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Còdigo do procedimento administrativo precisamos que vamos usar nas aulas seguintes de
forma habitual e é preciso ter e acompanhar. Precisos de acompanhar as aulas e estudo com
base neste código.
Relativamente ao código ele teve alterações em 2020 e então foi revisto em 2015 de forma
significativa e depois teve uma alteração em 2020 portanto que para quem quiser ter o código
tem que adquirir uma edição posterior a 2020.
Here we go again
Relação essa com uma entidade pública (ex.: autoridades governamentais, policiais, locais ou
entidades administrativas).
Administrar significa gerir (recursos financeiros (disciplina das finanças públicas é essa gestão
de recursos financeiros) e depois gerir toda esta organizatória toda este órgão como os
professores na universidade) – tudo isto é um conjunto organizatório que tem regras (ex.: na
universidade com os regulamentos (das bolsas, para os funcionários, etc.).
Quando falamos num sentido geral serve para o privada e para o público. Geral porque é
comum. Temos que situar uma órbita para o público que é a da sociedade civil que abrange.
Administração pública é a UC, o estado, etc. – são administrações públicas porque são origem
do estado e regem-se na administração pública.
Para compreender o direito administrativa temos então que entender um dualismo entre um
estado administrativo (esfera do poder) e os que são administrados (esfera dos cidadãos) no
seu sentido individual e coletivo.
1.2. Características típicas da Administração Pública (as notas gerais anteriores permitem
compreender a noção estrita de Administração Pública)
1.2.1. Fins públicos – fins que são inerentes a qualquer atividade organizada em estado – os
fins públicos constituem eles a identidade núclear do modelo de estado que temos. Hoje, os
fins essenciais desta organização constitucional e administrativa é a segurança, a justiça e o
bem estar social.
v) Os institutos públicos;
Esta lista tem personalidade jurídica de direito civil e público como pessoa e entidades
coletivas do direito civil. As pessoas coletivas públicas têm que se reger pelo direito público. A
AAC por exemplo além de ter que seguir as leis da segurança social, saúde, etc. também que
haver uma lei de si própria que percebe toda a atuação de toda a atividade administrativa que
é a lei administrativa.
a-1) Nota sobre a importância do critério da personalidade jurídica na delimitação dos sujeitos
da Administração Pública:
i) Em primeiro lugar, por virtude do critério da natureza jurídica (ou em razão da sua
natureza jurídica), as entidades com personalidade de direito público integram
sempre a Administração Pública, formando o primeiro grupo de sujeitos da
Administração Pública;
ii) Em segundo lugar, é com base ou a partir deste grupo que emergem os outros dois
grupos, que veremos de seguida;
iii) No entanto, a insuficiência do critério formal da personalidade jurídica e a
necessidade de recorrer a outros critérios.
i) À luz deste critério também integram a Administração Pública - isto é, são sujeitos da
Administração Pública em sentido orgânico ou institucional - as entidades que, embora com
personalidade de direito privado, têm uma “participação com influência dominante” das
entidades integradas no grupo anterior (critério da participação dominante de pessoas
colectivas de direito público) – antes eram do direito público e do direito público mas depois
passaram para o domínio privado e continuam as suas funções.
ii) Este segundo grupo pode resultar da utilização de diferentes técnicas jurídicas: - Por vezes,
tais entidades resultam de processos de privatização orgânica formal de entidades
originariamente integradas no primeiro grupo (p. ex., as empresas que gerem os portos
marítimos são empresas públicas sob a forma de sociedades comerciais que resultaram da
transformação de anteriores entidades de direito público, a actual empresa pública Infra-
Estruturas de Portugal, S.A., resultou de semelhante processo); - Em outros casos tais
entidades são originariamente constituídas como entidades com personalidade de direito
privado (p. ex., empresas locais constituídas no formato de sociedades anónimas). – são como
filhas das do primeiro grupo é uma diferença formal em que as pessoas do primeiro são
pessoas coletivas do direito público e estas são do direito privado.
Podem ser privatizadas aqui mas continuam a ser dominadas pelo primeiro grupo tendo maior
parte da empresa num formato de sociedade anónima ou comercial onde têm maior parte das
ações.
São dominadas pelo primeiro grupo ainda.
ii) Este “terceiro grupo” de entidades apenas funcionalmente assumem a condição de sujeitos
da Administração Pública (são entidades da Sociedade Civil, do sector privado)
Aqui a função é o que representa a sua condição de sujeitos de administração pública. São
entidades coletivas privadas, geridas por privadas e tudo privada mas qualquer privada que
colabore com a administração pública não se transforma numa parte da administração pública
e prossegue uma atividade efetivamente administrativa através de um instrumento contratual
entre este e a administração pública mas não faz parte desta enquanto privado separa que só
se conecta através das obrigação e direitos dados pelo contrato para que trabalho a favor do
interesse público secundário e primário.
Estas entidades dizemos que apenas fazem parte da administração pública no sentido
funcional ao serem colaborados delas. Em alguns casos não é assim, ex.: as escolas de
condução que nos ajudam a ter a carta e fazem uma tarefa. Muitas são entidades privadas que
fazem uma tarefa administrativa mas com uma certa liberdade privada e com liberdade de
atividade. Não há influência nenhuma mas exercem tarefas efetivamente administrativas.
Fazem parte das administração apenas no seu sentido funcional.
Estrutura de frequência 1º grupo noções, conceitos e algo para comentar (10 ou 11 valores) w
2º grupo de caso prático (10 ou 9 valores).
O DA como DA no sentido que conhecemos hoje surge no estado liberal embora o estado de
polícia no ponto de vista da organização administrativa tenha sido fundamentalmente
importante.
Embora todos os poderes estarem concentrados no príncipe a verdade é que esta ética de
serviço público desevolveu-se uma organização administração pública muito ampla para
satisfazer múltiplos interesses públicos cresceu uma organização administração pública muito
abrangente e hierarquizada.
Obviamente que como no princípio se reunia todas as funções do estado não estava sujeito à
lei nem no exercício das suas funções e na força dessa ideia criou-se o fisco e que sempre que
o estado causava prejuízo aos cidadãos então era o fisco que indemnizada o cidadão (faceta
patrimonial do estado).
O que postulam é a separação das funções do estado que se desdobra em que momentos se
desdobram em poder:
Legislativo (parlamento)
Judicial (tribunais)
Executivo (governos)
As revoluções liberais têm uma particulariedade que é a ideia que este princípio da separação
de poderes está consagrado em documentos de natureza jurídico constitucional – constituição.
A partir desta ideia cria-se a ideia que o parlamento deve atuar numa àrea sendo representado
pela burguesia que detém o poder económico.
Só se pode intervir na esfero dos cidadãos se houver uma expressa credencial parlamentar.
Objetivos
E daí o parlamento só intervém no domínio da liberdade e propriedade e isso quer dizer que
todos os outros domínios da administração são livres (descricionadidade livre). Quanto toca
aos outros dois elementos tem que haver uma lei parlamentar devido à característica da lei do
seu conteúdo geral e abstrato. Se quero atingir os bens da burguesia só por lei pois antes os
monarcas expropriavam bens de burgueses e etc.
Discricionaridade da atuação dos governos em tudo o que não desse respeito à liberdade e
propriedade dos cidadãos. E em princípio a atuação do governo era livre mas em geral a ideia
era que o governo de um modo geral não deve intervir segundo a ideia do le se fairre le se
passer. O mercado funciona sozinho.
Há uma total separação entre estado por um lado e sociedade por outra (entre a esfera
pública e a esfera privada). O estado tem de garantir a liberdade e a propriedade mas não
deve intervir na atividade económica e social pois isso pertence aos privados.
O que se conclui à frente é que o estado tinha que intervir porque o mercado por si só não
dava satisfação às necessidades coletivas e isso foi notado nas duas guerras mundias e na
depressão económico de 1928-30 chegasse à conclusão que os particulares no mercado não
dão resposta às situações e defendesse a intervenção do estado havendo entre finais do
séc.XIX e princípios do Séc.XX o estado que tinha a função de garantir a segurança, justiça e da
liberdade e propriedade dos cidadãos por força da industrialização da economia o estado
começa a fazer as grandes infraestruturas de rede (rede ferroviária, rodoviária, telefónica,
elétrica, de captação e emissão de água, postais, etc.). O estado muitas vezes fá-lo
diretamente mas maior parte das vezes chama a si a responsabilidade mas delega a
particulares estes serviços de natureza económica. Como são serviços que podem ser
explorados de um modo privado/lucrativo e assim o estado delega em privados esta
exploração – é o estado de serviço público – há quem fale do estado social e serviço público
mas depois há quem autonomize este estado do social neste período.
Passa a ter não só uma responsabilidade de base mas também de execução não só pela
prestação e realização de determinados serviços públicos sociais (educação, habitação, saúde)
e o estado que assume a garantia que há determinados direitos sociais e económicos
garantidos a que os privados devem ter acesso (com direito a segurança social, etc.)
Tem uma responsabilidade máxima no ponto de vista administrativo mas o que não quer dizer
que por vezes a atividade do estado não combina com a dos privados.
Hoje temos o estado social mas com o novo neo-liberalismo que determina menos intervenção
da economia e entramos numa grande era das privatizações que podem ser:
-Materiais – atividades que passam dá pública para a privada tirando o estado da cena. Esta
atividade que era pública cuja execução era do estado passa para o privado e o estado se
quiser intervir no domínio quando muito pode fazer uma lógica de concorrência com qualquer
outro operador de mercado. (ex: gás, transportes, etc.). Se o estado quiser exercer estas
atividades fá-lo em regime de concorrência
-Formal ou orgânica formal – nalguns casos o que estado fez foi criar empresas públicas que
atuavam sobre Sas ou outras coisas mas que continuavam a estar sobre a infçuência do estado
e por isso na prática quem continuava a exercer a atividade era o estado só que o exercia
sobre uma lógica empresarial. O estado assumiu este sentido de privatizações orgânicas para
responder às privatizações materiais privatizando as próprias entidades sobre uma
mentalidade empresarial atuando numa lógica de concorrência. Isto tem como objetivo, passo
a passo, alienando esta sociedades para o privados. Permite o estado ir atuando neste setores
como um outro privado mas também ir saindo deste mercado ir dando aos privados (ex.: RTP,
EDP). A ideia é “se atuo num setor privado tenho que fazê-lo em paridade com outros agentes
económicos e isto a partir desse método criando sociedades económicas em paridade com
outros e quando for cada vez menos necessária a minha influência vou privatizando a empresa
saindo depois desse setor”.
Só que o estado não faz isto da mesma forma que fez na época liberal (apesar de ser uma
época neo-liberal. Ainda regula (estado regulador ou de garantia). Apesar de ainda tentaram
separar o estado da sociedade e etc. ainda têm preocupações da nova era daí surgir este
estado regulador ou de garantia.
Isto significa que o estado apesar de devolver para economia privada e autonomia privada
designadamente dos serviços essenciais como o transporte continua a reservar alguns como a
distribuição de água mas genericamente os serviço de interesse económico nacional o estado
nromalmente muito por impulso do direito comunitário da UE quase que foram pressionados a
privatizar este serviços. Justamente porque muitos destes serviços dizem respeito a interesses
da população geral o estado reserva para si certas regalias como definir políticos, estabelece
obrigações de serviço público para os operadores económicos que vão explorar este serviço.
Como estão em causa serviços de interesse económico geral há certas garantias que os
operadores devem dar tendo de prestar os serviços num regime de continuidade da
exploração do serviço, assiduidade perante o cidadãos destes serviços, universalidade dos
serviços (obrigação da universalidade do serviço).
Obrigações de serviço público e obrigações de serviço universal. O estado já não intervém na
produção destes bens e serviços mas regula esta produção.
O estado faz isto através das autoridades reguladoras da economias (Autoridades reguladores
independentes). O estado sobre o impulso comunitário cria entidades reguladores sobre a
economia. Desde autoridades de regulação gerais (ex.: da concorrência) como as específicas
(ex.: banco de portugal, de seguros, etc.)
Querem que os setores sejam regulados com uma vontade apenas económica e não política.
Com isto vamos ver mais tarde a administração direta independente cujo as ERI fazem parte.
Alguns já dizem que este modelo está em declino e vamos ter uma nova realidade.
Esta administrações independentes fazem com que se passa a ter uma legalidade multinível e
as fontes relevantes que vinculam administração não sejam só a de direito nacional mas
também as de direito internacional como no nosso caso a UE.
