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Aula 05 (Prof.

Márcio
Damasceno) em PDF
PC-BA (Escrivão e Investigador)
Discursiva Sem Correção - 2022
(Pós-Edital)

Autor:
Carlos Roberto, Marcio
Damasceno

23 de Maio de 2022

00116271582 - stefano vincius da silva pereira


Carlos Roberto, Marcio Damasceno
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Primeira Rodada de Temas ................................................................................................................................1

Tema 1 ........................................................................................................................................................................1

Proposta de Solução ......................................................................................................................................... 2

Tema 2 ...................................................................................................................................................................... 2

Padrão de resposta ............................................................................................................................................ 3

Tema 3 ...................................................................................................................................................................... 3

Proposta de solução ......................................................................................................................................... 4

Tema 4 ..................................................................................................................................................................... 4

Proposta de Solução ......................................................................................................................................... 5

Tema 5 ...................................................................................................................................................................... 5

Proposta de solução ......................................................................................................................................... 6

Tema 6 ..................................................................................................................................................................... 6

Proposta de solução ..........................................................................................................................................7

Tema 7 ......................................................................................................................................................................7

Padrão de resposta ........................................................................................................................................... 8

Tema 8 ..................................................................................................................................................................... 8

Proposta de solução ......................................................................................................................................... 9

2 Prática ................................................................................................................................................................... 10

PRIMEIRA RODADA DE TEMAS

Tema 1
Redija, de forma fundamentada, um texto dissertativo acerca da inviolabilidade domiciliar, garantida pela
Constituição Federal no art. 5°, inciso XI.
Em seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:

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a) Conceito de domicílio de acordo com o Código Penal;


b) Hipóteses de admissibilidade de violação domiciliar de acordo com a Constituição Federal;
c) Autoridades com poder de ordenar a violação domiciliar.

Proposta de Solução
Inicialmente, destaque-se que o conceito de domicílio na seara constitucional é bastante
amplo, visto que abrange: qualquer local delimitado habitado (casa, apartamento, casas de
veraneio, etc.); qualquer ambiente de habitação coletiva, ainda que de ocupação temporária
(hotéis, motéis, pousadas etc.); e locais nos quais se exerce profissão ou atividade, desde que seja
local fechado ou de acesso restrito ao público. [Tópico I]
Contudo, apesar da amplitude deste conceito, essa garantia não é absoluta, uma vez que,
de acordo com previsão constitucional, poderá ser relativizada somente nos casos em que houver
consentimento do morador, flagrante delito, desastre, para prestar socorro, ou, durante o dia,
por determinação judicial. [Tópico II]
Por fim, há que se frisar que a única autoridade com poder de ordenar a violação
domiciliar é o juiz, o que nos permite afirmar que a inviolabilidade do domicilio está
submetida à reserva de jurisdição, uma vez que só pode ser emitida pelo Poder Judiciário.
Dessarte, não podem violar a proteção domiciliar: polícia judiciária, administração
tributária, Comissão Parlamentar de Inquérito ou Ministério Público. [Tópico
III]

Tema 2
Após recebimento de denúncia anônima, agentes da polícia civil invadiram, no período da noite, quarto de
hotel, com o objetivo de proceder à busca e à apreensão de materiais e documentos supostamente
utilizados por determinado hóspede em crimes relacionados à clonagem de cartões de crédito. Os materiais
e os documentos obtidos durante a invasão do quarto de hotel foram as únicas provas que alicerçaram a
denúncia oferecida pelo MP. Com base nessas provas, foram tomados depoimentos de diversas
testemunhas, os quais serviram, também, de fundamento para a condenação do réu.

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Com base nessa situação hipotética, redija texto dissertativo sobre a (in)constitucionalidade da operação
policial, abordando, necessariamente, de forma justificada, os seguintes aspectos:
a. Direitos e garantias fundamentais aplicáveis ao caso.
b. O uso da denúncia anônima como elemento capaz de justificar medidas invasivas.
c. (Im)Possibilidade jurídica de utilização, em processo judicial, das provas obtidas na referida operação.

