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Direito administrativo I

Falou 15-20min sem nós conseguimos ouvi-lo

Constituição vamos usar de forma rotineira.

Còdigo do procedimento administrativo precisamos que vamos usar nas aulas seguintes de
forma habitual e é preciso ter e acompanhar. Precisos de acompanhar as aulas e estudo com
base neste código.

Para avaliação precisamos destes dois elementos de legislação.

Relativamente ao código ele teve alterações em 2020 e então foi revisto em 2015 de forma
significativa e depois teve uma alteração em 2020 portanto que para quem quiser ter o código
tem que adquirir uma edição posterior a 2020.

Here we go again

Quando falamos de administração falamos de uma noção de administração em geral (sentido


comum) – administrar significa aferir recursos escassos através de uma organização, com vista
â prossecução de um fim pré-definido

1.1.1. A noção compreende um duplo sentido:

a) Sentido subjectivo ou orgânico (administrar pressupõe a existência de uma organização);

b) Sentido objectivo (refere-se à tarefa ou ao conjunto de tarefas/actividades desenvolvidas


pela organização).

O direito administrativo influencia a nossa conduta – administração/direito administrativa é o


ramo do direito onde esta ordem jurídica é o relacionamento direito com o cidadão, como
também pessoa coletiva como organizações ou associações.

Relação essa com uma entidade pública (ex.: autoridades governamentais, policiais, locais ou
entidades administrativas).

Ex.: latada, associação de estudantes a relacionar-se com as autoridades públicas.

Estas relação devem ser pacíficas.

Administrar significa gerir (recursos financeiros (disciplina das finanças públicas é essa gestão
de recursos financeiros) e depois gerir toda esta organizatória toda este órgão como os
professores na universidade) – tudo isto é um conjunto organizatório que tem regras (ex.: na
universidade com os regulamentos (das bolsas, para os funcionários, etc.).

Quando falamos num sentido geral serve para o privada e para o público. Geral porque é
comum. Temos que situar uma órbita para o público que é a da sociedade civil que abrange.
Administração pública é a UC, o estado, etc. – são administrações públicas porque são origem
do estado e regem-se na administração pública.

Há o sentido objetivo e subjetivo.

-Administrar pressupõe a existência de uma organização – sentido subjetivo.

-As tarefas, vocação e atividades da organização desenvolvidas, atribuidas e inerentes à


organização (ex.: tarefa da UC é o ensino,etc. e da Câmara é tratar do rio, etc.) – sentido
objetivo.

Para compreender o direito administrativa temos então que entender um dualismo entre um
estado administrativo (esfera do poder) e os que são administrados (esfera dos cidadãos) no
seu sentido individual e coletivo.

1.2. Características típicas da Administração Pública (as notas gerais anteriores permitem
compreender a noção estrita de Administração Pública)

1.2.1. Fins públicos – fins que são inerentes a qualquer atividade organizada em estado – os
fins públicos constituem eles a identidade núclear do modelo de estado que temos. Hoje, os
fins essenciais desta organização constitucional e administrativa é a segurança, a justiça e o
bem estar social.

a) Interesse público primário: finalidades últimas/primárias inerentes a qualquer comunidade


política em cada época histórica (hoje: a Segurança; a Justiça; e o Bem-estar) – são os
interesses públicos nucleares de desenvolvem a constituição (ex.: lei de base da saúde, da
educação) – depois para sabermos e compreendermos qual o nosso sistema educativa não
podemos retirá-lo do texto constitucional mas sim por uma lei de desenvolvimento posterior
que nos ajuda a entender como é evidentemente o sistema de educação. A partir destes
interesse público primário que identifica qualquer comunidade organizada em estado é preciso
desenvolver este interesse público primário num mais densificado. São transformados em
interesses públicos secundários. Os primários tem o caráter de desenvolver e concretizar e são
normalmente definidos pelo poder constituinte.

b) Interesses públicos secundários: conjunto de necessidades colectivas primária ou


previamente identificadas pela lei (isto é, pelo legislador), a implicar a definição de
actividades/tarefas públicas que a Administração Pública (cada entidade pública) é incumbida
de desenvolver, de prosseguir e de realizar (de prosseguir e realizar em exclusividade ou em
colaboração com o sector cooperativo e social ou o sector privado – o exemplo da recente Lei
de Bases da Saúde, aprovada pela Lei n.º 95/2019, de 4 de Setembro) – só percebemos estes
através daquilo que pretendem desenvolver dito nas leis básicas. – densificados e disciplinas
por um órgão com função legislativa, em geral AR ou governo com um decreto de lei de
desenvolvimento. Essa entidade que prossegue este interesse públicos secundários são a
chamada administração pública (ex.: administração do ensino superior, cp para infraestrutura
ferroviários, infraestruturas de portugal para as estradas,etc.). Estes interesses públicos são
missões que as organizações administrativas têm que cumprir mostrando assim a prevalência
da lei onde esta define os interesses públicos secundários. São opções políticas básicas do
legislador ordinário que depois são cumpridas por estas administração pública. Nenhuma
identidade administrativa pode agir os interesses públicos secundários sem os atribuir à
legislação.

1.2.2. A predefinição e qualificação normativa e em forma de lei (lei, decreto-lei, decreto-


legislativo regional e também directivas e regulamentos da União Europeia) do conjunto de
interesses públicos a prosseguir pela Administração Pública: a heteronomia da identificação,
da definição e qualificação do interesse público e a subordinação política/político-legislativa da
Administração Pública (precedência e prevalência da lei) As organizações estão subordinadas
às opções políticas legislativas. Há sempre uma dimensão heterónima de subordinação à
opção política legislativa.

1.3. O diversos sentidos da noção de Administração Pública

1.3.1. Administração Pública em sentido organizatório (institucional/orgânico): a


Administração Pública enquanto conjunto, plural e diversificado, de entidades públicas
(organizações públicas) incumbidas de prosseguir o interesse público pré-definido pela função
legislativa. – J.J Gomes Canotilho “Não há uma administração público, há muitas
administrações públicas”. Ex.: Há a administração de ensino comandada pelo ministro de
educação que depois tem ramos como a instituição da universidade e depois há um monte de
administrações pública diferentes uma com uma tarefa e outra com outra. Há depois a
adminsitração pública profissional (ex.: juíz, magistrados, médicos, advogados com a ordem de
advogados como organização administrativa com regime próprio). Estamos sempre perante
uma administração pública em sentido orgaizatório porque tem como parte várias
organizações e infere várias organizações de vários ramos para seguir esse interesse público
secundário. É esta pluridade de organizações e são estas que fazem a disciplina do direito
administrativa e este regula a atividade, regula as funções administrativas destas organizações
e assim sucecivamente e isto é objeto de uma disciplina científica chamada de direito
administrativo. É aquela que tem por objeto regular a organizações da administração pública
1.3.1.1. A Administração Pública como (um) sistema de organizações

a) Uma pluralidade de organizações administrativas e cada uma delas dotada de uma


subjectividade jurídica própria e identitária (p. ex., administrações estaduais, municípios,
institutos públicos, fundações públicas, associações públicas, empresas públicas, etc.);

b) A consequência imediata da qualificação de uma organização como sujeito da


Administração Pública: a sujeição à disciplina do Direito Administrativo (embora, como
veremos, por vezes em graus de intensidade variáveis, em função do tipo de sujeitos em
causa);

c) A relação de correspondência entre Direito Administrativo e Administração Pública: o Direito


Administrativo tem por objecto regular/disciplinar a Administração Pública (as organizações da
Administração Pública) e os respectivos modos de actuação (acto administrativo,
regulamentos administrativos, contratos administrativos, operações materiais)

1.3.1.2. Os sujeitos da Administração Pública (Administração Pública em sentido subjectivo): os


três grupos de sujeitos da Administração Pública e os diferentes critérios mobilizados para
qualificar uma determinada entidade como sujeito da Administração Pública

a) Administração Pública em sentido orgânico ou institucional e as pessoas colectivas de


direito público (o critério da personalidade jurídica): um critério jurídico-formal com apoio no
artigo 2.º, n.º 4, do Código do Procedimento Administrativo (CPA). Com base neste critério -
por serem titulares de personalidade jurídica de direito público -, são sujeitos da
Administração Pública:

i) O Estado (“Estado-Administração”, isto é, o Estado no exercício de funções materialmente


administrativas) que depois se desdobra em vários ministérios;

ii) As regiões autónomas (enquanto entidades que exercem funções materialmente


administrativas) e têm estatuto próprio e têm funções administrativas;

iii) As autarquias locais (municípios e freguesias);

iv) As entidades intermunicipais (as associações de municípios);

v) Os institutos públicos;

vi) As associações públicas (associações públicas profissionais).

Isto mostra que há uma diversidade de administrações públicas, as universidades têm um


estatuto constitucional próprio e são diferenciadas constitucionalmente mas efetivamente
fazem parte dos institutos públicos e deste primeiro grupo. Elas estam aqui ainda que se diga
que se converteram para sujeitos privado...

Esta lista tem personalidade jurídica de direito civil e público como pessoa e entidades
coletivas do direito civil. As pessoas coletivas públicas têm que se reger pelo direito público. A
AAC por exemplo além de ter que seguir as leis da segurança social, saúde, etc. também que
haver uma lei de si própria que percebe toda a atuação de toda a atividade administrativa que
é a lei administrativa.
a-1) Nota sobre a importância do critério da personalidade jurídica na delimitação dos sujeitos
da Administração Pública:

i) Em primeiro lugar, por virtude do critério da natureza jurídica (ou em razão da sua
natureza jurídica), as entidades com personalidade de direito público integram
sempre a Administração Pública, formando o primeiro grupo de sujeitos da
Administração Pública;
ii) Em segundo lugar, é com base ou a partir deste grupo que emergem os outros dois
grupos, que veremos de seguida;
iii) No entanto, a insuficiência do critério formal da personalidade jurídica e a
necessidade de recorrer a outros critérios.

b) Administração Pública em sentido orgânico ou institucional e as entidades administrativas


privadas (critério da participação dominante de sujeitos de direito público): trata-se de
entidades que se apresentam com um formato jurídico-privado (p. ex., como associações de
direito civil ou como sociedades comerciais), mas que são dotadas de uma substância pública e
que, por isso, integram a Administração Pública. Às vezes são criadas entidades criadas para
agir através de outra entidade (ex.: para os portos marítimos criou as autoridades marítimas
de lisboa, porto, para as ferrovias a cp e outras entidades e empresas e nos municípios em si
memso). Por exemplo entidades para gerir a àgua. São entidades que passam para o direito
privada mas ainda englobam tarefas administrativas (ex.: teatro de d.maria que saiu do
ministério de educação e tornou-se numa fundação do direito privado mas continuo as suas
tarefas de administração pública). A única é uma diferença formal em que as pessoas do
primeiro são pessoas coletivas do direito público e estas são do direito privado.

i) À luz deste critério também integram a Administração Pública - isto é, são sujeitos da
Administração Pública em sentido orgânico ou institucional - as entidades que, embora com
personalidade de direito privado, têm uma “participação com influência dominante” das
entidades integradas no grupo anterior (critério da participação dominante de pessoas
colectivas de direito público) – antes eram do direito público e do direito público mas depois
passaram para o domínio privado e continuam as suas funções.

ii) Este segundo grupo pode resultar da utilização de diferentes técnicas jurídicas: - Por vezes,
tais entidades resultam de processos de privatização orgânica formal de entidades
originariamente integradas no primeiro grupo (p. ex., as empresas que gerem os portos
marítimos são empresas públicas sob a forma de sociedades comerciais que resultaram da
transformação de anteriores entidades de direito público, a actual empresa pública Infra-
Estruturas de Portugal, S.A., resultou de semelhante processo); - Em outros casos tais
entidades são originariamente constituídas como entidades com personalidade de direito
privado (p. ex., empresas locais constituídas no formato de sociedades anónimas). – são como
filhas das do primeiro grupo é uma diferença formal em que as pessoas do primeiro são
pessoas coletivas do direito público e estas são do direito privado.
Podem ser privatizadas aqui mas continuam a ser dominadas pelo primeiro grupo tendo maior
parte da empresa num formato de sociedade anónima ou comercial onde têm maior parte das
ações.
São dominadas pelo primeiro grupo ainda.

1.3.2. A Administração Pública em sentido material-funcional e as entidades particulares com


funções administrativas (critério do exercício da função administrativa): o critério material-
funcional e a Administração Pública delegada ou concessionada (a colaboração público-
privada)

i) Ainda reconduzíveis ao conceito de Administração Pública, mas em sentido funcional as


entidades que, embora não pertençam à Administração Pública em sentido orgânico ou
institucional, desenvolvem funções administrativas (funções públicas/tarefas
públicas/actividades que a lei qualifica como públicas) que lhes são delegadas ou
concessionadas por sujeitos da Administração Pública integrados no “primeiro grupo” ou, por
vezes, por entidades integradas no “segundo grupo” (p. ex., as federações desportivas de
utilidade pública desportiva, as entidades privadas de certificação oficial de produtos)

ii) Este “terceiro grupo” de entidades apenas funcionalmente assumem a condição de sujeitos
da Administração Pública (são entidades da Sociedade Civil, do sector privado)

Aqui a função é o que representa a sua condição de sujeitos de administração pública. São
entidades coletivas privadas, geridas por privadas e tudo privada mas qualquer privada que
colabore com a administração pública não se transforma numa parte da administração pública
e prossegue uma atividade efetivamente administrativa através de um instrumento contratual
entre este e a administração pública mas não faz parte desta enquanto privado separa que só
se conecta através das obrigação e direitos dados pelo contrato para que trabalho a favor do
interesse público secundário e primário.

Estas entidades dizemos que apenas fazem parte da administração pública no sentido
funcional ao serem colaborados delas. Em alguns casos não é assim, ex.: as escolas de
condução que nos ajudam a ter a carta e fazem uma tarefa. Muitas são entidades privadas que
fazem uma tarefa administrativa mas com uma certa liberdade privada e com liberdade de
atividade. Não há influência nenhuma mas exercem tarefas efetivamente administrativas.
Fazem parte das administração apenas no seu sentido funcional.

1.3.3. Administração Pública em sentido jurídico-formal: os modos ou formas da acção


administrativa (acto administrativo, regulamento administrativo, contrato administrativo,
actuações jurídicas instrumentais, operações materiais, actuações administrativas informais).
Avaliação:

Frequências (1ª – 19 de novembro (14:30 auditório)); 2ª – 17 de dezembro (14:30 auditório)).

Estrutura de frequência 1º grupo noções, conceitos e algo para comentar (10 ou 11 valores) w
2º grupo de caso prático (10 ou 9 valores).

Aulas práticas de DA só depois da queima das fitas.

Só uma dia 5 e outra 12 porque


Frequência dia 19.

O professor das práticas vai dar a aula.

Evolução da administração pública sobretudo tendo em conta 3 ou 4 elementos fundamentais.

O DA como DA no sentido que conhecemos hoje surge no estado liberal embora o estado de
polícia no ponto de vista da organização administrativa tenha sido fundamentalmente
importante.

Estado de polícia no sentido de estado absoluto e contrato social de segurança. Este é


importante com a intervenção do estado para proporcionar as melhores condições de vida à
população.

Embora todos os poderes estarem concentrados no príncipe a verdade é que esta ética de
serviço público desevolveu-se uma organização administração pública muito ampla para
satisfazer múltiplos interesses públicos cresceu uma organização administração pública muito
abrangente e hierarquizada.

Uma ideia de organização administrativa organizada, centralizada e hierarquizada surge com o


estado de polícia.

Obviamente que como no princípio se reunia todas as funções do estado não estava sujeito à
lei nem no exercício das suas funções e na força dessa ideia criou-se o fisco e que sempre que
o estado causava prejuízo aos cidadãos então era o fisco que indemnizada o cidadão (faceta
patrimonial do estado).

A ideia de um estado de direito e de separação de funções do estado esta só surge com o


estado de direito liberal e a ideia que as funções do estado não podem estar concentradas
todas na mesma entidade mas que se deve desmembrar em várias instituições e isto surge
com as revoluções liberais com 1776 america e 1789 com a frança.

O que postulam é a separação das funções do estado que se desdobra em que momentos se
desdobram em poder:

Legislativo (parlamento)

Judicial (tribunais)
Executivo (governos)

As revoluções liberais têm uma particulariedade que é a ideia que este princípio da separação
de poderes está consagrado em documentos de natureza jurídico constitucional – constituição.

A partir desta ideia cria-se a ideia que o parlamento deve atuar numa àrea sendo representado
pela burguesia que detém o poder económico.

O governo normalmente é de composição nobliárquica e os tribunais e daí a preponderância


do parlamento que tem de garantir necessáriamente a porpriedade e a liberdade.

Liberdade de contratar, negociar, de estar no tráfego económico.

Só se pode intervir na esfero dos cidadãos se houver uma expressa credencial parlamentar.

Objetivos

Limitar os poderes de expropriar propriedades, liquidar impostos e outra coisa.

E daí o parlamento só intervém no domínio da liberdade e propriedade e isso quer dizer que
todos os outros domínios da administração são livres (descricionadidade livre). Quanto toca
aos outros dois elementos tem que haver uma lei parlamentar devido à característica da lei do
seu conteúdo geral e abstrato. Se quero atingir os bens da burguesia só por lei pois antes os
monarcas expropriavam bens de burgueses e etc.

Discricionaridade da atuação dos governos em tudo o que não desse respeito à liberdade e
propriedade dos cidadãos. E em princípio a atuação do governo era livre mas em geral a ideia
era que o governo de um modo geral não deve intervir segundo a ideia do le se fairre le se
passer. O mercado funciona sozinho.

Há uma total separação entre estado por um lado e sociedade por outra (entre a esfera
pública e a esfera privada). O estado tem de garantir a liberdade e a propriedade mas não
deve intervir na atividade económica e social pois isso pertence aos privados.

O que se conclui à frente é que o estado tinha que intervir porque o mercado por si só não
dava satisfação às necessidades coletivas e isso foi notado nas duas guerras mundias e na
depressão económico de 1928-30 chegasse à conclusão que os particulares no mercado não
dão resposta às situações e defendesse a intervenção do estado havendo entre finais do
séc.XIX e princípios do Séc.XX o estado que tinha a função de garantir a segurança, justiça e da
liberdade e propriedade dos cidadãos por força da industrialização da economia o estado
começa a fazer as grandes infraestruturas de rede (rede ferroviária, rodoviária, telefónica,
elétrica, de captação e emissão de água, postais, etc.). O estado muitas vezes fá-lo
diretamente mas maior parte das vezes chama a si a responsabilidade mas delega a
particulares estes serviços de natureza económica. Como são serviços que podem ser
explorados de um modo privado/lucrativo e assim o estado delega em privados esta
exploração – é o estado de serviço público – há quem fale do estado social e serviço público
mas depois há quem autonomize este estado do social neste período.

Não esquecer de ver powerpoints


Este período é antes das guerras e do chamado estado de Wellfare e o estado social que vem
então começasse a ter a perceção que o mercado não dá respostas às necessidades e quando
se vê isso os estados têm que se chegar à frente para tomar um protagonismo na vida
económica e social e vimos isto com a pandemia e outras coisas. Esta resposta é uma maneira
de dar resposta às necessidades coletivas da população. O estado passa a ter uma
responsabilidade direta na produção de bens e serviços aparecendo como um estado
empresário (captura setores estratégicos da atividade económica). Além da produção de bens
e serviços passa a se responsabilizar por prestação diretas aos cidadãos das suas necessidades
que carecem satisfação como educação, saúde.

Passa a ter não só uma responsabilidade de base mas também de execução não só pela
prestação e realização de determinados serviços públicos sociais (educação, habitação, saúde)
e o estado que assume a garantia que há determinados direitos sociais e económicos
garantidos a que os privados devem ter acesso (com direito a segurança social, etc.)

Tem uma responsabilidade máxima no ponto de vista administrativo mas o que não quer dizer
que por vezes a atividade do estado não combina com a dos privados.

Além de prestar serviços económicos também começa a prestar serviços sociais.

Este é o estado social/wellfare/intervencionista.

Hoje temos o estado social mas com o novo neo-liberalismo que determina menos intervenção
da economia e entramos numa grande era das privatizações que podem ser:

-Materiais – atividades que passam dá pública para a privada tirando o estado da cena. Esta
atividade que era pública cuja execução era do estado passa para o privado e o estado se
quiser intervir no domínio quando muito pode fazer uma lógica de concorrência com qualquer
outro operador de mercado. (ex: gás, transportes, etc.). Se o estado quiser exercer estas
atividades fá-lo em regime de concorrência

-Formal ou orgânica formal – nalguns casos o que estado fez foi criar empresas públicas que
atuavam sobre Sas ou outras coisas mas que continuavam a estar sobre a infçuência do estado
e por isso na prática quem continuava a exercer a atividade era o estado só que o exercia
sobre uma lógica empresarial. O estado assumiu este sentido de privatizações orgânicas para
responder às privatizações materiais privatizando as próprias entidades sobre uma
mentalidade empresarial atuando numa lógica de concorrência. Isto tem como objetivo, passo
a passo, alienando esta sociedades para o privados. Permite o estado ir atuando neste setores
como um outro privado mas também ir saindo deste mercado ir dando aos privados (ex.: RTP,
EDP). A ideia é “se atuo num setor privado tenho que fazê-lo em paridade com outros agentes
económicos e isto a partir desse método criando sociedades económicas em paridade com
outros e quando for cada vez menos necessária a minha influência vou privatizando a empresa
saindo depois desse setor”.

Só que o estado não faz isto da mesma forma que fez na época liberal (apesar de ser uma
época neo-liberal. Ainda regula (estado regulador ou de garantia). Apesar de ainda tentaram
separar o estado da sociedade e etc. ainda têm preocupações da nova era daí surgir este
estado regulador ou de garantia.
Isto significa que o estado apesar de devolver para economia privada e autonomia privada
designadamente dos serviços essenciais como o transporte continua a reservar alguns como a
distribuição de água mas genericamente os serviço de interesse económico nacional o estado
nromalmente muito por impulso do direito comunitário da UE quase que foram pressionados a
privatizar este serviços. Justamente porque muitos destes serviços dizem respeito a interesses
da população geral o estado reserva para si certas regalias como definir políticos, estabelece
obrigações de serviço público para os operadores económicos que vão explorar este serviço.
Como estão em causa serviços de interesse económico geral há certas garantias que os
operadores devem dar tendo de prestar os serviços num regime de continuidade da
exploração do serviço, assiduidade perante o cidadãos destes serviços, universalidade dos
serviços (obrigação da universalidade do serviço).
Obrigações de serviço público e obrigações de serviço universal. O estado já não intervém na
produção destes bens e serviços mas regula esta produção.

Estabelece um quadro normativo, implementa este quadro normativo e controla o


cumprimento deste quadro normativa. Atua de forma a que:

-Garante concorrência na prestação de serviços

-Garantir os direitos dos consumidores a quem é prestado o serviço.

O estado faz isto através das autoridades reguladoras da economias (Autoridades reguladores
independentes). O estado sobre o impulso comunitário cria entidades reguladores sobre a
economia. Desde autoridades de regulação gerais (ex.: da concorrência) como as específicas
(ex.: banco de portugal, de seguros, etc.)

Têm a particularidade de serem entidades independentes do próprio estado e incumbe a estas


entidades a responsabilidade de regular a economia e independentes porque os próprios
operadores económicos querem uma separação entre o estado e a economia para que não
haja intervenções de natureza política e portanto o estado atribui a regulação a autoridades
reguladores independentes replicando o modelo americano (agências de regulação
independentes) e depois também o inglês com as mesmas agências.

Querem que os setores sejam regulados com uma vontade apenas económica e não política.
Com isto vamos ver mais tarde a administração direta independente cujo as ERI fazem parte.
Alguns já dizem que este modelo está em declino e vamos ter uma nova realidade.

Preocupação do estado e estado garantia no sentido de:

-Garantir interesse público nas atividades

-Operadores económicos na concorrência e garantia mesma

-Consumidores no sentido da garantia de direitos

Esta administrações independentes fazem com que se passa a ter uma legalidade multinível e
as fontes relevantes que vinculam administração não sejam só a de direito nacional mas
também as de direito internacional como no nosso caso a UE.

É uma legalidade compósita por ter muitas fontes desde decretos leis, leis, tratados
internacionais, constituição, estando aqui direito nacional e internacional geral e/ou da UE)
Vimos então 4 estados:

-Estado de polícia

-Estado de serviço público

-Estado social

-Estado de garantia/regulador

Função administrativa no contexto das outras funções estadas

Gestão de bens escassos no contexto de uma organização administrativo através de formas


específicas e típicas usadas pela administração em sentido formal e a administração visa a
satisfação do interesse público sendo normalmente a administração dotada de poderes de
autoridade com vista a esta satisfação.

A função administrativa tradicionalmente é uma função que visa a satisfação do interesse


público. Desde logo do interesse público primário (seguranç, justiça, bem estar) que depois se
desdobra em várias interesses públicos secundários (ex:: Educação) sendo certos que a
regulação e execução desta função cabe sempre à lei.

Por isso dizemos que a função administrativa é secundário pois depende da lei que é função
primária.

As funções primária são as legislativas e a política.

A judicial é uma função secundária porque não resulta de um aplicação direta da constituição
sendo as únicas as ditas a cima. Mas tem uma particularidade em que o juíz uma decisão e, no
processo judicial, essa força tem uma força própria que é a força de caso julgado.

Quer a função legislativa que consiste na elaboração de leis e na elaboração de decretos de lei
e esta função é exercido em aplicação direta da constituição e depois temos a função política
pois é exercida em tradução direta da constituição.

A legistativa traduz-se numa emanação de atos de caráter gerais e abstratos

A política tem atos que se caracterizam por atos individuais e concretos. (ex.: nomeação dos
membros do governo, demissão do governo, de um ministro, admissão de um acordo
internacional) – nestes atos não há nenhuma mediação nem intervenção sendo atos primários
e de execução direta da constituição.

Se pegarmos na CRP e virmos o artigo 197, 198, 199 percebemos a diferença.

São atos essenciais pois é ao nível destes que se define o interesse geral da nação e são
inovatório pois desenvolvem disciplinas em primeiro nível. Visam a satisfação das necessidades
fundamentais da população através de atos.