É uma legalidade compósita por ter muitas fontes desde decretos leis, leis, tratados
internacionais, constituição, estando aqui direito nacional e internacional geral e/ou da UE)
Vimos então 4 estados:
-Estado de polícia
-Estado social
-Estado de garantia/regulador
Por isso dizemos que a função administrativa é secundário pois depende da lei que é função
primária.
A judicial é uma função secundária porque não resulta de um aplicação direta da constituição
sendo as únicas as ditas a cima. Mas tem uma particularidade em que o juíz uma decisão e, no
processo judicial, essa força tem uma força própria que é a força de caso julgado.
Quer a função legislativa que consiste na elaboração de leis e na elaboração de decretos de lei
e esta função é exercido em aplicação direta da constituição e depois temos a função política
pois é exercida em tradução direta da constituição.
A política tem atos que se caracterizam por atos individuais e concretos. (ex.: nomeação dos
membros do governo, demissão do governo, de um ministro, admissão de um acordo
internacional) – nestes atos não há nenhuma mediação nem intervenção sendo atos primários
e de execução direta da constituição.
São atos essenciais pois é ao nível destes que se define o interesse geral da nação e são
inovatório pois desenvolvem disciplinas em primeiro nível. Visam a satisfação das necessidades
fundamentais da população através de atos.
Já a função administrativa é uma função secundária pois aplica a lei para situações concretas.
O objetivo da função da administrativa é a realização de interesses públicos e não é composta
por órgãos independentes, imparciais como os tribunais que visam a resolução de questões
jurídicas. Só querem a satisfação das necessidades da população. Visa dar execução e
implementar as decisões tomadas ao nível político e legislativo em função de segundo grau e
normalmente fazê-lo a partir de atos secundários que tem como referência aquilo definido ao
nível primário.
Nós temos um órgão especial que opera as 3 funções que é o governo que tem as 3
competências e aí é preciso distinguir principalmente no caso do governo os atos das 3
funções.
Quantos aos atos administrativos à partida seria fácil distinguir entre um administrativo e um
legislativo e a grande diferença à partido é que o legislativo é geral e asbtrato e o
administrativo seria individual e concreto.
A nossa lei permite que o governo possa praticar atos administrativos sobre a forma de
decreto de lei e aí é a dificuldade de reconhecer. A forma era analisar o conteúdo percebendo
se é geral e abstrato ou concreto e individual. O problema é que o nosso sistema também
permite as chamadas leis-medida que têm também um caráter individual e concreto- são leis
que têm caráter e isso levanta o problema que podemos ter um decreto lei que consiste em si
um ato adminitrativo sobre a forma de lei e uma lei-medida – grande diferença é que a lei tem
implícita a norma que aplica e podemos dizer que aquele ato individual e concreto leva
implícito a norma que aplica e o outro ato admininstrativo refere uma lei como referência
(está a tomar uma decisão individual e concreto que regula a situação x e afeta o indivíduo
único).
Quando tomo uma decisão individual e concreta e não aplico uma norma prévia mas tem
implícita a norma em si temos uma lei- medida.
Os atos administrativos têm ser impugnadas no tribunal administrativo (mesmo aqueles que
tomam a forma de decreto de lei) e as leis no tribunal constitucional. Por isso é importante
distinguir os atos administrativos da lei medida. Seria à partida simples distinguir um do outro
mas o problema é que temos um governo com a função política, legislativa e administrativa.
Os tribunais normalmente consideram um ato político mas o problema que isso traz é que os
atos políticos não podem ser impugnados por qualquer tribunal ficando as autarquias e as
universidades ficam sem qualquer tutela judicial perante estas decisões. Por isso é
fundamental distinguir entre atos políticos e administrativos.
Os italianos ainda distinguem entre atos de alta administração que caracterizam como atos de
natureza política e imunes a impugnação.
Há portanto situações limites em que é difícil distinguir e no caso português isto é grave
porque o nosso governo detém 3 poderes.
Na administração a atividade é definida pela lei e uma visão tecnológica funcional com a
persucução do interesse público mobilizando os recursos escassos – as decisões
administrativas são revisivas ao abrigo do princípio da tutela jurisdicional efetiva (os
particulares sempre que sejam abusados por decisões administrativos ilegais têm o direito de
recorrer no tribunal administrativo mas senão for dentro dos prazos a decisão vai pode não ser
tratado e tem força caso decidido administrativo e no caso de não impugnado cristaliza-se na
ordem e torna-se inimpugnável mas só quando as ilegalidades não são muito graves pois se for
nulo pode ser impugnado a qualquer altura.
Na judical está vinculada à lei como no administração mas o que a caracteriza é a procura do
justo e tem uma dimensão axiológica. As suas decisões têm força de caso julgado como visto.
-Sanções pecuniárias que depois se traduzem numa coima, as ERI hoje podem se as entidades
não cumprirem as determinações relativos ao exercício da atividade económicas podem
aplicar sanções pecuniárias e aqui há a dúvida se isto é da função administrativa ou judicial
pela falta de força revisionária.
-Por outro lado temos outros atos que são os atos administrativos de resolução de litígios
podendo colocar-se questões de fronteira.
Aqui há um fator de distinção, quando são atos administrativos normalmente têm força de
revisão em tribunal administrativo. O interesse seguido também é diferente sendo que a
função judicial tem como interesse a resolução da questão jurídica em si e a admnistrativa visa
o interesse público.
A função administrativa pode ser caracterizada, feitas as distinções, como uma função que visa
a satsifação do interesse público e isto resulta expressamente da constituição desde logo no
artigo 266, nº1 que diz: 1. A Administração Pública visa a prossecução do interesse
público, no respeito pelos direitos e interesses legalmente protegidos dos
cidadãos.
Esta última parte fala então da Administração pública como função secundária porque, como
diz, é definido pelos órgãos componentes da administração NOS TERMOS DA LEI.
Ha outras entidades que prosseguem o interesse público que não a administração públicos
como as instituições e as instituições de intenção social como as casas da misericórida, etc. São
instituições que presseguem o interesse público só que com autonomia privada e não como a
administração público que o faz de acordo com a lei.
Isto agora está absolutamente limitado pela lei sendo que só é possível nos casos previstas na
lei ou em situações de urgência. (ex.: são precisas instalações não utilizadas para por pacientes
covid e o dono diz que não fazendo uma requesição civil de imóvel e eles podem chegar lá com
a polícia e ocupar na mesma). Numa situação de urgência entre impugnar e não impugnar já
está ocupado.
De todo modo, já ouvimos a atuação administrativo tem que guardar respeito à legalidade e
não podia contrariar a lei. Hoje a atuação administrativa tem que estar sempre derivada ou
fundamento de uma lei. Toda a função administrativa tem que estar sempre baseado num ato
prévio.
Isto não significa que a lei tenha que definir toda a atuação da atividade administrativa e
admite-se que a própria administração possa caracterizar dinâmicamente a concretização do
interesse público. Pode permitir escolhas dentro da lei para poder aplicar no caso concreto.
O legislador por falta de liberdade e facilidade de emitir lei não pode caracterizar cada ato da
administração e por isso cria escolhas e formas da administração poder adaptar a lei ao caso
concreto e ao interesse público defendido.
Direito Administrativo I
08/11/2021
O poder legislativo era uma matéria exclusivo do parlamento e só ele tinha esse poder.
Nós tínhamos dois mundos distintos mundo do direito (mundo da lei e que era atenido apenas
às matérias da propriedade e liberdade por parte do parlamento). À margem deste domínio a
administração podia atuar livremente neste domínio e havia uma discricionariedade da
administração mas isto antes do estado regulador.
Depois disto o legislador agora também toca no resto. A lei passa entender todo regulamento
e pressuposto de toda a administração e esta só pode agir sobre a lei (todo o que não é
permitido é proibido) – princípio da administração. Tudo o que a administração faz tem que
estar previamente na lei
Abrigo do princípio da definição dos interesses públicos- tem que estar definido o interesse
público que está a ser defendido. Individualização dos interesses públicos que a administração
busca.
Passa p
pelo menos órgãos competentes a atuar e o conteúdo da atuação previamente definido
Na época liberal havia uma discricionariedade livre onde a administração tinha mais liberdade
mas agora temos uma discricionariedade limitada e esta só pode existir com lei prévia. Vamos
ver a ideia de que a discricionariedade vem sempre da atividade prévia e legislativa do
legislador.
Mesmo os poderes discricionários atribuídos à administração tem que existir através de uma
ação do legislador. Esta conceção de poderes discricionários por parte do legislador.
A administração não está só vinculada à lei mas também aos princípios falando assim não de
um princípio de legalidade mas sim de juridicidade da administração.
Vimos também que se mantém dentro de determinados limites a força estabilizadora dos atos
administrativos – para o particular reagir a uma decisão administrativa ilegal tem do fazer
dentro de um prazo caso contrário irá se estabilizar. Outras coisas que não escrevi
Tutela judicial plena e efetiva dos particulares perante a administração – perante uma decisão
administrativa ilegal o particular tem sempre direito a impugnar a decisão ou exigir um
pagamento ou indemnização. Isto vale no exercício de poderes vinculados como por poderes
discricionais.
O poder de controlo por parte dos tribunais administrativos sobre a atuação da administração
é diferente dependendo se é uma execução de um poder vinculado ou discricionário. É mais
intenso nos vinculados mas existe em todas as atuações da administração.
1ª ideia – traduz-se sempre num espaço próprio de avaliação e decisão da admin. Como é que
esta é investida neste poder de casos concretos
-Por natureza técnica – a administração está mais habilitada a tomar certas decisões do que o
legislador~
-Porque a realidade é mais rica do que a mais fértil das imaginações – quer dizer que o
legislador não consegue antecipar todas as situações e sobretudo quando a admin. Toma
decisões únicas e irrepetíveis (vulcão de La palma para saber se se vão realojar pessoas,
abandoná-las, etc.) isto não é algo que o legislador pode antecipar, etc. e o legislador delega
um quadro genérico a estas situações mas para o caso concreto a administração toma as
decisões tendo uma legitimidade técnica e a legitimidade de tomar decisões únicas e
irrepetíveis.
No caso português a nossa admin tem uma legitimidade democrática – a admin está
dependente do governo e o governo está legitimado democraticamente e portanto há uma
partilha de poderes entre o legisladores e a administração.
Há uma legitimidade procedimental pois desde que não estejam em causa os princípios
fundamentais em que por razões de todo o tipo de legitimidade a administração seja investida
pelo legislador por um poder decisão próprio.
Como é que o legislador pode abrir esses espaços de decisão à admin? Pode fazê-lo de 3
formas:
-Medidas de alternativa- diz que pode adquirir vacinas astrazeneca, Johnson, etc. e cabe à
administração perante a situação do caso concreto, os interesses públicos pode escolher um
delas ou todas. (no exemplo do vulcão onde podia haver escolha é outro). Isto são medidas
alternativa e estamos a atribuir uma discricionariedade de escolha entre alternativas ambas
legítimas e cabe à administração as mais adequadas ao caso concreto. Nestes casos nunca
houve dúvidas e quando o legislador usa o pode, alternativas e quanto a isto nunca houve
discussão doutrinal sendo isso apenas no 3º meio.
Há as doutrinas de discricionariedade que diz que sempre que o legislador utiliza conceitos
indeterminados isto significa necessariamente que o legislador quis dar uma margem de
decisão à admin.
Depois temos as doutrinas do controlo total que nasce na Alemanha – diz que qunado o
legislador usa estes conceitos ele não quis discricionariedade à admin e por isso o tribunal
pode controlar totalmente as decisões que admin toma sobre estes conceitos indeterminados
– isto surge num contexto pós WWII na Alemanha pois acreditavam que a discricionariedade
tinha causado muitos problemas e que tinham de a suprimir – comprimir ao máximo a atuação
discricionária da admin e maximizar o poder de controlo dos tribunais para limitar esta
atuação.
Estas teorias que estavam extramadas vieram a aproximar-se e vieram dizer que em
determinados casos pode-se dizer que o legislador deixou essa margem que é algo diferente
da discricionariedade descritiva e impede esse controlo do tribunal. Nos casos margem de livre
apreciação não pode haver um controlo total dos tribunais.