Padrão de resposta
No caso em tela, pode-se afirmar que a ação de busca e apreensão realizada pelos agentes
da polícia civil é inconstitucional, tendo em vista que o aposento mencionado se encontra sob
o manto protetivo da inviolabilidade domiciliar. Outrossim, frise-se que o recebimento de
denúncia anônima, por si só, não justifica a quebra da inviolabilidade domiciliar. Essas
denúncias poderão ser utilizadas, mas, necessariamente, devem ser complementadas por
diligências investigativas posteriores e, somente a partir disso, podem ensejar a representação
pela expedição de mandado de busca e apreensão. [Tópico I] + [Tópico II]
Por fim, aplica-se ao caso a doutrina referente às provas ilícitas por derivação,
amparada pela teoria dos frutos da árvore envenenada. Uma prova ilícita por derivação é
aquela que, apesar de ter sido produzida de forma legal, encontra-se afetada pelo vício da
ilicitude originária, transmitida em função do nexo causal entre elas. Assim, a ilicitude das
provas geradas pelo desrespeito à inviolabilidade domiciliar se transmitirá às demais provas,
tendo em vista que dessa ilicitude originária derivou todo o suporte probatório que culminou
na condenação do réu. Dessa forma, no referido processo judicial, constata-se a
impossibilidade jurídica da utilização das provas obtidas na operação. [Tópico III]

Tema 3
Com foco no que prevê a Constituição Federal, disserte sobre os direitos da pessoa presa, abordando,
necessariamente, os seguintes aspectos:
a) O respeito à integridade do preso.
b) Consequências da inobservância desses direitos pela autoridade policial.

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c) Direitos do preso em relação à comunicabilidade da prisão.

Proposta de solução
Inicialmente, esclareça-se que a Constituição Federal de 1988 (CF/1988)
assegura aos presos o respeito à integridade física e moral, decorrente do mandamento
constitucional de que ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou
degradante. Isso implica, por exemplo, o direito à assistência material (vestuário, alojamento,
entre outros), à saúde, ao trabalho e a ser tratado de forma digna. [Tópico I]
Além disso, de acordo com a CF/1988, a prisão efetuada com inobservância
desses direitos será considerada ilegal, motivo pelo qual será imediatamente relaxada pela
autoridade judiciária. Ademais, de acordo com a Teoria da Árvore dos Frutos
Envenenados, adotada pela jurisprudência pátria, as provas geradas em descumprimento a
algum desses direitos constitucionalmente previstos serão consideradas ilícitas e as que com
elas guardarem nexo de causalidade serão ilícitas por derivação, implicando o seu
desentranhamento do processo. [Tópico II]
Por fim, segundo a CF/1988 e o Código Processo Penal (CPP), a prisão
de qualquer pessoa e o local onde se encontrar deverão ser comunicados imediatamente ao juiz
competente e à família do preso ou a pessoa por ele indicada. [Tópico III]

Tema 4
Redija um texto dissertativo, abordando necessariamente as seguintes questões.
a) Explique no que consiste o princípio da anterioridade da lei penal.
b) Explique no que consiste o princípio da individualização da pena.
c) Mencione três tipos de penas diretamente previstas na Constituição Federal de 1988.

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Proposta de Solução
Em primeira análise, esclareça-se que, segundo o princípio da anterioridade da lei
penal, para que haja crime, é necessária a existência de uma lei anterior que tipifique a conduta
como tal. Além disso, exige-se a existência de previsão legal abstrata da pena, anterior à
prática do fato delituoso. Assim, a lei penal produz efeitos a partir da data em que entra em
vigor, derivando desse fato sua irretroatividade, ou seja: não se aplica a comportamentos
anteriores, salvo para beneficiar o réu, conforme previsto no art. 5° da Constituição
Federal (CF/1988). [Tópico 1]
Em segundo plano, o princípio da individualização da pena, também consagrado pelo
artigo 5° da CF/1988, estabelece que a fixação, aplicação e execução das sanções devem
ser definidas de modo justo e proporcional, tendo em conta a natureza e circunstância do
delito e as caraterísticas pessoais do infrator. Assim, os delitos cometidos por determinado
agente devem ser analisados verificando-se a sua culpabilidade e as circunstâncias de cada
crime, individualizando-se, dessa forma, a pena para cada condenado. [Tópico 2]
Por fim, entre as penas previstas no próprio texto constitucional, podemos citar a
privação ou restrição da liberdade, a perda de bens e a prestação social alternativa. [Tópico
3]

Tema 5
Discorra sobre o princípio da presunção de inocência como direito individual do cidadão, analisando os
seguintes aspectos:
a) Fundamentação constitucional;
b) Conteúdo do princípio da presunção de inocência;
c) Desdobramentos e reflexos da violação do princípio da presunção de inocência.