Já a função administrativa é uma função secundária pois aplica a lei para situações concretas.
O objetivo da função da administrativa é a realização de interesses públicos e não é composta
por órgãos independentes, imparciais como os tribunais que visam a resolução de questões
jurídicas. Só querem a satisfação das necessidades da população. Visa dar execução e
implementar as decisões tomadas ao nível político e legislativo em função de segundo grau e
normalmente fazê-lo a partir de atos secundários que tem como referência aquilo definido ao
nível primário.
Nós temos um órgão especial que opera as 3 funções que é o governo que tem as 3
competências e aí é preciso distinguir principalmente no caso do governo os atos das 3
funções.
Quantos aos atos administrativos à partida seria fácil distinguir entre um administrativo e um
legislativo e a grande diferença à partido é que o legislativo é geral e asbtrato e o
administrativo seria individual e concreto.

A nossa lei permite que o governo possa praticar atos administrativos sobre a forma de
decreto de lei e aí é a dificuldade de reconhecer. A forma era analisar o conteúdo percebendo
se é geral e abstrato ou concreto e individual. O problema é que o nosso sistema também
permite as chamadas leis-medida que têm também um caráter individual e concreto- são leis
que têm caráter e isso levanta o problema que podemos ter um decreto lei que consiste em si
um ato adminitrativo sobre a forma de lei e uma lei-medida – grande diferença é que a lei tem
implícita a norma que aplica e podemos dizer que aquele ato individual e concreto leva
implícito a norma que aplica e o outro ato admininstrativo refere uma lei como referência
(está a tomar uma decisão individual e concreto que regula a situação x e afeta o indivíduo
único).

Quando tomo uma decisão individual e concreta e não aplico uma norma prévia mas tem
implícita a norma em si temos uma lei- medida.

Os atos administrativos têm ser impugnadas no tribunal administrativo (mesmo aqueles que
tomam a forma de decreto de lei) e as leis no tribunal constitucional. Por isso é importante
distinguir os atos administrativos da lei medida. Seria à partida simples distinguir um do outro
mas o problema é que temos um governo com a função política, legislativa e administrativa.

Raramente esta situações acontecem mas pode acontecer.

Atos políticos e atos administrativos

Atos políticos visam a definição de aspetos essencias da vida em sociedade

Atos administrativos visam a satisfação dos interesses públicos

Há aqu situações limite onde se dúvida a distinção

Ex.: Encerramento de uma escola e encerramento de um centro de saúde. Na matriz de 2008 o


governo teve que fazer o encerramento de várias escolas e centros de saúde e agregação a
outros e na altura o que aconteceu foi que os pais tinham que se deslocar para levar os filhos à
escola e os EE queriam impugnar e a pergunta era se era um ato administrativo ou político.
Outro ex.: O governo dá verbas a autarquias e a universidades públicas e por isso estão lá
previstas verbas para essas e sobretudo em crise económica a tendência dos governos é
reduzir as transferência ou cativar essas verbas e só libertam estas se estes órgão justificarem
o gasto do dinheiro. No caso das autarquias locais principalmente normalmente é a lei que
define a quanto tem direito e aí perguntaram se era um ato político ou administrativo.

Os tribunais normalmente consideram um ato político mas o problema que isso traz é que os
atos políticos não podem ser impugnados por qualquer tribunal ficando as autarquias e as
universidades ficam sem qualquer tutela judicial perante estas decisões. Por isso é
fundamental distinguir entre atos políticos e administrativos.

Os italianos ainda distinguem entre atos de alta administração que caracterizam como atos de
natureza política e imunes a impugnação.

Há portanto situações limites em que é difícil distinguir e no caso português isto é grave
porque o nosso governo detém 3 poderes.

Falta a distinção entre a função judicial e a função administrativa.

Já vimos que ambas são funções de segundo grau

Na administração a atividade é definida pela lei e uma visão tecnológica funcional com a
persucução do interesse público mobilizando os recursos escassos – as decisões
administrativas são revisivas ao abrigo do princípio da tutela jurisdicional efetiva (os
particulares sempre que sejam abusados por decisões administrativos ilegais têm o direito de
recorrer no tribunal administrativo mas senão for dentro dos prazos a decisão vai pode não ser
tratado e tem força caso decidido administrativo e no caso de não impugnado cristaliza-se na
ordem e torna-se inimpugnável mas só quando as ilegalidades não são muito graves pois se for
nulo pode ser impugnado a qualquer altura.

Na judical está vinculada à lei como no administração mas o que a caracteriza é a procura do
justo e tem uma dimensão axiológica. As suas decisões têm força de caso julgado como visto.

Apesar da distinção clara há certas decisões é difícil de distinguir:

-Sanções pecuniárias que depois se traduzem numa coima, as ERI hoje podem se as entidades
não cumprirem as determinações relativos ao exercício da atividade económicas podem
aplicar sanções pecuniárias e aqui há a dúvida se isto é da função administrativa ou judicial
pela falta de força revisionária.

-Tipicamente, nos setores regulados de economia há litígios entre operadores económicos e


quem é chamado a resolver este litígio é a entidade administrativa. Às vezes há litígios ente o
operador e o consumidor e quem é chamado a redimir este litígios em primeira instância são
estas ERI. E aqui coloca-se a dúvida a função administrativa ou judicial aqui. Normalmente nos
tribunais o objetivo é ser justo, etc. mas no caso destas entidades o objetivo é garantir o
interesse público e não resolver a questão de direito só por si tentando encontrar uma solução
ajustada garantindo o interesse público e o equilíbrio naquele setor económico.

-Por outro lado temos outros atos que são os atos administrativos de resolução de litígios
podendo colocar-se questões de fronteira.
Aqui há um fator de distinção, quando são atos administrativos normalmente têm força de
revisão em tribunal administrativo. O interesse seguido também é diferente sendo que a
função judicial tem como interesse a resolução da questão jurídica em si e a admnistrativa visa
o interesse público.

Os tribunais só apreciam as situações administrativos com critérios de juridicidade perante a


lei e regras de funcionamento. O tribunal não se podem intrometer numa situação de
discricionariedade seja ela de decisão ou de escolhe entre medidas alternativas.

A função administrativa pode ser caracterizada, feitas as distinções, como uma função que visa
a satsifação do interesse público e isto resulta expressamente da constituição desde logo no
artigo 266, nº1 que diz: 1. A Administração Pública visa a prossecução do interesse
público, no respeito pelos direitos e interesses legalmente protegidos dos
cidadãos.

Já vamos ver essa última parte.

No artigo 269 também diz: 1. No exercício das suas funções, os trabalhadores da


Administração Pública e demais agentes do Estado e outras entidades públicas
estão exclusivamente ao serviço do interesse público, tal como é definido, nos
termos da lei, pelos órgãos competentes da Administração.

Esta última parte fala então da Administração pública como função secundária porque, como
diz, é definido pelos órgãos componentes da administração NOS TERMOS DA LEI.

Ha outras entidades que prosseguem o interesse público que não a administração públicos
como as instituições e as instituições de intenção social como as casas da misericórida, etc. São
instituições que presseguem o interesse público só que com autonomia privada e não como a
administração público que o faz de acordo com a lei.

A administração público pode fazer a delegação de atividades a entidades privadas que é o


caso de concessão fazendo entidades administrativas privadas. As empresas públicas são
sujeitas à influência domianante da administração e depois temos as privadas que prosseguem
interesses gerais no contexto da autonomia privada e voluntariamente como cooperativas,
instituições, etc.

A administração é exigidamente seguidora destes interesses.

Para prossecução do interesse público a administração possui poderes de autoridade e


supremacia dos particulares e só se jusitifcam estes poderes porque estão a favor do interesse
público. Permitem impor aos particulares a adoção destas condutas de uma forma unilateral e
imperativa isto é impor o interesse público. O particular não tem que dar o consentimento
para ficar obrigado perante estas condutas.

A esta possibilidade de impor determinadas condutas chamamos de autotutela executiva.


Estes atos administrativos que ditam ao particular designadamente mesmo sem o seu
consentimento e que impõe onus e obrigações e são vinculativas.

E no limite a administração tem o poder de executar coercivamente as suas decisões. Isto


signfiica que imaginemos que aplicam uma sanção pecuniária a um particular, depois do prazo
eu não pago, aí a administração pode impor por força o pagamento (ex.: expropriam uma
propriedade e dizem que tem 30 dias para pagar senão retiramos o imóvel). Está dispensáda
de recorrer aos tribunais para executar isto.

Isto agora está absolutamente limitado pela lei sendo que só é possível nos casos previstas na
lei ou em situações de urgência. (ex.: são precisas instalações não utilizadas para por pacientes
covid e o dono diz que não fazendo uma requesição civil de imóvel e eles podem chegar lá com
a polícia e ocupar na mesma). Numa situação de urgência entre impugnar e não impugnar já
está ocupado.

As funções administrativas têm a força de caso decidido administrativo e neste caso se eu


impugna-se eu é que teria de mostrar que a decisão foi ilegal e se houvesse dúvidas a decisão
passava. Senão impugnasse passado de 3 meses ela tornava-se não impugnável e cristalizava-
se na ordem jurídica.

De todo modo, já ouvimos a atuação administrativo tem que guardar respeito à legalidade e
não podia contrariar a lei. Hoje a atuação administrativa tem que estar sempre derivada ou
fundamento de uma lei. Toda a função administrativa tem que estar sempre baseado num ato
prévio.

Isto não significa que a lei tenha que definir toda a atuação da atividade administrativa e
admite-se que a própria administração possa caracterizar dinâmicamente a concretização do
interesse público. Pode permitir escolhas dentro da lei para poder aplicar no caso concreto.

O legislador por falta de liberdade e facilidade de emitir lei não pode caracterizar cada ato da
administração e por isso cria escolhas e formas da administração poder adaptar a lei ao caso
concreto e ao interesse público defendido.

Direito Administrativo I

08/11/2021

Aula feita no computador da Iara

O poder legislativo era uma matéria exclusivo do parlamento e só ele tinha esse poder.

À margem do princípio da discricionariedade

Reserva em sentido orgânico formal e material teríamos uma discricionariedade administrativa


e em todos os sentidos.

Nós tínhamos dois mundos distintos mundo do direito (mundo da lei e que era atenido apenas
às matérias da propriedade e liberdade por parte do parlamento). À margem deste domínio a
administração podia atuar livremente neste domínio e havia uma discricionariedade da
administração mas isto antes do estado regulador.

Depois disto o legislador agora também toca no resto. A lei passa entender todo regulamento
e pressuposto de toda a administração e esta só pode agir sobre a lei (todo o que não é
permitido é proibido) – princípio da administração. Tudo o que a administração faz tem que
estar previamente na lei

Tem que ter pelo menos:


Princípio da competência – individualização de quais os órgão competentes

Abrigo do princípio da definição dos interesses públicos- tem que estar definido o interesse
público que está a ser defendido. Individualização dos interesses públicos que a administração
busca.

Passa p
pelo menos órgãos competentes a atuar e o conteúdo da atuação previamente definido

Em matérias delicadas pode valer o princípio da determinidade do conteúdo da lei.

Em matérias mais sensíveis (matérias de DLG e princípios fundamentais vertebradores da


funcionalidade política) tem de haver uma intervenção do parlamento e um regulação muito
mais estrita e que deixe muito pouco espaço para a discricionariedade da administração)~

Vemos também que há uma ideia de discricionariedade limitada.

Na época liberal havia uma discricionariedade livre onde a administração tinha mais liberdade
mas agora temos uma discricionariedade limitada e esta só pode existir com lei prévia. Vamos
ver a ideia de que a discricionariedade vem sempre da atividade prévia e legislativa do
legislador.

Mesmo os poderes discricionários atribuídos à administração tem que existir através de uma
ação do legislador. Esta conceção de poderes discricionários por parte do legislador.

Mesmo neste contexto de exercício de poderes discricionários há certos limites a


compreender como o da competência (qual órgão faz o quê)

Vinculada não só à lei mas também ao direito.

Lei não só proveniente do parlamento mas também do governo.

Também se vincula agora pelos princípios do direito como da proporcionalidade,


razoabilidade, etc. como os constitucionais e administrativos e no caso português e da EU
também está vinculado ao direito comunitário originário (princípios constantes dos tratados
europeus).

A administração não está só vinculada à lei mas também aos princípios falando assim não de
um princípio de legalidade mas sim de juridicidade da administração.

Também se fala de uma imperatividade atenuada da atuação da administração.

A ideia da administração no liberalismo tínhamos um princípios da presunção da legalidade


dos atos da administração (em princípio perante a ação administrativa se presumia legal e
tinha que ser o privado a provar a sua legalidade) hoje é ao contrário.

A ideia de autotutela declarativa (a administração tem o poder e capacidade de impor


determinados efeitos jurídicos na esfera jurídica do destinatário sem o seu consentimento
(unilateralmente) e imperativos porque vinculam esta esfera jurídica) – esta ideia mantém-se

Vimos também que em princípio a administração tinha a possibilidade de impor


coercivamente a sua decisão – ideia de autotutela executiva – esta ideia em princípio recua
substancialmente e hoje só se admite quando a lei o prevê ou em situações de emergência
(estados de necessidade) e, portanto, de exceção.

Tirando estes casos ditos a administração deixa de dispor deste poder.

Vimos também que se mantém dentro de determinados limites a força estabilizadora dos atos
administrativos – para o particular reagir a uma decisão administrativa ilegal tem do fazer
dentro de um prazo caso contrário irá se estabilizar. Outras coisas que não escrevi

Tutela judicial plena e efetiva dos particulares perante a administração – perante uma decisão
administrativa ilegal o particular tem sempre direito a impugnar a decisão ou exigir um
pagamento ou indemnização. Isto vale no exercício de poderes vinculados como por poderes
discricionais.

O poder de controlo por parte dos tribunais administrativos sobre a atuação da administração
é diferente dependendo se é uma execução de um poder vinculado ou discricionário. É mais
intenso nos vinculados mas existe em todas as atuações da administração.

Discricionariedade administrativa – Nós temos powerpoints do Dr. Licínio.

Já vimos na aula anterior que a discricionariedade é vista como um espaço de atuação e


decisão… próprio da responsabilidade/autoria da administração resultante de uma
indeterminação legal estrutural conceptual e sujeita a um controlo atenuado pelo juíz.~

1ª ideia – traduz-se sempre num espaço próprio de avaliação e decisão da admin. Como é que
esta é investida neste poder de casos concretos

2ª ideia – resulta sempre de uma indeterminação legal estrutural conceptual… É o legislador


que intencionalmente deixa este espaço. Não há uma discricionariedade livre e é sempre
resultado de uma delegação por parte do legislador e porquê?

-Por natureza técnica – a administração está mais habilitada a tomar certas decisões do que o
legislador~

-Porque a realidade é mais rica do que a mais fértil das imaginações – quer dizer que o
legislador não consegue antecipar todas as situações e sobretudo quando a admin. Toma
decisões únicas e irrepetíveis (vulcão de La palma para saber se se vão realojar pessoas,
abandoná-las, etc.) isto não é algo que o legislador pode antecipar, etc. e o legislador delega
um quadro genérico a estas situações mas para o caso concreto a administração toma as
decisões tendo uma legitimidade técnica e a legitimidade de tomar decisões únicas e
irrepetíveis.

No caso português a nossa admin tem uma legitimidade democrática – a admin está
dependente do governo e o governo está legitimado democraticamente e portanto há uma
partilha de poderes entre o legisladores e a administração.
Há uma legitimidade procedimental pois desde que não estejam em causa os princípios
fundamentais em que por razões de todo o tipo de legitimidade a administração seja investida
pelo legislador por um poder decisão próprio.

Quanto à legislação a levar à frequência CPA e CPR

Matéria até organização administrativa – discricionariedade e depois organização


administrativa vai ser a matéria até à última aula.

O último powerpoint que o Licínio nos mandou para nas discricionariedade.

Discricinioriedade – o Vieira Andrade chama de Lacuna intralegal intencional pois as lagunas


normalmente são não intencionais.

Como é que o legislador pode abrir esses espaços de decisão à admin? Pode fazê-lo de 3
formas:

-Mediante a atribuição de faculdades de ação à administração – elemento deôntico permissivo


“pode” – sempre que o legislador utilizar este elemento a administração pode autorizar a
instalação de farmácias no concelho. Sempre como elemento de ligação entre a faculdade e a
instituição uso pode dá uma liberdade de ação. Discricionariedade de decisão

-Medidas de alternativa- diz que pode adquirir vacinas astrazeneca, Johnson, etc. e cabe à
administração perante a situação do caso concreto, os interesses públicos pode escolher um
delas ou todas. (no exemplo do vulcão onde podia haver escolha é outro). Isto são medidas
alternativa e estamos a atribuir uma discricionariedade de escolha entre alternativas ambas
legítimas e cabe à administração as mais adequadas ao caso concreto. Nestes casos nunca
houve dúvidas e quando o legislador usa o pode, alternativas e quanto a isto nunca houve
discussão doutrinal sendo isso apenas no 3º meio.

-Discricionariedade de avaliação- é quando o legislador usa os chamados conceitos


indeterminados como urgência imperiosa, razões de interesse públicos, risco ambiental, risco
para saúde pública e a pergunta pública é se estes conceitos dá discricionariedade neste caso a
de avaliação.

Há as doutrinas de discricionariedade que diz que sempre que o legislador utiliza conceitos
indeterminados isto significa necessariamente que o legislador quis dar uma margem de
decisão à admin.

Depois temos as doutrinas do controlo total que nasce na Alemanha – diz que qunado o
legislador usa estes conceitos ele não quis discricionariedade à admin e por isso o tribunal
pode controlar totalmente as decisões que admin toma sobre estes conceitos indeterminados
– isto surge num contexto pós WWII na Alemanha pois acreditavam que a discricionariedade
tinha causado muitos problemas e que tinham de a suprimir – comprimir ao máximo a atuação
discricionária da admin e maximizar o poder de controlo dos tribunais para limitar esta
atuação.
Estas teorias que estavam extramadas vieram a aproximar-se e vieram dizer que em
determinados casos pode-se dizer que o legislador deixou essa margem que é algo diferente
da discricionariedade descritiva e impede esse controlo do tribunal. Nos casos margem de livre
apreciação não pode haver um controlo total dos tribunais.

Os tribunais podem controlar o exercício desta margem de livre apreciação nos casos
específicos. É-lhes vedado fazer a dupla administração de mérito (não podem sobrepor a sua
decisão à da administração em quase todos os casos).~

Como sabemos se os conceitos indeterminados dão essa margem? Há a distinção entre:

-Conceitos classificatórios – não conferem discricionariedade. Desde logo são conceitos que
remetem para princípios de experiência comum (ex.: “urgência imperiosa” – quando a lei usa
esta não quer conferir discricionariedade à administração) (ex.: na questão dos ventiladores
havia uma problema sério na aquisição dos ventiladores o que acontecia os estados tinham
feito a encomenda e os ventiladores estavam a seguir para os aviões e eles diziam que afinal
não e vendiam aos americanos que compravam por mais, a outra hipótese era cobrir a
proposta para conseguir o negócio e para isto não dá tempo para concurso público e nesta
situações está dispensado por ser situação de urgência imperiosa (não remete para
discricionariedade porque é uma situação que toda gente sabe quando é de urgência e numa
situação de urgência não o fizermos o tribunal pode fazer um controlo total da decisão
administração) Estes conceitos são falsos conceitos indeterminados e os tribunais têm um
controlo total sobre esta. O tribunal pode determinar através de uma tarefa interpretativa se
era uma situação de urgência ou não e sobrepor a decisão à da administração)

(outro ex.: Os conceitos que remetem para usos de certo tempo e de certo lugar, já disse que
por exemplo de noite, dia, é um conceito geral, obras de elevado índice tecnológico, no séc.XIX
é uma coisa, no XXI é outra e é a partir de certas coordenadas temporais e espaciais que
remetem para um uso nesse sentido são conceitos controláveis pelo tribunal)

(outro ex.: Conceitos como propriedade, família, etc. que varia dependendo do código mas dá
para definir qual o conceito destes termos que estamos a ver e os tribunais conseguem
perceber isto)

(outro ex.: Conceitos que estão sobre consenso da comunidade científica (ex.: substância
tóxicas, há muitas mas dependendo da situação sabemos quando estamos perante uma ou
não)

-Conceitos imprecisos de tipo- conferem discricionariedade. Aqui temos

 conceitos de valor sobre disposições e aptidões pessoais ou sobre avaliações técnica


especializadas.

Ex.: Leis das autoridades reguladores diz que só podem ser designados para os órgãos das
autoridades reguladores pessoas de reconhecido mérito e reconhecido e dona idade. Isto
requere uma avaliação. Se o primeiro ministro designar um criminoso isto é controlável? Se
pusermos o Luís Filipe Vieira e designar para uma desta é nem pensar. Agora saber o que é
uma pessoa de reconhecido mérito ou de dona idade é algo subjetivo e o legislador prefere
que seja a administração a fazer e diz que estes juízos sobre disposições e aptidões pessoais
está sobre o olho da admin.
(ex.: Estão nomeados para um concurso os filmes de reconhecido mérito e essas pessoas são
cineastas ou críticos de cinema e essas pessoas são convidadas para saber quais são esses
filmes.)

(ex.: desenvolvimento em solos de manifestação aptidão agrícola e isso é definido pelos


engenheiros agrícolas ou especialistas do ministério da agricultura e envolve avaliações
técnicas especializadas e o legislador não está em posição de fazer essa avaliação)

Discricionariedade administrativa – se eu fosse a uma oral recebesse 14, mas acho que
merecia 18. Ia a tribunal por causa da oral e o juiz diz que merecia, mas o juiz não sabe certas
coisas que o professor sabe e, portanto, há uma margem de decisão aos júris das provas orais
e o juiz dificilmente anula a decisão.

 Conceitos com elementos determinantes de prognóstico:


Num caso prático podemos ter dois elementos como os dois que vimos e às vezes eles
convergem no mesmo conceito
(ex.: risco de derrocada – implica? – devem ser demolidos os edifícios que implicam
risco de ruína. Isto implica o que? Um risco de elemento determinantes de
prognóstico. Olhamos para o edifício da faculdade e demolimos o edifício porque
apresenta risco de ruína e isto implica uma avaliação técnica, mas também uma
participação de um elemento determinante prognóstico e a única entidade que pode
antecipar esta situação é a administração para determinar o que é risco de ruína e
quais são as deficiências do edifício. Estas situações onde a administração tem de
antecipar a situação é delegado pelo legislador.
(outro ex.: Instalações que apresentam riscos ambientais – as nossas celuloses
apresentam riscos ambientais, mas há uma margem de risco que pode ser aceitável,
mas temos de ver além de apresentar um risco ambiental, mas ver se a instalação
pode ser licenciada e a administração vê conforme o risco ser socialmente aceitável se
ela pode ser aceite conforme o seu impacto ambiental. A possibilidade de ser aceite e
licenciada conforme o seu risco ambiental é deixado nas mãos da admin
 Decisões estratégicas ou técnicas que implicam a ponderação de interesses públicos
ou privados complexos (ex.: Localização do novo aeroporto de lisboa e discutia-se o
risco para o ambiente, para as aves que nidificavam naqueles locais, a segurança das
populações e isto visava vários interesses – por um lado ponderar um interesse público
que é de mitigar a lotação aérea do primeiro aeroporto, da pop do montijo, etc.) No
fundo tem que haver aqui também uma avaliação técnica especializada e também
uma que contém elementos determinados de prognóstico e nesta mesma decisão
converge várias dimensões.
 Decisões com consequências políticas (ex.: Acolher uma personalidade política
internacional polémica – o problema aqui é que o estado de certo país do político não
vai gostar e diz que cometeu crimes contra a constituição de tal, etc. e é uma decisão
com consequências políticas)
Outro ex.: (decisão da nacionalização da TAP e tem impacto político como a decisão de
integração dos bancos no sistema de resolução bancária tendo impactos além de
políticos no sistema financeiro sobretudo).

 Decisões estruturais de caráter organizatório- durante muito tempo nem sequer era
questão grande no DA (ex.: encerramento de centros de saúde, escolas e hospitais) e
isto tem consequências principalmente para as pessoas maior parte no interior onde
tinham que ir mais longe para tratamentos médicos, etc.)
Estas decisões estavam entendidas como incluídas no caráter autoorganizatório das
administração, mas com o impacto que teve são decisões que são passíveis de
influência pelos tribunais.

Estes conceitos imprecisos de tipos concedem poderes discricionários à administração. Há


quem faça noutras escolas a distinção entre discricionariedade e conceitos indeterminados e
em Coimbra escola boa não há grande distinção entre conceitos indeterminados e
discricionariedade. O que o legislador quer é um espaço prório de decisão e ação da
administração e não fazemos uma distinção no ponto de vista qualitativo e conceptuais entre
discricionariedade e conceitos indeterminados. Tocam no mesmo domínio.

-Conceitos subjetivos- há outros conceitos não falados nas aulas práticas que eram os
conceitos subjetivos.

Conveniência de serviço

Ordem pública

Etc.

(ex.: Por conveniência de serviço os médicos podem ser obrigados a mais horas de serviço
extraordinárias)
Quando a lei usa estes conceitos era como se tivesse dado um espaço de ação à administração
porque o conceito é tão amplo que na verdade o se quis era conceder uma discricionariedade
de decisão à admin. São tão amplos e vastos que se houver alguma indeterminação

No teste vamos ver estes conceitos e vamos~

Controlo judicial do exercício da discricionariedade

Proibição da dupla administração de mérito – sob pena de violação da reserva de


administração. Considera-se que o núcleo dos poderes que estão reservados à administração é
justamente a discrionariedade da administração porque se se entende que a ação está
vinculada então o tribunal pode interferir, mas na discricionariedade não pode substituir o seu
juízo ao juízo da administração e não pode reexaminar as decisões administrativas e a única
coisa que pode é fiscalizar e controlar a sua legalidade.

Pode controlar o que?

-Competência – se o órgão que a tomou é competente

-Interesse público – se foi realizada em prole do interesse público

Podem sempre controlar estes dois

Além disto… a administração tem de motivar as suas decisões discricionários e se não tiverem
fundamentadas o juiz pode controlar a falta de fundamentação da decisão discricionária e a
admin tem sempre que externalizar a fundamentação para tal ação e não outra. Os tribunais
tem sempre que externalizar o hiper(caminho) cognoscitivos e valorativos para tomar uma
decisão e não outra. O tribunal ou outrem tem de perceber o porquê da administração tomar
uma decisão e não outra.
Para além disso podem controlar:

-Se houve ou não desvio de poder- desvio de poder significa que a admin gozou das
competências que o legislador que atribuir e a usou para um fim diferente para que o
legislador lho tinha atribuído. (ex.: MP adquire ventiladores necessários para o combate à
pandemia, e decide para equipar os hospitais melhor compra mais outros para combater
outras doenças, aqui pode-se dizer que há desvio de poder porque os ventiladores eram para
combater a pandemia e abusei da competência para um fim de interesse público que
exorbitaba o fim da norma. Estou a cumprir um interesse público mas não o que visava a
norma aqui seria um desvio de poderes para o fim de interesses públicos e gera uma
nulibilidade do ato. “para o combate à pandemia” este é o fim de interesse público a
prosseguir podem ser adquiridos ventiladores e o que me estou a desviar é o interesse a
prosseguir.