Os tribunais podem controlar o exercício desta margem de livre apreciação nos casos
específicos. É-lhes vedado fazer a dupla administração de mérito (não podem sobrepor a sua
decisão à da administração em quase todos os casos).~
-Conceitos classificatórios – não conferem discricionariedade. Desde logo são conceitos que
remetem para princípios de experiência comum (ex.: “urgência imperiosa” – quando a lei usa
esta não quer conferir discricionariedade à administração) (ex.: na questão dos ventiladores
havia uma problema sério na aquisição dos ventiladores o que acontecia os estados tinham
feito a encomenda e os ventiladores estavam a seguir para os aviões e eles diziam que afinal
não e vendiam aos americanos que compravam por mais, a outra hipótese era cobrir a
proposta para conseguir o negócio e para isto não dá tempo para concurso público e nesta
situações está dispensado por ser situação de urgência imperiosa (não remete para
discricionariedade porque é uma situação que toda gente sabe quando é de urgência e numa
situação de urgência não o fizermos o tribunal pode fazer um controlo total da decisão
administração) Estes conceitos são falsos conceitos indeterminados e os tribunais têm um
controlo total sobre esta. O tribunal pode determinar através de uma tarefa interpretativa se
era uma situação de urgência ou não e sobrepor a decisão à da administração)
(outro ex.: Os conceitos que remetem para usos de certo tempo e de certo lugar, já disse que
por exemplo de noite, dia, é um conceito geral, obras de elevado índice tecnológico, no séc.XIX
é uma coisa, no XXI é outra e é a partir de certas coordenadas temporais e espaciais que
remetem para um uso nesse sentido são conceitos controláveis pelo tribunal)
(outro ex.: Conceitos como propriedade, família, etc. que varia dependendo do código mas dá
para definir qual o conceito destes termos que estamos a ver e os tribunais conseguem
perceber isto)
(outro ex.: Conceitos que estão sobre consenso da comunidade científica (ex.: substância
tóxicas, há muitas mas dependendo da situação sabemos quando estamos perante uma ou
não)
Ex.: Leis das autoridades reguladores diz que só podem ser designados para os órgãos das
autoridades reguladores pessoas de reconhecido mérito e reconhecido e dona idade. Isto
requere uma avaliação. Se o primeiro ministro designar um criminoso isto é controlável? Se
pusermos o Luís Filipe Vieira e designar para uma desta é nem pensar. Agora saber o que é
uma pessoa de reconhecido mérito ou de dona idade é algo subjetivo e o legislador prefere
que seja a administração a fazer e diz que estes juízos sobre disposições e aptidões pessoais
está sobre o olho da admin.
(ex.: Estão nomeados para um concurso os filmes de reconhecido mérito e essas pessoas são
cineastas ou críticos de cinema e essas pessoas são convidadas para saber quais são esses
filmes.)
Discricionariedade administrativa – se eu fosse a uma oral recebesse 14, mas acho que
merecia 18. Ia a tribunal por causa da oral e o juiz diz que merecia, mas o juiz não sabe certas
coisas que o professor sabe e, portanto, há uma margem de decisão aos júris das provas orais
e o juiz dificilmente anula a decisão.
Decisões estruturais de caráter organizatório- durante muito tempo nem sequer era
questão grande no DA (ex.: encerramento de centros de saúde, escolas e hospitais) e
isto tem consequências principalmente para as pessoas maior parte no interior onde
tinham que ir mais longe para tratamentos médicos, etc.)
Estas decisões estavam entendidas como incluídas no caráter autoorganizatório das
administração, mas com o impacto que teve são decisões que são passíveis de
influência pelos tribunais.
-Conceitos subjetivos- há outros conceitos não falados nas aulas práticas que eram os
conceitos subjetivos.
Conveniência de serviço
Ordem pública
Etc.
(ex.: Por conveniência de serviço os médicos podem ser obrigados a mais horas de serviço
extraordinárias)
Quando a lei usa estes conceitos era como se tivesse dado um espaço de ação à administração
porque o conceito é tão amplo que na verdade o se quis era conceder uma discricionariedade
de decisão à admin. São tão amplos e vastos que se houver alguma indeterminação
Além disto… a administração tem de motivar as suas decisões discricionários e se não tiverem
fundamentadas o juiz pode controlar a falta de fundamentação da decisão discricionária e a
admin tem sempre que externalizar a fundamentação para tal ação e não outra. Os tribunais
tem sempre que externalizar o hiper(caminho) cognoscitivos e valorativos para tomar uma
decisão e não outra. O tribunal ou outrem tem de perceber o porquê da administração tomar
uma decisão e não outra.
Para além disso podem controlar:
-Se houve ou não desvio de poder- desvio de poder significa que a admin gozou das
competências que o legislador que atribuir e a usou para um fim diferente para que o
legislador lho tinha atribuído. (ex.: MP adquire ventiladores necessários para o combate à
pandemia, e decide para equipar os hospitais melhor compra mais outros para combater
outras doenças, aqui pode-se dizer que há desvio de poder porque os ventiladores eram para
combater a pandemia e abusei da competência para um fim de interesse público que
exorbitaba o fim da norma. Estou a cumprir um interesse público mas não o que visava a
norma aqui seria um desvio de poderes para o fim de interesses públicos e gera uma
nulibilidade do ato. “para o combate à pandemia” este é o fim de interesse público a
prosseguir podem ser adquiridos ventiladores e o que me estou a desviar é o interesse a
prosseguir.
Mais grave é dizer que “ tenho oportunidade de obter todas as vacinas de covid medicamente
testados e comprovadas mas eu só vou adquiri Pfizer porque os senhores de lá me atribuíram
uma recompensa caso só adquirisse deles e tenha essa compensação que me motiva a adquirir
só Pfizer. O problema aqui é que o que me move a adquirir Pfizer é uma recompensa e não
porque são as que necessariamente são as que mais se adequam ao tratamento da população
mas por causa da recompensa movendo-me não a prosseguimento do interesse público mas
sim um interesse privado. Estou a determinar-me por um interesse privado. Neste caso
constitui crime.
Se fosse despedido da companhia e decidisse não comprar dessa não constitui. Quando a ação
discricionária contém fins privados este é nulo. O desvio de poder constituído por interesses
privados.
-Vamos supor que o legislador pode adquirir vacinas da moderna, AstraZeneca, Pfizer e outras
vacinas desde que medicamente… E eu vou comprar a CoronaVac que não está admitida pela
agência europeia do medicamento. Qual é o problema nisto? No pressuposto que já está
testada? Há um problema de erro de fato. A realidade que represento para garantir a vacina
de CoronaVac não corresponde à realidade de facto. (outro ex.: não evacuo as populações
porque o vulcão está adormecido e deixou no sítio mas o vulcão já entrou em errupção) Parto
duma presunção de realidade que não corresponde à realidade de facto podendo incorrer ao
“erro de facto”. É por isso que é importante a fundamentação da decisão porque nos ajuda a
detetar os erros da decisão.
-Erro manifesto de apreciação- vamos supor outra vez a situação das vacinas anterior e eu digo
que devem ser compradas doses de vacinas consoante as necessidades das populações e
consoante a sua atuação às respetivas faixas etárias. A mais significativa é as de mais de 60
anos e que em princípio não podem tomar Jansen e compro x doses dela que ultrapassam as
quantidades de necessidade. O tribunal pode dizer que na verdade houve uma atuação lógica,
mas na própria decisão diz que a vacina não pode ser aplica aos de 60 anos, mas compraram
acima daquilo necessário. (ex.: O vulcão está em erupção, mas toma como medida a
permanência nas residências com certas medidas de isolamento mas é errado porque a única
decisão era a evacuação). A administração avaliou apreciou mal a situação mas tem de ser um
erro manifesto senão o risco destes tribunais se intrometam de facto na esfera da
discricionariedade administrativo e por isso tem de ser um erro manifesto de administração.
Tem de ser um erro claro e seguro de que a administração apreciou mal.
Se tou com o vulcão em erupção não vou lá deixar ficar. Outro caso era o de Pedrógão, no caso
da ponte que caiu em entre rios e outra em Bórgão ou o que é. De facto tem que ser um erro
claro, seguro e não evidente, palmar.
Erro de facto temos uma presunção de facto diferente da realidade e aqui não é tão sensível
porque não há uma valoração que se sobrepõe à da admin ao contrário do erro manifesto
onde entra numa esfera muito ténue em que está a avaliar as valoração da atuação
administrativa e por isso tem que ser um erro claro e seguro
o que mais importa aqui é o princípio da igualdade (ex: supomos que adquiri vacinas à
Jhansen, Astrazeneca, Moderna e não à Pfizer e está mostrado que esta tinha um
índice parecido com as outras e não me motivei por interesses pessoais e achei que
tecnicamente não se justificava a aquisição da Pfizer. Vêm dizer que a Pfizer tem um
nível de eficácia igual e preço também e não há justificação para tal havendo uma
violação do princípio da igualdade porque também tinham direito.
Violação do princípio da proporicionalidade (muitas vezes confundidos com o erro
manifesto de apreciação- a diferença entre estes é que o segundo significa que estou a
aplicar a norma e que a situação em concreto não se enquadra na norma, no primeiro
ainda estou dentro do âmbito de proteção da norma o que faço é uma desaquada
graduação da medida da norma. (ex.: um de nós copia e disto vem, processo
disciplinar, multa ou expulsão e o examinador diz que expulsa da universidade como
pena proposta – isto é desproporcionado) Agora que um de nós, com a aula a decorrer
um de nós entra na sala e isto é inadmissível e é logo suspensão (isto é erro manifesto
de apreciação- aqui o que ele vai fazer quanto mais suspensão)
No primeiro caso temos uma excedência de pena mas dentro do âmbito de proteção da norma
e por isso é um problema de proporcionalidade agora no outro onde o aluno entra
tranquilamente o professor não pode dar uma pena de suspensão… A conduta nem é passível
de condenação e a medida é desadequada.
Princípio do boa fé – deve garantir a proteção de confiança dos destinatários das suas
decisões (ex.: Comunica a um particular que tem direito a uma prorrogação de uma
licença de exploração de um bar e faz o investimento todo e realiza as despesas todas
e é investido na exploração e a administração vem dizer que afinal vão revogar o ato
de licença e aqui posso vir com princípio da proteção da confiança e a partir do
momento que vai haver prorrogação têm que atuar com um princípio da boa fé.
Princípio da racionalidade e da razoabilidade– a ideai que toda a ação da admin tem de
ser razoável e racional e é querida ao professor das lições.
iii) O Governo pode definir orientações de gestão para o sector empresarial do Estado.
Poder de tutela – interfere na organização da unidade e vai verifciar se esses objetivos estão a
ser cumpridos de forma legal (dentro das leis de saúde, financeira, etc.) e se concluir que ao
abrigo deste poder estão a cumprir ilegalidades e exonéreas (pode estabelecer sanções como
a demissão e se por ventura como estão a seguir os objetivos e de outra forma podemos ver
um vigio de mérito da atividade e o modo como está a ser organizado. É avaliar e ter um juízo
sobre a atividade no sentido na perssecução do objetivo que foi delimitado ao abrigo do poder
de superintendência.
Isto permite que o estado consiga a unidade naciona administrativa quer seja ao nível
organizacional quer seja do ponto de vista da legalidade. Isto é a razão pela qual a constituição
mantém o governo como órgão garante na ação da atividade administrativa.
Agora vamos entrar em cada interior da administração- 1º estado depois autarquias, etc.
Vamos falar do setor do primeiro grupo do artigo 2º, nº4 e depois as entidades criadas por
este grupo como segundo grupo e depois os órgãos criados por cada município.