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Proposta de solução
Inicialmente, esclareça-se que o art. 5° da Constituição Federal de 1988 alberga
o princípio da presunção de inocência, segundo o qual ninguém será considerado culpado até
o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. [Tópico I]
Nesse sentido, a presunção de inocência define-se como o direito de não se ser declarado
culpado antes do término do devido processo legal, durante o qual deve ser possibilitado ao
acusado utilizar de todos os meios de prova pertinentes para a sua defesa e para a destruição
da credibilidade das provas apresentadas pela acusação. Correlaciona-se, pois, com o direito
individual de segurança, permitindo que o Estado satisfaça a sua pretensão punitiva somente
após devidamente comprovada a autoria e a materialidade dos fatos. [Tópico II]
Finalmente, são desdobramentos da violação do princípio da presunção de inocência:
a indenização por parte do Estado, devida ao condenado por erro judiciário, bem como o
relaxamento da prisão ilegal; a possibilidade de responsabilização civil do Estado pelos danos
morais e materiais causados e a responsabilização administrativa (quando o agente for
servidor público) e/ou penal, quando configurado, por exemplo, abuso de autoridade. [Tópico
III]
Tema 6
Segundo entendimento de abalizada doutrina, pode-se definir o ato administrativo como a declaração de
vontade do Estado, nessa qualidade, exteriorizada por agente competente e no exercício de suas funções,
visando à produção de efeitos jurídicos conformes ao interesse público, com ela objetivados, determinados
ou admitidos pelo ordenamento jurídico, em matéria administrativa.
Edmir Netto de Araújo. Curso de direito administrativo. 3.ª ed. São Paulo: Saraiva, p. 450-1
(com adaptações).

A partir da ideia acima mencionada, redija texto dissertativo a respeito do tema ato administrativo,
abordando, necessariamente, os seguintes aspectos:
• Diferencie o ato discricionário do vinculado.
• Cite os atributos do ato administrativo.

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• Defina um dos atributos do ato administrativo.

Proposta de solução
Inicialmente, diferencie-se o ato discricionário do vinculado. O ato discricionário é
aquele em que a lei deixa certa margem de liberdade de decisão diante do caso concreto, de
forma que a autoridade pode optar por uma dentre várias soluções legalmente possíveis. Já o
ato vinculado é aquele em que o agente público que o pratica não possui liberdade de ação, pois
a lei estabeleceu previamente os requisitos e as condições para a sua realização.
Outrossim, de acordo com a doutrina da professora Di Pietro, são quatro os atributos
do ato administrativos: a presunção de legitimidade ou veracidade, a imperatividade, a
autoexecutoriedade e a tipicidade.
Por fim, a presunção de legitimidade enuncia que os atos administrativos se presumem
editados em conformidade com a lei, até que se prove o contrário. Segundo a eminente
administrativista, a presunção de legitimidade e a de veracidade apresentam significados
diferentes, pois, enquanto a primeira diz respeito à conformidade do ato com a lei, a segunda
diz respeito à conformidade em relação aos fatos. A presunção de legitimidade e a de
veracidade estão presentes em todos os atos administrativos, todavia, são presunções relativas,
podendo ser afastadas em razão da apresentação de prova em sentido contrário.
Tema 7
Inédita
“Esses caracteres, que sem dúvida informam a atuação administrativa, de modo algum autorizariam a supor
que a Administração Pública, escudada na supremacia do interesse público sobre o interesse privado, pode
expressar tais prerrogativas com a mesma autonomia e liberdade com que os particulares exercitam seus
direitos. É que a Administração exerce função: a função administrativa. Existe função quando alguém está
investido no dever de satisfazer dadas finalidades em prol do interesse de outrem, necessitando, para tanto,
manejar os poderes requeridos para supri-las. Logo, tais poderes são instrumentais ao alcance das
sobreditas finalidades. Sem eles, o sujeito investido na função não teria como desincumbir-se do dever
posto a seu cargo. Donde, quem os titulariza maneja, na verdade, ‘deveres-poderes’, no interesse alheio”

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Bandeira de Mello. Curso de Direito Administrativo. 31.ed. São Paulo: Malheiros


Editores, 2014, p. 72.

Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo a respeito
do poder de polícia. Ao elaborar seu texto, faça o que se pede a seguir.
a) Defina Poder de Polícia.
b) Defina dois atributos do Poder de Polícia.

Padrão de resposta

Inicialmente, destaque-se que o poder de polícia é uma atividade da Administração


Pública que se expressa por meio de seus atos normativos ou concretos, com fundamento na
supremacia geral e, na forma da lei, de condicionar a liberdade e a propriedade dos indivíduos
mediante ações fiscalizadoras, preventivas e repressivas. Possui como atributos a
discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade. [Tópico I]
A discricionariedade dispõe que a Administração possui, em regra, liberdade para
atuar. Cabe, pois, à própria Administração julgar a oportunidade e conveniência da prática
do ato e da intensidade das sanções aplicáveis (se for o caso), bem como definir o motivo e o
objeto, sempre observando os limites impostos em lei e os princípios da razoabilidade e
proporcionalidade. [Tópico II]
Por fim, a autoexecutoriedade é o atributo que a permite à Administração Pública
decidir e executar sua decisão por seus próprios meios, sem necessidade de ordem judicial. É
esse atributo que permite, por exemplo, à vigilância sanitária interditar os locais onde se
constate violação da legislação pertinente ou nos de risco iminente à saúde. [Tópico III]
Tema 8
Em razão de fortes chuvas que caíram sobre a cidade, o prédio de determinado Órgão ficou totalmente
destelhado, colocando em risco a segurança dos funcionários e equipamentos. Diante desse quadro, há
necessidade de conserto urgente do telhado, cujo custo estimado ultrapassa o valor que autorizaria a