Mais grave é dizer que “ tenho oportunidade de obter todas as vacinas de covid medicamente
testados e comprovadas mas eu só vou adquiri Pfizer porque os senhores de lá me atribuíram
uma recompensa caso só adquirisse deles e tenha essa compensação que me motiva a adquirir
só Pfizer. O problema aqui é que o que me move a adquirir Pfizer é uma recompensa e não
porque são as que necessariamente são as que mais se adequam ao tratamento da população
mas por causa da recompensa movendo-me não a prosseguimento do interesse público mas
sim um interesse privado. Estou a determinar-me por um interesse privado. Neste caso
constitui crime.

Se fosse despedido da companhia e decidisse não comprar dessa não constitui. Quando a ação
discricionária contém fins privados este é nulo. O desvio de poder constituído por interesses
privados.

-Vamos supor que o legislador pode adquirir vacinas da moderna, AstraZeneca, Pfizer e outras
vacinas desde que medicamente… E eu vou comprar a CoronaVac que não está admitida pela
agência europeia do medicamento. Qual é o problema nisto? No pressuposto que já está
testada? Há um problema de erro de fato. A realidade que represento para garantir a vacina
de CoronaVac não corresponde à realidade de facto. (outro ex.: não evacuo as populações
porque o vulcão está adormecido e deixou no sítio mas o vulcão já entrou em errupção) Parto
duma presunção de realidade que não corresponde à realidade de facto podendo incorrer ao
“erro de facto”. É por isso que é importante a fundamentação da decisão porque nos ajuda a
detetar os erros da decisão.

-Erro manifesto de apreciação- vamos supor outra vez a situação das vacinas anterior e eu digo
que devem ser compradas doses de vacinas consoante as necessidades das populações e
consoante a sua atuação às respetivas faixas etárias. A mais significativa é as de mais de 60
anos e que em princípio não podem tomar Jansen e compro x doses dela que ultrapassam as
quantidades de necessidade. O tribunal pode dizer que na verdade houve uma atuação lógica,
mas na própria decisão diz que a vacina não pode ser aplica aos de 60 anos, mas compraram
acima daquilo necessário. (ex.: O vulcão está em erupção, mas toma como medida a
permanência nas residências com certas medidas de isolamento mas é errado porque a única
decisão era a evacuação). A administração avaliou apreciou mal a situação mas tem de ser um
erro manifesto senão o risco destes tribunais se intrometam de facto na esfera da
discricionariedade administrativo e por isso tem de ser um erro manifesto de administração.
Tem de ser um erro claro e seguro de que a administração apreciou mal.
Se tou com o vulcão em erupção não vou lá deixar ficar. Outro caso era o de Pedrógão, no caso
da ponte que caiu em entre rios e outra em Bórgão ou o que é. De facto tem que ser um erro
claro, seguro e não evidente, palmar.

Erro de facto temos uma presunção de facto diferente da realidade e aqui não é tão sensível
porque não há uma valoração que se sobrepõe à da admin ao contrário do erro manifesto
onde entra numa esfera muito ténue em que está a avaliar as valoração da atuação
administrativa e por isso tem que ser um erro claro e seguro

-Violação dos princípios da atuação geral administrativa –

 o que mais importa aqui é o princípio da igualdade (ex: supomos que adquiri vacinas à
Jhansen, Astrazeneca, Moderna e não à Pfizer e está mostrado que esta tinha um
índice parecido com as outras e não me motivei por interesses pessoais e achei que
tecnicamente não se justificava a aquisição da Pfizer. Vêm dizer que a Pfizer tem um
nível de eficácia igual e preço também e não há justificação para tal havendo uma
violação do princípio da igualdade porque também tinham direito.
 Violação do princípio da proporicionalidade (muitas vezes confundidos com o erro
manifesto de apreciação- a diferença entre estes é que o segundo significa que estou a
aplicar a norma e que a situação em concreto não se enquadra na norma, no primeiro
ainda estou dentro do âmbito de proteção da norma o que faço é uma desaquada
graduação da medida da norma. (ex.: um de nós copia e disto vem, processo
disciplinar, multa ou expulsão e o examinador diz que expulsa da universidade como
pena proposta – isto é desproporcionado) Agora que um de nós, com a aula a decorrer
um de nós entra na sala e isto é inadmissível e é logo suspensão (isto é erro manifesto
de apreciação- aqui o que ele vai fazer quanto mais suspensão)

No primeiro caso temos uma excedência de pena mas dentro do âmbito de proteção da norma
e por isso é um problema de proporcionalidade agora no outro onde o aluno entra
tranquilamente o professor não pode dar uma pena de suspensão… A conduta nem é passível
de condenação e a medida é desadequada.

 Princípio do boa fé – deve garantir a proteção de confiança dos destinatários das suas
decisões (ex.: Comunica a um particular que tem direito a uma prorrogação de uma
licença de exploração de um bar e faz o investimento todo e realiza as despesas todas
e é investido na exploração e a administração vem dizer que afinal vão revogar o ato
de licença e aqui posso vir com princípio da proteção da confiança e a partir do
momento que vai haver prorrogação têm que atuar com um princípio da boa fé.
 Princípio da racionalidade e da razoabilidade– a ideai que toda a ação da admin tem de
ser razoável e racional e é querida ao professor das lições.

Uma aula de hora 15;23

A organização da Administração Pública Portuguesa I - Princípios de


organização da Administração Pública
1. Desconcentração e descentralização (cabe ao legislador estabelecer “adequadas formas
de descentralização e desconcentração administrativas” - artigo 267.º, n.º 2, da CRP)
1.1. Desconcentração: a desconcentração de competências como uma técnica transferência de
competências de um órgão para um outro órgão da mesma pessoa colectiva de direito público
(p. ex., com base em habilitação legal, no Governo, um Ministro pode proceder à
desconcentração das suas competências para um DirectorGeral; na Universidade, o Reitor,
também e sempre com base em habilitação legal, pode proceder à desconcentração das suas
competências no Administrador da mesma Universidade)

1.1.1. Desconcentração no interior das pessoas colectivas

a) Desconcentração vertical: através da desconcentração vertical os órgãos da Administração


em posição subalterna na cadeia hierárquica interna passam a poder exercer competências de
um órgão superior dessa cadeia hierárquica.

b) Na desconcentração horizontal assiste-se a uma repartição de competências por órgãos


entre os quais não existe uma relação hierárquica (repartição de funções entre os ministros do
Governo ou, nos municípios, entre a assembleia municipal e câmara municipal)

c) A desconcentração originária e desconcentração derivada i) A desconcentração originária é


efectuada directamente pelas leis de organização administrativa (“leis de desconcentração
administrativa”): a lei atribui directamente competências a órgãos periféricos ou situados em
posição subalterna (é o que sucede na Administração directa do Estado, quando os decretos-
lei de organização do Governo atribuem directamente competências a órgãos situados
hierarquicamente abaixo dos ministros).

ii) A desconcentração derivada tem fundamento na lei e é efectuada através de um acto


administrativo, isto é, um acto de delegação de poderes: “os órgãos normalmente
competentes para decidir em determinada matéria podem, sempre que para tal estejam
habilitados por lei, permitir, através de um ato de delegação de poderes, que outro órgão ou
agente da mesma pessoa coletiva (…) pratique atos administrativos sobre a mesma matéria” -
artigo 44.º, n.º 1, do Código do Procedimento Administrativo (CPA) d) Desconcentração
territorial e desconcentração funcional i) A desconcentração territorial constituiu um modo de
“aproximação dos serviços às populações” (artigo 267.º, n.º 1): uma técnica de transferência
de competências para órgãos periféricos, designadamente da Administração directa do Estado
(p. ex., desconcentração de competências de um órgão central do Governo para um director
regional da zona centro ou da zona norte do País) ii) Através da desconcentração funcional
procede-se a uma distribuição de funções e de competências entre órgãos administrativos que
não implica necessariamente qualquer desconcentração territorial de competências (p. ex.,
delegação de competências de um ministro num director-geral).

1.1.2. Desconcentração personalizada (intersubjectiva), no âmbito da relação entre o Estado e


a (sua) Administração indirecta: trata-se de uma técnica através da qual o Estado-
Administração procede à transferência de atribuições suas para outras pessoas colectivas por
si instituídas (o caso mais recorrente da relação entre o Estado e os institutos públicos, que são
pessoas colectivas de direito público e integram a administração indirecta do Estado,
prosseguindo atribuições próprias do Estado, isto é, da titularidade do Estado. P. ex., o
Governo, através do Ministério da Segurança Social, pode delegar no Instituto da Segurança
Social, I.P., que é um instituto público, a matéria relativa à gestão dos acordos outorgados com
as Instituições Particulares de Solidariedade Social, para a prossecução de fins sociais). Nota:
mas também pode verificar-se uma desconcentração personalizada/intersubjectiva em
entidades de administração autónoma territorial (p. ex., entre os municípios e as empresas
municipais)
1.2. Descentralização

a) Constitui um modo transferência de atribuições de uma entidade administrativa para outra


entidade administrativa, de uma pessoa colectiva pública para outra pessoa colectiva pública
(p. ex., do Estado para as autarquias locais)

b) Mas a descentralização pressupõe o reconhecimento de que a função ou tarefa a transferir


constitui um interesse próprio ou específico da colectividade de interessados da organização
administrativa para a qual são transferidas aquelas tarefas ou funções (p. ex., assim sucedeu
com a transferência do Estado para os municípios da tarefa de distribuição de energia eléctrica
no âmbito territorial de cada município ou com a matéria do planeamento urbanístico ou, mais
recentemente, com a Lei-quadro da transferência de atribuições e competências do Estado-
Administração para as autarquias locais e para as entidades intermunicipais - Lei n.º 50/2018,
de 16 de Agosto ).

c) A descentralização implica a transferência da titularidade de uma atribuição (a atribuição de


que era titular o Estado é transmitida para a titularidade da organização administrativa
destinatária/beneficiária).

1.2.1. Descentralização territorial e descentralização funcional

a) Descentralização territorial (administração autónoma territorial): as entidades beneficiárias


da descentralização são as autarquias locais (municípios e freguesias), em que o elemento
constitutivo é o território e as respectivas populações, ou entidades intermunicipais (“As
autarquias locais são pessoas colectivas territoriais dotadas de órgãos representativos, que
visam a prossecução de interesses próprios das populações respectivas” - artigo 235.º, n.º 2,
da CRP).

b) Descentralização funcional (administração autónoma funcional): as entidades


descentralizadas ou beneficiárias da descentralização são “associações públicas”, em que o
elemento constitutivo é pessoal, isto é, um grupo de pessoas singulares que desenvolvem a
mesma actividade profissão ou actividade económica (caso das associações públicas
profissionais, como a Ordem dos Advogados, a Ordem dos Médicos e as outras ordens
profissionais).

2. O princípio da unidade de acção administrativa e a centralidade do Governo no sistema


administrativo português

2.1. O “Governo é o órgão…superior da administração pública” (artigo 182.º da CRP),


competindo-lhe, no “exercício de funções administrativas”, dirigir os serviços e a actividade da
administração directa do Estado, superintender na administração indirecta e exercer a tutela
sobre esta e sobre a administração autónoma. Para garantir esta unidade funcional da ação (a
unidade de prosseguir as taredas/funções que são deste modo a partir da descentralização ou
da cenralização que a constituição dá um poder constitucional ao governo para que conserve
esta unidade ou harmonia e atribui o poder de direção sobre a própria administração (os
ministérios). Nem sempre é fácil (ex.: ministério da saúde com a administração das vacinas e a
falta de coordenação)Ou seja, exerce:

a) Poder de direcção sobre a Administração directa do Estado: a relevância do princípio da


hierarquia na organização interna da Administração directa do Estado

b) Poderes de tutela e de superintendência em relação à Administração indirecta:


i) O Governo exerce intensos poderes de tutela sobre os institutos públicos (tutela de
legalidade e de mérito)

ii) O Governo exerce poderes de superintendência sobre os institutos públicos, emitindo


orientações, directivas e solicitar informações aos órgãos dirigentes dos institutos públicos
sobre os objectivos a atingir na gestão do instituto e sobre as prioridades a adoptar na
respectiva prossecução

iii) O Governo pode definir orientações de gestão para o sector empresarial do Estado.

c) Poder de tutela sobre a administração autónoma: sobre a administração autónoma


territorial (autarquias locais) e sobre administração autónoma funcional, designadamente as
associações públicas profissionais, como a ordens profissionais. Ainda recentemente no
contexto legislativo colocu-se o problema se o poder legal não devia ser revista e se calhar
algum dele retransmitido ao estado ou sujeito a uma vigilância mais estrita pelo estado (isto
no poder legal transmitido pelo estado a certas ordens profissionais – associações públicas
profissionais (ex.: municípios para ver se cumprem as leis urbanas, gestão patrimonial, etc.).
Ver se o conjunto de leis aplicáveis à administração autónoma estão a ser observadas.

d) Poder de tutela financeira e patrimonial sobre as entidades administrativas independentes


com funções de regulação da economia

Superintendência – permite ao governo emitir diretivas e orientações para os próprios órgãos


internos. Recomenda para uma situação ex.: ministro da saúde diz que as unidades
hospitalares devem ser reduzidas as listas de espera em 10 ou 15% está a talhar um objetivo e
isto é superintendência.

Poder de tutela – interfere na organização da unidade e vai verifciar se esses objetivos estão a
ser cumpridos de forma legal (dentro das leis de saúde, financeira, etc.) e se concluir que ao
abrigo deste poder estão a cumprir ilegalidades e exonéreas (pode estabelecer sanções como
a demissão e se por ventura como estão a seguir os objetivos e de outra forma podemos ver
um vigio de mérito da atividade e o modo como está a ser organizado. É avaliar e ter um juízo
sobre a atividade no sentido na perssecução do objetivo que foi delimitado ao abrigo do poder
de superintendência.

2.2. Momento teleológico de unidade da Administração: o interesse público – a ideia é


harmonizar a execução dos interesses públicos ao nível nacional e harmoniza-la segundos os
preceitos legais que existem em todas as atividades administrativas que existe desde a obra
mais próxima do estado, da órbita mais próxima das regiões autónomas ou das órbitas mais
próximas de cada freguesia.

Isto permite que o estado consiga a unidade naciona administrativa quer seja ao nível
organizacional quer seja do ponto de vista da legalidade. Isto é a razão pela qual a constituição
mantém o governo como órgão garante na ação da atividade administrativa.

Agora vamos entrar em cada interior da administração- 1º estado depois autarquias, etc.

Vamos falar do setor do primeiro grupo do artigo 2º, nº4 e depois as entidades criadas por
este grupo como segundo grupo e depois os órgãos criados por cada município.
Os sectores da Administração Pública/da organização administrativa

1. Nota prévia: relembrando a pluralidade de sujeitos da Administração Pública

1.1. Em ponto anterior salientou-se que a Administração Pública em sentido orgânico ou


institucional compreende:

a) As pessoas colectivas de direito público (o critério da personalidade jurídica: um critério


jurídico-formal com apoio no artigo 2.º, n.º 4, do CPA, isto é, por serem titulares de
personalidade jurídica de direito público são sujeitos da Administração Pública):

i) O Estado (“Estado-Administração”, isto é, o Estado no exercício de funções materialmente


administrativas);

ii) As regiões autónomas (enquanto entidades que exercem funções materialmente


administrativas);

iii) As autarquias locais (municípios e freguesias);

iv) As entidades intermunicipais (as associações de municípios);

v) Os institutos públicos;

vi) As associações públicas (associações públicas profissionais).

b) E as entidades administrativas privadas: entidades que, embora com personalidade de


direito privado, têm uma “participação com influência dominante” das entidades integradas
no grupo anterior (critério da participação dominante de pessoas colectivas de direito público,
dos sujeitos de direito público)

(Nota: relembra-se que a Administração Pública em sentido funcional - a Administração


Pública delegada ou concessionada, constituída por entidades particulares com funções
administrativas – não integra a Administração Pública em sentido orgânico ou institucional)

2. O ponto seguinte tem por objecto saber em que sectores da Administração Pública se
integram as entidades referidas em a) e b).

Os sectores da Administração Pública/da organização administrativa

1. A estrutura do modelo organizativo da Administração Pública


1.1. Sectores da Administração Pública em sentido orgânico-institucional

a) Sector da Administração Pública do Estado (remete oralmente até por ponto de vista
constitucional prossegue interesses públicos nacionais, portanto, quando falamos de
interesses públicos sobre a titularidade destes são sempre de caráter nacional seja em que
setor falêmos) – os interesses públicos da administração pública do estado administração só
têm limites nas fronteiras.

b) Sector da Administração Pública autónoma (territorial e funcional) – aqui delimita os seus


interesses ao nível territorial e cada município prossegue as suas missões dentro do limite
territorial concebido (limite territorial.

I - Análise do sector da Administração Pública do Estado

a) Prossegue interesses públicos nacionais da responsabilidade do Estado, isto é, trata-se de


organizações administrativas que prosseguem fins ou atribuições do Estado-Administração

b) A pluralidade de interesses públicos do Estado-Administração e a pluralidade de


organizações administrativas do âmbito da Administração Pública do Estado

c) Os subsectores da Administração Pública do Estado Dentro do estado encontramos várias


funções e aqui desdobramos a administração estudal em dois grande subsetores
(administração direito do estado e administração indireta do estado

i) A Administração directa do Estado (ministérios) – atribuições que estado lhe transmissão da


transmissão personalizada subjetiva que o estado lhe transmitiu e outras que as prosseguem
de forma mais independente do estado que é a indireta (ex.: ERI’s) –esta até são admnistração
indireta independente. Esta administração direta significa em termos da organização
administrativa é que prosseguem fins que cabem ao estado (fim nacional) até por razão
constitucional como sabemos logo ao nível da saúde, segurança social e ensino. São logo
funções administrativas que CRP prossegue ao estado e que este concede pela administração
direta ou indireta.Ministéria é um conjunto de organizações que dependem diretamente do
governo no sentido a que cada uma dessas organizações são dirigidas através de cada um dos
ministros e portanto pelo governo. O ministro da saúde dirige a sua adminstração direta que é
o ministério de saúde e o de infra estrutura a mesma cena, etc. Aqui falamos num dirigir em
que a estrutura faz com que cada ministro tenha poder administrativo (poder de dirigr e não
política) de dar orientações dentro do seu ministério, organiza-lo no princípio da
desconcretação ao nível nacional ou regional... Como quer que seja o ministro enquanto órgão
topo da hierarquia (depois com diretor-geral, sub-diretor-geral, etc.) com uma organização
pirâmidal de baixa para cima com essa estrutura hierárquica em que o poder de direção se
prolongar em cada linha hierárquica. Dentro de cada um destes departamentos ou subsetores
do interior da organização do setor de estado. Temos para além dos ministros a administração
central

ii) A Administração indirecta do Estado, que, por sua vez, se subdivide em:

- Entidades que prosseguem fins do Estado sob influência e na dependência do Governo;


- Entidades que prosseguem fins do Estado, mas sem influência ou ingerência do Governo
(entidades administrativas independentes).

1. A Administração directa do Estado: os fins ou interesses públicos da responsabilidade do


Estado-Administração são directamente prosseguidos pelo próprio Estado, através dos seus
órgãos e serviços e sob o poder de direcção do Governo e, em regra, internamente estruturada
no âmbito de uma relação de hierarquia (ao Governo, como “órgão superior da Administração
Pública”, compete “Dirigir os serviços e a actividade da administração directa do Estado, civil e
militar…” – alínea d) do artigo 199.º da CRP)

1.1. Subdivisão do sector da Administração directa do Estado

a) Administração central, que incluiu:

i) O Governo, enquanto órgão administrativo;

ii) Os órgãos e serviços centrais, com funções diferenciadas (desconcentração funcional) e que
exercem uma competência extensiva a todo o território nacional (com salvaguarda da
Administração própria das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira). Por regra,
encontram-se integrados em ministérios e funcionam na dependência directa do Governo (p.
ex., direcções-gerais, inspecções-gerais).

b) Administração periférica do Estado, ao abrigo da descentralização da administração, do


poder e competências é um órgão tipicamente concebido ao abrigo do princípio da
descentralização de poder e competências para exercer esses poderes num território maior ou
menor conforme a região que lhe seja dada (ex.: maior em situações regionais norte ao centro
onde há extensão periférica de ministérios, etc.) que se subdivide em:

i) Órgãos e serviços periféricos (desconcentração geográfica/territorial) integrados em


ministérios e subordinados ao Governo, mas com competências/poderes limitados uma área
territorial restrita ou circunscrição administrativa delimitada (p. ex., direcções-regionais,
centros distritais de segurança social, comissões de coordenação de desenvolvimento regional)

ii) Serviços periféricos externos, que exercem poderes fora do território nacional (p. ex., as
embaixadas, as representações permanentes ou os postos consulares) . dentro do contexto
dos ministérios diplomáticos ou negócios estrangeiros.

O modo organizativo interno é o princípio da hierarquia. Em cada ministério conforme o


contexto governativo em que se exerce funções teremos mais ou menos princípio da
desconcentração e isso no sentido de saber se os órgãos devem ter mais ou menos poder
relativamente ao poder do ministro daquele departamento mas no geral existem sempre
desde o topo da hierarquia ao diretor regional, etc. Esta organização por ventura ou não
criticável levou a que um autor nosso conhecido onde falamos da abertura e transparência da
admnistração e abertura da admnistração do cidadão porque antes tinham a ideia de quando
se entrasse na administração entravamos numa dimensão de hierarquia e esqueciam tudo
além da hierarquia. Hoje as indicações da organização administrativa são adversa a esta
criação corrupta da administração.

1.1.1. Relações interorgânicas/internas na Administração directa do Estado


a) A Administração directa do Estado encontra-se internamente estruturada com base numa
típica relação de hierarquia, isto é, de supra/infra ordenação (a hierarquia traduz-se numa
relação estabelecida entre órgãos da mesma pessoa colectiva pública em que um deles -
superior hierárquico - detém, com base na lei ou com base em regulamento habilitado por lei,
o poder de supremacia jurídica sobre outro órgão - órgão subalterno -; ao poder de
supremacia corresponde o dever de subordinação do subalterno) O superior hierárquia pode
instaurar procedimentos disciplinas. Senão gostar das ações dos inferiores hierárquicos pode
revogar a autorização do ato que foi praticado seja uma despesa, etc. Pode até anular perante
uma ilegalidade no ato e com fundamente em ilegalidade cometida. No topo de hierarquia o
ministro tem estes poderes todos em relação a toda direção hierárquica por isso diferem a
distinção entre responsabilidade política da administrativa dos ministros. De qualquer das
maneiras no plano administrativo o que está em causa é se o ministro fez o seu trabalho de
vigilância dos seus inferiores e se fez o exercício pleno de superior hierárquico que o direito
administrativo lhe conferior.

b) O órgão superior hierárquico é titular poder de direcção (poder de emitir ordens concretas,
precisas e individuais ao órgão subalterno, podendo ainda consistir em directrizes ou
instruções, de carácter geral e abstracto, que, em regra, assumem formalmente o nome de
“circulares” administrativas), do poder disciplinar (traduz-se na competência para instaurar
procedimentos disciplinares, por prática de infracções pelos subalternos, e aplicar as sanções
legalmente previstas, nos termos da Lei Geral de Trabalho em Funções Públicas, e do poder de
revisão dos actos praticados pelo órgão subalterno (poder de anulação e revogação dos actos
praticados pelo órgão subalterno)

2. Administração indirecta do Estado: a Administração indirecta do Estado como resultado de


processos de desconcentração personalizada/intersubjectiva . Até agora falámos do plano que
é chegado ao governo e vimos essa administração central. Agora saímos deste contexto
organizativo e agora vemos a administração indireta que é criada, constituida e
administrativamente coordenada e gerida através do princípio da desconcentração
personalidade ou desconcentração inter subjetiva. Temos então novs entidades com
personalidade jurídica de direito privado ou aqueles de direito público. Falamos dessas de
privado mas criadas pelo estado através dessa técnica do princípio de desconcentração seja a
personalizada ou intersujetiva.

2.1. Entidades que integram a Administração indirecta do Estado

2.1.1. Administração estadual indirecta dependente do Governo (assim designada por o


Governo dispor do poder de supervisionar as entidades, mediante a emissão de directrizes e
instruções e de outras formas controlo da gestão, como a emanação de orientações e a
designação dos respectivos dirigentes). Integram a Administração estadual indirecta
dependente do Governo:

a) Os institutos públicos (entidades com um património próprio, orçamento e órgãos de


adminsitração próprio com poder admnistração público sejam personalidades jurídicas
públicas (IP – lei 3/2004), ou privadas (ao abrigo da lei de sociedades privadas)

i) Organizações dotadas de personalidade jurídica de direito público (pessoas colectivas


públicas de natureza institucional ou fundacional), legalmente instituídas para a realização de
fins do Estado e que os prosseguem, em nome próprio, mas sob a superintendência e tutela do
Governo (p. ex., Instituto da Segurança Social, I.P., Administrações Regionais de Saúde, I.P.)

ii) O regime de criação e de organização dos institutos públicos encontra-se previsto na Lei
Quadro do Institutos Públicos (Lei n.º 3/2004, de 15 de Janeiro, conjugado com a Lei-Quadro
das Fundações – Lei n.º 24/2012, de 9 de Julho. A Lei Quadro dos Institutos Públicos define um
regime comum aos institutos públicos: matérias relativas à organização; à gestão
económicofinanceira e patrimonial; à tutela e superintendência do Governo; e à
responsabilidade dos titulares dos órgãos respectivos)

iii) Os institutos públicos assumem, em geral, o formato de fundações públicas (“fundos”). A


forma de “serviços personalizados” é, hoje, residual (por força da Lei-Quadro das Fundações,
todas as fundações públicas, sejam de direito público ou de direito privado, são qualificadas
como institutos públicos e estão sujeitas ao regime previsto na Lei Quadro dos Institutos
Públicos)

iv) Em geral, os institutos públicos tem um âmbito nacional, mas há institutos públicos com um
âmbito territorialmente circunscrito (caso das Administrações Regionais de Saúde, I.P.). Os
institutos públicos de âmbito nacional podem dispor de serviços territorialmente dos serviços
desconcentrados (p. ex., os Centros Distritais de Segurança Social constituem serviços
desconcentrados do Instituto da Segurança Social, I.P.)