Os sectores da Administração Pública/da organização administrativa
v) Os institutos públicos;
2. O ponto seguinte tem por objecto saber em que sectores da Administração Pública se
integram as entidades referidas em a) e b).
a) Sector da Administração Pública do Estado (remete oralmente até por ponto de vista
constitucional prossegue interesses públicos nacionais, portanto, quando falamos de
interesses públicos sobre a titularidade destes são sempre de caráter nacional seja em que
setor falêmos) – os interesses públicos da administração pública do estado administração só
têm limites nas fronteiras.
ii) A Administração indirecta do Estado, que, por sua vez, se subdivide em:
ii) Os órgãos e serviços centrais, com funções diferenciadas (desconcentração funcional) e que
exercem uma competência extensiva a todo o território nacional (com salvaguarda da
Administração própria das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira). Por regra,
encontram-se integrados em ministérios e funcionam na dependência directa do Governo (p.
ex., direcções-gerais, inspecções-gerais).
ii) Serviços periféricos externos, que exercem poderes fora do território nacional (p. ex., as
embaixadas, as representações permanentes ou os postos consulares) . dentro do contexto
dos ministérios diplomáticos ou negócios estrangeiros.
b) O órgão superior hierárquico é titular poder de direcção (poder de emitir ordens concretas,
precisas e individuais ao órgão subalterno, podendo ainda consistir em directrizes ou
instruções, de carácter geral e abstracto, que, em regra, assumem formalmente o nome de
“circulares” administrativas), do poder disciplinar (traduz-se na competência para instaurar
procedimentos disciplinares, por prática de infracções pelos subalternos, e aplicar as sanções
legalmente previstas, nos termos da Lei Geral de Trabalho em Funções Públicas, e do poder de
revisão dos actos praticados pelo órgão subalterno (poder de anulação e revogação dos actos
praticados pelo órgão subalterno)
ii) O regime de criação e de organização dos institutos públicos encontra-se previsto na Lei
Quadro do Institutos Públicos (Lei n.º 3/2004, de 15 de Janeiro, conjugado com a Lei-Quadro
das Fundações – Lei n.º 24/2012, de 9 de Julho. A Lei Quadro dos Institutos Públicos define um
regime comum aos institutos públicos: matérias relativas à organização; à gestão
económicofinanceira e patrimonial; à tutela e superintendência do Governo; e à
responsabilidade dos titulares dos órgãos respectivos)
iv) Em geral, os institutos públicos tem um âmbito nacional, mas há institutos públicos com um
âmbito territorialmente circunscrito (caso das Administrações Regionais de Saúde, I.P.). Os
institutos públicos de âmbito nacional podem dispor de serviços territorialmente dos serviços
desconcentrados (p. ex., os Centros Distritais de Segurança Social constituem serviços
desconcentrados do Instituto da Segurança Social, I.P.)
- A tutela de legalidade (tem por objecto a verificação da legalidade da actuação das entidades
sujeitas a tutela administrativa, ou seja, tem por fim a verificação do cumprimento da lei);
- A tutela de mérito (tem por objecto o controlo do mérito da acção desenvolvida pelas
entidades sujeitas a tutela administrativa).
b) As empresas públicas: prosseguem igualmente fins originariamente da responsabilidade do
Estado (Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de Outubro, que aprova o Regime Jurídico do Sector
Público Empresarial) –são entidades criadas pelo estado mas são entidades administrativas
privadas, prosseguem uma aitvidade sujeita a orientação e controlo dos respetivos ministro
tendo dois tipos (fins mais constitucionais e outras com fins mais instrumentais)
ii) Tipos de empresas públicas (segundo o Regime Jurídico do Sector Público Empresarial do
Estado):
2.1.1.2. Tipo de relações jurídicas entre o Estado (o Governo) e as empresas públicas: relações
de orientação e controlo
a) Trata-se de “institutos públicos de regime especial”, cujo regime consta da Leiquadro das
entidades administrativas independentes com funções de regulação da actividade económica
dos sectores privado, público e cooperativo (Lei n.º 67/2013, de 28 de Agosto, alterada pela Lei
n.º 12/2017, de 2 de Maio)
ii) Independência no plano funcional: exercício de funções, pelos titulares dos órgãos,
sem sujeição ao poder de direcção, de orientação, de controlo ou de fiscalização
do Governo; definição das linhas de acção e do modos de as prosseguir sem
intervenção governamental i
ii) Ou seja, o Estado, através do Governo, exerce a tutela administrativa sobre as entidades da
administração independente, embora com limitação dos poderes tutelares à prática de actos
de autorização e de aprovação do Governo em matéria económica e financeira (Lei n.º
67/2013, de 28 de Agosto, Lei-quadro das entidades administrativas independentes com
funções de regulação da actividade económica dos sectores privado, público e cooperativo).
ii) O estatuto constitucional especial da Entidade Reguladora para a Comunicação Social: nos
termos da Lei n.º 53/2005, de 8 de Novembro (que cria a ERC—Entidade Reguladora para a
Comunicação Social), o Conselho Regulador da ERC é composto por um presidente, por um
vice-presidente e por três vogais, cabendo à Assembleia da República designar quatro dos seus
membros e estes cooptam o quinto membro do Conselho (artigo 15.º da Lei n.º 53/2005); os
membros do Conselho Regulador são nomeados por um período de cinco anos, não renovável
(artigo 19.º); e a dissolução do Conselho Regulador só pode ocorrer por resolução da
Assembleia da República (artigo 23.º). Em função deste regime pode dizer-se que a Entidade
Reguladora para a Comunicação Social constitui um sector da Administração Pública localizado
“junto da Assembleia da República”.
ii) As regiões autónomas dos Açores e da Madeira compreendem freguesias e municípios – n.º
2 do artigo 236.º da CRP
Não enganar, temos que referir a freguesia em si e não junta de freguesia. Quando perguntam
temos de dizer Municípios e Freguesia e não junta. Os municípios são mais importantes e têm
aplicações mais vastas e amplas e têm uma àrea de ação mais ampla para a população da sua
àrea em nome dos interesses próprios da populações locais. Uma cláusula aberta é uma
evolutiva e isto é para os municípios nomeadamente e um bocado para as freguesias.
a) Atribuições do município: a “cláusula aberta” do artigo 23.º do Regime das Autarquias Locais
(“Constituem atribuições dos municípios a promoção e salvaguarda dos interesses próprios das
respetivas populações, em articulação com as freguesias”…, designadamente, nos seguintes
domínios”): equipamento rural e urbano; energia; transportes e comunicações; educação,
ensino e formação profissional; património, cultura e ciência; tempos livres e desporto; saúde;
acção social; habitação; protecção civil; ambiente e saneamento básico; defesa do
consumidor; promoção do desenvolvimento; ordenamento do território e urbanismo; polícia
municipal; cooperação externa.
i) Assembleia municipal: eleita por sufrágio universal, directo e secreto dos cidadãos
recenseados na área da respectiva autarquia, segundo o sistema da representação
proporcional e dotada de poderes deliberativos (órgão deliberativo do município) – artigos
239.º, 250.º e 251.º da CRP – faz as decisões
ii) Câmara municipal: órgão executivo colegial constituído por um número adequado de
membros, sendo designado presidente o primeiro candidato da lista mais votada para a
assembleia ou para o executivo – artigos 239.º, 250.º e 252.º da CRP – órgão executivo e
executa os planos na assembleia- composta por presidente da câmara e vareadores.
d) Serviços municipalizados (artigos 9.º a 18.º da Lei n.º 50/2012, de 31 de Agosto, que aprova
o regime jurídico da actividade empresarial local e das participações locais): os serviços
municipalizados são geridos sob forma empresarial e possuem organização autónoma no
âmbito da administração municipal (dispõem de um conselho de administração e de
orçamento próprio, anexo ao do município). Os serviços municipalizados podem ter por
objecto uma ou mais das seguintes áreas de actividade: abastecimento público de água;
saneamento de águas residuais urbanas; gestão de resíduos urbanos e limpeza pública;
transporte de passageiros; distribuição de energia eléctrica em baixa tensão.
i) As áreas metropolitanas: são instituídas directamente por lei (a Lei n.º 75.º/2013), existindo
duas a nível Nacional (a área metropolitana de Lisboa, que é constituída por 18 municípios e a
área metropolitana do Porto, que integra 17 municípios). Às áreas metropolitanas podem ser
delegadas competências do Estado e dos municípios
ii) As comunidades intermunicipais: são instituídas por iniciativa dos municípios, mas é a lei
que define a circunscrição territorial de cada comunidade intermunicipal (o anexo II à Lei n.º
75/2013 define a circunscrição territorial de 21 comunidades intermunicipais, que
correspondam a unidades territoriais definidas com base nas NUTS III). Às comunidades
intermunicipais podem igualmente ser delegadas competências do Estado e dos municípios
iii) As associações de fins específicos: são constituídas por vontade dos municípios, mas não
dispõem de competências próprias ou delegadas e nem de uma delimitação territorial pré-
definida.
a) Atribuições das freguesias – artigo 7.º da Lei n.º 75/2013. As freguesias dispõem de
atribuições designadamente nos seguintes domínios: equipamento rural e urbano;
abastecimento público; educação; cultura, tempos livres e desporto; cuidados primários de
saúde; acção social; protecção civil; ambiente e salubridade; desenvolvimento; ordenamento
urbano e rural; protecção da comunidade.
i) Assembleia de freguesia: é o órgão deliberativo da freguesia - artigo 245.º da CRP e artigo 8.º
e segs. da Lei n.º 75/2013 (no entanto, a “lei pode determinar que nas freguesias de população
diminuta a assembleia de freguesia seja substituída pelo plenário dos cidadãos eleitores” – n.º
2 do artigo 245.º da CRP).
ii) A junta de freguesia: é o órgão executivo colegial da freguesia – artigo 246.º da CRP e artigos
15.º e segs. da Lei n.º 75/2013
“Quais são as categorias do órgão da pessoa coletiva pública que é a freguesia? R: Assembleia
de freguesia e junta de freguesia”.
1.1.3. Relações entre o Estado e as autarquias locais: relação de tutela administrativa (tutela
de legalidade)
b) O regime legal da tutela administrativa: este regime consta da Lei n.º 27/96, de 1 de Agosto,
que aprova o regime jurídico da tutela administrativa sobre as autarquias locais, as áreas
metropolitanas e as associações de municípios de direito público
-IP
No outro subsetor da adm do estado ainda indireta construi-se com base nas ARI que depois
leva à criação de um setor de administração indireta independente e sobre esta o governo
tinha escassos poderes de tutela administrativa e só sobre a parte económica e financeira mas
é independente na forma em que o governo com os seus ministros não tinha qualquer
influência.
Como é composto essa organização e para isso é necessário fazer distinção entre pessoa
coletiva pública e orgão administrativo.
1.2. Os órgãos administrativos são estruturas subjectivas ou unidades organizativas por meio
das quais as pessoas colectivas de direito público (cada pessoa colectiva de direito público)
desenvolvem a sua acção e se relacionam com outros sujeitos; os órgãos manifestam,
exteriorizam a “vontade” da pessoa colectiva
1.2.1. Tal como as pessoas colectivas de direito públicos, os órgãos administrativos também
são “centros de imputação jurídica”, na medida em que são investidos de poderes e de
deveres (de poderes e de deveres funcionais, que correspondem a “competências”), mas a
imputação final dos respectivos actos é assumida pela pessoa colectiva pública em que os
órgãos se encontram inseridos, pois só esta é titular de personalidade jurídica (e de capacidade
jurídica) para assumir jurídica e definitivamente as consequências (jurídicas) da actuação
desses órgãos (p. ex., a Universidade de Coimbra é a pessoa colectiva de direito público e o
Reitor é um órgão desta, sendo os actos praticados por este órgão imputados à Universidade:
entre o órgão e a pessoa colectiva existe uma relação orgânica de imputação; entre a pessoa
de direito público e os seus órgãos intercede um vínculo de organicidade)
Tudo o que vamos estudar no direito comercial quanto ao sócio e poder do sócio é o mesmo
no privado ou no público porque o estado na sua roupa de sócio tem o direito de agir segundo
o código das sociedades privadas pode escolher entre uma veste jurídica sociatário ou
acionista ou uma veste juridico-administrativo como estado. Sócio segundo o direito privado
das sociedades comerciais. Quando falamos das pessoas coletivas falamos das de direito
público (estatutárias ou instituticionais) e não de direito privado e por isso fazemos esta
distinção.
Pessoa coletiva é uma entidade dotada de personalidade jurídica (seja uma associação, etc. –
reportado ao direito civil) quando falamos nos termos de direito público administrativo
falamos, segundo o CPA, de pessoas coletivas que são regidas por este direito público
administrativo e por isso pessoas coletivas de direito público tirando aqueles exceções de que
falamos que podem escapar para o nível de direito privado nas sociedades comerciais.
