paulo: RT, 1990. VON
IHERING, Rudolf. A luta pelo direito. 21. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002.