2.1.1.1. Tipo de relações jurídicas estabelecidas entre o Governo e os institutos públicos

i) Relações de superintendência (no exercício de funções administrativas compete ao Governo


“superintender na administração indirecta e exercer a tutela sobre esta” – alínea d) do artigo
199.º da CRP): poder orientação do Governo exercido, com base na lei (Lei n.º 3/2004, de 15
de Janeiro, que aprova a Lei Quadro dos Institutos Públicos), sobre os institutos públicos,
através do qual estabelece as missões a prosseguir pelo instituto superintendido e define as
prioridades, os objectivos e as metas a atingir, emitindo directrizes e instruções e solicitando
informações. O Governo estabelece os objectivos e as metas a atingir, deixando à
responsabilidade dos órgãos próprios dos institutos a definição e a escolha dos meios e dos
processos para a obtenção daqueles resultados (p. ex., o Governo pode estabelecer, para o
ano de 2021, como meta/objectivo do Instituto de Emprego e Formação Profissional, I.P., a
abertura, no mínimo, de 50 cursos de formação profissional, para jovens à procura do 1.º
emprego).

ii) Relações de tutela administrativa: poder de intervenção na gestão, de fiscalização e de


sanção sobre as entidades tuteladas. A tutela administrativa não se presume, devendo a lei
indicar, para cada caso, as medidas tutelares que podem ser adoptadas pelo Governo (artigo
199.º, n.º 4, do Código do Procedimento Administrativo-CPA) Quantos aos fins, o Governo
exerce sobre os institutos públicos as seguintes espécies de tutela administrativa:

- A tutela de legalidade (tem por objecto a verificação da legalidade da actuação das entidades
sujeitas a tutela administrativa, ou seja, tem por fim a verificação do cumprimento da lei);

- A tutela de mérito (tem por objecto o controlo do mérito da acção desenvolvida pelas
entidades sujeitas a tutela administrativa).
b) As empresas públicas: prosseguem igualmente fins originariamente da responsabilidade do
Estado (Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de Outubro, que aprova o Regime Jurídico do Sector
Público Empresarial) –são entidades criadas pelo estado mas são entidades administrativas
privadas, prosseguem uma aitvidade sujeita a orientação e controlo dos respetivos ministro
tendo dois tipos (fins mais constitucionais e outras com fins mais instrumentais)

i) As empresas públicas desenvolvem actividades de natureza diversa, mas, em geral, de


carácter económico/serviços de interesse económico geral (p. ex., empresas de administração
e gestão de infra-estruturas públicas, como portos, estradas, rede ferroviária, empresas de
gestão serviços públicos, como o serviço postal/correios, os sistemas multimunicipais de água,
serviços de transporte rodoviário e ferroviário, serviço público de televisão) ou de natureza
financeira (caso da Caixa Geral de Depósitos) ou que que podem ser prosseguidas segundo
métodos de gestão empresarial (p. ex. a gestão de hospitais)

ii) Tipos de empresas públicas (segundo o Regime Jurídico do Sector Público Empresarial do
Estado):

- Empresas públicas constituídas sob a forma de sociedade de responsabilidade limitada nos


termos da lei comercial (em geral, sob a forma de sociedade anónima, com a sigla S.A.), nas
quais o Estado ou outras entidades públicas exerçam, isolada ou conjuntamente, de forma
directa ou indirecta, influência dominante (influência dominante por o Estado ser titular da
maioria do capital social, deter a maioria dos direitos de voto, ter a possibilidade de designar
ou destituir a maioria dos membros do órgão de administração ou do órgão de fiscalização ou
dispor de direitos especiais); Estão divididas em títulos que chamamos ações.

- Entidades públicas empresariais, identificadas com a sigla E.P.E (trata-se de pessoas


colectivas de direito público, com natureza empresarial, criadas por decreto-lei – p. ex., os
Hospitais, E.P.E., Parque Escolar. E.P.E., Comboios de Portugal, E.P.E.). Estas tem personalidade
jurídica pública e fenómeno empresa no contexto do estado tanto pode ser uma pessoa
coletiva pública de direito admnistrativo como os hospitais (E.P.E) criada pelo estado para
prosseguir uma missão de interesse pública do ministério público que funcionou ao abrigo do
princípio da descentralização ou as águas de portugal.

2.1.1.2. Tipo de relações jurídicas entre o Estado (o Governo) e as empresas públicas: relações
de orientação e controlo

i) Trata-se de relações de conteúdo semelhante às da (já referida) superintendência, mas agora


estabelecidas entre o Estado e as empresas públicas: com base no Regime Jurídico do Sector
Público Empresarial, o Estado, através do Governo, define e emite orientações estratégicas,
estabelece os objectivos e os resultados a atingir pelas empresas (situação análoga se verifica
na relação entre os municípios e as empresas locais, nos termos do Regime Jurídico do Sector
Empresarial Local). Podem marcar objetivos aos portos que são S.A ou outras coisas como
diminuir o ratio financeiro das dívidas acumuladas ao longo dos anos, etc. É uma relação de
orientação e controlo que depois tem o poder de verificar ou exerce isto no ponto de vista
acionista e se não exercer o poder na via administrativa vai na via acionista como sócio
acionista segundo o código das sociedades empresarias sendo o estado o maior acionista nesta
direciona as empresas.

ii) Efectivamente, segundo o Regime Jurídico do Sector Público Empresarial, as empresas


públicas prosseguem as atribuições do Estado sob a orientação do Governo (são dirigidas por
gestores designados pelo Estado - os gestores públicos – e actuam ou desenvolvem as
respectivas actividades com sujeição às directrizes emanadas pelo Governo, seja com base no
exercício da função accionista, seja com base no poder que a lei lhe confere para emitir
orientações estratégicas)

2.1.2. A Administração estadual/indirecta independente (entidades administrativas que


prosseguem fins do Estado, mas sem influência/interferência do Governo) – esta
administração é de regime especial e são as autoridades reguladoras. São criadas pelo estado
para o exercício desta função estadual de controlo. Segundo a lei quadro das autoridades
reguladoras independentes. É genuinamente criado pelo estado de criação mas porque é
indireta e independente? Prosseguem fins do estado mas de forma independente do estado.
As outras são dependentes mas esta é independente no plano orgânico porque a designação
dos determinados membros passam crivo na assembleia da república para acumularem nada
alheiro à administração e são bem escolhidos na AR e depois são nomeados em conselho de
ministros.

Depois tem garantias pessoais de independência designadamente na impossibilidade do


governo de exonar o presidente e os membros do conselho sem boa razão. Senão houver
dissonância o ministro estaria a substituir sempre o presidente conforme as suas ideologias e
não seriam verdadeiramente independentes. Só pode haver exoneração quando houver uma
comprova e justificada falta grave. O mandato é de 6 em 6 anos para não corresponder com
mandatos legislativos e alternidade obrigatória de sexo nomeadamente no presidente e os
mandatos não são renováveis. Princípio legal para estes e constitucional para os países. Tem
independência no plano funcional porque há independência do governo das funções é
verdadeiramente autónomo ao governo inclusive na sua função e o ministro não tem qualquer
direito a intervir nas ERI isto é para salvaguardar a neutralidade política. Tem uma tutela
financeira orçamental apenas o governo nestas e mesmo esta é criticada.

a) Trata-se de “institutos públicos de regime especial”, cujo regime consta da Leiquadro das
entidades administrativas independentes com funções de regulação da actividade económica
dos sectores privado, público e cooperativo (Lei n.º 67/2013, de 28 de Agosto, alterada pela Lei
n.º 12/2017, de 2 de Maio)

b) Administração estadual/indirecta independente tem base constitucional geral no n.º 3 do


artigo 267.º da Constituição, que confere ao legislador a habilitação para criar “entidades
administrativas independentes” – e a regulação da comunicação social dispõe de uma
habilitação constitucional específica no artigo 39.º, ao estabelecer que o exercício desta
função cabe a uma entidade administrativa independente

c) Exemplos de algumas entidades integradas no sector da Administração estadual/indirecta


independente: Comissão do Mercado de Valores Mobiliários; Autoridade da Concorrência;
Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos; Autoridade Nacional de Comunicações –
ANACOM; Autoridade Nacional de Aviação Civil – INAC; Entidade Reguladora dos Serviços de
Águas e Resíduos; Entidade Reguladora da Saúde, Entidade Reguladora para a Comunicação
Social, etc.
d) Manifestações da independência das entidades integradas na Administração
estadual/indirecta independente (em especial, as que resultam da Lei n.º 67/2013, de 28 de
Agosto - Lei-quadro das entidades administrativas independentes com funções de regulação
da actividade económica dos sectores privado, público e cooperativo)

i) Independência no plano orgânico, que é garantida:


- pelo o procedimento de designação dos titulares dos órgãos (o conselho de
administração de cada uma das entidades), com exigência de audição pela
Assembleia da República (os membros do conselho de administração são
designados por resolução do Conselho de Ministros, tendo em consideração o
parecer fundamentado da comissão competente da Assembleia da República – n.º
3 do artigo 17.º da Lei n.º 67/2013);
- pelo estabelecimento de garantias pessoais da independência, da
inamovibilidade e de uma tendencial irrevogabilidade administrativa dos
mandatos, designadamente, a impossibilidade de o Governo demitir os titulares
dos órgãos (a dissolução do conselho de administração e a destituição de qualquer
dos seus membros só pode ocorrer mediante resolução do Conselho de Ministros,
oficiosamente ou tendo em conta recomendação da Assembleia da República, e
sempre fundamentada em motivo justificado – n.º 4 do artigo 20.º da Lei n.º
67/2013), a não coincidência entre os mandatos do Governo e os dos titulares dos
órgãos e a proibição da renovação do respectivo mandato - o mandato dos
membros do conselho de administração tem a duração de seis anos, não sendo
renovável).

ii) Independência no plano funcional: exercício de funções, pelos titulares dos órgãos,
sem sujeição ao poder de direcção, de orientação, de controlo ou de fiscalização
do Governo; definição das linhas de acção e do modos de as prosseguir sem
intervenção governamental i

iii) Independência no plano financeiro: as entidades da Administração estadual


independente dispõem de poderes legais que lhe permitem a obtenção/a
cobrança de receitas próprias (contribuições, taxas ou tarifas cobradas pelo
exercício da actividade reguladora ou pelos serviços prestados ou pela remoção de
um obstáculo jurídico, os montantes das coimas aplicadas pelas infracções que
lhes compete sancionar). As dotações do orçamento do Estado devem ter, por
regra, um carácter supletivo.

iv) Independência em relação aos sectores económicos regulados: a previsão de


diversas incompatibilidades e também de impedimentos que oneram os titulares
dos órgãos durante o exercício dos mandatos e, depois da cessação do mandato e
durante um período de dois anos, os membros do conselho de administração não
podem estabelecer qualquer vínculo ou relação contratual com as empresas,
grupos de empresas ou outras entidades destinatárias da actividade da respectiva
entidade reguladora (artigo 19.º da Lei n.º 67/2013)
2.1.2.1. A relação jurídica entre o Estado e as entidades integradas na (sua) Administração
estadual/indirecta independente caracteriza-se pela excepcionalidade da intervenção do
Governo:

i) As entidades reguladoras são independentes no exercício das suas funções e não se


encontram sujeitas a superintendência ou tutela governamental, sem prejuízo da aprovação,
por parte dos membros do Governo responsáveis pela área das finanças e pela principal área
de actividade económica sobre a qual incide a actuação da entidade reguladora, os
orçamentos e respectivos planos plurianuais, o balanço e as contas – artigo 45.º da Lei n.º
67/2013. Existe, pois, uma (limitada) tutela económico-financeira;

ii) Ou seja, o Estado, através do Governo, exerce a tutela administrativa sobre as entidades da
administração independente, embora com limitação dos poderes tutelares à prática de actos
de autorização e de aprovação do Governo em matéria económica e financeira (Lei n.º
67/2013, de 28 de Agosto, Lei-quadro das entidades administrativas independentes com
funções de regulação da actividade económica dos sectores privado, público e cooperativo).

e) Localização da Administração independente no sistema administrativo:

i) Entidades administrativas independentes com funções de regulação económica: nos termos


da Lei n.º 67/2013, de 28 de Agosto, cada entidade administrativa independente com funções
de regulação da actividade económica dos sectores privado, público e cooperativo está
adstrita a um ministério, mas sem prejuízo da sua independência (artigo 9.º da Lei n.º
67/2013);

ii) O estatuto constitucional especial da Entidade Reguladora para a Comunicação Social: nos
termos da Lei n.º 53/2005, de 8 de Novembro (que cria a ERC—Entidade Reguladora para a
Comunicação Social), o Conselho Regulador da ERC é composto por um presidente, por um
vice-presidente e por três vogais, cabendo à Assembleia da República designar quatro dos seus
membros e estes cooptam o quinto membro do Conselho (artigo 15.º da Lei n.º 53/2005); os
membros do Conselho Regulador são nomeados por um período de cinco anos, não renovável
(artigo 19.º); e a dissolução do Conselho Regulador só pode ocorrer por resolução da
Assembleia da República (artigo 23.º). Em função deste regime pode dizer-se que a Entidade
Reguladora para a Comunicação Social constitui um sector da Administração Pública localizado
“junto da Assembleia da República”.

II - Sectores da Administração autónoma: auto-administração e descentralização


administrativa – está ao abrigo do princípio da descentralização e temos as administrações
autónomas funcionais (associações públicas profissionais cujo cordão umbelical está na ordem
de advogados e depois as outras com base nesta) e as territoriais conforme território.

a) Administração autónoma territorial: colectividade ou grupo de pessoas delimitado em


função de um critério territorial; pessoas colectivas públicas de população e território que
prosseguem interesses próprios e específicos das respectivas populações - autarquias locais
(“As autarquias locais são pessoas colectivas territoriais dotadas de órgãos representativos,
que visam a prossecução de interesses próprios das populações respectivas” – n.º 2 do artigo
235.º da CRP)

b) Administração autónoma funcional: grupo de pessoas que exerce a mesma profissão ou


actividade económica - associações públicas profissionais (p. ex., a Ordem dos Advogados)

1. Administração autónoma territorial e descentralização administrativa territorial – as


autarquias locais (artigos 235.º a 254.º da CRP, Lei n.º 75/2013, de 12 de Setembro, que
aprova o Regime das Autarquias Locais, e Lei n.º 50/2018, de 16 de Agosto, Lei-quadro da
transferência de competências para as autarquias locais e para as entidades intermunicipais)

Nota sobre a administração autónoma territorial e descentralização administrativa: as


atribuições e a organização das autarquias locais, bem como a competência dos seus órgãos,
serão reguladas por lei, de harmonia com o princípio da descentralização administrativa -
artigo 237.º, n.º 1, da CRP, a referida Lei n.º 75/2013, de 12 de Setembro, que aprova o

Regime das Autarquias Locais, e a Lei n.º 50/2018, de 16 de Agosto, Lei-quadro da


transferência de competências para as autarquias locais e para as entidades intermunicipais

1.1. Pessoas colectivas públicas da administração autónoma territorial (categorias de


autarquias locais):

i) No continente as autarquias locais são as freguesias, os municípios e as regiões


administrativas (regiões administrativa não existem per si tendo assim dois órgãos
efetivamente) – n.º 1 do artigo 236.º da CRP

ii) As regiões autónomas dos Açores e da Madeira compreendem freguesias e municípios – n.º
2 do artigo 236.º da CRP

Não enganar, temos que referir a freguesia em si e não junta de freguesia. Quando perguntam
temos de dizer Municípios e Freguesia e não junta. Os municípios são mais importantes e têm
aplicações mais vastas e amplas e têm uma àrea de ação mais ampla para a população da sua
àrea em nome dos interesses próprios da populações locais. Uma cláusula aberta é uma
evolutiva e isto é para os municípios nomeadamente e um bocado para as freguesias.

1.1.1. Municípios – artigos 249.º a 254.º da CRP

a) Atribuições do município: a “cláusula aberta” do artigo 23.º do Regime das Autarquias Locais
(“Constituem atribuições dos municípios a promoção e salvaguarda dos interesses próprios das
respetivas populações, em articulação com as freguesias”…, designadamente, nos seguintes
domínios”): equipamento rural e urbano; energia; transportes e comunicações; educação,
ensino e formação profissional; património, cultura e ciência; tempos livres e desporto; saúde;
acção social; habitação; protecção civil; ambiente e saneamento básico; defesa do
consumidor; promoção do desenvolvimento; ordenamento do território e urbanismo; polícia
municipal; cooperação externa.

b) Órgãos do município: a relevância dos órgãos representativos

i) Assembleia municipal: eleita por sufrágio universal, directo e secreto dos cidadãos
recenseados na área da respectiva autarquia, segundo o sistema da representação
proporcional e dotada de poderes deliberativos (órgão deliberativo do município) – artigos
239.º, 250.º e 251.º da CRP – faz as decisões

ii) Câmara municipal: órgão executivo colegial constituído por um número adequado de
membros, sendo designado presidente o primeiro candidato da lista mais votada para a
assembleia ou para o executivo – artigos 239.º, 250.º e 252.º da CRP – órgão executivo e
executa os planos na assembleia- composta por presidente da câmara e vareadores.

iii) Presidente da câmara municipal: órgão (executivo) do município por dispor de


competências próprias que lhe são conferidas pelo Regime das Autarquias Locais (n.º 2 do
artigo 5.º e artigo 35.º da Lei n.º 75/2013) – enqaunto preside à câmara faz parte da câmara
mas fora disso é uma órgão separado com poderes próprios que gere o município, etc. Além
de presidir a Câmara Municipal também tem poderes fora desse órgão.

c) Serviços do município (Decreto-Lei n.º 305/2009, de 23 de Outubro, que disciplina a


organização interna das autarquias locais, e Lei n.º 19/2004, de 20 de Maio, que disciplina a
criação, poderes de autoridade e organização hierárquica dos serviços municipais de polícia)

d) Serviços municipalizados (artigos 9.º a 18.º da Lei n.º 50/2012, de 31 de Agosto, que aprova
o regime jurídico da actividade empresarial local e das participações locais): os serviços
municipalizados são geridos sob forma empresarial e possuem organização autónoma no
âmbito da administração municipal (dispõem de um conselho de administração e de
orçamento próprio, anexo ao do município). Os serviços municipalizados podem ter por
objecto uma ou mais das seguintes áreas de actividade: abastecimento público de água;
saneamento de águas residuais urbanas; gestão de resíduos urbanos e limpeza pública;
transporte de passageiros; distribuição de energia eléctrica em baixa tensão.

1.1.1.1. Entidades constituídas ou participadas pelos municípios

a) Empresas locais: designam-se empresas locais as sociedades comerciais sob influência


dominante dos municípios (relembrar os critérios de influência dominante já leccionados), nos
termos da Lei n.º 50/2012, de 31 de Agosto, que aprova o regime jurídico da actividade
empresarial local e das participações locais e disciplina igualmente a participação dos
municípios em entidades privadas (associações de direito civil e cooperativas)

b) Associações públicas/entidades intermunicipais (“Os municípios podem constituir


associações e federações para a administração de interesses comuns, às quais a lei pode
conferir atribuições e competências próprias” e “Nas grandes áreas urbanas e nas ilhas, a lei
poderá estabelecer, de acordo com as suas condições específicas, outras formas de
organização territorial autárquica” - artigo 253.º e n.º 3 do artigo 236.º da CRP,
respectivamente, e artigo 63.º da Lei n.º 75.º/2013)

i) As áreas metropolitanas: são instituídas directamente por lei (a Lei n.º 75.º/2013), existindo
duas a nível Nacional (a área metropolitana de Lisboa, que é constituída por 18 municípios e a
área metropolitana do Porto, que integra 17 municípios). Às áreas metropolitanas podem ser
delegadas competências do Estado e dos municípios

ii) As comunidades intermunicipais: são instituídas por iniciativa dos municípios, mas é a lei
que define a circunscrição territorial de cada comunidade intermunicipal (o anexo II à Lei n.º
75/2013 define a circunscrição territorial de 21 comunidades intermunicipais, que
correspondam a unidades territoriais definidas com base nas NUTS III). Às comunidades
intermunicipais podem igualmente ser delegadas competências do Estado e dos municípios
iii) As associações de fins específicos: são constituídas por vontade dos municípios, mas não
dispõem de competências próprias ou delegadas e nem de uma delimitação territorial pré-
definida.

1.1.2. Freguesias – artigos 244.º a 248.º da CRP e Lei n.º 75/2013

a) Atribuições das freguesias – artigo 7.º da Lei n.º 75/2013. As freguesias dispõem de
atribuições designadamente nos seguintes domínios: equipamento rural e urbano;
abastecimento público; educação; cultura, tempos livres e desporto; cuidados primários de
saúde; acção social; protecção civil; ambiente e salubridade; desenvolvimento; ordenamento
urbano e rural; protecção da comunidade.

b) Órgão da freguesia: a relevância dos órgãos representativos (“Os órgãos representativos da


freguesia são a assembleia de freguesia e a junta de freguesia” – artigo 244.º da CRP)

i) Assembleia de freguesia: é o órgão deliberativo da freguesia - artigo 245.º da CRP e artigo 8.º
e segs. da Lei n.º 75/2013 (no entanto, a “lei pode determinar que nas freguesias de população
diminuta a assembleia de freguesia seja substituída pelo plenário dos cidadãos eleitores” – n.º
2 do artigo 245.º da CRP).

ii) A junta de freguesia: é o órgão executivo colegial da freguesia – artigo 246.º da CRP e artigos
15.º e segs. da Lei n.º 75/2013

“Quais são as categorias do órgão da pessoa coletiva pública que é a freguesia? R: Assembleia
de freguesia e junta de freguesia”.

1.1.3. Relações entre o Estado e as autarquias locais: relação de tutela administrativa (tutela
de legalidade)

a) O regime constitucional da tutela administrativa (artigo 242.º da CRP): a tutela


administrativa sobre as autarquias locais consiste na verificação do cumprimento da lei por
parte dos órgãos autárquicos e é exercida nos casos e segundo as formas previstas na lei; a
dissolução de órgãos autárquicos só pode ter por causa acções ou omissões ilegais graves dos
órgãos das autarquias locais ou dos membros titulares desses órgãos: Só existe esta e funciona
de forma ver se cumprem a legalidade (a financeira, a lei, na contratação pública, nos
concursos públicos de pessoal, urbanismo, de gestão de empressas municipal) e se verificarem
o contrário será enviado um relatória pela inspeção da dreção gerla de finanças para o
ministro em princípio de finanças e eventualmente o tribunal exonerá esta ilegalidade
(tribunal administrativo) sendo o ministro não capaz de exonerar estes. A tutela administrativa
impede que o governo aplique sanções administrativas tendo este que recorrer aos tribunais
administrativos.

b) O regime legal da tutela administrativa: este regime consta da Lei n.º 27/96, de 1 de Agosto,
que aprova o regime jurídico da tutela administrativa sobre as autarquias locais, as áreas
metropolitanas e as associações de municípios de direito público

i) A tutela administrativa consiste na verificação do cumprimento das leis e regulamentos por


parte dos órgãos e dos serviços das autarquias locais. Trata-se de uma tutela de legalidade,
realizada através de acções de inspecção ou de fiscalização (em geral, através da Inspecção-
Geral de Finanças)
ii) A prática, por acção ou omissão, de ilegalidades no âmbito da gestão das autarquias locais
pode determinar a perda de mandato, se tiverem sido praticadas individualmente por
membros de órgãos, ou a dissolução do órgão, se forem o resultado da acção ou omissão
deste

iii) As decisões de perda do mandato e de dissolução de órgãos autárquicos são da


competência dos tribunais administrativos de círculo (as acções para perda de mandato ou de
dissolução de órgãos autárquicos são propostas pelo Ministério Público, por qualquer membro
do órgão de que faz parte aquele contra quem for formulado o pedido, ou por quem tenha
interesse directo em demandar, o qual se exprime pela utilidade derivada da procedência da
acção)

Aqui a apresentação até à 24 é até onde sai para a frequência.

Aula depois da frequência...

No dia anterior à frequência ele quer fazer casos práticos

No final da semana o stor quer publicitar as notas

Agora vamos dar sobre

Temos a administração indireta separada entre:

-IP

-administração indireta empresarial

Esta indireta constroi-se a partir do governo a partir do fenómeno da descentralização


subjetivo ou personalizada.

No outro subsetor da adm do estado ainda indireta construi-se com base nas ARI que depois
leva à criação de um setor de administração indireta independente e sobre esta o governo
tinha escassos poderes de tutela administrativa e só sobre a parte económica e financeira mas
é independente na forma em que o governo com os seus ministros não tinha qualquer
influência.

Depois vimos que no contexto da organização administrativa tinhamos a administração


autónoma funcional e territorial e isto rege-se sobre o princípio de descentralização
(atribuições).
Num caso as autarquias (territorial) – atribuição que são transferidas da titularidade do estado
para estas autarquias locais pressupondo-se que são elas as titulares originais desse interesse
público como na àgua, saúde, eletricidade, pouquíssimo na àrea da justiça (ex.: Julgados da
paz), educação, transporte coletivo, refeitórios e são atribuições que até receentemente eram
monopólio do estado e por via do princípio da descentralização são transmitidas para as
autarquias.
Com base na descentralização ainda vimos a administração autónoma funcional formada
principalmente pelas administrações públicas funcionais ou as ordens funcionais como a
ordem dos advogados. Economistas, médicos (são cerca de 20) e por se pressupor que os
titulares dos interesses públicos da relação socio profissional de cada uma destas ordens
profissionais estariam nas ordens. Por serem interesses de auto regulação profissional
individual e coletiva que se entende que por esta reazão que deveriam ser transferidas tais
interesses para estas ordens profissionais em vez de ministério da justiça com os advogados, o
de saúde com os médicos, etc.

Há uma autoregulação destes interesses e de uma forma relativamente autónoma e alguma


interferência do ministério nas suas decisões. No caso de acesso é preciso aprovação do
ministro da justiça por exemplo no caso dos advogados.
Esta anatomia externa deste conjunto plurar de administrações pública são estas e agora
entramos neste capítulo dentro desta anatomia e perspetiva interna e vamos ver o que
compõe internamento esta organização plurar e o que a compõe e como internamente se
estrutura.

Como é composto essa organização e para isso é necessário fazer distinção entre pessoa
coletiva pública e orgão administrativo.

Elementos da organização administrativa

Os elementos da organização administrativa: a organização interna das pessoas colectivas de


direito público (cont.)