Estas pessoas coletivas são dotadas de personalidade jurídica (podendo ser titulares de
obrigações e deveres públicos ao nível de direito administrativo mas sendo ao nível da
constituição podem ser titulares de direitos fundamentais desde que compatíveis com a sua
existência e natureza) e em geral vale o princípio da especialidade (em função do seu objeto e
finalidade daquilo definido (o contrato fundador da pessoa coletiva neste caso privada (ex.:
Associação ambientalista no seu estatuto tem nas suas finalidades baseadas numa finalidade
inicial e todos os seus direitos estatutários que pode exercer são com base nessa finalidade do
ambiente, da proteção do ambiente, etc. e não pode praticar atos sobre a cultura porque para
isso há outras associações, a outro associação que tem por objeto cultura tem outro objeto e
finalidade diferente e é assim que vale o direito civil e assim vale em regra no direito
administrativo.) Quando falamos de IP de segurança social a sua personalidade jurídica de DA
é evidentemente equacionada no âmbito da progressão da política social do estado seja ao
nível de apoio judicial, desemprego, etc. e para este efeito existe depois a conceção da sua
personalidade jurídica no âmbito dos seus direitos, deveres e poderes.
Se formos para o instituto da gestão patrimonial do estado, ex.: os tribunais tem como
objetivo da gestão do património de edifícios com estas funções. Adquiri edifícios melhorá-los,
executar limpeza, comprar e vender, transacionar imóveis, transmutá-los se necessário e é
uma gestão patrimonial. Na generalidade das pessoas coletivas públicas, excecionando o
estado administração e a autarquia que podem ter um certo interesse próprio também aqui
temos esta perceção da personalidade jurídica, o princípio da especialidade e a capacidade
jurídica e aqui vemos que o direito civil e o que vale para este vale para DA a diferença é o que
no DA é para a administração.
O Escopo dito em TGDC vamos ver aqui como atribuição próprio da pessoal coletiva pública
(Ex.: Universidade de Coimbra é pessoa coletiva pública – porque se mantém vitalmente
pública tem que gerir o seu património público e não tem qualquer gestão de direito privado,
há umas que se tornaram privadas e que continuam como pessoas coletivas públicas mas que
agora só se regem em algumas coisas pelo direito privada.
Se fizermos este replicar pelas diversas pessoas coletivas públicas óbvio que chegamos à
ordem dos advogados e vemos que as atribuições próprias são a regulação da relação socio
profissional da profissão e as suas atribuições próprias seram sempre distintas de outras
pessoas coletivas. Vemos as atribuições próprias das universidades separadas que as
freguesias não têm e estas freguesias ou municípios também tem as suas atribuições próprias.
Para concretizar estas atribuições a universidade pública precisa de ter elementos que possa
concretizar estas atribuições e estes designam-se órgãos da pessoa coletiva pública e estes
órgãos são membros imputáveis destas atribuições (ex.: o reitor que vai exteriorizar a vontade
da pessoa coletiva pública que tem um conjunto de missões e é com esses órgãos que se
finaliza esta especialidade – E o elemento dinamizador e concretizador da finalidade da
atribuição pública. Quando falamos de reitor eles são os titulares – centro de imputação de
poderes que definem a vida social da pessoa coletiva pública. Ex.: Amilcar Falcão titular do
órgão de reitor. O reitor é o órgão em si que é o membro de imputação de poderes e fica
sempre lá independentemente do titular. O órgão mantém-se permanente do órgão eleitoral
(ex.: No caso do PR, do reitor) será sempre titular de um orgão como a reitoria e será um
membro importante para dinamizar a vontade desta pessoa para concretizar estas missões
atribuída pela lei.
Este órgão têm um vínculo de organicidade com a pessoa coletiva e quem assume as
consequências das ações do reitor é a própria pessoal coletiva pública. As atribuições são a
finalidade e para isso temos que dinamizar com atos e ações, todas estas ações são
responsabilidade de quem tem personalidade jurídica que é a pessoa coletiva pública e age em
nome da pessoa coletiva pública e tudo é encabeçado por esse centro de capacidade jurídica e
é dotado para tal para assumir a responsabilidade pela ação do órgão e por isso fala-se desse
vínculo de organicidade e tudo o que este decidir ou não decidir (omissão) pode ser imputada
uma consequência jurídica. Quem aparece como réu (Neste caso uma ré) na ação (numa ação
do reitor) não é o reitor mas a universidade. É um ato da UC feito através do seu reitor.
É assim no direito administrativo como no direito civil com as pessoas coletivas privadas.
b) A distinção entre órgãos administrativos e (outros) órgãos públicos (órgãos públicos, mas
não integrados na Administração Pública: p. ex., a Assembleia da República, a Provedoria de
Justiça)
Temos que distinguir os órgãos administrativos dos órgãos constitucionais porque estudamos
em DA o governo com sujeito do DA. São todos órgãos públicos só que uns do DA e outros do
DC.
Isto até agora é de pergunta teórica mas pode servir para caso prática (diga se o órgão no
âmbiot que adotou x ato foi no âmbito da pessoa coletiva pública)
Num caso prática (diga se o órgão que tinha x competências tomou decisão segundo
competências próprias e ver se é competente ou não)
Pode ser aplicado conceitualmente ou em casos práticas. É só para saber que esta matéria se
acumula em termos conceituais e práticos. O que vamos ver a seguir também se adapta para
os dois tipos de perguntas principalmente no que vamos ver sobre órgãos colegiais.
A tendência é que na organização administrativa temos duas páginas escritas sobre aquilo e
depois quando chegamos à administração autónoma dizemos junta de freguesia e câmara
municipal e parece uma decisão e nesta matéria é distinguir entre titular do órgão e órgão em
si. São ambas matérias simples só que estatisticamente é onde falhamos mais nas nossas
respostas.
3. Tipos de órgãos administrativos (artigo 20.º, n.º 2, do CPA: “Os órgãos são, nos termos das
normas que os instituem ou prevêem a sua instituição, singulares ou colegiais e permanentes
ou temporários”) e distinção entre órgão e titular do órgão administrativo: titular é pessoa
física ou, nos órgãos colegiais, o conjunto de pessoas físicas que, num determinado momento,
se encontra investido nesses órgãos. (Nós já vimos isto entre a diferença do titular e o órgão
em si) – no geral são permanentes mas pode ser temporário(ex.: um jurado sobre uma tese,
etc. mas também um juri para um cargo da administração público).
a) Órgãos singulares: órgãos com apenas um titular (ex.: Reitor da Universidade de Coimbra)
b) Órgãos colegiais: órgãos compostos por dois ou mais titulares (p. ex., o Conselho Geral da
Universidade de Coimbra, a câmara municipal, que integra o presidente e os vereadores,
conselho pedagógico, conselho científico, etc.)
claro que aqui há um fenómeno de um privado sobre uma função pública onde o estudante
privado entra num órgão público. A vertente pública de estudante não lhe retira a sua
natureza privada e exerce função pública de DA mas continua a ser representante privado da
comunidade de estudantes. Além de ser um órgão homogéneo depois há uma distinção de
interesses mesmo os privados em certos casos daí ser heterogéneo por essa razão entre haver
faces públicas e faces privadas (ex. no caso da assembleia da universidade: professor vs
representantes dos alunos)
b) Órgãos secundários: órgãos que apenas dispõem de competência delegada (p. ex., nas
câmaras municipais, os vereadores não têm competências próprias, nos termos da Lei das
Autarquias Locais, mas o presidente da câmara municipal pode delegar nesses vereadores as
suas competências próprias, que lhe são directamente conferidas por aquela Lei)
No órgão câmara municipal os vereadores são apenas titulares do órgão colegial e não são
titulares de competências só podendo na lei 75/2003 pode ser-lhe delegado poderes ou
competências por parte do presidente da Câmara. São delegadas competências que não têm
competência originária nenhuma e apenas pela via da delegação de poderes.
a) Órgãos vicários: exercem uma competência apenas em substituição de outros órgãos (p. ex.,
o subdirector ou o vice-presidente, que, respectivamente, substituem o director ou o
presidente nas faltas ou impedimentos destes)
b) Órgãos auxiliares: órgãos que auxiliam ou coadjuvam outros órgãos (órgãos principais) no
exercício das competências e funções destes e no âmbito de uma relação de coadjuvação (p.
ex., assim sucede com os Secretários de Estado, na medida em que, nos termos das leis
orgânicas do Governo, os ministros são coadjuvados por Secretários de Estado).
Órgãos auxiliares têm uma relação de coadjuvação com órgão titular (ex.: Ministros e
secretário de estado – legalmente o secretário de estado não tem competência próprio e
sendo o secretário de estado são coadjuvadores dos ministros estão numa relação de
coadjuvação com o ministro e tem o auxílio ao ministro e o que acontece é que o ministro
delega poderes a esses secretários e aí já funcionam como órgãos secundários mas não
funcionam sem essa delegação. Evidentemente o ministro nos critérios da lei orgânica via
designar o que o vai substituir e aí já depende do ministro mas em geral são os secretários de
estado adjunto que é aquele indicado como órgão vicário mas funcionam como órgão
auxiliares e depois funcionam como secundário.
A regra é que depois o ministros transforme estes auxiliares em também auxilares porque sem
isto não têm competências.
3.5. Órgãos deliberativos e órgãos executivos: esta distinção é apenas tendencial, na medida
em que há órgãos legalmente qualificados com órgãos executivos, mas que também têm
poderes deliberativos (assim sucede com as câmaras municipais: legalmente – a Lei das
Autarquias Locais – qualifica a câmara municipal como “órgão executivo colegial do município”
e, enquanto tal, responsável pela execução das deliberações da assembleia municipal, que é
legalmente qualificada como o órgão deliberativo do município, mas as câmaras municipais,
nos termos da mesma Lei, também exercem poderes deliberativos) – Aparece na lei na mesmo
75/2003, é uma qualificação legal e diz que a assembleia diz que é o órgão deliberativo e
depois o Câmara municipal executa. (ex.: aprova o regulamente de taxas municipais a
assembleia e depois a decisão é recebida pela câmara municipal e depois executa esta através
dos serviços municipais. A Câmara municipal também adota certas decisões e nesse sentido é
deliberativo também mas na sua relação a lei diz que um é água e outro é óleo para não haver
confusão entre órgãos mas na doutrina isto pouco interessa e isto é meramente uma
designação legal.
b) Órgãos complexos: órgãos constituídos por membros que, simultaneamente, também são
titulares de órgãos singulares (p. ex., nas câmaras municipais, o presidente da câmara é
simultaneamente titular de um órgão singular – o órgão presidente da câmara municipal)- No
município há membros do órgão colegial que por competências legais também exercem
funções no órgão de presidente da câmara. A lei adotou uma função “presidencialista” nos
municípios por esse extenso leque do órgão de presidente da câmara para além da câmara e
assembleia. Ele tem presença em tudo e dizem isso por causa disso. Tem competências
próprias como órgão singular para adotar decisões no contexto municipal.
a) Órgãos activos: órgãos que tomam e executam decisões (órgãos deliberativos e executivos)
b) Órgãos consultivos: órgãos que emitem pareceres, elaboram relatórios e estudos e que, em
geral, se pronunciam sobre matérias que lhes são submetidas pelos órgãos activos (órgãos
que, em geral, são designados por conselhos consultivos ou designações equivalente – p. ex. o
“Conselho Nacional da Educação”)
3.8. Órgãos permanentes e órgãos temporários (artigo 20.º, n.º 2, do CPA): os primeiros são
criados para funcionarem por tempo indeterminado (p. ex., o Reitor de uma Universidade); os
segundos têm uma duração limitada no tempo (p. ex., o júri de um procedimento) – os
permanentes são obviamente permanentes e funcionam e tempo indeterminado, a AR é a
mesma coisa no plano constitucional e no plano administrativo é a mesma coisa e o reitor
funciona por tempo indeterminado e um coisa é o mandato do titular e o órgão funciona
mesmo depois do titular cessar funções. Depois há outros com tempo limitado de tempo como
o juri de um procedimento de admissão de trabalho num cargo administrativo, um júri de
mestrado ou doutoramento a mesma coisa.
Matéria dedicada à analise dos elementos internos das pessoas coletivas (cont.) Chegamos
agora aos órgãos colegiais e alguns dos aspetos de funcionamento destes...Esta parte é
candidata a hipótese prática da frequência assim como exames finais na medida que em geral,
há elementos essenciais que é a parte da administração e a assembleias gerais, validade de
decisões destas assembleias, etc. e têm elementos mais exigentes como nas reuniões,
exigência da votação, etc... No caso das pessoas cletivas públicas todas elas no geral também
tem órgãos colegiais (ex.: Conselho de gestão ou o conselho pedagógico da UC ou a assembleia
municipal nas freguesias que é também colegial; ou as freguesias com assembleias de
freguesias.