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dispensa de licitação. O presidente do referido Órgão pretende aproveitar a situação para incluir a obra de
reforma do Anexo, o qual não foi atingido pelas chuvas.
Com base nessa situação, responda às seguintes questões:
a) A hipótese narrada enquadra-se em algum caso de contratação direta? Qual?
b) Além da reconstrução do telhado, pode ser incluída a reforma do Anexo? Justifique.
c) As formalidades associadas ao processo de reconstrução do telhado.

Proposta de solução
Inicialmente, esclareça-se tratar de caso de licitação dispensável, espécie de contratação
direta. Com efeito, uma das situações em que isso é possível evidencia-se na situação: casos de
==279a1==

emergência, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa comprometer


a segurança de pessoas, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares. Contudo, esse
caso de contratação direta só abrange os bens necessários ao atendimento da situação
emergencial, restringindo-se somente à parcela mínima para afastar a concretização do dano.
Por isso, a reforma do anexo não pode ser incluída no objeto da contratação direta. [Tópico
1 e 2]
No que tange às formalidades, o processo deverá ser instruído por documentos, como:
estimativa de despesa; comprovação de que o contratado preenche os requisitos de habilitação e
qualificação mínima necessária; razão da escolha do contratado; justificativa de preço; e
autorização da autoridade competente. Ademais, o ato que autoriza a contratação direta ou
o extrato decorrente do contrato deverá ser divulgado e mantido à disposição do público em
sítio eletrônico oficial. Por fim, é necessária a divulgação do contrato no Portal Nacional
de Contratações Públicas. [Tópico 3]

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2 PRÁTICA
Caro aluno, agora é com você! Treine bastante com os temas expostos, lembrando-se sempre de aplicar o
conhecimento acumulado nas aulas anteriores, tanto sob o ponto de visto da estrutura, quanto dos aspectos
gramaticais.
Lembrem-se de nos encaminhar seu texto, se assim desejarem, por meio da área do aluno, de forma
manuscrita digitalizada, conforme explicado na aula 00 do curso.
Para a sua redação, utilize a área abaixo, lembrando de especificar o número do texto escolhido no campo
apropriado. Você pode nos encaminhar um arquivo único (em pdf) ou colar as imagens digitalizadas dentro
de um documento em Word.
As questões discursivas serão devolvidas exclusivamente ao aluno, por meio da área destinada ao curso no
site do Estratégia Concursos.
Desejamos um excelente trabalho a todos vocês!

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Autor:
Carlos Roberto, Marcio
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28 de Maio de 2022

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Segunda rodada de temas ......................................................................................................................... 1

Bloco II – Direito Penal e Processual Penal ................................................................................................ 2

Tema 9 ................................................................................................................................................. 2

Proposta de solução .............................................................................................................................. 2

Tema 10................................................................................................................................................ 2

Proposta de solução ...............................................................................................................................3

Tema 11 ................................................................................................................................................ 4

Proposta de solução .............................................................................................................................. 4

Tema 12................................................................................................................................................ 5

Proposta de solução .............................................................................................................................. 6

Prática....................................................................................................................................................... 7

SEGUNDA RODADA DE TEMAS


Olá, meus nobres alunos. Bem-vindos à nossa segunda rodada de temas.
Meus nobres, esperamos que nesta aula você já comece a perceber a sua evolução em relação aos textos
produzidos na aula anterior. Cada aula é uma etapa transposta e uma vitória alcançada. Mas, junto a essa
conquista, vem o compromisso e a responsabilidade de escrever textos cada vez melhores.
Para que isso aconteça, é essencial que incorpore os ensinamentos transmitidos e, efetivamente, passe a
aplicá-los. Nesse sentido, é fundamental que você treine, escreva textos manuscritos, conforme
conversamos nas aulas anteriores.
Aos alunos do curso com correção: vocês poderão escolher para envio qualquer dos temas desta aula.
Contudo não é obrigatório escolher um tema agora, caso prefiram aguardar os temas da próxima rodada.
Bons estudos!
Instagram: profmarciodamasceno

Prof. Marcio

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BLOCO II – DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL

Tema 9

Discorra sobre o princípio da insignificância. No seu texto, explique:


a) conceito;
b) natureza jurídica;
c) requisitos objetivos segundo a jurisprudência.