1. Relembrando a distinção entre pessoa colectiva pública e órgãos administrativos (distinção


entre estes dois)

1.1. A pessoa colectiva pública é um “sujeito de direito” (é titular de personalidade jurídica e


de capacidade jurídica) que, por lei, prossegue um conjunto de interesses públicos
(atribuições). As atribuições constituem os fins ou as finalidades de interesse público, cuja
prossecução é confiada por lei a cada pessoa colectiva. Cada pessoa colectiva de direito
público é criada para a realização de uma ou de várias finalidades de interesse público. Nisto
consistem as suas atribuições (p. ex., as autarquias locais, por lei, prosseguem fins na área do
planeamento urbanístico, na área dos transportes, na área do saneamento, na área da
distribuição de água, etc.).

1.2. Os órgãos administrativos são estruturas subjectivas ou unidades organizativas por meio
das quais as pessoas colectivas de direito público (cada pessoa colectiva de direito público)
desenvolvem a sua acção e se relacionam com outros sujeitos; os órgãos manifestam,
exteriorizam a “vontade” da pessoa colectiva

1.2.1. Tal como as pessoas colectivas de direito públicos, os órgãos administrativos também
são “centros de imputação jurídica”, na medida em que são investidos de poderes e de
deveres (de poderes e de deveres funcionais, que correspondem a “competências”), mas a
imputação final dos respectivos actos é assumida pela pessoa colectiva pública em que os
órgãos se encontram inseridos, pois só esta é titular de personalidade jurídica (e de capacidade
jurídica) para assumir jurídica e definitivamente as consequências (jurídicas) da actuação
desses órgãos (p. ex., a Universidade de Coimbra é a pessoa colectiva de direito público e o
Reitor é um órgão desta, sendo os actos praticados por este órgão imputados à Universidade:
entre o órgão e a pessoa colectiva existe uma relação orgânica de imputação; entre a pessoa
de direito público e os seus órgãos intercede um vínculo de organicidade)

Tudo o que vamos estudar no direito comercial quanto ao sócio e poder do sócio é o mesmo
no privado ou no público porque o estado na sua roupa de sócio tem o direito de agir segundo
o código das sociedades privadas pode escolher entre uma veste jurídica sociatário ou
acionista ou uma veste juridico-administrativo como estado. Sócio segundo o direito privado
das sociedades comerciais. Quando falamos das pessoas coletivas falamos das de direito
público (estatutárias ou instituticionais) e não de direito privado e por isso fazemos esta
distinção.

Pessoa coletiva é uma entidade dotada de personalidade jurídica (seja uma associação, etc. –
reportado ao direito civil) quando falamos nos termos de direito público administrativo
falamos, segundo o CPA, de pessoas coletivas que são regidas por este direito público
administrativo e por isso pessoas coletivas de direito público tirando aqueles exceções de que
falamos que podem escapar para o nível de direito privado nas sociedades comerciais.

Estas pessoas coletivas são dotadas de personalidade jurídica (podendo ser titulares de
obrigações e deveres públicos ao nível de direito administrativo mas sendo ao nível da
constituição podem ser titulares de direitos fundamentais desde que compatíveis com a sua
existência e natureza) e em geral vale o princípio da especialidade (em função do seu objeto e
finalidade daquilo definido (o contrato fundador da pessoa coletiva neste caso privada (ex.:
Associação ambientalista no seu estatuto tem nas suas finalidades baseadas numa finalidade
inicial e todos os seus direitos estatutários que pode exercer são com base nessa finalidade do
ambiente, da proteção do ambiente, etc. e não pode praticar atos sobre a cultura porque para
isso há outras associações, a outro associação que tem por objeto cultura tem outro objeto e
finalidade diferente e é assim que vale o direito civil e assim vale em regra no direito
administrativo.) Quando falamos de IP de segurança social a sua personalidade jurídica de DA
é evidentemente equacionada no âmbito da progressão da política social do estado seja ao
nível de apoio judicial, desemprego, etc. e para este efeito existe depois a conceção da sua
personalidade jurídica no âmbito dos seus direitos, deveres e poderes.

Se formos para o instituto da gestão patrimonial do estado, ex.: os tribunais tem como
objetivo da gestão do património de edifícios com estas funções. Adquiri edifícios melhorá-los,
executar limpeza, comprar e vender, transacionar imóveis, transmutá-los se necessário e é
uma gestão patrimonial. Na generalidade das pessoas coletivas públicas, excecionando o
estado administração e a autarquia que podem ter um certo interesse próprio também aqui
temos esta perceção da personalidade jurídica, o princípio da especialidade e a capacidade
jurídica e aqui vemos que o direito civil e o que vale para este vale para DA a diferença é o que
no DA é para a administração.

O Escopo dito em TGDC vamos ver aqui como atribuição próprio da pessoal coletiva pública
(Ex.: Universidade de Coimbra é pessoa coletiva pública – porque se mantém vitalmente
pública tem que gerir o seu património público e não tem qualquer gestão de direito privado,
há umas que se tornaram privadas e que continuam como pessoas coletivas públicas mas que
agora só se regem em algumas coisas pelo direito privada.

Atribuição própria na UC como na obrigação de espalhar conhecimento, desenvolvimentos


científicos, etc. e isso é no Direito civil o escopo. Se chegarmos à CM de Coimbra temos o
escopo do planeamento, desenvolvimento económico do povoamente, etc. e estas finalidades
são a atribuição própria da pessoa coletiva pública e isto são atribuições ou interesses a seguir
para este e para a UC são outros. As atribuições entre as universidades são exatamente as
mesmas assim como a das freguesias assim como a estrutura interna são semelhantes (ex.: O
reitor que exerce x e depois as universidades com os seus estatutos próprios podem
desenvolver um quadro de competências num quadro interno interno aprovado pode
desenvolver estes órgãos que estão previstos no regime jurídico das leis sobre as universidade
(ex.: O provedor do estudante e a lei diz que cada universidade pública deve zelar pelo
conjunto de interesses da comunidade académica estudantil e a lei permitiu a cada
universidade desenvolver nos estatutos internos o conjunto de poderes e deveres próprios de
um órgão como o de provedor de estudantes e poder desenvolver ou mais mas a missão desse
órgão é a mesma e o seu poder funcional está fundamentalmente vinculado por zelar pelo
interesse da comunidade académica estudantil. A finalidade é igual mas os meios ou
atribuições internamente podem ser diferentes. O provedor como órgão interno vai
verificando se essa finalidade é cumprida ou não e para isso precisa de poderes, como
intervém, como faz recomendações, tempo para analisar reclamações como e pode receber o
estudante e isso está nos regulamentos internos mas a missão própria é algo que transcende o
regulamente de forma dimensional. A finalidade é a mesma pelas universidades, as atribuições
estão harmonizadas legalmente e assim o mesmo são com o municípios (são 308) as
atribuições são as mesmas pelo município e depois mais aquelas que o município entenda que
sejam próprios da população (ex.: Município de Faro tem um desenvolvimento maior no ramo
do turismo e o interesse da população sobre esse é maior e portanto é o interesse próprio da
população respetiva e a lei quando estabelece atribuições do município pode não estar escrito
interesse no âmbito do turismo (por acaso até está) mas senão estivesse a cláusula é aberta e
o turismo pode ser por ser interesse próprio da população. O mesmo se aplica anas freguesias
e associações públicas profissionais, etc...

Se fizermos este replicar pelas diversas pessoas coletivas públicas óbvio que chegamos à
ordem dos advogados e vemos que as atribuições próprias são a regulação da relação socio
profissional da profissão e as suas atribuições próprias seram sempre distintas de outras
pessoas coletivas. Vemos as atribuições próprias das universidades separadas que as
freguesias não têm e estas freguesias ou municípios também tem as suas atribuições próprias.

Há atribuições próprias da pessoa coletiva pública da universidade, municípios autarquia local,


freguesia autarquia local, fundações públicas, IP, àreas metropolitanas, etc.

Para concretizar estas atribuições a universidade pública precisa de ter elementos que possa
concretizar estas atribuições e estes designam-se órgãos da pessoa coletiva pública e estes
órgãos são membros imputáveis destas atribuições (ex.: o reitor que vai exteriorizar a vontade
da pessoa coletiva pública que tem um conjunto de missões e é com esses órgãos que se
finaliza esta especialidade – E o elemento dinamizador e concretizador da finalidade da
atribuição pública. Quando falamos de reitor eles são os titulares – centro de imputação de
poderes que definem a vida social da pessoa coletiva pública. Ex.: Amilcar Falcão titular do
órgão de reitor. O reitor é o órgão em si que é o membro de imputação de poderes e fica
sempre lá independentemente do titular. O órgão mantém-se permanente do órgão eleitoral
(ex.: No caso do PR, do reitor) será sempre titular de um orgão como a reitoria e será um
membro importante para dinamizar a vontade desta pessoa para concretizar estas missões
atribuída pela lei.
Este órgão têm um vínculo de organicidade com a pessoa coletiva e quem assume as
consequências das ações do reitor é a própria pessoal coletiva pública. As atribuições são a
finalidade e para isso temos que dinamizar com atos e ações, todas estas ações são
responsabilidade de quem tem personalidade jurídica que é a pessoa coletiva pública e age em
nome da pessoa coletiva pública e tudo é encabeçado por esse centro de capacidade jurídica e
é dotado para tal para assumir a responsabilidade pela ação do órgão e por isso fala-se desse
vínculo de organicidade e tudo o que este decidir ou não decidir (omissão) pode ser imputada
uma consequência jurídica. Quem aparece como réu (Neste caso uma ré) na ação (numa ação
do reitor) não é o reitor mas a universidade. É um ato da UC feito através do seu reitor.
É assim no direito administrativo como no direito civil com as pessoas coletivas privadas.

2. Noção de órgão administrativo no Código do Procedimento Administrativo (CPA): os órgãos


administrativos (é uma conceção doutrinal feito na UC com contribuição do professor Freitas
Amaral) são “centros institucionalizados titulares de poderes e deveres para efeitos da prática
de atos jurídicos imputáveis à pessoa coletiva” (artigo 20.º, n.º 1, CPA). Há uma exceção em
que um órgão com personalidade jurídica que é a comissão da igualdade qualquer coisa.

2.1. Confronto com outras figuras

a) Órgão administrativo e sujeito de Direito Administrativo: a situação excepcional, atípica (sui


generis) de diplomas legais que prevêem a existência de “órgãos com de personalidade
jurídica” (o ex., da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego)

b) A distinção entre órgãos administrativos e (outros) órgãos públicos (órgãos públicos, mas
não integrados na Administração Pública: p. ex., a Assembleia da República, a Provedoria de
Justiça)

c) Órgão administrativo, serviço administrativo e unidade orgânica : serviço administrativo


constitui um conjunto organizado de meios humanos (dirigentes e trabalhadores) ao qual se
encontram afectos recursos logísticos, técnicos e materiais ou físicos (móveis e imóveis, como
as instalações ou edifícios) que tem por função a execução de tarefas de preparação e de
concretização e desenvolvimento das políticas definidas e das decisões tomadas pelos órgãos
administrativos (p. ex., os serviços municipais preparam e executam as decisões e deliberações
dos órgãos do município – da câmara municipal e do presidente da câmara municipal). Por
vezes, os serviços administrativos também são designados por departamentos ou por unidades
orgânicas (p. ex. as Faculdades são designadas por unidades orgânicas da Universidade de
Coimbra)

Temos que distinguir os órgãos administrativos dos órgãos constitucionais porque estudamos
em DA o governo com sujeito do DA. São todos órgãos públicos só que uns do DA e outros do
DC.

Na dinstinção dos órgãos administrativos (ex.: Reitor, conselho científico, conselho


pedagógico, órgão interno da faculdade) isto são órgãos mas depois as decisões destes órgãos
tem que ter serviços para as executarem e prepararem (ex.: decisões ao nível académico quem
executa é a secretaria e também a prepara e auxilia na preparçãp). Num município temos
serviços com os serviços municipais de energia, finanças, água etc. e tanto como os prepara
como os executa e no órgão decisório pela câmara municipal. Estes serviços municipais são
sempre serviços administrativos. Estes serviços preparam as decisões dos órgãos e depois lá
estão para executá-las e não têm competência para decidir.

Unidade de orgânicas – as faculdades são qualificadas como unidades orgânicas (é uma


qualificação legal e não doutrinal). No contexto em que nos situamos convém saber mas no
essencial o órgão administrativo tem poder e dever para decidir e o serviço é uma estrutura
puramente funcional que auxilía na preparação das decisões do órgaõs de pessoa coletiva e
depois executa tais decisões.
Estas unidades orgânicas têm uma natureza atípica e a própria universidade natureza atípica.
Estas unidades orgâncias tem cada órgãos e a estrutura organizativa interna de uma
universidade interna pública é atípica pela sua complexidade até porque a unidade orgânica
não tem personalidade jurídica mas tem 3 órgãos próprios como a assembleia da faculdade, o
conselho pedagógico e o conselho científico e portanto é portanto pelo menos 3 que o
professor se lembra tem depois competências próprias sejam deliberativas a executivas.

Isto até agora é de pergunta teórica mas pode servir para caso prática (diga se o órgão no
âmbiot que adotou x ato foi no âmbito da pessoa coletiva pública)

Num caso prática (diga se o órgão que tinha x competências tomou decisão segundo
competências próprias e ver se é competente ou não)
Pode ser aplicado conceitualmente ou em casos práticas. É só para saber que esta matéria se
acumula em termos conceituais e práticos. O que vamos ver a seguir também se adapta para
os dois tipos de perguntas principalmente no que vamos ver sobre órgãos colegiais.

A tendência é que na organização administrativa temos duas páginas escritas sobre aquilo e
depois quando chegamos à administração autónoma dizemos junta de freguesia e câmara
municipal e parece uma decisão e nesta matéria é distinguir entre titular do órgão e órgão em
si. São ambas matérias simples só que estatisticamente é onde falhamos mais nas nossas
respostas.

3. Tipos de órgãos administrativos (artigo 20.º, n.º 2, do CPA: “Os órgãos são, nos termos das
normas que os instituem ou prevêem a sua instituição, singulares ou colegiais e permanentes
ou temporários”) e distinção entre órgão e titular do órgão administrativo: titular é pessoa
física ou, nos órgãos colegiais, o conjunto de pessoas físicas que, num determinado momento,
se encontra investido nesses órgãos. (Nós já vimos isto entre a diferença do titular e o órgão
em si) – no geral são permanentes mas pode ser temporário(ex.: um jurado sobre uma tese,
etc. mas também um juri para um cargo da administração público).

3.1. Órgãos singulares e órgãos colegiais:

a) Órgãos singulares: órgãos com apenas um titular (ex.: Reitor da Universidade de Coimbra)

b) Órgãos colegiais: órgãos compostos por dois ou mais titulares (p. ex., o Conselho Geral da
Universidade de Coimbra, a câmara municipal, que integra o presidente e os vereadores,
conselho pedagógico, conselho científico, etc.)

3.1.1. Distinção entre colegialidade perfeita e colegialidade imperfeita


a) Regra geral no Direito Administrativo português: a colegialidade imperfeita (assim resulta do
artigo 29.º do CPA, sobre o quórum de funcionamento dos órgãos colegiais, ao exigir, para o
órgão poder funcionar, a maioria do número legal dos membros do órgão, e do artigo 32.º,
relativo ao quórum de deliberação, ao estabelecer que as deliberações sejam tomadas por
maioria absoluta de votos dos membros presentes à reunião). Se o órgão for 25 é só preciso a
maioria absoluta para a votação e faz-se a regra da contagem para apurar a maioria do
membros deste órgão. A regra é a imperfeita.

b) Excepção à regra: o funcionamento do júri do procedimento no âmbito dos procedimentos


de formação de contratos públicos (trata-se de um órgão colegial que só pode funcionar
quando o número de membros presentes na reunião corresponda ao número de membros
efectivos, embora as deliberações sejam tomadas por maioria de votos – cfr. os n.ºs 2 e 3 do
artigo 68.º do Código dos Contratos Públicos) Nos júris académicos para haver deliberação a lei
diz que tem de ter 3 membros e tem de funcionar presencialmente com esses 3 membros e o
juri para um cargo público tem de haver 3 ou mais sempre ímpar nem que votem 2 a favor e
outro voto vencido.

3.2. Órgãos representativos e órgãos não representativos

a) Órgãos representativos: os titulares dos órgãos são designados na sequência de uma


eleição, podendo ter uma composição representativa heterogénea, quando os respectivos
membros representam diferentes grupos de eleitores, de que constitui exemplo o órgão
designado por Conselho Geral das Universidades- em geral estes têm uma composição
heterogénea e constituída por vários representantes que podem representar várias
comunidades, etc. (ex.: assembleia da universidade onde estão lá professores como
representantes destes, representantes dos alunos, os estudantes). São órgãos de composição
heterogénea representativos com várias faces de interesse.

b) Órgãos não representativos: por contraposição, os membros destes órgãos não


representam a colectividade (existem casos de órgãos mistos, por também serem compostos
por membros que representam interesses particulares, que, em geral, são designados pelos
titulares dos interesses particulares em causa: assim sucede com a designação, pelas
associações de consumidores, de representantes para o Conselho Nacional do Consumo) –
muitas vezes aparecem como órgãos mistos que não têm representação, alguns membros não
representam nada mas como membros titulares do órgão podem haver defesa de interesses
(ex.: Conselho nacional do consumo e o membro que for designado representa o interesse dos
consumidores, etc.)

claro que aqui há um fenómeno de um privado sobre uma função pública onde o estudante
privado entra num órgão público. A vertente pública de estudante não lhe retira a sua
natureza privada e exerce função pública de DA mas continua a ser representante privado da
comunidade de estudantes. Além de ser um órgão homogéneo depois há uma distinção de
interesses mesmo os privados em certos casos daí ser heterogéneo por essa razão entre haver
faces públicas e faces privadas (ex. no caso da assembleia da universidade: professor vs
representantes dos alunos)

3.3. Órgãos primários e órgãos secundários


a) Órgãos primários: órgão que dispõem de competência própria (conferida directamente por
lei ou por um regulamento emitido com base numa lei) – ex.: na universidade o reitor é
primário e os abaixos são secundários porque exercem competências delegados pelo reitor
como os diretores. É pela delegação do superior que são titulares em via secundária de
competências.

b) Órgãos secundários: órgãos que apenas dispõem de competência delegada (p. ex., nas
câmaras municipais, os vereadores não têm competências próprias, nos termos da Lei das
Autarquias Locais, mas o presidente da câmara municipal pode delegar nesses vereadores as
suas competências próprias, que lhe são directamente conferidas por aquela Lei)

No órgão câmara municipal os vereadores são apenas titulares do órgão colegial e não são
titulares de competências só podendo na lei 75/2003 pode ser-lhe delegado poderes ou
competências por parte do presidente da Câmara. São delegadas competências que não têm
competência originária nenhuma e apenas pela via da delegação de poderes.

3.4. Órgãos vicários e órgãos auxiliares

a) Órgãos vicários: exercem uma competência apenas em substituição de outros órgãos (p. ex.,
o subdirector ou o vice-presidente, que, respectivamente, substituem o director ou o
presidente nas faltas ou impedimentos destes)

b) Órgãos auxiliares: órgãos que auxiliam ou coadjuvam outros órgãos (órgãos principais) no
exercício das competências e funções destes e no âmbito de uma relação de coadjuvação (p.
ex., assim sucede com os Secretários de Estado, na medida em que, nos termos das leis
orgânicas do Governo, os ministros são coadjuvados por Secretários de Estado).

Vicário ou de substituição- é aquele que exerce as competências em substituição do órgão


originário. O reitor nos seus impedimentos ou ausências tem que ser substituido por um órgão
que exerça as suas competências e este órgão pela lei geral sucede um vice-reitor, vice- diretor
ou noutro órgão um órgão que substitui dito na lei. Isto é uma salvaguarda legal e a pessoa
coletiva é que decide essa vicária. Por lei essa continuadade de exercício é estabelecida nos
estatutos.

Órgãos auxiliares têm uma relação de coadjuvação com órgão titular (ex.: Ministros e
secretário de estado – legalmente o secretário de estado não tem competência próprio e
sendo o secretário de estado são coadjuvadores dos ministros estão numa relação de
coadjuvação com o ministro e tem o auxílio ao ministro e o que acontece é que o ministro
delega poderes a esses secretários e aí já funcionam como órgãos secundários mas não
funcionam sem essa delegação. Evidentemente o ministro nos critérios da lei orgânica via
designar o que o vai substituir e aí já depende do ministro mas em geral são os secretários de
estado adjunto que é aquele indicado como órgão vicário mas funcionam como órgão
auxiliares e depois funcionam como secundário.
A regra é que depois o ministros transforme estes auxiliares em também auxilares porque sem
isto não têm competências.

3.5. Órgãos deliberativos e órgãos executivos: esta distinção é apenas tendencial, na medida
em que há órgãos legalmente qualificados com órgãos executivos, mas que também têm
poderes deliberativos (assim sucede com as câmaras municipais: legalmente – a Lei das
Autarquias Locais – qualifica a câmara municipal como “órgão executivo colegial do município”
e, enquanto tal, responsável pela execução das deliberações da assembleia municipal, que é
legalmente qualificada como o órgão deliberativo do município, mas as câmaras municipais,
nos termos da mesma Lei, também exercem poderes deliberativos) – Aparece na lei na mesmo
75/2003, é uma qualificação legal e diz que a assembleia diz que é o órgão deliberativo e
depois o Câmara municipal executa. (ex.: aprova o regulamente de taxas municipais a
assembleia e depois a decisão é recebida pela câmara municipal e depois executa esta através
dos serviços municipais. A Câmara municipal também adota certas decisões e nesse sentido é
deliberativo também mas na sua relação a lei diz que um é água e outro é óleo para não haver
confusão entre órgãos mas na doutrina isto pouco interessa e isto é meramente uma
designação legal.

3.6. Órgãos simples e órgãos complexos

a) Órgãos simples: órgãos singulares e órgãos colegiais em que os respectivos membros só


possam exercer funções dentro dos próprios órgãos colegiais. – Só exercem a função de
membros de dito órgão-

b) Órgãos complexos: órgãos constituídos por membros que, simultaneamente, também são
titulares de órgãos singulares (p. ex., nas câmaras municipais, o presidente da câmara é
simultaneamente titular de um órgão singular – o órgão presidente da câmara municipal)- No
município há membros do órgão colegial que por competências legais também exercem
funções no órgão de presidente da câmara. A lei adotou uma função “presidencialista” nos
municípios por esse extenso leque do órgão de presidente da câmara para além da câmara e
assembleia. Ele tem presença em tudo e dizem isso por causa disso. Tem competências
próprias como órgão singular para adotar decisões no contexto municipal.

3.7. Órgãos activos, consultivos e de controlo

a) Órgãos activos: órgãos que tomam e executam decisões (órgãos deliberativos e executivos)

b) Órgãos consultivos: órgãos que emitem pareceres, elaboram relatórios e estudos e que, em
geral, se pronunciam sobre matérias que lhes são submetidas pelos órgãos activos (órgãos
que, em geral, são designados por conselhos consultivos ou designações equivalente – p. ex. o
“Conselho Nacional da Educação”)

c) Órgãos de controlo: órgãos que dirigem os serviços de controlo, auditoria e fiscalização


(exercem funções de acompanhamento, de inspecção e de auditoria dos organismos da
Administração Pública) – as inspeções gerais como a geral de finanças que tem função
fiscalizadora de autoria de toda a administração pública do estado por exemplo e é uma
inspeção interna dentro da própria adm pública.

3.8. Órgãos permanentes e órgãos temporários (artigo 20.º, n.º 2, do CPA): os primeiros são
criados para funcionarem por tempo indeterminado (p. ex., o Reitor de uma Universidade); os
segundos têm uma duração limitada no tempo (p. ex., o júri de um procedimento) – os
permanentes são obviamente permanentes e funcionam e tempo indeterminado, a AR é a
mesma coisa no plano constitucional e no plano administrativo é a mesma coisa e o reitor
funciona por tempo indeterminado e um coisa é o mandato do titular e o órgão funciona
mesmo depois do titular cessar funções. Depois há outros com tempo limitado de tempo como
o juri de um procedimento de admissão de trabalho num cargo administrativo, um júri de
mestrado ou doutoramento a mesma coisa.

3.9. Órgãos de funcionamento contínuo e órgãos de funcionamento descontínuo: os primeiros


estão em sessão contínua ou permanente, podendo reunir em qualquer momento, desde que
cumpridas as formalidades relativas à convocação de reuniões; os segundos funcionam apenas
em determinados períodos de tempo, designados por sessões, dentro dos quais se realizam as
respectivas reuniões: assim sucede com as assembleias municipais, que, nos termos da lei, tem
anualmente cinco sessões ordinárias- Os descontínuos podem deliberar em algum tempo por
ano eventualmente. A assembleia municipal reune regularmente semanalmente e uma alguma
coisa acho que assembleia municipal reúne 5 vezes legalmente por ano e mais alguma pode
haver extraordinariamente.

Matéria dedicada à analise dos elementos internos das pessoas coletivas (cont.) Chegamos
agora aos órgãos colegiais e alguns dos aspetos de funcionamento destes...Esta parte é
candidata a hipótese prática da frequência assim como exames finais na medida que em geral,
há elementos essenciais que é a parte da administração e a assembleias gerais, validade de
decisões destas assembleias, etc. e têm elementos mais exigentes como nas reuniões,
exigência da votação, etc... No caso das pessoas cletivas públicas todas elas no geral também
tem órgãos colegiais (ex.: Conselho de gestão ou o conselho pedagógico da UC ou a assembleia
municipal nas freguesias que é também colegial; ou as freguesias com assembleias de
freguesias.

3.10. Aspectos principais do regime do funcionamento dos órgãos colegiais (artigos 20.º a 35.º
do CPA) – regras essenciais neste artigo termos mas incisivos e práticos é o quorum, a maioria
e a serenidade da reunião (não haver tumultos nas votações e discussões para salvaguardar
que a vontade deliberativa se forme de forma sã, esclarecida e serena – quando existir numa
reunião do conselho de justiça da federação portuguesa de futebol gerou um conflito judicial e
discutiu-se a discussão conflituosa na reunião e o presidente suspender a reunião em virtude
da falta de serenidade e colocaram a questão se a reunião seguinte era a mesma, se tinha de
haver convocatório segundo os termos, se a reunião seguintes sanaram a legalidade dos
termos a convocatória da reunião e Freitas de Amaral fez um livro dedicado a isso), a
convocatório é o mais importante para nós.

a) Número variável de membros do órgão (mais de dois)

b) Exigência de um presidente e de um secretário (artigos 21.º e 22.º do CPA)

c) A reunião como momento essencial do funcionamento do órgão colegial:

i) Reuniões ordinárias e reuniões extraordinárias (artigos 23.º e 24.º do CPA);


ii) Antecedentes da reunião (ordem do dia, objecto das deliberações -» artigos 25.º e 26.º do
CPA):

“1 — Só podem ser tomadas deliberações cujo objeto se inclua na ordem do dia da reunião.