3.10. Aspectos principais do regime do funcionamento dos órgãos colegiais (artigos 20.º a 35.º
do CPA) – regras essenciais neste artigo termos mas incisivos e práticos é o quorum, a maioria
e a serenidade da reunião (não haver tumultos nas votações e discussões para salvaguardar
que a vontade deliberativa se forme de forma sã, esclarecida e serena – quando existir numa
reunião do conselho de justiça da federação portuguesa de futebol gerou um conflito judicial e
discutiu-se a discussão conflituosa na reunião e o presidente suspender a reunião em virtude
da falta de serenidade e colocaram a questão se a reunião seguinte era a mesma, se tinha de
haver convocatório segundo os termos, se a reunião seguintes sanaram a legalidade dos
termos a convocatória da reunião e Freitas de Amaral fez um livro dedicado a isso), a
convocatório é o mais importante para nós.
“1 — Só podem ser tomadas deliberações cujo objeto se inclua na ordem do dia da reunião.
iii) Consequências da inobservância das regras de preparação das reuniões (artigo 28.º do
CPA): “A ilegalidade resultante da inobservância das disposições contidas nos artigos 23.º e
24.º e dos prazos estabelecidos no artigo 25.º só se considera sanada quando todos os
membros do órgão compareçam à reunião e nenhum suscite logo de início oposição à sua
realização”
v) Realização e decurso da reunião (artigo 161.º, n.º 2, alínea h), do CPA): são nulas as
deliberações de órgãos colegiais tomadas tumultuosamente ou com inobservância do quórum
ou da maioria legalmente exigidos;
4ªDeve constar ou não da ata e não fazendo parte da ata não é aplicado mesmo que
deliberado e qualquer coisa que deliberada pelos órgãos colegiais que não constem numa ata
é como senão existissem.
Quanto à antecipação da frequência é impossível por falta de espaço físico o que significa que
no ponto de vista de preparação a próxima aula vai sespr a resolver casos práticos de
preparação. Alguma desvantagem podia existir pela não antecipação mas é compensada pela
aula. As possibilidades de sucesso aumentam com esta aula.
As notas iam ser publicitadas na sexta mas não acontece
Os órgãos são dotados de competência mas o que é? Está definido no CPA e é uma definição
doutrinal da ciência e está referida no artigo 36/1 do CPA. ,A competência é esse conjunto de
poderes sejam poderes para autorizar, inferir, deferir, conceder, etc. e quando uma noprma
regulamentar diga que compete a x aprovar, autorizar, conceder, inferir ou deferir o que diz a
norma legal a nós é que dentro daquela pessoa coletiva pública o órgão competente para
despachar aqueles atos (seja repetir o exame, saída ou não para o estrangeiro) é que há um
determinado órgão que no ponto de vista da lei é o centro de imputação para determinado
poder. Se tivermos estas palavras na lei podemos concluir que temos ali um órgão porque a lei
imputa a esse órgão um elenco maior ou menor de poderes. Podemos concluir em DA que
temos um órgão público, daquela pessoa coletiva.
Um suporte para sabermos que temos um órgão público é este conjunto de poderes e por isso
dizemos que órgão é um centro de imputação de deveres e poderes de direito de público.
Outra coisa é saber o titular do órgão mas o importante é saber que o órgão está sempre lá e
se os poderes estão lá e continuam lá então o órgão existe por si e não pelos titulares,
Se estes poderes estão sempre na lei (princípio da legalidade.)
4. Competência
4.2. Competência em razão da matéria Esta competência pode ser competência em razão da
matéria (que é o órgão competente da UC para autorizar a legalização da despesa, ou gestão
do património da universidade ou disciplinar e por isso estamos a identificar a competência
pela matéria, outro ex.: quem tem o poder de direção num município, em matéria de disciplina
e gestão de funcionário públicos num município aí dizemos que é o presidente da câmara
municipal) Quando é assim a lei dá poderes ao órgão administrativo para incidir sobre matéria
e neste sentido falamos de repartição de competência pelo critério da matéria
ii) Incompetência absoluta: um órgão de uma pessoa de direito público pratica um acto sobre
uma matéria que não pertence à esfera de competências de nenhum órgão dessa mesma
pessoa coletiva pública. Aqui é mais grave porque coloca em questão relação entre pessoas
coletivas públicas (ex.: reitor da UC pratica ato das atribuições do município de Coimbra e aqui
pensaria de boa fé que esse requerimento sobre reabilitação de um imóvel perto da uni seria
ele competente para reabilitação em termos urbanísticos. Isto não é matéria normalmente da
UC, mas dos municípios e o reitor com este ato está a praticar um ato que em matéria que e
de outra pessoa coletiva e quando assim seja estamos perante uma incompetência mais grave
que é a absoluta. Pratica um ato que é estranho às competências que a UC tem (não há
matéria de gestão urbanística na UC e se o reitor invade as competências próprias de outra
pessoa pública qunado acontece teremos sempre uma incompetência absoluta de uma pessoa
coletiva pública) Aqui a ilegalidade é mais grave.
(ex.: um secretário de estado que autorizou abertura de um concurso e na lista das empresas
estava lá um amigo do secretário de estado – isso levou logo à demissão deste e isso está nas
regras entre os altos cargos de demissão)
Na legitimação dos órgãos colegiais são as mesmas 3 regras anteriores que demos sobre o
tumulto, quórum, etc...
Neste contexto entre pessoas coletivas públicas e... temos o seguinte ponto e este ponto é
quase de revisão da matéria que já vimos e não vai ser propriamente novidade e vamos só
reforçar algo sobre tutela administrativa das autarquias locais.
1. Nota prévia
b) A pessoa coletiva de direito público enquanto sujeito de imputação final dos poderes e
deveres resultantes da atuação dos respetivos órgãosº
i) os institutos públicos (Lei n.º 3/2004, de 15 de Janeiro, que aprova a Lei Quadro dos
Institutos Públicos);
ii) sobre as entidades da administração autónoma territorial (Lei n.º 27/96, de 1 de Agosto,
que aprova o Regime da Tutela Administrativa do Estado sobre as autarquias locais)
iii) sobre as entidades da administração autónoma funcional (Lei n.º 2/2013, de 10 de Janeiro,
que estabelece o regime jurídico de criação, organização e funcionamento das associações
públicas profissionais)
iv) E também sobre as entidades da administração independente, embora com limitação dos
poderes tutelares à prática de atos de autorização e de aprovação do Governo em matéria
económica e financeira (Lei n.º 67/2013, de 28 de Agosto, Lei-quadro das entidades
administrativas independentes com funções de regulação da atividade económica dos sectores
privado, público e cooperativo) – aqui é muito esbatido.
i) A tutela de legalidade: tem por objeto a verificação da legalidade da atuação das entidades
sujeitas a tutela administrativa (verificação do cumprimento da lei); - se cumpre é legal senão é
ilegal, é muito simples, há leis para cargos dirigentes e a designação não pode ser arbitrária e
tem de seguir x, presidente do exercício pública que não observou x então ilegalidade senão
houver sanção então exerce a tutela sancionatória.
ii) A tutela de mérito: tem por objeto o controlo do mérito da ação desenvolvida pelas
entidades; - isto é o contexto substantivo das funções – pode cumprir a lei ou não mas o
ministro pode analisar as coisas no sentido de saber se o património dos tribunais está a ser
bem gerido ou não e ver se a gestão no geral está a ser boa – avaliar o método da atividade.
que neste caso é a gestão do património do instituto público que é o tribunal. Pode cumprir a
lei mas em termos de atividade haver uma clara avaliação negativa da atividade e pode levar
ao mesmo resultado da legalidade que é sanção ou exoneração, etc.
b). Quanto ao âmbito: a tutela pode ser global, no sentido de que incide sobre todas as
matérias e atividades desenvolvidas pela entidade tutelada, ou apenas parcial, abrangendo tão
só alguma ou algumas dessas atividades (p. ex., abranger só a matéria económico-financeira); -
é global em regra tirando as ERI, mas quanto a outras a tutela é relativamente plena. Quanto á
tutela temos a tutela de fiscalização
c) quanto à natureza dos poderes tutelares exercidos, a tutela administrativa subdivide-se em:
ii) Tutela integrativa: concretiza-se no exercício, pela entidade tutelar, de um controlo, prévio
ou sucessivo, sobre a legalidade ou o mérito dos actos da entidade tutelada, através da
emissão de pareceres vinculantes, de autorizações, aprovações ou homologações (p. ex.:
aprovação do orçamento de um instituto público pelo Ministro que é titular do poder de tutela
ou autorização para a aquisição ou alienação de bens; e, nos termos do n.º 5 do artigo 45.º da
Lei das Associações Públicas Profissionais, no âmbito da tutela de legalidade, os regulamentos
que versem sobre os estágios profissionais, as provas profissionais de acesso à profissão e as
especialidades profissionais só produzem efeitos após homologação da respectiva tutela) –
importante na relação com as associações públicas profissionais e o regulamente das ordens
profissionais (e por ex. o regulamento da ordem dos advogados tem que ser sujeito a
homologação por parte do ministro de justiça para perceber senão estão a ser colocados em
questão direitos fundamentais no acesso, no estágio, nas provas até para haver uma
corresponsabilização entre o governo e as ordens)
iii) Tutela anulatória: poder de anular ou declarar a nulidade de atos praticados pelos órgãos
da entidade tutelada. – Pode anular atos dos IP
ii) Tutela revogatória: poder de a entidade tutelar revogar atos praticados pela entidade
tutelada, invocando razões de mérito (isto é, a inconveniência desses atos para o interesse
público) – isto também tem quanto à administração indireta.
b) O regime legal da tutela administrativa: este regime consta da Lei n.º 27/96, de 1 de agosto,
que aprova o regime jurídico da tutela administrativa sobre as autarquias locais, as áreas
metropolitanas e as associações de municípios de direito público
ii) A prática, por ação ou omissão, de ilegalidades no âmbito da gestão das autarquias locais
pode determinar a perda de mandato, se tiverem sido praticadas individualmente por
membros de órgãos, ou a dissolução do órgão, se forem o resultado da ação ou omissão deste
Delegação de poderes é talhadíssima para casos práticos porque não há entidades sem esta
delegação.
Vimos as relações interorgânicos, mas vimos em geral temos um no epicentro que é o estado e
depois temos uma coletânea de outras entidades públicos e conforme o subsetor que
integram tipificamos o tipo de relação entre o estado e são diferentes quer no âmbito ou
intensidade (quer sejam com as suas administrações diretas ou indiretas) ou administração
autónoma funcional ou territorial. Só não falamos na relação entre o estado e a administração
dos açores e madeira porque são relação mais no ponto de vista político-constitucional ainda
que haja.
Na madeira temos os seus institutos e empresas públicas e depois temos as suas autarquias
locais com a tutela administrativa no mesmo contexto do continental.
Nas relações interorgânicas agora não vamos ver as relações entre pessoas coletivas públicas
mas entre órgãos e a sua relação estabelecido no plano público-administrativo.
3. Relações interorgânicas (relembrar e relacionar com o conceito de órgão administrativo)
3.1. Relação de hierarquia: relação estabelecida entre órgãos da mesma pessoa coletiva
pública em que um deles - superior hierárquico - detém, com base na lei (ou com base em
regulamento habilitado por lei), o poder de supremacia jurídica sobre outro órgão - órgão
subalterno. Ao poder de supremacia corresponde o dever de subordinação do subalterno –
Aqui o órgão superior tem sempre um poder de supremacia jurídico-administrativa seja do
reitor até aos trabalhadores, do ministro da justiça ao juiz, etc. e esse elemento de hierarquia é
natural nestas pessoas coletivas públicas. Este poder tem um poder típico que é o poder de
direção, disciplinar, revisão, substituição e decisão de conflitos de competência.