Proposta de solução

Inicialmente, esclareça-se que o princípio da insignificância se trata de um vetor


interpretativo do tipo penal que tem por objetivo restringir a qualificação de condutas que
consistam em ínfima lesão ao bem jurídico tutelado, afastando a tipicidade penal, examinada
na sua perspectiva material. Assim, ainda que determinada conduta se adeque perfeitamente
ao tipo penal formalmente definido, é necessário analisar se essa conduta causou uma ofensa
relevante ao bem jurídico tutelado. Caso seja ínfima a lesão, exclui-se a tipicidade material,
consoante a aplicação do referido princípio. [Tópico 1 e 2]

Por fim, de acordo com o posicionamento jurisprudencial, o referido princípio demanda


a incidência de quatro requisitos objetivos: mínima ofensividade da conduta; nenhuma
periculosidade social da ação; reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e
inexpressividade da lesão jurídica provocada. [Tópico 3]

Tema 10

Mévio, de 24 anos, separado, pai de Caio e Tícia, gêmeos de 3 anos de idade, no fim de semana destinado a
ficar com os filhos, é convidado para uma festa de casamento. Não encontrando ninguém para ficar com as

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crianças e decidido a não perder a festa, Mévio aguarda os filhos dormirem e sai. Mévio fechou a porta do
quarto das crianças, bem como todas as janelas do imóvel, a fim de abafar bem o barulho, para que os
vizinhos não ouvissem o choro dos filhos, caso acordassem. Mévio permaneceu longe dos filhos por cerca
de 5 horas. Quando retornou, já na madrugada, logo que abriu a porta de casa, ouviu o choro de um dos
filhos. Chegando no quarto, contudo, notou que a menina, Tícia, estava imóvel, virada de bruços. Ao
desvirar a criança, percebeu que ela já apresentava sinais arroxeados. Desesperado, o pai chama o socorro.
A criança é levada ainda com vida para o hospital, mas não sobrevive. A criança morreu por asfixia, causada
por espasmo do choro. Instaurado inquérito policial, Mévio negou que tivesse deixado os filhos sozinhos.
No entanto, as imagens das câmeras de segurança do prédio, solicitadas pela Autoridade Policial,
mostraram que Mévio saiu na noite dos fatos, permanecendo por pelo menos 5 horas longe dos filhos.
Considerando o fato típico, seus elementos e a ilustração hipotética, responda:
==279a1==

b) O resultado morte de Tícia pode ser imputado a Mévio? Fundamente a resposta.


c) Com relação ao bebê Caio, que nada sofreu, o pai praticou algum crime? Fundamente a resposta.

Proposta de solução

Inicialmente, o resultado morte de Tícia pode ser imputado a Mévio, ainda que ele
não tenha praticado nenhuma conduta ativa que levasse à morte da filha, visto que a omissão
também pode ser causa do resultado. Configurou-se o crime de abandono de incapaz, que
consiste, de acordo com o Código Penal (CP), em abandonar pessoa que está sob seu
cuidado, guarda, vigilância ou autoridade e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos
riscos resultantes do abandono. Assim, no caso, haja vista a existência de uma relação
jurídica (pai e filhos) que implica num dever específico de guarda; a incapacidade dos filhos
de três anos e a ocorrência do núcleo do tipo “abandonar”, gerando um perigo concreto aos
filhos, a conduta de Mévio subsume-se ao delito mencionado. Dessa forma, em relação a
Tícia, Mévio cometeu o crime de abandono de incapaz qualificado pelo resultado morte,
majorado pela sua condição de ascendente. [Tópico 1 e 2]

Por fim, em relação a Caio, o pai também praticou o crime de abandono de incapaz,
mas na sua forma simples e, também, majorado pela sua condição de ascendente. Apesar de

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Caio nada ter sofrido, o crime se consuma no momento do abandono, desde que resulte perigo
concreto. [Tópico 3]

Tema 11

Autoral -Prof. Renan Araújo - Adaptado


José encontra Paulo na festa de formatura de uma amiga em comum. Todavia, José é inimigo de longa data
de Paulo e, estando já completamente embriagado, por ter exagerado no consumo de álcool, resolve
colocar na bebida de Paulo uma determinada substância tóxica, a fim de ceifar a vida deste. Paulo, sem
saber do ocorrido, ingere a bebida e começa a passar mal, ficando descontrolado, absolutamente fora de si.
Durante o socorro prestado pelos paramédicos, Paulo profere xingamentos graves contra os referidos
servidores públicos.
Posteriormente, José e Paulo são processados criminalmente. O primeiro por tentativa de homicídio e o
segundo por desacato. No decorrer do processo, fica comprovado que José era portador de doença mental
e, no momento do fato, era parcialmente incapaz de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se
de acordo com este entendimento. Fica comprovado, também, que Paulo não tinha discernimento algum
quando desacatou os funcionários, em razão da ingestão da substância colocada por José.
Neste caso, exclusivamente sob o prisma da imputabilidade penal, responda:
a) Quais os critérios para a aferição da inimputabilidade penal? Quais foram adotados pelo CP?
b) José é inimputável? Qual a consequência jurídica para o agente?
c) Paulo é inimputável? Quais as consequências penais cabíveis?