2 — Excecutam-se do disposto no número anterior os casos em que, numa reunião ordinária,


pelo menos dois terços dos membros do órgão reconheçam a urgência de deliberação
imediata sobre assunto não incluído na ordem do dia”;

iii) Consequências da inobservância das regras de preparação das reuniões (artigo 28.º do
CPA): “A ilegalidade resultante da inobservância das disposições contidas nos artigos 23.º e
24.º e dos prazos estabelecidos no artigo 25.º só se considera sanada quando todos os
membros do órgão compareçam à reunião e nenhum suscite logo de início oposição à sua
realização”

iv) Quórum de funcionamento (artigo 29.º do CPA):

“1 — Os órgãos colegiais só podem, em regra, deliberar quando esteja presente a maioria do


número legal dos seus membros com direito a voto”;

v) Realização e decurso da reunião (artigo 161.º, n.º 2, alínea h), do CPA): são nulas as
deliberações de órgãos colegiais tomadas tumultuosamente ou com inobservância do quórum
ou da maioria legalmente exigidos;

vi) Reuniões públicas e não públicas (artigo 27.º do CPA);

vii) Poderes do presidente (artigo 21.º, n.ºs 2 e 3, do CPA);

viii) Discussão e votação (artigos 31.º a 33.º do CPA);

ix) Acta da reunião (artigos 34.º e 35.º do CPA).

Regra e princípios como o professor disse:

1ªTermos e prazo da convocatória, ordem do dia

2ªQuorum deliberativo, serenidade das deliberações.

3ªHá maioria ou não na deliberação

4ªDeve constar ou não da ata e não fazendo parte da ata não é aplicado mesmo que
deliberado e qualquer coisa que deliberada pelos órgãos colegiais que não constem numa ata
é como senão existissem.

Isto tem incisão nas hipóteses práticas para a próxima frequência.

Na generalidade das vezes, quanto a pessoas coletivas públicas a questão em causa é a


validade da deliberação até porque maioria das coletivas públicas está organizada em órgãos
colegiais. No ponto de vista académico estamos atentos a estes aspetos porque faz parte
recorrente da vida destas pessoas.

A colegialidade na discussão compreensívelmente humana gere alguma rigidez entre os


membros do órgão colegial e pode conduzir a uma perturbação dos membros que estão no
estado mais caloroso e também condicionar os restantes membros na sua declaração de
vontade e a lei dá o poder ao presidente de suspender a reunião e depois retomar esta quando
os ânimos já estiverem melhor e for permitido uma votação serena. Com tumulto a
consequência é a deliberação ser nula, senão houver maioria absoluta ou convocatório
podendo esta nulidade ser sanada se nenhum dos membros se opor a esta falta.

A parte das competências, delegação de poderes e powerPoint 6 provavelmente terá muitas


aplicações práticas da matéria.

Quanto à antecipação da frequência é impossível por falta de espaço físico o que significa que
no ponto de vista de preparação a próxima aula vai sespr a resolver casos práticos de
preparação. Alguma desvantagem podia existir pela não antecipação mas é compensada pela
aula. As possibilidades de sucesso aumentam com esta aula.
As notas iam ser publicitadas na sexta mas não acontece

Os órgãos são dotados de competência mas o que é? Está definido no CPA e é uma definição
doutrinal da ciência e está referida no artigo 36/1 do CPA. ,A competência é esse conjunto de
poderes sejam poderes para autorizar, inferir, deferir, conceder, etc. e quando uma noprma
regulamentar diga que compete a x aprovar, autorizar, conceder, inferir ou deferir o que diz a
norma legal a nós é que dentro daquela pessoa coletiva pública o órgão competente para
despachar aqueles atos (seja repetir o exame, saída ou não para o estrangeiro) é que há um
determinado órgão que no ponto de vista da lei é o centro de imputação para determinado
poder. Se tivermos estas palavras na lei podemos concluir que temos ali um órgão porque a lei
imputa a esse órgão um elenco maior ou menor de poderes. Podemos concluir em DA que
temos um órgão público, daquela pessoa coletiva.
Um suporte para sabermos que temos um órgão público é este conjunto de poderes e por isso
dizemos que órgão é um centro de imputação de deveres e poderes de direito de público.
Outra coisa é saber o titular do órgão mas o importante é saber que o órgão está sempre lá e
se os poderes estão lá e continuam lá então o órgão existe por si e não pelos titulares,
Se estes poderes estão sempre na lei (princípio da legalidade.)

4. Competência

4.1. A relação competência e órgão: a competência (administrativa) traduz o conjunto de


poderes funcionais conferido por lei a um órgão administrativo ou por um regulamento com
habilitação legal (artigo 36.º, n.º 1, do CPA: a “competência é definida por lei ou por
regulamento”)

4.2. Competência em razão da matéria Esta competência pode ser competência em razão da
matéria (que é o órgão competente da UC para autorizar a legalização da despesa, ou gestão
do património da universidade ou disciplinar e por isso estamos a identificar a competência
pela matéria, outro ex.: quem tem o poder de direção num município, em matéria de disciplina
e gestão de funcionário públicos num município aí dizemos que é o presidente da câmara
municipal) Quando é assim a lei dá poderes ao órgão administrativo para incidir sobre matéria
e neste sentido falamos de repartição de competência pelo critério da matéria

a) A competência é irrenunciável e inalienável: sob pena de nulidade, os órgãos


administrativos não podem renunciar ou abdicar dos poderes que a lei lhe confere, nem
renunciar ao respectivo exercício (artigo 36.º do CPA) . Esta competência como diz no CPA é
inaliável e irenunciável (a competência é de ordem público e por isso não pode ser objeto de
renuncia e não pode dizer que não dedice sobre o requirimento porque se renuncia a isso,
senão for competente a isso tem que remeter isso para o competente. Não pode alienar a
outros os seus poderes e a lei não deixa e por isso é a questão da existência de perdão fiscal a
lei a ou b e por isso precisamos de saber se esse perdão pode ser feito ou senão se pode
renunciar ao poder de cobranças fiscais, o problema é saber se esse perdão não significa a
renuncia a um poder administrativo ou se é algo que é permitido pela lei e é mais uma isenção.
No plano administrativo tem de haver normas legais para praticar atos de renúncia e a norma
tem de ser expressa nesse sentido senão pode estar em causa um renúncia ilegal e isso é
altamente nulo. Logo que um cidadão ou interesse público reclame torna-se um dever e por
isso o órgão é um centro de imputação de poderes e deveres daí esse ato ser ilegal e
sancionado pela lei e além de nulo pode haver uma sanção disciplinar e criminal eventual.
Sucedesse os atos de delegação de poderes e este são apenas na noção da lei a transferência
do exercício do poder e o reitor pode permitir a partir de ato dele permitir aos vice-reitores
exercer os seus poderes e isso é extraordinariamente comum no funcionamento das pessoas
coletivas. Aqui não há renúncia nem alienação ao poder mas apenas o ordem delegante
permite que o órgão delegado exerça competência pertencentes ao primeiro e portanto vai só
exercer os poderes sem alienação ou renúncia mas vamos ver à frente em promenor.

b) A ressalva da delegação de poderes: a delegação de poderes constitui um acto através do


qual se opera a transferência do exercício da competência, desde que legalmente autorizada
(os artigos 36.º, n.º 1, e 22.º do CPA, também prevêem que a competência de um órgão possa
a ser exercida por outro órgão ou por outro titular do órgão, em regime de substituição ou de
suplência).

4.2.1. Classificações da competência em razão da matéria

a) A competência de um órgão pode ser própria: a competência é conferida directamente por


lei (ou por um regulamento com habilitação legal). É sempre própria desde que estabelecido
por lei e constam no regime jurídico (por exemplo das instituições das universidade públicas) e
a partir que está na lei ele tem x, podemos ver ainda os estatutos que estabelece essa
competência próprias.

b) A competência própria pode ser:

 Exclusiva: a competência é exclusiva quando u mm órgão é o único competente numa


determinada matéria, independentemente de se tratar de um órgão subalterno ou do
topo da hierarquia. Aqui a lei atribui em monopólio x concorrência a x órgão (ex.: O
poder disciplinar compete em exclusivo ao reitor na UC e é o único órgão originário e
legal de poder disciplinar exceto se a lei o obrigar a delegar o exercício de poder mas
ainda assim é dele e apenas delegado, o poder não é atribuído a mais nenhum órgão
da universidade e por isso aqui a competência em matéria é exclusiva e depois de
habilitado pode transmitir a órgãos subalternos esse poder por via da delegação)

 Ou concorrente: traduz a regra clássica, no âmbito da hierarquia administrativa, de


que a competência do órgão superior abrange a dos órgãos subalternos (a mesma
competência encontra-se atribuída a vários órgãos. Aqui quando vimos os ministérios
vimos os ministros e os subalternados em escada como um principio de hierarquia
muito marcado nas organizações dos ministérios e neste caso de competência
admnistrativas do ministro absorve todos as competências dos subalteranos e ainda
que possam ser exercidos pelo diretor de repartição, etc. mas em geral a competência
do ministro absorve todas as competências dos órgãos subalternos e nesta medida são
concorrentes até porque depois o ministro pode revogar ou conjeturar os seus
subalteranos senão concordar com o exercício deste.
É normal que haja competências concorrentes nos ministérios pela concorrência de
competências ajuda no plano de ação dos órgãos.

c) A competência delegada: o órgão originariamente titular da competência permite o


exercício dessa competência por um outro órgão (órgão delegado) – competência exercida
pela tal delegação de poderes. Se autorizar ou relevar autorizar ausências ao serviço é uma
competência legal do reitor mas pode permitir que seja exercício pelo vice-reitor ou pelo
administrador da universidade até para ficar mais liberto para outros assuntos da UNI.

d) A competência pode ser de exercício singular ou de exercício conjunto


i) Competência de exercício singular: a competência cabe a um único órgão (seja órgão
singular ou colegial) – A regra o reitor exercer sozinho sem ajuda de outro órgão seja colegial
ou não.

ii) Competência de exercício conjunto: a competência é exercida em simultâneo por dois ou


mais órgãos e através de um acto único; este acto resulta do exercício conjunto da
competência (p. ex., acto conjunto dos Ministros da Saúde e das Finanças) – isto acontece
quando é preciso competências de autorização de despesa e em matéria financeira em geral é
preciso intervenção autorizativa do ministro de finanças.

4.3. Competência em razão do território: a circunscrição territorial ou geográfica define ou


delimita ou âmbito de intervenção do órgão administrativo (assim sucede com os órgãos
periféricos da Administração directa do Estado) – já referimos quando falámos dos órgãos
periféricos da adm do estado e têm competências delimitado à sua esfera geográfica (ex.:
Norte, Centro, Lisboa e vale do tejo, Alentejo, Algarve – estes órgãos da adm do estado a sua
competência é delimitada geograficamente por estas zonas por exemplo e portanto o limite
das competências é demarcado em função do território.

4.4. Momento (critério temporal) em que se define a competência de um órgão: a”


competência fixa-se no momento em que se inicia o procedimento” (artigo 37.º, n.º 1, do
CPA). Procedimentos de iniciativa particular e procedimentos de iniciativa oficiosa: em ambos
os tipos de procedimentos, o órgão, antes de tomar qualquer decisão, deve (oficiosamente)
verificar se é competente para conhecer e decidir sobre a matéria que é objecto do
procedimento (artigo 40.º, n.º 1, do CPA). – perceber quando é que o órgão deve perceber
que é competente, vamos isto no direito processual civil na medida em que a primeira coisa
que o juiz faz é perceber se é competente e senão for tem que remeter uma ação para um
tribunal competente ou notificar o advogado mandatário da parte autora para se dirigir ao
tribunal competente e nesse momento se fixa a competência do tribunal.
No DA o momento em que se define a competência é o momento em que inicia o
procedimento, mal inicia o procedimento deve verificar o órgão competente para tomar a
decisão e senão o for a decisão pode estar elevada por um vício de ilegalidade pelo órgão.

4.5. Incompetência absoluta e incompetência relativa


a) O vício de incompetência: um órgão pratica um acto fora da sua esfera de competências
(pratica um acto para o qual não detém competência)

i) Incompetência relativa: um órgão pratica um ato que é da competência de um outro órgão


da mesma pessoa de direito público. Coloca-se sempre no âmbito do interior da mesma
pessoa coletiva pública (no âmbito da UC é competente para disciplinar o órgão reitor da UC
ou administrador da UC, a lei diz-nos que é exclusivamente competente o reitor e se o
administrador praticar atos de disciplinas sobre trabalhadores, professores e estudantes, este
administrador está a praticar um ato privado por incompetência relativo porque dentro da UC
é competente ao reitor.

ii) Incompetência absoluta: um órgão de uma pessoa de direito público pratica um acto sobre
uma matéria que não pertence à esfera de competências de nenhum órgão dessa mesma
pessoa coletiva pública. Aqui é mais grave porque coloca em questão relação entre pessoas
coletivas públicas (ex.: reitor da UC pratica ato das atribuições do município de Coimbra e aqui
pensaria de boa fé que esse requerimento sobre reabilitação de um imóvel perto da uni seria
ele competente para reabilitação em termos urbanísticos. Isto não é matéria normalmente da
UC, mas dos municípios e o reitor com este ato está a praticar um ato que em matéria que e
de outra pessoa coletiva e quando assim seja estamos perante uma incompetência mais grave
que é a absoluta. Pratica um ato que é estranho às competências que a UC tem (não há
matéria de gestão urbanística na UC e se o reitor invade as competências próprias de outra
pessoa pública qunado acontece teremos sempre uma incompetência absoluta de uma pessoa
coletiva pública) Aqui a ilegalidade é mais grave.

4.6. Competência e legitimação do órgão: a legitimação significa a qualificação para exercer


uma competência numa situação concreta (não raras vezes um órgão não está em condições
para, numa concreta situação, exercer a competência que dispõe: p. ex., quando o titular do
órgão se encontre impedido de intervir no procedimento decisório por força do princípio da
imparcialidade subjectiva, nos termos dos artigos 69.º a 76.º do CPA; falta de investidura do
titular do órgão; falta de quórum de reunião nos órgãos colegiais ou da maioria exigível, nos
termos conjugados dos artigos 29.º, 32.º e 161.º, n.º 2, alínea h), do CPA, etc.). Perceber a
diferença entre dois... Isto é candidato potencial para a hipótese prática. Não devemos dizer
legitimidade mas sim condições de legitimação para o órgão decidir.
Há, nas raras vezes que isso acontece no DA, e é mais grave no ponto de vista penal, é que não
está em condições para exercer o poder e que pode afetar a sua isenção ou imparcialidade
nomeadamente quando há conflitos de interesses (ao presidente da câmara, pedem um
subsídio a uma empresa onde está o familiar a lei diz que é competente mas por uma situação
concreta, uma vicitude, não poder exercer esse poder por x razões e quando acontece o órgão
deve suscitar o seu impedimento para tomar uma decisão concreta.
Seja porque tem lá família, amigos, inimigos, uma empresa com as quais tem laços, ou que vai
ter depois do mandato.
Pode haver uma razão onde não consegue exercer competências de maneira a manter-se
imparcial e isento mesmo que a decisão seja irrefutável ou incontestável. Tem que
objetivamente incapaz de tomar a decisão.

(ex.: um secretário de estado que autorizou abertura de um concurso e na lista das empresas
estava lá um amigo do secretário de estado – isso levou logo à demissão deste e isso está nas
regras entre os altos cargos de demissão)
Na legitimação dos órgãos colegiais são as mesmas 3 regras anteriores que demos sobre o
tumulto, quórum, etc...
Neste contexto entre pessoas coletivas públicas e... temos o seguinte ponto e este ponto é
quase de revisão da matéria que já vimos e não vai ser propriamente novidade e vamos só
reforçar algo sobre tutela administrativa das autarquias locais.

Relações jurídicas no interior da Administração Pública

1. Nota prévia

a) Distinção das relações entre sujeitos da Administração e relações interorgânicas - relações


entre pessoas coletivas públicas e órgãos da mesma pessoa coletiva pública. Outra relação é a
pessoa coletiva do estado com todos as outras pessoas coletivas de administração

b) A pessoa coletiva de direito público enquanto sujeito de imputação final dos poderes e
deveres resultantes da atuação dos respetivos órgãosº

2. O tipo de relações jurídicas estabelecidas entre sujeitos da Administração

2.1. Relações de superintendência entre o Estado, através do Governo, e a Administração


indireta (no exercício de funções administrativas compete ao Governo “superintender na
administração indireta e exercer a tutela sobre esta” – alínea d) do artigo 199.º da CRP): poder
orientação do Governo exercido, com base na lei (Lei n.º 3/2004, de 15 de Janeiro, que aprova
a Lei Quadro dos Institutos Públicos), sobre os institutos públicos, através do qual estabelece
ou define as prioridades, os objetivos e as metas a atingir pelo instituto superintendido,
emitindo diretrizes e instruções e solicitando informações. O Governo estabelece os objetivos
e as metas a atingir, deixando à responsabilidade dos órgãos próprios dos institutos a definição
e a escolha dos meios e dos processos para a obtenção daqueles resultados (ex.: ministro da
saúde pode definir um objetivo para reduzir as listas de esperas de operações e isto através do
ministro temos um exercício do poder de superintendência e depois verificar o cumprimento
deste pelo menos (tutela administrativa)

2.2. Relações de tutela administrativa: poder de intervenção na gestão, de fiscalização e de


sanção sobre as entidades tuteladas – entre o estado e administração direta. A tutela
administrativa não se presume, devendo a lei indicar, para cada caso, as medidas tutelares que
podem ser adoptadas pelo Governo (artigo 199.º, n.º 4, do Código do Procedimento
Administrativo-CPA)

2.2.1. O Estado, através do Governo, exerce o poder de tutela administrativa sobre:

i) os institutos públicos (Lei n.º 3/2004, de 15 de Janeiro, que aprova a Lei Quadro dos
Institutos Públicos);

ii) sobre as entidades da administração autónoma territorial (Lei n.º 27/96, de 1 de Agosto,
que aprova o Regime da Tutela Administrativa do Estado sobre as autarquias locais)
iii) sobre as entidades da administração autónoma funcional (Lei n.º 2/2013, de 10 de Janeiro,
que estabelece o regime jurídico de criação, organização e funcionamento das associações
públicas profissionais)

iv) E também sobre as entidades da administração independente, embora com limitação dos
poderes tutelares à prática de atos de autorização e de aprovação do Governo em matéria
económica e financeira (Lei n.º 67/2013, de 28 de Agosto, Lei-quadro das entidades
administrativas independentes com funções de regulação da atividade económica dos sectores
privado, público e cooperativo) – aqui é muito esbatido.

2.2.2. Espécies de tutela Administrativa

a) Quantos aos fins:

i) A tutela de legalidade: tem por objeto a verificação da legalidade da atuação das entidades
sujeitas a tutela administrativa (verificação do cumprimento da lei); - se cumpre é legal senão é
ilegal, é muito simples, há leis para cargos dirigentes e a designação não pode ser arbitrária e
tem de seguir x, presidente do exercício pública que não observou x então ilegalidade senão
houver sanção então exerce a tutela sancionatória.

ii) A tutela de mérito: tem por objeto o controlo do mérito da ação desenvolvida pelas
entidades; - isto é o contexto substantivo das funções – pode cumprir a lei ou não mas o
ministro pode analisar as coisas no sentido de saber se o património dos tribunais está a ser
bem gerido ou não e ver se a gestão no geral está a ser boa – avaliar o método da atividade.
que neste caso é a gestão do património do instituto público que é o tribunal. Pode cumprir a
lei mas em termos de atividade haver uma clara avaliação negativa da atividade e pode levar
ao mesmo resultado da legalidade que é sanção ou exoneração, etc.

b). Quanto ao âmbito: a tutela pode ser global, no sentido de que incide sobre todas as
matérias e atividades desenvolvidas pela entidade tutelada, ou apenas parcial, abrangendo tão
só alguma ou algumas dessas atividades (p. ex., abranger só a matéria económico-financeira); -
é global em regra tirando as ERI, mas quanto a outras a tutela é relativamente plena. Quanto á
tutela temos a tutela de fiscalização

c) quanto à natureza dos poderes tutelares exercidos, a tutela administrativa subdivide-se em:

i) Poderes de controlo e fiscalização;

ii) Poderes de intervenção na gestão;

iii) Poderes sancionatórios.

2.2.2.1. A natureza dos poderes tutelares exercidos permite distinguir as seguintes


modalidades de tutela administrativa

a) quanto aos poderes de fiscalização (tutela de fiscalização)

i) Tutela inspetiva: concretiza-se na realização, pela entidade tutelar, de ações de fiscalização e


inspeção aos órgãos e serviços da entidade tutelada, incluindo, para o efeito, o poder de
acesso e recolha da informação necessária (p. ex., as inspeções levadas a cabo pela Inspeção-
geral de Finanças às autarquias locais) – isto não se reduz aos órgãos nacionais e já temos
inspetivos da UE e nesse sentido podemos ser sancionados por eles por uma tutela inspetiva
transnacional. Temos a inspeção-geral de finanças que exerce a função sobre autarquias locais.

ii) Tutela integrativa: concretiza-se no exercício, pela entidade tutelar, de um controlo, prévio
ou sucessivo, sobre a legalidade ou o mérito dos actos da entidade tutelada, através da
emissão de pareceres vinculantes, de autorizações, aprovações ou homologações (p. ex.:
aprovação do orçamento de um instituto público pelo Ministro que é titular do poder de tutela
ou autorização para a aquisição ou alienação de bens; e, nos termos do n.º 5 do artigo 45.º da
Lei das Associações Públicas Profissionais, no âmbito da tutela de legalidade, os regulamentos
que versem sobre os estágios profissionais, as provas profissionais de acesso à profissão e as
especialidades profissionais só produzem efeitos após homologação da respectiva tutela) –
importante na relação com as associações públicas profissionais e o regulamente das ordens
profissionais (e por ex. o regulamento da ordem dos advogados tem que ser sujeito a
homologação por parte do ministro de justiça para perceber senão estão a ser colocados em
questão direitos fundamentais no acesso, no estágio, nas provas até para haver uma
corresponsabilização entre o governo e as ordens)

iii) Tutela anulatória: poder de anular ou declarar a nulidade de atos praticados pelos órgãos
da entidade tutelada. – Pode anular atos dos IP

b) quanto aos poderes de intervenção na gestão

i) Tutela substitutiva: tendo, em regra, como fundamento a inação/inércia da entidade


tutelada, a entidade tutelar substitui-se àquela, praticando atos da competência desta e
imputando-lhe essa prática – suprir omissões em relação às atividades tuteladas e aqui há um
suposto grave problema e porque no ponto de vista mediática as ERI têm liberdade e de
influência política e isso é vantagem e tem independência mas o problema é quando falham e
aqui o estado não pode suprir as suas lacunas mas a verdade é que provavelmente senão
existisse isto estaríamos a assistir aos efeitos das crises financeira onde vários ainda não viram
as suas finanças. As leis da ERI não podem ser substituídas por falha do estado e não pode
exercer tutela substitutiva e se as ERI quem sofre com as consequências são as pessoas, os
aforros destes, as empresas, etc.

ii) Tutela revogatória: poder de a entidade tutelar revogar atos praticados pela entidade
tutelada, invocando razões de mérito (isto é, a inconveniência desses atos para o interesse
público) – isto também tem quanto à administração indireta.

c) quanto ao poderes sancionatórios: no exercício da designada tutela sancionatória, o


Governo pode aplicar sanções às entidades tuteladas ou aos dirigentes destas, podendo
consistir na retenção de verbas por incumprimento de deveres legais, na
exoneração/destituição de dirigentes com fundamento em motivo semelhantes.

2.2.2.2. Em especial, a relação de tutela administrativa sobre as autarquias locais (tutela de


legalidade) – há uma lei própria para a tutela administrativa das administrações locais – do
governo sobre as autarquias locais e esta lei é 27/96 e aprova o regime da tutela sobre estes e
depois também áreas metropolitanas e comunidades intermunicipais (associações de direito
público constituído por municípios) mas o importante é a sua relação com os municípios e aqui
o objeto é apenas o cumprimento da lei. Se quer definir que quer mais habitação e menos
estradas então é decisão deste (como autodefinição própria do município) – se investe mais
em saneamento ou outra alternativa, etc. isso são opções de mérito próprio que
democraticamente foi mandato para tomar estas opções e exercerem o respetivo mandato na
qual não se podem intrometer o estado ou as suas inspeções e apenas podem ver se nas suas
ações estes cumprem a lei sejam nas estruturas do saneamento (se contratam bem), na lei dos
compromissos (se respeitam a lei de x), senão cumprir a lei então o relatório será reportado ao
respetivo ministro e em geral irá conforme matérias para o das finanças mas não pode atuar
quanto aos municipais como atua para o das empresas públicas, etc. como exonerar, não tem
poder de tutelar sancionatório e não é da titularidade do estado relativamente ao órgãos
locais e tem que enviar o relatório ao MP e há de propor uma ação nos tribunais
administrativos seja para perda de mandato do Presidente da Câmara ou de dissolução do
órgão local.
Essa autonomia da autarquia local seria ressarcida mais até no poder político do que
administrativo se o estado tivesse esse poder de dissolução. As mais controversas tem sido
recentemente de dissolução desses órgãos.

a) O regime constitucional da tutela administrativa (artigo 242.º da CRP): a tutela


administrativa sobre as autarquias locais consiste na verificação do cumprimento da lei por
parte dos órgãos autárquicos e é exercida nos casos e segundo as formas previstas na lei; a
dissolução de órgãos autárquicos só pode ter por causa ações ou omissões ilegais graves dos
órgãos das autarquias locais ou dos membros titulares desses órgãos

b) O regime legal da tutela administrativa: este regime consta da Lei n.º 27/96, de 1 de agosto,
que aprova o regime jurídico da tutela administrativa sobre as autarquias locais, as áreas
metropolitanas e as associações de municípios de direito público

i) A tutela administrativa consiste na verificação do cumprimento das leis e regulamentos por


parte dos órgãos e dos serviços das autarquias locais. Trata-se de uma tutela de legalidade,
realizada através de ações de inspeção ou de fiscalização (em geral, através da Inspeção-geral
de Finanças)

ii) A prática, por ação ou omissão, de ilegalidades no âmbito da gestão das autarquias locais
pode determinar a perda de mandato, se tiverem sido praticadas individualmente por
membros de órgãos, ou a dissolução do órgão, se forem o resultado da ação ou omissão deste

iii) As decisões de perda do mandato e de dissolução de órgãos autárquicos são da


competência dos tribunais administrativos de círculo (as ações para perda de mandato ou de
dissolução de órgãos autárquicos são propostas pelo Ministério Público, por qualquer membro
do órgão de que faz parte aquele contra quem for formulado o pedido, ou por quem tenha
interesse directo em demandar, o qual se exprime pela utilidade derivada da procedência da
acção. Vamos ver também que quem tem legitimidade processual o MP ou pelos outros
membros dos órgãos locais (vereadores contra presidentes ou ao contrário), partidos locais ou
um grupo e associação de locais que fazem queixa ao MP.