3.2.1. Noção legal de delegação de poderes administrativos (que acolhe a noção doutrinal):
acto administrativo através do qual os “órgãos administrativos normalmente competentes
para decidir em determinada matéria podem, sempre que para tal estejam habilitados por lei,
permitir, através de um ato de delegação de poderes, que outro órgão ou agente da mesma
pessoa coletiva ou outro órgão de diferente pessoa coletiva pratique atos administrativos
sobre a mesma matéria” – n.º 1 do artigo 44.º do CPA – não transmite/ transação de
competências/poderes não pode haver uma transação administrativo e apenas permite a
outra órgão o exercício desse poder por parte detentora. O órgão que é titular desse poder
pode permitir que outro órgão o exerça mas sempre mantendo a posse o seu originário.
Alguém exerce um poder que não é seu (órgão delegado). Este é o sentido do artigo que é uma
concessão doutrinal daqui da faculdade e acolhe a delegação como a permissão de exercício
de um poder ou de competência onde a titularidade não se altera e apenas se altera o
exercício.
A conceção de delegação é mais amplo em DA do que aquilo do CPA porque já ouvimos de
muitos sujeitos que estão no terceiro grupo da adm que é o da administração do ponto de
vista funcional que exerce as suas funções por delegação de pessoas coletivas públicas. No CPA
diz entre pessoas coletivas públicas e o conceito doutrinal abrange também as delegação feitas
em entidades privadas (ex.: certificar se os produtos podem entrar em mercados, muitos
destes poderes são exercidos pelas entidades públicas (originários) mas em alguns setores são
delegados a entidades privadas especializadas para verificar isso e daí é um conceito mais
abrangente do CPA)
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(na UC normalmente é o reitor delegar alguns dos seus poderes e direitos em faculdades e
departamentos, mas alguns poderes específicos são apenas do reitor, mas pode acontecer
entre órgãos e agentes da mesma pessoa coletiva publica (agentes é tipo funcionário – o
único texto que fala em funcionário públicos é a CRP e agora a lei fala de trabalhadores
públicos). O normal é entre órgãos, mas pode existir entre órgãos e puros agentes é
possível e é possível hoje designadamente em entidades que tem poderes administrativos
(ex.: Não é o diretor da ASAE que entra em todas as lojas, mas são os agentes desta
associação, é um inspetor do mapa desta autoridade pública mandatada pelo inspetor
geral que tem essa competência e o delega efetivamente para o exercício destes
inspetores. A verdade é que muitos deste inspetor são economistas ou juristas e muitos
passaram por aqui, mas a verdade é que no final é a partir desta delegação (têm que levar
um mandato para poder fazer a inspeção, mas esse mesmo é a delegação de poderes pelo
inspetor-geral). O ministro pode delegar competências para maior despesa ao reitor
podendo autorizar despesas a um valor acima daquilo que a lei permite – delegação
intersubjetiva.
Depois a delegação em entidade particular.
Não confundir com a delegação por assinatura onde diz uma comunicação onde diz no
final “pelo reitor da UC” e não é uma delegação de poderes, mas delegação de assinatura
onde permite que x pode assinar pelo reitor sendo o reitor imputável a toda a
responsabilidade do ato.
h) Casos de delegação de poderes efetuada diretamente por lei (delegação legal de poderes
administrativos)
i) Requisitos relativos à especificação (artigo 47.º, n.º 1, do CPA): no ato de delegação deve o
órgão delegante especificar os poderes que são delegados (p. ex., especificar que é delegado o
exercício do poder de autorizar a realização de despesas até x euros) ou os atos que o
delegado pode praticar, bem como mencionar a norma atributiva do poder delegado (norma
de competência) e aquela que habilita o órgão a delegar (norma de habilitação). Nota: a
inobservância deste requisito provoca a invalidade do ato de delegação, embora produza
efeitos, seja eficaz (anulabilidade do ato da delegação) – princípio da especificidade sobre
pena desta ser ilegalidade ou invocar a norma de habilitação. Isto tem que estar sempre
presente numa norma de delegação sobre pena de ser ilegal e ser anulável. O negócio jurídico
nulo não produz qualquer efeito e celebrado sobre coação nomeadamente física obviamnete
que isto é uma declaração de vontade obtida sobre coação e é nula tanto no DC e DA. Como
no direito civil um negócio jurídico anulável a lei não sanciona isto como nulidade mas como
anulabilidade este negócios embora ilegais e anuláveis ainda produz efeitos. Ainda é ilegal, o
nulo não nos impõe obrigações mas a anulabilidade é vinculativa e é ainda legal e em geral
temos 3 meses para impugnar essa decisão ilegal e senão solidifica-se na ordem jurídica. O
mesmo sucede aqui se por ventura existir uma instância de não habilitação de norma ainda
pode ser eficaz passado 3 meses em geral.
ii) Requisito relativo à publicidade (artigo 47.º, n.º 2, do CPA): os atos de delegação ou
subdelegação de poderes estão sujeitos a publicação, nos termos do artigo 159.º (o artigo
159.º do CPA, sobre os “Termos da publicação obrigatória” estabelece o seguinte: “Quando a
lei impuser a publicação do ato, mas não regular os respetivos termos, deve a mesma ser feita
no Diário da República ou na publicação oficial da entidade pública, e na Internet, no sítio
institucional da entidade em causa, no prazo de 30 dias…” – o ato da delegação tem que ser
publicitado para perceber quem o órgão competente, que tipo de organização interna tem,
qual a relação interorgânica tem entre esses órgãos e saber qual a relação entre os órgãos e
saber qual o nosso interlocutor direto se fizermos uma queixa, etc. O requisito da publicidade
é requisito da eficácia da delegação, senão é eficaz e caduca se por ventura não for publicado
no prazo de 30 dias. O cidadão precisa de saber que está a exercer essa ordem pública e o
cidadão destinatário precisa de saber quem é o autor do exercício do pdoer adminstrativa até
para depois senão concordar contestar a decisão e precisa portanto de saber a quem se dirigir.
Nota: o ato de delegação (ou de subdelegação) caduca (extingue-se) caso não seja publicitado
no prazo de 30 dias a contar da respetiva prática
ii) Poder de avocação (n.º 2 do artigo 49.º do CPA): através da avocação o órgão delegante faz
retornar a si o exercício de algum ou alguns dos poderes delegados, mantendo-se intocada a
delegação relativamente aos demais poderes que não sejam objeto de avocação. Nota: caso o
delegado venha a praticar atos no âmbito dos poderes que tenham sido avocados pelo
delegante, tais atos serão inválidos, na medida em que, nessa parte, se produziu a extinção da
delegação – pode avocar os processos perante os quais tenha delegado o exercício de poder,
se houver um processo complicado na faculdade de medicina e o diretor desta tiver o poder
delegado sobre esta, neste caso o reitor pode retirar a delegação daquele poder, como o caso
é complicado atendendo ao nível de melindro (por ser chocante, etc.) do processo pode avocar
esse poder no processo concreto e ele vai conduzi-lo e decidi-lo e para determinado processo
o poder é avocado. O código não diz qual é a consequência do poder de avocação quando
exercido na relaão de delegação e quanto a x processo concreto àquele professor e
funcionário e o processo é avocado nessa parte específica a avocação contém-se e naquele
processo essa delegação fica contida mas só lá.
iii) Poder de revogação da delegação: a delegação pode, a qualquer momento, ser livremente
revogada pelo delegante, tendo como efeito a extinção da delegação – alínea a) do artigo 50.º
do CPTA. É um poder discricionário e se o órgaõ delegante até pode ser por falta de confiança
achar que a delegação não deve continuar pode cessá-la. Um colega pergunta se a revogação
do ato de delegação tinha como consequência as eventuais subdelegações que existiam e é
isso, as subdelegações extingue-se quando a delegação original cessa. O pressuposto de
confiança e a falta deste abala toda a cadeia de delegação.
iv) Poder de anulação da delegação: a anulação tem como fundamento a invalidade do acto da
delegação (alínea a) do artigo 50.º, conjugado com o n.º 2 do artigo 165.º do CPA: “A anulação
administrativa é o ato administrativo que determina a destruição dos efeitos de outro ato, com
fundamento em invalidade”). Tal como a revogação e a caducidade, a anulação extingue a
delegação (alíneas a) e b) do artigo 50.º do CPTA) – existindo na universidade um caso
complexo de um aluno internacional que mexe com as relações entre universidades e isto está
delegado para um diretor e ele pode querer tratar do assunto nesse dossiê e aí o poder de
delegação extingue-se para pelo menos esse processo. Se ela é válida porque o órgão
delegante e o seu conselheio jurista não tinha habilitação legal para a emitar então pode
anulá-la se descobrir que são obviamente legais então no sentido do artigo 50 conjuntamente
com o artigo 165 extingue a delegação. A revogação tem como fundamente essa tal apreciação
de mérito e discrionariedade do delegante seja por interesse público ou organizativas, da
autoria dos respetivos atos e exercício do poder e não há nada de inválido ou ilegal e apenas
uma análise discricionária mas a anulação tem sempre um vício, uma ilegalidade que se traduz
num vício destas relações adminsitrações.
iv) Poder geral de revisão dos actos praticados pelo delegado: poder de anulação, revogação e
substituição (o delegante, sem proceder à avocação dos poderes delegados, faz cessar os
efeitos do acto praticado pelo delegado e pratica um novo acto em substituição daquele) dos
actos praticados pelo delegado ao abrigo da delegação (n.º 2 do artigo 49.º do CPA: “O órgão
delegante ou subdelegante tem o poder de…anular, revogar ou substituir o ato praticado pelo
delegado ou subdelegado ao abrigo da delegação ou subdelegação”, conjugado com o n.º 4 do
artigo 169.º do CPA, nos termos do qual “Enquanto vigorar a delegação ou subdelegação, os
atos administrativos praticados por delegação ou subdelegação de poderes podem ser objeto
de revogação ou de anulação administrativa pelo órgão delegante ou subdelegante, bem como
pelo delegado ou subdelegado”) Nos termos do artigo 165.º, n.º 1, do CPA, a “revogação é o
ato administrativo que determina a cessação dos efeitos de outro ato, por razões de mérito,
conveniência ou oportunidade” Pode revogar, anular, avocar ou substituir.
Nota: o órgão delegante pode exercer qualquer destes poderes oficiosamente, por iniciativa
própria, ou a pedido dos interessados que não concordam com a decisão do delegado e
recorrem ao delegante portanto e este pode decidir mesmo em substituição daquilo que foi
decidido pelo órgão delegado.
c) Impugnação dos actos do delegado: os actos praticados pelo delegado podem ser objecto de
reclamação para o próprio delegado (artigo 191.º, n.º 1) e de “recurso” administrativo para o
delegante (artigo 199.º, n.º 2, do CPA)
Até agora falámos dos dois capítulos que saem o sexto e o qarto e o resto já tinhamos
agendado para a primeira frequência.
O princípio geral na adm. É o direito administrativo seja este puramente nacional, seja aquele
produzido pelos órgãos próprios da UE.
Ora este direito administrativo é a regra da atuação de todos os ´rgãos da administração
contudo as entidades públicos à maneira do TGDC gozam de direito de capacidade jurídica
individual.
No contexto adminsitrativo, consequentemente, como vimos, para compreender porque a
adminsitração também se organiza com maneiras e ao abrigo do dirieto privado isto porque
têm capacidade jurídica de direito privado para usar o código de direito comercial e formar
associações, fundações, sociedades, cooperativas, etc. a partir do direito privado.
estes direitos como estão no CC muitas vezes as entidades públicas para gerir os seus bens
usam o CC e há uma regime própria, num decreto-lei, para a gestão patrimonial das entidades
públicas porém pode usar modalidades como o arrendamente que são negócios civilísticos e
portanto estas entidades também fazem destes negócios civis.
As câmaras, etc. podem fazer negócios como sujeito privado. Como fazem os privados isto
fazem as entidades públicas (permutas, arrendamentos, etc.) e portanto o município, a UC,
etc. pode fazer permutas, etc. por uma contrato regulado no CC nestes termos apenas que
obviamente há aqui uma circunstância que é exceção. A lei adminsitrativa tem que permitir
que aja pelo direito privado porque em regra tem que agir pelo direito adminstrativo. Em regra
é usado o direito civil e os negócios jur´dicios que tenham como objeto o património público
normlamente é usado o dirieot privado.
Há bens da administração que não estão fora do comércio jurídico mas os bens patrimonias
estão fora e o resto não.
Há limitações.
-Da doutrina adminsitrativa germãnica estabeleceu a seguinte regra para que seja lícito os
órgãos administrativos usem o direito privado- tem que haver uma decisão adminstrativa que
decide agir pelo direito administrativo (habitual) ou pelo direito privado (esta decisão prévia
decide se vão atuar perante um ou outro). Tem que haver uma decisão antes sequer do
contrato para escolher que face assumem.