Proposta de solução

Inicialmente, esclareça-se que, segundo entendimento doutrinário, o critério adotado


pelo Código Penal (CP) brasileiro, como regra, é o biopsicológico. Excepcionalmente,
foi adotado o sistema biológico no que se refere aos menores de 18 anos. [Tópico 1]

No caso em tela, José é considerado semi-imputável, e não inimputável. Isso, porque


ficou comprovado que era portador de doença mental e, no momento do fato, era parcialmente

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incapaz de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com este


entendimento. A embriaguez completa, neste caso, não tem relevância, eis que se trata de
embriaguez voluntária. No caso, a consequência jurídica é a condenação, porém com redução
de pena, de um a dois terços, ou a substituição da pena por medida de segurança. A decisão
pela aplicação da pena reduzida ou da medida de segurança fica a cargo do juiz, considerando
o que é mais adequado à finalidade da sanção penal. [Tópico 2]

Finalmente, Paulo, por sua vez, é considerado inimputável, porque, no momento do


fato, não possuía qualquer discernimento, em razão de embriaguez acidental (decorrente de
caso fortuito ou força maior). Como essa embriagues é completa, fica, pois, excluída a
culpabilidade e o agente é isento de pena. [Tópico 3]

Tema 12

O policial civil Carlos Sperto, após exaustiva investigação, logra prender em flagrante delito, o indivíduo
Pedro Custódio, conhecido pela alcunha de "Motoboy ", quando este vendia a pessoa não identificada por
ter se evadido, certa quantidade da droga conhecida como crack, substância sabidamente nociva à saúde.
No momento da abordagem policial, foi encontrada na mochila portada por "Motoboy" a quantidade de 72
(setenta e duas) pedras de crack e 103 (cento e três) papelotes de cloridrato de cocaína. Instigado por seu
cunhado David Silva, presente no momento da ação, o policial Carlos obriga "Motoboy" a pagar a quantia
de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), para não o conduzir até a delegacia policial da área, sendo certo
que o preso concordou com o valor estipulado, entretanto, alegou que somente poderia efetuar o
pagamento em questão de dois dias depois, quando iria dispor do dinheiro, e assim ficou acertado. Neste
interregno, o fato chegou ao conhecimento da Corregedoria de Polícia, tendo a autoridade instaurado o
regular inquérito policial e representado pela prisão temporária, que foi decretada pelo juiz de direito
competente. De posse do mandado de prisão, agentes da Corregedoria de Polícia se postaram de forma
estratégica no local e obstaram o pagamento a ser realizado.
Analisando o fato descrito sob a ótica do Direito Penal, tipifique as condutas de Carlos Sperto e Pedro
Custódio, o "Motoboy", de forma justificada, em texto discursivo.

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Proposta de solução

O policial civil Carlos Sperto, funcionário público, encontrando-se no exercício da


função, com sua conduta, praticou o crime contra a Administração Pública tipificado
como concussão. Segundo o Código Penal, o referido crime consiste em exigir, para si ou
para outrem, direta ou indiretamente, vantagem indevida em razão da função que ocupa.
Observe-se que o fato de a vantagem exigida não ter sido recebida não descaracteriza a conduta
criminosa, uma vez que o crime de concussão é formal. Não exige, pois, a ocorrência de
resultado naturalístico, conformando-se com a simples exigência da vantagem indevida de
caráter econômico ou patrimonial, independentemente do seu recebimento (da vantagem),
que se constitui, nesse caso, em exaurimento. [Tópico 1]

Por fim, Pedro Custódio, o “Motoboy”, por sua vez, comete o delito de tráfico ilícito
de drogas, cominado na Lei 11.343/2006, por ter sido flagrado no momento em que
vendia droga a pessoa não identificada, além de ter em seu poder grande quantidade de crack
e de cocaína. Frise-se que, no caso, Pedro Custódio não comete o delito de corrupção ativa,
uma vez que a conduta típica do referido crime consiste no oferecimento ou na promessa de
vantagem de forma espontânea, o que não ocorreu no caso concreto. [Tópico 2]

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PRÁTICA
Caro aluno, agora é com você! Treine bastante com os temas expostos, lembrando-se sempre de aplicar o
conhecimento acumulado nas aulas anteriores, tanto sob o ponto de vista da estrutura quanto dos aspectos
gramaticais.