2.3. Relações de orientação e controlo: relações de conteúdo semelhante às da (já referida)


superintendência, mas agora estabelecidas entre o Estado e as empresas públicas e entre os
municípios e as empresas locais (com base no Regime Jurídico do Sector Público Empresarial,
constante do Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3-10, na redação que lhe foi dada, por último, pela
Lei n.º 42/2016, de 28-12) o Estado, através do Governo, define e emite orientações
estratégicas, estabelece os objetivos e os resultados a atingir. Situação análoga se verifica na
relação entre os municípios e as empresas locais, nos termos do Regime Jurídico do Sector
Empresarial Local e das Participações Locais, constante da Lei n.º 50/2012, de 31-8, com as
alterações que, por último, lhe foram introduzidas pela Lei n.º 71/2018, de 31-12). Já vimos
isto em relação às empresas do estado e por réplica as empresas municipais e na sua
substância é poder de superintendência que é emitir as diretrizes e depois controlar se
cumprem essas diretrizes.

2.4. Relações societárias e afins: concretizam-se em conteúdos diversos, abrangendo a


qualidade de Estado-acionista (Estado como sócio de empresas), de municípios sócios de
empresas, a qualidade de associados de associações públicas ou privadas. Relação referida do
estado se transformar de órgão superintendente em sócio e vai às assembleias gerais como
sócio segundo o código das sociedades comerciais e o estado tem esta multiface pode
transformar-se num ente administrativo de superintendente ou entrando como sócio votando
na empresa.

2.5. Relações de cooperação e de colaboração: abrangem igualmente modos e instrumentos


diversos (outorga de contratos interadministrativos, de protocolos, acordos, memorandos,
convénios, etc.) através dos quais as entidades públicas articulam ou coordenam entre si as
respectivas actividades, com vista à prossecução de interesses comuns (p. ex., no domínio da
gestão de transportes urbanos, da recolha de resíduos urbanos, etc.). Em alguns casos, estas
relações concretizam-se em modos de colaboração de uma entidade pública a outra entidade
pública, auxiliando-a no exercício das respectivas tarefas ou na concretização de certos
projectos (p. ex., a colaboração prestada pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil a
outras entidades públicas e a solicitação destas). São entre as entidades administrativas e é
comum ter entre estado e municípios e são uma colaboração administrativa em que se exige
uma atuação com relativa harmonia de administração (ex.: no contexto da pandemia teve que
haver uma colaboração entre as diversas entidades públicas (seja UC, com município e estado)
e surge hoje muito visível e temos um quadro de decisões interadministrativas.
Concretamente podemos ver de outra forma como transferência de alunos e podem combinar
entre municípios (onde os alunos de dois municípios vão no mesmo autocarro combinado
pelos municípios (evitando duplicação de custos financeiros nos orçamentos ou muitas vezes
ouvimos o pedido de pronúncio a entidade especialista de engenheiros e pedem colaboração
para ver se x ponte vai cair ou não e chama-se colaboração interadministrativa.

Delegação de poderes é talhadíssima para casos práticos porque não há entidades sem esta
delegação.

Vimos as relações interorgânicos, mas vimos em geral temos um no epicentro que é o estado e
depois temos uma coletânea de outras entidades públicos e conforme o subsetor que
integram tipificamos o tipo de relação entre o estado e são diferentes quer no âmbito ou
intensidade (quer sejam com as suas administrações diretas ou indiretas) ou administração
autónoma funcional ou territorial. Só não falamos na relação entre o estado e a administração
dos açores e madeira porque são relação mais no ponto de vista político-constitucional ainda
que haja.
Na madeira temos os seus institutos e empresas públicas e depois temos as suas autarquias
locais com a tutela administrativa no mesmo contexto do continental.
Nas relações interorgânicas agora não vamos ver as relações entre pessoas coletivas públicas
mas entre órgãos e a sua relação estabelecido no plano público-administrativo.
3. Relações interorgânicas (relembrar e relacionar com o conceito de órgão administrativo)

3.1. Relação de hierarquia: relação estabelecida entre órgãos da mesma pessoa coletiva
pública em que um deles - superior hierárquico - detém, com base na lei (ou com base em
regulamento habilitado por lei), o poder de supremacia jurídica sobre outro órgão - órgão
subalterno. Ao poder de supremacia corresponde o dever de subordinação do subalterno –
Aqui o órgão superior tem sempre um poder de supremacia jurídico-administrativa seja do
reitor até aos trabalhadores, do ministro da justiça ao juiz, etc. e esse elemento de hierarquia é
natural nestas pessoas coletivas públicas. Este poder tem um poder típico que é o poder de
direção, disciplinar, revisão, substituição e decisão de conflitos de competência.

3.1.1. Conteúdo do poder de supremacia jurídica

a) Poder de direção: concretiza-se no poder de emitir ordens concretas, precisas e individuais


ao órgão subalterno, podendo ainda consistir em diretrizes ou instruções, de carácter geral e
abstrato, que, em regra, assumem formalmente o nome de “circulares” administrativas (p. ex.,
circulares sobre o modo como os dirigentes e agentes subalternos devem interpretar e aplicar
um certo regime legal). Ao poder de direção, exercido através de ordens ou instruções,
corresponde o dever de obediência, que cessa quando a observância das ordens ou instruções
implique a prática de um crime (artigo 271.º, n.º 3, da pççppppppppppppppppppppppppCRP) -
(ex.: o reitor tem esse poder, no município o presidente tem esse poder ou então como vemos
tantas vezes como ordem concreta e precisa podemos ver uma ordem a dizer para tratar deste
processo em vez de x.) O órgão tem que obedecer sobre pena de cometer uma
contraordenação disciplinar por obediência. Ou, no âmbito da administração financeira ou
fiscal do governo são emitidas circulares administrativas para os diretores gerais e do Iva, do
IRC, do IRS e outros mas mais esses que são para todo o território nacional para indicar a todos
os trabalhadores das finanças como devem interpretar determinada norma fiscal seja quanto
ao iva, quanto ao irs, etc. e eles devem obediência a essa circular e doravante, têm de atender
a esta sobre pena de sanção por desobediência. Este dever de obediência (como aprendemos
em constitucional) quando esse dever implique uma legalidade (ex.: Dizem para vasculhar a
correspondência de x por matéria fiscal) quando as ordens são ilegais não obrigação de
obediência.

b) Poder disciplinar: traduz-se na competência para instaurar procedimentos disciplinares, por


prática de infracções pelos subalternos, e aplicar as sanções legalmente previstas (em geral,
nos termos da Lei Geral de Trabalho em Funções Públicas, as sanções de repreensão escrita, de
multa, de suspensão e - a mais grave - de exoneração definitiva da função pública)- este poder
de administração para a generalidade dos trabalhadores da administração pública está
previsto no regime de trabalhadores de função pública (está no meu CT) isto seja também no
contexto de forças militar ou militarizadas.

c) Poder de revisão - anulação e revogação - de actos praticados pelo órgão subalterno: o


procedimento de revisão pode ser oficioso ou de iniciativa particular, iniciado através de
reclamação ou recurso hierárquico (artigos 169.º, n.ºs 1, 2 e 3 do CPA) – podemos invocar o
fundamento de uma ilegalidade de um ato. Uma regra inferior que viole outra superior está a
praticar-se um ato ilegal e consequentemente se um órgão superior verificar que é ilegla é
nulo o ato por fundamento verificado e se por ventura virmos que é um ato incoveniente para
o interesse público pode ser revogado (pode ser legal mas se for inconveniente para o
interesse público pode ser inválido o ato (é invalidade) e por isso é revogado.
No primeiro é ilegalidade administrativa mas revoga-se quando uma determinada atividade é
inconveniente para o interesse público (invoca-se a invalidade). – Há uma avaliação
discricionária da situação e daí pode resultar a tal revogação. a revisão ou anulação pode ser
feita oficiosamente ou porque se reclama ou recorre hierarquicamente (podemos reclamar
para o próprio órgão que decidiu ou para o órgão superior na hierarquia e que com
fundamento poderá anular ou revogar.

d) Poder de substituição: poder de praticar atos em matérias da competência do órgão


subalterno, podendo, inclusivamente, tal suceder em matérias da exclusiva competência do
órgão subalterno, quando este, em situação de inércia/omissão ilegal, não as exerça – é para
suprir omissões de atuação dos órgãos administrativos. O superior pode suprir as omissões do
subalterno para evitar um vácuo decisório até para evitar aquela espera que se pode fazer por
exemplo os privados num requerimento. Supre-se a omissão legal (claro que há prazos e
regras mas vamos ver mais tarde).

e) Poder de decisão de conflitos de competência (artigo 51.º, n.º 2, do CPA)

3.2. Delegação de poderes administrativos

3.2.1. Noção legal de delegação de poderes administrativos (que acolhe a noção doutrinal):
acto administrativo através do qual os “órgãos administrativos normalmente competentes
para decidir em determinada matéria podem, sempre que para tal estejam habilitados por lei,
permitir, através de um ato de delegação de poderes, que outro órgão ou agente da mesma
pessoa coletiva ou outro órgão de diferente pessoa coletiva pratique atos administrativos
sobre a mesma matéria” – n.º 1 do artigo 44.º do CPA – não transmite/ transação de
competências/poderes não pode haver uma transação administrativo e apenas permite a
outra órgão o exercício desse poder por parte detentora. O órgão que é titular desse poder
pode permitir que outro órgão o exerça mas sempre mantendo a posse o seu originário.
Alguém exerce um poder que não é seu (órgão delegado). Este é o sentido do artigo que é uma
concessão doutrinal daqui da faculdade e acolhe a delegação como a permissão de exercício
de um poder ou de competência onde a titularidade não se altera e apenas se altera o
exercício.
A conceção de delegação é mais amplo em DA do que aquilo do CPA porque já ouvimos de
muitos sujeitos que estão no terceiro grupo da adm que é o da administração do ponto de
vista funcional que exerce as suas funções por delegação de pessoas coletivas públicas. No CPA
diz entre pessoas coletivas públicas e o conceito doutrinal abrange também as delegação feitas
em entidades privadas (ex.: certificar se os produtos podem entrar em mercados, muitos
destes poderes são exercidos pelas entidades públicas (originários) mas em alguns setores são
delegados a entidades privadas especializadas para verificar isso e daí é um conceito mais
abrangente do CPA)

a), Mas a delegação de poderes é mais ampla do que a noção legal:

 A transferência do exercício de poderes administrativos também ocorre para


entidades particulares (“delegação privada de poderes públicos”);
 Quanto ao âmbito, a delegação pode ter por objeto outras competências
administrativas (e não apenas a prática de atos administrativos, na noção do artigo
148.º do CPA):
o - pode ter por objeto o exercício de poderes regulamentares;
o - poderes genéricos de instrução e direção de procedimentos administrativos,
nos termos do artigo 55.º do CPA;
o - atividades materiais ou de carácter técnico, como sucede com a delegação
dos municípios nas freguesias da atividade de limpeza das ruas;
o – Ou a atividade de inspeção de elevadores.

<

b) A necessidade de habilitação legal para delegar poderes administrativos: a “competência é


definida por lei ou por regulamento” - artigo 36.º, n.ºs 1 e 2, do CPA. Um acto de delegação de
poderes sem habilitação legal é inválido (é nulo). Os actos praticados pelo órgão delegado ao
abrigo de tal delegação são anuláveis por vício de incompetência – se por ventura um órgão
administrativo delegar x poder e a outro mas não haja habilitação legal está a praticar uma
ação grave. Permitir que os outros órgãos exercem outro poder sem que a lei o permitisse e
portanto uma delegação de poderes sem habilitação pela lei é nulo, - respeito pelo princípio
da legalidade.

c) A delegação de poderes por acto administrativo (delegação unilateral e imposta ao


delegado) e a delegação de poderes por contrato administrativo (pressupõe a aceitação do
órgão delegado). Exemplo de delegação de poderes por contrato administrativo: delegação de
competências entre entidades públicas (do Governo nos órgãos das autarquias locais);
delegação de competências de entidades públicas em entidades privadas (nos termos do
artigo 409.º do Código dos Contratos Públicos, sobre o “Exercício de poderes e prerrogativas
de autoridade”, as entidades adjudicantes, mediante estipulação contratual, pode delegar nos
concessionários de obras públicas ou de serviços públicos os seguintes poderes e prerrogativas
de autoridade: o poder de expropriação por utilidade pública; os poderes de licenciamento e
concessão, nos termos da legislação aplicável à utilização do domínio público, da ocupação ou
do exercício de qualquer actividade nos terrenos, edificações e outras infra-estruturas que lhe
estejam afectas) – a delegação pode ser por ato administrativo mas pode também se por
contrato administrativo. (ex.: se a distribuição de energia no nosso município for por uma
empresa privada então foi delegados poderes a este, à água a mesma coisa que tem a
concessão deste (contrato de concessão); o mesmo com os transportes públicos (ex.:em
aveiro) e o concessionário pode ficar com a delegação deste poder para poder estabelecer um
regulamento para atividade o poder pode constituir uma autoridade administrativo nesse
serviço. – ato individual do delegante e unilateral deste. É muito comum a delegação ocorrer
por instrumentos contratuais como está previsto no código de contratos públicos haverá uma
mistura aqui entre o contrato de DC com o chamado contrato adminsitrativo ex.: X fica
encarregado de abastecer agua ao municipio e fica responsável de elaborar regulamentos, etc.

d) A distinção entre a titularidade e exercício da competência: o objecto da delegação de


poderes é a transferência do exercício (e não da titularidade) de poderes administrativos. Não
há, apesar da discussão doutrinal, a FDUC defende, que a delegação implica só a delegação do
exercício da competência cuja titularidade está sempre no titular originário com base na lei... A
competência é sempre do titular originário e permite por um ato de delegação que outro
órgão exerça essa competência.
e) A delegação é, em regra, um acto facultativo ou livre do órgão delegante (em princípio é isto
mas há um caso onde a delegação é obrigatória e legal (artigo 55 do CPA) – há certas
diligências que são feitas por órgão instrutor e depois feito relatório ao decisor. O órgão
decisor não se deve envolver no processo de instrução para que este não seja influenciado por
qualquer razão e, portanto, as competências de instrução devem ser delegadas ao órgão
instrutor e, portanto, delegar a juristas da administração pública para fazer a instrução exceto
em áreas mais técnicas como questões de engenharia, arquitetura, urbanismo, etc. mas
costuma estar sempre lá por trás. Nunca pode haver delegação dos poderes inteiros dele a
alguém – só pode haver delegação de poderes específicos porque significaria uma renúncia
explícita de poderes (dizer que delega todos os seus poderes a x) deve ser o poder a b ou c e
devem ser poderes de exercício específico e isto é absolutamente legal. Devem ser sempre
delegações específicas de exercício de poder.

 Excecionalmente existem casos de delegação obrigatória (caso da delegação do poder


de direção do procedimento administrativo - artigo 55.º, n.º 2, do CPA)
 Assim como há poderes que são indelegáveis (nos termos do artigo 45.º do CPA, não
podem ser objeto de delegação: a globalidade dos poderes do delegante; os poderes
susceptíveis de serem exercidos sobre o próprio delegado; e os poderes a exercer pelo
delegado fora do âmbito da respectiva competência territorial)

f) A delegação e a subdelegação de poderes administrativos: salvo disposição legal em


contrário, o delegante pode autorizar o delegado a subdelegar; e, por sua vez, o subdelegado
pode subdelegar as competências que lhe tenham sido subdelegadas, salvo disposição legal
em contrário ou reserva expressa do delegante ou subdelegante – artigo 46.º, n.ºs 1 e 2 do
CPA. A subdelegação é o delegado autorizar o subdelegado a exercer (ex.: ministro delega no
secretário de estado que depois pode subdelegar em x). (na UC normalmente é o reitor
delegar alguns dos seus poderes em direitos de faculdades e departamentos, mas alguns
poderes específicos apenas do reitor, mas pode acontecer entre órgãos e agentes da mesma
pessoa coletiva publica (agentes é tipo funcionário – o único texto que fala em funcionário
públicos é a CRP e agora a lei fala de trabalhadores públicos). O normal é entre órgãos, mas
pode existir entre órgãos e puros agentes é possível e é possível hoje designadamente em
entidades que tem poderes administrativos (ex.: Não é o diretor da ASAE que entra em todas
as lojas, mas são os agentes desta associação, é um inspetor do mapa desta autoridade pública
mandatada pelo inspetor geral que tem essa competência e +o delega efetivamente para o
exercício destes inspetor. A verdade é que muitos destes inspetor são economistas ou juristas
e muitos passaram por aqui mas a verdade é que no final é a partir desta delegação (têm que
levar um mandato para poder fazer a inspeção mas esse mesmo é a delegação de poderes pelo
inspetor-geral).

g) E, quanto aos sujeitos, a delegação pode ocorrer:

 Em regra, processa-se no âmbito das relações hierárquicas entre órgãos da mesma


pessoa coletiva pública (isto é, no quadro das relações interorgânicas, p. ex., a
delegação de competências do Reitor da Universidade de Coimbra em cada um dos
Diretores das Faculdades ou Departamentos);
 Entre órgãos administrativos e “agente da mesma pessoa coletiva” (n.º 1 do artigo 44.º
do CPA), considerando-se “agente aquele que, a qualquer título, exerça funções
públicas ao serviço da pessoa coletiva, em regime de subordinação jurídica” (n.º 2 do
artigo 44.º do CPA). P. ex., delegação em trabalhadores públicos, independentemente
do regime laboral (regime público ou privado); - delegação não em órgãos mas sim em
agentes e isto acontece muito nas ERI na medida em que quando exercem poderes de
investigação sobre x coisas delega a agente o poder de exercer essa investigação e
investiga a empresa para ver se cumpriu as regras de mercado e em geral, toda a
investigação terminal é dirigida pelo MP e há vezes em que o próprio MP precisa de ir
ao juíz alguma coisa pedir autorização para poder investigar e por vezes estes agentes
que recebem autorização do conselho de adminsitração apesar de procurar o mesmo
objeto não significa que tenha os mesmo direitos de procura e tem só 3 limitações
legais:
-se for escritório médico ou de advogado tem que ter a presença do juíz de instrução
-Se for algo parecido a um domicílio tem que ter essa presenção também
Portanto é praticamente igual à polícia criminal mas tem este tipo de limtações
 Entre órgãos administrativos de diferentes pessoas coletivas públicas (p. ex., entre um
ministro e o conselho diretivo de um instituto público sob a superintendência
daquele); - chamado de delegação intersubjetiva (ocorreu assim na àrea de educação
a partir de 2014 e hoje deu-se um salto na matéria sobre a lei-quadro de
descentralização onde recebem x poderes sem ato de delegação com o estado)
 Entre um órgão administrativo e uma entidade particular (delegação de poderes
públicos em entidades privadas) – ex.: Qualquer um de nós fez a carta de condução ou
pelo menos o código e isto é isso sobre as escolas privadas que recebem depois um
mandato público que aprovam ou não para a condução.

(na UC normalmente é o reitor delegar alguns dos seus poderes e direitos em faculdades e
departamentos, mas alguns poderes específicos são apenas do reitor, mas pode acontecer
entre órgãos e agentes da mesma pessoa coletiva publica (agentes é tipo funcionário – o
único texto que fala em funcionário públicos é a CRP e agora a lei fala de trabalhadores
públicos). O normal é entre órgãos, mas pode existir entre órgãos e puros agentes é
possível e é possível hoje designadamente em entidades que tem poderes administrativos
(ex.: Não é o diretor da ASAE que entra em todas as lojas, mas são os agentes desta
associação, é um inspetor do mapa desta autoridade pública mandatada pelo inspetor
geral que tem essa competência e o delega efetivamente para o exercício destes
inspetores. A verdade é que muitos deste inspetor são economistas ou juristas e muitos
passaram por aqui, mas a verdade é que no final é a partir desta delegação (têm que levar
um mandato para poder fazer a inspeção, mas esse mesmo é a delegação de poderes pelo
inspetor-geral). O ministro pode delegar competências para maior despesa ao reitor
podendo autorizar despesas a um valor acima daquilo que a lei permite – delegação
intersubjetiva.
Depois a delegação em entidade particular.

Não confundir com a delegação por assinatura onde diz uma comunicação onde diz no
final “pelo reitor da UC” e não é uma delegação de poderes, mas delegação de assinatura
onde permite que x pode assinar pelo reitor sendo o reitor imputável a toda a
responsabilidade do ato.

h) Casos de delegação de poderes efetuada diretamente por lei (delegação legal de poderes
administrativos)

i) A delegação de poderes como técnica de desconcentração de competências


3.2.2. Distinção entre delegação de poderes e coadjuvação: na relação de coadjuvação não há
a transferência de exercício de poderes do órgão coadjuvado para o órgão ou agente
coadjutor; este não exerce, em nome próprio, os poderes daquele. O órgão coadjutor é apenas
um órgão ou um agente auxiliar do coadjuvado (órgão principal), que o auxilia no exercício das
respetivas competências (p. ex., em regra, nas leis orgânicas do Governo, cada Ministro dispõe
de um Secretário de Estado Adjunto, que funciona como coadjutor do Ministro)- a
coadjuvação é apenas outro órgão auxiliar de outro e não tem próprias competências (ex.:
secretário de estado) podendo então o ministro delegar algumas competências próprias neste)

3.2.3. Distinção entre delegação de poderes e delegação de assinatura ou de firma: na


delegação de assinatura não se verifica a transferência do exercício de qualquer poder para
outro órgão ou agente; o “órgão delegante” limita-se a autorizar que outro órgão ou agente ou
o (seu) coadjutor possa assinar, em seu nome e em sua representação, atos que lhe são
exclusivamente imputáveis (ao “órgão delegante”). Quando está na assinatura pelo presidente
x não temos ali uma delegação propriamente dita mas uma de firma e temos alí, normalmente
o vice-presidente uma delegação de poder assinar por ele por razões práticas e/ou funcionais
é normal de acontecer na administração.

3.2.4. O regime da delegação de poderes no CPA

a) Requisitos do ato de delegação

i) Requisitos relativos à especificação (artigo 47.º, n.º 1, do CPA): no ato de delegação deve o
órgão delegante especificar os poderes que são delegados (p. ex., especificar que é delegado o
exercício do poder de autorizar a realização de despesas até x euros) ou os atos que o
delegado pode praticar, bem como mencionar a norma atributiva do poder delegado (norma
de competência) e aquela que habilita o órgão a delegar (norma de habilitação). Nota: a
inobservância deste requisito provoca a invalidade do ato de delegação, embora produza
efeitos, seja eficaz (anulabilidade do ato da delegação) – princípio da especificidade sobre
pena desta ser ilegalidade ou invocar a norma de habilitação. Isto tem que estar sempre
presente numa norma de delegação sobre pena de ser ilegal e ser anulável. O negócio jurídico
nulo não produz qualquer efeito e celebrado sobre coação nomeadamente física obviamnete
que isto é uma declaração de vontade obtida sobre coação e é nula tanto no DC e DA. Como
no direito civil um negócio jurídico anulável a lei não sanciona isto como nulidade mas como
anulabilidade este negócios embora ilegais e anuláveis ainda produz efeitos. Ainda é ilegal, o
nulo não nos impõe obrigações mas a anulabilidade é vinculativa e é ainda legal e em geral
temos 3 meses para impugnar essa decisão ilegal e senão solidifica-se na ordem jurídica. O
mesmo sucede aqui se por ventura existir uma instância de não habilitação de norma ainda
pode ser eficaz passado 3 meses em geral.

ii) Requisito relativo à publicidade (artigo 47.º, n.º 2, do CPA): os atos de delegação ou
subdelegação de poderes estão sujeitos a publicação, nos termos do artigo 159.º (o artigo
159.º do CPA, sobre os “Termos da publicação obrigatória” estabelece o seguinte: “Quando a
lei impuser a publicação do ato, mas não regular os respetivos termos, deve a mesma ser feita
no Diário da República ou na publicação oficial da entidade pública, e na Internet, no sítio
institucional da entidade em causa, no prazo de 30 dias…” – o ato da delegação tem que ser
publicitado para perceber quem o órgão competente, que tipo de organização interna tem,
qual a relação interorgânica tem entre esses órgãos e saber qual a relação entre os órgãos e
saber qual o nosso interlocutor direto se fizermos uma queixa, etc. O requisito da publicidade
é requisito da eficácia da delegação, senão é eficaz e caduca se por ventura não for publicado
no prazo de 30 dias. O cidadão precisa de saber que está a exercer essa ordem pública e o
cidadão destinatário precisa de saber quem é o autor do exercício do pdoer adminstrativa até
para depois senão concordar contestar a decisão e precisa portanto de saber a quem se dirigir.