Depois essa segunda fase é atuar perante o CC.
Teoria da dupla decisão e está assente na jurisprudência do nosso tribunal administrativo mas
isto trás outros problemas. Pode haver impugnação do contrato de direito de superfície têm
que ir a tribunais civis mas se for impugnada a decisão de agir pelo direito civil em vez de
administrativo já se tem que recorrer ao direito administrativo.
Esta teoria é importante na prática para dinstiguir estas decisões e distingue a consequência
ao nível da segurança jurídica dos cidadãos.
Se for a decisão prévio (TA) mas se for no contrato é civis mas às vezes nem é bem assim
porque no arrendamento depois têm regulamentos para decidir que arrenda e depois
cláusulas por decisão administrativa e polícia de despejo diferentes e aqui já misturam um
bocado o administrativo com o civil porque normalmente o despejamento é pelo privado e
não ficaria bem um contrato de arrendamento civil e há uma mistura entre este direito civil e
administrativo e dependendo da cláusula pode se ter que recorer a tribunais diferentes.
Contudo, hoje já não é bem assim, e o contrato não é só direito civil e há cláusulas
claaramente exorbitantes de direito adminsitrativo que dão poderes +a administrativo de DA
Depois é necessária a transparência – se é feito um contrato segundo o direito civil temos que
saber que aquilo é património público e normalmente o que deve haver é pelos menos um
procedimento de asta pública e portanto é uma espécie de imposição de princípios de
administração neste direito civil não pode haver desconsideração só porque a mesma
administração atua por direito privado.
Estes princípios também nas empresas privadas investidas em serviços públicos.
Para atuar leglamente no direito privado tem que atuar segundo esta teoria de dois degraus
ou dupla decisão. O decreto de lei referido é só quanto à gestão de património de entidades
públicas mas não é preocupante.
Temos que primeiro ter em conta estas duas decisões.
Temos que ter em conta os limites – ter um conta os princípios gerais sem diferenças e a teoria
de duas fases e a obrigação de concursos.
- sobre relações
´No capítulo 4 a utilização do direito privada para a administração e saber se a lei permite ir ao
código civil (princípio da legalidade) e o que precisamos de fazer para ir ao CC.
O nosso foco é o sexto powerpoint e o quinto é para esquecer no geral porque o resquício
deste está no 6.
Já tinhamos visto a noção de delegação (noção doutrinal de ciência adotada pelo legislador
(artigo 44) vimos também que no ponto de vista doutrinal e legal o âmbito da delegação de
poderes é mais expansiva do que aquilo presente no artigo 44 do CPA designadamente vimos
nós que ela pode ocorrer não apenas entre órgão administrativos mas também entre
entidades administrativas (relação intersubjetiva) o governo pode delegar matérias num IP.
O objeto da dlegação pode ser e normalmente mais amplo daquilo no CPA – pode ser na
conceção hierárquica ou político-constitucional temos leis e depois regulamentos que podem
ser objeto de delegação ,ativdades puramente técnicas ou técnico científicas – as vezes no
contexto de relações puramente funcionais (entre municípios ou freguesias onde delegam
tarefas para estes).
Atividades também estas de natureza técnica como observância de nomras técnicas de
segurança e qualidade de utilização e é delegado de isto para particulares, etc.
Hipótese
Já saiu em frequência anterior.
Delegou no seu presidente o poder para praticar atos em todas as matérias nos termos da le
ique estabelece as competências dos órgãos das autarquias a qual só permite que alguns dos
poderes sejam delegados. Pode haver delegação mas não em todas as matérias estabelecido
no artigo 34 ou 35 dessa lei. Mais tarde a câmara delibera (porque é órgão colegial) quando é
singular é decisão e anula o ato delegação por conflito de interesses por parte do CM e depois
pede para a anulação.
2 problemas:
-relativo ao ato da delegação em si- que é logo a primeira parte do enunciado
-litígio do presidente e a câmara e invoca o governo e ao abrigo do poder de tutela para falar
sobre o assunto, Na sua perspetiva o órgão colegial não tinha reunido as condições qunato às
reunião e a votação das deliberações. Lendo o enunciado conseguimos identificar estes pontos
críticos.
Agora pergunta quanto ao ato de delegação e se à luz do regime geral deste ato de delegação
ele foi praticado em situações legais deste regime imperativo (Incortonavelmente aplicável à
delegação) é cumprido. O principal problema identificado n oenunciado quanto ao ato é o dito
no artigo 45 e diz a lei que apenas permitia que a CM pudesse delegar alguns dos seus poderes
e não podem ser delegados todos e quaisque rpoderes segundo a lei 75/2003 contudo
independnetemente do estabelecido naquela lei há um regime próprio da delegação e
sabemos que seugndo o artigo 45 do CPA e o 44 do CPA diz que a delegação é x bla bla bla e
dizemos isso citando o artigo 44 doutrinalmente sendo isso o que estava em causa. Temos que
dar a noção do código.
Agora indenpendemente daquilo que essa lei especial estabelece vamos o que está em causa
que é o regime do ato da delegação e consta deste artigo 44 e seguintes e um dos aspetos
essenciasi desse regime é o problema de saber se é possível delegar a partir do ato dedelgação
todos os poderes e aqui diz a alínea a) do 45 que não podem ser delegados a globalidade dos
poderes do delegante e esta delegação é violadora do regime e inválida (e só vamos dar os
tipos de invalidade no direito administrativo II e não vamos dar se consiste em nulidade ou
anulabilidade e só precisamos de saber se há ilegalidade ou invalidade do ato. Não podemos
numa frequência onde não se tratou o tema dos tipos de invalidade estar a penalizar os
colegas que não referiram isso e podemos referir isso e é enriquecedor mas não seremos
penalizados por isso.
É válido ou não, é ilegal ou não e temos é que saber se há validade ou não se for publicada.
Temos que adiantar também que nos termos do artigo 47 que os poderes que se delegam têm
que ser especificados (princípio da especificidade) e por força deste a delegação também seria
inválida isto no nº1. O órgaõ deve especificar as competências delegados e os atos que pode
ou não praticar.
Não pode existir a delegação dos poderes e para que isso suceda o órgão delegante está
vinculado a especificar bla bla bla 47/1 e só com estes dois requisitos a delegação se afigura
com o regime do CPA.
Neste caso teríamos que concluir que por estas duas razões a delegação seria inválida e só
falavámos mais se para além disso a delegação não foi publicada no prazo legalmente
estabelecido e poderíamos acrescentar isso segundo algum artigo-
Quem faz a pergunta quer saber os poderes do órgão delegante e estes poderes do órgão
delegante e devemos analisar o regime de delegação quanto aos poderes de delegação e não
obstante da delegação por um regime legal e doutrinal o órgão delegante reserva a sua
competência e garante-lhe x poderes sobre o delegado quanto aos poderes que lhe foram
delegados quanto ao poder de vocação de processos concretos para o órgão delegante, poelo
poder específico de atos praticados pelo delegado que podem ser anulados, revogados e
substituidos com base então dos outros artigos e o poder da anulação e revogação dos atos
e/ou da própria delegação e o de direção.
A pergunta 3 convoca-nos para falar nas relações jurídicas dentro da administração pública e
para falar sobre a relação de superintendência e da tutela administrativa e saber se em relação
disto se existe superintend~encia entre governo e autarquias ou a tutela administrativo entre
estes dois e concluindo que por ventura não existe a primeira mas a segunda e saber se a sua
intensidade concede ao governo esta margem de intervenção e qual a tutela administrativa
deste sobre as autarquias e a resposta é que não é a mesma que tem sobre os IP.
E a respotas deve-se iniciar sobre estas relações inter-orgânicas e administrativas e a
superintendência e a de tutela administrativa e daí falamos das duas. Este poder
constitucionalmente e no DA existe no estado de administração em relação às autarquias
locais, e a resposta é não porque se estabelece em relação ao governo e a sua adeministração
central e indireta em concreto dos IP e aqui seria ilegal e eventual inconstitucional (mas isso
não é problema do DA) e é de completa nulidade. Depois não existindo agora vemos se existe
o outro tipo de relação jurídico administrativa que é a tutela jurídico administrativa e aí existe
uma lei de tutela adminstrativa (ato 96) que permtie que o governo intervenha na
adminsitração autárquica fiscalizando a legalidade dos atos dos ´rogaõs das autarquias locais e
só existe um tipo de tutela administrativo do gobverno estado de amdinistração sobre as
autarquias legais que é a tutela de legalidade e não a de mérito e ver se os seus atos é
conforme a lei e vê se estes são legais ou não.
Diríamos que este poder sobre o governo sobre as autarquias legais é legal porque fiscaliza
apenas o cumprimento da legalidade pelos órgãos autárquicos e portanto é legítima a
intervenção porque o faz ao abrigo de um poder administrativo e constitucional próprio agora
o resultado do exercício deste poder...
O ministro com base no relatório inspetivo considera que tudo praticado é inválido e ilegal e
anula estes e pode fazê-lo com base no poder de tutela administrativa? O que terá de fazer é
constatar é que depois ao nível da tutela sancionatório (dentro da da legalidade) pode anular
as decisões destes órgãos. Esta é a tutela sancionatório (na tutela de leglaidade quanto ao
conteúdo temos a tutela sancionatório, revogatória, etc.) e o estado de admnisitração tem
este poder para exercer a tutela sancionatória o que tem de fazer é que com base no relatório
considerando que as deliberações e decisões do presidente são ilegais o que devia fazer o
governo é remeter o relatório realizado para o MP e este propor as respetivas ações
administrativas nos respeitivos tribunais administrativos e se aí fossem consideradas ilegais
seriam anulados e isso tem com base na autonomia local das autarquias porque se fosse ao
contrário seria anulado os atos e os municípios estariam sempre a impugnar as intervenções
ministeriais etc. e no ponto de vista institucional poderia causar um desiquilibrio até para
evitar uma intervenção excessiva do estado administrativo na administração local.
O juíz de forma independente e imparcial concluirá a sua ilegalidade ou não e não pode
sancionar oficiosamente embora haja doutrina que diz que tendo o poder da tutela de
legalidade também permitira essa anulação por parte do estado de administração contudo a
lei por enquatno não deixa isso e diz que tem de ser remetido para tribunal competente seja
viseu, castelo branco, coimbra, mirandela, braga, etc...
Quanto ao proceder à dissolução também não porque é tutela sancionatória e diz que não
cumprindo a lei sanciona com a anulação e a dissolução. Não ha tutela sancionatória
sancionatória. Há tutela sancionatória mas neste caso não pode ser exercido pelo estado
administração e tem que ser remetido para o ministério público que é defender da legalidade
prática da ordem pública e neste caso tem legitimidade para propor as ações (claro que os
munícipes também o podem propor por serem interessados, etc.) e aí vai para o tribunal
administrativo que podem declarar a perda de mandata (de presidente ou vareador, etc.) ou
dissolução do órgão (em que vai tudo).
Agora na questão 4 percebemos que seria diferente se fosse um IP e aqui já temos relações de
superintendência, relação de tutela administrativa tanto de legalidade e de mérito e no caso
da legalidade já abrange a tutela de fiscalização e daí o poder do governo sancionar e sendo
cumprido uma ilegalidade o governo pode exercer uma sanção anulatória ou até exonaração
de um membro ou logo a dissolução do conselho diretivo. Neste caso o governo já tem este
poder e pode fazê-lo na sua administração indireta porque ainda falamos da SUA
administração mas as autarquias já são administração local autónoma e daí justifica que o
estado tenha esse poder quanto à sua administração indireta (exceto ERI’s) e pode exercer
quanto às suas empresas ou IP e aqui pode exercer a tutela fiscalizadora ou sancionatória e
aqui quem nomeia é o governo e quem exonera é o mesmo. E as razões jurídico
administrativas nos dois planos diferentes são distintos. Depois pdoe ter coisas diferenças
onde se pergunta que tipo de órgão se tratam se se exerce a competência de forma singular
ou conjunta mas essas perguntas de regime são normalmente estas.
E com isto sabemos que é assim que devemos responder e não esquecer que devemos colocar
condições de legitimação e não de legitimidade.
199 CRP
20 a 52 do CPA
69 a 76 CPA
2 CPA
165, 169