Lembrem-se de nos encaminhar seu texto, se assim desejarem, por meio da área do aluno, de forma
manuscrita digitalizada, conforme explicado na aula 00 do curso.

Para a sua redação, é importante especificar o número do texto escolhido no campo apropriado. Você pode
nos encaminhar um arquivo único (em PDF) ou colar as imagens digitalizadas dentro de um documento em
Word.

As questões discursivas serão devolvidas exclusivamente ao aluno, por meio da área destinada ao curso no
site do Estratégia Concursos.

Desejamos um excelente trabalho a todos vocês!

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PC-BA (Escrivão e Investigador)
Discursiva Sem Correção - 2022
(Pós-Edital)

Autor:
Carlos Roberto, Marcio
Damasceno

02 de Junho de 2022

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Carlos Roberto, Marcio Damasceno
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Terceira rodada de temas .......................................................................................................................... 1

Bloco III – Processo penal e legislação extravagante .................................................................................. 2

Tema 13 ................................................................................................................................................ 2

Proposta de solução .............................................................................................................................. 2

Tema 14.................................................................................................................................................3

Proposta de solução ...............................................................................................................................3

Tema 15 ................................................................................................................................................ 4

Proposta de solução .............................................................................................................................. 4

Tema 16................................................................................................................................................ 5

Proposta de solução .............................................................................................................................. 5

Prática...................................................................................................................................................... 6

TERCEIRA RODADA DE TEMAS


Olá, meus nobres alunos. Bem-vindos à nossa terceira e última rodada de temas.
Esperamos que, ao longo dessa preparação, você possa ter colhido importantes ensinamentos, produzido
muitos textos manuscritos e, sobretudo, possa ter sentido a sua evolução a cada rodada de temas. Nessa
reta final, recomendo ultimar os estudos e focar nas revisões, pois considero que, ao aliar o conhecimento
teórico às técnicas exploradas no nosso curso, você terá todas as ferramentas para fazer uma excelente
prova discursiva.
Na medida do possível, postarei uma rodada extra de temas, incluindo alguns tópicos faltantes.
Aos alunos que optarem por fazer nosso curso com correção, se assim desejarem, encaminhem o seu texto,
por meio da área do aluno, de forma manuscrita digitalizada, conforme detalhado na Aula 00 do curso. Para
a sua redação, utilize o padrão inserido no final da aula, especificando o(s) texto(s) escolhido(s) no local
apropriado. Você pode nos encaminhar um arquivo único (em pdf) ou colar as imagens digitalizadas dentro
de um documento em Word. As questões discursivas serão devolvidas exclusivamente ao aluno, por meio
da área destinada ao curso no site do Estratégia Concursos.
Por fim, desejo a vocês uma jornada coroada de êxito em todos os sentidos. Grande abraço!
Instagram: profmarciodamasceno

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Prof. Marcio

BLOCO III – PROCESSO PENAL E LEGISLAÇÃO


EXTRAVAGANTE

Tema 13

Redija um texto dissertativo que atenda, de modo fundamentado, às determinações e aos questionamentos
seguintes.
a) Apresente o conceito e a finalidade do IP.
b) Descreva as características do IP.
c) Comente sobre o valor probatório do IP.

Proposta de solução

O inquérito policial (IP) é o conjunto de diligências realizadas pela polícia judiciária


para a apuração de uma infração penal e de sua autoria, a fim de que o titular da ação penal
possa ingressar em juízo. Entre as suas características, destaca-se o fato de ser um
procedimento administrativo, inquisitivo, escrito e sigiloso marcado pela oficialidade,
oficiosidade, discricionariedade e indisponibilidade.

Por fim, devido a sua inquisitoriedade, não há direito a contraditório e ampla defesa, o
que justifica seu valor probatório relativo, tendo como principal função auxiliar na formação
da opinião do titular da ação penal, para que esse ofereça a denúncia ou queixa. Nesse sentido,
regra geral, o juiz não poderá fundamentar sua decisão exclusivamente com base nos elementos
informativos colhidos no IP, conforme prevê o Código de Processo Penal.

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Tema 14

VUNESP - Escrivão de Polícia (PC BA)/2018

Interceptação telefônica: Diferencie a escuta telefônica da gravação clandestina, comentando sobre (i) a
necessidade da autorização judicial e (ii) explique e/ou exemplifique uma hipótese de serendipidade.