Nota: o ato de delegação (ou de subdelegação) caduca (extingue-se) caso não seja publicitado
no prazo de 30 dias a contar da respetiva prática

b) Poderes do órgão delegante: a supremacia jurídica do delegante (artigo 49.º do CPA):

i) O poder de orientação do delegante: o órgão delegante pode emitir diretivas ou instruções


vinculativas para o delegado, sobre o modo como devem ser exercidos os poderes delegados e
que o delegado deve considerar no concreto exercício das competências delegadas – n.º 1 do
artigo 49.º do CPA (p. ex., uma orientação no sentido de o delegado conceder imediata
prioridade à análise e decisão dos processos mais urgentes). Nota: o facto de o delegado não
considerar as diretivas e as instruções do delegante ou até mesmo de as violar não provoca a
invalidade dos atos praticados pelo delegado – apesar de delegar ainda pode o delegante
emitir orientações quanto à sua função. – isto no sentido de fornecer orientações ao delegado
quanto ao modo de como exercer esses poderes.

ii) Poder de avocação (n.º 2 do artigo 49.º do CPA): através da avocação o órgão delegante faz
retornar a si o exercício de algum ou alguns dos poderes delegados, mantendo-se intocada a
delegação relativamente aos demais poderes que não sejam objeto de avocação. Nota: caso o
delegado venha a praticar atos no âmbito dos poderes que tenham sido avocados pelo
delegante, tais atos serão inválidos, na medida em que, nessa parte, se produziu a extinção da
delegação – pode avocar os processos perante os quais tenha delegado o exercício de poder,
se houver um processo complicado na faculdade de medicina e o diretor desta tiver o poder
delegado sobre esta, neste caso o reitor pode retirar a delegação daquele poder, como o caso
é complicado atendendo ao nível de melindro (por ser chocante, etc.) do processo pode avocar
esse poder no processo concreto e ele vai conduzi-lo e decidi-lo e para determinado processo
o poder é avocado. O código não diz qual é a consequência do poder de avocação quando
exercido na relaão de delegação e quanto a x processo concreto àquele professor e
funcionário e o processo é avocado nessa parte específica a avocação contém-se e naquele
processo essa delegação fica contida mas só lá.

iii) Poder de revogação da delegação: a delegação pode, a qualquer momento, ser livremente
revogada pelo delegante, tendo como efeito a extinção da delegação – alínea a) do artigo 50.º
do CPTA. É um poder discricionário e se o órgaõ delegante até pode ser por falta de confiança
achar que a delegação não deve continuar pode cessá-la. Um colega pergunta se a revogação
do ato de delegação tinha como consequência as eventuais subdelegações que existiam e é
isso, as subdelegações extingue-se quando a delegação original cessa. O pressuposto de
confiança e a falta deste abala toda a cadeia de delegação.

iv) Poder de anulação da delegação: a anulação tem como fundamento a invalidade do acto da
delegação (alínea a) do artigo 50.º, conjugado com o n.º 2 do artigo 165.º do CPA: “A anulação
administrativa é o ato administrativo que determina a destruição dos efeitos de outro ato, com
fundamento em invalidade”). Tal como a revogação e a caducidade, a anulação extingue a
delegação (alíneas a) e b) do artigo 50.º do CPTA) – existindo na universidade um caso
complexo de um aluno internacional que mexe com as relações entre universidades e isto está
delegado para um diretor e ele pode querer tratar do assunto nesse dossiê e aí o poder de
delegação extingue-se para pelo menos esse processo. Se ela é válida porque o órgão
delegante e o seu conselheio jurista não tinha habilitação legal para a emitar então pode
anulá-la se descobrir que são obviamente legais então no sentido do artigo 50 conjuntamente
com o artigo 165 extingue a delegação. A revogação tem como fundamente essa tal apreciação
de mérito e discrionariedade do delegante seja por interesse público ou organizativas, da
autoria dos respetivos atos e exercício do poder e não há nada de inválido ou ilegal e apenas
uma análise discricionária mas a anulação tem sempre um vício, uma ilegalidade que se traduz
num vício destas relações adminsitrações.

iv) Poder geral de revisão dos actos praticados pelo delegado: poder de anulação, revogação e
substituição (o delegante, sem proceder à avocação dos poderes delegados, faz cessar os
efeitos do acto praticado pelo delegado e pratica um novo acto em substituição daquele) dos
actos praticados pelo delegado ao abrigo da delegação (n.º 2 do artigo 49.º do CPA: “O órgão
delegante ou subdelegante tem o poder de…anular, revogar ou substituir o ato praticado pelo
delegado ou subdelegado ao abrigo da delegação ou subdelegação”, conjugado com o n.º 4 do
artigo 169.º do CPA, nos termos do qual “Enquanto vigorar a delegação ou subdelegação, os
atos administrativos praticados por delegação ou subdelegação de poderes podem ser objeto
de revogação ou de anulação administrativa pelo órgão delegante ou subdelegante, bem como
pelo delegado ou subdelegado”) Nos termos do artigo 165.º, n.º 1, do CPA, a “revogação é o
ato administrativo que determina a cessação dos efeitos de outro ato, por razões de mérito,
conveniência ou oportunidade” Pode revogar, anular, avocar ou substituir.

Nota: o órgão delegante pode exercer qualquer destes poderes oficiosamente, por iniciativa
própria, ou a pedido dos interessados que não concordam com a decisão do delegado e
recorrem ao delegante portanto e este pode decidir mesmo em substituição daquilo que foi
decidido pelo órgão delegado.

c) A responsabilidade do delegado pelas consequências dos atos que pratique no âmbito da


delegação (artigo 44.º, n.º 5, do CPA: “os atos praticados ao abrigo de delegação ou
subdelegação de poderes valem como se tivessem sido praticados pelo delegante ou
subdelegante”. Por isso, o CPA impõe a observância exigências formais relativas aos praticados
pelo delegado: os atos praticados ao abrigo da delegação devem mencionar a qualidade de
delegado no uso da delegação (n.º 1 do artigo 48.º do CPA), embora a falta dessa menção (ou
a menção incorrecta da sua existência e do seu conteúdo), não afecte a validade dos actos
praticados, os interessados, em caso algum, podem ser prejudicados no exercício dos seus
direitos pelo desconhecimento da existência da delegação (ou subdelegação) – n.º 2 do artigo
48.º do CPA. Os atos praticados ao contrário da delegação da assinatura em que os atos
praticados por aquele que tem a delegação de assinatura são imputáveis ao delegante aqui
como há uma delegação de poderes ao delegado esses atos são imputáveis. Se este praticar
atos anuláveis em que o ato de impugnação de 3 meses significa que os destinatários num
ápice não pudessem exercer esse direito de impugnar em virtude de não conhecer quem
praticou o ato e por isso é obrigatório que esteja sempre dito que é um poder delegado, quem
o delegante, quem o delegado, a data da delegação, o despacho que a delegou e o que
delegou. Isto para depois demandar o ato delegado. E portanto sem este informação este ato
não pode ser-nos imposto. A resposabilidade é sempre imputável ao delegado e estes atos ao
abrigo da delegação valem como se fossem praticados pelo delegado ou subdelegado. Tudo é
imputável ao órgão delegado mas a questão é se em princípio tudo é imputável ao órgão
delegado mas como há o poder de vigilância do delegante pelo delegado se houver
responsabilidade civil do delegado (consequèncias prejudiciais para o nosso património ou
esfera pessoal) a questão que se coloca é que se o delegante tem x poderes não se apercebeu
de tamanha legalidade então para direito civil há uma responsabilidade solidária e houve uma
culpa iniligente (na investidura da delegação ou no não exercício dos seus poderes de
vigilância do órgão delegante) não nos devemos esquecer de mencionar de quem é a
delegação e muitas vezes é esquecido e senão estiver lá escrito não nos pode ser imposto o
ato.
No processo administrativo até vamos estudar o artigo 108.
A reclamação faz-se sempre para o órgão delegante mas senão quisermos reclamar mas
recorrer recorremos para órgaõ detentor (é o recurso especial adminsitrativo para o delegante
e isso é falado no Cpa e se discordarmos com o vice reitor podemos sempre ter o tal recurso
para o reitor ou então reclamamos diretamente para o vice reitor que praticou tal ato).
No caso da delegação como normalmente é feita entre os órgãos máximos para a relação
hierárquica inferior normalmente há possibilidade de recorrer aos tribunais administrativos
sem precisar de reclamar ou recorrer internamente e há sempre uma competência dos
delegados ou subdelegados que tem origem no órgão superior da hierarquia.
Consequentemente como o delegado ou subdelegado está a exercer um poder pertencente ao
primeiro há sempre a possibilidade de impugnar essas decisões no tribunal adminsitrativo mas
claro que por razões financeiras tenta obter a revisão no plano meramente administrativo e no
tribunal tem a taxa de justiça e os onerários devidos ao advogado e pode fazer internamente
sem reclamar intenramente mas tem os custos judiciais ainda... Pode ainda ter apoio judiciário
mas isso já implica outras coisas.
No plano administrativo não há um pagamento qualquer de taxa mas haverá eventualmente
outras situações “se recorre ou reclama internamente suspende o prazo de impugnação para
os tribunais? Sim, suspende” e outras coisas mas isso vamos ver no segundo semestre.

c) Impugnação dos actos do delegado: os actos praticados pelo delegado podem ser objecto de
reclamação para o próprio delegado (artigo 191.º, n.º 1) e de “recurso” administrativo para o
delegante (artigo 199.º, n.º 2, do CPA)

g) Extinção da delegação: para além da anulação e revogação da delegação, esta também se


extingue por caducidade (artigo 50.º, alínea b), do CPA , p. ex., pelo decurso do prazo, pela
mudança dos titulares dos órgãos delegante ou delegado, na medida em que a relação de
delegação tem um carácter pessoal, pressupondo uma relação de confiança entre os titulares
dos órgãos delegante e delegado - p. ex., a cessação do mandato de um Reitor de uma
Universidade implica a caducidade de todas as delegações que tenha feito ao longo do
respectivo mandato) – Para além dos poderes de revogação e anulação esta caduca sempre
que haja mudança de titularidade dos órgãos e se mudar de titular o reitor então caduca todas
as delegações e novo reitor terá que emitir novas delegações e competências.

Iremos ver já agora umas duas ou três páginas

Até agora falámos dos dois capítulos que saem o sexto e o qarto e o resto já tinhamos
agendado para a primeira frequência.
O princípio geral na adm. É o direito administrativo seja este puramente nacional, seja aquele
produzido pelos órgãos próprios da UE.
Ora este direito administrativo é a regra da atuação de todos os ´rgãos da administração
contudo as entidades públicos à maneira do TGDC gozam de direito de capacidade jurídica
individual.
No contexto adminsitrativo, consequentemente, como vimos, para compreender porque a
adminsitração também se organiza com maneiras e ao abrigo do dirieto privado isto porque
têm capacidade jurídica de direito privado para usar o código de direito comercial e formar
associações, fundações, sociedades, cooperativas, etc. a partir do direito privado.
estes direitos como estão no CC muitas vezes as entidades públicas para gerir os seus bens
usam o CC e há uma regime própria, num decreto-lei, para a gestão patrimonial das entidades
públicas porém pode usar modalidades como o arrendamente que são negócios civilísticos e
portanto estas entidades também fazem destes negócios civis.

As câmaras, etc. podem fazer negócios como sujeito privado. Como fazem os privados isto
fazem as entidades públicas (permutas, arrendamentos, etc.) e portanto o município, a UC,
etc. pode fazer permutas, etc. por uma contrato regulado no CC nestes termos apenas que
obviamente há aqui uma circunstância que é exceção. A lei adminsitrativa tem que permitir
que aja pelo direito privado porque em regra tem que agir pelo direito adminstrativo. Em regra
é usado o direito civil e os negócios jur´dicios que tenham como objeto o património público
normlamente é usado o dirieot privado.
Há bens da administração que não estão fora do comércio jurídico mas os bens patrimonias
estão fora e o resto não.

Há limitações.
-Da doutrina adminsitrativa germãnica estabeleceu a seguinte regra para que seja lícito os
órgãos administrativos usem o direito privado- tem que haver uma decisão adminstrativa que
decide agir pelo direito administrativo (habitual) ou pelo direito privado (esta decisão prévia
decide se vão atuar perante um ou outro). Tem que haver uma decisão antes sequer do
contrato para escolher que face assumem.
Depois essa segunda fase é atuar perante o CC.

Teoria da dupla decisão e está assente na jurisprudência do nosso tribunal administrativo mas
isto trás outros problemas. Pode haver impugnação do contrato de direito de superfície têm
que ir a tribunais civis mas se for impugnada a decisão de agir pelo direito civil em vez de
administrativo já se tem que recorrer ao direito administrativo.
Esta teoria é importante na prática para dinstiguir estas decisões e distingue a consequência
ao nível da segurança jurídica dos cidadãos.
Se for a decisão prévio (TA) mas se for no contrato é civis mas às vezes nem é bem assim
porque no arrendamento depois têm regulamentos para decidir que arrenda e depois
cláusulas por decisão administrativa e polícia de despejo diferentes e aqui já misturam um
bocado o administrativo com o civil porque normalmente o despejamento é pelo privado e
não ficaria bem um contrato de arrendamento civil e há uma mistura entre este direito civil e
administrativo e dependendo da cláusula pode se ter que recorer a tribunais diferentes.
Contudo, hoje já não é bem assim, e o contrato não é só direito civil e há cláusulas
claaramente exorbitantes de direito adminsitrativo que dão poderes +a administrativo de DA

Depois é necessária a transparência – se é feito um contrato segundo o direito civil temos que
saber que aquilo é património público e normalmente o que deve haver é pelos menos um
procedimento de asta pública e portanto é uma espécie de imposição de princípios de
administração neste direito civil não pode haver desconsideração só porque a mesma
administração atua por direito privado.
Estes princípios também nas empresas privadas investidas em serviços públicos.

Para atuar leglamente no direito privado tem que atuar segundo esta teoria de dois degraus
ou dupla decisão. O decreto de lei referido é só quanto à gestão de património de entidades
públicas mas não é preocupante.
Temos que primeiro ter em conta estas duas decisões.

Temos que ter em conta os limites – ter um conta os princípios gerais sem diferenças e a teoria
de duas fases e a obrigação de concursos.

Vamos fazer 3 casos práticos na próxima aula

- sobre relações

-sobre órgãos colegiais

-sobre delegação de poderes

´No capítulo 4 a utilização do direito privada para a administração e saber se a lei permite ir ao
código civil (princípio da legalidade) e o que precisamos de fazer para ir ao CC.
O nosso foco é o sexto powerpoint e o quinto é para esquecer no geral porque o resquício
deste está no 6.

Terminar parte quanto à delegação de poderes

Já tinhamos visto a noção de delegação (noção doutrinal de ciência adotada pelo legislador
(artigo 44) vimos também que no ponto de vista doutrinal e legal o âmbito da delegação de
poderes é mais expansiva do que aquilo presente no artigo 44 do CPA designadamente vimos
nós que ela pode ocorrer não apenas entre órgão administrativos mas também entre
entidades administrativas (relação intersubjetiva) o governo pode delegar matérias num IP.
O objeto da dlegação pode ser e normalmente mais amplo daquilo no CPA – pode ser na
conceção hierárquica ou político-constitucional temos leis e depois regulamentos que podem
ser objeto de delegação ,ativdades puramente técnicas ou técnico científicas – as vezes no
contexto de relações puramente funcionais (entre municípios ou freguesias onde delegam
tarefas para estes).
Atividades também estas de natureza técnica como observância de nomras técnicas de
segurança e qualidade de utilização e é delegado de isto para particulares, etc.

Bora casos práticos

Hipótese
Já saiu em frequência anterior.
Delegou no seu presidente o poder para praticar atos em todas as matérias nos termos da le
ique estabelece as competências dos órgãos das autarquias a qual só permite que alguns dos
poderes sejam delegados. Pode haver delegação mas não em todas as matérias estabelecido
no artigo 34 ou 35 dessa lei. Mais tarde a câmara delibera (porque é órgão colegial) quando é
singular é decisão e anula o ato delegação por conflito de interesses por parte do CM e depois
pede para a anulação.

2 problemas:
-relativo ao ato da delegação em si- que é logo a primeira parte do enunciado

-tem a haver com o exercício de poderes por parte do órgão delegado

-litígio do presidente e a câmara e invoca o governo e ao abrigo do poder de tutela para falar
sobre o assunto, Na sua perspetiva o órgão colegial não tinha reunido as condições qunato às
reunião e a votação das deliberações. Lendo o enunciado conseguimos identificar estes pontos
críticos.

Agora pergunta quanto ao ato de delegação e se à luz do regime geral deste ato de delegação
ele foi praticado em situações legais deste regime imperativo (Incortonavelmente aplicável à
delegação) é cumprido. O principal problema identificado n oenunciado quanto ao ato é o dito
no artigo 45 e diz a lei que apenas permitia que a CM pudesse delegar alguns dos seus poderes
e não podem ser delegados todos e quaisque rpoderes segundo a lei 75/2003 contudo
independnetemente do estabelecido naquela lei há um regime próprio da delegação e
sabemos que seugndo o artigo 45 do CPA e o 44 do CPA diz que a delegação é x bla bla bla e
dizemos isso citando o artigo 44 doutrinalmente sendo isso o que estava em causa. Temos que
dar a noção do código.
Agora indenpendemente daquilo que essa lei especial estabelece vamos o que está em causa
que é o regime do ato da delegação e consta deste artigo 44 e seguintes e um dos aspetos
essenciasi desse regime é o problema de saber se é possível delegar a partir do ato dedelgação
todos os poderes e aqui diz a alínea a) do 45 que não podem ser delegados a globalidade dos
poderes do delegante e esta delegação é violadora do regime e inválida (e só vamos dar os
tipos de invalidade no direito administrativo II e não vamos dar se consiste em nulidade ou
anulabilidade e só precisamos de saber se há ilegalidade ou invalidade do ato. Não podemos
numa frequência onde não se tratou o tema dos tipos de invalidade estar a penalizar os
colegas que não referiram isso e podemos referir isso e é enriquecedor mas não seremos
penalizados por isso.
É válido ou não, é ilegal ou não e temos é que saber se há validade ou não se for publicada.

Temos que adiantar também que nos termos do artigo 47 que os poderes que se delegam têm
que ser especificados (princípio da especificidade) e por força deste a delegação também seria
inválida isto no nº1. O órgaõ deve especificar as competências delegados e os atos que pode
ou não praticar.
Não pode existir a delegação dos poderes e para que isso suceda o órgão delegante está
vinculado a especificar bla bla bla 47/1 e só com estes dois requisitos a delegação se afigura
com o regime do CPA.

Neste caso teríamos que concluir que por estas duas razões a delegação seria inválida e só
falavámos mais se para além disso a delegação não foi publicada no prazo legalmente
estabelecido e poderíamos acrescentar isso segundo algum artigo-

Isto é a primeira pergunta agora a segunda...

Quem faz a pergunta quer saber os poderes do órgão delegante e estes poderes do órgão
delegante e devemos analisar o regime de delegação quanto aos poderes de delegação e não
obstante da delegação por um regime legal e doutrinal o órgão delegante reserva a sua
competência e garante-lhe x poderes sobre o delegado quanto aos poderes que lhe foram
delegados quanto ao poder de vocação de processos concretos para o órgão delegante, poelo
poder específico de atos praticados pelo delegado que podem ser anulados, revogados e
substituidos com base então dos outros artigos e o poder da anulação e revogação dos atos
e/ou da própria delegação e o de direção.

Isto tudo no nº2 do 49.


Na resposta desta segunda questão é isto sobre o contexto dos poderes gerais e no caso
específico o poder de anular o delegante o seu próprio ato oficiosamente e extinguir o ato de
delegação e é esse poder de anulação do ato da delegação e depois em segundo legal o poder
de anular os atos praticados pelo delegado e voltando atrás no caso da pergunta específico o
que está em causa é esta alínea 4 do poder de revisão por parte do órgão delegante nas notas.
Contudo há um fundamento invocado no texto invocado pela CM que é o conflito de
interesses entaõ o enunciado diz para este efeito é que aquele órgão mesmo que a delegação
mesmo sem qualquer virtude os atos praticados são sempre suscétivies de anulação porque
faltaria naquele caso concreto um requirimento para aqueles atos praticos que é a
imparcialidade subjetiva (artigo 69 a 76 que é o regime que garante a isenção e imparcial e
depois as sanções ligadas a este).
Mas temos que dizer mais que isto. Já havia um problema de base onde a delegação não itnha
obedecido aos requerimentos de regime mas mesmo que fosse ainda tinhamos o conflito de
interesses (seja primo, irmão, inimigo fidagal, forte amizade, etc.) e mesmo que tivéssemos
esta validade do ato de delegação o que está aqui em causa é no caso concreto ainda que
fosse competente (que não houvesse nenhum provlema na delegação) sempre esses atos são
suscétiveis da anulação por parte da CM em virtude deste no caso concreto haver um conflito
de interesses e portanto estes atos mesmo que podendo os pratica não reunia as condições de
legitimação para agir por esses conflitos devendo nessas siutações declarar-se impedido para
decidir e aí essa decisão e porcesso sobre o qual incide essa decisão transitava do órgão
delegado para o delegante sem avocação embora o pudesse sempre avocar e este pode
suscitar estas situações e remeter esta situação para a CM. Objetivamente
independentemente de qual seja a justiça da situação não o poder fazer por conflito de
interesses mesmo sendo a decisão a mais justa por falta de legitimação para agir e decidir
naquele caso concreto e o que causa essa falta de legitimação é o tal conflito de interesses.
O principal desafio da questão era estas mas claro que se pode acrescentar esta parte de se
também por ventura se o próprio presidente não suscita-se isso a CM sempre pode avocar o
processo. Não escrever legitimidade mas sim legitimação. Legiitimidade é no Direito
Constitucional, Ciência política, Direito Civil mas no DA é a legitimação e é uma questão
científica própria,

A pergunta 3 convoca-nos para falar nas relações jurídicas dentro da administração pública e
para falar sobre a relação de superintendência e da tutela administrativa e saber se em relação
disto se existe superintend~encia entre governo e autarquias ou a tutela administrativo entre
estes dois e concluindo que por ventura não existe a primeira mas a segunda e saber se a sua
intensidade concede ao governo esta margem de intervenção e qual a tutela administrativa
deste sobre as autarquias e a resposta é que não é a mesma que tem sobre os IP.
E a respotas deve-se iniciar sobre estas relações inter-orgânicas e administrativas e a
superintendência e a de tutela administrativa e daí falamos das duas. Este poder
constitucionalmente e no DA existe no estado de administração em relação às autarquias
locais, e a resposta é não porque se estabelece em relação ao governo e a sua adeministração
central e indireta em concreto dos IP e aqui seria ilegal e eventual inconstitucional (mas isso
não é problema do DA) e é de completa nulidade. Depois não existindo agora vemos se existe
o outro tipo de relação jurídico administrativa que é a tutela jurídico administrativa e aí existe
uma lei de tutela adminstrativa (ato 96) que permtie que o governo intervenha na
adminsitração autárquica fiscalizando a legalidade dos atos dos ´rogaõs das autarquias locais e
só existe um tipo de tutela administrativo do gobverno estado de amdinistração sobre as
autarquias legais que é a tutela de legalidade e não a de mérito e ver se os seus atos é
conforme a lei e vê se estes são legais ou não.
Diríamos que este poder sobre o governo sobre as autarquias legais é legal porque fiscaliza
apenas o cumprimento da legalidade pelos órgãos autárquicos e portanto é legítima a
intervenção porque o faz ao abrigo de um poder administrativo e constitucional próprio agora
o resultado do exercício deste poder...
O ministro com base no relatório inspetivo considera que tudo praticado é inválido e ilegal e
anula estes e pode fazê-lo com base no poder de tutela administrativa? O que terá de fazer é
constatar é que depois ao nível da tutela sancionatório (dentro da da legalidade) pode anular
as decisões destes órgãos. Esta é a tutela sancionatório (na tutela de leglaidade quanto ao
conteúdo temos a tutela sancionatório, revogatória, etc.) e o estado de admnisitração tem
este poder para exercer a tutela sancionatória o que tem de fazer é que com base no relatório
considerando que as deliberações e decisões do presidente são ilegais o que devia fazer o
governo é remeter o relatório realizado para o MP e este propor as respetivas ações
administrativas nos respeitivos tribunais administrativos e se aí fossem consideradas ilegais
seriam anulados e isso tem com base na autonomia local das autarquias porque se fosse ao
contrário seria anulado os atos e os municípios estariam sempre a impugnar as intervenções
ministeriais etc. e no ponto de vista institucional poderia causar um desiquilibrio até para
evitar uma intervenção excessiva do estado administrativo na administração local.
O juíz de forma independente e imparcial concluirá a sua ilegalidade ou não e não pode
sancionar oficiosamente embora haja doutrina que diz que tendo o poder da tutela de
legalidade também permitira essa anulação por parte do estado de administração contudo a
lei por enquatno não deixa isso e diz que tem de ser remetido para tribunal competente seja
viseu, castelo branco, coimbra, mirandela, braga, etc...
Quanto ao proceder à dissolução também não porque é tutela sancionatória e diz que não
cumprindo a lei sanciona com a anulação e a dissolução. Não ha tutela sancionatória
sancionatória. Há tutela sancionatória mas neste caso não pode ser exercido pelo estado
administração e tem que ser remetido para o ministério público que é defender da legalidade
prática da ordem pública e neste caso tem legitimidade para propor as ações (claro que os
munícipes também o podem propor por serem interessados, etc.) e aí vai para o tribunal
administrativo que podem declarar a perda de mandata (de presidente ou vareador, etc.) ou
dissolução do órgão (em que vai tudo).

Agora na questão 4 percebemos que seria diferente se fosse um IP e aqui já temos relações de
superintendência, relação de tutela administrativa tanto de legalidade e de mérito e no caso
da legalidade já abrange a tutela de fiscalização e daí o poder do governo sancionar e sendo
cumprido uma ilegalidade o governo pode exercer uma sanção anulatória ou até exonaração
de um membro ou logo a dissolução do conselho diretivo. Neste caso o governo já tem este
poder e pode fazê-lo na sua administração indireta porque ainda falamos da SUA
administração mas as autarquias já são administração local autónoma e daí justifica que o
estado tenha esse poder quanto à sua administração indireta (exceto ERI’s) e pode exercer
quanto às suas empresas ou IP e aqui pode exercer a tutela fiscalizadora ou sancionatória e
aqui quem nomeia é o governo e quem exonera é o mesmo. E as razões jurídico
administrativas nos dois planos diferentes são distintos. Depois pdoe ter coisas diferenças
onde se pergunta que tipo de órgão se tratam se se exerce a competência de forma singular
ou conjunta mas essas perguntas de regime são normalmente estas.

O professor depois esqueceu-se de um ponto que são as condições de funcionamento do


órgaõ colegial invocando que o presidente pediu ao governo para interferir por violação dos
princípios de reunião e votação e o que estaria neste segmente é a referência às condições de
exercício desses poderes segundo o presidente o quorum e o m´nimo de votação e aqui diz
que a CM estava a deliberar ilegalmente por violação destes princípios seja por tumulta, sem
amioria ou quorum e isto também pede para apreciar e aqui é mais fácil porque basta ir às
condições de funcionamenteo do órgão colegial desde o artigo 32, o 29, etc.
O que nos órgãos colegiais ao contrário dos órgãos singulares é que a lei sanciona isto de
forma mais grave que é a nulidade destas deliberações e podem ser impugnadas a todo o
tempo. Não obstante tratar-se de uma situação grave de deliberação ilegal dizemos que o
governo pode invocar esta mas não sancionar, etc.

E com isto sabemos que é assim que devemos responder e não esquecer que devemos colocar
condições de legitimação e não de legitimidade.

Critérios de correção colocados nos ficheiros.

199 CRP

20 a 52 do CPA

69 a 76 CPA

2 CPA

199 nº2 e 4 CPA, 191

165, 169

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