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2.

ORGANIZAÇAO
ADMINISTRATIVA

As necessidades colectivas e a Administração Pública


Março de 30 a 03 de Abril
Encontro n.º 06- dia 03
Ferreira. Sérgio Manuel. Estudo do Direito
Administrativo. -Bc Livtec. Lda- 2019. pg. 95-126
ITRODUÇÃO AO DIREITO ADMINISTRATIVO

 1.16. Os Princípios constitucionais sobre o poder administrativo


 2. ORGANIZAÇAO ADMINISTRATIVA
 2.1. A organização pública
 2.2. Os elementos da Administração pública
1.16. Os Princípios constitucionais sobre o poder administrativo

 O princípio da justiça (arts. 198.°/1 CRA e 10.° CPA)


 Traduz a ideia de que a actividade administrativa pública está condicionada por
critérios de justiça material.
 O princípio da responsabilidade (art. 75.° CRA)
 Traduz-se na obrigação de indemnizar os prejuízos decorrentes das suas acções e
omissões no exercício da actividade administrativa.
2. ORGANIZAÇAO ADMINISTRATIVA

 representantes de uma comunidade com vista à satisfação de necessidades


colectivas predeterminadas desta (arts. 213.º, 220.º CRA).
 O conceito de organização pública integra quatro elementos:
Um grupo humano;
a) Uma estrutura, isto é, um modo peculiar de relacionamento dos vários elementos
da organização entre si e com o meio social em que ela se insere;
b) O papel determinante dos representantes da colectividade do modo como se
estrutura a organização;
c) Uma finalidade, a satisfação de necessidades colectivas predeterminadas.
2. ORGANIZAÇAO ADMINISTRATIVA

 O conceito de organização pública integra 4 elementos:


Um grupo humano;
 Uma estrutura, isto é, o modo de relacionamento dos elementos da organização
entre si e com o meio social em que ela se insere
 O papel determinante dos representantes da colectividade no modo como se
estrutura a organização
 Uma finalidade, a satisfação de necessidades colectivas predeterminadas
1. Elementos da Administração Pública (enquanto actividade)
2. As pessoas colectivas
3. Os órgãos
4. Os serviços públicos
2. ORGANIZAÇAO ADMINISTRATIVA

 Importa fazer três observações prévias.


 A primeira consiste em sublinhar que as expressões pessoa colectiva pública e
pessoa colectiva de Direito Público são sinónimas, tal como o são igualmente entre
si pessoa colectiva privada e pessoa colectiva de Direito Privado.
 Em segundo lugar, convém sublinhar desde já a enorme importância da categoria
das pessoas colectivas públicas e da sua análise em Direito Administrativo. É que,
na fase actual da evolução deste ramo de Direito e da Ciência que o estuda, em
países como o nosso e em geral nos da família Romano-germânica, a
Administração Pública é sempre representada, nas suas relações com os
particulares, por pessoas colectivas públicas: na relação jurídico-administrativa, um
dos sujeitos, pelo menos, é em regra uma pessoa colectiva.
2.1. A organização pública

 Enfim, cumpre deixar claro que, ao fazer-se a distinção entre pessoas colectivas
públicas e pessoas colectivas privadas, não se pretende de modo nenhum inculcar
que as primeiras são as que actuam, sempre e apenas, sob a égide do Direito
Público e as segundas as que agem, apenas e sempre, à luz do Direito Privado; nem
tão-pouco se quer significar que umas só têm capacidade jurídica pública e que
outras possuem unicamente capacidade jurídica privada.
 Pessoas colectivas públicas são entes colectivos criados por iniciativa pública para
assegurar a prossecução necessária de interesses públicos, dispondo de poderes
políticos e estando submetidos a deveres públicos.
2.1. A organização pública

 As pessoas colectivas , são criadas por iniciativa pública para assegurar a


prossecução necessária de interesses públicos, dispondo frequentemente de
poderes públicos e estando submetidas a deveres públicos.
 Administração estadual :
a) A actividade administrativa pública que é desenvolvida no âmbito da pessoa
colectiva pública Estado.
 Administração autónoma:
a) A actividade administrativa que é desenvolvida fora da pessoa colectiva pública,
Estado.
2.2. Os elementos da Administração pública

 Vejamos em que consistem os vários elementos desta definição:


a) Trata-se de entidades criadas por iniciativa pública. O que significa que as
pessoas colectivas públicas nascem sempre de uma decisão pública, tomada pela
colectividade nacional, ou por comunidades regionais ou locais autónomas, ou
proveniente de uma ou mais pessoas colectivas públicas já existentes: a iniciativa
privada não pode criar pessoas colectivas públicas. As pessoas colectivas
públicas são criadas por “iniciativa pública”, expressão ampla que cobre todas as
hipóteses e acautela os vários aspectos relevantes;
b) As pessoas colectivas públicas são criadas para assegurar a prossecução
necessária de interesses públicos. Daqui decorre que as pessoas colectivas
públicas, diferentemente das priva das, existem para prosseguir o interesse
público – e não quaisquer outros fins. O interesse público não é algo que possa
deixar de estar incluído nas atribuições de uma pessoa colectiva pública: é algo
de essencial, pois ela é criada e existe para esse fim.
2.2. Os elementos da Administração pública

c) As pessoas colectivas públicas são titulares, em nome próprio, de poderes e deveres


públicos. A referência à titularidade “em nome próprio” serve para distinguir as pessoas
colectivas públicas das pessoas colectivas privadas que se dediquem ao exercício privado
de funções públicas: estas podem exercer poderes públicos, mesmo poderes de
autoridade, mas fazem-no em nome da Administração Pública, nunca em nome próprio.
 As categorias de pessoas colectivas públicas no Direito angolano a luz da Constituição
actual (art. 2.º CPA), são cinco:
a) O Estado;
b) Os institutos públicos;
c) As empresas públicas;
d) As associações públicas;
e) As autarquias locais;

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