Proposta de solução

Inicialmente, cumpre diferenciar escuta e gravação telefônicas. A escuta telefônica é a


captação de conversa feita por terceiro com o conhecimento de um dos interlocutores. Já a
gravação telefônica (ou clandestina) é a captação da conversa telefônica realizada por um dos
comunicadores, sem o conhecimento do outro, inexistindo a figura do terceiro interceptador.

Segundo posição doutrinária e jurisprudencial majoritária, faz-se necessária a


autorização judicial para a escuta telefônica, pois constitui procedimento de captação da
comunicação alheia por terceiro interceptador. No entanto, para a gravação clandestina,
segundo posição jurisprudencial, não há a necessidade de autorização judicial para que seja
considerada prova válida no processo, desde que não tenha sido obtida com violação de
confiança ou quando a conversa não seja amparada por sigilo.

Por fim, serendipidade é o ato de fazer descobertas relevantes ao acaso, em forma de


aparentes coincidências. Um exemplo de sua ocorrência pode ser visualizado a partir da
seguinte situação: o juiz autoriza a interceptação telefônica para a investigação do crime de
tráfico de drogas, mas, no decorrer das conversas captadas, descobre-se, também, o crime de
lavagem de dinheiro.

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Tema 15

Discorra, fundamentadamente, sobre violência doméstica e familiar contra a mulher (Lei Maria da Penha).
Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:
a. aplicabilidade ou não dos institutos despenalizadores, de penas de multa e de cestas básicas;
b. medidas protetivas e prisão preventiva.
Resposta em até 15 linhas.

Proposta de solução

A Lei nº 11.340/2006, também conhecida como Lei Maria da Penha


(LMP), criou mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra
a mulher. Segundo a LMP, aos crimes praticados com violência doméstica e familiar
contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº
9.099/1995.

Assim, a LMP determina expressamente que crimes não serão processados e


julgados no âmbito do Juizado Especial Criminal e, por isso, não se aplicam os institutos
despenalizadores nela previstos. Outrossim, ainda conforme a LMP, é vedada a
aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta
básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o
pagamento isolado de multa.

Por fim, entre as providências adotadas pela lei para a proteção da mulher, destacam-
se as medidas protetivas, voltadas tanto para o ofensor, quanto para a vítima, nas esferas
pessoal e patrimonial, a exemplo do afastamento do ofensor do lar, domicílio ou local de
convivência com a ofendida. Finalmente, a LMP prevê o cabimento da prisão
preventiva em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal.

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Tema 16

Numa determinada delegacia, verificaram-se os seguintes procedimentos:


▪ Comunicação da prisão aos familiares dos presos, em regra, após 24h da sua ocorrência.
▪ Nos flagrantes delito, entrega da nota de culpa sem os motivos que justificaram a prisão.
▪ Realização de interrogatório em qualquer horário do dia ou da noite.
▪ Cumprimento de mandado de busca e apreensão em qualquer horário do dia ou da noite.
==279a1==

À luz do que prevê a Lei nº 13.869/2019, a qual dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, e o
Código de Processo Penal, comente cada um dos procedimentos acima apresentados, definindo se
tratar ou não de abuso de autoridade.
Observação: considere que em todos os casos houve o “dolo específico”, previsto no art. 1°, § 1°, da
Lei nº 13.869/2019.

Proposta de solução

Inicialmente, destaque-se que, consoante o que dispõe a Lei 13.869/2019, todos


os procedimentos realizados na referida delegacia encontram-se eivados de ilegalidade.
Primeiramente, nos termos da referida lei, é necessária a comunicação imediata da prisão
de qualquer pessoa e o local onde se encontra à sua família ou a pessoa por ela indicada, o que
torna ilegal a comunicação somente após 24 horas. Além disso, a nota de culpa,
documento entregue em até 24 horas da prisão em flagrante, deve conter o motivo da prisão,
formalidade não observada na sobredita delegacia.

Ademais, também é ato de abuso de autoridade submeter o preso a interrogatório


policial durante o período de repouso noturno, exceto se este foi capturado em flagrante delito
ou se, devidamente assistido, consentir em prestar tais declarações.

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Por fim, a Lei 13.869/2019 é expressa ao criminalizar o cumprimento de


mandado de busca e apreensão domiciliar após as vinte e uma horas ou antes das cinco horas.
Assim, em ambas as situações, não se permite a realização dos respectivos procedimentos em
qualquer horário do dia ou da noite.

PRÁTICA
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conhecimento acumulado nas aulas anteriores, tanto sob o ponto de vista da estrutura quanto dos aspectos
gramaticais.

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Para a sua redação, é importante especificar o número do texto escolhido no campo apropriado. Você pode
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